“Todo homem precisa passar por uma guerra para crescer…”
Essas palavras ditas por um veterano de guerra parecem fazer sentido. Mas será mesmo?
Qual a razão das guerras?
Quando não há acordo entre dois países, isso é um motivo válido para um conflito?
É importante lembrar que a maioria das guerras foi travada por razões comerciais veladas ou pelo desejo de subjugar nações consideradas inimigas ou inferiores.
Quando dois países se enfrentam em uma batalha, o que dizer aos pais e mães que perderam seus filhos e filhas nos campos de guerra?
- “Vencemos a batalha”?
- Ou talvez: “Seu filho foi um herói”?
Será que essas palavras consolam quem perdeu alguém amado? Será que as medalhas póstumas trazem orgulho ou apenas aumentam a dor?
E quanto aos sobreviventes, conseguem realmente viver normalmente após uma guerra? A experiência mostra que muitos sofrem de transtornos psicológicos e, entre esses, muitos acabam se tornando dependentes químicos. (Fonte: Jeito de Ver)
As amargas realidades da guerra
Contrário ao que muitos podem pensar, participar de uma guerra não preenche o vazio ou o tédio na vida de alguém. As experiências são amargas, vidas são sacrificadas e interrompidas em vão. No final, serão apenas nomes, estatísticas.
Uma breve pesquisa no Google revela a humilhação e crueldade. Soldados americanos, por exemplo, tratavam seus adversários de forma desumana durante a guerra no Iraque, desrespeitando qualquer convenção.
Essa pesquisa aponta para mais de 201 mil resultados em apenas 0,22 segundos.
Imagens mostram soldados já sem alma, humilhando e sendo humilhados. Eles defendem algo que muitas vezes não pediram ou nem concordam, mas que seriam igualmente punidos se recusassem ou recuassem.
As guerras apagam o que nós, humanos, lutamos tanto para ser:
- Capazes de amar, mostrar compaixão e empatia.
- Capazes de compartilhar o que há de bom, sem fronteiras, sem preconceitos.
- E, principalmente, capazes de lutar pela vida — não de um grupo, mas de todos os grupos.
Lembre-se do que está além das fronteiras
Enquanto as fronteiras dividem territórios, não podemos permitir que barreiras invisíveis apaguem nossa empatia por aqueles que vivem o mesmo drama além do que nossos olhos alcançam.
Crianças ainda brincam nas ruas. Pais, em qualquer idioma ou lugar, aguardam abraçá-las no portão da escola. Namorados esperam o sorriso dos seus amados ao fim da tarde.
Mas, quando alguém é chamado à guerra, esse ciclo se interrompe. A vida muda. Muitas vezes, acaba.
Que a vida continue. Que o amor cresça.
E que o homem aprenda: ninguém precisa passar por isso para crescer.
Reflexão final
“Enquanto houver a filosofia que sustenta uma raça superior e outra inferior… haverá guerra em todo lugar.”
(Parafraseando Bob Marley, “War”, 1976)
Gilson Cruz
E esquecemos as Guerras … ‣ Jeito de ver
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