Canções do Silêncio e das Estrelas

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O que mais tortura um escritor se não a falta do que escrever?
Bem, quando se refere a este trabalho até a falta de inspiração é objeto de escrita.

Me fogem ideias, me faltam palavras..

Poderia falar sobre aquele jovem senhor que cuidava de sete cachorrinhos e que diariamente repetia a Deus que ficaria rico. Que seria um dia cantor de músicas internacionais e ficaria famoso e ganharia também numa dessas loterias da vida.

As estações pareciam longas e intensas…

O fato é que todos os dias, antes mesmo de o sol sorrir, ele, acompanhado de seus amiguinhos, revirava os recicláveis para lotar o seu carrinho e extrair das sobras dos restaurantes o alimento dos pequenos companheiros.

Alguns poucos anos se passaram e num desses invernos os cachorrinhos vagavam pelas ruas, procurando amizade e consequentemente um pouco de alimento…

Cães também comem, é verdade!

O amigo dos cães desaparecera! – Ele abandonara os seus amiguinhos.

Segundo alguns diziam: “A vida lhe sorriu”.

Diziam alguns, que aquele homem, sem nome, estava agora bem de vida.

“Que Deus lhe ouvira as preces…”

Que bom!  Mas, não diz isso aos cachorrinhos… estavam sozinhos agora!

Agora que as noites de inverno passavam, os bares da cidade passaram a contar com música ao vivo.

A praça lotada, pessoas felizes aplaudiam a linda voz do cantor que sonhava em um dia, poder mostrar seu talento a públicos maiores.

E depois de horas, a apresentação chegava ao fim.

Namorados passeavam a contemplar um último brilho da lua e quem sabe levar um último beijo de boa noite.

E enquanto todos se deslocavam para suas casas, satisfeitos, não percebiam os mesmos cães deitados ao redor do que seria um novo amigo.

As noites de inverno não são românticas, nem mesmo nos nordestes do Mundo.

Por isso, as pobres criaturas envolviam agora o seu Novo dono, alguém de olhar triste e pele sofrida, que para fugir da vida ou das memórias, adormecia no meio da praça e despertava como o auxílio daquilo  que o inebriava.

Há alguém que não leve consigo um passado? Alguns o temiam, acreditavam ser um fugitivo –mas, todos são fugitivos de algum modo!

Não falava muito sobre família, amigos – nada.

Apenas dizia ao Carteiro que esperava um cartão, que viria de um antigo lugar, chamado Mimoso. Sem falar muito mais a respeito.

Diziam nas ruas que conversar com bêbados ou cuidar deles é trabalho para heróis e que nem mesmo ambulâncias seriam deslocadas quando se tratasse de acidentes com eles.

Línguas maldosas!

Mas, o fato é um dia o encontrei dormindo, cansado de esperar o movimento lento das coisas e enquanto ele dormia, coloquei em suas mãos um desses lanches que não sustentam um dia inteiro, mas que era bem melhor que o álcool.

É estranho perceber que hoje, não consigo lembrar o nome dele.

Mas, num dia desses cansado de viver esperando, por ninguém sabe exatamente o quê, seu coração decidiu parar…

Aqueles que criticavam o seu modo de vida…estavam atônitos…de certo modo, tristes.

Me faltam palavras para descrever o que senti. Sei que a vida lhe foi breve.

Quando percebo como alguns sobrevivem com tão pouco, sinto a vergonha alheia de ver como alguns estão dispostos a prejudicar centenas de outras pessoas em fraudes para fins e atitudes egoístas.

Não ouvi anúncios de sepultamento. Alguém talvez chore a sua falta e lamente a sua vida ausente.

O universo porém, continuará frio e inóspito. Não se apagarão estrelas por ele…

O verão chegaria há apenas quatro dias…e novamente os pets andariam sozinhos… nas mesmas praças.

Enxotados e maltratados, como pessoas ignoradas.

Me tortura a alma, não saber o que dizer.

