O Campeonato brasileiro e as chuvas no RS

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Imagem de Jossiano Leal por Pixabay

As chuvas intensas que devastaram o Rio Grande do Sul não só inundaram centros de treinamento e estádios, mas também sacudiram as fundações do futebol no estado. Equipes como Grêmio, Internacional e Juventude tiveram suas preparações para competições nacionais, incluindo o Brasileirão e a Libertadores, gravemente afetadas.

A Confederação Brasileira de Futebol agiu com prudência ao postergar os jogos das equipes estaduais e pausar o campeonato por duas rodadas, levando em conta o impacto emocional e técnico nos jogadores, que enfrentam a falta de treinamento e o trauma provocado pelas recentes inundações.

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou que, em 27 de maio, ocorrerá uma reunião do Conselho Técnico Extraordinário da Série A. O encontro reunirá clubes e federações regionais para debater aspectos técnicos relacionados às competições nacionais e sul-americanas.

Este cenário levanta questões críticas sobre como balancear o esporte e as responsabilidades financeiras com atos de solidariedade.

O governo do Rio Grande do Sul calcula que o custo para reconstrução pós-enchentes será de cerca de 19 bilhões de reais. Apesar da propagação de notícias falsas por membros da oposição, que tentam se beneficiar politicamente da catástrofe, o Governo Federal tem se atentado às demandas do estado, conforme já abordado em matérias prévias.

Enquanto alguns clubes pedem compreensão e um adiamento completo do Campeonato Brasileiro, outros desejam um debate mais abrangente, pois um campeonato como o Brasileirão envolve muitos aspectos que precisam ser cuidadosamente considerados:

Por exemplo, cada jogo de futebol envolve o trabalho e a remuneração de milhares de pessoas, além do compromisso bilionários com patrocinadores e um calendário já bastante apertado.

A decisão da CBF sobre o destino das competições é o foco do debate, evidenciando a tensão entre a paixão pelo futebol e a necessidade de priorizar o suporte às vítimas.

Os torcedores expressam uma gama de emoções. Alguns estão preocupados com o calendário esportivo e a qualidade técnica das partidas, enquanto outros mostram solidariedade para com as comunidades atingidas.

Nas redes sociais, discussões fervorosas refletem a procura por um equilíbrio entre a continuidade do campeonato e a empatia pela tragédia.

No entanto, a situação atual, que combina desafios esportivos e humanitários, requer uma atuação sensata e ponderada das instituições e entusiastas do futebol.

Enquanto o Rio Grande do Sul lida com as consequências de inundações e deslizamentos, o futebol brasileiro é posto à prova em sua habilidade de agir com empatia e solidariedade.

Nesse ínterim, centenas de jogadores do Rio Grande do Sul de divisões inferiores sofrem ainda mais os efeitos traumáticos de terem casas destruídas, amigos e familiares desaparecidos. A nossa empatia a eles também.

Esta tragédia ressalta o fato de que poucos representantes gaúchos no governo dedicaram-se a elaborar planos de contenção de danos e que, mesmo diante da tragédia, deputados que representam interesses agrícolas irresponsáveis estão esforçando-se para aprovar leis que prejudicam ainda mais o meio ambiente.

 “A lição sabemos de cor… Só nos resta aprender…”  – – Sol de Primavera, Beto Guedes

Será que as pessoas dispostas a aprender?

Buscar soluções que mantenham a integridade das competições esportivas, apoiando simultaneamente as comunidades impactadas, representa um desafio que vai além dos campos e exige um esforço coletivo e empático.

Veja também Projetos de lei que agridem o ambiente ‣ Jeito de ver

Por causa das cheias no RS, CBF suspende o Campeonato Brasileiro por duas rodadas | Jornal Nacional | G1 (globo.com)

Amigos desaparecidos – a dor que não fecha

O Regime Militar que governou o brasil de 1964 a 1985 torturou e assassinou centenas de pessoas.

Desaparecidos pelos órgãos de repressão.

 

Em Argoim, no município de Rafael Jambeiro, Bahia, um quadro na sala de uma senhora gentil se destacava entre as recordações. Nele, fotos de pessoas desaparecidas durante o regime militar brasileiro, que durou de 1964 a 1985, evocavam memórias dolorosas.

Naqueles anos, desaparecer tornou-se o destino daqueles que desafiavam o status quo ou mesmo daqueles que ousavam pensar.

Com um dedo trêmulo, ela apontou para uma das imagens e disse: “Esta é minha filha!”

