“How It Would Be… – Poem of a New Day”

Some believe that world peace is a dream. Read the poem crafted for reflection

Imagem de Cheryl Holt por Pixabay

Gilson Cruz

What if, on a new day,

people forgot their differences and learned to coexist?

What if weapons were replaced by dialogue and people held hands?

What if, on a new day,

all the children in the world could play in the streets again

and the sounds outside were celebrations, not bombs?

What if, countries didn’t try to expand their borders

and extinguish the weaker ones,

as if they were enemies?

What if, borders didn’t exist,

and the entire earth belonged to a brotherhood,

a human brotherhood?

What if, on a new day,

cultures met and celebrated existence,

not any supposed superiority?

If black, white, yellow, green, and red joined hands

and learned from other cultures?

What if, on a new day,

there were no disputes or exploitation

and everyone was committed to respecting

the green of the Earth and the blue of the skies?

How would it be…

How would it be if,

starting from a new day…

humans forgot hatred and forgave?

The Earth, Yes,

the whole world would live in Peace

Veja mais em  A esperança (Poesia de resistência) › Jeito de ver

Como seria … (O Poema de um novo dia).

Alguns acreditam que a paz mundial seja um sonho. Leia o poema feito para reflexão.

Imagem de Cheryl Holt por Pixabay

Gilson Cruz

Como seria, se no novo dia,

as pessoas esquecessem as  diferenças

e aprendessem a conviver?

Como seria se

as armas fossem substituídas pelo diálogo

e as pessoas dessem as mãos?

Como seria, se no novo dia,

todas as crianças do mundo pudessem voltar a brincar nas ruas

e as bombas do lado de fora,

fossem festejos?

Como seria,

se países não tentassem expandir as suas fronteiras

e extinguir os mais fracos,

como se fossem inimigos desconhecidos?

Como seria,

se as fronteiras não existissem,

e toda a terra pertencesse a uma irmandade,

a irmandade humana?

Como seria, se no novo dia,

as culturas se encontrassem

e celebrassem a coexistência,

e não uma suposta superioridade?

Se pretos, brancos, amarelos, verdes e vermelhos

dessem as mãos,

e aprendessem a compartilhar as cores?

Como seria, se no novo dia,

não houvesse disputas ou exploração,

que as pessoas estivessem decididas a respeitar o verde

da Terra e dos mares,

e o azul do céu?

Como seria…

Como seria se, a partir do novo dia…

o homem esquecesse o ódio,

e perdoasse.

A Terra,

Sim, o mundo inteiro viveria em Paz.

Leia também A esperança (Poesia de resistência) ‣ Jeito de ver

E janeiro está chegando – e daí?

Você sabia que janeiro nem sempre foi o primeiro mês do ano? Conheça a história.

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Você sabia que janeiro nem sempre foi o primeiro mês do ano? Pois é, essa história começa lá na Roma Antiga, onde o calendário era bem diferente do que usamos hoje.

O ano romano tinha apenas dez meses, começando em março e terminando em dezembro. Isso mesmo, dezembro significa “décimo mês” em latim.

Curiosamente, outros meses também seguiam essa lógica numérica: setembro era o sétimo, outubro o oitavo e novembro o nono.

Os romanos não estavam lá  muito preocupado com os meses que faltavam, visto que eram meses de inverno, sem festas ou guerras. Eles simplesmente os chamavam de “dias sem nome” ou “dias sem mês”. ( O mais rebelde diria: êita, mês inútil…nem carnaval tem!)

O calendário romano tinha apenas 304 dias… curtinho!

Mas a coisa deu uma chacoalhada, quando o rei Numa Pompílio, que governou Roma entre 715 e 673 a.C.,  resolveu reformar o calendário e adicionar dois novos meses: janeiro e fevereiro. Tudo Isso, numa boa!

Ele fez isso para que o ano tivesse, mais ou menos, 355 dias e ficasse mais próximo do ciclo lunar. O nome  Fevereiro vem de Februália, um festival de purificação que os romanos celebravam nessa época, oferecendo sacrifícios aos mortos.

Quanto a janeiro vem de Jano, o deus das portas, dos começos e das transições, que era representado com duas faces, uma olhando para o passado e outra para o futuro, o protetor das entradas e saídas, como a primeira hora do dia e o primeiro mês do ano.

Mas…estava no lugar errado.

