A campanha eleitoral naquela pequena cidade do interior nordestino já havia alcançado o mais baixo nível de toda a história…
Cadeiradas eram afagos, perto do que se via por lá, mas também não era tão violenta quanto aquele caso do senador assassino que matou alguém lá em 4 de Dezembro de 1963…
Mas esqueceram a gentileza!
Palavrões, cadeiras voando, e um tal de “ladrão” pra cá e “ladrão” pra lá… mas ninguém cogitava a ideia de processar o candidato A, B ou C. Vai que tinha algo escondido!
Então, o coordenador da campanha de Jorge Clemente resolveu inovar: — “Nada é tão puro quanto uma criança!”
Bem, crianças não votam…
Usar crianças em campanhas políticas é meio estranho. Candidatos com cara de nojo abraçando crianças que dariam tudo para não estar naquele lugar…
Usar crianças é um artifício complicado, pois muitos casos de corrupção envolvem dinheiro que seria destinado à educação e à cultura – o futuro das mesmas.
Mas, como não estou aqui para explicar política e sim para contar o caso, deixe-me continuar:
Jorge Clemente teve a brilhante ideia para apaziguar os ânimos: — “Vou inovar… No carro de som, vou colocar algumas crianças para acenar ao povo, enquanto o locutor fala mansamente o nome Clemente…”
E assim se deu.
Quatro meninos foram escolhidos para desfilar no carro e acenar ao povo pelas ruas da cidade.
E qual não foi a surpresa da população ao ver que, enquanto a caravana passava, as inocentes crianças erguiam os pequenos dedos médios, em riste, para os adversários políticos.
Você já percebeu que a cultura de alguns países tem uma influência tão marcante em outras culturas que, por vezes, se torna até mais popular que a original?
E por outro lado, já viu como as nações mais ricas e armadas afetam profundamente as decisões comerciais mundiais, a ponto de proibir que seus aliados façam negócios com determinados países?
Os embargos econômicos são impostos não necessariamente porque os países visados sejam ditatoriais ou agressivos, mas para forçá-los a cumprir com as exigências e interesses das potências dominantes.
As duas situações são exemplos de Imperialismo.
Neste post, vamos explorar brevemente: O que é imperialismo e quais são suas principais características?
Definindo Imperialismo
O imperialismo é a política de expansão e controle adotada por países poderosos para dominar outras nações ou territórios, geralmente por meio de conquistas militares, colonização ou influência econômica e cultural.
Essa prática, comum nos séculos XIX e XX, era e ainda é motivada por interesses econômicos, como matérias-primas e novos mercados, além de objetivos políticos e estratégicos.
O imperialismo foi responsável pela criação de vastos impérios coloniais, especialmente por potências europeias, como o Império Britânico, Francês e Belga.
As nações colonizadas frequentemente sofreram exploração econômica, repressão cultural e perda de soberania, resultando em legados de desigualdade e conflito que persistem.
Hoje, o imperialismo também se manifesta através da influência econômica e cultural de nações ricas ou corporações multinacionais sobre países menores.
Atualmente, isso acontece quando as nações mais ricas forçam as mais pobres a aceitar seus termos exploratórios.
Independência do Brasil – Uma História Mal Contada
Nos bons tempos de escola, lembro da professora com olhos marejados, apontando o quadro de Pedro Américo, de 1888, narrando com emoção os eventos que levaram até as margens do Rio Ipiranga onde o Grande Dom Pedro I, deu o famoso grito: ” AAAiiiiiiii…”
Bem, não foi bem isso que ela ensinou, ela não poderia.
“Independência ou morte!” – foram as palavras do Imperador.
O segundo grito foi tão verdadeiro quanto o primeiro!
O fato é que as pessoas frequentemente embelezam a história para criar uma identidade própria.
No entanto, a verdadeira história desmistifica certos heróis e auxilia na compreensão mais profunda da estrutura atual da sociedade brasileira.
A Construção dos Heróis na História da Independência
A história da independência do Brasil é comumente contada de forma romantizada, especialmente na maneira como heróis são retratados.
Dom Pedro I é um exemplo clássico, frequentemente idealizado em sua imagem e papel nos eventos de 1822.
A imagem de Dom Pedro como herói nacional, proclamador da independência, ignora muitos aspectos e a complexidade política e social daquele tempo.