O orgulho em sua voz logo deu lugar às lágrimas:

Ela foi torturada e morta pelo governo da época, segundo dizem. Foi para o Rio, formou-se em Enfermagem, mas era contra a ditadura…”

O silêncio tomou conta do ambiente, quebrado apenas quando ela, com lágrimas, conseguiu dizer: “Ela era uma pessoa boa. Hoje, não sei se está viva ou se já morreu, mas, meu Deus, eu queria poder enterrar minha filha. Acabar com essa dor que parece não ter fim.”

– “A sentimento de dor por encerrar um ciclo não é tão angustiante quanto viver na incerteza”

Lidar com o desaparecimento de um parente é uma das experiências mais angustiantes que alguém pode enfrentar.

Exemplos e Experiências

Em todo o mundo, famílias lidam com essa dor. Por exemplo, após o desaparecimento de uma criança em uma pequena cidade, a comunidade se uniu em busca e apoio. Anos depois, mesmo sem respostas, eles mantêm a esperança acesa através de vigílias anuais e campanhas de conscientização.

Outro caso é de um jovem que desapareceu durante uma viagem. Sua família, determinada a encontrá-lo, criou uma rede de comunicação que se estendeu por vários países, utilizando as redes sociais para compartilhar informações e manter sua história viva.

 

Lidando com a ausência

Enfrentando a Ausência:

Quando um ente querido desaparece sem deixar vestígios, independentemente das circunstâncias, parece que o mundo inteiro se detém, e viver sem respostas torna-se uma experiência angustiante.

Lidar com essa realidade é um processo contínuo, um caminho que cada pessoa percorre de maneira única.

A vida após o desaparecimento de um parente é marcada pela resiliência.

Lidando com a situação

Algumas sugestões de como lidar com a incerteza:

Aceitação: Reconhecer que se está passando por uma situação atípica e aceitar que sentimentos intensos são uma reação natural pode ser o primeiro passo para aprender a lidar com a incerteza.
Apoio: Procurar apoio em amigos, familiares e grupos de suporte pode oferecer conforto e entendimento. Compartilhar experiências com pessoas que enfrentam situações similares pode ser benéfico e terapêutico.
Rituais: Estabelecer rituais ou envolver-se em eventos comunitários pode ser uma forma de manter viva a memória de um ente querido e proporcionar oportunidades para a cura.
Ativismo: Muitos encontram sentido no ativismo, esforçando-se para aprimorar leis e sistemas de busca, além de auxiliar outras famílias em circunstâncias parecidas.

Quando pais e familiares buscam compreender o destino dos desaparecidos durante o regime militar, eles também procuram por cura e encerramento.

A negação dessas informações perpetua os efeitos danosos da ditadura e reacende em alguns a falsa noção de que existia ordem, paz e democracia naquela era.

Cuidado Pessoal: Cuidar da saúde mental e física é fundamental. Terapias, atividades físicas e passatempos podem proporcionar alívio e servir como um meio para direcionar energia e estresse..

Esperança e dor andam juntas, contudo, a capacidade humana de superar adversidades é impressionante. Com apoio recíproco e em busca de um propósito, pode-se descobrir um raio de luz até nos tempos mais escuros.

Infelizmente, alguns casos de desaparecimento podem permanecer sem solução. Contudo, é crucial reconhecer os erros de um governo corrupto e antidemocrático, permitindo que as famílias exerçam seu direito ao luto e assegurando que atos de tortura e assassinato não se repitam sob a égide de uma democracia ilusória.

 

Diferente de muitos países, o Brasil não puniu os torturadores e assassinos do período, pois a anistia ampla, concedida pelo mesmo regime militar, perdoou tanto os perseguidos quanto os perseguidores. Essa lacuna nunca será preenchida!

 

Veja também:  O domínio pela cultura e pelo medo ‣ Jeito de ver

Veja mais em: Comissão da verdade da PUC-SP | PUC-SP (pucsp.br);

Em foco na Comissão Nacional da Verdade a repressão à Guerrilha do Araguaia (josecarlosalexandre.blogspot.com)

 

Por que muitos compartilham fake news?

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Porto Alegre sofreu com as enchentes.

Imagem de lukascaraffini2012 por Pixabay

 

Em dezembro de 2016, um indivíduo armado entrou na pizzaria Comet Ping Pong em Washington D.C., motivado por uma teoria da conspiração infundada. Essa teoria falsa acusava a pizzaria de estar envolvida em um esquema de tráfico sexual comandado por políticos. Por sorte, não houve feridos, mas o caso ilustra o perigo que as informações falsas representam, podendo levar a consequências desastrosas.

