Iaçu – Um pouco de Poesia e História

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Imagem de Markus Spiske por Pixabay

 

Quem dera, Iaçu

as tuas águas levassem a saudade

e trouxessem de volta os tempos

do menino que sonhava não partir

Quem dera,

os teus meninos não migrassem mais,

como pássaros, à procura de novos ninhos

e aqui crescessem, se assim quisessem

Recordo

as aulas da Lolita

a doçura da Pró Marlene

e o amor de Mil…

amada Altamira.

Lembro da escola,

e do Amizade nas manhãs de sexta feira,

o fardamento azul e branco do CEI

era como um céu escuro, de nuvens claras…

Os meninos na velha ponte

o futsal nos sábados

E o velho ônibus partindo…

Quem dera Iaçu

voltar ao mesmo rio

e ouvir os mesmos risos

E poder trazer de volta essa energia,

esse amor

essa alegria.

Quem dera, quem dera, Iaçu.

 

UM POUCO DE HISTÓRIA 

“Através da Lei Estadual nº 1026, de 14 de agosto de 1958, surge Iaçu, desmembrado de Santa Terezinha, elevando a categoria de município, projeto do deputado estadual José Medrado”. Vamos pra história:

A história de Iaçu remonta à época da colonização portuguesa no Brasil, com as terras sendo inicialmente concedidas a Estevão Baião Parente, em 1674. Após sua morte, as terras passaram por diversas sucessões de herdeiros, marcadas por vendas e arrematações, até que em 1831 foram adquiridas pelos Irmãos Januário. O povoado de Sitio Novo, mais tarde renomeado como Paraguaçu, começou a se desenvolver com a chegada dos trilhos da estrada de ferro em 1882, proporcionando progresso e atraindo novos moradores.

O desenvolvimento de Paraguaçu foi impulsionado pela estrada de ferro, que facilitou o transporte e o comércio na região, tornando-o um centro de atividade econômica. No entanto, apesar do crescimento, a região enfrentou desafios, como a prostituição infantil e a exploração sexual, especialmente através do eixo ferroviário. A cidade, predominantemente rural e pacata, hoje abriga uma população essencialmente rural e mantém sua conexão com o rio Paraguaçu, onde a pesca ainda é uma atividade importante.

Atualmente, Iaçu é uma cidade rural com uma população pacata, próxima a Itaberaba. Localizada às margens do rio Paraguaçu, a cidade ainda mantém atividades como a pesca de tucunarés. Sua economia é impulsionada pela produção de blocos de cerâmica e pela agropecuária, com destaque para culturas como mamona, abóbora, melancia e abacaxi. A cidade também possui pequenos empreendimentos agrícolas familiares, que produzem uma variedade de frutas e vegetais.

Além disso, desde os anos 80, a cidade conta com Hospital e maternidade, proporcionando serviços de saúde à comunidade local.

No campo cultural, a cidade de Iaçu dispõe de um belo repertório de artistas:

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Foto extraída do Site Portal Férias

O principal  incentivador no campo do desenvolvimento da comunicação do município é o Senhor Adalberto Guimarães. Na música, o cantor Téo Guedes. Nas artes Rosângela Aragão. Na poesia Manoel dos Santos, para citar apenas alguns.

O campo das artes é bem produtivo nesta cidade, novos artistas surgem diariamente. E sobre isso falaremos porteriormente.

 

Leia também. Itaberaba -Uma pedra que brilha! ‣ Jeito de ver

Fonte:  História de Iaçu (indap.com.br)

 

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O domínio pela cultura e pelo medo

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Imagem de StockSnap por Pixabay

 

“O homem domina homem para seu prejuízo.”
Eclesiastes 8:9, Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada

 

Ao longo das décadas, o homem tem experimentado diferentes formas de expandir seu domínio sobre outros.

A manipulação das emoções tem sido um método bem eficaz.

Domínio Cultural

Quando países do Velho Continente, militarmente bem equipados, partiam para explorar e colonizar países mais pobres, enfrentavam a revolta e a resistência do povo local. Os constantes embates resultaram em incontáveis mortes locais e outras atrocidades.Visando minar aos poucos tal resistência, eles adotaram a conquista cultural como estratégia.

