GTM-N822XKJQ

Do fim ao começo (a vida ao inverso)

E se as coisas acontecessem na ordem inversa?

Imagem de Zoli por Pixabay

E se as coisas acontecessem na ordem inversa?

Os olhos se fechariam,

e os olhos, então, se abririam pela última vez,

para olhar agora com dificuldade os cabelos também brancos da pessoa amada,

A visão fraca, cabelos brancos como a neve e a pele enrugada

Os mesmos traços lindos,

sim, coisas que só o amor pode ver…

E nossos cabelos totalmente prateados, escassos, resumiriam tudo

e não foi pouco…

Veríamos

um amor que foi renovado a cada dia.

O cansaço dos anos de serviço

as velhas preocupações…

Veríamos nossas eternas crianças, ganhando asas…

E então, filhos crescidos…

Talvez tentássemos esconder novamente

os primeiros fios brancos

Veríamos novamente, e pela primeira vez

novos traços, primeiras rugas…

E veríamos nossos adolescentes

riríamos com nossas crianças novamente

e suas primeiras palavrinhas erradas…

Teríamos um chorinho de madrugada

um cantar, a noite inteira…

Recordaríamos

A barriguinha

um susto

a festa

um dia feliz…

O sim…

a certeza

uma proposta

O medo de errar novamente

Os primeiros encontros

o encanto

o medo de ficar só

o choro

Os erros

O primeiro beijo…

as espinhas

as dúvidas

a diferença

a primeira escola

as brincadeiras da infância

A igualdade

Os risos orgulhosos de quem nos ama

as primeiras palavras

o amor e a preocupação…

as primeiras quedinhas

os primeiros passos

A insegurança

O amor renovado…

os primeiros esboços de risos

o bercinho

O amor…

Mesmo que as palavras não descrevam tudo do começo ao fim…

o amor é o resumo de tudo.

Se você gostou do texto…

por favor, leia, do fim ao começo.

Veja mais em:  Esse bonde chamado tempo ( Hora de partir ) – Jeito de ver.

Um romance de sol e lua ( Um conto)

 

Um romance improvável...

Imagem de PayPal.me/FelixMittermeier por Pixabay

 

O Sol estava ansioso com a chegada da noitinha

ele a viu uma vez, de relance.

Ela linda,

brilhante,

parecia sorrir, lá do outro lado.

Desde então, planejava todos os dias um modo de vê-la.

Mas, Sol e Lua não convivem sob o mesmo teto” – você talvez pense.

Pensava o sol:

“Como passar um dia ao lado dela

sem mudar os ciclos?

sem ofuscar seu brilho?”

E por anos, séculos, milênios

enviava o calor do seu amor em raios que atravessavam a terra

e que refletiam graciosamente na face da lua,

que se animava por instantes

e contava seus sonhos às estrelas…

“Impossível” – diziam algumas

“Loucura!” – diziam outras

Que sonho!” diziam outras algumas

E a cada dia,

estavam contentes de poderem se ver apenas por raros  instantes.

Até que um dia, num ímpeto

apaixonado,

se encontraram

se olharam de perto

e juraram amor eterno

num abraço,

de olhos fechados

num eclipse.

E o impossível talvez exista, é verdade.

Mas vou te contar um segredo, não tão secreto assim…

de vez em quando os dois se encontram

em instantes de abraços

na imensidão de um mesmo céu.

Veja mais em: Do fim ao começo (a vida ao inverso) ‣ Jeito de ver

Palavras de 2023 – o ano que passou! ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

 

Num dia de São João (Tragédia)

Um campo de futebol. Um poema sobre uma tragédia.

Imagem de brokerx por Pixabay

 

Poderia ter acontecido de qualquer jeito:
Caindo de um muro,
escorregando numa casca de banana,
saltando de um avião,
deslizando lua abaixo,
escapando das nuvens ou dando braçadas no oceano.

Limpando dinossauros,
brincando com escorpiões,
ou desafiando os senhores da guerra…
Talvez isso fosse exagero, é verdade.

Poderia ser em qualquer lugar:
Andando pelas ruas, fugindo de espadas,
se escondendo das bombas
ou buscando férias em Júpiter.

Não no céu…
O céu não é para todos.
Naquela noite, o céu era dos fogos de artifício.