Gilson Cruz

Veja também Retratos da vida – o que deixamos passar ‣ Jeito de ver

Bem vindo ao mês de abril ! – História.

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Imagem de StockSnap por Pixabay

Abril, o primeiro mês dos quatro meses do ano com 30 dias, transborda de acontecimentos interessantes e curiosidades históricas. Vamos explorar algumas dessas pérolas:

Se você é um apreciador de música, foi no neste mês que faleceu o icônico líder da Banda Nirvana, Kurt Cobain, no dia 5 de abril de 1994 .

No cenário brasileiro, abril é o mês do nascimento de astros como Moreira da Silva, o mestre do samba, nascido em 1º de abril de 1902, e o inesquecível Cazuza, que veio ao mundo em 4 de abril de 1958.

Na esfera política e cultural, datas como o nascimento de figuras emblemáticas como Getúlio Vargas (19/04/1882), Monteiro Lobato (18/04/1882), e até mesmo o ditador genocida Adolf Hitler (20/04/1889) merecem menção.

Abril não se limita apenas a nascimentos, mas também é o mês em que nos despedimos de figuras importantes, como o saudoso Papa João Paulo II (02/04/2005) e o herói da Inconfidência, Tiradentes (22/04/1972) – lembro-me como se fosse ontem!

E quanto a corrente da história? Desde o início da ocupação portuguesa das terras que viriam a ser chamadas de Brasil, em 22 de abril de 1500, até eventos marcantes como o fatídico naufrágio do Titanic em 14 de abril de 1912.

No campo do entretenimento e do esporte temos o nascimento do lendário Charles Chaplin em 16/04/1889, e o marco histórico do surgimento do Santos Futebol Clube em 14/04/1912.

E, claro, não podemos ignorar as datas curiosas, como o Dia do Humorismo e da Mentira em 1º de abril, o Dia da Verdade em 3 de abril  e o Dia da Dança em 29 de abril.

Além de tudo isso, há toda uma poesia por trás do próprio nome do mês.

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Imagem de 4557712 por Pixabay

“Abril” vem do Latim “aperire”, abrir, que lembra o desabrochar das flores na Primavera do Hemisfério Norte. Uma homenagem, portanto, à renovação da natureza e à deusa grega da beleza e do amor, Afrodite. – Abril, mês que recorda a deusa do amor – RTP Ensina

E como se todo esse romance não bastasse, em 13 de abril celebramos o Dia do Beijo e dos Jovens!

Um momento para brincar e espalhar amor e carinho.

Fonte: Abril – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

O último calendário – uma crônica ‣ Jeito de ver

Vamos falar do Corinthians! – O Time da Fiel.

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Imagem de LAILTON ARAÚJO por Pixabay

 

Que time seria capaz de abandonar um Campeonato em protesto ao desrespeito à classe trabalhadora e ainda por cima, ter uma torcida literalmente “Fiel”?

Vamos à história:

O Corinthians teve o seu início em uma época em que os principais clubes eram formados por pessoas que faziam parte das elites, enquanto a classe baixa, excluída devido à divisão econômica, jogava apenas futebol de várzea.

Um grupo de cinco trabalhadores da Estrada de Ferro, sendo eles Joaquim Ambrósio, Antonio Pereira, Rafael Perrone, Anselmo Correia e Carlos Silva, no dia 31 de agosto de 1910, cogitou formar um time, após assistirem a uma partida de um time que estava em excursão pelo Brasil.

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Escudo Oficial do Corínthians

O time em excursão era o Corinthian’s Football Club, de Londres (1882-1939).

Marcaram uma reunião para o primeiro dia de setembro do mesmo ano, com participação do público, na Rua José Paulino, às 8:30 da noite. Os cinco trabalhadores e os vizinhos do Bom Retiro.

Naquela noite, foi fundado o Clube e eleito o primeiro presidente: Miguel Bataglia.