Essa visão romântica começou a tomar forma no século XIX, quando historiadores e o governo buscavam forjar uma identidade nacional coesa.
Esses heróis foram criados para influenciar a opinião pública e incentivar o sentimento patriótico numa nação nova e diversa.
Os movimentos políticos e as revoltas
Os aspectos mais obscuros, como conflitos internos e influências externas que afetaram a independência, frequentemente foram deixados de lado ou diminuídos para não ofuscar o relato heroico.
É fundamental reconhecer que Dom Pedro I não atuou sozinho nem sem interesses próprios.
Suas motivações tinham raízes políticas e sociais profundas, tanto no âmbito brasileiro quanto no internacional.
Ao idealizar a história, historiadores daquela época forjaram uma narrativa que enfatiza feitos heroicos individuais em vez de uma visão mais completa dos elementos que conduziram à independência.
Até hoje, essa perspectiva romantizada prevalece, o que impede um entendimento mais integral e crítico dos acontecimentos que culminaram na independência do Brasil.
Compreender as reais motivações e o contexto é vital para uma avaliação mais detalhada e verídica da história do país.
As Negociações Ocultas por Trás da Independência
A independência do Brasil é comumente vista como um evento revolucionário, mas na realidade, foi um processo complexo de negociações políticas e econômicas.
Esse cenário diplomático contou com personagens chave como Dom João VI e a nobreza portuguesa, que tiveram papéis essenciais na transição do Brasil de uma colônia para uma nação independente.
Com a transferência da corte portuguesa para o Brasil em 1808, Dom João VI desencadeou uma série de transformações que prepararam o país para a independência.
Ao elevar o Brasil ao status de Reino Unido a Portugal e Algarves em 1815 e abrir os portos brasileiros ao comércio internacional, ele promoveu relações comerciais vitais para a autossuficiência econômica da colônia.
No cenário internacional, a situação era igualmente complexa, com as Guerras Napoleônicas e a instabilidade na Europa exercendo grande pressão sobre Portugal.
Como um aliado menor no cenário geopolítico controlado pelas grandes potências europeias, Portugal teve que negociar com cautela para manter sua influência no Novo Mundo.
As concessões feitas por Dom João VI visavam proteger interesses portugueses e brasileiros, amenizando o impacto da separação que se aproximava.
Relações ocultas Brasil/Portugal
Um dos aspectos mais significativos das negociações ocultas foi a relação financeira entre o Brasil e Portugal.
Tratados como o “Tratado de Amizade, Navegação e Comércio” assinado em 1810 formalizaram acordos que beneficiavam ambos os países, estabelecendo regras comerciais que perdurariam além da independência.
Ademais, a indenização financeira paga pelo Brasil a Portugal em 1825, como parte do reconhecimento formal da independência, reflete o caráter negocial e compensatório da ruptura.
Portanto, a independência do Brasil não pode ser compreendida plenamente sem considerar os acordos políticos e econômicos que antecederam o proclamado Grito do Ipiranga.
Esses arranjos, muitas vezes omitidos nos relatos tradicionais, moldaram a transição de uma colônia governada a uma nação soberana, iluminando uma dimensão frequentemente esquecida da história brasileira.
A Supressão de Revoltas e Movimentos Populares
A narrativa da independência do Brasil não está completa sem considerar as revoltas populares que ocorreram antes e depois de 1822.
Levantes como a Revolução Pernambucana de 1817 simbolizam a insatisfação com o regime colonial e a demanda por reformas substanciais.
A Revolução Pernambucana, um movimento separatista, reivindicou maior autonomia, liberdade comercial e o fim das arbitrariedades do poder central.
Apesar de sua rápida supressão, deixou um legado de resistência e luta por direitos.
Outras revoltas, temidas pelo poder dominante por ameaçarem a unidade e o controle sobre a colônia, também foram reprimidas.
Antes da independência, movimentos como a Inconfidência Mineira em 1789 e a Conjuração Baiana em 1798 enfrentaram repressão severa.
A luta persistiu mesmo após 1822, com a Cabanagem (1835-1840) e a Farroupilha (1835-1845), que desafiaram o poder estabelecido em busca de autonomia regional e reformas sociais e econômicas.