Poderia ter sido de qualquer jeito ou em qualquer lugar:
Abraçando a noiva, sorrindo ao irmão,
dando bom dia ao vizinho,
beijando a testa da mãe.

Poderia ser na cama,
nas ruas, no trabalho,
nos ares, nos mares, ou até no campo…

Pois é,
morreu num campo!

E desde então,
não joguei mais futebol.

Gilson Cruz

Veja também Flores pobres (Sonhos interrompidos) ‣ Jeito de ver

Confuso ( Carta de um detento )

Por Nilson Miller

Uma Carta

Mãe, bom dia.
Me desculpe se não preenchi o cabeçalho com o dia e a data de hoje. Na verdade, estou desorientado… Mas, caminhando pela rua, ouvi pessoas conversando. Prestei atenção no diálogo e um deles disse que estávamos no ano de 2023.

Achei que ele estivesse equivocado ou brincando.

Estou escrevendo porque me lembrei dos bons velhos tempos. Da comida caseira que só você sabia fazer, e todos queriam repetir o prato. Não dava, ainda faltavam pessoas para almoçar. No fim, todos ficavam satisfeitos e, após o almoço, colocavam o papo em dia, enquanto outros preferiam tirar aquela soneca.

Também lembrei do carnaval, quando vestiam trajes cobrindo a cabeça com máscaras, os chamados pierrots. Era um tempo em que podíamos brincar nas ruas sem muita preocupação. Isso eu sei que é verdade.

Eram os anos 70, mãe, e que saudade… Ainda lembro do filme Operação Dragão em cartaz. Pude comprovar que os comentários positivos sobre ele eram merecidos. Bruce Lee, o protagonista, estava no auge de sua carreira.

Não consigo assimilar que estamos em 2023, como o rapaz disse. Parece que não estou nem no nosso planeta. Está tudo mudado; nada se assemelha ao tempo das minhas boas recordações. Parece que as pessoas regrediram, e apenas eu estou preso em outro tempo.

Veja por que tenho essa impressão, mãe: soube que anos atrás roubaram um cavalo. E hoje, após muitos anos, prenderam um homem cujo único crime foi ter um nome semelhante ao do verdadeiro autor. Mesmo seus parentes comprovando sua inocência, ele permaneceu preso.

A justiça reconheceu o erro. E o homem foi solto? Não! Ele só seria liberto após o recesso junino. E, para isso, precisaria contratar um advogado e pagar honorários, sem ter cometido crime algum.

As autoridades não deveriam ter mais sensibilidade? E os danos causados por esse erro, quem vai pagar? Será que algum valor vai aliviar os dias que ele passou na cadeia? Tenho certeza que não.

Ainda há coisas estranhas acontecendo, mãe. Policiais combatem o crime, mas bandidos, também armados, cometem atrocidades. Os homens da lei arriscam suas vidas, trocam tiros, e, mesmo quando a operação é um sucesso, o ciclo recomeça. Os bandidos são soltos e voltam a cometer os mesmos delitos.

E se, em uma próxima operação, um policial morrer? Quem será responsável? Por que as autoridades não evitam a soltura, mantendo os criminosos presos?

Essas coisas me fazem pensar que não estou no meu universo de origem. O que houve com nossa justiça, mãe?

Outro dia, vi casos na TV que me assustaram. Uma mãe e um padrasto mataram uma criança. Será que o menino atrapalhava o romance? E por que não o deixaram com o pai? Vai entender…

Mulheres esquartejam maridos com frieza; jovens e seus pais são mortos pelo pai da namorada. Mesmo com provas contundentes, como câmeras, a justiça ainda escuta as lamúrias desses criminosos. Por que não os condena logo?

Os bandidos sabem que nossas leis são frágeis e persistem em crimes “menores”, como roubo e assalto. Sabem que sairão impunes. E o mais cruel é que eles só têm certeza de cumprir penas longas se deixarem de pagar pensões alimentícias.

Nota do Jeito de Ver:
Crimes gravíssimos muitas vezes não são tratados com a devida gravidade. Enquanto milhões são desviados por figuras corruptas nos negócios e na política, a justiça parece seletiva.

Confira nos links abaixo exemplos recentes:

A corrupção condena crianças à morte cultural e física, destrói famílias e destinos, e muitas vezes não é exposta como deveria pela mídia, frequentemente patrocinada pelos próprios corruptos.

