O mundo dos robôs – um pesadelo futurístico

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Imagem de Pete Linforth por Pixabay

O  Declínio da Humanidade

E no futuro, os robôs substituirão o trabalho humano…

Ninguém mais será escravizado.
Todos terão tempo para dedicar à família, aos amigos… à vida.

Assim, o primeiro trilhardário do planeta esbanjava seu otimismo para o futuro.

Suas imensas pastagens, antes cuidadas por humanos que reclamavam das péssimas condições de trabalho, que reclamavam do salário que não dava para comprar aquilo que eles ajudaram a plantar… e que adoeciam por causa disso – causando prejuízo ao amoroso patrão que, por anos, era, apenas, um pobre bilionário.

O mundo agora arruinado, com a população reduzida e ocupado apenas pelos que se beneficiaram da escravidão ao longo dos séculos, era um lugar tranquilo – sem pobres.
Os rios e mares agora tinham donos. Assim como os países e as cidades.

Marte não chegou a ser ocupado. A nave explodira com os primeiros bilionários que tentaram colonizar o planeta vermelho; ninguém soube o motivo.
A base lunar também não fora ocupada. Ficou apenas no sonho de veraneio de quem tinha muito a gastar.

Enquanto isso, um pobre milionário talvez não tivesse os robôs da última geração e comprasse, dos pobres bilionários, robôs usados.


Os Subumanos e o Ciclo da Exploração

Os subumanos, por outro lado, viviam à margem de tudo.
Antes conhecidos como pobres, agora não se designavam mais humanos.
Escondidos em territórios estéreis e abandonados, sobreviviam de restos que sobravam das máquinas ou das mãos generosas de algum “pobre bilionário”.
Eram menores que os robôs, que ao menos tinham tarefas definidas.

Agora, menos importantes que as máquinas, faziam o impossível para sobreviver…
Eram explorados nos limites da vida, forçados a realizar tarefas brutais, sem um propósito além da sobrevivência. Mas, mesmo assim, ainda sonhavam. Uma utopia esquecida, perdida no que restava da memória humana.

As máquinas do futuro eram condicionadas, assim como os pobres do passado.
Não tinham direito a sonhar, às aspirações que todo ser humano precisa ter para crescer, para se realizar. Recebiam ordens e distrações necessárias à cegueira de uma vida sem sentido – enquanto eram gradativamente substituídas!

Mais tarde, enquanto as máquinas faziam o trabalho, as fontes de energia cessaram – e elas pararam!
Pararam como humanos, mortos pelo cansaço e pela exploração.

Os subumanos foram então lembrados… quais escravos!
E voltaram a ser os escravizados, que se queixavam, que reclamavam – que eram condicionados, programados para isso!

E a vida continuou assim, sem rumo, até o fim – até que o pesadelo acabasse!

Gilson Cruz

Leia também  O ontem ( um conto simples ) ‣ Jeito de ver

Poesia do Impossível (e do possível)

A silhueta de um casal e o universo.

Imagem de Victoria por Pixabay

 

Me perguntas

O que seria impossível?

Alcançar as estrelas?

Faço isso todos os dias

Ao som de tua voz

Viver sem gravidade?

É voar,

Ao som do teu canto,

do teu riso,

do teu sorriso…

Impossível

Como densas florestas

No último planeta

Ou como uma mentira Vinda do verdadeiro Deus

É despertar todos os dias

Sem lembrar teu nome

E ao longo do dia

Esquecer tua face

Mas almejar a vinda da noite

Com lua e estrelas

No cenário perfeito

Criado para nós

Me perguntas

E as demais coisas?

E as demais coisas…

Serão sempre possíveis.

 

Gilson Cruz

Leia também

O Músico e a Estrela (um breve momento) ‣ Jeito de ver

 

Ao vizinho do 61 – Muito Obrigado!

Uma porta marrom, uma parede cinza. Um texto para reflexão.

