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O um pelo todo – se aplica a tudo?

Julgar corretamente é essencial.

Imagem de Tumisu por Pixabay

Julgando as amostras

Para que os consumidores possam avaliar a qualidade dos produtos, algumas empresas oferecem amostras grátis antes de eles se comprometerem com a compra.

Essas amostras gratuitas também são conhecidas como brindes.

É justo avaliar produtos por meio de amostras, já que, na maioria das vezes, os produtos e receitas são semelhantes entre as marcas.

Com essas amostras, o consumidor pode determinar se o produto atende às suas expectativas e se é realmente bom para ele.

O conceito de “um” representando o “todo” não se aplica a pessoas ou sociedades. O que isso significa?

A diferença

A expressão “cada pessoa é um universo” faz sentido.

As experiências, tanto individuais quanto coletivas, moldam cada indivíduo de maneira única. Cada pessoa reage de forma diferente a um estímulo.

Uma canção que é agradável para o ouvido do seu vizinho pode soar desagradável para você.

Um prato que é delicioso para você pode parecer insípido para o seu vizinho.

Portanto, a pergunta “como pode ser assim, visto que tiveram a mesma educação?” encontra resposta na individualidade. Que bom que não somos robôs!

Separando…

Com isso em mente, é crucial refletir sobre como frequentemente julgamos as instituições.

Um membro de uma instituição não deve ser visto como uma “amostra grátis” da mesma. Consideremos alguns exemplos:

Se um aluno tem dificuldades em aprender uma matéria específica, isso desqualificaria a escola ou o professor?

Se um político se envolve em escândalos de roubo, peculato ou até assassinato, isso desqualificaria todo o sistema político?

Se um líder religioso se envolve em escândalos de roubo, charlatanismo e pedofilia, isso desqualificaria todo o sistema religioso?

Podemos levantar várias outras hipóteses, mas para avaliar as instituições, precisamos partir da premissa de qual é o problema e como lidar com ele.

Se considerarmos a dificuldade de um aluno em uma matéria sem levar em conta o desempenho dos demais alunos da mesma classe, não teremos uma avaliação justa do trabalho do professor ou da escola.

No entanto, isso não significa que, se a maioria aprendeu, o professor deixará de buscar maneiras de facilitar o aprendizado daquele que tem dificuldades.

Nesse contexto, os professores são verdadeiros mestres.

Julgando corretamente

Ao analisar a situação de um político, se a instituição não o puniu severamente, optando por demonstrar lealdade popular e corporativismo, pode-se afirmar que a instituição está totalmente corrompida.

No entanto, se alguns lutaram pela justiça, isso indica que apenas uma parte do sistema está corrompida.

O âmbito religioso é particularmente sensível, já que nenhuma igreja ou organização religiosa ensinaria roubo ou pedofilia aos seus fiéis. (Infelizmente, o mesmo não se pode dizer sobre o charlatanismo!)

Quando um membro de uma fé específica comete crimes, a maneira como a instituição religiosa responde pode revelar seu nível de corrupção. Por exemplo, ladrões e pedófilos devem ser denunciados à justiça para enfrentarem as penalidades legais.

A falta de ação não só indica a corrupção do indivíduo, mas também da instituição que tolera tais comportamentos.

A maneira como uma organização, seja ela religiosa ou não, enfrenta erros e problemas revela o nível de corrupção presente.

Portanto, ao avaliar instituições, é essencial olhar além dos atos individuais e observar como elas enfrentam erros e promovem justiça, pois é essa postura que revela seu verdadeiro caráter.

Veja mais O que é a música “brega”? – História – Jeito de ver

Uma arma anti-morte (e eles voltariam)

Um lindo campo. Um exercício de imaginação sobre as armas.

Ákos Szabó

 

“Não podem nos privar do direito sagrado de ter uma arma”, afirmam alguns.

“Se Jesus vivesse em nossos dias, possuiria uma arma.”

“Como poderia eu concordar com tais palavras?” – indagaria alguém de bom senso.

 

Tais declarações, embora proferidas por autoridades políticas e religiosas no Brasil em algum momento, não merecem crédito. A Bíblia descreve Deus como “a fonte da vida” (Salmo 36:9), e um dos 10 mandamentos mais conhecidos é “não matarás” (Êxodo 20:13).

Armas são feitas para matar, é claro. Portanto, não há como concordar com as frases destacadas no início deste texto.

Para começar, ter uma arma não é um direito sagrado. E, a propósito, Jesus não andava armado.

Imagine, então, uma história sobre uma arma diferente: uma arma anti-morte.

“Cansados das notícias incessantes sobre acidentes, assassinatos e violência, tanto por bandidos quanto pela corrupção policial – onde aqueles que deveriam defender a lei praticavam justiça privada – as pessoas resolveram criar uma arma diferente: a arma anti-morte.

Qual seria o segredo de tal arma?

Todas as pessoas teriam o sagrado direito de possuir essas armas em suas casas, sem restrições. Poderiam montar verdadeiros arsenais, pois essas armas não matariam sob nenhuma hipótese.

As escolas de tiro ao alvo estavam liberadas para crianças, que aprenderam a defender a vida, espalhando mais vida, sem ameaçar a vida de instrutores e seus familiares.