A exploração de um personagem fictício, como um detento comum, questiona a severidade da lei com os menos influentes e sua leniência com os poderosos.

Leia mais em  O tempo ( Contador de histórias) – Jeito de ver

Qual o sentido das guerras – Uma Análise

 

Homens em guerra. Há algum sentido nas guerras?

Imagem de Defence-Imagery por Pixabay

 

 

“Todo homem precisa passar por uma guerra para crescer…”

Essas palavras ditas por um veterano de guerra parecem fazer sentido. Mas será mesmo?

Qual a razão das guerras?

Quando não há acordo entre dois países, isso é um motivo válido para um conflito?
É importante lembrar que a maioria das guerras foi travada por razões comerciais veladas ou pelo desejo de subjugar nações consideradas inimigas ou inferiores.

Quando dois países se enfrentam em uma batalha, o que dizer aos pais e mães que perderam seus filhos e filhas nos campos de guerra?

  • “Vencemos a batalha”?
  • Ou talvez: “Seu filho foi um herói”?

Será que essas palavras consolam quem perdeu alguém amado? Será que as medalhas póstumas trazem orgulho ou apenas aumentam a dor?

E quanto aos sobreviventes, conseguem realmente viver normalmente após uma guerra? A experiência mostra que muitos sofrem de transtornos psicológicos e, entre esses, muitos acabam se tornando dependentes químicos. (Fonte: Jeito de Ver)

As amargas realidades da guerra

Contrário ao que muitos podem pensar, participar de uma guerra não preenche o vazio ou o tédio na vida de alguém. As experiências são amargas, vidas são sacrificadas e interrompidas em vão. No final, serão apenas nomes, estatísticas.

Uma breve pesquisa no Google revela a humilhação e crueldade. Soldados americanos, por exemplo, tratavam seus adversários de forma desumana durante a guerra no Iraque, desrespeitando qualquer convenção.

Essa pesquisa aponta para mais de 201 mil resultados em apenas 0,22 segundos.

Imagens mostram soldados já sem alma, humilhando e sendo humilhados. Eles defendem algo que muitas vezes não pediram ou nem concordam, mas que seriam igualmente punidos se recusassem ou recuassem.

As guerras apagam o que nós, humanos, lutamos tanto para ser:

  • Capazes de amar, mostrar compaixão e empatia.
  • Capazes de compartilhar o que há de bom, sem fronteiras, sem preconceitos.
  • E, principalmente, capazes de lutar pela vida — não de um grupo, mas de todos os grupos.
Lembre-se do que está além das fronteiras

Enquanto as fronteiras dividem territórios, não podemos permitir que barreiras invisíveis apaguem nossa empatia por aqueles que vivem o mesmo drama além do que nossos olhos alcançam.

Crianças ainda brincam nas ruas. Pais, em qualquer idioma ou lugar, aguardam abraçá-las no portão da escola. Namorados esperam o sorriso dos seus amados ao fim da tarde.

Mas, quando alguém é chamado à guerra, esse ciclo se interrompe. A vida muda. Muitas vezes, acaba.

Que a vida continue. Que o amor cresça.
E que o homem aprenda: ninguém precisa passar por isso para crescer.

Reflexão final

“Enquanto houver a filosofia que sustenta uma raça superior e outra inferior… haverá guerra em todo lugar.”
(Parafraseando Bob Marley, “War”, 1976)

Gilson Cruz

 

E esquecemos as Guerras … ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

Um novo dia, um novo tempo

Uma moça caminha na praia. Um texto sobre aproveitar "cada" novo tempo.

Imagem de Ri Butov por Pixabay

Um novo dia, um novo tempo.

Encarar cada dia como um novo dia, nos dá a chance de criar novas expectativas e olhar o mundo numa perspectiva diferente.

O ontem talvez não tenha sido o melhor dia da minha vida, é verdade,  talvez o meu humor não fosse aquele que eu gostaria de ver nos outros ou talvez a tristeza minasse a minha coragem de sair da cama.

É, o dia pode não ter sido bom.

Mas, hoje é um novo dia.

Você não precisa resolver tudo hoje…resolva apenas o possível, e aquilo que não for possível resolver – guarde para o amanhã. Não perca a sua noite, seu sono, sua vida por isso.