Janeiro ainda não era o primeiro mês do ano. Ele era o décimo primeiro, depois de dezembro e antes de fevereiro. O ano novo continuava sendo celebrado em março, que era o mês dedicado a Marte, o deus da guerra.

Foi só em 45 a.C. que o imperador Júlio César (favor, não confundir com o goleiro dos 7X1) mudou isso, criando o calendário juliano, que é a base do que usamos hoje.

Ele estabeleceu que o ano deveria começar na primeira lua nova após o solstício de inverno, que no hemisfério norte era em 21 de dezembro. Assim, janeiro passou a ser o primeiro mês do ano civil, marcando o início de um novo ciclo.

Mas nem todo mundo aderiu à ideia. Alguns países e culturas continuaram usando outros sistemas de contagem do tempo, baseados em eventos religiosos, astronômicos ou históricos.

Na Idade Média, por exemplo, alguns países europeus começavam o ano em 25 de março, na Festa da Anunciação, enquanto outros optavam pelo dia 25 de dezembro, o Natal. Foi somente a partir do século XVI que a maioria dos países europeus adotou oficialmente o dia 1º de janeiro como o Ano Novo.

E assim chegamos ao nosso calendário atual, que tem janeiro como o primeiro mês do ano.

Ainda hoje, existem povos que seguem outros calendários, com critérios diferentes para marcar o tempo, como o calendário chinês, islâmico, judaico, hindu, entre outros. Cada um com seus próprios nomes e números de meses, baseados em fases da lua, estações do ano, tradições religiosas ou datas históricas.

O mês que conhecemos como janeiro reflete as mudanças culturais, políticas e sociais que ocorreram ao longo da história da humanidade.

E ele também nos convida a olhar para o passado e para o futuro, assim como o deus Jano (aquele de duas caras, isto é, duas faces…), que lhe deu o nome.

Afinal,  por simbologia janeiro é o mês dos começos…

É janeiro está chegando…e daí? O que te impede de planejar, renovar e viver a tua vida plenamente desde já?

Planeje a tua vida hoje e viva sempre. Isso também é um jeito de ver.

Gilson Cruz

Leia também O último calendário – uma crônica › Jeito de ver

Fonte: Wikipedia

Revisão IA do Bing e Chat GPT.

É hora de ouvir o “MADDS” – se permita

A Banda Madds traz o melhor dos anos 1960 e 1970. Conheça.

Grupo Madds – extraída do Gigz

A boa música não morre.

Apesar das mudanças e novas tendências, como quadros clássicos que se valorizam com o tempo, a boa música resiste e conquista novos fãs.

Ao longo da história, vários artistas foram portas, por onde a música de qualidade passou  para ocupar lugar o lugar merecido no tempo e no espaço.

A atemporalidade da música é atestada quando menciona grupos como The Beatles, The Hollies, Yes, The Bee Gees, The Rolling Stones, Kinks, Pink Floyd e muitos outros.

Alguns desses grupos talvez não existam mais. Mas, a música resiste.

Sim, a música resiste e persiste apesar de todas as tentativas de datá-la e descaracterizá-la.

E como a arte viva, a música fará surgir novos meios.

Falaremos de um destes caminhos: A Banda Madds.

Conheça a Banda Madds

Início e evolução

O Grupo Madds encanta desde os clássicos do rock até o belo trabalho autoral .

Grupo Madds

A Banda Madds é formada por três irmãos apaixonados por música: Marcelo Maddia(Baixo), Matheus Maddia (Guitarra) e Bruno Baru (Bateria)

Excelentes instrumentistas, destacam-se também pelas perfeitas harmonias vocais.

Iniciaram sua jornada em 2009, apresentando-se em bares e casa noturnas do interior de São Paulo, fazendo covers de bandas clássicas dos anos 60 e 70. Com o tempo passaram a escrever suas próprias composições  misturando influências que iam desde o Clube da Esquina Mineiro à irreverência de um “maluco beleza”,  Raul Seixas. ( o outro maluco beleza, era o Cláudio Roberto). – Veja mais no link a seguir  Madds – Banda/Grupo Rock Taubaté SP | Gigz

Madds Oficial – YouTube

Que tal ouvir o MADDS?

Banda Madds. Marcelo e Matheus entregam uma vocalização perfeita.

