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Fevereiro e os seus 28 dias apenas…

Uma agenda aberta no Mês Fevereiro. Um texto de história bem humorado.

Imagem de Dorothe por Pixabay

 

 

Fevereiro e Sua Simbologia

“Quando fevereiro chegar, saudade já não mata a gente…”

É o que diz uma bela canção dos anos 80, do cantor e compositor pernambucano Geraldo Azevedo.

A letra retrata uma jornada por várias fases de um relacionamento, capturando tanto a alegria quanto a dor que o acompanham.

Fevereiro representa a passagem do tempo e o poder curativo que ele traz. Saiba mais no link: Significado de Chorando e Cantando por Geraldo Azevedo (songtell.com).

Apesar de ser o mês mais curto do ano, fevereiro traz consigo grandes expectativas. Enquanto as crianças se preparam para a volta às aulas, os professores abastecem seus estoques de calmantes. Carnavais invadem as ruas e as telas, campeonatos regionais ganham forma e movimentam milhões, e, por coincidência, o salário, que se estendia até o dia 31 do mês anterior, decide encerrar no dia 28, celebrando o fim do mês.

A História do Mês Mais Curto

Fevereiro já foi o último mês do ano, mas foi promovido ao segundo posto no calendário gregoriano, durante a reforma induzida por Júlio César em 45 a.C. O nome tem origem no latim Februarius, associado ao ritual romano de purificação Februa.

Antes, os meses do ano tinham 29 ou 30 dias, baseados nas mudanças de fase da lua, totalizando 355 dias distribuídos em 12 meses. Mas, em 46 a.C., o calendário passou a se basear no ciclo solar, fazendo com que todos os meses tivessem 30 ou 31 dias, exceto fevereiro, que ostentava seus 29 dias, totalizando 365 dias em um ano.

Em 44 a.C., no segundo ano de vigência do calendário juliano, o Senado, para agradar o imperador, decidiu homenageá-lo propondo que o mês Quintilis, com 31 dias, passasse a se chamar Julius (julho). Quase trinta anos depois, em 8 a.C., o nome do mês Sextilis foi mudado para Augustus (agosto). Como um César não podia ter mais dias que o outro, Augusto, ou seja, agosto, com trinta dias, ganhou mais um, tirado justamente de fevereiro, que ficou com 29 dias. Para evitar confusões, setembro continuou com seus 30 dias!

No século 16, o papa Gregório inaugurou um novo calendário que corrigia algumas distorções do sistema romano. Hoje, o calendário gregoriano é adotado pelo mundo cristão ocidental (e deixou fevereiro em paz!).

E assim, este mês passa rápido com um mistério inexplicável: por que será que o meu salário não dura 30 dias? Por que tem que acabar no dia 28?

  • Deixa pra lá, a história vale muito, muito mais do que este mistério…

Gilson Cruz

Saiba mais:

Por que fevereiro tem 28 dias e os outros oscilam entre 30 e 31? | Super (abril.com.br)

Contos de Carnaval (uma história com H) ‣ Jeito de ver

E janeiro está chegando – e daí? ‣ Jeito de ver

 

Ao vizinho do 61 – Muito Obrigado!

Uma porta marrom, uma parede cinza. Um texto para reflexão.

Imagem de Arek Socha por Pixabay

 

 

A Primeira Impressão 

Meu caro vizinho da casa 61

Sei que a vida anda apressada ultimamente, é verdade, e são raras as vezes que tenho a oportunidade de te encontrar — sem essa pressa maldita, tão comum às pessoas.

Mas quero te agradecer.

Confesso que, vendo a disposição e a força com que realizas tão bem os teus trabalhos, sempre acreditei que eras um Super-Homem.

Por isso, quando te cumprimentei com aquele simples “bom dia”, eu não esperava ouvir tantas histórias.

Saber que tu enfrentas sentimentos como a solidão, a depressão e problemas da natureza humana diariamente me ajudou a considerar melhor a minha vida. Eu, que vivo entre livros e músicas, que torço por um time que não ganha um título nacional desde 1989 e que sempre acreditei também não haver nada errado com o Senhor.

Percebi que, constrangido, narravas um pouco dos teus problemas de infância e quantas visitas ao hospital a tua saudosa mãe se via obrigada a fazer. Chorar ao recordar alguém que te amava e que também se importava tanto contigo não é crime. Fez muito bem!