Imagem de Arek Socha por Pixabay

 

 

A Primeira Impressão 

Meu caro vizinho da casa 61

Sei que a vida anda apressada ultimamente, é verdade, e são raras as vezes que tenho a oportunidade de te encontrar — sem essa pressa maldita, tão comum às pessoas.

Mas quero te agradecer.

Confesso que, vendo a disposição e a força com que realizas tão bem os teus trabalhos, sempre acreditei que eras um Super-Homem.

Por isso, quando te cumprimentei com aquele simples “bom dia”, eu não esperava ouvir tantas histórias.

Saber que tu enfrentas sentimentos como a solidão, a depressão e problemas da natureza humana diariamente me ajudou a considerar melhor a minha vida. Eu, que vivo entre livros e músicas, que torço por um time que não ganha um título nacional desde 1989 e que sempre acreditei também não haver nada errado com o Senhor.

Percebi que, constrangido, narravas um pouco dos teus problemas de infância e quantas visitas ao hospital a tua saudosa mãe se via obrigada a fazer. Chorar ao recordar alguém que te amava e que também se importava tanto contigo não é crime. Fez muito bem!

Eu jamais saberia, é certo, que, apesar dessa força que mostras nos teus passos, há um ser humano mais forte ainda. Pois lidar com certos problemas pode ser desgastante e desanimador — e alguns, infelizmente, desistem no caminho.

Não, eles não são fracos! Eles lutaram, também!

Talvez, não encontrassem ouvidos sinceros, de pessoas que se importassem.

Hoje em dia, quando as pessoas perguntam “Como está?”, o fazem por formalidade, muitas vezes sem nenhum interesse nos outros. Querem ouvir a única resposta que as agrade, para se isentarem do peso de serem úteis!

Quando te cumprimentei e ouvi a tua história, ganhei muito mais do que motivos para acreditar.

Ganhei uma razão para continuar.


Lições de Alguém que Escuta

Disseste-me sentir a falta de teu pai, tua irmã, teus amigos — me identifiquei, pois os meus livros, apesar de maravilhosos, não compartilham os meus sentimentos.

Por favor, peço apenas que não desanimes ao encontrares aqueles que querem apenas ouvir um “estou bem”, por estarem ocupados demais com os seus próprios egos. É duro admitir, essas pessoas existem e pouco se importam com os outros. Vão te dizer que falar dos teus problemas é fraqueza, que existem coisas mais importantes pra pensar, mas não esmoreça.

Entenda: desabafar é também uma maneira de reorganizar os pensamentos, e aquele que te escuta, se for sincero, terá o privilégio de aprender e crescer junto contigo.

Te peço perdão por não ter me lembrado de perguntar o teu nome, mas a tua história de lutas e sofrimento ainda me comove e me inspira. Continue a luta.

Agradeço por ter confiado a tua história e a tua voz a um desconhecido que também nem sabias o nome. Acredito que todo o altruísmo foi teu. E, numa próxima ocasião, espero encontrar-te novamente e conversarmos um pouco mais, compartilharmos experiências e termos a chance de conhecer também a tua família, tocarmos algo em meu velho Di Giorgio e descobrirmos os teus talentos.

Agradeço e até uma próxima oportunidade,

Pedro,
Teu vizinho do Nº 15

Como seria … (O Poema de um novo dia). ‣ Jeito de ver

O Mundo Pequeno de Mundinho – um conto ‣ Jeito de ver

Gilson Cruz

 

O Mundo Pequeno de Mundinho – um conto

A comovente história de um menino, o Mundinho e seu pequeno mundo.

Imagem de Charles Nambasi por Pixabay

Memórias de Infância

Sabe aquelas histórias que só acontecem na infância e que você jamais esquece? Muitos anos se passaram, e hoje, a minha mente cansada se confunde sobre o que foi real e o que foi imaginado, na busca de um sentido.

Lembrei hoje de uma velha amizade… velha como o tempo.

