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Caminhos ( Viver é colocar o pé na estrada!)

Imagem de 🌸♡💙♡🌸 Julita 🌸♡💙♡🌸 por Pixabay

 

Viver, não por acaso, é colocar o pé na estrada…

Se pudesse contar quantas estradas castiguei com a indelicadeza dos meus passos apressados ou mesmo se tivesse a  capacidade de recordar o que estava ao meu redor, seria mais feliz.

Ninguém passa a vida em branco, ainda que  muitos se achem inúteis, tristes, fracassados. Cada um leva em si uma história – única, exclusiva!

Ainda que alguém tente, minuciosamente, viver a sua vida, a sua história pertence a você.

São seus caminhos!

A sua importância, vai ser a importância que você dedica aos momentos, às pessoas, ao riso – ao sorriso!

Não esqueça de que a fama é, muitas vezes, um mero acidente – não um sinônimo de sucesso!

Fama não é sinônimo de sucesso

Como assim?

Muitas famosos não vivem, escolhem um caminho de aparências, onde a felicidade está num riso fabricado para ganhar holofotes – seus relacionamentos precisam ser expostos, não há privacidade.

Muitos deles dependem da exposição de que tanto se queixam, para serem felizes. Alguns por não suportarem a pressão de serem ignorados, recorrem ao uso de drogas ilícitas ou se tornam dependentes de remédios.

Ser bem sucedido é amar o que se faz, o que se escolheu fazer.

É lembrar que alguém ama e valoriza cada passo que você dá no caminho, e o melhor, que este alguém está disposta (o)  a te acompanhar mesmo quando acontecerem os acidentes no percurso.

Viver é colocar o pé na estrada, sim…

Se pudesse te contar… Não!

Viva a tua história, lembre ninguém passa a vida em branco.

Será notado, quem sabe, por um bilhão, um milhão ou por apenas um – e se esse “apenas” um, te amar, já valerá a pena todo o caminho!

Então, pé na estrada… caminhe, corra… ame!

Faça com que o caminho valha a pena!

 

Leia mais: As pequenas escolhas ( Reflexão) ‣ Jeito de ver

 

Um pouco de exagero (Humor)

Humor. Uma história com um pouco de exagero!

Imagem de Klaus Hausmann por Pixabay

 

Os amigos conversavam:

Rapaz, próximo ao antigo Clube de Ferroviários, havia um largo, um espaço onde há muito tempo os parques e circos  itinerantes ficavam por um tempo. Lembra daquele tempo?

Lembro, sim…  – disse o outro.

Pois é, os circos traziam leões, palhaços, equilibristas e até cantores…

Lembro, sim…

Numa daquelas visitas, trouxe o Menino da Garganta de Ouro. Lembra?

Lembro, sim… O Donizetti.

Pois é, rapaz, eu não acreditava que o moleque tinha uma garganta potente como falavam, achava que era só propaganda. Mas, um dia…

Era Oito da noite da Terça-Feira e o apresentador disse: -“E COM VOCÊS, DONIZETTI…O MENINO DA GARGANTA DE OURO…”

E o menino começava a cantar “a Galopeira”:

-“Foi num baile em Assunção, capital do Paraguai…”  Lembra?

-Ô, se lembro…  –  Dizia o outro

Pois é, na hora do grito Galope-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-ira  era  Oito e cinco da noite.  E eu falei, esse moleque não vai aguentar!

Só que deu 8:10, 8:15, 8:30,9:00 da noite e o menino não parava.:  “ê-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-…

“Dez da noite fui pra casa. E ele não parava…

Passou a madrugada inteira e o menino : ‘ê-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-…’

Fui pro trabalho de manhã e ele estava lá: ‘ê-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e…’

Hora do almoço, descanso da tarde – e a música não parou.

Deu Oito da noite da Quarta, resolvi voltar lá pra ver o que tinha acontecido e o moleque estava lá tranquilo cantando.

Lembra?

E o amigo…

Lembro, sim. Incrível mesmo foi a plateia depois de tudo gritar: -“De novo! De novo!”

 

Gilson Cruz

Leia também: Quiprocuó Esporte Clube – Falando de futebol ‣ Jeito de ver

 

Fama a qualquer custo – Vale a pena?