Seja sempre honesto com você mesmo, com seus amigos e até com aqueles que você não conhece. Dizem que o melhor travesseiro é uma boa consciência, então, presenteie a si mesmo com este presente.

O novo dia é a sua chance de viver um novo tempo.

Leia mais em As pequenas escolhas ( Reflexão) – Jeito de ver

Caminhos ( Viver é colocar o pé na estrada!)

Imagem de 🌸♡💙♡🌸 Julita 🌸♡💙♡🌸 por Pixabay

 

Viver, não por acaso, é colocar o pé na estrada…

Se pudesse contar quantas estradas castiguei com a indelicadeza dos meus passos apressados ou mesmo se tivesse a  capacidade de recordar o que estava ao meu redor, seria mais feliz.

Ninguém passa a vida em branco, ainda que  muitos se achem inúteis, tristes, fracassados. Cada um leva em si uma história – única, exclusiva!

Ainda que alguém tente, minuciosamente, viver a sua vida, a sua história pertence a você.

São seus caminhos!

A sua importância, vai ser a importância que você dedica aos momentos, às pessoas, ao riso – ao sorriso!

Não esqueça de que a fama é, muitas vezes, um mero acidente – não um sinônimo de sucesso!

Fama não é sinônimo de sucesso

Como assim?

Muitas famosos não vivem, escolhem um caminho de aparências, onde a felicidade está num riso fabricado para ganhar holofotes – seus relacionamentos precisam ser expostos, não há privacidade.

Muitos deles dependem da exposição de que tanto se queixam, para serem felizes. Alguns por não suportarem a pressão de serem ignorados, recorrem ao uso de drogas ilícitas ou se tornam dependentes de remédios.

Ser bem sucedido é amar o que se faz, o que se escolheu fazer.

É lembrar que alguém ama e valoriza cada passo que você dá no caminho, e o melhor, que este alguém está disposta (o)  a te acompanhar mesmo quando acontecerem os acidentes no percurso.

Viver é colocar o pé na estrada, sim…

Se pudesse te contar… Não!

Viva a tua história, lembre ninguém passa a vida em branco.

Será notado, quem sabe, por um bilhão, um milhão ou por apenas um – e se esse “apenas” um, te amar, já valerá a pena todo o caminho!

Então, pé na estrada… caminhe, corra… ame!

Faça com que o caminho valha a pena!

 

Leia mais: As pequenas escolhas ( Reflexão) ‣ Jeito de ver

 

Um pouco de exagero (Humor)

Humor. Uma história com um pouco de exagero!

Imagem de Klaus Hausmann por Pixabay

 

Os amigos conversavam:

Rapaz, próximo ao antigo Clube de Ferroviários, havia um largo, um espaço onde há muito tempo os parques e circos  itinerantes ficavam por um tempo. Lembra daquele tempo?

Lembro, sim…  – disse o outro.

Pois é, os circos traziam leões, palhaços, equilibristas e até cantores…

Lembro, sim…

Numa daquelas visitas, trouxe o Menino da Garganta de Ouro. Lembra?

Lembro, sim… O Donizetti.

Pois é, rapaz, eu não acreditava que o moleque tinha uma garganta potente como falavam, achava que era só propaganda. Mas, um dia…

Era Oito da noite da Terça-Feira e o apresentador disse: -“E COM VOCÊS, DONIZETTI…O MENINO DA GARGANTA DE OURO…”

E o menino começava a cantar “a Galopeira”:

-“Foi num baile em Assunção, capital do Paraguai…”  Lembra?

-Ô, se lembro…  –  Dizia o outro

Pois é, na hora do grito Galope-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-ira  era  Oito e cinco da noite.  E eu falei, esse moleque não vai aguentar!

Só que deu 8:10, 8:15, 8:30,9:00 da noite e o menino não parava.:  “ê-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-…

“Dez da noite fui pra casa. E ele não parava…

Passou a madrugada inteira e o menino : ‘ê-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-…’

Fui pro trabalho de manhã e ele estava lá: ‘ê-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e…’

Hora do almoço, descanso da tarde – e a música não parou.

Deu Oito da noite da Quarta, resolvi voltar lá pra ver o que tinha acontecido e o moleque estava lá tranquilo cantando.

Lembra?

E o amigo…

Lembro, sim. Incrível mesmo foi a plateia depois de tudo gritar: -“De novo! De novo!”