Eu jamais saberia, é certo, que, apesar dessa força que mostras nos teus passos, há um ser humano mais forte ainda. Pois lidar com certos problemas pode ser desgastante e desanimador — e alguns, infelizmente, desistem no caminho.

Não, eles não são fracos! Eles lutaram, também!

Talvez, não encontrassem ouvidos sinceros, de pessoas que se importassem.

Hoje em dia, quando as pessoas perguntam “Como está?”, o fazem por formalidade, muitas vezes sem nenhum interesse nos outros. Querem ouvir a única resposta que as agrade, para se isentarem do peso de serem úteis!

Quando te cumprimentei e ouvi a tua história, ganhei muito mais do que motivos para acreditar.

Ganhei uma razão para continuar.


Lições de Alguém que Escuta

Disseste-me sentir a falta de teu pai, tua irmã, teus amigos — me identifiquei, pois os meus livros, apesar de maravilhosos, não compartilham os meus sentimentos.

Por favor, peço apenas que não desanimes ao encontrares aqueles que querem apenas ouvir um “estou bem”, por estarem ocupados demais com os seus próprios egos. É duro admitir, essas pessoas existem e pouco se importam com os outros. Vão te dizer que falar dos teus problemas é fraqueza, que existem coisas mais importantes pra pensar, mas não esmoreça.

Entenda: desabafar é também uma maneira de reorganizar os pensamentos, e aquele que te escuta, se for sincero, terá o privilégio de aprender e crescer junto contigo.

Te peço perdão por não ter me lembrado de perguntar o teu nome, mas a tua história de lutas e sofrimento ainda me comove e me inspira. Continue a luta.

Agradeço por ter confiado a tua história e a tua voz a um desconhecido que também nem sabias o nome. Acredito que todo o altruísmo foi teu. E, numa próxima ocasião, espero encontrar-te novamente e conversarmos um pouco mais, compartilharmos experiências e termos a chance de conhecer também a tua família, tocarmos algo em meu velho Di Giorgio e descobrirmos os teus talentos.

Agradeço e até uma próxima oportunidade,

Pedro,
Teu vizinho do Nº 15

Como seria … (O Poema de um novo dia). ‣ Jeito de ver

O Mundo Pequeno de Mundinho – um conto ‣ Jeito de ver

Gilson Cruz

 

O Mundo Pequeno de Mundinho – um conto

A comovente história de um menino, o Mundinho e seu pequeno mundo.

Imagem de Charles Nambasi por Pixabay

Memórias de Infância

Sabe aquelas histórias que só acontecem na infância e que você jamais esquece? Muitos anos se passaram, e hoje, a minha mente cansada se confunde sobre o que foi real e o que foi imaginado, na busca de um sentido.

Lembrei hoje de uma velha amizade… velha como o tempo.

Na minha infância, não conheci ninguém tão arisco quanto o Mundinho. O moleque era desconfiado. Ninguém sabia ao certo se isso se devia aos pais, que não eram lá muito dados ao diálogo, ou ao uso inovador do chinelo e do cipó das folhas de araçá, que costumavam soar como tambores nas pernas e costas do menino ao menor sinal de travessura.

Eles eram pessoas horríveis!

“Ah! Mas, naqueles dias, todos os pais eram meio carrascos”, você talvez argumente. Era comum, mas não precisavam ser assim.

Apesar dos pais, o mundo parecia bom e pequeno para ele. E, embora eu tivesse apenas nove anos de idade (a mesma idade que ele), eu já sabia que, quando ele aparecia lá em casa, pouco depois do almoço, alguma coisa ruim tinha acontecido!

A gente costumava compartilhar o pouco que tinha. Apesar das dificuldades que a pobreza, a falta de compreensão e a violência dos pais traziam, Mundinho era um bom amigo.


O Menino Mais Rápido da Cidade

Nas brincadeiras de correr, ninguém lhe alcançava. O pobre batedor de latas sabia que adivinhar onde se escondia o pequeno arredio era missão quase impossível. Ele se escondia nos lugares mais improváveis: sob os bancos da praça, no topo dos postes ou nas árvores mais altas. Não havia lugar impossível para ele.

Eu, nas minhas limitações, costumava dizer:
— Meu irmão, eu queria ser como você. O carinha mais rápido da cidade. Você pode ser atleta, policial, o que quiser ser quando crescer.

Mundinho ria. Alguém o admirava, e isso acalentava a dor de ser chamado de “inútil”, “preguiçoso”, “erro de Deus” ou coisas piores.