As notícias falsas visam enganar, influenciar opiniões e comportamentos, desinformar para benefício financeiro e incitar reações emocionais.

Os métodos empregados pelos produtores de notícias falsas são sofisticados, incluindo a utilização de notícias antigas fora de contexto, linguagem chocante e depreciativa para tentar vincular negativamente figuras de autoridade em certos cenários.

Os propagadores de notícias falsas apresentam informações distorcidas ou inverídicas como se fossem exclusivas, e muitos receptores, sem o devido senso crítico, reagem emocionalmente e compartilham impulsivamente, sem questionar a veracidade ou o contexto.

Por exemplo, na campanha presidencial brasileira de 2018, um grupo provocou indignação em segmentos evangélicos ao divulgar falsamente imagens de mamadeiras com bicos em forma de órgão genital masculino, atribuindo-as de maneira caluniosa ao programa de governo do candidato opositor.

Esse debate moral fabricado ganhou destaque e, devido à rápida disseminação das notícias falsas em comparação com a verdade, muitas pessoas ainda acreditam nessa mentira até hoje.

Mesmo diante da tragédia recente no Rio Grande do Sul, continua a circulação de numerosas notícias falsas.

O esforço do Exército Brasileiro no resgate de milhares de vítimas tem sido injustamente questionado. Um dos tópicos mais discutidos na antiga plataforma Twitter (agora conhecida como “X”) é a falsa associação do Exército Brasileiro com o comunismo, uma alegação que carece de explicação fundamentada.

É perceptível a origem de tais notícias falsas, uma vez que até na Câmara dos Deputados do Brasil, certos deputados têm utilizado a tribuna para disseminar informações inverídicas.

Outros continuam a espalhar erroneamente que o governo brasileiro não aceitou ajuda do Governo Uruguaio.

Campos em que as fake news têm se espalhado:

Na propagação de preconceitos sobre grupos e etnias, estimulando preconceitos, hostilidade e até mesmo violência contra minorias.

Desinformação médica: Fake news relacionadas à saúde podem ter consequências fatais. Durante a pandemia, informações falsas sobre tratamentos ineficazes ou curas milagrosas levaram a mortes evitáveis. Mais de 700 mil pessoas morreram durante a pandemia da COVID-19 no Brasil.

Incitação à violência: Algumas fake news incitam a violência direta. Por exemplo, notícias falsas que acusam pessoas inocentes de crimes graves já levaram a linchamentos ou ataques.

O sistema político tem feito uso de tais artifícios, e qualquer tentativa de criminalizar as fake news será combatida por aqueles que fazem uso delas e são maioria no Congresso.

Enquanto existe a certeza de que a maioria dos políticos jamais fará empenhos neste sentido, é necessário que o cidadão comum desenvolva alguns hábitos:

  • Prestar atenção.  Muitos que compartilham fake news nas redes sociais não prestam atenção o suficiente para verificar a precisão do conteúdo.
  • Desenvolver raciocínio crítico e analítico. Transmitir uma notícia que recebeu em aplicativos como o WhatsApp sem verificar é, no mínimo, irresponsável. Muitos, porém, estão tão cegos dentro de seus temores e ideologias políticas que são incapazes de analisar a história ou eventos recentes e, criminosamente, divulgam fake news cientes de que estão enganando amigos e familiares.

Países de cultura e liberdade do pensamento tendem a ser melhores em discernir notícias falsas das verdadeiras.

Resumo: A disseminação de Fake News leva à perda de confiança entre os cidadãos, impacta nos direitos humanos, pois uma sociedade mal informada perde direitos, afeta o direito a eleições livres e justas, o direito à saúde e o direito à não discriminação.

Um país onde políticos utilizam notícias falsas e os cidadãos concordam com tal prática está fadado ao insucesso e à decadência moral.

Leia

Veja também  “Brazil”: Fake News em meio à tragédia ‣ Jeito de ver

Deputados bolsonaristas divulgam Fake News sobre tragédia no RS | Diário Carioca (diariocarioca.com)

 

“Brazil”: Fake News em meio à tragédia

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Imagem de Jossiano Leal por Pixabay

Conforme a legislação do Brasil, criar e disseminar notícias falsas pode ser classificado como crime. A Lei nº 13.834/2019, também referida como Lei das Fake News, impõe penalidades àqueles que fabricam ou propagam informações inverídicas com a intenção de atingir a reputação ou o conceito de indivíduos ou entidades.

O Código Penal do Brasil abrange crimes como difamação, injúria e calúnia, todos relacionados à propagação de informações falsas. Mesmo sem uma legislação específica contra a disseminação de notícias falsas, é possível recorrer às leis civis e criminais existentes, particularmente se houver danos à reputação ou outros prejuízos resultantes.