Primeiras partidas e campeonatos

O primeiro campo utilizado pelo novo time seria um terreno baldio, propriedade de um vendedor de lenha, do qual ganhou o apelido “Campo do Lenheiro”.

A primeira partida foi marcada para o dia 10 de setembro, o adversário seria o União da Lapa, um time amador. O resultado: perdeu por 1X0.

Voltaria a jogar no dia 14, desta vez contra o Estrela Polar. Luis Fabi faria o primeiro gol e o time conquistaria sua primeira vitória: 2X0.

O futuro Timão se preparava para ingressar na Liga Paulista, o que ocorreu em 1913. Em 1914, ganhou o primeiro título. O segundo veio dois anos depois.

Em 1922, como campeão paulista, disputou o torneio interestadual com o campeão carioca daquele ano, o América – venceu e entrou para a galeria dos grandes clubes do Brasil.

Em janeiro de 1918, deu-se a inauguração do primeiro campo oficial, a Ponte Grande.

Situado às margens do Rio Tietê, foi sede das partidas do Timão até 1927, quando foi doado ao São Bento, após a construção do seu primeiro estádio.

Foi três vezes campeão no fim da década de 1920, de 1928 a 1930 e novamente no final da década seguinte.

Em 1926, comprou do Esporte Clube Sírio o Parque São Jorge, no bairro Tatuapé.

A reinauguração deu-se num amistoso contra o América, do Rio de Janeiro. O estádio é apelidado de Fazendinha, apesar do nome oficial ser Alfredo Schürs. Desde 1997, é a casa da equipe profissional de futebol feminino do Corinthians.

Jejum de títulos e campeão novamente

Na década seguinte, enfrentou muitas dificuldades e ganhou apenas em 1941 e novamente em 1951.

Venceu novamente os Paulistas de 1952 a 1954, sendo tricampeão do torneio Rio-São Paulo, nos anos 1950, 1953 e 1954.

A estiagem de títulos chegou depois de 1953. Esta fase foi marcada pela tragédia que ocasionou a perda de dois belos jogadores, num acidente de carro: Lidu e Eduardo.

Tal período de seca de títulos só foi encerrado em 1977, após 23 anos, quando 86 mil torcedores lotaram o Pacaembu, presenciando a vitória sobre a Ponte Preta, por 1X0.

A geração dos anos 70 e 80 foi marcada pela presença de gênios como Rivelino, no início da década (o maior de todos!), Sócrates, Wladimir, Casagrande e o folclórico Biro Biro (que era melhor até que o Maradona!).

O Pacaembu, fundado em 1940, tornou-se palco de grandes exibições do time do Parque São Jorge, como o título da Libertadores sobre o Boca Juniors, da Argentina, em 4 de julho de 2012.

Grandes rivalidades:

O maior rival: Palmeiras.

A rivalidade com o Palmeiras começou supostamente quando italianos, ex-sócios do Corinthians, fundaram o Palestra em 26/08/1914.

Há o rival do clássico conhecido como “O Majestoso”, contra o São Paulo, o clássico Alvinegro contra o Santos e mais clássicos nacionais, em que o time, cujo mosqueteiro é o mascote, enfrenta com a garra e a determinação costumeira.

Apesar de ser uma das mais belas e marcantes torcidas, a apaixonada torcida do Corinthians também se envolveu em episódios de violência, o que de certo modo desvirtua o seu próprio objetivo e o objetivo do futebol.

O resumo de uma história de conquistas:

Em 113 anos de uma bela história, os títulos:

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. 2 Mundiais de Clubes da FIFA – 2000 e 2012