Mas, naquela tarde específica, ele apareceu lá em casa amedrontado como nunca. Disse que não mais voltaria para casa, pois seus pais iriam tirar-lhe a vida. Seus pais jamais lhe deram presentes, jamais lhe abraçaram. Não percebiam que as marcas das surras estavam agora gravadas na pele como tatuagens na alma.


Esconde-esconde

Naquela noite, durante as brincadeiras de esconde-esconde, todos foram encontrados. Exceto ele. O Mundinho. A busca se tornou uma peregrinação. Procuramos em todas as árvores, postes e bancos da cidade. Mas não buscamos nas nuvens, esquecemos de olhar para o céu.

Era tarde, desistimos da procura.
— Ele já deve estar em casa e dormindo — dizíamos.
Voltamos todos para nossas casas.

Confesso que não dormi em paz naquela noite. A imagem do Mundinho, dizendo que ganharia o mundo e desapareceria, me atormentou. Quando finalmente adormeci, já era quase manhã.


O Adeus de Mundinho

Poucos dias depois, as chuvas trouxeram mais que água às margens do rio. Um grupo de pescadores encontrou o corpo de um menino preso entre as pedras, envolto em roupas abóbora e vermelhas. Não podia ser ele. Ele era esperto demais para estar ali.

Mas era.

A escola seguiu seu curso, e as aulas na turma dele não foram suspensas. Talvez para preservar os coleguinhas. Não sei. Desde então, nunca mais vi seus pais. Mas ainda recordo as marcas dos cipós e chinelos em suas pernas e braços.

Hoje, depois de muito tempo, ainda penso naquela noite e naquele início de dia. Não sei se ele brincava de esconder quando desapareceu, se havia decidido se despedir da tristeza ou se se escondeu nas nuvens e de lá nos olhava.

O mundo parecia pequeno demais para ele. Merecia algo melhor.


Nota Final

Pais, amem seus filhos! As cicatrizes da infância podem ser eternas.

Leia também  Amizade ao Longo da Vida – definições › Jeito de ver

Poeta (Sinfonia de asas e versos)

Um poema sobre a liberdade criativa.

Imagem de Dorothe por Pixabay

 

 

O poeta quer voar

por favor, não lhe corte as suas asas

não lhe pode a sua imaginação

não lhe dê limites…

Não lhe proteja dos sonhos,

das tempestades,

do sol escaldante,

da esperança…

E se frustrarem-se  seus anseios

não lhe corte a pena…

Deixe que viva.

 

Gilson Cruz

 

Leia também O poeta ( Uma poesia simples) ‣ Jeito de ver

 

 

 

As mudanças na mente e no corpo.

O Encanto do Passado e as Memórias Selecionadas

Já se perguntou alguma vez: “Por que o passado parece tão melhor que o presente?”

Para responder a esta pergunta, é necessário mergulhar com sinceridade nas memórias e entender que as nossas concepções e perspectivas de mundo se adaptam a novas experiências.

Na infância, a vida se resume a brincadeiras e à proteção de pais e parentes. Nas memórias dessa fase, os momentos mais difíceis – como quedas, perdas, doenças e situações semelhantes – tendem a ser ofuscados por lembranças marcantes, geralmente felizes.

Por outro lado, a puberdade traz a ebulição hormonal, a instabilidade emocional e as atitudes rebeldes que, muitas vezes, resultam em situações que serão motivos de vergonha por anos a fio.


O Caminho do Amadurecimento

As mudanças e transformações no corpo e na mente fazem parte de um processo que chamamos de amadurecimento. Durante essa fase, o vigor da juventude, aliado ao entusiasmo e ao fogo da infância, cria a ilusão de que tudo é possível!

Por isso os exageros: cada paixão é um amor eterno; cada erro, um desastre imperdoável; cada crítica, uma punhalada; e cada rejeição sofrida, um pecado sem perdão. O curioso é que essas paixões, tão intensas e sofridas, logo são substituídas por novas – com as mesmas características.

A adolescência é como um reflexo exagerado do que alguém será ao amadurecer. Com o tempo, o ex-adolescente poderá refletir as atitudes que tanto criticava nos pais:

  • A seriedade diante da vida,
  • A preocupação com as contas da casa,
  • E o foco em questões mais importantes.