O primeiro passo era introduzir aos nativos sua forma de pensar e ver o mundo, por meio do ensino de sua língua e religião. Ainda que os mais velhos resistissem, a nova geração já estaria “domada” pela falsa sensação de fazer parte de uma nova cultura.

A eficácia desse método é historicamente comprovada, pelo fato de que muitas línguas faladas por alguns povos, bem como as suas histórias, foram esquecidas com o tempo, pois o principal objetivo do colonizador era explorar a nova terra e enviar suas riquezas ao país de origem.

O controle através do medo

“O melhor meio de dominar o povo é pelo medo.”
— Luc Ferry, filósofo francês

No intuito de expandir territórios, muitos países usam deste artifício, que, segundo Luc Ferry, tem sido o melhor modo de dominar um povo: O MEDO.

Os exercícios de guerra objetivam mostrar ao povo local, o poder bélico dos ‘novos conquistadores’, com isso mina-se a disposição a qualquer resistência a qualquer resistência. Eliminando-se a resistência, passam a impor novas regras.

Além dos Campos de Guerra – a cultura

Tais métodos podem e são usados com frequência por manipuladores de pensamento, pessoas que visam expandir seus negócios e sua influência sobre um povo ou povos.

Por exemplo, os filmes hollywoodianos recebiam incentivo do governo para vender ao mundo “o estilo de vida estadunidense e exaltar o poder se suas Forças Armadas“. Nestes filmes, o país é com frequência retratado pelo estereótipo de Salvador do mundo, seja de ameaças terroristas, seja de invasores alienígenas ou mesmo de super meteoros que acabariam com a vida no planeta.

Os filmes raramente abordam a pobreza, a corrupçao, o preconceito racial ou o problema dos habitantes sem teto nos EUA.

A realidade oculta neste país,  é a mesma que na maioria dos países: há pobreza, fome, preconceito, censura, espionagem — e o país fomenta  guerras ao redor de todo o mundo. Apesar do argumento de que os Estados Unidos ajudam humanitariamente países em necessidade, como os palestinos com suprimentos, tal argumento mostra-se míope quando não se considera que o mesmo país fornece armamentos pesados a países, como Israel. – Veja A indústria armamentista – um tema em debate ‣ Jeito de ver

Esse tipo de propaganda atinge seu objetivo quando pessoas deixam de encarar tais obras como entretenimento e passam a vê-las como reais, desprezando sua própria cultura por culturas enlatadas em forma de filmes.

O Domínio Sul Coreano

Outro exemplo de domínio cultural são enlatados sul-coreanos: doramas e grupos de k-pop.

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Imagem de wal_172619 por Pixabay

Grupos de meninos e meninas fofinhos, de aparência andrógina ou sensualizada, dançam perfeitamente sincronizados cantando canções “coreanamente” chicletes. Quem já não viu essa turma aparecer nas mídias?

Ou quem já não ouviu alguém falar com ternura dos doramas (séries coreanas)?

O governo sul-coreano consegue expandir sua influência no mundo por meio da cultura. Quantias enormes de dinheiro foram investidas para isso e os retornos comerciais compensam.

O Uso do Medo e da Revolta como método

Outro método usado com eficácia é estimular o medo e a revolta.

Um exemplo ocorrido no Brasil ajuda a ilustrar este ponto:

No púlpito de uma igreja, sem nenhuma prova ou convicção, uma senadora chocou os membros presentes com a afirmação de havia tráfico sexual de crianças  na ilha de Marajó, que eram submetidas desde bem pequenas a tratamentos cruéis e degradantes.

Tais declarações foram divulgadas entre os “fiéis” do país inteiro como sendo verdadeiras. O objetivo desta aberração era promover o medo e a revolta, junto com a ideia de divulgar um candidato político apoiado por ela,  este “Messias“, salvaria as crianças. A certeza da credulidade dos presentes naquela reunião e a confiança na impunidade deram-lhe a liberdade de mentir sem filtros.

O conteúdo daquela reunião vazou, repercutiu negativamente e a senadora admitiu não haver provas.

Mas o objetivo da mentira já havia sido alcançado: Expandiu a revolta e o medo. E apesar de desmentido, o assunto ainda repercute!

Aguardar a elaboração de leis que criminalizem e punam os divulgadores de mentiras seria esperar muito de parlamentares que em muitas vezes são eleitos utilizando os mesmos artifícios, apesar de muitos se auto-afirmarem evangélicos.