Assim, é essencial ser prudente ao divulgar informações e priorizar sempre fontes confiáveis.

As pessoas produzem e disseminam notícias falsas por diversas razões. Eis algumas motivações principais identificadas por especialistas:

Monetização: Criadores de conteúdo fabricam notícias falsas para atrair engajamento e, por consequência, lucrar com publicidade em redes sociais e websites.
Convicções Políticas: Indivíduos e grupos espalham desinformação para moldar a opinião pública, apoiar causas políticas ou atacar oponentes.
Manipulação: Elas podem ser empregadas para distorcer debates políticos, fomentar ideologias radicais ou incitar conflitos entre comunidades.
Preconceito: Notícias falsas são compartilhadas para reforçar preconceitos ou narrativas pessoais, ignorando a verdade para difamar.
É crucial verificar as informações antes de divulgá-las e recorrer a fontes confiáveis para impedir a propagação de notícias falsas.

As notícias falsas têm um impacto considerável durante tragédias, como a recente no Rio Grande do Sul.

Elas não só desviam a atenção dos esforços de socorro e assistência, mas também geram confusão e desinformação entre os afetados e aqueles que querem ajudar. Vamos tratar desses aspectos:

O Impacto Destrutivo das Notícias Falsas Durante Tragédias

Durante crises, como a tragédia provocada pelas inundações no Rio Grande do Sul, a circulação de informações precisas é vital para as ações de resgate e recuperação. Contudo, as notícias falsas são um grande empecilho, prejudicando tanto as operações de auxílio quanto a compreensão pública do ocorrido.

Desinformação Acerca da Assistência do Governo Federal

Notícias falsas relativas à assistência do governo federal podem gerar desconfiança e hesitação entre as vítimas e voluntários. Por exemplo, surgiram boatos infundados de que o governo estava penalizando barqueiros que auxiliavam no salvamento das vítimas. Tais narrativas, além de inverídicas, desviam o foco das autoridades, que necessitam empregar tempo e recursos preciosos para refutá-las.

A Atuação do Exército Sob Suspeita

O exército tem um papel crucial em desastres, salvando vidas e prestando ajuda fundamental. No entanto, as notícias falsas podem pôr em dúvida ou deturpar essas ações. Informações errôneas sobre as missões de resgate podem resultar em uma avaliação injusta do trabalho do exército, que, conforme relatos, resgatou aproximadamente 20 mil pessoas durante a catástrofe no Rio Grande do Sul.

Contas Falsas e a Exploração da Solidariedade

A solidariedade humana frequentemente se expressa através da generosidade em momentos de crise. Entretanto, pessoas com más intenções se aproveitam dessa disposição para o bem, criando contas fraudulentas com o intuito de coletar fundos sob a alegação de auxiliar os desalojados. Essas fraudes não só subtraem recursos dos verdadeiramente necessitados, mas também maculam o espírito de colaboração, essencial nestas ocasiões.

Muitas notícias falsas são disseminadas por políticos que adotam uma postura de vale-tudo na arena da oposição, buscando manter seu eleitorado leal mal informado para assegurar votos em futuras eleições.

Para combater o crime, é essencial investir na educação e estabelecer penas severas para os criminosos.

Leia mais em: Fake news – seus impactos e como combatê-las ‣ Jeito de ver

Veja também: 30 notícias falsas, golpes e fraudes em andamento no meio | Opinião (brasildefato.com.br)

Projetos de lei que agridem o ambiente

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Imagem de Jossiano Leal por Pixabay

No Brasil, as enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul têm causado grande comoção. Milhares de pessoas foram afetadas por residências e vias públicas destruídas, perda de entes queridos e danos às lavouras.

O caos resulta da falta de preparação para os alertas de mudanças climáticas.

Apesar da comoção atual, o Brasil, assim como outras nações, enfrenta as consequências dessas mudanças e tem projetos de lei que são considerados prejudiciais ao ecossistema. Vamos relembrar esses projetos de lei?

Projetos de Lei Ambientais Controversos:

Vários projetos de lei no Brasil têm sido criticados por ambientalistas e outros grupos devido ao seu potencial impacto negativo no meio ambiente. Entre os mais controversos estão:

O PL 2159 sugere que o licenciamento ambiental seja uma exceção, o que poderia levar a atividades de alto impacto ambiental sem avaliação adequada.

Os PLs 2633 e 510 visam conceder anistia à grilagem de terras, promovendo ocupação ilegal e desmatamento.