Enfim, aprenderá a perdoar os erros do passado, aceitar as críticas e lidar com as próprias falhas. Descobrirá que rejeições são necessárias e que muitas vezes é preciso aprender a dizer “não”.


A Aceitação das Mudanças

Com o tempo, talvez não se reconheça mais o brilho no olhar, os traços no rosto ou a energia de outrora. Perceberá que para estar no presente, relembrando e questionando o passado, foi necessário mudar, aceitar transformações e amadurecer – mesmo que isso significasse abrir mão de desejos e traços da própria personalidade.

Chegará o momento de perdoar paixões infelizes, livrar-se de remorsos e abraçar a compreensão de que assim é a vida. Cada tempo trouxe sua parcela de experiências e ensinamentos, e ainda há muito por viver.

Assim, finalmente, viverá a maturidade – um estágio que permite valorizar o presente, sem as ilusões do passado, mas com a sabedoria que ele proporcionou.

Gilson Cruz

Amizade ao Longo da Vida – definições ‣ Jeito de ver

Onde as flores não florescem

A importância da diversidade cultural

Imagem de Cristhian Adame por Pixabay

Pra não dizer que não falei de flores, deixe-me tentar:

O ambiente favorável e os cuidados de quem rega tem importância vital  à saúde delas: O crescimento é condicionado à espécie, mas mesmo flores não alcançarão a sua plenitude sem um bom terreno, uma boa irrigação, e principalmente bons cuidados.

Esteticamente um jardim multicor é muito mais belo e atraente do que um jardim monocromático.

Quando rosas vermelhas se encontram entre outras flores, das mais variadas cores, as percepções florescem gerando diferentes sensações.

O CAMPO DA CULTURA

O mesmo acontece quando nos referimos aos jardins da arte, da música.

O ambiente musical que prevalece nas mídias tem se assemelhando cada vez mais a um jardim monocromático.

As estações de rádio ou as playlists sugeridas parecem tentar convencer-nos de que o mundo musical se resume a estilos como o Agronejo, Sertanejo universitário, Funk e aos cantores em destaque na atualidade. – A música como produto e arte – uma história! ‣ Jeito de ver

Conforme abordado anteriormente neste site, empresários gastam milhões para divulgar seus cantores. O objetivo do investimento é acostumar o público à presença daquele artista.

Na época de ouro das gravadoras, a equipe de marketing selecionava no disco uma canção para trabalho e se empenhava na divulgação com o objetivo de impulsionar as vendas do álbuns. Isso envolvia muito dinheiro para estações de rádio e canais de Tv – o conhecido “jabá”, uma espécie de Suborno. –  – A qualidade da música piorou? ‣ Jeito de ver

Atualmente, empresários do agronegócio, “tomaram as rédeas” e investiram ainda mais pesado. Compraram fãs clubes, estações de rádio e ainda mais espaço na TV, que por outro lado apresenta cantores medianos como  super estrelas. Controlaram as tendências

Os Titãs já cantavam: “A Televisão me deixou burro …” – numa crítica bem humorada à falta de questionamento.

A música se tornou mero pano de fundo para atividades do dia a dia. Enquanto cuidam de suas atividades diárias as pessoas selecionam uma playlist do seu estilo preferido e no meio dessa playlist está inserida uma canção que não se excaixa exatamente naquilo que ela pretendia  ouvir (o jabá funiconando sutilmente!).

MÚSICA GRÁTIS?

Embora o país esteja repleto dos mais variados estilos e cantores, a população se vê exposta àquilo que o dinheiro pode pagar.

Alguns argumentam que se a pessoa está “ouvindo de graça”, ela não pode reclamar.

Mas, imagine você ninguém se ninguém escutasse a determinadas músicas, estações de rádio e seus comerciais.

O que fatalmente aconteceria? Obviamente, deixariam de existir.  – Porque NADA É DE GRAÇA, e ninguém está disposto a investir sem retorno.

Traduzindo: O preço pago é a atenção, o tempo.

Portanto, há uma troca:  cooperamos com as mídias por vender a nossa atenção e nosso tempo às suas propagandas.

A REVOLUÇÃO

Se mais pessoas escolherem estilos diferentes, aparecerão estilos e cantores diferentes.  Pois “o artista irá onde o povo está” como diz o poeta, ou seja, para manter o negócio vivo o público será atendido.

Repensar e agir são atitudes necessárias.

