“A história pertence ao vivo […] se ela não tem função para além de apagar o passado e impedir o futuro, então a sociedade é governada por mortos.”
— Friedrich Nietzsche, em Sobre a Utilidade e a Desvantagem da História para a Vida.
No centro histórico da bela Salvador, Bahia, há uma estátua em homenagem a Zumbi dos Palmares.
Enquanto admiro, lembro-me de que aprendi pouco sobre esse líder negro, até porque muitos professores evitavam ensiná-lo, e outros diziam que ele era um herói “inventado” para moldar a história.
Por muito tempo, aprendemos nas escolas que o Brasil foi “descoberto” e que exploradores e bajuladores do império eram heróis. Sim, a ignorância sobre o líder negro tinha um propósito.
“Quem controla o passado controla o futuro; quem controla o presente controla o passado.”
Orwell aborda como a reescrita da história serve ao controle social, criando uma realidade em que as pessoas perdem a capacidade de questionar o presente. — George Orwell, em 1984.
Conhecendo a História
Quando se trata de história…há sempre mais a ser descobeerto, não é verdade?
Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, é símbolo de resistência contra o colonialismo e a escravidão. Pouco se sabe sobre sua vida, e algumas histórias são questionadas, como a de que ele teria sido criado por um padre após ser sequestrado.
Uma menção confiável a Zumbi aparece em uma carta de d. Pedro II de Portugal, que ofereceu perdoá-lo caso ele aceitasse submeter-se. Outra hipótese é que “Zumbi” fosse um título de liderança em Palmares.
Zumbi discordou de Ganga Zumba, então chefe de Palmares, que aceitou um acordo de paz dos portugueses, garantindo liberdade aos nascidos no quilombo, enquanto os fugidos seriam recapturados.
Em 1678, Zumbi tornou-se líder e liderou a resistência até sua morte, em 1695, quando sua cabeça foi exposta em praça pública para aterrorizar os negros que o viam como imortal.
O Dia da Consciência Negra
Celebrado em 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra, instituído pela Lei n.º 12.519/2011, homenageia Zumbi e promove a valorização da cultura afro-brasileira. A data contrasta com o 13 de maio, dia da abolição, que não garantiu aos ex-escravos direitos básicos, perpetuando desigualdades.
Movimentos como o Movimento Negro Unificado (MNU) dos anos 1970, influenciados pela “negritude” de Aimé Césaire, fortaleceram a consciência negra e a luta contra o racismo. Esse movimento busca conscientizar sobre injustiças e o impacto do racismo estrutural, promovendo o empoderamento da população negra.
Infelizmente, a sociedade brasileira ainda enfrenta o desafio de desmantelar privilégios historicamente concentrados. A população negra, assim como outras minorias, luta por reconhecimento e igualdade em uma sociedade que foi estruturada de forma desigual.
A data visa inspirar mudanças e combater estereótipos, promovendo eventos e celebrações que destacam as contribuições afro-brasileiras, enfrentando o racismo e promovendo representatividade.
“Uma civilização que escolhe fechar os olhos aos seus problemas mais cruciais é uma civilização atingida. É uma civilização agonizante.” – Aimé Césaire
Embora Césaire se refira às atrocidades coloniais, sua reflexão alerta para o perigo de distorcer a história, pois isso enfraquece a sociedade e mina a resistência à injustiça.
A República é um sistema de governo onde o poder reside em representantes eleitos pelo povo, comumente através de eleições.
Neste modelo, o governo busca o bem-estar comum e os governantes possuem mandatos com prazo determinado, o que impede a permanência indefinida no poder.
Este regime é fundamentado em princípios como igualdade perante a lei, divisão dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e a prestação de contas dos governantes em relação às suas ações.
Estudar a proclamação da República no Brasil é essencial para compreender as raízes das disparidades sociais e políticas no país.
Vamos entrar no contexto histórico.
Inseridos no contexto…
A fundação do Partido Republicano Paulista
A Proclamação da República no Brasil, ocorrida em 15 de novembro de 1889, foi o resultado de um contexto histórico complexo e multifacetado. A crise da monarquia teve raízes em insatisfações que se intensificaram ao longo das décadas.