O PL 490 tem como objetivo alterar a demarcação de terras indígenas, o que poderia levar à redução de áreas protegidas e ao aumento do desmatamento.

O PL 191 busca autorizar a mineração em terras indígenas, o que poderia resultar em danos ambientais significativos.

O PL 6.299/02, conhecido como “Pacote do Veneno”, pretende revogar a Lei de Agrotóxicos atual, representando um risco para a segurança alimentar e a saúde dos ecossistemas.

Esses projetos de lei, que estão em diferentes estágios do processo legislativo, podem sofrer alterações antes de uma possível aprovação. O engajamento público e o debate são fundamentais para garantir políticas ambientais sustentáveis.

A bancada ruralista tem um lobby forte na Câmara dos Deputados.

Eles priorizam:

Licenciamento Ambiental: Propõem flexibilizar as regras para fomentar projetos agropecuários.

Agroquímicos: Visam modificar as normas para a aprovação e venda de pesticidas.

Conectividade Rural: Buscam melhorar a infraestrutura de internet no campo para desenvolvimento tecnológico.

Política de Gás Natural: Discutem o uso de gás na agricultura e seus benefícios.

Reforma Agrária: Propõem alterações na distribuição de terras, enfatizando a titulação.

Terras Indígenas: São contra as demarcações permanentes, favorecendo as atividades agropecuárias.

Trabalho Rural: Defendem jornadas de trabalho mais longas e a flexibilização das leis trabalhistas.

É crucial enfatizar que certas políticas e ações podem ter impactos ambientais significativos.

A redução das restrições ambientais, o uso de áreas vulneráveis e o incremento no uso de agroquímicos podem resultar em desmatamento, diminuição da biodiversidade e poluição dos recursos naturais. Essas práticas, a longo prazo, podem afetar negativamente a saúde dos ecossistemas e o bem-estar das comunidades locais. Assim, é vital buscar um equilíbrio entre o crescimento econômico e a conservação ambiental, assegurando um futuro sustentável para o Brasil e para o planeta.

Diante da economia,

quem pensa em ecologia?

– O Progresso, Roberto e Erasmo Carlos

Leia também: O aquecimento global e as tragédias ‣ Jeito de ver

Inundações no Rio Grande do Sul: 20 imagens impactantes da tragédia – BBC News Brasil

O aquecimento global e as tragédias

Imagem de Kamil Szerlag por Pixabay

 

O desenvolvimento da Europa ocorreu às custas de grande parte de suas reservas naturais e da exploração de nações menos poderosas, muitas vezes por meio de colonização e escravização de povos mais fracos.

Essa destruição de recursos em nome do progresso resultou em mudanças climáticas.

Com o passar do tempo, os países menos desenvolvidos seguiram o péssimo exemplo dos colonizadores. Confira os links:

Agente laranja: pecuarista desmata o Pantanal com substância altamente tóxica | Fantástico | G1 (globo.com)

Agronegócio foi responsável por 97% do desmatamento no Brasil | Geral (brasildefato.com.br)

A destruição dos biomas leva a uma consequência alarmante:

 

O aquecimento global.

O aquecimento global é um fenômeno complexo com impactos significativos no clima do planeta. Com o contínuo aumento das temperaturas globais, impulsionado pelo acréscimo de gases de efeito estufa na atmosfera, eventos climáticos extremos se tornam cada vez mais comuns e severos. Este é um texto explicativo sobre como o aquecimento global pode causar tragédias e inundações:


O aquecimento global e seus impactos devastadores

A Terra está passando por uma crise climática sem precedentes. O aquecimento global, causado pelo acúmulo de gases de efeito estufa como o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxidos de nitrogênio (NOx), está mudando o clima que conhecemos. Essas alterações não são apenas números em um gráfico; elas têm consequências reais e frequentemente trágicas para a vida no planeta.

Enchentes: Uma consequência direta

As enchentes são uma das consequências mais visíveis e destrutivas do aquecimento global. O aumento das temperaturas globais causa o derretimento das calotas polares e glaciares, elevando o nível do mar. O ar mais quente também retém mais umidade, resultando em chuvas mais intensas. A combinação desses fatores aumenta significativamente o risco de enchentes costeiras e fluviais.

Tragédias humanas e perdas irreparáveis

As enchentes vão além de eventos naturais; tornam-se tragédias quando atingem comunidades. Casas são arruinadas, vidas são ceifadas e infraestruturas são comprometidas, deixando muitas vezes um rastro de destruição. As comunidades mais pobres e vulneráveis são as mais afetadas, com menos meios para se prepararem e recuperarem.