 

Gilson Cruz

Leia também: Quiprocuó Esporte Clube – Falando de futebol ‣ Jeito de ver

 

Fama a qualquer custo – Vale a pena?

A régua para a fama está cada vez mais curta.

Imagem de Tumisu por Pixabay

O Declínio do Talento na Era da Fama Instantânea

É natural o desejo de ser reconhecido pelo próprio trabalho. Gostamos quando alguém se aproxima e nos agradece por algo de bom que fizemos.

Algumas pessoas ganham notoriedade por feitos ou qualidades marcantes.

Por exemplo, no acidente aéreo que vitimou o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quatrocci, a vendedora Leiliane Rafael da Silva ficou famosa por ajudar a resgatar o motorista do caminhão envolvido no acidente.

Com coragem, ela estourou o vidro e abriu a porta para salvar a vítima, enquanto a maioria das pessoas gravava o desastre com seus celulares, alheias ao sofrimento.

Muitos são os casos de anônimos que ficaram famosos por atos altruístas. Outras pessoas ganham notoriedade pelo talento, como artistas que se destacam com belas músicas ou no mundo da dramaturgia.

Nos dias atuais, no entanto, a fama nem sempre surge de atos nobres.

Fama a qualquer custo

Muitos ganham visibilidade por criar polêmicas e sabem tirar proveito disso.

São indivíduos que saem do anonimato para os holofotes, divulgando fake news e fofocas que saciam um público sedento por perceber que os famosos também têm problemas.

Alguns polemistas tornam-se comunicadores populares, candidatam-se a cargos políticos, são eleitos e mantêm a mesma postura polêmica e vazia, sem propostas que visem resolver os problemas que os elegeram.

Alimentam um público pouco consciente de seus direitos, que valoriza mais as polêmicas e vídeos engraçados do que a seriedade necessária para mudanças reais.

Outros buscam aparecer por aparecer.

Um exemplo são os “papagaios de pirata”, aqueles que fazem de tudo para aparecer nas reportagens de telejornais.

Alguns até fazem acordos com amigos da área para aparecer em diversas circunstâncias, opinando sobre tudo.

Há também quem se torne conhecido por ideias inusitadas, como vídeos em banheiras de chocolate ou dancinhas virais. Embora algumas dessas ideias rendam dinheiro, acabam reforçando a superficialidade da fama atual.

Andy Warhol previu que, no futuro, todos teriam quinze minutos de fama. Hoje, essa fama é cada vez mais efêmera e vazia.

A Cultura na Era da Superficialidade

Vivemos numa sociedade onde o fútil ganha destaque.

A régua para o sucesso está cada vez mais curta, e os critérios para a fama, cada vez mais banais.

Dancinhas do TikTok, canções pasteurizadas e a despersonalização da arte moldam as pessoas em uma mesma forma cultural.

Muitos “formadores de opinião” promovem o descarte do que foi produzido de bom, enquanto a cultura perde suas raízes e se torna rasa, sem um passado como inspiração.

Aparentemente, as portas para a busca de uma identidade própria estão se fechando. Em tempos onde o brilho superficial é celebrado, resta lamentar por uma sociedade que esquece a luz genuína do talento e das realizações.

Pobre Matrix!

Gilson Cruz

Leia mais em Superexposição e direito à privacidade – Jeito de ver.

Sozinho ( Poema de Solidão)

Um poema sobre solidão

Imagem de Peter H por Pixabay

 

O mundo é grande

a solidão é grande

mas o medo, é imenso!

Não tão imenso quanto este universo

em que me paraliso

me escondo…

Me escondo no medo do que já aconteceu

e daquilo que não pude mudar.

E temo o futuro…

Volto às mesmas noites de solidão

que já estavam resolvidas

mas, que sozinho na imensidão dessa pequena casa

me esconde,  me paralisa…

Lembro as estações,

quando amei a Primavera, sofri no inverno, morri nos verões…

e que o mundo continuava grande,

e a solidão, imensa…

Quando a noite passou

E os pensamentos ganharam asas

e ganharam o universo…

deixando todo o medo pra trás.

Voei.

Na imaginação, nos pensamentos..

e o mundo já não era mais tão grande!

Já não estava sozinho…

 

Veja mais em: Amar novamente (acreditar sempre) ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

Optimized by Optimole