No século XIX, a elite agrária exercia grande influência na política, e os interesses regionais frequentemente se chocavam com as diretrizes centralizadoras do governo imperial.
Esse cenário ficou ainda mais tenso com a pressão crescente da oligarquia cafeeira por maior autonomia.
Os movimentos republicanos começaram a ganhar força na década de 1870, pouco depois da Guerra do Paraguai. A vitória na guerra não trouxe prestígio à monarquia; pelo contrário, revelou suas fragilidades.
Nesse período, novos arranjos políticos emergiam, defendendo a modernização do país. A fundação do Partido Republicano Paulista (PRP) e o lançamento do Manifesto Republicano, em 1870, foram fundamentais para fortalecer a ideia de uma república.
O manifesto criticava o centralismo imperial e propunha o federalismo, defendendo que os grandes males do Brasil provinham da monarquia.
O papel dos Militares
Os militares, uma das principais forças insatisfeitas, começaram a se organizar após a Guerra do Paraguai.
O Exército havia se profissionalizado e, como consequência, seus membros exigiam melhores salários, melhorias na carreira e o direito de expressar suas opiniões políticas.
Eles também defendiam o laicismo no país e encontraram no positivismo, ideologia de Augusto Comte, um discurso que justificava a modernização por meio de uma república autoritária.
Muitos oficiais passaram a enxergar-se como guardiões do Estado, acreditando que uma república ditatorial era a solução para o Brasil.
A crise na monarquia se agravou com as elites emergentes nas cidades, que desejavam maior participação política, mas se viam excluídas por um sistema que beneficiava poucos.
Mesmo os liberais, ao tentarem expandir o eleitorado, não foram eficazes, pois a Lei Saraiva, de 1881, reduziu drasticamente o número de eleitores.
No interior do país, províncias como São Paulo, que já tinham grande importância econômica, exigiam uma representação mais justa. A centralização do poder na monarquia e a falta de autonomia para as províncias geraram profundo descontentamento.
Outro ponto crucial foi a questão da abolição da escravatura em 1888, que deixou um vácuo econômico para setores conservadores, especialmente fazendeiros que perderam sua mão de obra gratuita.
Este evento aprofundou a crise, forçando a sociedade a buscar novos modelos de governança. Grupos políticos, cafeicultores e os militares viam na república a solução para os problemas nacionais.
Além disso, a urbanização e a industrialização, embora ainda incipientes, evidenciavam a necessidade de uma reestruturação que atendesse às demandas de um Brasil em transformação.
A insatisfação com a monarquia culminou em um golpe que uniu diferentes setores da sociedade.
O papel das elites urbanas e rurais
O descontentamento das elites urbanas e rurais, somado à crescente mobilização das forças armadas, gerou um ambiente propício para a Proclamação da República.
O evento foi liderado por militares, apoiados por uma parcela da sociedade civil, e resultou na expulsão da família real. Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a república e se tornou o primeiro presidente do Brasil.
A nova república trouxe mudanças significativas, como a Constituição de 1891, que implantou o federalismo e descentralizou o poder, favorecendo a autonomia dos estados.
No entanto, apesar das expectativas de modernização e inclusão, a elite militar e a classe ilustrada assumiram posições de destaque no novo regime, garantindo que seus interesses fossem preservados.
A estrutura republicana acabou beneficiando poucos, enquanto as camadas populares continuaram enfrentando desigualdades.
A narrativa oficial sobre a Proclamação da República frequentemente simplifica esses eventos, omitindo as complexidades e os conflitos de interesses envolvidos.
A transição não foi consensual nem espontânea; foi marcada por tensões sociais e políticas que continuam a moldar a história brasileira.
Uma análise mais crítica revela a multiplicidade de vozes que influenciaram a queda da monarquia e a importância de questionar a memória histórica dominante.
O papel do Povo
Segundo o livro Os Bestializados, de José Murilo de Carvalho, a reação da população mais humilde, em sua maioria composta por trabalhadores urbanos, escravos recém-libertos e cidadãos de baixa renda, foi marcada pela indiferença e falta de envolvimento com a Proclamação da República.
Carvalho argumenta que, para a maioria das pessoas comuns, o evento passou quase despercebido e não trouxe um significado claro ou um impacto imediato em suas vidas cotidianas.