Um ciclo vicioso

O aquecimento global pode também mudar padrões climáticos, causando secas em algumas áreas e enchentes em outras. Isso impacta diretamente na segurança alimentar e no acesso à água potável, podendo levar a migrações em massa e conflitos por recursos. É um ciclo vicioso: o aquecimento global intensifica desastres naturais que, por sua vez, aumentam a vulnerabilidade das populações.

É essencial uma ação urgente para atenuar os impactos devastadores, sendo crucial tomar medidas imediatas para diminuir as emissões de gases de efeito estufa e criar estratégias de adaptação. Isso envolve investimentos em infraestrutura resistente ao clima, recuperação de ecossistemas naturais como mangues e florestas, além de fomentar a conscientização acerca das mudanças climáticas. Apenas com a união de esforços coletivos e decisões políticas audaciosas poderemos reduzir a frequência e gravidade dessas catástrofes climáticas.

 

Leia também:  Um E.T em meu quintal (Um dia estranho) ‣ Jeito de ver

Um calor diferente – O que será isso? ‣ Jeito de ver

 

Notícias de paz para a Zona Sul

Helicóptero Apache.

Helicóptero em operação

 

Os helicópteros passavam acima das casas e Gualber abraçava suas três filhas na sala, o único local protegido por uma laje, próximo à parede aparentemente blindada. A ideia de blindar um dos vãos veio de Marisa, pois os traficantes às vezes trocavam tiros com policiais nas proximidades. As filhas pequeninas, já não eram mais inocentes; as idas para a escola eram exercícios de amadurecimento.

Mas agora seria diferente.

Parecia que desta vez o governo cuidaria do povo dos morros. Haveria uma hora em que poderiam sair e, quem sabe, usufruir um pouco de paz na pracinha mais acima. A música o acompanhava em seus exercícios diários e nas aulas que mais pareciam jam sessions, de tão agradáveis que eram.

Bom músico, Gualber desistira do sucesso, pois para ele, não havia algo que fizesse sentido na atual música pasteurizada. Os seus sonhos de sucesso no entretenimento foram transferidos para as aulas de música que dava.

O combate se intensificava à noite e, na manhã seguinte, o governo se gabava de sua bravura por enfrentar o crime organizado em longas entrevistas.

Até que um dia… Enfim, os jornais noticiavam a fuga dos bandidos. A notícia era transmitida como espetáculos para gringos se sentirem motivados a turbinar o turismo local. Enfim, a televisão noticiava a paz.

E depois de muitos meses, amedrontado, Gualber poderia então sair sem medo, com seu instrumento, para mais um dia de aula.

Abraçou Marisa, beijando ternamente a sua testa. Observou o transporte escolar que levava cada uma de suas três filhas, que acenavam alegremente nas poltronas intermediárias.

Olhou para a ladeira e o muro branco que vinham antes da rodovia, que teria que passar até o ponto de táxi a 300 metros à esquerda.

Gualber visualizou o muro, sentiu a paz e, em vez de um case, levou a guitarra num estojo simples, preto. Chegando ao muro, sentiu a paz e, olhando para os dois lados, colocou o suporte da guitarra nas costas, sobre os ombros.

E de longe, aqueles que trariam a paz não viam um professor portando um instrumento; viam um negro e, em seus subconscientes, negros eram perigosos – e aquilo seria certamente uma arma.

E agindo como os mesmos marginais que combatiam, atingiram o alvo.

E lá no meio da pista, Gualber se perguntou por segundos: “Por quê?”

Mas jamais irá entender o que já sabia…

E a paz noticiada habitava a mente de Gualber, enquanto os helicópteros levavam notícias para a zona sul.

 

Leia também: Um bom rapaz – uma crônica. ‣ Jeito de ver

A verdade por trás da operação que matou o músico Evaldo Rosa (apublica.org)

 

Fake news – seus impactos e como combatê-las

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Imagem de memyselfaneye por Pixabay

As notícias falsas, ou ‘fake news’ em todas as áreas, ganharam destaque com o avanço das redes sociais e da internet. É importante compreender o que são, os impactos que têm na sociedade e como podemos combatê-las.

Seja no campo da saúde, das trivialidades e até principalmente da política as Fake News cresceram como praga em nossos dias.

O que são Fake News?

São rumores ou informações incorretas propagados online com o intuito de enganar os usuários. Embora nem sempre exista uma intenção maliciosa, eles geram confusão.