Facebook Page

A banda Madds traz em sua estética e sonoridade o encaixe perfeito da atemporalidade e o presente, da simplicidade sofisticada. Como assim?

Observe abaixo o clássico And I love Her, do Disco A Hard Day’s Night, do The Beatles:

A excelente interpretação de Tin Man, do America

Uma das minhas favoritas, The Boxer – Simon & Garfunkel onde você pode perceber o encaixe perfeito das harmonias vocais.

Para mais, visite a página Grupo no Facebook.

As diferentes portas, caminhos da boa arte.

Enquanto houver tempo, vida e boas vibrações, a boa música encontrará espaços para transitar. Porém, o quanto ela resistirá dependerá em muito de ouvidos curiosos de pessoas dispostas a irem além da bandeja servida na maioria das mídias.

Assista ao vídeo a Seguir:

Com certeza, você assim como eu, também concluirá: É hora de ouvir e se encantar com o MADDS.

Gilson Cruz

Leia também A qualidade da música piorou? › Jeito de ver

O último calendário – uma crônica

Uma crônica bem humorada, sobre a importância dos calendários. Leia e divirta-se.

Imagem de Dorothe por Pixabay

 

O último calendário – uma crônica

Gilson Cruz

 

Por mais estranho que pareça, o novo calendário não trazia meses, dias…estava completamente em branco!

A cidade entrou em pânico, pois agora como seriam determinadas as estações do ano, a melhor época para o plantio e os feriados?

Como lembrar aniversários, compromissos?

Num frenesi, a multidão saía na busca do responsável!

” Ele vai ter que se explicar” – diziam os mais exaltados.

Não tinham percebido ainda que mesmo os relógios já estavam parados. Não havia mais a contagem do tempo!

A turma da fofoca dizia:” E agora, daqui a uns dias ninguém mais vai saber a idade de ninguém!”

A crianças ficaram felizes: “Agora ninguém mais vai saber a hora de ir pr’aquela escola” ( Verdade, para eles o conceito de eternidade foi inventado nas aulas de filosofia da Pró Ritinha. Pareciam intermináveis!)

Os noivos entraram em desespero ao perceberem que perderiam a data de seu casamento.

Esquecer festas, datas, e agora?

“Com o tempo, a gente se acostuma” – Diziam outros…

Todos previam a tragédia.

E enquanto previam o caos …

esqueciam de reinventar “o próprio calendário!”

 

Palavras de 2023 – o ano que passou! ‣ Jeito de ver

 

 

Tradições – o que se precisa saber?

Gilson Cruz

Velhas tradições perdem força e às vezes são esquecidas..

Era comum em  épocas específicas do ano, pessoas se  movimentarem no intuito de  preservar os ritos dos antepassados.

O mundo mudou, é verdade. Por isso, que tal analisar um pouco das origens de algumas tradições e festividades?

Por exemplo, era comum nas cidades do interior da Bahia o Micareta.

ANALISANDO AS ORIGENS

Nas origens da Micareta destacam-se duas festas: uma chamada de serração da velha e outra que leva um nome francês: mi-carême.

“A serração da velha é uma tradicional e antiga festa ibérica cuja origem no Brasil, está presa à influência francesa  através de Portugal no século XVIII.

Na península ibérica a Quaresma era simbolizada por uma velha senhora feia, magra e comprida, como um tempo de abstinência.

A anatomia da velha,  simbolizava a morte, doença e desgraça e era representada por um boneco de sete pés, (da mesma forma que a Quaresma conta sete semanas).

A cada semana, um pé era arrancado do boneco e, na metade das sete semanas, o próprio boneco era serrado pela metade”.

Havia até a leitura de um testamento.

Quanto a mi-carêmi, (que significa meio de quaresma) festa de origem francesa, aconteceu muito mais tarde, no início do século XX, inspirada na Belle Époque , símbolo de elegância, que ditava a moda no mundo.

No carnaval de rua no Brasil, importava-se o lance-parfum francês.  Não demorou muito para aparecerem iniciativas visando implantar no Rio de Janeiro, a Mi-carêmi. – veja mais no link a seguir  SciELO – Brasil – Da mi-carême ao carnabeach: história da(s) micareta(s) Da mi-carême ao carnabeach: história da(s) micareta(s).

Uma nota importante é que ainda hoje alguns trajes carnavalescos lembram a moda da Belle Époque.