Pessoas sem consciência se tornam meros fantoches nas mãos de manipuladores.

O conhecimento da história, dos métodos de manipulação e e a disposição de questionar contribuem para decisões conscientes.

Esses três elementos fortalecem o debate se tornam armas poderosas nas mãos de um povo não disposto a se deixar escravizar.

 

Saiba mais: Imperialismo cultural – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Veja também: Notícias de Guerras – o jogo da informação ‣ Jeito de ver

 

A difícil arte de organizar armários

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Imagem de Iván Serrano por Pixabay

Às vezes, dizem que é preciso correr na vida. Mas, pra quê tanta pressa? Ficar fazendo mil coisas, só pra no final perceber que esqueceu do principal: viver de verdade!

Viver de verdade é sentir cada momento, seja ele bom ou ruim.

Isso pede uma certa disciplina, porque dá vontade de sair atropelando tudo atrás de emoções. Mas é importante tirar um tempinho para relaxar e curtir o momento.

É claro que pensar no futuro é importante, mas não vale a pena ficar obcecado por ele e esquecer do agora.

Além das responsabilidades, é legal reservar um tempo para coisas novas: uma música diferente, um hobby, conhecer gente nova, ter experiências novas…

Que nesse tempo a gente consiga dar aquele abraço apertado, ter boas conversas e matar a saudade.

E que o trabalho não domine tanto a nossa vida a ponto de não sobrar tempo livre. É hora de organizar o armário, mas sem pressa!

 

Veja também: O Milagre da Atitude: O sentido no Cotidiano ‣ Jeito de ver

A estrada e o impossível – Caminhe! ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

Meu Triste Sertão (a última seca)

 

 

O chão sofrido era sépia,
As plantas  tristes, cinzas
Azul era o céu, sem nuvens…
A pele queimada era marrom
As folhas secas, eram pretas

E verde eram as barragens
Onde o gado se deitava
Em preces, para dormir,
e que jamais acordava

Onde os meninos pescavam
sonhos em improvisos.
Onde insetos moravam
O sol era de um eterno amarelo,
assim como o meu sorriso.

Como a estrada que deixamos para trás
Queimava a pele
Devorava matos, sonhos não vividos
E que não sonho jamais

Dos vagos espaços no teto
Por onde as estrelas passavam
Fugia também a esperança
De quem a chuva aguardava

E fugia do sertão,
Para sofrer n’outras paragens
Onde a sede não matava
E a água seria a bênção,

não a miragem…

Na velha carroça
Levava o quase nada
Só a vida…
Só os sonhos…
E a esperança da chegada

Ao lugar do outro lado
onde se encontrassem as cores,
E a primavera como um rio
que levasse as lembranças sépias
da tristeza, da morte…das dores.

Gilson Cruz

Leia também Um calor diferente – O que será isso? ‣ Jeito de ver

Programa Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca | Portal SEIA

 

O chão sofrido era sépia,
As plantas  tristes, cinzas

O Milagre da Atitude: O sentido no Cotidiano

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Imagem de Engin Akyurt por Pixabay

 

A forma como encaramos o dia
não mudará seu curso
ou a postura das pessoas

A maneira como enfrentamos o dia
não fará as nuvens pesadas sumirem
ou o sol diminuir seu brilho
no auge de um intenso verão.

Como encaramos o dia
não fará problemas desaparecerem
como coelhos de cartolas
aos olhos maravilhados de crianças num velho circo itinerante, no interior.

O modo de encarar o dia
não fará milagres, não…

Mas, o modo como encaramos as coisas
nos ajudará a entender o tempo e as atitudes,
nos ajudará a perceber o fluxo da vida e da natureza,
e entender a verdadeira mágica em superar cada obstáculo
e  sentir então a leveza de aprender a cada dia

Entender que crescer e superar
são os milagres que aguardamos com os olhos fechados a cada noite
e despercebemos na ansiedade do dia a dia

Aprender será sempre a melhor atitude.

Gilson Cruz

Veja também A estrada e o impossível – Caminhe! ‣ Jeito de ver

 

A estrada e o impossível – Caminhe!

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Imagem de Tumisu por Pixabay

 

 

Agora a estrada é sua!