AS DIFICULDADES

Alcançar a fama envolve trabalho e muito investimento. Muitos talentos se perdem por falta de espaço nas mídias em geral.

Bons cantores não são amplamente divulgados.

Empresários inteligentes investem em propaganda e em personal stylists. As imagens dos artistas são tabalhadas de modo a agradar a um público cada vez menos exigente.

Leis como a Rouanet e Aldir Blanc podem ser bem úteis a esses artistas, mas há um problema, observe: Os empresários tem o valor investido na cultura deduzido no seu imposto de renda, mas são eles próprios que escolhem em que artistas investirão.

Isso explica por que centenas de duplas, patrocinadas pelos próprios empresários do agro, têm tantos eventos.

No final das contas, o valor da dedução fiscal se torna investimento para muito mais lucros dos próprios empresários.

Essa distorção precisa ser corrigida!

Algo mais pode ser feito. Leia atentamente o próximo subtítulo.

“WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS” – The Beatles

(Com uma ajudinha dos meus amigos – Tradução livre)

A música dos Beatles citada acima traz em sua melodia algumas frases interessantes, tais como:

“Me empreste suas orelhas

e eu cantarei uma canção para você

Tentarei não cantar fora do tom…

Oh! Eu me viro com uma ajudinha dos meus amigos…” 

Amigos, podem ajudar na divulgação de cantores ainda iniciantes.

Mas, você talvesz se pergunte: – ” Os amigos são obrigados a fazer isso?”

-Não, não são obrigados, mas um dos sentidos da palavra amigo se relaciona ao “apoio por amor”.  O latim amicus significa “aquele que ama” ou “aquele que é amado“.

Já existem serviços de vendas de seguidores profissionais para canais do Youtube, Instagram e mídias desse porte, que seguem a política do quanto maior o número de seguidores mais a relevante o artista e músicos em início de carreira podem ser tentados a investir neste serviço.

Já é possível comprar um número razoável de virtuais seguidores fiéis que darão likes, visualizarão posts e darão mais relevância nas plataformas digitais. Linguagem dos negócios!( BotFanClub – Termo novinho em folha!)

Para entender porque isso acontece observe os dois exemplos a seguir:

Primeiro, um jovem escritor de lindas poesias no Instagram, tem mais de 10 mil amigos nesta plataforma. – Destes, apenas 10 curtiam os seus posts.

O segundo exemplo, numa cidade do interior um jovem cantor tem aproximadamente 3 mil seguidores, dos quais apenas 5 ouviam suas músicas no Spotify.

O CAMPO PODE  MELHORAR – DEPENDERÁ DE TODOS!

A arte está cada vez mais monocromática, escritores novos continuam sendo pouco divulgados, em cidades pequenas cantores novatos com novas abordagens, são encarados como potenciais concorrentes aos mais experientes.

É notável conforme os dois exemplos citados não há divulgação espontânea.

É preciso admitir que o mercado da música sofreu mudanças.

Como mudar tal cenário?

Prefeituras municipais podem criar e divulgar festivais em diferentes estações, para que haja plena exposição dos mais variados estilos de arte: Semana da Poesia, Semana da Música, Semana de exposição de arte e assim por diante e por fim, O encontro das artes.

Mais festivais significam mais visitantes, maior movimento no comércio local, aumento da arrecadação de impostos e, consequentemente, mais oportunidades de emprego.

Por outro lado, quando não há este pensamento e a divulgação dos talentos municipais ficam nas mãos de iniciativas privadas, como de esforçados donos de bares e lanchonetes, que é louvável, mas tem alcance limitado.

Como explicamos na introdução desta matéria o ambiente favorável e os cuidados, possibilitarão o crescimento desta beleza chamada Cultura.

Com um  trabalho mais amplo nesta área, a cidade ganhará novavida e novas cores, essenciais ao crescimento da cidade.

Gilson Cruz

O Músico e a Estrela (um breve momento)

Um texto inspirador, o romance do Músico e a Estrela.