A micareta na Bahia, aparece datada do início do séulo XX, em 1908, possívelmente em Jacobina, quando em Salvador e Feira de Santana, ainda não existiam as folias da mi-carême.

Fontes adicionais:

HIstória da Micareta http://www.feiradesantana.ba.gov.br

Veja também Contos de Carnaval (uma história com H) › Jeito de ver

O TERNO DE REIS

No início do primeiro mês do ano, homens com roupas chamativas, pandeiros de fitas saíam pelas casas levando canções…  e como dizia o Tim Maia: “Hoje é dia de Santo Reis..”.

Qual a origem do Terno de Reis?

“O terno de Reis é inspirado na passagem bíblica dos Três Reis Magos (que na verdade não eram reis, eram astrólogos)  onde um trio viajou para presentear o menino Jesus, que havia nascido em Belém”.

“O terno de Reis consiste em um grupo de cantores que realizam visitas às suas casas, anunciando o nascimento de Jesus”.  Veja o link: – ‘Oh de casa, nobre gente’: você conhece a tradição do Terno de Reis? – GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

É importante considerar que embora afirmem se inspirar em determinados acontecimentos, tais tradições não se apegam ao registro bíblico e baseiam-se em versões passadas de geração em geração.

ESTRELA DE NATAL

Examinando a Bíblia, no Evangelho de São Mateus capítulo 2 versículos 1 – 19 percebemos que os astrólogos observaram uma estrela que primeiro os conduziu a Herodes, o Rei, que estava interessado em matar aquele que seria o Messias em vez de levá-los diretamente ao menino.

Saber do nascimento do Messias levou ao então Rei Herodes a ação de ordenar o extermínio de todos os meninos de até dois anos de idade.

Aquela estrelinha de Natal  não estava bem intencionada. Não acha?

E por falar em  Natal…

que tal um examinar um pouco das origens desta festividade?

O NATAL

O termo Natal, tem sua origem no latim Natalis, que significa nascimento.  É celebrado tradicionalmente como festa cristã.

Mas, qual a sua origem?

Muitos historiadores localizam a primeira celebração do Natal em Roma, no ano de 336 d.C, no entanto tal festiidade já era celebrada, segundo alguns registros lá Turquia, no dia 25 de Dezembro, em meados do século II”. Natal – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

A Bíblia não menciona a data do nascimento de Jesus Cristo, então como se chegou ao 25 de Dezembro?

Num esforço de unificar e incorporar os recém-convertidos pagãos ao “cristianismo”,  a igreja ressignificou algumas festividades pagãs, dando-as uma nova roupagem.

O Natal teve a sua origem em festas pagãs que eram realizadas na antiguidade. Nesta data, os romanos celebravam a chegada do inverno (solstício do inverno).

Eles cultuavam o Deus Sol, (Natalis Invicti Solis) e ainda realizavam dias de festividade com o intuito de renovação. – História do Natal: origem, significado e símbolos – Toda Matéria (todamateria.com.br)

E QUANTO AOS PRESENTES?

A tradição de dar presentes é atribuída, por muitos, a uma celebração tradicional na religião pagã da Roma Antiga: a Saturnália, festa em celebração a Saturno, no período do solstício do inverno. Na mesma época do Natal.

Uma explicação socioeconômica sobre a prática de troca de presentes neste período é que os  Estados Unidos para  impulsionar indústria se empenhou em adotar a tradição de tornar familiar a celebração de Natal.

Existem ainda várias outras teorias- Veja no link Origem dos presentes de Natal – Brasil Escola (uol.com.br).

Porém, a face perversa deste período de festas é a acentuação das desigualdades socias.

O NATAL, AS DESIGUALDES E AS GUERRAS

Crianças ricas, celebram a chegada de um  Papai Noel que costuma trazer   brinquedos desejados, enquanto crianças pobres sonham com um  Papai Noel que lhes dê apenas o mínimo, que muitas vezes se traduz em algum alimento ou um dia de paz.

Observa-se, também nesta época, pessoas que durante todo o ano, ignoraram o sofrimento de outros e que então numa desculpa não sincera às suas consciências,  presenteiam aos em carência.

Mas, que retornarão à hipocrisia dos seus mundos no segundo dia, do mês seguinte .