Esses movimentos refletem a contínua insatisfação popular e a complexidade da formação do estado brasileiro.
Assim, para compreender plenamente a independência do Brasil, é essencial reconhecer e estudar essas revoltas, valorizando a memória das lutas e daqueles que desafiaram a ordem vigente.
Entendendo os bastidores
Frequentemente, a versão oficial simplifica ou omite complexidades cruciais que influenciaram o curso dos eventos.
O livro “O Reino que Não Fazia Parte Deste Mundo” traz uma análise aprofundada dos fatores políticos, sociais e econômicos que levaram à separação de Portugal, evidenciando como narrativas oficiais podem ser construídas por interesses particulares.
A obra critica a idealização de Dom Pedro I, argumentando que a imagem do príncipe regente proclamando a independência às margens do Ipiranga, com um brado retumbante, não reflete as complexas negociações e tensões políticas que ocorreram antes desse ato.
A ênfase em um único herói desconsidera a rede de influências, incluindo a pressão das elites econômicas e intelectuais, que realmente delinearam a decisão de se desvincular de Portugal.
Independência
Além disso, os padrões de exploração e a desigualdade social, heranças do período colonial, não se resolveram automaticamente com a independência.
Ao contrário, muitos problemas persistiram, como a escravidão, que continuou legal e vital para a economia no século XIX.
A historiografia tradicional frequentemente atenua essa continuidade, sugerindo uma transição mais progressista e liberal do que realmente ocorreu.
É essencial reconhecer essas sutilezas para entender completamente os eventos históricos.
Portanto, reavaliar os fatos históricos é uma necessidade educacional.
Incluir perspectivas variadas, especialmente as que são frequentemente ignoradas, como as dos escravizados, indígenas e mulheres, amplia a compreensão do processo de independência.
Entender os eventos não tira a importância dos personagens históricos, mas destaca aspectos da cultura nacional, como o clientelismo, o protecionismo e as desigualdades sociais — elementos que Pedro Américo não representaria em uma pintura.
Poucos, muito poucos, ouviram o grito da Independência.
É cedo e alguém no fim da rua lembrou que ainda havia um daqueles foguetes da festa da democracia da noite passada.
Bem, meus tímpanos perfurados não ficaram felizes com os picos de 118 decibéis das cornetas dos carros — sim, falei carros — que passaram em frente à minha casa, assim como também minha pobre cachorrinha quase infartou.
Pois é, os cães não suportam sons altos.
Imagine então os pobres cachorrinhos de rua; não tente imaginar, deve ser difícil. São apenas cachorros.
Enquanto isso, uma fala indecifrável e rouca repete comandos que mais irritam do que encorajam!
É estranho como mostrar força numa campanha se relaciona mais com a intimidação (que nos remete aos belos tempos de bullying escolar…) do que com planos de governo. Não amadurecemos muito nesse aspecto!
E de repente, sem querer nem forçar a barra, me sinto de volta aos tempos em que não havia microfones e alto-falantes modernos e os candidatos se esgoelavam de modo a serem alcançados por todos os ouvintes…
E apesar da modernidade, vejo candidatos gritando desesperadamente nos microfones, e antes que você se diga: “Gritar é necessário para estimular os eleitores…” — já imaginou este tipo de estímulo dentro de casa?
Bem, para ser eloquente e entusiástico não é preciso se esgoelar; um pouco de modulação no tom do discurso teria um efeito mais positivo.
Mas, enquanto escrevo, um amigo diz: “Isso é política!”
Não posso concordar. A arte da negociação e dos debates de propostas, sem as baixarias atuais no mundo inteiro, a definiria melhor.
E enquanto tento argumentar, uma bomba explode próximo ao meu ouvido, já doente, enquanto os cachorrinhos acuados se encostam, tremendo, nas paredes como se tentassem atravessá-las.
Minha amiguinha de quatro patas se encolhe na poltrona.
Setembro é um mês especial. Por essas bandas, o frio se despede, dando início ao primeiro verão, ou primavera.
Setembro também traz o sorriso de Bell, minha irmã mais nova, que nasceu neste mês, no dia 16, assim como as saudades da minha irmã Léia, que também nasceu no dia 17 e que, neste mês, passou a viver apenas nos meus sonhos e memórias.