Impactos Sociais da Desinformação:

Desinformação Generalizada: Abalam a confiança em fontes de informação, tornando difícil discernir a verdade.
Polarização Política: Incentiva extremos ideológicos, prejudicando o diálogo e a cooperação.
Integridade Democrática: Pode manipular eleições, ameaçando a democracia.
Saúde Pública: Fake news sobre tratamentos e vacinas durante pandemias podem levar a mais casos e mortes.

Estratégias de Combate à Desinformação:

Educação Midiática: Ensinar a identificar fontes confiáveis e compreender a disseminação de notícias falsas.
Verificação de Fatos: Apoiar agências dedicadas à checagem de fatos.
Responsabilidade de Plataformas Digitais: Diminuir a propagação de notícias falsas e destacar informações verídicas.
Legislação Equilibrada: Criar leis que combatam a desinformação, preservando a liberdade de expressão.
Conscientização do Usuário: Verificar a credibilidade das informações antes de compartilhar.

Em resumo, enfrentar as fake news é um esforço coletivo que envolve governos, sociedade civil, empresas de tecnologia e indivíduos. É vital buscar a verdade e informações corretas para o bem-estar de uma sociedade informada.

Divulgar fake news não pode ser encarado como liberdade de expressão! É dever de todos combatê-las.

– Gilmar Chaves, Professor

Leia também:  Fake News – Impactos e consequências! ‣ Jeito de ver

Saiba mais Fake News e os impactos na vida em sociedade. | Jusbrasil;

Fake news: o que são, como funcionam e como combater (todoestudo.com.br)

A importância de Investir em talentos locais

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Imagem de Hilary Clark por Pixabay

 

Quantos talentos incríveis se perdem por falta de apoio?

Muitos artistas locais não conseguem o suporte necessário para prosperar, mas por que é tão importante apoiá-los?

Incentivar os talentos locais é essencial para preservar a riqueza cultural de uma comunidade.

Com frequência, a falta de apoio aos artistas locais ocorre quando a cultura não é uma prioridade para as autoridades municipais. Muitas vezes, as pessoas encarregadas dessas decisões não possuem o conhecimento adequado sobre o assunto.

Em vez de priorizar o legado cultural, algumas vezes os interesses pessoais e políticos influenciam as decisões. Isso significa que o apoio é direcionado apenas para aqueles que têm as conexões certas nos lugares certos.

Nesses ambientes, os artistas locais enfrentam preconceito e negligência.

Além disso, há uma pressão popular para que sejam contratados artistas famosos para grandes eventos, muitas vezes à custa dos talentos locais e do orçamento público.

No entanto, investir nos talentos locais oferece diversas vantagens:

Primeiro, fortalece a identidade cultural da região, já que os artistas locais muitas vezes refletem a essência e a história do local.

Segundo, estimula a economia local, pois os artistas locais e o público consomem produtos e serviços da região. Isso atrai turistas, que contribuem para a economia da cidade.

Além disso, investir nos talentos locais pode reduzir custos, aumentar a eficiência e promover a inclusão e participação da comunidade.

Em suma, ao apoiar os talentos locais, as autoridades culturais não apenas promovem a arte e a criatividade, mas também fortalecem a identidade da comunidade e impulsionam o desenvolvimento cultural sustentável.

 

Leia também Onde as flores não florescem ‣ Jeito de ver

Veja mais em VALORIZANDO NOSSOS ARTISTAS LOCAIS: INCENTIVOS PARA FOMENTAR A PRODUÇÃO CULTURALl (ativaz.com.br)

Quantos talentos incríveis se perdem por falta de apoio?

 

 

 

 

 

O domínio pela cultura e pelo medo

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Imagem de StockSnap por Pixabay

 

“O homem domina homem para seu prejuízo.”
Eclesiastes 8:9, Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada

 

Ao longo das décadas, o homem tem experimentado diferentes formas de expandir seu controle sobre outros.

A manipulação das emoções tem sido um método bem eficaz.

Domínio Cultural

Quando países do Velho Continente, militarmente bem equipados, partiam para explorar e colonizar países mais pobres, enfrentavam a revolta e a resistência do povo local. Os constantes embates resultaram em incontáveis mortes locais e outras atrocidades.Visando minar aos poucos tal resistência, eles adotaram a conquista cultural como estratégia.

O primeiro passo era introduzir aos nativos sua forma de pensar e ver o mundo, por meio do ensino de sua língua e religião. Ainda que os mais velhos resistissem, a nova geração já estaria “domada” pela falsa sensação de fazer parte de uma nova cultura.