O CICLO SE REPETE…

Enquanto este ciclo egoísta se repete todos os anos, as pessoas  não compreendem a mensagem na canção Happy Xmas (War is Over) ( Feliz Natal – A Guerra acabou, tradução livre) em que o cantor pergunta “E, então, é Natal, o que você tem feito?'”  numa mensagem de paz e protesto contra a Guerra do Vietnã.

Nessa música, o coro infantil, melodiosamente, entoa: “War is over, if you want it”  ( A guerra acabou, se você quiser – tradução livre), tansmitindo a ideia de que a paz é possível, se as pessoas escolherem ativamente buscá-la.

E os conflitos desde então, mostram que os homens não têm se empenhado por ela.

Não entendem também, a triste mensagem na canção Boas Festas, de Assis Valente, em que uma criança pobre, não entende porque  o Papai Noel dela não atende a seus pedidos. Concluindo a alegre melodia, com as tristes palavras:

Já faz tempo que pedi, mas o meu Papai Noel não vem

Com certeza, já morreu. Ou, então, felicidade é brinquedo que não tem”. – Boas Festas, 1932.

O objetivo deste site é fornecer apenas uma visão geral dos fatos de modo a estimular a reflexão.

As tradições trazem histórias.

Desde as influências das culturas portuguesa e francesa na origem das micaretas ao terno de reis, as origens pagãs por trás do Natal e a troca de presentes,  o conhecimento de tais histórias é o fôlego da cultura, que mantém viva e serve de base para a arte, a educação e a formação do homem – que também é um objetivo deste site.

Contos de Carnaval (uma história com H) ‣ Jeito de ver

E esquecemos as Guerras …

As notícias acontecem, mas não são mais propagadas - Por que? - Leia.

Menina Palestina.

Imagem de hosny salah por Pixabay

Gilson Cruz

Você já percebeu que à medida que os eventos se desenrolam e se tornam de certo modo corriqueiros, passamos a dar-lhes menor importância?

Quantos de nós se recordam que, na quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022, os russos invadiram territórios ucranianos?

Revisando: Em Dezembro de 2021, o presidente russo, Vladimir Putin, apresentou à Otan algumas exigências de segurança, entre elas que a Ucrânia nunca integrasse o bloco militar oriental, pois, segundo ele, a expansão de tal grupo significaria uma ameaça à sua integridade territorial.

E as notícias da Guerra bombardeavam os telejornais, que por meses,  se dedicaram a contar as várias versões dos motivos da guerra…

Tal guerra continua, e já ceifou aproximadamente  200 mil vidas – Veja o link a seguir:  Guerra da Ucrânia alcança quase 200 mil mortos, de acordo com o ‘New York Times’ | Ucrânia e Rússia | G1 (globo.com)

Porém, à medida que se  passam os dias as notícias se tornam uma alternância de “velhas” novidades – e  já não prendem mais os telespectadores, que saturados de péssimas notícias, esperam algo mais: Uma solução talvez.

Pode ser desanimador saber que a violência cresce sem motivos legítimos, também a a falta de confiança na motivação dos líderes envolvidos na guerra – e a consequente sensação de impotência causada por tais notícias.

Os jornais precisam anunciar para continuar a existire para divulgar seus anunciantes precisam de público, por isso passam a transmitir aquilo que interessa ao telespectador.

Corrupção, violência, casos de xenofobia, preconceito, inflação e até mesmo algumas reportagens fofinhas antes do fim do dia, para tentar lembrar que coisas boas ainda existem… – tudo para não perder audiência.

Até que de repente, surgem novas notícias terríveis:

No dia 7 de Outubro de 2023, um grupo terrorista que já vinha ensaiando um ataque contra Israel, e sendo observado, executa o seu plano sem resistência alguma.

Jovens que participavam duma rave no deserto foram executados. A indignação tomou conta do mundo, pois os telejornais cumpriram o seu papel de divulgar o incidente..

A resposta do governo israelense, foi e tem sido a mais perversa possível.

Apesar de o governo israelense vilipendiar já há muitos anos o povo Palestino, encontraram desta vez “o motivo” para levar adiante seus atos violentos.

Com o apoio do País mais poderoso do mundo, os Estados Unidos, e no pretexto da caça aos terroristas, o exército de Israel vem bombardeando e exterminando uma parte da população Palestina.