Com o tempo, as pessoas aprenderam a respirar, a esperar o ódio passar – pois manusear a arma anti-morte exigia paciência e tolerância, características que no universo paralelo já não eram tão comuns.

Os tolos arrogantes passaram a não se sentir tão poderosos, pois não podiam matar com tais armas, e as guerras já não ceifavam tantas vidas.

As mães, pais, mulheres, namorados, namoradas e filhos podiam sentir a certeza de que, mesmo com a terrível distância, o amor sempre estaria de volta – cheio de vida.

Os covardes torturadores agora precisavam usar seus preguiçosos cérebros e, pela primeira vez, aprender a dialogar – pois não podiam ameaçar a vida daqueles que tinham o direito legal de discordar de seus métodos…

E então…

O Presidente do país pôde desfilar em carro aberto, sem seguranças correndo ao redor, sem medo de opositores ou de um Lee Harvey Oswald qualquer…

Um cantor pôde voltar das gravações de seus sucessos, abraçar sua amada e autografar o seu último disco para o fã…

Pacifistas puderam abraçar aqueles que lhes prestavam reverência…

Monges budistas não atearam fogo em si mesmos…

Meninas não correram chorando enquanto bombas caíam na aldeia…

Atrizes puderam voltar para casa e abraçar aqueles que amavam…

Meninas foram abraçadas por seus pais, não arremessadas pela janela…

Pais puderam dormir em paz, pois nem filhos, nem cúmplices, fariam qualquer mal…

Meninos não foram torturados e mortos por suas mães (?) e padrastos…

Pessoas aprenderam a conversar…

Em um pequeno bar, onde se praticava sinuca, seis adultos e uma menina de 12 anos voltaram em paz para suas casas e continuaram suas vidas…

E as bombas que caíam produziam flores, as cidades não eram mais destruídas.

Tudo isso porque a arma não matava.

E as pessoas tiveram um tempo a mais para pensar na paz.

E todos puderam viver

E aprender novas coisas…”

Gilson Cruz

Leia mais em

Palavras de 2023 – o ano que passou! ‣ Jeito de ver

Veja também A proliferação de armas no Brasil: violência, masculinidade e conflitos – a importância de um programa de recompra – Fonte Segura

 

 

 

 

Quiprocuó Esporte Clube – Falando de futebol

Um conto sobre a torcida de futebol e o Quiprocuó.

Imagem de Alomgir Hossain por Pixabay

A nação estava atordoada

Não era a primeira vez que o Quiprocuó Esporte Clube disputava o Campeonato Nacional, mas desta vez parece que não iria ter pra ninguém.

Antes, o modesto time se contentava em fazer um bom campeonato e a bela e fiel torcida comparecia, para torcer e se emocionar nas vitórias difíceis e nas duras derrotas. Pais, Mães e Filhos estavam lá para ver seus atletas favoritos dando o máximo. Nem sempre se ganhava, mas o passeio com os amigos valiam mais que qualquer placar.

-“Semana que vem, tem mais” – diziam.

Mas, o tempo passou…

Agora, surgiu um novo Quiprocuó.

Futebol envolvente, tic-tacs, rápidos, certeiros e goleadas que fariam um 7 X 1 qualquer parecer resultado de  jogo  amador.

A torcida crescia, se emocionava a cada lance,  O Quiprocuó E.C não decepcionava.

Todos vibravam…

O FC Mambembe não quis tomar 7 X 1, para não compararem com a Seleção Canarinho, seria muita humilhação, então no sétimo gol do Timaço partiu pra violência. E o campo se transformou num imenso ringue. Mas, o Quiprocuó esperto, saiu do campo deixando os mambembes na vergonhosa guerra solitária.

A nova torcida do Quiprocuó gostou da ideia e partiu para a batalha. Infelizmente, em cem anos, o primeiro torcedor morria. Não, ele não morria pelo seu time.

Não vamos trocar as coisas!

Como a Justiça desportiva não punia a ninguém exemplarmente, o campeonato continuou. E na partida seguinte, o Quiprocuó entrava em campo com um uniforme preto, simbolizando o luto, com a faixa: “Esporte é vida, vamos viver”.

Essas frases imbecis que visam sensibilizar as pessoas por uns instantes, para fazer de conta que algo mais que o dinheiro importa aos dirigentes…  Mas, o Quiprocuó não tinha nada a ver com isso…

Quando chovia parecia que as portas celestiais se abriam nas traves adversárias, era 10X1  nos Chockenses do Sul, 9X 2 nos Pernetas Celestes e a maior goleada que se viu dizer até hoje 45 X 1 no Vendidos ProBet ( acho que esse foi realmente vendido!) – Mas, não se investigou quem ganhou milhões com esse resultado, então valeu!

O campeonato estava nas mãos, mas algo parecia não estar certo.

De repente, o Time das massas entrou então no campo sem nenhuma disposição.

As pernas dos jogadores pareciam não obedecer aos comandos da mente.

E o técnico se desesperava…

As partidas do Quiprocuó se tornaram tão chatas, mas tão chatas, que o narrador decidiu narrar a festa da torcida.