Imagem de 1866946 por Pixabay

O músico e a estrela 🌟

Não tinha jeito, faltava algo.
As suas canções soavam sempre vazias.
Parece que nada brotava de sua mente, já exausta de tanto tentar.
Já cogitava desistir, até que num desses acidentes que só acontecem aos músicos, uma vez na vida, algo brilhante cai ao seu lado.
Ela era de fato, brilhante em todos os seus aspectos.
O sorriso lindo, a delicadeza e a inspiração que emanava de cada gesto dava a certeza de que uma estrela de verdade, caíra, bem ali.
Ele não entendia muito do que ela dizia, falava da distância, das saudades e de outros brilhos. – Aquilo o encantava!
Tudo que emanava da bela estrela se materializava em versos perfeitos e se encaixava milimetricamente em suas melodias.
Suas canções se tornaram alegres, cativantes!
Ele tinha então novidades para contar e cantar!
Delicadeza, amor, distância, inspiração – todos os temas fluíam livremente sem muito esforço!
E enquanto andavam pela noite, de perninhas machucadas, a estrelinha aproveitava cada momento em que se sentia amada e contava histórias, não se importava com o tempo. Queria mais era estender ao máximo aquele momento.

Confessava que também, lá de cima, amava as músicas e os versos do cantor…

E a luz do dia se aproximava lentamente…e eles não sabiam, tampouco se importavam, por isso, não percebiam
que as estrelas não são visíveis à luz do dia – e ela também desapareceu!
Desapareceu, e não conseguiu mais voltar!
E desde então, as músicas daquele compositor falam apenas da saudade.

Gilson Cruz

Para mais contos, leia também:

 Um romance de sol e lua ( Um conto) ‣ Jeito de ver

Que tal compor a sua obra de arte? ‣ Jeito de ver

Palavras de 2023 – o ano que passou!

Retrospectiva 2023

Imagem de Petra por Pixabay

Gilson Cruz

A Retrospectiva de 2023

Os Desafios Políticos e Sociais

“É sempre assim! Você fez isso com todos antes de mim! É um tal de Feliz Ano Novo pra cá, Feliz Ano Novo pra lá… e eu, como é que vou ficar? Será que vale à pena me esquecer? Vou te mostrar que não…

Bem, você lembra que o Brasil iniciou o ano com um novo presidente, como país polarizado, em que armas se tornaram mais importantes que livros? O ex-presidente abusou do poder político e dos meios de comunicação e foi condenado por abusos. Estará inelegível até 2030. Lembra dos escândalos da joalheria? Calma, eu te lembro: ele supostamente “agiu para tomar posse” dos presentes de luxo que deveriam ser destinados ao acervo da União.

E quando você acreditou que estava na hora de pacificar, a democracia foi testada. Um bando de baderneiros, patrocinados por políticos e empresários, decidiu depredar prédios públicos, obras de arte e monumentos históricos. Daí vieram as CPIs e CPMIs que investigavam o golpe de 8 de janeiro, a atuação do Movimento Sem Terra e o rombo bilionário das Lojas Americanas…

Dessas comissões, concluiu-se que o MST não é um movimento criminoso, que havia empresários e políticos envolvidos na tentativa de golpe e que a comissão que avaliou as Americanas estava preocupada em absolver os principais envolvidos.

Tragédias e Crimes

Crimes? Infelizmente, aconteceram muitos… Médicos foram assassinados após um deles ser confundido com miliciano, lá no Rio de Janeiro. No Rio Grande do Norte, 14 cidades foram aterrorizadas por uma facção criminosa que, em mais de 200 ataques, queimou vários ônibus, destruiu comércios e prédios públicos. Já em São Paulo, um estudante armado com uma faca feriu cinco alunas e matou uma professora de 71 anos.

No mundo, tragédias também marcaram o ano. Um dos mais mortais terremotos dos últimos 100 anos, na Turquia e na Síria, vitimou 56 mil pessoas. Em junho, o submersível Titan implodiu, vitimando milionários exploradores. Em setembro, o Marrocos enfrentou terremotos devastadores, com mais de 3.000 mortos. Além disso, o Azerbaijão atacou a região de Nagorno-Karabakh, deslocando 120 mil habitantes.

Outro fato marcante foi o sequestro e morte de centenas de israelenses que participavam de uma rave no deserto, seguido pela retaliação de Israel, que deixou milhares de civis palestinos mortos.

A natureza também mostrou sua força: Maceió literalmente afundou, ciclones extratropicais mataram mais de 40 pessoas no Sul do Brasil e o mundo enfrentou recordes de calor, além de incêndios devastadores no Canadá, Havaí, Grécia, Argélia e outros países.