Estima-se que a população Palestina, em Gaza, seja de aproximadamente dois milhões, e os terroristas associados aos grupo do ataque seja entre vinte e cinco quarenta mil.

O número de vítimas inocentes tem aumentado a cada dia. Por exemplo, quando as vítimas chegaram a 15.900*, cerca de aproximadamente 6.000, eram crianças e 4 mil, eram mulheres. –  veja no link a seguir Guerra entre Israel e palestinos já deixou mais de 15.900 mortos, mostra levantamento | CNN Brasil.

Destes, aproximadamente 800 militantes terroristas foram mortos.

Investiu-se muito na propaganda de que se trata uma guerra contra o terrorismo. Os fatos mostram que se trata de uma ação de extermínio de um povo.

Os Palestinos que já eram tratados como subumanos pelo governo israelense, recebeu tratamento similar de alguns órgãos de imprensa mundial. Alguns tentaram justificar as mortes dos inocentes.

E como muitas outras vezes, o leitor pode ter se cansado de ver e ouvir falar das péssimas notícias – e o noticiário, atentendo à demanda, faz a sua parte em vender notícias, como entretenimento.

E enquanto param de pensar, crianças e  inocentes continuam a serem  sacrificados, humilhados. Sem direito ao alimento, sem o direito a água, sem direito a uma luz em meios aos escombros.

Condenadas a levarem em suas memórias a imagem de milhares de corpos enrolados em tecidos brancos, enterrados em valas comuns e o som das bombas ao anoitecer – que condenarão a outras ao mesmo destino.

Sem o direito de serem crianças.

Esquecer tais fatos favorece apenas ao agressor.

E mesmo que as notícias se calem, que as notícias esfriem…as vítimas estarão lá. Sempre lá.

Não as esqueçamos.

Leia também  Notícias de Guerras – o jogo da informação › Jeito de ver

*Atualização 24/12/2023.

o número de vítimas dos ataques do  exército de Israel  à Palestina já ultrapassa 20 mil.

Retratos da vida – o que deixamos passar

Gilson Cruz

Falar sobre tristeza é complicado. Ouvir sobre ela pode ser ainda mais desafiador.

A rotina mecânica do dia a dia nos acostumou a buscar contentamento em coisas superficiais: a TV ligada enquanto arrumamos a casa, o rádio ao fundo com murmúrios que já não nos despertam interesse. As letras e músicas se tornaram meros acompanhamentos para nossas tarefas diárias.

É triste perceber como antigas fotografias, agora, evocam uma felicidade incerta. A lembrança da casa na praia, da família reunida, das crianças tagarelando e dos pais resmungando sob o calor intenso traz um sentimento de felicidade passada. O sol de verão, as risadas… a foto ainda é linda.

Mas o passado parece se assemelhar ao presente de maneira vívida, exceto pela ausência de alguns sorrisos na próxima foto.

Assim tem sido a vida.

Os momentos bons e antigos parecem congelados no tempo.

Vivemos de forma automática.

Ignoramos aqueles e aquilo que consideramos menos relevantes no momento. Deixamos de responder a quem se importa conosco e, quando essas pessoas se vão, talvez finjamos ou realmente nos sintamos tristes.

Falar sobre tristeza não é simples.

Assim como não foi para um homem que se aposentou após anos de trabalho árduo e descobriu uma doença, percebendo que talvez não desfrutaria seus últimos anos como planejara: ao lado da mulher amada, com menos preocupações, sem a angústia do hoje e a incerteza do amanhã.

Ou para um amigo que, ao sair do consultório médico, chorava e murmurava: “É a vida… o pobre vive para trabalhar. E quando velho, a cura é o buraco (a cova) !”.

Sem palavras, os dois se abraçavam, incapazes de oferecer consolo além de concordar um com o outro.

Enquanto os ouvia, eu tentava encorajá-los a não desistir, embora soubesse que palavras de conforto não corrigem injustiças…

E os últimos dias deles seriam uma luta para encontrar plenitude, mesmo nos momentos finais, ao lado da amada que os acompanhou por tantos anos.

Seriam dias para lembrar de um passado guardado na carteira, em uma foto preto e branco de um jovem casal, no dia do noivado, repleto de sonhos, risadas e olhares enamorados para a câmera.