“Olha lá, Olha lá…os Quiprocuenses dão espetáculo…” – Gritava um entusiasmado locutor

“Que festa… Que festa…é só alegria!” – Dizia outro.

Olha lá, o Quiprocuense veio trajado de Superman… Essa torcida é Show!” – Dizia o mais apaixonado narrador.

Enquanto isso, o time esquecia o futebol – ganhava jogando feio, futebol não é arte, o importante era ganhar – nem que fosse jogando aquela bolinha! Mas, isso não importava, a torcida garante o espetáculo!

E a nova torcida captou a mensagem!

Eles eram mais importantes que o futebol.

A cada partida uma nova coreografia, uma nova música e até uma confusão generalizada para gerar notícias. E mais e mais pessoas se machucavam e mais e mais morriam.

Quiprocuó, é um  time amado

Que nasceu pra ganhar, 

Podemos morrer por ti

morrer de tanto te amar…!

Sim, até na música para o time a torcida fazia a sua propagandinha – pois, estava em evidência.

E o Campeonato acabou, Quiprocuó venceu aquele campeonato, os melhores jogadores foram embora para ooutros times, dirigentes ficaram milionários e com o tempo aquele time promissor deixou de existir.

E o píor é que ninguém percebeu! Nem os loucutores esportivos que se acostumaram a elogiar as torcidas organizadas e que deixaram os times de lado notaram o fim do Quiprocuó!

Quiprocuó E.C

Mas, a torcida organizada do Quiprocuó ainda existe e faz jus ao nome do time.

Ainda canta, faz coreografias, briga e mata, sim mata jovens que não sabem o que é apreciar um esporte.

Jovens que se sentem poderosos em grupo e não hesitam em agredir e até mesmo matar quem usa uma cor diferente.

Ah! O Quiprocuó não quis financiar torcedores violentos…não quis pagar para ter uma torcida de fachada – por isso deixou de existir. Pois os torcedores tradicionais não mais iam aos estádios. Tinham medo!

E hoje, mesmo com os estádios vazios, a torcida se reúne para louvar a si mesma e fazer a festa.

Para um campo vazio!

E canta ao nada…

Pois pra quê um time, quando a torcida torce por si mesma?

Veja mais em Zé da Ladeira – uma história de futebol. – Jeito de ver.

Palavras de 2023 – o ano que passou! ‣ Jeito de ver

Definição. Quiprocuó : engano, erro que consiste em tomar uma coisa por outra.

Perigo nas redes sociais – como o se proteger

 

Facebook, Instagram, Twitter, X (o antigo Twitter), BlueSky, WhatsApp, WeChat, TikTok, Linkedin… são nomes de algumas redes sociais populares, bilhões de pessoas fazem uso diário pelos mais variados motivos.

Seja pra saber as novidades sobre famosos, conhecidos, desconhecidos, extraterrestres ou mesmo para atualizar as próprias novidades .

Todos sabem que as redes sociais foram criadas com o nobre objetivo de dar lucro aos criadores e que elas por meio de algorítmos influenciam modos e tendências.

Mas, este não é o assunto principal deste Post.

O ódio por trás das telas

Muitos predadores morais, incapazes de ter ou mostrar qualquer empatia, covardes que se escondem atrás de telas de computadores ou Smartphones, de ip’s alterados, fazem uso das redes sociais com objetivos perversos: destruir reputações, tecer comentários maldosos, doentios, na intenção de desestabilizar inocentes ou talvez criticar nos outros aquilo que não sabem fazer ou o talento e beleza que sabem que não possuem.

A falta de amor próprio é projetada em forma de palavras de ódio contra qualquer outra pessoa.

Na ocasião da morte do cantor e compositor Adam Schlesinger , vitima da Covid 19, aos 52 anos, um dos comentários de leitores dizia: “Nunca ouvi falar”.

Bem, há um monte de cantores e compositores bons que infelizmente passaremos a vida sem conhecer.

Talvez, o nobre leitor do comentário acima tenha procurado posteriormente informações a respeito do artista e tenha chegado à trilha sonora do filme The Wonders – O sonho não acabou, e quem sabe a curiosidade o tenha levado à Banda Fountais of Wayne, e talvez tenha gostado ou não. – Isso realmente não importa!

O  fato de alguém não conhecer ou não gostar de determinado estilo ou cantor não tornará insignificante a obra do artista para aqueles que gostam.

A música That thing you do, foi indicada ao Oscar em 1997.

Outras situações…

Em 2021, dois amigos faziam brincadeiras em que conversavam e simulavam o início de um beijo, que não acontecia. Os haters, nome dado aos que espalham ódio por meio das redes sociais, lançaram críticas doentias, ferozes ao jovem que devido à pressão, cometeu suicídio aos 16 anos.

Em 2013, na Flórida, EUA, uma jovem de 12 anos atirou-se de uma plataforma de uma fábrica de cimento abandonada, após ser atacada de modo cruel por meio de mensagens ou aplicativos de fotos. Os ataques que culminaram em nesta tragédia duraram mais de um ano.