O autor explica que a mudança de regime, de monarquia para república, foi conduzida por elites políticas e militares sem a participação ativa das massas.
O povo foi espectador de um processo que, para ele, parecia distante e abstrato.
As decisões políticas eram tomadas por um círculo restrito de líderes, e a falta de comunicação e integração entre as elites e a população mais pobre contribuiu para um sentimento de alheamento.
A população, portanto, se sentia desamparada e desconectada do novo regime, sem compreender as implicações da mudança.
Conclusão
A história oficial muitas vezes pinta um quadro de que a população inteira estava engajada na luta pela proclamação da República, mas a realidade é que apenas uma elite buscava preservar e expandir seus privilégios.
Os desfavorecidos do império continuaram a ser os desfavorecidos na república, permanecendo pobres, sem voz ativa, sem acesso à educação adequada por décadas e excluídos da participação em regimes autoritários subsequentes.
Essas consequências e sua continuidade são visíveis no modelo educacional que prevaleceu por décadas no Brasil, perpetuado pelas mesmas elites que dominam desde a agricultura até os meios de comunicação e eventos culturais.
Uma parte da população, assim como naquela época, se contenta com as migalhas oferecidas através de cargos políticos adquiridos por bajulação e traição, sacrificando sua própria dignidade e a de seus descendentes.
Pesquisas: “O Reino que não era deste Mundo” por Marcos Costa
Se você era um jovem ou até mesmo um extraterrestre de passagem na Terra na década de 1980, com certeza ouviu algumas das suas canções.
O lançamento do álbum Thriller mudou a história da música, ultrapassando a marca de mais de 70 milhões de cópias vendidas e desde então o mundo nunca mais foi o mesmo.
Eu era apenas um menino na época, mas não resisti à tentação e também tentei imitar os passos daquele extraterrestre em canções como Beat It, Billie Jean, Thriller…
Bem, não vou falar de mim, eu dançava mal pra caramba! Vamos falar do Michael.
Nos anos 80, as músicas de Michael Jackson eram uma presença constante nas rádios de todo o mundo. As execuções eram uma mistura de alta rotação nas rádios pop e R&B, com promoções e programas especiais que ajudavam a manter sua música no topo das paradas.
Ele era considerado, por muitos, o artista perfeito: excelente dançarino, compositor talentoso e capaz de emular instrumentos musicais com sua voz (não tocava nenhum, mas se o fizesse, seria mais que perfeito!).
Sua vida foi marcada por sucessos impressionantes, mas também por seus desafios pessoais e as polêmicas que sempre cercaram sua figura pública.
Sua morte trágica em 2009 deixou o mundo em choque, mas também garantiu que sua memória e legado continuassem a brilhar.
Infância e Início de Carreira
Michael Joseph Jackson nasceu em 29 de agosto de 1958, em Gary, Indiana, em uma família de classe trabalhadora.
Ele foi o oitavo de dez filhos dos Jackson, e sua infância foi marcada pela constante união familiar e pela pressão para ter sucesso na indústria da música.
Seu pai, Joseph Jackson, era um músico frustrado e, ao identificar o talento de seus filhos, decidiu formar um grupo musical que reunisse os meninos da família. Assim, os Jackson 5 surgiram, e o potencial de Michael logo se destacou entre seus irmãos.
Ele começou a se apresentar ao lado de seus irmãos, inicialmente em competições locais e festas. As performances do grupo logo chamaram a atenção de talentos da indústria musical, e a gravadora Motown assinou um contrato com eles em 1968.
O lançamento de seu primeiro single, I Want You Back, rapidamente se tornou um sucesso nas paradas, solidificando a posição dos Jackson 5 como estrelas em ascensão.
A determinação de Joseph em moldar a carreira dos filhos, embora controversa (pra não dizer, violenta), proporcionou a Michael a disciplina necessária para se destacar.
Sua infância, marcada por treinamento intensivo e obrigações musicais, não apenas moldou seu caráter resiliente, mas também preparou o palco para suas performances futuras.