. 1 CONMEBOL Libertadores – 2012

. 1 Recopa Sul-Americana – 2013

. 7 Campeonatos Brasileiros – 1990, 1998, 1999, 2005, 2011, 2015 e 2017

. 3 Copas do Brasil – 1995, 2002 e 2009

. 1 Campeonato Brasileiro Série B – 2008

. 1 Supercopa do Brasil – 1991

. 5 Torneios Rio-São Paulo – 1950, 1953, 1954, 1966 e 2002

. 2 Taças dos Campeões Rio-São Paulo – 1929 e 1941

. 1 Taça Estado de São Paulo – 1962

30 Campeonatos Paulistas – 1914, 1916, 1922, 1923, 1924, 1928, 1929, 1930, 1937, 1938, 1939, 1941, 1951, 1952, 1954, 1977, 1979, 1982, 1983, 1988, 1995, 1997, 1999, 2001, 2003, 2009, 2013, 2017, 2018 e 2019. – Títulos do Corinthians: veja lista de conquistas do clube | corinthians | ge (globo.com)

O Corinthians nasceu e cresceu superando dificuldades, o que talvez defina a sua alma guerreira.

Será sempre uma equipe combativa, resiliente, que ostentará sempre, como um título, uma das maiores e mais belas torcidas do futebol brasileiro.

Fonte: Sport Club Corinthians Paulista – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Leia o pequeno conto: O goleiro que pegava até pensamentos! ‣ Jeito de ver

 

Qual o seu idioma? – Tem certeza?

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Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

 

Português? Tem certeza?

A interpelação em qualquer vernáculo atinge seu ápice quando a epístola é percuncientemente internalizada.

Recorrer a locuções requintadas parece conferir uma estética mais nobre, culta – contudo, o desiderato de uma língua é o colóquio! Coloquiar é asseverar-se de perceber e ser perspicazmente reconhecido.

A utilização de tais termos descontextualizados apenas ressaltará não a erudição do interlocutor, mas sim sua rusticidade. Destarte, no cotidiano, Simplifica. Assegure-se de edificar a mútua sapiência!

E se a presente disquisição não lhe é acessível, não temais, existem maneiras mais limpidas de expressar: A comunicação possui um desiderato!

Traduzindo: Seja simples!

O objetivo de uma linguagem é possibilitar a comunicação e o entendimento entre as pessoas!

 

Leia também: Iaçu – Um pouco de Poesia e História ‣ Jeito de ver 

Simplicidade na Comunicação: quando o “menos é mais” realmente é perceptível pelas pessoas (linkedin.com)

 

 

Amar é não deixar de acreditar

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Imagem de Sasin Tipchai por Pixabay

 

“Com amor, conseguimos muito mais…”

Apesar de ser um clichê, nada poderia ser tão real quanto o senso de realização ao perceber que aquilo que amamos fazer surtiu os efeitos desejados.

O compositor sente-se orgulhoso ao ver que uma canção bem elaborada teve boa aceitação do público, assim como o poeta é alimentado pela sensação de ter emocionado corações. O professor sente-se feliz ao ver o seu aluno alcançar aquilo que ele se propôs a ensinar.

Não importa o segmento, tudo aquilo que conseguimos fazendo por amor tem um sabor diferente.

Uma das facetas do amor, descrita pelo apóstolo São Paulo na Bíblia, é “acreditar em todas as coisas”.

Aplicando de um modo diferente tais palavras, poderíamos afirmar:

Se você ama algo, aprenda, reaprenda se for preciso, tente várias vezes até encontrar a maneira correta de agir. Isso é acreditar!

Não despreze seus sonhos, mesmo que estes não o enriqueçam! Estar bem financeiramente é bom, mas enriquecer não significa estar feliz!

Se você ama alguém, aprenda, reaprenda se preciso for a ser o apoio necessário para que ambos cresçam juntos.

Relacionamentos em que os objetivos são alcançados isoladamente enfraquecem com o tempo. Dividir o entusiasmo é tão importante quanto compartilhar as frustrações. Seja o apoio, isso é acreditar!

Alcançar o sucesso é o sonho de cada pessoa, apesar dos diferentes conceitos a respeito do que seria alcançá-lo. A pessoa pode alcançar todos os objetivos traçados para a própria vida, mas seria frustrante não compartilhar com ninguém a alegria de tais conquistas.