Lamentavelmente, pouco tem sido feito para se combater discursos de ódio e fake news, uma vez que redes sociais são criadas para dar lucro e relatos perversos sensacionalistas  e mentiras geram engajamento.

As fake news se espalham 70% mais rápido que notícias verdadeiras. – ‘Fake news’ se espalham 70% mais rápido que notícias verdadeiras, diz MIT (correiobraziliense.com.br)

Discursos de ódio e posts de raiva geram cliques. – Posts de raiva são os que mais geram cliques e engajamento nas redes sociais – Giz Brasil (uol.com.br)

Dilema moral ?

O dilema moral em que se encontra as redes sociais é o mesmo que se dá com grandes empresas da mídia tradicional, seja Televisiva ou impressa  quando se trata em noticiar fatos de corrupção entre grandes anunciantes. – O que seria mais importante que o lucro? A verdade ou o lucro? 

Irremediavelmente, a maioria decide pelo lucro!

Atualizar Termos de Uso não tem mostrado ser a solução.

Alguns pais, decidem limitar ou mesmo proibir que seus filhos façam uso de Redes Sociais.

As famílias devem decidir, sem pessoas as redes acabam, portanto limitar o acesso ou mesmo parar de usar (o que muitas vezes é quase impossível!) reduziria os lucros e forçaria a uma mudança de melhor efeito.

Enquanto a mudança não acontecer, haverá sempre predadores morais, criminosos, doentes prontos a envenenar e até mesmo matar sonhos e reputações.

Leia mais em “Notícias na Era Digital (Viés e informação) ‣ Jeito de ver

 

 

 

Palavras de uma Mãe (Poesia no Drama)

O rosto triste, cansado. As palavras reais de uma Mãe após a tragédia.

Imagem de ThuyHaBich por Pixabay

 

Menino, volta pra casa

Por favor, não diz que não te avisei

Menino, cuida das tuas ‘companhia’

 

Menino, não é assim que se enrica

Menino, volta pra casa

 

Menino, a noite chega

tu lembra a tua canção de ninar?

Não era brincadeira

O bicho papão existe…

e pra nós pobres, ele é diferente…

 

Volta pra casa, Menino

Tua pele é marcada

desde que tu nasceu

te olham torto nos mercado e te amarram como se amarra os porco…

Te amarram em poste,

meu coração dói

 

Volta,

pra casa…

Menino, sei que o mundo é injusto

mas trabalha, mesmo que por pouco

com pouco também se vive.

 

Lembra do teu amigo que jogou a pedra,

e a pedra infeliz subiu,

subiu e achou de cair no carro dos dotô, do bicho papão…

que matou ele

e ele é que não volta…

 

Mas, o Dotô vive na paz vive na paz dos bichos, aqui perto

A lei é diferente, pois tu, tu não esquece…

não esquece a pele dele, é igual a tua e ele não volta mais p’ra casa

 

Eu tinha medo quando você brincava a tua bola até tarde da noite

Mas, você tá grande…

E hoje não tenho paz, você não para em casa

Volta pra casa…

 

Um dia aqueles bicho te pega…

não tem advogado pra tu, nem niuma chance

A nós sobreviver é missão, pra não sumir no mundo, na história

 

Não fala daqueles lá que roubaram mais,

que tem carro, fazenda e troça na cara de todo mundo

-Eles também estão errados, mas, pra eles é diferente, sempre será…

 

Menino, está dormindo?

abre os teus olhos…

abre os olhos…

acorda, meu filho…

 

Menino…

eu te avisei…

 

Leia mais em Eterno Menino (Lembranças de um amigo) ‣ Jeito de ver

 

 

 

Cachorros abandonados – o que fazer?

Um velho cachorro. Muitos animais morrem durante festividades que envolvem queima de fogos. Veja a história de Duke.

Imagem de Rajesh Balouria por Pixabay

 

Um cão chamado Duke

 

Você consegue imaginar a seguinte cena?

Festejos de virada de ano,  shows de fogos de artifício, clarões, barulho, sim, muito barulho – turistas e moradores locais entusiasmados olhando o céu, extasiados com a coreografia dos fogos, bebendo, cantando, celebrando o fim de ciclo de mais um ano.

Neste exato momento, o Sr. José, sim, o chamaremos de José, morador de rua, está desesperado tentando abafar os sons e acalmar seu companheiro, o Duke* (chamaremos de Duke) seu amiguinho de quatro patas, um SRD de três anos que o acompanha desde o nascimento.

Duke, é um cachorrinho amoroso, brincalhão e a melhor companhia contra o tédio.

Uma lembrança de que mesmo em tempos difíceis, alguém vai estar lá apenas por te amar.

Duke ama o José, mas está desesperado.

E o Zé, também está desesperado.

Ele sabe que os cachorros têm a capacidade auditiva maior que a dos humanos e que, para eles, barulhos acima de 60 decibéis, que equivale a uma conversa em tom alto, pode causar estresse físico e psicológico, pois o ouvido canino é capaz de perceber uma frequência maior de sons, e podem detectar sons quatro vezes mais distantes, se comparado a humanos. -(Fonte: Fogos, bombas e rojões: saiba o risco que isso pode causar nos animais – Voz das Comunidades)

Duke, o pequeno companheiro, infartou naquela noite.