Setembro é também marcado como o mês dos atentados terroristas ao World Trade Center.
Que tal mergulharmos um pouco na história deste mês?
Apresentando…
Setembro é o nono mês do ano no calendário gregoriano, com duração de 30 dias.
Seu nome tem origem na palavra latina “septem” (sete), pois era o sétimo mês no calendário romano, que originalmente começava em março.
A introdução dos meses de janeiro e fevereiro em 451 a.C. reposicionou setembro como o nono mês do ano.
No hemisfério norte, setembro marca o início do outono, enquanto no hemisfério sul, é o início da primavera, sendo sazonalmente equivalente a março no hemisfério norte.
Em 21 ou 22 de setembro, ocorre o equinócio de setembro, quando o Sol cruza o equador celeste rumo ao sul, sinalizando o começo do outono no Hemisfério Norte e da primavera no Hemisfério Sul.
História
Historicamente, setembro era dedicado ao deus romano do fogo, Vulcano, devido às altas temperaturas associadas ao mês quando ainda era o sétimo mês do calendário.
Os anglo-saxões também o chamavam de “Gerst Monath” (mês da cevada) e “Haefest Monath” (mês da colheita), refletindo sua importância agrícola.
Acontecimentos na história
Setembro é rico em simbolismo e eventos históricos.
Em 1752, o Império Britânico omitiu 11 dias no mês, entre os dias 2 e 14, ao transitar do calendário juliano para o gregoriano.
O 1º de setembro de 1939 marca o início da Segunda Guerra Mundial, com a invasão da Polônia por Adolf Hitler.
Já em 11 de setembro, o mundo relembra dois eventos trágicos: os ataques terroristas nos EUA em 2001, que causaram a morte de 2.996 pessoas, e o golpe militar no Chile em 1973, liderado por Augusto Pinochet.
Mês de conscientização
Além disso, setembro é conhecido por suas campanhas de conscientização.
A campanha Setembro Amarelo, adotada no Brasil em 2015, visa prevenir o suicídio, conscientizando sobre a saúde mental e reduzindo o estigma associado a transtornos mentais.
Ela foi inspirada pela história de Mike Emme, um jovem que cometeu suicídio aos 17 anos, em setembro de 1994, nos Estados Unidos.
A campanha é simbolizada por fitas amarelas, e dados alarmantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio anualmente no mundo. No Brasil, a taxa média é de 14 mil suicídios por ano.
Um mês cultural
O mês de setembro também tem relevância cultural e social.
É marcado pelo início do ano letivo em muitos países do hemisfério norte, além de abrigar o famoso Festival de Cinema de Veneza. Nos Estados Unidos, setembro é o mês nacional do mel, do frango e do piano.
As pedras de nascimento associadas a setembro são a safira e o lápis-lazúli.
Em resumo, setembro é um mês cheio de histórias, tradições e peculiaridades que vão muito além do que geralmente se conhece, destacando-se tanto por seu significado histórico quanto por seu impacto cultural e social.
Mas, nenhum foi tão perfeito quando Aristóbulo Duarte, este parecia odiar times de futebol!
Explica-se, não dava nenhuma demonstração de paixão ou a mínima quedinha por qualquer time em qualquer partida que arbitrou.
Mas, mesmo o coração dos árbitros pode ser traiçoeiro.
O campeonato não estava bom para o mais querido, a primeira partida da final foi difícil e o time da Fala Mansa, venceu por um gol de diferença.
O clima estava terrível, pois o futebol nunca fora tão equilibrado. O jogo da volta era uma incógnita.
Mas, chegou a data!
Todos temiam, menos a turma que venceu a primeira partida, Aristóbulo era o árbitro. Com ele haveria, no mínimo, uma partida justa. Mas, Aristóbulo tremia por dentro.
O Mais Querido, também era o mais querido do árbitro, que estava triste – nada podia fazer.
E começou a partida.
O time da casa, deu o pontapé inicial.
A pressão nos primeiros minutos era horrível, mas o João do Fala Mansa pegava tudo, o que queria e até mesmo o que não queria – Gripe foi uma delas.
A calma adversária irritava o Mais querido, que precisava vencer por dois gols de diferença. 30 minutos, o empate persistia.