A eficácia desse método é historicamente comprovada, pelo fato de que muitas línguas faladas por alguns povos, bem como as suas histórias, foram esquecidas com o tempo, pois o principal objetivo do colonizador era explorar a nova terra e enviar suas riquezas ao país de origem.

O controle atravé do medo

“O melhor meio de dominar o povo é pelo medo.”
— Luc Ferry, filósofo francês

No intuito de expandir territórios, muitos países usam deste artifício, que, segundo Luc Ferry, tem sido o melhor modo de dominar um povo: O MEDO.

Os exercícios de guerra objetivam mostrar ao povo local, o poder bélico dos ‘novos conquistadores’, com isso mina-se a disposição a qualquer resistência a qualquer resistência. Eliminando-se a resistência, passam a impor novas regras.

Além dos Campos de Guerra – a cultura

Tais métodos podem e são usados com frequência por manipuladores de pensamento, pessoas que visam expandir seus negócios e sua influência sobre um povo ou povos.

Por exemplo, os filmes hollywoodianos recebiam incentivo do governo para vender ao mundo “o estilo de vida estadunidense e exaltar o poder se suas Forças Armadas“. Nestes filmes, o país é com frequência retratado pelo estereótipo de Salvador do mundo, seja de ameaças terroristas, seja de invasores alienígenas ou mesmo de super meteoros que acabariam com a vida no planeta.

Os filmes raramente abordam a pobreza, a corrupçao, o preconceito racial ou o problema dos habitantes sem teto nos EUA.

A realidade oculta neste país,  é a mesma que na maioria dos países: há pobreza, fome, preconceito, censura, espionagem — e o país fomenta  guerras ao redor de todo o mundo. Apesar do argumento de que os Estados Unidos ajudam humanitariamente países em necessidade, como os palestinos com suprimentos, tal argumento mostra-se míope quando não se considera que o mesmo país fornece armamentos pesados a países, como Israel. – Veja A indústria armamentista – um tema em debate ‣ Jeito de ver

Esse tipo de propaganda atinge seu objetivo quando pessoas deixam de encarar tais obras como entretenimento e passam a vê-las como reais, desprezando sua própria cultura por culturas enlatadas em forma de filmes.

O Domínio Sul Coreano

Outro exemplo de domínio cultural são enlatados sul-coreanos: doramas e grupos de k-pop.

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Imagem de wal_172619 por Pixabay

Grupos de meninos e meninas fofinhos, de aparência andrógina ou sensualizada, dançam perfeitamente sincronizados cantando canções “coreanamente” chicletes. Quem já não viu essa turma aparecer nas mídias?

Ou quem já não ouviu alguém falar com ternura dos doramas (séries coreanas)?

O governo sul-coreano consegue expandir sua influência no mundo por meio da cultura. Quantias enormes de dinheiro foram investidas para isso e os retornos comerciais compensam.

O Uso do Medo e da Revolta como método

Outro método usado com eficácia é estimular o medo e a revolta.

Um exemplo ocorrido no Brasil ajuda a ilustrar este ponto:

No púlpito de uma igreja, sem nenhuma prova ou convicção, uma senadora chocou os membros presentes com a afirmação de havia tráfico sexual de crianças  na ilha de Marajó, que eram submetidas desde bem pequenas a tratamentos cruéis e degradantes.

Tais declarações foram divulgadas entre os “fiéis” do país inteiro como sendo verdadeiras. O objetivo desta aberração era promover o medo e a revolta, junto com a ideia de divulgar um candidato político apoiado por ela,  este “Messias“, salvaria as crianças. A certeza da credulidade dos presentes naquela reunião e a confiança na impunidade deram-lhe a liberdade de mentir sem filtros.

O conteúdo daquela reunião vazou, repercutiu negativamente e a senadora admitiu não haver provas.

Mas o objetivo da mentira já havia sido alcançado: Expandiu a revolta e o medo. E apesar de desmentido, o assunto ainda repercute!

Aguardar a elaboração de leis que criminalizem e punam os divulgadores de mentiras seria esperar muito de parlamentares que em muitas vezes são eleitos utilizando os mesmos artifícios, apesar de muitos se auto-afirmarem evangélicos.

Pessoas sem consciência se tornam meros fantoches nas mãos de manipuladores.

O conhecimento da história, dos métodos de manipulação e e a disposição de questionar contribuem para decisões conscientes.

Esses três elementos fortalecem o debate se tornam armas poderosas nas mãos de um povo não disposto a se deixar escravizar.

 

Saiba mais: Imperialismo cultural – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Veja também: Notícias de Guerras – o jogo da informação ‣ Jeito de ver

 

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