Muitos animais morrem durante festividades que envolvem queima de fogos. Exemplos nos posts abaixo:

Cachorro morre durante queima de fogos, no réveillon | Bom Dia Rio | G1 (globo.com)

Mulher relata morte de cadela após queima de fogos de artifício no revéillon – Nacional – Estado de Minas

A história acima tem o nome dos protagonistas trocados, mas aconteceu no Rio de Janeiro, Brasil.

Caso você tenha um cachorrinho de estimação já percebeu como ele fica agitado com as bombas e sons altos? Nestes casos seria bom deixá-lo pela casa à vontade e tentar minimizar os efeito dos barulhos e treiná-lo para que aos poucos ele se acostume com sons diferentes.  – Fonofobia: seu cachorro tem medo de barulho? – BLOG.Petiko

Mas, quando se trata de cães que vivem nas ruas (sim, eles existem!) seria necessário uma política para conter os danos.

Uma política voltada para o cuidado de animais.

Não como aquelas em que prefeitos mandam recolher os pobres bichinhos para o abate, que além de cruel – é criminosa. Veja um exemplo na matéora do post: -Prefeitura na BA publica decreto que determina abate de animais abandonados em vias públicas | Bahia | G1 (globo.com)

Criar canis, investir em veterinários, criar programas de incentivo a adoção responsável, seria questão de saúde pública, contudo, infelizmente, quando a maioria dos políticos pensam neste problema, que são os cães abandonados, não entendem (ou fingem não entender) que o problema é o ABANDONO, não os cães.

Por isso, pensam apenas matá-los. Termo mais sincero para o comum “abatê-los”.

Buscam a solução mais fácil, pois se até mesmo a humanos em necessidade muitos políticos tratam como nada além de votos necessários, ou escadas necessárias,  que pensar das criaturinhas que não votam?

Lamentavelmente, esse tem sido o cenário.

Respeitar a vida está entre as principais virtudes de um ser humano.

Quanto ao dono do Duke, anda pelas ruas, sozinho e as pessoas não o notam.

Estão ocupadas demais olhando para cima. Não se importam, também com os HUMANOS.

 

Nota> O nome Duke foi escolhido por causa de um cachorro que foi espancado a pauladas, numa praça pública na cidade de Seabra, Bahia. Espancado, por animais sem raça definida, não deviam ser humanos, apesar de parecerem.  Até o momento ninguém foi preso, até o dia da reportagem.  O verdadeiro Duke morreu, em consequência dos espancamentos. – Cachorro é espancado a pauladas em praça na Bahia; animal foi atingido com pelo menos 8 golpes | Bahia | G1 (globo.com)

 

Leia também:  Os meios de comunicação e a política ‣ Jeito de ver

 

 

 

O mundo anda bem complicado…

Jornais. As notícias afetam o nosso humor e a nossa saúde.

Imagem de Luisella Planeta LOVE PEACE 💛💙 por Pixabay

Um Dia de Desafios e Reflexões

O dia não estava bom…

O intestino me lembrou de sua existência, gritando e exigindo atenção, enquanto o estômago, enciumado, também queria um pouco de amor — e resolveu protestar.
Para completar, a otite resolveu me visitar justamente um dia após a vacina.

Meu pobre cérebro, sem muita paciência para administrar esses egos, decidiu medicar-se e, logo depois, entregou-se ao sono. Acordou com uma disposição imensa para ver o que estava acontecendo no mundo.

Decidiu me distrair nos portais de notícia, em busca de algo interessante que pudesse dar aquela moral. “Quem sabe uma boa notícia?”, pensou.

E assim, começou a aventura.

Entre Clickbaits e Ecossexualidade

Os sites traziam propostas nada interessantes: o antes e depois de um ator famoso ou os destaques de outro ator que se declara ecossexual (um termo que eu não conhecia).

“— Deve gostar da natureza…”, pensei, quase acertando.

Descobri que ecossexualidade é a fusão entre ambientalismo e sexualidade, focada no amor pelo planeta.
E não é que as piadinhas tolas da quinta série fizeram a festa na minha cabeça? Mas, convenhamos: a quem interessa esse assunto?

Resolvi esquecer as piadas e seguir em frente. Novos quadros falavam sobre biquínis de famosos, feitos de lã, crochê, fios de ouro, couro, cordas de guitarra, contrabaixo, ukulele… ou quase isso. Empolguei-me um pouco, admito.

“— Mas a quem interessa tudo isso?”, perguntei novamente.

Notícias Seriam Notícias?

A busca continuava. Lá estavam algumas tragédias perdidas entre um mar de futilidades:

  • “Corpo de criança de dois anos, desaparecida, é encontrado no Paraná.”
  • “CPI’s e CPMIs.”
  • “Mísseis da Coreia do Norte caem no Japão.”
  • “Grampo telefônico confirma participação de jogador brasileiro em estupro.”
  • “Ciclista cai em curva durante corrida e morre.”
  • “Congresso pressiona por mais recursos e cargos e reclama que o governo não sabe dialogar.”

Isso cansa!