Essas histórias se desenrolam todos os dias, enquanto nós, ocupados demais para pensar e demasiadamente egoístas para além de nossos próprios problemas, deixamos passar despercebidos os momentos e as pessoas, como se fossem eventos secundários na televisão, enquanto mecanicamente cuidamos das tarefas em nossas casas.

Veja mais em Vamos falar de amor? (Muito além da paixão) › Jeito de ver

Surfando na Política – Ondas da Manipulação

Muitas pessoas surfam na onda política por tirar proveito dos movimentos e tendências. De que maneiras?

Imagem de Renato Laky por Pixabay

Gilson Cruz

Dominar a arte de antecipar e aproveitar as ondas é uma habilidade dos surfistas experientes.

A topografia, a profundidade das águas e a transferência de energia do vento para a superfície criam movimentos circulares que geram ondas.

Os surfistas experientes compreendem que, dependendo da força e direção do vento, encontrarão a onda perfeita.

Essa previsão também é evidente em outros campos:

No mercado financeiro, quando certas ações valorizam, mais investidores se interessam por elas.

Na música, o sucesso de um estilo leva outros artistas a seguirem a mesma tendência, criando aquela sensação de “já ouvi isso antes”.

Na política, não é diferente. Observe a história:

Com o destaque das denúncias de corrupção na mídia, surgiram figuras políticas autodenominadas antissistema e incorruptíveis.

O cultivo da popularidade dessas figuras, baseado no sentimento anticorrupção, provocou um estranho tipo de patriotismo invertido.

Tradicionalmente, o patriotismo é o orgulho, amor e devoção à pátria. No entanto, essa nova vertente exaltava os EUA enquanto desdenhava do próprio país com declarações xenófobas.

Esse “Novo Patriotismo” foi associado ao Fascismo devido às semelhanças com a ideologia Nazista.

Percebendo os ventos políticos, velhos políticos adotaram discursos similares e apoiaram aqueles destacados pela mídia como a “Nova Onda”, apesar de já estarem na política há décadas sem projetos significativos.

Seu discurso misógino e racista foi amplificado pela mídia, conquistando seguidores que acreditavam em sua defesa da família e do Brasil contra ameaças comunistas. (Mais sobre comunismo em posts futuros).

A onda de políticos “defensores da família” atingiu níveis inimagináveis.

Políticos sem propostas específicas surgiram, misturando pautas religiosas ao estado laico e defendendo a liberação de armas, além de apoiarem um orçamento secreto controverso.

Nesse embalo, personalidades famosas do YouTube aproveitaram o movimento.

Durante esse governo, uma pandemia ceifou mais de 700 mil vidas. Enquanto famílias sofriam, o líder eleito brincava, imitando os sintomas da Covid-19.

O rombo na economia, estimado em 430 bilhões, disparou para 800 bilhões.

O líder que se vendia como incorruptível viu seu nome envolvido com milicianos, tentativas de intimidar o Supremo Tribunal Federal e esquemas de corrupção. Gradativamente, direitos trabalhistas foram perdidos sob a justificativa de geração de empregos, o que não se concretizou.

Na mesma onda, líderes religiosos abandonaram valores cristãos e fortaleceram sua participação política sem melhorias significativas para os fiéis ou não fiéis.

Em 2022, houve tentativas de sabotar o resultado da eleição seguinte, intensificando inspeções de veículos de eleitores, mas o candidato adversário saiu vitorioso.

Após essa história, observe a nova onda:

Em 8 de janeiro de 2023, pessoas usadas por financiadores de um novo golpe de estado invadiram a Esplanada dos Três Poderes em Brasília, destruindo o que puderam.

A rápida intervenção resultou na prisão de mais de mil baderneiros, ainda em julgamento por atentados contra a pátria.

A comoção entre os apoiadores do golpe, cerca de 30% da população, ergueu “heróis” que destruíram o patrimônio público em nome de um amor questionável à pátria.

Essa ação gerou uma nova categoria de indivíduos – os “Patriotas Destruidores”.

A ampla comoção entre os apoiadores do golpe, representando cerca de 30% da população do país, elevou esses indivíduos a “heróis” devido aos atos de vandalismo.

Essa minoria ruidosa nas redes sociais cria a ilusão de ser maioria, embora, na realidade, não o seja.

ATENÇÃO AOS MOVIMENTOS

Diante das próximas eleições que se aproximam, políticos estão se preparando para surfar nessa onda e já se apresentam como defensores dos “patriotas” que “lutaram” pela pátria.