Assim, é real afirmar que precisamos compartilhar não apenas as frustrações, mas principalmente o entusiasmo! Sim, compartilhar também é amar…

E com amor, chegamos muito mais longe!

 

Veja também  A difícil arte de organizar armários ‣ Jeito de ver

 

Estações de rádio – Influência e cultura

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Imagem de Andrzej Rembowski por Pixabay

Durante algum tempo, alguns acreditavam que, com a evolução tecnológica, o rádio se tornaria obsoleto e, com o tempo, deixaria de existir.

Com o advento da televisão e, depois, com as plataformas digitais, o assunto voltou a atrair a atenção. Mas o fato é que o rádio está vivo e respira sem aparelhos (me perdoem o trocadilho infame!).

As emissoras de rádio precisaram se adaptar à nova onda. Ao invés de resistência, era o tempo de se abrir às mudanças, abraçar a tecnologia como uma aliada, mas sem perder a sua essência.

Por muitos anos, o rádio foi responsável diretamente pela formação musical de muitos ouvintes. Por exemplo, citaremos a Rádio Baiana de Itaberaba, AM 1030 KHz, fundada em 1977, e sua programação no início da década de 1980.

Entre notícias locais, estaduais, nacionais e internacionais, a programação trazia um repertório que ia desde canções populares a clássicos internacionais: de Luiz Gonzaga a Beatles, de Amado Batista aos Rolling Stones. A música em todos os seus estilos tinha o seu espaço.

Havia uma preocupação em mesclar novidades ao que já estava estabelecido como sucesso. Trepidants, Pholhas, Roupa Nova (ainda no início), 14 BIS e outras promessas que se firmaram com o tempo. Alguns tantos por ficarem famosos por apenas um único sucesso.

Por mais confusa que parecesse tal programação, ela dava aos ouvintes a oportunidade de se identificar com algo, algum estilo – ou mesmo com todos os estilos. A vastidão da mente permite tais proezas!

Com o tempo, as programações da maioria das rádios perderam diversidade e originalidade.

Devido à influência de empresários, as canções executadas tendem a seguir um modismo descartável – onde todas as vozes e canções parecem ser meras continuações.

Conforme mencionado em um artigo anterior neste site, há sempre a possibilidade de influências externas (jabá) interferirem nas programações. Como disse uma certa empresária do funk, antes algumas rádios cobravam uma certa quantia para divulgar determinado artista (jabá) e com a chegada dos barões do agronegócio, eles mesmos compram as rádios para divulgar o seu produto, isto é, cantores do agro. –Veja Ex-empresária de Anitta viraliza ao expor poder do sertanejo e influência do agro na música | Diversão | O Dia (ig.com.br)

Bem, é verdade que hoje quase todos os artistas estão disponíveis em plataformas digitais como o Spotify, Deezer, Amazon e outras. Mas comprar espaço para divulgação é uma tarefa injusta. Pois significa que quem tem mais dinheiro para investir, aparecerá mais – independente da qualidade e do talento.

É justamente neste espaço que percebemos a falta das antigas programações das rádios, que prezavam também a inclusão de novos talentos, de todos os estilos – dando a sua contribuição à formação do gosto musical da população.

A rádio deve adaptar-se ao atual, mas sem perder as suas melhores características.

Leia mais: A música atual está tão pior assim? ‣ Jeito de ver

Uma breve história de Comunicação ‣ Jeito de ver

E por falar em boa música, o site jeitodever.com sugere ao leitor que descubra novas emoções, na linda voz e no excelente repertório do cantor mineiro Tuca Oliveira. – https://amzn.to/4afEXBf

Confira no Spotify.

Those were the days… My Friend!