Mas, num lance de pura sorte, Cabeludinho entra na área e algum fantasma adversário deu- lhe uma rasteira que o fez rolar por cinco metros.
Fantasma? Deve ter sido, pois ninguém viu o autor da falta, só o Aristóbulo. Gol do mais querido! Pênalti!
O Fala Mansa EC, se revoltou. Cercou o árbitro, reclamou, brigou.
Mas, não se ousou a dizer que ele estava roubando.
Perninha, o atacante adversário se ousou a dizer com ou sem juiz a gente vence. Foi a gota d’água! Aristóbulo sacou um vermelho imediato e mandou o Perninha pro chuveiro.
O engenhoso técnico Martins, não entendeu. E tratou de organizar o time. E acabou o primeiro tempo.
O mais querido ainda precisava de mais dois gols para levar o título, mas estava difícil.
Trinta minutos da mais pura pressão e nada. Já que o mais querido não podia fazer nada, cabia ao sobrenatural dar um jeito!
E aos trinta, Baixinho entra velozmente na área pelo lado esquerdo.
Sem marcação e também sem bola – e acidentalmente tropeça nas pernas de quem? Acho que do mesmo fantasma, pois ninguém viu – exceto Aristóbulo.
Pênalti.
Segundo pênalti em circunstâncias idênticas.
Algo deveria estar errado!
Mas, quem se ousaria a falar? O time já estava com um a menos!
Mas, Getúlio não suportou e reclamou. E de quebra levou o vermelho, no meio da testa.
A revolta foi geral e mais dois do Fala Mansa foram para o chuveiro!
Agora, estava fácil! Mas, o mais querido não ajudava.
Dois a Zero, e num lance absurdo, pra se livrar da bola., Antônio Grosso, dos visitantes chutou a bola pra cima… E ela morreu no fundo das redes do mais querido!
O goleiro, não esperava, o time não esperava…e Aristóbulo não esperava.
Acréscimo 3 minutos.
O mais querido foi pra cima, 2×1 no placar, quatro jogadores a mais…era tudo ou nada!
A pressão foi terrível…e naquelas maravilhas do futebol, Garotinho chuta a última bola, cruzada, o jogo iria para os pênaltis…
E a bola corre para fora no que seria o último lance da partida…
Ninguém para esticar a perna e colocar pra dentro…
E Aristóbulo, como um atleta, deu o seu último pique e se atirou como um herói… Deslizando no gramado do mais querido e como um artilheiro, colocando a bola pra dentro e apitando abruptamente o final do jogo, saindo pra comemorar com os jogadores…
Não houve quem reclamasse, todos inclusive os dirigentes do futebol amavam o mais querido, não haveria possibilidade de mudar!
E nas fotos do título, Aristóbulo realizava seu sonho:
Quando eu era jovem, costumava ouvir uma música no rádio que me transportava no tempo. A nostalgia e a alegria que sentia eram incríveis!
Mesmo sem entender a letra, a voz suave da cantora aliviava minhas frustrações. Depois de muito tempo, redescobri aquela canção mágica: “Yesterday Once More”, do The Carpenters.
A letra evoca memórias e sentimentos intensos.
O narrador relembra ouvir suas canções favoritas no rádio, revivendo momentos de sua juventude. A música captura a felicidade e a saudade que essas lembranças despertam, ressaltando como as canções antigas nos levam de volta a tempos mais simples e felizes.
O refrão enfatiza a habilidade da música de nos fazer sentir como se estivéssemos revivendo instantes preciosos, expressando o desejo de revisitar esses tempos por meio das melodias e letras que marcaram uma vida.
O reencontro com a voz impecável de Karen Carpenter e as harmonias esplêndidas de Richard me fizeram recordar a história do The Carpenters. Que tal compartilharmos um pouco dessa história?
O Início
O duo The Carpenters, formado pelos irmãos Karen e Richard Carpenter, surgiu na infância de ambos, em New Haven, Connecticut. Richard se destacou como pianista prodígio, enquanto Karen, inicialmente inclinada para esportes, descobriu seu talento para a bateria e o canto.
Em 1963, a mudança para Downey, Califórnia, foi decisiva. Imersos em um ambiente cultural vibrante, dedicaram-se à música. Richard aprimorou suas habilidades na California State University, Long Beach, e conheceram colaboradores importantes.