Na minha infância, não conheci ninguém tão arisco quanto o Mundinho. O moleque era desconfiado. Ninguém sabia ao certo se isso se devia aos pais, que não eram lá muito dados ao diálogo, ou ao uso inovador do chinelo e do cipó das folhas de araçá, que costumavam soar como tambores nas pernas e costas do menino ao menor sinal de travessura.

Eles eram pessoas horríveis!

“Ah! Mas, naqueles dias, todos os pais eram meio carrascos”, você talvez argumente. Era comum, mas não precisavam ser assim.

Apesar dos pais, o mundo parecia bom e pequeno para ele. E, embora eu tivesse apenas nove anos de idade (a mesma idade que ele), eu já sabia que, quando ele aparecia lá em casa, pouco depois do almoço, alguma coisa ruim tinha acontecido!

A gente costumava compartilhar o pouco que tinha. Apesar das dificuldades que a pobreza, a falta de compreensão e a violência dos pais traziam, Mundinho era um bom amigo.


O Menino Mais Rápido da Cidade

Nas brincadeiras de correr, ninguém lhe alcançava. O pobre batedor de latas sabia que adivinhar onde se escondia o pequeno arredio era missão quase impossível. Ele se escondia nos lugares mais improváveis: sob os bancos da praça, no topo dos postes ou nas árvores mais altas. Não havia lugar impossível para ele.

Eu, nas minhas limitações, costumava dizer:
— Meu irmão, eu queria ser como você. O carinha mais rápido da cidade. Você pode ser atleta, policial, o que quiser ser quando crescer.

Mundinho ria. Alguém o admirava, e isso acalentava a dor de ser chamado de “inútil”, “preguiçoso”, “erro de Deus” ou coisas piores.

Mas, naquela tarde específica, ele apareceu lá em casa amedrontado como nunca. Disse que não mais voltaria para casa, pois seus pais iriam tirar-lhe a vida. Seus pais jamais lhe deram presentes, jamais lhe abraçaram. Não percebiam que as marcas das surras estavam agora gravadas na pele como tatuagens na alma.


Esconde-esconde

Naquela noite, durante as brincadeiras de esconde-esconde, todos foram encontrados. Exceto ele. O Mundinho. A busca se tornou uma peregrinação. Procuramos em todas as árvores, postes e bancos da cidade. Mas não buscamos nas nuvens, esquecemos de olhar para o céu.

Era tarde, desistimos da procura.
— Ele já deve estar em casa e dormindo — dizíamos.
Voltamos todos para nossas casas.

Confesso que não dormi em paz naquela noite. A imagem do Mundinho, dizendo que ganharia o mundo e desapareceria, me atormentou. Quando finalmente adormeci, já era quase manhã.


O Adeus de Mundinho

Poucos dias depois, as chuvas trouxeram mais que água às margens do rio. Um grupo de pescadores encontrou o corpo de um menino preso entre as pedras, envolto em roupas abóbora e vermelhas. Não podia ser ele. Ele era esperto demais para estar ali.

Mas era.

A escola seguiu seu curso, e as aulas na turma dele não foram suspensas. Talvez para preservar os coleguinhas. Não sei. Desde então, nunca mais vi seus pais. Mas ainda recordo as marcas dos cipós e chinelos em suas pernas e braços.

Hoje, depois de muito tempo, ainda penso naquela noite e naquele início de dia. Não sei se ele brincava de esconder quando desapareceu, se havia decidido se despedir da tristeza ou se se escondeu nas nuvens e de lá nos olhava.

O mundo parecia pequeno demais para ele. Merecia algo melhor.


Nota Final

Pais, amem seus filhos! As cicatrizes da infância podem ser eternas.

Leia também  Amizade ao Longo da Vida – definições › Jeito de ver

Poeta (Sinfonia de asas e versos)

Um poema sobre a liberdade criativa.