Dedicated to the best Teacheres  Ever…

Those were the days…
Have you ever heard an old song that brings you back wonderful memories? Oh! Yes, it sometimes happens to everyone.
But today, I would like to tell you about one little experience I had…
Some years ago (about 14 years ago) I was kind of depressed, tired of years of hard working and so sad about a great loss in my family.
So I decided to study English.
Well, Itaberaba City wasn’t too near my house, but I decided to learn something new.
And what I found there? I started studying English at CCAA. I confess, I was a little ashamed because of the young class I found there.
The only guy older than 16 was I (I was only 38…lol) And as an old saying here, in Brazil “Old parrots don’t learn talkings”, something like that.
But then a Young and wonderful teacher came into the class. He had the brightest smile I’ve ever seen and he was always kidding about things, life and stories.
And then he took us to know all the CCAA Crew. Meire, Cátia, Cláudia and Libério, the great. That team was like a family to me. I found a reason to keep on studying.
Patient, wise and with a lot of stories about travels around the world he used to make the students dream about the possibilities of knowledge.
A great methodology, but kind above the greatest wish of helping us to learn.
The First semester flew like a wind and so did the other semester… A wonderful crew I found there. And as all in life the time I had to go has come.
I confess, I was sad (and the teacher was relieved! Lol)
As I remember teacher Parísio as the greatest teacher and Friend ever (he’s really an amazing person!), Libério, as great as Parísio, a wonderful and inspiring storyteller, Jamille a friend, why shouldn’t I say she was an angel? And about Meire, the sweetest and the most lovely person I knew.
And now…the old parrot is speaking! Lol
Perhaps 13 years is a long time and I may have forgotten loads of things.
But how can I forget those days?
Oh, My! Those were the days…as the music said!”

 

Read more:  “How It Would Be… – Poem of a New Day” ‣ Jeito de ver

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CCAA em Itaberaba, Bahia.

 

 

Construindo novos dias… – Imagine!

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Imagem de Marek Ropella por Pixabay

 

Imagine a construção de um novo dia em suas mãos.

Poder selecionar tudo aquilo que poderia torná-lo ainda mais belo:

Uma casa, um lago, flores no jardim, sol e chuva –  não me vem com casamento de viúva…

Pessoas sem pressa, sem medo, sem ódio.

Imagine!

Imagine poder acrescentar um pouco mais de cor…

É interessante perceber que, mesmo sem notar, estamos constantemente construindo novos dias – mas muitas vezes, acabamos trazendo  as falhas do alicerce de ontem. Tentamos construir em cima dessas falhas, trazendo as mesmas preocupações e a urgência de chegar ao fim. Assim, o ciclo se repete, e os erros também.

Planeje dias melhores por selecionar aquilo que traga mais significado a vida e faça seus dias sobre isso.

Gilson Cruz

Leia também O Milagre da Atitude: O sentido no Cotidiano ‣ Jeito de ver

 

Cinquenta anos – muito ou pouco?

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Imagem de Mircea Iancu por Pixabay

O tempo é estranho, e sua noção, perturbadora. Em uma corrente de milhões de anos, cinquenta anos podem não significar nem um único elo sequer. Mas, quando falamos sobre a vida, quantas coisas podem acontecer!

Na infância, geralmente, não se pensa no tempo. Nesta fase, as crianças vivem o seu tempo, sem tantas preocupações; a criatividade aflora enquanto o pequeno ser procura dar significado ao mundo ao redor. E este mundo, apesar das dificuldades, costuma ser belo. Pequeno, mas povoado de pessoas amadas que, normalmente, estão lá com preocupações e cuidados.

Nessa fase, a idade dos pais não existe, apenas um amor recíproco.

Com a chegada da adolescência, o tempo ganha um novo significado.

Os jovens passam a conhecer a pressa e o desejo de realizar sonhos, e o tempo parece não ajudar. Querem dinheiro, liberdade, construir – querem experimentar de tudo. Neste período, as atitudes rebeldes e as desilusões são constantes.

É engraçado quando me lembro de quando ainda era um menino de 12 anos e o meu irmão tinha 17; eu costumava achar a diferença de idade imensa. – Como eu disse, as percepções mudam com o tempo.

Você já teve a impressão de que o tempo está passando muito mais rápido? – Na era da informação e da tecnologia – estamos ocupados e distraídos demais e isso faz com que percamos a noção do tempo.