Em 1969, formaram “The Carpenters” e assinaram com a A&M Records. Lançaram seu primeiro álbum, “Offering” (renomeado “Ticket to Ride”), que abriu caminho para o sucesso subsequente.
Sucesso e Fama Internacional
O sucesso veio com o álbum “Close to You” (1970) e o single homônimo, que alcançou o primeiro lugar nas paradas dos EUA. A combinação da voz suave de Karen e os arranjos sofisticados de Richard criou um som único, cativando uma ampla audiência.
Outro grande sucesso foi “We’ve Only Just Begun”, que se tornou um hino de casamentos e celebrações.
Os Carpenters ganharam popularidade mundial com suas baladas românticas e melodias cativantes.
Embarcaram em turnês internacionais, marcadas pela perfeição vocal e instrumental, ganhando admiração do público e da crítica. Receberam prêmios, incluindo três Grammy Awards, e suas músicas continuam sendo celebradas.
Problemas de Saúde
Karen Carpenter enfrentou críticas severas e preconceitos que afetaram profundamente sua vida pessoal e carreira, contribuindo para sua luta contra a anorexia nervosa. A pressão para manter uma imagem pública idealizada agravou seu estado de saúde. Essa batalha afetou a dinâmica do grupo, com atrasos na produção musical e interrupções nas turnês.
A luta de Karen destaca a necessidade de um ambiente mais compassivo e de apoio na indústria musical. A história dos Carpenters enfatiza a importância de abordar questões de saúde mental e bem-estar com seriedade, oferecendo lições valiosas para jovens artistas.
Maiores Sucessos
O grupo deixou uma marca indelével na música pop com sucessos como “Close to You”, “We’ve Only Just Begun”, “Top of the World” e “Rainy Days and Mondays”. Essas músicas definiram a carreira dos Carpenters e ajudaram a moldar o cenário musical dos anos 70.
A história dos Carpenters é fascinante por várias razões. Mesmo em uma era dominada pela cultura hippie e pelo novo rock, destacaram-se com um estilo único, oferecendo um contraste notável.
A marca dos Carpenters na indústria musical é profunda e duradoura, inspirando lições sobre perseverança, resistência e autocuidado.
Ouvir “Yesterday Once More” ainda me proporciona belas emoções.
A cidade estava agitada com a chegada das novas eleições.
O cenário era de Copa do Mundo, ruas enfeitadas com santinhos e cartazes daqueles rostinhos que nem Photoshop e nem promessas de campanha conseguiriam harmonizar.
Mas, dessa vez, havia um probleminha: eram dois candidatos muito queridos pela população e, o pior, eram honestos e conseguiram grandes avanços na educação, saúde e empregos.
A população comemorava, mas estava angustiada por causa das dúvidas.
E agora: os dois candidatos à reeleição são exatamente idênticos, conseguiram os mesmos números, não perseguiram adversários políticos e dividem exatamente a mesma quantidade de votos válidos. Não é empate técnico, é exatamente um empate!
Os jornais da cidade não sabiam a quem difamar, isto é, favorecer — não me entendam mal.
Ambos candidatos eram idôneos, e qualquer calúnia significaria o fim do jornal, pois a população consciente não mais consumiria quem propagasse notícias falsas.
O locutor da cidade estava confuso… nunca em sua história estivera impedido de caluniar… isto é, inventar novos fatos.
As praças públicas em dias de comícios pareciam encontros de amigos, pois mesmo que discordassem quanto à opção, todos tinham esse direito!
As canções irritantes de outros períodos eleitorais, de cantores que desperdiçavam seus talentos em canções que irritavam adversários, foram substituídas por versos de campanha.
Pareciam mais promessas religiosas…
E nesta cidade, os candidatos passeavam em praças públicas, não como deuses hipócritas, mas como humanos capazes de enxergar as dificuldades das pessoas.
E agora, quem seria o eleito? Quem venceria a eleição? Não importava quem seria o eleito, a cidade ganharia.
E assim se deu.
No dia da eleição, o morador mais velho da cidade faleceu e, com ele, o voto do empate.
E em sua homenagem, o novo prefeito, o escolhido, inaugurou uma nova praça: Honesto dos Santos. E as pessoas de outras cidades caminham por ela, distraídas… sem entender o porquê da história.