A régua para a fama está cada vez mais curta.

Imagem de Tumisu por Pixabay

O Declínio do Talento na Era da Fama Instantânea

É natural o desejo de ser reconhecido pelo próprio trabalho. Gostamos quando alguém se aproxima e nos agradece por algo de bom que fizemos.

Algumas pessoas ganham notoriedade por feitos ou qualidades marcantes.

Por exemplo, no acidente aéreo que vitimou o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quatrocci, a vendedora Leiliane Rafael da Silva ficou famosa por ajudar a resgatar o motorista do caminhão envolvido no acidente.

Com coragem, ela estourou o vidro e abriu a porta para salvar a vítima, enquanto a maioria das pessoas gravava o desastre com seus celulares, alheias ao sofrimento.

Muitos são os casos de anônimos que ficaram famosos por atos altruístas. Outras pessoas ganham notoriedade pelo talento, como artistas que se destacam com belas músicas ou no mundo da dramaturgia.

Nos dias atuais, no entanto, a fama nem sempre surge de atos nobres.

Fama a qualquer custo

Muitos ganham visibilidade por criar polêmicas e sabem tirar proveito disso.

São indivíduos que saem do anonimato para os holofotes, divulgando fake news e fofocas que saciam um público sedento por perceber que os famosos também têm problemas.

Alguns polemistas tornam-se comunicadores populares, candidatam-se a cargos políticos, são eleitos e mantêm a mesma postura polêmica e vazia, sem propostas que visem resolver os problemas que os elegeram.

Alimentam um público pouco consciente de seus direitos, que valoriza mais as polêmicas e vídeos engraçados do que a seriedade necessária para mudanças reais.

Outros buscam aparecer por aparecer.

Um exemplo são os “papagaios de pirata”, aqueles que fazem de tudo para aparecer nas reportagens de telejornais.

Alguns até fazem acordos com amigos da área para aparecer em diversas circunstâncias, opinando sobre tudo.

Há também quem se torne conhecido por ideias inusitadas, como vídeos em banheiras de chocolate ou dancinhas virais. Embora algumas dessas ideias rendam dinheiro, acabam reforçando a superficialidade da fama atual.

Andy Warhol previu que, no futuro, todos teriam quinze minutos de fama. Hoje, essa fama é cada vez mais efêmera e vazia.

A Cultura na Era da Superficialidade

Vivemos numa sociedade onde o fútil ganha destaque.

A régua para o sucesso está cada vez mais curta, e os critérios para a fama, cada vez mais banais.

Dancinhas do TikTok, canções pasteurizadas e a despersonalização da arte moldam as pessoas em uma mesma forma cultural.

Muitos “formadores de opinião” promovem o descarte do que foi produzido de bom, enquanto a cultura perde suas raízes e se torna rasa, sem um passado como inspiração.

Aparentemente, as portas para a busca de uma identidade própria estão se fechando. Em tempos onde o brilho superficial é celebrado, resta lamentar por uma sociedade que esquece a luz genuína do talento e das realizações.

Pobre Matrix!

Gilson Cruz

Leia mais em Superexposição e direito à privacidade – Jeito de ver.

Sozinho ( Poema de Solidão)

Um poema sobre solidão

Imagem de Peter H por Pixabay

 

O mundo é grande

a solidão é grande

mas o medo, é imenso!

Não tão imenso quanto este universo

em que me paraliso

me escondo…

Me escondo no medo do que já aconteceu

e daquilo que não pude mudar.

E temo o futuro…

Volto às mesmas noites de solidão

que já estavam resolvidas

mas, que sozinho na imensidão dessa pequena casa

me esconde,  me paralisa…

Lembro as estações,

quando amei a Primavera, sofri no inverno, morri nos verões…

e que o mundo continuava grande,

e a solidão, imensa…

Quando a noite passou

E os pensamentos ganharam asas

e ganharam o universo…

deixando todo o medo pra trás.

Voei.

Na imaginação, nos pensamentos..

e o mundo já não era mais tão grande!

Já não estava sozinho…

 

Veja mais em: Amar novamente (acreditar sempre) ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

Uma arma anti-morte (e eles voltariam)

Um lindo campo. Um exercício de imaginação sobre as armas.