As experiências com os Jackson 5 foram únicas, permitindo que Michael desenvolvesse sua identidade musical e habilidades de palco desde a tenra idade, um aspecto que mais tarde influenciaria enormemente sua carreira solo.
O auge da carreira e Inovações musicais
A carreira de Michael Jackson como artista solo atinge seu apogeu com o lançamento de álbuns icônicos que permaneceriam no cerne da música pop por várias décadas.
Off the Wall, lançado em 1979, introduziu um novo som que misturava disco, funk e soul, apresentando sucessos como Don’t Stop ‘Til You Get Enough e Rock with You.
Este álbum não apenas estabeleceu Jackson como um artista a ser observado, mas também demonstrou sua habilidade de integrar diversos gêneros musicais, algo que se tornaria uma marca registrada de sua carreira.
Em 1982, Michael Jackson lançou Thriller, um marco na história da música pop. Este álbum, que continua a ser o mais vendido de todos os tempos, trouxe à vida uma nova era de videoclipes.
O vídeo de Thriller não é apenas um clipe musical, mas uma obra cinematográfica que revolucionou a forma como a música era apresentada. Esta inovação fez com que os videoclipes se tornassem essenciais para a promoção de singles e estabeleceram padrões que ainda são seguidos hoje.
O impacto cultural do álbum foi profundo, influenciando não apenas a música, mas também a moda e as tendências da época.
O sucessor de Thriller, Bad, lançado em 1987, solidificou ainda mais a reputação de Jackson como o “Rei do Pop”. Os singles, como Bad e Smooth Criminal, apresentaram coreografias memoráveis e promoções extravagantes que se tornaram sinônimos do artista.
Durante essa fase, Michael quebrava recordes de vendas e recebeu inúmeros prêmios, incluindo Grammy Awards, destacando sua importância na indústria musical.
Controvérsias e Legado Duradouro
Michael Jackson, teve uma vida repleta de feitos notáveis, porém, não sem suas controvérsias.
Desde o início da sua carreira até seus últimos anos, o artista enfrentou múltiplos desafios que moldaram sua imagem pública e impactaram sua saúde mental.
Acidente em comercial de uma marca de refrigerante, múltiplas cirurgias plásticas, questões legais e alegações de abuso sexual foram alguns dos aspectos mais conturbados de sua vida, que frequentemente ocuparam as manchetes da imprensa.
Essas controvérsias muitas vezes ofuscaram seus talentos artísticos e contribuições à indústria musical.
A luta de Jackson com a fama foi um elemento constante em sua vida.
Tornou-se uma figura pública icônica ainda muito jovem, o que, sem dúvida, teve efeitos adversos sobre sua saúde mental e bem-estar.
Relatos de solidão, dependência de medicamentos e um desejo constante de proteção pessoal são indicativos do preço que a celebridade pode cobrar.
Esses aspectos frequentemente contribuíram para uma narrativa complexa sobre sua vida e sua luta interna.
Apesar das controvérsias que permeiam sua história, o legado de Michael Jackson continua a ressoar na música contemporânea.
Suas canções, repletas de ritmos cativantes e letras impactantes, continuam a ser celebradas, enquanto sua dança e a produção visual de seus videoclipes são estudadas e admiradas por aspirantes a artistas.
Antes da Conclusão…
A gananciosa indústria musical é marcada por corrupções, chantagens, mentiras e tragédias.
Muitos cantores foram arruinados por empresários e pessoas sem escrúpulos.
O que sabemos sobre o Rei do Pop é que a sua trajetória foi marcada por responsabilidades extremas desde a infância. E isso moldou a sua vida.
É amplamente discutido que Michael Jackson possuía características que poderiam ser associadas à síndrome de Peter Pan, embora o diagnóstico oficial nunca tenha sido feito.
A “síndrome de Peter Pan” é um termo popularizado pelo psicólogo Dan Kiley, que descreve adultos que se recusam a crescer emocionalmente e têm dificuldades em assumirresponsabilidades ou aceitar as realidades da vida adulta.
Isso pode envolver a busca por uma infância idealizada e a evitação das pressões e responsabilidades associadas à vida adulta, sim, as responsabilidades e o modo como foi “disciplinado” por seu pai, o privaram de uma infância normal.