Imagem de Dorothe por Pixabay

 

 

O poeta quer voar

por favor, não lhe corte as suas asas

não pode a sua imaginação

não lhe dê limites…

Não lhe proteja dos sonhos,

das tempestades,

do sol escaldante,

da esperança…

E se seus anseios se frustrarem

não lhe corte a pena…

Deixe que viva.

 

Gilson Cruz

 

Leia também O poeta ( Uma poesia simples) ‣ Jeito de ver

 

 

 

O Músico e a Estrela (um breve momento)

Um texto inspirador, o romance do Músico e a Estrela.

Imagem de 1866946 por Pixabay

O músico e a estrela 🌟

Não tinha jeito, faltava algo.
As suas canções soavam sempre vazias.
Parece que nada brotava de sua mente, já exausta de tanto tentar.
Já cogitava desistir, até que num desses acidentes que só acontecem aos músicos, uma vez na vida, algo brilhante cai ao seu lado.
Ela era de fato, brilhante em todos os seus aspectos.
O sorriso lindo, a delicadeza e a inspiração que emanava de cada gesto dava a certeza de que uma estrela de verdade, caíra, bem ali.
Ele não entendia muito do que ela dizia, falava da distância, das saudades e de outros brilhos. – Aquilo o encantava!
Tudo que emanava da bela estrela se materializava em versos perfeitos e se encaixava milimetricamente em suas melodias.
Suas canções se tornaram alegres, cativantes!
Ele tinha então novidades para contar e cantar!
Delicadeza, amor, distância, inspiração – todos os temas fluíam livremente sem muito esforço!
E enquanto andavam pela noite, de perninhas machucadas, a estrelinha aproveitava cada momento em que se sentia amada e contava histórias, não se importava com o tempo. Queria mais era estender ao máximo aquele momento.

Confessava que também, lá de cima, amava as músicas e os versos do cantor…

E a luz do dia se aproximava lentamente…e eles não sabiam, tampouco se importavam, por isso, não percebiam
que as estrelas não são visíveis à luz do dia – e ela também desapareceu!
Desapareceu, e não conseguiu mais voltar!
E desde então, as músicas daquele compositor falam apenas da saudade.

Gilson Cruz

Para mais contos, leia também:

 Um romance de sol e lua ( Um conto) ‣ Jeito de ver

Que tal compor a sua obra de arte? ‣ Jeito de ver

“How It Would Be… – Poem of a New Day”

Some believe that world peace is a dream. Read the poem crafted for reflection

Imagem de Cheryl Holt por Pixabay

Gilson Cruz

What if, on a new day,

people forgot their differences and learned to coexist?

What if weapons were replaced by dialogue and people held hands?

What if, on a new day,

all the children in the world could play in the streets again

and the sounds outside were celebrations, not bombs?

What if, countries didn’t try to expand their borders

and extinguish the weaker ones,

as if they were enemies?

What if, borders didn’t exist,

and the entire earth belonged to a brotherhood,

a human brotherhood?

What if, on a new day,

cultures met and celebrated existence,

not any supposed superiority?

If black, white, yellow, green, and red joined hands

and learned from other cultures?

What if, on a new day,

there were no disputes or exploitation

and everyone was committed to respecting

the green of the Earth and the blue of the skies?

How would it be…

How would it be if,

starting from a new day…

humans forgot hatred and forgave?

The Earth, Yes,

the whole world would live in Peace

Veja mais em  A esperança (Poesia de resistência) › Jeito de ver

Como seria … (O Poema de um novo dia).

Alguns acreditam que a paz mundial seja um sonho. Leia o poema feito para reflexão.

Imagem de Cheryl Holt por Pixabay

Gilson Cruz

Como seria, se no novo dia,

as pessoas esquecessem as  diferenças

e aprendessem a conviver?

Como seria se

as armas fossem substituídas pelo diálogo

e as pessoas dessem as mãos?

Como seria, se no novo dia,

todas as crianças do mundo pudessem voltar a brincar nas ruas

e as bombas do lado de fora,

fossem festejos?