Ákos Szabó

 

“Não podem nos privar do direito sagrado de ter uma arma”, afirmam alguns.

“Se Jesus vivesse em nossos dias, possuiria uma arma.”

“Como poderia eu concordar com tais palavras?” – indagaria alguém de bom senso.

 

Tais declarações, embora proferidas por autoridades políticas e religiosas no Brasil em algum momento, não merecem crédito. A Bíblia descreve Deus como “a fonte da vida” (Salmo 36:9), e um dos 10 mandamentos mais conhecidos é “não matarás” (Êxodo 20:13).

Armas são feitas para matar, é claro. Portanto, não há como concordar com as frases destacadas no início deste texto.

Para começar, ter uma arma não é um direito sagrado. E, a propósito, Jesus não andava armado.

Imagine, então, uma história sobre uma arma diferente: uma arma anti-morte.

“Cansados das notícias incessantes sobre acidentes, assassinatos e violência, tanto por bandidos quanto pela corrupção policial – onde aqueles que deveriam defender a lei praticavam justiça privada – as pessoas resolveram criar uma arma diferente: a arma anti-morte.

Qual seria o segredo de tal arma?

Todas as pessoas teriam o sagrado direito de possuir essas armas em suas casas, sem restrições. Poderiam montar verdadeiros arsenais, pois essas armas não matariam sob nenhuma hipótese.

As escolas de tiro ao alvo estavam liberadas para crianças, que aprenderam a defender a vida, espalhando mais vida, sem ameaçar a vida de instrutores e seus familiares.

Com o tempo, as pessoas aprenderam a respirar, a esperar o ódio passar – pois manusear a arma anti-morte exigia paciência e tolerância, características que no universo paralelo já não eram tão comuns.

Os tolos arrogantes passaram a não se sentir tão poderosos, pois não podiam matar com tais armas, e as guerras já não ceifavam tantas vidas.

As mães, pais, mulheres, namorados, namoradas e filhos podiam sentir a certeza de que, mesmo com a terrível distância, o amor sempre estaria de volta – cheio de vida.

Os covardes torturadores agora precisavam usar seus preguiçosos cérebros e, pela primeira vez, aprender a dialogar – pois não podiam ameaçar a vida daqueles que tinham o direito legal de discordar de seus métodos…

E então…

O Presidente do país pôde desfilar em carro aberto, sem seguranças correndo ao redor, sem medo de opositores ou de um Lee Harvey Oswald qualquer…

Um cantor pôde voltar das gravações de seus sucessos, abraçar sua amada e autografar o seu último disco para o fã…

Pacifistas puderam abraçar aqueles que lhes prestavam reverência…

Monges budistas não atearam fogo em si mesmos…

Meninas não correram chorando enquanto bombas caíam na aldeia…

Atrizes puderam voltar para casa e abraçar aqueles que amavam…

Meninas foram abraçadas por seus pais, não arremessadas pela janela…

Pais puderam dormir em paz, pois nem filhos, nem cúmplices, fariam qualquer mal…

Meninos não foram torturados e mortos por suas mães (?) e padrastos…

Pessoas aprenderam a conversar…

Em um pequeno bar, onde se praticava sinuca, seis adultos e uma menina de 12 anos voltaram em paz para suas casas e continuaram suas vidas…

E as bombas que caíam produziam flores, as cidades não eram mais destruídas.

Tudo isso porque a arma não matava.

E as pessoas tiveram um tempo a mais para pensar na paz.

E todos puderam viver

E aprender novas coisas…”

Gilson Cruz

Leia mais em

Palavras de 2023 – o ano que passou! ‣ Jeito de ver

Veja também A proliferação de armas no Brasil: violência, masculinidade e conflitos – a importância de um programa de recompra – Fonte Segura

 

 

 

 

Transformar ( Bem simples)

Caminhando na praia. Um poema sobre transformar se deixar transformar.

Imagem de Ri Butov por Pixabay

Transformar

o acordar

num passo

Os passos em objetivos

os objetivos em motivos

Os motivos em meios

e os meios, enfim…

em realizações.

E de novo,

as realizações

em  novos sonhos

e caso os sonhos não dêem certo, chore

chorar não é pecado

nem fraqueza

é reconhecer que às vezes estes também falham

Então…

Chore.