As pessoas que passam ao seu lado podem ser indiferentes ao seu estilo, à sua direção, mas independe delas o caminho a seguir.

Imagine como seria a arte, se alguém não se atrevesse a desafiar o convencional? Ou como seria alguém não tivessem dito pela primeira vez: É possível?

Sim, acreditar no impossível, ainda que ele exista, apenas limita a nossa capacidade de ousar – e às vezes, isso é tudo o que se precisa.

Ouse acreditar num projeto, ainda que outros o ignorem.

Acreditar nas razões. pois sempre haverá uma.

Acreditar no possível, pois sempre haverá um meio!

Agora, a estrada é sua – caminhe.

Trace seus planos rumo ao impossível, e se estes não forem alcançados, respire, olhe para trás, veja o quanto você já conquistou nesta estrada.

Portanto, continue!

Gilson Cruz

Leia também Retratos da vida – o que deixamos passar ‣ Jeito de ver

 

 

 

O pequeno mundo de Lis ( Poema à Felicidade)

 

“Lis,
Me diz,  menininha levada
O que te deixa feliz?

“Besouros no Jardim?
Flores vermelhas?
Ou achas as mais belas
Rosas amarelas?

“Existem rosas amarelas?
Me permita, então, vê-las!
Seriam as mais serenas
que as margaridas vermelhas?

“Neste universo do existe
nunca, nada permita
bichinhos, carinha triste…

“Nem gritos no ar
Ou luzes no céu
Nem flores caídas
em meio ao papel…

“Ria com as flores
com as cores
Sorria…

“E quando faltarem palavras
Nessa cabecinha agitada
Me mostra, pequena Lis
na dança, no canto
No sonho…
O que te deixa feliz…”

Gilson Cruz

Leia também Poema para Aline (Carinha amarrada) ‣ Jeito de ver

 

“Março: História, Conscientização e Reflexão”

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Imagem de Dorothe por Pixabay

Um pouco do mês de março na história:
  • Acidente aéreo com o jato Learjet 25D prefixo PT-LSD, resultando na morte de nove tripulantes, incluindo todos os integrantes do grupo musical Mamonas Assassinas (25 anos).
  • Início das transmissões da TV Globo São Paulo (55 anos).
  • Nascimento do cantor e compositor mineiro Vanderli Catarina, conhecido pelo nome artístico Vander Lee (55 anos).
  • Nascimento da cangaceira baiana Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria de Déa e, após sua morte, Maria Bonita (110 anos), companheira de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e primeira mulher a participar de um grupo de cangaço.
  • Prisão do escritor brasileiro Monteiro Lobato por criticar as torturas praticadas pelo Estado Novo (80 anos).
Algumas celebrações:
  • Dia Internacional da Mulher.
  • Dia Nacional da Comunidade Árabe.
  • Dia Nacional do Circo.
  • Dia Mundial do Teatro.

Fonte: Fatos históricos, datas comemorativas e feriados de março de 2021.

Origem do Mês de Março:

Março era originalmente o primeiro do calendário romano, marcando o início da primavera. O nome “março” tem origens no latim “Martius”, relacionado ao deus Marte, associado à guerra na mitologia romana.

Embora associado à primavera e à guerra na mitologia romana, neste mês atualmente percebemos os conflitos contemporâneos, incluindo as Guerras Civis Afegãs, a Guerra Civil na Somália, a Guerra Civil no Mali, a Guerra Civil Iemenita (desde 2014), a Guerra Civil Centro-Africana (desde 2012), a Guerra Civil no Sudão (iniciada em 2023), a Guerra Civil Síria e a Guerra Contra o Estado Islâmico.

Referência: Quais são as grandes guerras em curso no mundo – e por que algumas chamam menos atenção? – BBC News Brasil

Além desses conflitos, há o conflito Rússia versus Ucrânia, que em dois anos ceifou mais de 200 mil vidas, e uma crescente ameaça de conflito na Ásia.

Leitura adicional: A terceira guerra está na Ásia? China, Taiwan e Coreia do Norte estão em um barril de pólvora – Seu Dinheiro

Motivos da Guerra:

As guerras são motivadas por diferenças étnicas, rivalidades políticas, recursos escassos, questões religiosas e ideológicas. O desejo de expansão e domínio tem gerado conflitos em todo o mundo.