Alguns encenam emoções, vendendo imagens de preocupação pelos “presos políticos”, o que é uma falácia.

Esses indivíduos foram presos por destruição do patrimônio público, vandalismo e tentativa de golpe. No entanto, não derramaram lágrimas pelas mais de 700 mil vítimas da pandemia.

SURFISTAS NANICOS

Enquanto a onda ganha forma, surgem personagens bizarros, como um indivíduo preso que alega não encontrar mais prazer na vida, recusando-se a tomar banho ou se alimentar, e pede para ser novamente encarcerado, desafiando as leis do país.

Um verdadeiro patriota respeitaria as leis, reconhecendo que estas existem para regular as relações entre os cidadãos, estabelecendo a ordem.

Surpreenderia se tal “patriota” se candidatasse a um cargo político nas próximas eleições? Não, pois essa é a direção da onda.

Recentemente, um militar da reserva ganhou destaque nas redes sociais por desafiar juízes, ministros e difamar o presidente eleito. Posteriormente, em um suposto pedido de desculpas, repetiu as mesmas acusações sem provas, popularizando-se e rebaixando o debate ao nível da lacração, acusações infundadas e fake news.

Essa popularidade distorce o propósito do diálogo político e da negociação transparente.

Não seria surpresa vê-lo como um dos muitos candidatos em futuras eleições.

QUEBRANDO A ONDA

Alguns fatores podem quebrar uma onda no mar, como a profundidade da água e a intensidade do vento.

Quando uma onda se aproxima de águas mais rasas, sua base começa a desacelerar devido ao atrito com o fundo, resultando na quebra da onda.

Da mesma forma, para diminuir a força da onda em que esses indivíduos surfam, pode ser necessário reduzir a importância atribuída a eles. Evitar a divulgação de conteúdos falsos pelos meios de comunicação pode ajudar a quebrar essa onda, embora, muitas vezes, isso só aconteça mediante multas, o que é lamentável.

A onda também pode ser quebrada pela intensidade do vento. Ventos fortes desaceleram o topo da onda, fazendo-a inclinar e quebrar.

Os veículos de comunicação precisam redobrar os esforços para combater as fake news, identificando e denunciando suas origens para desacelerar seu impacto.

Porém, infelizmente, alguns veículos de mídia lucram com a disseminação rápida desse tipo de informação, e o valor financeiro muitas vezes supera o valor das multas.

Outros meios têm interesses políticos e não farão esforços para defender seus oponentes. Isso significa que a imprensa sempre será parcial, mas o erro está em defender apenas as verdades convenientes.

Investir na educação é crucial para formar cidadãos conscientes, capazes de identificar tendências e compreender o movimento das ondas políticas.

Veja mais em A falta de Educação Política e a corrupção – Jeito de ver

Dominar a arte de antecipar e aproveitar as ondas é uma habilidade dos surfistas experientes.

Enquanto a onda ganha forma, surgem personagens bizarros, como um indivíduo preso que alega não encontrar mais prazer na vida, recusando-se a tomar banho ou se alimentar, e pede para ser novamente encarcerado, desafiando as leis do país.

Veja os links Aos Fatos | Todas as declarações de Bolsonaro.

Bolsonaro deixa déficit histórico sem precedentes (icleconomia.com.br)

Bolsonaro: “Quilombola não serve nem para procriar” – Congresso em Foco (uol.com.br)

Teus olhos verdes (Menina)

Um poema para alguém cujos olhos não esqueço.

Imagem de StockSnap por Pixabay

Gilson Cruz

São teus olhos verdes, Menina
estranhos universos pra mim
Não sei, por favor, me ensina
Por que tem que ser assim?

O mundo ficou infinito
A partir desse instante
E o céu muito mais bonito
E ao mesmo tempo distante

Teus olhos verdes, Menina
De farol, de mar a luzir
De vulto triste, a neblina
De longe sinto partir

E retornar nas madrugadas
Em sonhos, frios, agitados
Como águas que levaram
O que se tinha esperado….

Teus olhos tristes, Menina
Verdes, folhas de flor…
É a solidão que ilumina
Todos meus sonhos de amor.

De em nuvens poder andar
Cantar a canção que fascina
E pra sempre,  mirar…
Teus olhos verdes…

Menina.

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