Como seria,

se países não tentassem expandir as suas fronteiras

e extinguir os mais fracos,

como se fossem inimigos desconhecidos?

Como seria,

se as fronteiras não existissem,

e toda a terra pertencesse a uma irmandade,

a irmandade humana?

Como seria, se no novo dia,

as culturas se encontrassem

e celebrassem a coexistência,

e não uma suposta superioridade?

Se pretos, brancos, amarelos, verdes e vermelhos

dessem as mãos,

e aprendessem a compartilhar as cores?

Como seria, se no novo dia,

não houvesse disputas ou exploração,

que as pessoas estivessem decididas a respeitar o verde

da Terra e dos mares,

e o azul do céu?

Como seria…

Como seria se, a partir do novo dia…

o homem esquecesse o ódio,

e perdoasse.

A Terra,

Sim, o mundo inteiro viveria em Paz.

Leia também A esperança (Poesia de resistência) ‣ Jeito de ver

O último calendário – uma crônica

Uma crônica bem humorada, sobre a importância dos calendários. Leia e divirta-se.

Imagem de Dorothe por Pixabay

 

Gilson Cruz

O último calendário

Por mais estranho que pareça, o novo calendário não trazia meses, dias…estava completamente em branco!

A cidade entrou em pânico, pois agora como seriam determinadas as estações do ano, a melhor época para o plantio e os feriados?

Como lembrar aniversários, compromissos?

Num frenesi, a multidão saía na busca do responsável!

” Ele vai ter que se explicar” – diziam os mais exaltados.

Mas o que ninguém notava ainda era que até os relógios haviam parado. Não havia mais a contagem do tempo!

A turma da fofoca dizia:” E agora, daqui a uns dias ninguém mais vai saber a idade de ninguém!”

As crianças ficaram felizes: “Agora ninguém mais vai saber a hora de ir praquela escola”! (Verdade, para eles o conceito de eternidade foi inventado nas aulas de filosofia da Pró Ritinha. Pareciam intermináveis!)

Enquanto isso, os noivos entraram em desespero ao perceberem que perderiam a data de seu casamento.

Descabelavam-se: “Esquecer festas, datas e agora?”

“Com o tempo, a gente se acostuma” – Diziam outros…

O óbvio

Todos previam a tragédia. Era o Fim dos tempos!

E enquanto previam o caos …

esqueciam de reinventar “o próprio calendário!”

 

Palavras de 2023 – o ano que passou! ‣ Jeito de ver

 

 

Um E.T em meu quintal (Um dia estranho)

O bem humorado conto de um encontro com um E.T. Divirta-se.

quinta Imagem de Aliensworld por Pixabay

Gilson Cruz

 

Em meu quintal…

O dia estava meio estranho e confesso que o calor estava fora do normal.

Era quase fim de tarde e lá, escondido entre as pequenas plantas, consegui ouvir um som bem diferente.

Não eram  grilos fazendo a festa costumeira, nem algum morcego bêbado que se chocou novamente contra a minha parede.

Também não eram sapos; estes já haviam migrado para a lagoa mais próxima.

E quando eu digo mais próxima, não significa necessariamente próxima.

Era um serzinho estranho, mas como eu já disse, o dia estava estranho, então não liguei muito pra isso.

A aparência

Não me pergunte se tinha braços grandes que se arrastavam pelo chão – pois à beira das estradas escuras você pode ver um monte dessa espécie, e que não são necessariamente ET’s.

Não posso dizer que era verde, pois a escuridão dificultava a minha percepção.

Ele não era como aquele primo dele, que aconselhava aos terráqueos à busca pelo conhecimento..

Também não era daquele tipo que resolveu se exibir lá em Varginha,  Minas Gerais.

Esse era um pouco mais profundo. E passou a me contar sobre o seu mundo e a dizer as seguintes palavras:
– “Meu caro terráqueo, não sei se as notícias que tenho pra você são boas… Na verdade, são bem ruins!”