Se você há algum tempo achava que de um Natal a outro era um tempo imenso, lembre-se de que as coisas mudaram – ninguém tem mais tempo para uma boa contemplação. Mas, por que é importante tomar tempo para contemplar?

Bem, eu poderia contar um pouco da minha história. Quando nasci, meu pai tinha apenas 31 anos e mais sete filhos (bem naquele tempo, eles não perdiam tanto tempo!).

Ele casou-se em 1963 e daí veio uma escadinha de crianças. Em vinte e um anos de vida, na ocasião em que se casou, já havia presenciado o auge e o fim da Segunda Guerra Mundial, as bombas de Hiroshima e Nagasaki, e pouco tempo depois aconteceu uma tentativa de golpe político que culminou no suicídio do presidente Getúlio Vargas em 1954. A guerra da Coreia, a derrota do Brasil na copa de 1950, no Maracanã, para o Uruguai, e os dois títulos mundiais da Seleção em 1958 e 1962.

Localmente, viu o desastre do engavetamento entre os trens Alagoinhas e o Peri-Peri, viu o seu pai abandonar a família, trabalhou na infância vendendo cocadas nos subúrbios, até ser admitido na RFFSA, conhecer a minha mãe, casar-se e sustentar tanto a nova família quanto a da minha avó.

Milhares de coisas acontecem num espaço curto de tempo! – Muito mais que isso aconteceu, e ele tinha apenas 21 anos!

Se pudéssemos alistar todas as coisas que ele pode vivenciar ao longo dos 72 anos, quão longa seria a lista dos fatos. Mas, a sua história foi interrompida em decorrência de um câncer agressivo!

– Jamais havia pensado nisso na minha adolescência.

Costumava olhar meu pai e não o encarava como um velho. Cabelos brancos, voz firme, ele reclamava e ria. – Acreditava que pais não envelhecem!

Os tempos mudaram e o modo como o percebemos também. Sou hoje, pai de uma menina de 15 anos, e toda geração de 15 anos quer a mesma liberdade e a experiência do tudo. E me deparei com espanto (e confesso, um tanto de tristeza) quando ela, num ato de rebeldia, disse:

“Você com essa cara, um velho de 50 anos, não é uma pessoa legal…” – Palavras de uma adolescente.

E parei para pensar no tempo…

Trabalhamos uma vida inteira, estudamos, nos preocupamos e esquecemos que o tempo não parou enquanto essas coisas aconteciam. O tempo não parou para que você descansasse nos dias de sol abrasador ou quando as tempestades caíram. O tempo não parou quando as pessoas que você amava partiram – ele continuou, frio – mas, cheio de histórias.

A conclusão é que as pessoas precisam ressignificar o tempo. Ele não é inimigo! É um amigo que precisa ser levado em conta, contemplado e aproveitado! Não espere amanhecer para abraçá-lo. Faça agora!

O amanhã é um rascunho e haverá muito o que se preencher se aproveitarmos o tempo, pois nm espaço breve de tempo, o mundo estará aberto para outros que se derem um pouco de sorte –  contemplem a vida. Aprendam a viver o tempo!

 

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A chuva, as lágrimas (Poema a Mariana)

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Imagem de Jim Black por Pixabay

 

Enquanto a chuva caía e
os passos se apressavam
A Mariana sorria
Enquanto meus olhos choravam

As gotas da chuva que caía
Escondiam o meu pranto
E enquanto Mariana sorria
Eu disfarçava num canto

Cantava os dias de sol
e olhava nos rastros os meus passos
E enquanto ela sorria
Esqueci-me dos abraços

E esqueci na fonte do tempo
moedas de emoção
E do outro lado, a Mariana
Levava meu coração

E enquanto os passos corriam
Nas horas que a chuva caía
De riso triste, Mariana
Longe… de longe… partia.

Adeus,
Mariana.

Gilson Cruz

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