“Seleção fará partida amistosa e usará uniforme preto contra o racismo.” Pensei: “Vão exibir aquela faixa: ‘Diga Não ao Racismo’ ou ‘Com Racismo Não Tem Jogo’ e, como sempre, não farão nada além disso.” Hipocrisia! Não consigo acreditar que haja algum interesse maior que dinheiro nessas instituições.

Meu cérebro, no entanto, me corrigiu: “O objetivo é distrair, não se estressar.”

E as notícias continuaram:

  • “Goleiro se machuca, será substituído.”
  • “Governo incentiva aumento na venda de carros” (com o meu salário, nem dá pra imaginar comprar um).
  • “Ciclones no Sul.”
  • “MC, cujo nome lembra os palhacinhos da infância, tem show cancelado novamente.”
  • “Modelo tem galinheiro com piscina, poleiro e iluminação.”

“Mudou a minha vida”, ironizou meu cérebro.

Um Mundo Complicado

Informações sérias e banais lutam pelo mesmo espaço, e eu me sinto cansado.
Clickbaits, anúncios sem sentido e muitas notícias que nem deveriam estar lá. Afinal, a palavra “notícia” vem do latim notitia, que significa algo que merece notoriedade.

“Informam, mas não acrescentam em nada. Não precisavam estar lá”, reclamou meu cérebro, já impaciente.

Mas os portais precisam sobreviver, e por isso as notícias sensacionalistas estão sempre de mãos dadas com algum anúncio.

Depois de perder meia hora buscando distrações, meu cérebro descobriu: dormir é um excelente remédio!

E no que ainda restava do dia, ele me entregou aos sonhos. Pois, nem sempre, viver é melhor que sonhar.

Gilson Cruz

Leia mais em  Perigo nas redes sociais – como o se proteger – Jeito de ver

Entendendo um pouco de política (Educação)

Três Poderes. Como fuinciona o Sistema Político no Brasil?

Imagem de Nill Matias por Pixabay

O que você sabe sobre Política?

Como funciona o sistema político brasileiro?

Política envolve a organização, direção e administração de nações ou estados. As principais correntes políticas — direita, esquerda e centro — tiveram origem na Revolução Francesa, em 1789. Na Assembleia Nacional, os partidários do rei sentavam-se à direita, enquanto os simpatizantes da revolução, que buscavam mudanças na distribuição de renda e nas condições de trabalho, posicionavam-se à esquerda. Com o tempo, os moderados passaram a ocupar o centro. Essa divisão permaneceu após a criação da Assembleia Legislativa, em 1791, consolidando os termos que usamos até hoje.

Durante a Revolução, a fome extrema na França e a desigualdade — com nobres desfrutando do melhor enquanto os salários mal compravam um pão — alimentaram o desejo de mudança. Cenários semelhantes despertam reflexões em diversos países, incluindo o Brasil.

O sistema político brasileiro

No Brasil, o Poder Executivo Federal é liderado pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. No entanto, o Presidente não governa sozinho: as decisões passam também pelo Congresso Nacional, composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Juntos, esses poderes discutem, aprovam e fiscalizam as políticas públicas.

A Câmara dos Deputados, com 513 representantes desde 1993, é responsável por debater e votar propostas relacionadas a áreas econômicas e sociais, como educação, saúde, transporte e habitação. Também fiscaliza a aplicação dos recursos arrecadados por meio de impostos.

A influência da Câmara na governabilidade

Um exemplo marcante dessa dinâmica ocorreu em 2016. Eduardo Cunha, então Presidente da Câmara, enfrentava problemas na Justiça e pediu apoio da então Presidente Dilma Rousseff. Não sendo atendido, Cunha articulou pautas-bombas junto ao Centrão, que minaram a popularidade do governo e dificultaram a governabilidade.

O processo de impeachment foi motivado por decretos que autorizaram a suplementação orçamentária sem aprovação do Legislativo, supostamente contribuindo para o descumprimento da meta fiscal. Mais tarde, verificou-se que não houve desvios de recursos, mas sim um projeto político para retirar direitos trabalhistas e consolidar o poder de aliados do Congresso e do Executivo. O caso ilustra como interesses políticos podem se sobrepor à governabilidade.

Em contraste, em 2023, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou com ressalvas as contas do ex-presidente Jair Bolsonaro relativas a 2022, destacando distorções que somavam R$ 1,28 trilhão. Apesar disso, houve pouca reação de parlamentares ou manifestações populares. A situação reflete o papel do Congresso, que participou ativamente do governo durante esse período.

O peso do Congresso e seus interesses

No Brasil, o Congresso exerce pressão constante sobre o Executivo, buscando recursos e controle de setores estratégicos. Recentemente, houve disputas envolvendo os Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, refletindo os interesses de grupos ruralistas e empresariais. Um exemplo é a tentativa de acelerar a votação da lei do Marco Temporal, que impacta terras indígenas e despertou críticas nacionais e internacionais.

Reflexão final

No sistema político brasileiro, o Presidente governa sob pressão de um Congresso que, corrupto ou não, influencia diretamente a governabilidade. Por isso, a responsabilidade pelos resultados deve ser compartilhada entre o Executivo, o Legislativo e os demais agentes envolvidos.