Experimente

Chorar

Rir

tentar novamente,

amar

persistir…

e até insistir naquilo que se vale à pena.

Daí

Recomece

Em novos passos

novos objetivos

novos meios

motivos mais nobres

E enfim…

novas conquistas.

Tudo outra vez, pois a vida não para.

O que poderia ser mais interessante

que esse ciclo vicioso de se estar vivo?

Leia mais em:  Sozinho ( Poema de Solidão) – Jeito de ver.

Quiprocuó Esporte Clube – Falando de futebol

Um conto sobre a torcida de futebol e o Quiprocuó.

Imagem de Alomgir Hossain por Pixabay

A nação estava atordoada

Não era a primeira vez que o Quiprocuó Esporte Clube disputava o Campeonato Nacional, mas desta vez parece que não iria ter pra ninguém.

Antes, o modesto time se contentava em fazer um bom campeonato e a bela e fiel torcida comparecia, para torcer e se emocionar nas vitórias difíceis e nas duras derrotas. Pais, Mães e Filhos estavam lá para ver seus atletas favoritos dando o máximo. Nem sempre se ganhava, mas o passeio com os amigos valiam mais que qualquer placar.

-“Semana que vem, tem mais” – diziam.

Mas, o tempo passou…

Agora, surgiu um novo Quiprocuó.

Futebol envolvente, tic-tacs, rápidos, certeiros e goleadas que fariam um 7 X 1 qualquer parecer resultado de  jogo  amador.

A torcida crescia, se emocionava a cada lance,  O Quiprocuó E.C não decepcionava.

Todos vibravam…

O FC Mambembe não quis tomar 7 X 1, para não compararem com a Seleção Canarinho, seria muita humilhação, então no sétimo gol do Timaço partiu pra violência. E o campo se transformou num imenso ringue. Mas, o Quiprocuó esperto, saiu do campo deixando os mambembes na vergonhosa guerra solitária.

A nova torcida do Quiprocuó gostou da ideia e partiu para a batalha. Infelizmente, em cem anos, o primeiro torcedor morria. Não, ele não morria pelo seu time.

Não vamos trocar as coisas!

Como a Justiça desportiva não punia a ninguém exemplarmente, o campeonato continuou. E na partida seguinte, o Quiprocuó entrava em campo com um uniforme preto, simbolizando o luto, com a faixa: “Esporte é vida, vamos viver”.

Essas frases imbecis que visam sensibilizar as pessoas por uns instantes, para fazer de conta que algo mais que o dinheiro importa aos dirigentes…  Mas, o Quiprocuó não tinha nada a ver com isso…

Quando chovia parecia que as portas celestiais se abriam nas traves adversárias, era 10X1  nos Chockenses do Sul, 9X 2 nos Pernetas Celestes e a maior goleada que se viu dizer até hoje 45 X 1 no Vendidos ProBet ( acho que esse foi realmente vendido!) – Mas, não se investigou quem ganhou milhões com esse resultado, então valeu!

O campeonato estava nas mãos, mas algo parecia não estar certo.

De repente, o Time das massas entrou então no campo sem nenhuma disposição.

As pernas dos jogadores pareciam não obedecer aos comandos da mente.

E o técnico se desesperava…

As partidas do Quiprocuó se tornaram tão chatas, mas tão chatas, que o narrador decidiu narrar a festa da torcida.

“Olha lá, Olha lá…os Quiprocuenses dão espetáculo…” – Gritava um entusiasmado locutor

“Que festa… Que festa…é só alegria!” – Dizia outro.

Olha lá, o Quiprocuense veio trajado de Superman… Essa torcida é Show!” – Dizia o mais apaixonado narrador.

Enquanto isso, o time esquecia o futebol – ganhava jogando feio, futebol não é arte, o importante era ganhar – nem que fosse jogando aquela bolinha! Mas, isso não importava, a torcida garante o espetáculo!

E a nova torcida captou a mensagem!

Eles eram mais importantes que o futebol.

A cada partida uma nova coreografia, uma nova música e até uma confusão generalizada para gerar notícias. E mais e mais pessoas se machucavam e mais e mais morriam.

Quiprocuó, é um  time amado

Que nasceu pra ganhar, 

Podemos morrer por ti

morrer de tanto te amar…!