Durante grande parte de sua vida, parecia ter uma relação complexa com a infância e com o processo de amadurecimento.
Síndrome de Peter Pan
Algumas características que alimentaram a associação do Rei do Pop com a síndrome de Peter Pan incluem:
. Apegos à infância: Jackson frequentemente falava sobre seu desejo de ter uma infância “normal”, algo que lhe foi negado devido ao intenso treinamento e carreira precoce com os Jackson 5.
. Ele procurava, de alguma forma, reviver a infância perdida, especialmente ao criar o Neverland Ranch, um lugar onde ele recriou um ambiente infantil com brinquedos, um parque de diversões e até um zoológico.
. Comportamento e aparência juvenil: Mesmo na idade adulta, Michael Jackson mantinha uma aparência jovem, o que era intensificado por sua escolha de estilo de vida, como seu jeito de vestir e seu comportamento público.
Muitos o viam como alguém que queria preservar a infância de forma eterna.
. Relacionamento com crianças: Jackson tinha uma relação bastante próxima com crianças, frequentemente recebendo visitas de crianças em seu rancho e passando tempo com elas, o que também gerou controvérsia em sua vida, especialmente devido às acusações de abuso infantil que surgiram em sua carreira.
Para ele, a companhia de crianças parecia oferecer-lhe uma forma de se reconectar com o que ele sentia que havia perdido ao longo de sua vida.
.Fuga da pressão da fama: Sua luta com as expectativas e a pressão da fama desde muito jovem também contribuiu para a sua busca por uma sensação de refúgio na infância.
Michael Jackson expressava frequentemente o desejo de viver uma vida simples e livre de responsabilidades adultas.
Um outro Prisma
É possível que, devido a essas características, ele tenha optado por um acordo quando enfrentou acusações de assédio sexual.
Embora não se possa afirmar categoricamente que ele sofria da síndrome de Peter Pan em um sentido clínico, seus comportamentos e atitudes parecem ter uma conexão notável com a noção de “não querer crescer”.
Essa tendência é evidente tanto em sua vida pessoal quanto profissional, particularmente em seu esforço para construir um universo onde a infância é idealizada e mantida intocável.
Embora estejamos apenas fazendo suposições neste contexto, é importante reconhecer que, no universo do entretenimento, onde as reputações são frequentemente destruídas, a competitividade e as rivalidades podem ser decisivas para o sucesso ou fracasso de alguém.
Falaremos sobre isso posteriormente.
Uma análise da vida e obra desse grande artista revela que sua infância, dedicação e sucesso consolidam sua reputação como o Rei do Pop.
“O que há em um nome? Aquilo a que chamamos rosa, com qualquer outro nome, teria igual perfume.” Romeu e Julieta – William Shakespeare
Por Que Seu Nome Importa: Uma Viagem pela Identidade Humana
Qual é o seu nome? O que ele significa para você?
Talvez você nunca tenha pensado sobre isso, mas já se sentiu estranho ao ser chamado por um nome diferente? Quando somos crianças, isso pode não significar muito, mas conforme crescemos, ganha um novo significado.
Geralmente, não somos nós que escolhemos nossos nomes.
Nossos pais raramente consideram os significados; eles geralmente buscam uma sonoridade agradável ou desejam homenagear parentes ou celebridades.
Com o tempo, nossos nomes adquirem sentido.
Conforme adicionamos e integramos novas experiências à nossa vida, nosso nome começa a se associar de alguma forma à nossa personalidade.
“Um bom nome é melhor que um bom óleo, e o dia da morte é melhor do que o dia do nascimento.” – Eclesiastes 7:1, Bíblia Sagrada
É ao final da história que se reconhece o valor e a importância de um nome. Muitos se notabilizaram em campos significativos como cultura, arte e conquistas, enquanto outros deixaram marcas indesejáveis para aqueles que herdaram seus nomes.
Nesse contexto, o nome simboliza o resultado ou o resumo (legado) do que foi edificado através da história.
“O nome é o símbolo da coisa, o que dá substância à nossa identidade.” – Ralph Waldo Emerson
Quando nascemos, o nosso nome pode ser apenas um mero rótulo, e à medida que crescemos, as experiências e as ações acrescentam-lhe as definições.