Esporte e Arte

No esporte, o Santos do Rei Pelé foi rebaixado pela primeira vez, enquanto o Palmeiras conquistou mais um título. O Fluminense de Fernando Diniz venceu a Libertadores pela primeira vez. Na Copa do Mundo Feminina, o Brasil decepcionou, mas a Espanha saiu campeã, em um torneio marcado pela polêmica envolvendo o presidente da federação espanhola, suspenso após beijar uma jogadora sem consentimento.

Na arte, a rainha do rock brasileiro, Rita Lee, nos deixou em maio, deixando um legado incrível. Em Hollywood, artistas e roteiristas fizeram uma greve histórica por melhores condições e regulamentação do uso de inteligência artificial. Entretanto, a indústria do entretenimento também enfrentou tragédias, como a morte de uma fã da cantora Taylor Swift em condições de calor extremo e desorganização.

Uma Reflexão Final

Eu poderia falar da migração, da onda de preconceito e xenofobia, mas você talvez diga: “Já vi isso em 2022!” E é justamente por isso que insisto: não me esqueça! Em vez disso, aprenda comigo! Lembre dos acertos, mas não esqueça os erros e problemas. Cada vez que vocês esquecem, eles se repetem. E se repetirão até que vocês aprendam.

Com licença, devo me retirar… 2024 já chegou! Se comportem, está bem?

Assina, 2023

Veja mais no link  E esquecemos as Guerras … › Jeito de ver

O drama do músico – As escolhas

 

Gilson Cruz

 

O Desafio de Apresentar Novas Obras

Compor uma música é como trazer algo à vida. A inspiração, as horas de planejamento e, enfim, a hora da execução. Trazer uma obra ao público pode ser uma experiência traumatizante. Imagine as dúvidas que pairam sobre a mente de um artista quanto à aceitação de sua obra, daquilo que envolve tanto de sua personalidade!

No Festival de Música de 1967, Sérgio Ricardo, intérprete de “Beto Bom de Bola”, enfrentou uma situação ilustrativa. Desapontado por não ouvir o retorno do som da banda de apoio devido às vaias incessantes da plateia, o cantor teve um ataque de ira. Em um ato de descontentamento, proferiu as seguintes palavras: “Vocês ganharam, vocês ganharam!”, quebrou seu violão em um banco e o atirou para a multidão.

Nas competições disfarçadas de festivais, os sentimentos de rivalidade e competição superavam o que deveria ser a razão da arte: a apreciação. Muitas belas canções foram vaiadas, refletindo como a reação intempestiva do público resultou no mesmo comportamento do artista.

Essa dinâmica também ecoa nos desafios enfrentados pelos músicos consagrados. Mesmo com o sucesso de suas primeiras canções, surge o anseio de apresentar trabalhos mais recentes. No entanto, a introdução dessas novas músicas no repertório pode se tornar um desafio. Muitos artistas, após obterem sucesso com seus primeiros discos, podem se distanciar dessas músicas, ignorando o desejo do público por elas.

Pode haver uma certa resistência do público às novas canções por causa dos vínculos sentimentais gerados pelas antigas. Por isso, o artista consciente introduz sutilmente o novo repertório, revezando novos e velhos sucessos, de modo a não causar estranheza.

O Drama dos Músicos Anônimos

Músicos anônimos vivem cada apresentação como sendo uma última oportunidade. Não sabem onde estarão no dia seguinte, por isso, cada show se torna uma mistura dos mais variados estilos, na busca de encontrar um que seja a sua marca. Sonham, muitas vezes, em ser descobertos por empresários que os ajudem na busca desses sonhos.

A plateia, por outro lado, se divide em três: uma que preza as habilidades do artista, outra que está lá pela música e a outra que busca um significado nas coisas. Cabe ao artista dar aquilo que se precisa e se espera.

Àqueles que estão pelo artista: a arte – o que há de melhor. Àqueles que estão apenas pela música: a melhor música. Àqueles que buscam um significado: o momento inesquecível.

O público é a vida da arte, é quem se encarregará de não esquecê-la. Por isso, a relação artista-arte encontra a sua finalidade quando alcança o coração do público, que a manterá viva através dos tempos.

 

 

Veja também: Que tal compor a sua obra de arte? ‣ Jeito de ver

 

 

 

Músicos anônimos vivem cada apresentação como sendo uma última oportunidade.

Não sabem onde estarão no dia seguinte, por isso, cada show se torna uma mistura dos mais variados estilos, na busca de encontrar um que seja a sua marca. Sonham, muitas vezes, em serem descobertos por empresários que os ajude na busca desses sonhos.

 

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