Sim, até na música para o time a torcida fazia a sua propagandinha – pois, estava em evidência.

E o Campeonato acabou, Quiprocuó venceu aquele campeonato, os melhores jogadores foram embora para ooutros times, dirigentes ficaram milionários e com o tempo aquele time promissor deixou de existir.

E o píor é que ninguém percebeu! Nem os loucutores esportivos que se acostumaram a elogiar as torcidas organizadas e que deixaram os times de lado notaram o fim do Quiprocuó!

Quiprocuó E.C

Mas, a torcida organizada do Quiprocuó ainda existe e faz jus ao nome do time.

Ainda canta, faz coreografias, briga e mata, sim mata jovens que não sabem o que é apreciar um esporte.

Jovens que se sentem poderosos em grupo e não hesitam em agredir e até mesmo matar quem usa uma cor diferente.

Ah! O Quiprocuó não quis financiar torcedores violentos…não quis pagar para ter uma torcida de fachada – por isso deixou de existir. Pois os torcedores tradicionais não mais iam aos estádios. Tinham medo!

E hoje, mesmo com os estádios vazios, a torcida se reúne para louvar a si mesma e fazer a festa.

Para um campo vazio!

E canta ao nada…

Pois pra quê um time, quando a torcida torce por si mesma?

Veja mais em Zé da Ladeira – uma história de futebol. – Jeito de ver.

Palavras de 2023 – o ano que passou! ‣ Jeito de ver

Definição. Quiprocuó : engano, erro que consiste em tomar uma coisa por outra.

A mesma lua ( Um Poema simples)

A lua. Um texto sobre as memórias de um belo tempo.

A lua como que observando a vida na Terra…

Imagem de Robert Karkowski por Pixabay

O cenário

A lua ainda é a mesma,
apesar de nós.

Contávamos histórias, estrelas…

E quando ela surgia entre os montes
as palavras se calavam, por instantes…

E era neste instante que os namorados passavam de mãos dadas
e paravam juntos na ponte
que separava as duas partes da cidade, sobre o riacho.

Os momentos…

E como numa fotografia,
beijavam-se timidamente
e era possível, amar o cenário.

Enquanto isso o velho músico se dirigia ao abrigo escuro
das sombras das árvores,
daquelas árvores imensas que ficavam próximas à igreja,
e dedilhava acordes mágicos
dando ao cenário o fundo musical necessário para eternizá-lo.

E amigos se aproximavam,
para cantar canções de amor,
cantar paródias, piadas…
canções que se perderam no tempo.

E as meninas passavam brincando com os pequeninos,
enquanto os pais, aproveitavam para esquecer seus problemas
dentro de suas casas
e saíam para contemplar o instante.

De mãos dadas,
aproveitavam para lembrar do começo
e se comprometiam a recomeçar todos os dias.

As recordações…

Hoje, velhas fotografias acordam velhas recordações
e te vejo,
no mesmo banco da praça naquele momento
em que passavam as crianças e os casais.

Enquanto, o músico tocava
e o casal se abraçava
rindo…

admirando a mesma lua.

Gilson Cruz

Leia mais em Versos sem destino ( um conto ) – Jeito de ver

Mais um dia… ( Um dia quase normal!)

Levantei cedo, antes do sol.

Algumas estrelas ainda me esperavam do lado de fora.

O céu estava indeciso

como se despedir das estrelas?

Românticas, serenas…

Como deixar a lua partir?

Os seresteiros cansados se arrastavam pela longa praça,

realizados depois de uma noite tão romântica

As amadas tiveram seus próprios spectacle privé,

puderam sonhar com os velhos tempos

puderam debruçar nas janelas imaginárias

O céu abraçava as cores

lilás, rosa, traços amarelos e vermelhos

e imponente, surgia o sol.

O poeta recluso, não escrevia mais seus pensamentos

e o compositor

abraçava a solidão da cama

podia agora dormir.

De longe,

o atleta corria na direção oposta

desbravando novas metas, novos horizontes

E quanto a mim…

Parei no tempo.