A lembrança de nosso nome será correspondente àquilo que fizemos ao longo da vida.
Nomes mais comuns
De acordo com o Censo de 2010, realizado pelo IBGE, a população brasileira atingia, na época, 200 milhões de habitantes, com mais de 130 mil nomes diferentes. Naquele momento, 1.326 indivíduos com o nome Vanessa se declararam do sexo masculino e 417.512 com o mesmo nome se declararam do sexo feminino.
Os nomes mais comuns, na época, foram José (5.754.529), Maria (11.734.129), Ana (3.089.001), João (2.984.119) e Antonio (2.576.348). A lista é imensa, mas pense em cada pessoa por trás desses nomes como sendo alguém com uma história pra contar! Consegue imaginar nessa perspectiva?
Isso mesmo, os nomes carregam em si grande importância.
Vamos mais adiante.
Nomes e Números: Quando a Identidade é Silenciada
Trocar o nome de alguém era um método de dominação.
Na antiga Babilônia, era comum dar nomes aos cativos de outras nações. Um exemplo bíblico: os jovens Daniel, Hananias, Misael e Azarias receberam os nomes babilônicos Beltessazar, Sadraque, Mesaque e Abednego.
O objetivo era justamente integrá-los à cultura e aos hábitos babilônicos. Ao mudar seus nomes e educá-los na língua local, o rei Nabucodonosor buscava não apenas assimilá-los culturalmente, mas também fazê-los abandonar suas identidades e tradições judaicas, promovendo lealdade à Babilônia e à sua religião.
Substituir nomes por números: método para despersonalizar as pessoas.
Durante a pandemia de COVID-19 (2019-2021), cerca de 600 mil pessoas morreram no Brasil (cerca de 15 milhões no mundo).
Os números frios das estatísticas não eram capazes de descrever a dor e o sofrimento das pessoas que perdiam seus entes queridos, enquanto alguns membros do governo brasileiro desencorajavam o uso de máscaras e a vacinação.
O uso de números para despersonalizar era também uma estratégia do nazismo.
A maioria das vítimas eram judeus, identificados por números tatuados em seus braços. Essa prática negava-lhes a sua identidade pessoal, reduzindo-os a uma sequência numérica, eliminando seus nomes, suas histórias e suas individualidades.
Além disso, marcar os prisioneiros desta forma simbolizava o controle total dos nazistas sobre suas vítimas, reduzindo-as a objetos ou estatísticas, em vez de seres humanos.
Com esses detalhes, como entender a seguinte notícia? “Um ano do genocídio em Gaza: bombas de Israel já mataram mais de 52 mil palestinos.” (A verdade.org)
O número frio das estatísticas despersonaliza as vítimas e suas histórias.
Muitas pessoas podem ter um nome “igualzinho ao seu”, é verdade. Mas, não se esqueça: você é quem dará um novo significado ao seu nome.
Sim, é importante pensar no nome que se leva, mas é ainda mais importante pensar no nome que se faz.
“Alguns nomes podem ser armadilhas para a identidade, enquanto outros revelam profundidades que nem mesmo os donos compreendem.”
– Friedrich Nietzsche
Conclusão:
O nome de uma pessoa é mais do que uma simples combinação de letras; ele é a soma de histórias, significados e experiências que ajudam a construir nossa identidade.
No início, somos apenas mais um na multidão de nomes e números, mas, com o passar do tempo, cabe a nós dar vida e significado ao nome que carregamos.
É pelas nossas ações, conquistas e pelo legado que deixamos que nosso nome se destaca e faz a diferença. Afinal, como Nietzsche sugere, alguns nomes escondem profundezas que nem seus donos compreendem.
No final, o que realmente importa não é apenas o nome que recebemos, mas o nome que fazemos e as histórias que criamos com ele.
Além de me trazer as canções das minhas meninas Géssica e Elaine, novembro traz um monte de histórias e significados.
Em termos de história e etimologia, novembro é o décimo primeiro mês do calendário gregoriano e deve seu nome ao termo latino novem (nove), pois originalmente era o nono mês no calendário romano, que começava em março.