A paz pode parecer uma utopia quando se percebe que as nações investem muito mais em armamentos do que em saúde e educação.

MARÇO É REALMENTE UM MÊS PARA REFLEXÃO!

Veja também: Fevereiro e os seus 28 dias apenas… ‣ Jeito de ver

A indústria armamentista – um tema em debate ‣ Jeito de ver

A hora e a vez de Dhan Nascimento

 

 

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Show Réveillon 2014

 

 

“Acompanho o Dhan desde os tempos em que ele era o vocalista principal do Rasta Roots, uma banda que fazia covers de Reggae em Iaçu, Bahia. Ele emanava boas energias, transbordava carisma e a sua voz evoluiu muito com o tempo”. – Nilson Muller

Conhecendo Iaçu, na Bahia

Daniel, ou Dhan Nascimento, como é conhecido na cidade em que atua profissionalmente, é natural de Itaberaba, Bahia, cidade conhecida pelo progresso cultural e pela divulgação de seus jovens talentos. Reside na cidade de Iaçu,cidade conhecida pela beleza do Rio Paraguaçu e por sua atuação histórica durante o regime ditatorial que governou o Brasil entre os anos 1964 e 1985.

Durante muitos anos, a produção de abóbora desempenhou um papel fundamental na economia local, sendo uma das principais culturas do município.

Situada às margens do Rio Paraguaçu, a cidade tem grande potencial para crescimento. Porém, há ainda a necessidade de projetos que visem diminuir o êxodo de jovens para maiores centros. Por falta de oportunidade profissional, muitos jovens migram para cidades maiores. Para reverter esse cenário, é crucial desenvolver oportunidades profissionais locais e criar um ambiente propício para o crescimento econômico.

Atrair investimentos privados poderia impulsionar a economia local, assim como fez o município de Castro Alves com uma grande fábrica de calçados e a fábrica de ração, que servem de impulso e âncora para mão de obra local – mais de 300 famílias foram beneficiadas.

Os maiores empregadores em Iaçu são comerciantes, donos de supermercados, farmácias, lojas, padarias, bares e lanchonetes. Outros empregadores são do serviço público e uma empresa de logística. Muitos têm seu primeiro emprego em pequenos estabelecimentos e isso contribui também para a economia do município. Alguns desses comerciantes apoiam a expansão da cultura promovendo apresentações de talentos locais nos finais de semana. Assim como as águas do Rio Paraguaçu no período das cheias, a cidade transborda de novos talentos.

Conhecendo Dhan Nascimento

Neste post, Dhan Nascimento, será o nosso foco.

Dhan iniciou a sua carreira em meados dos anos 2011, sendo o vocal principal do Projeto Rasta Roots, Banda que especializada em covers de Reggae que iam desde Edson Gomes, Sine Calmon à Bob Marley and The Wailers.

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Foto Show dos Rasta Roots

O projeto durou  aproximado de dez anos, com a banda em sua formação original. Neste período foram gravados alguns CD’s das apresentações ao vivo da Banda. Os shows eram marcados pela energia e o dinamismo do Reggae, a alegria do público que participava nos passos cadenciados impulsionados pela melodia bem executada do ritmo que veio da Jamaica, uma das ilhas do Caribe.

A falta de oportunidades para divulgação do trabalho e a impossibilidade de conciliação com os novos projetos dos membros da equipe levaram ao fim da Banda.

Se redescobrindo num “novo estilo”

Em 2019, ele concentrou o seu trabalho em músicas românticas, no estilo conhecido como Arrocha Sertanejo. No mesmo ano, gravou o seu primeiro CD entitulado “Pra falar de amor”. Os trabalhos de edição e mixagem foram realizados pela Edson Gravações Som!!!, em Itaberaba, Bahia.

A divulgação se deu por meio de shows e contribuições em shows de outros artistas.

Esses shows renderam a gravação de um trabalho ao Vivo, em 2020.

O segundo trabalho em Estúdio, “Pra recordar, traz em sua essência grandes sucessos das décadas de 1980 e 1990, adaptados ao ritmo Arrocha Sertanejo.

Em 2022, a escassez de shows depois do período de pandemia mundial da COVID-19 e a necessidade de organizar um novo repertório, exigiram de Dhan Nascimento pausa no trabalho, para no ano seguinte, 2023, retornar com um projeto desafiador: Lançar um CD agora apenas de músicas autorais.