Enquanto lembrava dela

dos cabelos negros

dos olhos verdes

da voz macia

do riso lindo

E guardava cada instante desse dia para poder contar…

Veja mais em:  O tempo ( Contador de histórias) – Jeito de ver

Perigo nas redes sociais – como o se proteger

 

Facebook, Instagram, Twitter, X (o antigo Twitter), BlueSky, WhatsApp, WeChat, TikTok, Linkedin… são nomes de algumas redes sociais populares, bilhões de pessoas fazem uso diário pelos mais variados motivos.

Seja pra saber as novidades sobre famosos, conhecidos, desconhecidos, extraterrestres ou mesmo para atualizar as próprias novidades .

Todos sabem que as redes sociais foram criadas com o nobre objetivo de dar lucro aos criadores e que elas por meio de algorítmos influenciam modos e tendências.

Mas, este não é o assunto principal deste Post.

O ódio por trás das telas

Muitos predadores morais, incapazes de ter ou mostrar qualquer empatia, covardes que se escondem atrás de telas de computadores ou Smartphones, de ip’s alterados, fazem uso das redes sociais com objetivos perversos: destruir reputações, tecer comentários maldosos, doentios, na intenção de desestabilizar inocentes ou talvez criticar nos outros aquilo que não sabem fazer ou o talento e beleza que sabem que não possuem.

A falta de amor próprio é projetada em forma de palavras de ódio contra qualquer outra pessoa.

Na ocasião da morte do cantor e compositor Adam Schlesinger , vitima da Covid 19, aos 52 anos, um dos comentários de leitores dizia: “Nunca ouvi falar”.

Bem, há um monte de cantores e compositores bons que infelizmente passaremos a vida sem conhecer.

Talvez, o nobre leitor do comentário acima tenha procurado posteriormente informações a respeito do artista e tenha chegado à trilha sonora do filme The Wonders – O sonho não acabou, e quem sabe a curiosidade o tenha levado à Banda Fountais of Wayne, e talvez tenha gostado ou não. – Isso realmente não importa!

O  fato de alguém não conhecer ou não gostar de determinado estilo ou cantor não tornará insignificante a obra do artista para aqueles que gostam.

A música That thing you do, foi indicada ao Oscar em 1997.

Outras situações…

Em 2021, dois amigos faziam brincadeiras em que conversavam e simulavam o início de um beijo, que não acontecia. Os haters, nome dado aos que espalham ódio por meio das redes sociais, lançaram críticas doentias, ferozes ao jovem que devido à pressão, cometeu suicídio aos 16 anos.

Em 2013, na Flórida, EUA, uma jovem de 12 anos atirou-se de uma plataforma de uma fábrica de cimento abandonada, após ser atacada de modo cruel por meio de mensagens ou aplicativos de fotos. Os ataques que culminaram em nesta tragédia duraram mais de um ano.

Lamentavelmente, pouco tem sido feito para se combater discursos de ódio e fake news, uma vez que redes sociais são criadas para dar lucro e relatos perversos sensacionalistas  e mentiras geram engajamento.

As fake news se espalham 70% mais rápido que notícias verdadeiras. – ‘Fake news’ se espalham 70% mais rápido que notícias verdadeiras, diz MIT (correiobraziliense.com.br)

Discursos de ódio e posts de raiva geram cliques. – Posts de raiva são os que mais geram cliques e engajamento nas redes sociais – Giz Brasil (uol.com.br)

Dilema moral ?

O dilema moral em que se encontra as redes sociais é o mesmo que se dá com grandes empresas da mídia tradicional, seja Televisiva ou impressa  quando se trata em noticiar fatos de corrupção entre grandes anunciantes. – O que seria mais importante que o lucro? A verdade ou o lucro? 

Irremediavelmente, a maioria decide pelo lucro!

Atualizar Termos de Uso não tem mostrado ser a solução.

Alguns pais, decidem limitar ou mesmo proibir que seus filhos façam uso de Redes Sociais.

As famílias devem decidir, sem pessoas as redes acabam, portanto limitar o acesso ou mesmo parar de usar (o que muitas vezes é quase impossível!) reduziria os lucros e forçaria a uma mudança de melhor efeito.

Enquanto a mudança não acontecer, haverá sempre predadores morais, criminosos, doentes prontos a envenenar e até mesmo matar sonhos e reputações.

Leia mais em “Notícias na Era Digital (Viés e informação) ‣ Jeito de ver

 

 

 

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