O Jeito de Ver é um blog apartidário que não endossa ideologias políticas ou rivalidades. Nosso objetivo é promover o conhecimento para que possamos melhorar o que é possível hoje e trabalhar pelo que ainda não é viável. Recomendamos a leitura dos links indicados, que oferecem detalhes enriquecedores para aprofundar seu entendimento sobre o tema.

Gilson Cruz

Leia também O papel da imprensa e a História ‣ Jeito de ver

Zé da Ladeira – uma história de futebol.

Uma bola. Um conto bem humorado sobre o menino Zé da Ladeira, o Rei do Futebol ( - que não foi!)

Imagem de brokerx por Pixabay

 

A Ascensão do Zezinho

Ninguém jogava tão bem quanto o Zezinho, que morava lá no fim da vila, no pé da ladeira, na casa 113. Poucas pessoas acreditavam que aquele magricela, driblador, faria tanto sucesso no bairro. Mas seu pai, o senhor José, o levava diariamente para os testes, pois sabia que ele era realmente bom.

O tempo o preparava… até que o dia chegou. Robson, o principal jogador da vila, torceu o tornozelo numa dividida com Marquinhos. Era apenas um treino, mas Robson não conseguiu tirar o pé do quarto buraco na lateral da grande área. E lá ficou o moleque, chorando e desesperado, pois o encontro dos bairros aconteceria e ele não jogaria.

Era a chance do Zezinho. Seu Lourival não tinha reservas no banco e, vendo o menino franzino ansioso por entrar, pensou: “É apenas um treino!” Convidou o Zé e, em tom de brincadeira, disse: “Arrasa aí, moleque!”

E o moleque arrasou. Na primeira bola, soberbo, driblou seu próprio companheiro de time, enganando os adversários que não entenderam aquilo. Desafiando as leis da gravidade, voou até a entrada da grande área e chutou suavemente a pelota, que morreu no ângulo direito. O goleiro voou ao máximo, mas onde a bola entrou, nem o Zetti chegaria.

O Fenômeno da Ladeira

O Zezinho arrasou, mas algo chamava a atenção. Sempre que ameaçado, ele rolava, se contorcendo, como se estivesse morrendo. Quando o treinador, convencido, assinalava a falta, ele levantava feliz, zombando do adversário. “Antipático”, diziam os colegas, e entre estes ele ganhou o nome de Zezinho da Ladeira, pois rolava como se estivesse descendo a ladeira da rua onde morava toda vez que esbarrava em alguém.

E os juízes sempre expulsavam o adversário, mesmo nos treinos! Seu Lourival ficou encantado: o time da vila teria agora um gênio, uma arma secreta contra as defesas dos outros bairros. E assim aconteceu. Nos torneios do bairro, aquele menino brilhava e o time ganhava tudo e de todos: 10×1 nos Pernas Quebradas Esporte Clube, 9×3 no Tamanco Social e incríveis 7×1 na seleção de Pardais Famosos, o maior campeão dos torneios.

A fama crescia. Todos queriam falar do Zé, a maior promessa do futebol. O pai do Zé via o futuro: oceanos de dinheiro na conta dele e do Júnior. Os músicos cantavam “Tocou no Zé é gol”, e os locutores dos torneios bajulavam o moleque até mais do que os políticos e patrocinadores. Para os locutores, ele não era mais o Zé da Ladeira; era o Menino Zé.

A Queda do Ídolo

O Zé cresceu mais que o time. Começou a humilhar os colegas, não respeitava os adversários e chegou a contratar locutores para cantar suas vitórias, ganhando mais fãs. Mandou até o seu Lourival calar a boca! Depois dos torneios de bairro, a meta era o título da cidade. Eles ganharam, mas os locutores, comprados, transformaram os onze que se mataram em campo em meros coadjuvantes. Graças ao Zé da Ladeira, o time da rua era agora campeão municipal.

Era a hora de enfrentar as potências do estado. Com fama e dinheiro, o Zé descobriu que bastava se jogar e rolar pelo chão para garantir vantagem. Ou o adversário ficava irritado e o agredia, sendo expulso, ou o juiz expulsava o adversário antes mesmo disso acontecer. Expulsando a todos e rolando pelo gramado, o Zé ganhou títulos, dinheiro e comprou tudo que o dinheiro podia comprar: casas, barcos, aviões, carros e até um caminhão cheio de amigos.

E foi embora do time do bairro, que acreditava que ganharia algo por descobrir aquele talento. Desde então, o time foi definhando aos poucos, vivendo apenas das memórias de um menino magricela que rolava como uma bola nos gramados. Restam agora apenas um campinho seco, traves quebradas, e nem mesmo o Sr. Lourival desfila por lá.

Hoje, para mostrar que ainda lembra a sua origem, Zé da Ladeira contrata cineastas para produzir um lindo documentário sobre sua vida, com depoimentos inventados, arrancando lágrimas dos antigos torcedores. E, claro, enchendo a pança de dinheiro.