Inicialmente, Dhan investiu na gravação de um EP com quatro músicas de trabalho, saindo em sequencia a gravação de um CD completamente autoral, cujo título é “Pra maltratar os corações, Com amor lembro, choro e bebo”.

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Primeiro trabalho completamente autoral

Os trabalhos de gravação edição e mixagem foram realizados no Estúdio Isaías Gravações, em Iaçu.

Suas apresentações conservam a mesma energia dos tempos do Reggae, numa bela interação entre músico/público.

São cinco álbuns ao longo da carreira, trabalhos em estúdio e um ao vivo, em que mescla músicas autorais e covers de diversos artistas do gênero.

 

Leia também Onde as flores não florescem ‣ Jeito de ver

Conheça mais o trabalho do Dhan, no Spotify.

 

O goleiro que pegava até pensamentos!

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Imagem de jotoya por Pixabay

 

A Origem do XV de Setembro e Seu Goleiro Lendário

Poucos goleiros foram tão bons na história do futebol quanto João Rodrigues, lá do XV de Setembro, embora muito poucos o saibam. Mas, XV de Setembro? Não seria mais apropriado e significativo o XV de Novembro, data em que foi proclamada a República naquele país?

Creio que ou o Sr. José Rodrigues não era muito bom em memorizar datas ou, quem sabe, na hora de registrar o nome do clube, Aurelino, o escrivão, não escutou muito bem. Por causa da animação de ver o novo time da cidade ganhar corpo, as conversas fluíram sem que ninguém percebesse o erro na bendita data! Apenas na hora de inscrever o XV no campeonato é que perceberam o equívoco.

Apesar disso, João Rodrigues, que por coincidência era filho do Sr. José, dono do time, era o goleiro. Antes que alguém fale de nepotismo, ele realmente era um grande goleiro! Enquanto a maioria dos goleiros reagia aos lances, João parecia adivinhar os pensamentos dos atacantes adversários. Jogadores mais inteligentes ficavam frustrados, pois nenhuma estratégia ou improviso funcionava. Como diziam: “Ele pegava até pensamento!”


As Primeiras Partidas e o Dom Misterioso

Na estreia contra o 2 de Novembro, famoso por “enterrar” adversários, a pressão era intensa. Aos 44 minutos do segundo tempo, o artilheiro Mestre Jorge teve a chance de consagrar-se frente a frente com João. No entanto, algo improvável aconteceu: Jorge parou, sentou no gramado e, visivelmente abalado, deixou a bola para trás. Depois, confessou que João havia capturado todos os seus pensamentos, deixando-o completamente desnorteado.

A vitória do XV no último minuto tornou-se um marco. A partir daí, o time continuou vencendo, frustrando adversários como Barra Rasa e Barra Funda. Contra o Barra Funda, um pênalti duvidoso foi marcado. Porém, mesmo diante das tentativas de suborno, nenhum jogador conseguiu superar João. Todos pareciam perder o foco no momento decisivo, e o XV saiu vitorioso novamente.


O Encontro Final com o Inerte Futebol Clube

Na final do campeonato, o XV enfrentou o Inerte Futebol Clube, considerado o time mais fraco do torneio. O Inerte era tão ruim que os jogadores eram conhecidos pela improdutividade em campo e por perderem todas as partidas por goleadas absurdas.

Surpreendentemente, o jogo começou com o Inerte marcando gols inesperados. João Rodrigues, o apanhador de pensamentos, ficou perdido. O motivo? Não havia nada para “pegar” das mentes vazias dos jogadores do Inerte. Eles simplesmente não pensavam! O XV venceu o campeonato, mas levou 11 gols e ficou claro que João precisaria ajustar suas habilidades.

João aprendeu uma grande lição: nem toda mente tem algo de valor para ser capturado. Para o próximo campeonato, ele decidiu estudar melhor seus adversários. Afinal, algumas mentes não oferecem absolutamente nada a aproveitar!

Gilson Cruz

 

Veja também

Quiprocuó Esporte Clube – Falando de futebol ‣ Jeito de ver

Zé da Ladeira – uma história de futebol. ‣ Jeito de ver

© Gilson da Cruz Chaves – Jeito de Ver Reprodução permitida com créditos ao autor e ao site.