Com a reorganização do calendário, incluindo janeiro e fevereiro, ele se tornou o décimo primeiro mês, mas manteve o nome. No hemisfério sul, novembro marca o final da primavera, enquanto no norte, representa o fim do outono.
Feriados e Datas Importantes
Novembro é cheio de datas que carregam significados especiais.
Logo no início, temos o Dia de Finados, em 2 de novembro, um momento dedicado a homenagear os falecidos.
No dia 15, no Brasil, temos a Proclamação da República .
Outras datas que valem destaque incluem o Dia da Bandeira, em 19 de novembro, e o Dia Nacional de Combate ao Câncer, em 27 de novembro, que nos lembra sobre a importância da prevenção.
Além disso, em 14 de novembro é o Dia da Alfabetização, destacando o papel da educação para o desenvolvimento social.
O Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, homenageia a luta antirracista e a figura histórica de Zumbi dos Palmares. Este ano, pela primeira vez, ele será observado como feriado nacional, reconhecendo seu peso e valor para o país.
Para os homens, novembro também é um mês de alerta com a campanha Novembro Azul, que promove a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de próstata.
Em 2021, aproximadamente 16.300 homens perderam a vida por essa doença, que pode ser diagnosticada de forma simples, mas ainda enfrenta preconceitos. – https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/numeros
Celebrações e Origens
Desde a Antiguidade, novembro foi um mês de celebrações.
Na Roma Antiga, ele era marcado pelo Ludi Plebeii e, entre os anglo-saxões, era chamado de Blōtmōnaþ, ou “mês das oferendas”.
Até o calendário republicano francês situava novembro entre os meses de Brumário e Frimário. Curiosamente, novembro começa no mesmo dia da semana que março e, exceto em anos bissextos, também fevereiro.
Na Igreja Católica, novembro é um mês de reflexão.
Em 1º de novembro é celebrado o Dia de Todos os Santos, homenageando tanto os santos canonizados quanto os não canonizados. Logo em seguida, em 2 de novembro, o Dia de Finados lembra aqueles que já partiram.
O Dia de Finados, na verdade, tem raízes antigas, inicialmente ligadas a tradições pagãs. Estabelecido em 998 d.C. pelo abade Odilo de Cluny, foi uma adaptação que, com o tempo, tornou-se oficial na Igreja Católica.
A escolha de novembro está relacionada ao festival celta de Samhain, que ocorria em 31 de outubro e simbolizava o encontro dos mundos dos vivos e dos mortos.
O Dia de Todos os Santos também é marcado por um simbolismo forte.
Iniciado pelo Papa Bonifácio IV, que consagrou o Panteão romano a Maria e aos mártires cristãos, ele foi oficializado em 1º de novembro pelo Papa Gregório III. Esse dia foi uma adaptação de festivais pagãos para reforçar o espírito cristão de homenagem aos falecidos.
Alguns Momentos Históricos
Para quem gosta de um passeio pela história, novembro já foi cenário de momentos marcantes.
Em 1855, por exemplo, um forte terremoto atingiu Edo (atual Tóquio), no Japão, deixando cerca de 10.000 mortos e destruindo milhares de prédios.
Em 1918, no final da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha assinou um armistício com os Aliados na floresta de Compiègne, encerrando um dos conflitos mais sangrentos da história.
No Brasil, um fato curioso de novembro foi a tentativa de golpe em 1955 para impedir a posse de Juscelino Kubitschek.
O cruzador Tamandaré tentou partir do Rio de Janeiro para se unir aos conspiradores, mas foi neutralizado pelo General Lott.
Esses eventos acabaram plantando as sementes para o golpe militar de 1964, que contou com apoio de setores variados, inclusive de algumas figuras influentes da Igreja Católica, que temiam o avanço do comunismo.
Mais recentemente, em novembro de 2000, uma tragédia atingiu a cidade de Kaprun, na Áustria: um teleférico pegou fogo em um túnel, matando 155 esquiadores e snowboarders.
Conclusão
Mesmo com tantas lembranças de momentos difíceis, novembro é um mês que marca a transição das estações e nos convida a refletir sobre o passado e o presente.
E neste hemisfério, estamos em plena primavera… o que lembra que, apesar das dificuldades, sempre há espaço para renovações e novas esperanças.