Os trouxas, enganados, continuarão cantando: “Tocou no Zé é gol” e, ao assistir à sua trajetória, dirão: “Pobre Zé da Ladeira”. Enquanto isso, o pobre Zé, rolando e enrolando a todos, continuará enchendo ainda mais a pança de dinheiro!

Gilson Cruz

 

Veja também:  Quiprocuó Esporte Clube – Falando de futebol ‣ Jeito de ve

 

 

 

Qual o preço de uma amizade?

Pessoas solitárias são vulneráveis a aproveitadores.

Imagem de Mandy Fontana por Pixabay

 

A EPIDEMIA DA SOLIDÃO

A solidão tem sido descrita como uma das mais graves epidemias do século XXI, além da depressão e obesidade.

Há uma crescente tendência a esse mal em muitos países do mundo. Isso tem se agravado depois da pandemia da COVID-19. O fato é que a solidão está relacionada a grandes males. Observe o destaque do site CENTRO INTERNACIONAL SOBRE O ENVELHECIMENTO):

“Está associado a baixa auto-estima, angústia, ansiedade e depressão.

Gera dor física: a alma dói e as reações cerebrais são desencadeadas nas mesmas regiões que são ativadas pela dor corporal.

Está associado à morte prematura e por vezes aumenta as hipóteses de morrer de um ataque cardíaco ou sofrer acidentes cardiovasculares e cerebrovasculares (AVC).

Provoca uma diminuição e enfraquecimento do sistema imunitário.

Está associado à aquisição de hábitos nocivos. Entre os mais comuns encontram-se o alcoolismo (que pode ser uma causa, uma consequência, ou ambas) e os distúrbios alimentares (que contribuem negativamente para tudo o resto).

Gera perceções curiosas (faz-nos sentir mais frios, ouvir ruídos…).

Gera sociopatia e atrofia capacidades de socialização, hábitos e capacidades relacionais.

Pode ser um precursor de doenças de tipo: diabetes e doenças do sistema endócrino, artrite, Alzheimer ou inflamações de todos os tipos. Como exemplo, há investigações que sugerem que as mulheres que estão e se sentem sozinhas têm até cinco vezes mais probabilidades de contrair cancro da mama do que as mulheres que são socializadas e/ou na família.

Perturbam o sono e influenciam o sistema nervoso: as pessoas solitárias têm níveis elevados de cortisol, em comparação com as pessoas socialmente ligadas.

Causa a pior eficácia dos tratamentos médicos, uma vez que a “adesão” da pessoa aos tratamentos medicamentosos desce a pique.” – A solidão: epidemia do século XXI | CENIE

O problema pode estar nos motivos por trás da solidão: timidez, depressão, ansiedade, síndrome do pânico – o menu é vasto.

Especialmente os jovens são vulneráveis à solidão.

O COMÉRCIO DA “AMIZADE”

Desde a pandemia, muitos jovens passaram a sentir os efeitos do estresse causado pelo longo período de isolamento e do uso de máscaras. A depressão, a falta de confiança, a vulnerabilidade e a carência afetiva têm sido bem comuns.( Pesquise o texto no post Redação Sobre Jovens deslocados, os efeitos do estresse sobre os jovens no século 21 | Carnaval de Redação)

E em meio a esta crise de saúde pública surgiu um novo e revolucionário produto: A Amizade líquida.

Isso mesmo, líquida em economia: Que pode ser convertida em dinheiro!

O comércio de amizades virtuais, sim – pagar para se ter amizade de alguém, agora é possível.

Influenciadores deste universo, que é a internet, fazendo o que sabem fazer, lucrar com tudo o que seja possível!

Mas, qual seria o valor de uma amizade nestes termos?

Trinta a Duzentos Reais Mensais de acordo com o plano, funciona ou menos assim: “Se você quiser ter o prazer de dizer que conhece o Influencer e que se comunica com o mesmo o plano pode ser o comum, o mais barato. Mas, no plano VIP você poderá dizer que o artista é seu (sua) amigo (a).

Se você não tem cartão de crédito, pode pedir aos seus pais…” – nas palavras de um influencer.

BAIXA AUTOESTIMA

É triste dizer que muitos jovens, solitários e sem amor próprio, abraçaram essa ideia, não percebem o valor que estão recebendo em troca quando precisam pagar para serem aceitos por alguém.

As mentes jovens não percebem o desprezo que recebem de tais influenciadores digitais. Não percebem a superficialidade de quem está ali, olhando apenas um produto rentável  que se abre, se derrete, que não imaginando que quando as telas se apagam, ela deixa de existir.

Não percebem que eles valem tanto quanto pagam por suas amizades.

Mas, por que isso tem acontecido?

A pandemia e mesmo a tecnologia nos afastou das pessoas reais e os celulares se tornam melhores amigos; com isso apagam-se vizinhos, colegas de escola e companheiros de profissão. Pessoas a quem não se precisa pagar para se existir e podem ser muito mais interessantes em suas histórias e lições de vida.

– Reaprender a olhar nos olhos de quem existe é o verdadeiro desafio!

A baixa autoestima tem sido um problema a ser trabalhado, e a ajuda de pais, verdadeiros amigos e profissionais de saúde pode ser útil nesta difícil jornada de crescimento e amadurecimento.

 

 Informativo

 

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