 

Recordei  a História…

Bem, eu já estava acostumado “a notícias ruins…” – pensei em voz alta:

Pensei: “Primeira Guerra Mundial,  Gripe espanhola,  Hitler,  nazismo,  fascismo e outros regimes parecidos.

Holocaustos,  massacre em Nanquim…

Continuei: “Segunda Guerra , bombas em Hiroshima e Nagasaki, COVID 19, ataque ao World Trade Center,  guerra no Golfo Pérsico e a eterna ganância pelo petróleo.

Lembrei também: “Golpe militar em 1964,  onda de autoritarismo na América do Sul,  a fome na África e  o We are the world.

Vi o presente…

Daí, lembrei a  invasão Russa à Ucrânia  e  o ataque terrorista a Israel, daí  o  massacre de palestinos pelo exército Israelense,  entre os quais mais de 6000 crianças  foram mortas.

–  “Já estou acostumado” – pensei.

“Estava revoltado, pois depois de incentivar os moradores de Gaza a migrarem para o Sul,  Israel passou a bombardear justamente o sul.

E o número de vítimas inocentes continuava a crescer, enquanto o governo  Israelense investia pesado em propaganda para conquistar a simpatia do mundo…

“Bem, ver um portal de notícias dizer que dois soldados israelenses morreram é triste, mas vê -lo ignorar a morte dos milhares de inocentes palestinos é, no mínimo, imoral…

“Estou acostumado a ver a corrupção mantida no poder por um povo cego, cegado pela  história e pela própria ambição,  e também a ver corrupção nos meios de comunicação”.

Os danos à Terra e à humanidade

“Eu já estava acostumado a ver desastres como Chernobyl, Mariana, Brumadinho, Maceió, Tsunamis e desastres nucleares como o de Fukushima, no Japão…

“Já não me causava espanto ver pastores religiosos tirar proveito de alianças com partidos políticos enquanto seus rebanhos cativos,  deveriam fugir do materialismo, enquanto eles mesmos se enchiam de bens,  desde fazendas até aviões.

E nem mesmo me abalaria mais, ver um monge mostrando um carinho exagerado por um menino…

“Já estava acostumado a ouvir que a água potável estava acabando e que deveríamos economizar, se possível esquecer os banhos e ignorar a sede;

enquanto fábricas de tecidos, de refrigerantes , papel , e até mesmo o agronegócio destroem imensas reservas de águas, e não dão a mínima para o futuro.

“Já estava acostumado com a ideia de não poluir e evitar consumir carne bovina, pela camada de ozônio;

enquanto os mais ricos do mundo poluíam e poluem  mais que toda a humanidade pobre…

“Já estava acostumado com a sensação que os grandes ricos previam o fim da Terra, já esgotada, após a ganância acabar com toda a riqueza .

Eles sonhavam em partir e habitar (e talvez destruir novamente) um planeta qualquer – quem sabe Marte fosse o azarado! Caso a nave mãe não explodisse no caminho! Tudo é possível!

– Não é um desejo!

 

Nada me surpreendia…

E enquanto pensava estas coisas em voz alta, o pequeno ser respondia indignado:
“Aí é que está o problema…vocês se acostumaram a tudo isso!”

 

A Surpresa

Entendi naquele momento…

E sem que ele soubesse, corri e discretamente apanhei a minha câmera. Excelente resolução -” hoje ele não escapa!”

A primeira foto 4K de um E.T!

Ao chegar discretamente, percebi que ele não estava mais!

Vi naquele momento, que ele não era vaidoso, como os primos,  e que todas as fotos de OVNIS são de péssima qualidade!

Como eu disse, percebi também naquele momento:

– “Era hora de tomar o meu remédio!”

 

 

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© Gilson da Cruz Chaves – Jeito de Ver Reprodução permitida com créditos ao autor e ao site.