“Na natureza …tudo se transforma”.
– Antoine Laurent de Lavoisier*
Faremos uma aplicação um tanto diferente da citação acima.
Falaremos de pessoas e sentimentos, principalmente o amor, pois tudo se transforma, inclusive o amor, não é verdade?
Embora se imagine o amor como algo eterno, mesmo ele pode acabar.
O sentimento romântico de amor eterno é bem comum quando passamos pelas primeiras e intensas paixões na juventude, que geralmente duram dias, semanas ou meses. E este ciclo se repete muitas e muitas vezes… pois não é amor, é paixão.
O QUE É PAIXÃO
PAIXÃO não é a mesmo que AMOR.
Na maioria das vezes as paixões são acompanhadas de sentimentos intensos e “destrutivos”, por assim dizer.
O medo de perder, a insegurança e os ciúmes excessivos são sentimentos que acompanham cada paixonite!
Não é a toa que a paixão é muitas vezes definida como o fascínnio ou a falsificação do amor.
A pessoa apaixonada se apega a coisas superficiais como a cor dos olhos, o rostinho bonito, o jeito de falar, de cantar, ou como disse certo jovem que “gostava da pegada da pessoa amada!”
Essas superficialidades tornam-se menos importantes comopassar do tempo e por serem superficiais, desaparecem junto com o encanto. Então…
O QUE É O AMOR?
Mas, se paixão não é amor, como explicar o amor?
Não se define o amor em apenas uma palavra.
Pode ser útil examinarmos as palavras gregas que definem as várias facetas do amor.
Observe:
Eros: É o amor apaixonado e romântico.
Philia: Amizade íntima, autêntica.
Ludus: Amor lúdico, sedutor.
Storge: Amor familiar, incondicional.
Philautia: Amor-próprio.
Pragma: Amor comprometido e companheiro.
Agápe: Amor empático,universal.
(Para mais detalhes, clique no link a seguir: Activa | As palavras gregas para amor incluem 7 tipos que podemos experienciar)
Observe que para cada faceta do amor há uma palavra específica no grego.
Isso nos ajuda a ter uma ideia de quão amplo pode ser o amor.
O TIPO DE AMOR IDEAL
O tipo de amor ideal para um relacionamento, deve de algum modo incorporar todas as facetas listadas acima.
O amor é uma sentimento que pode ser influenciado por fatores individuais e contextuais, e variar de acordo com cada relacionamento, também por isso ele pode diminuir ou mudar ao longo do tempo por uma variedade de razões.
Uma das razões pelas quais o amor pode diminuir é o desgaste natural que ocorre em relacionamentos de longo prazo.
Além disso a rotina do dia a dia, o estresse, as responsabilidades e as diferenças individuais, problemas financeiros, saúde, trabalho ou família podem contribuir para uma diminuição do amor, por isso além do romantismo, é necessário que haja: amizade íntima, que haja o lúdico ( a conquista) o compromisso, o amor-próprio e a empatia, sim, o Companheirismo.
O amor é algo mais maduro, mais estável.
A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO
Para que um relacionamento se aperfeçoe e dure é necessário que haja comunicação, em especial a capacidade de saber ouvir.
Uma boa comunicação fortalece os laços afetivos pois possibilita uma melhor conexão emocional – e sem essa conexão, o amor enfraquece!
É verdade, que na natureza “tudo se transforma”…
Mas, como diz o mesmo Lavoisier**, “nada se perde”.
Apesar de hoje os relacionamentos sereo instáveis, quase descartáveis, muitos ainda acreditam que é possível transformar algo “incrível” em algo “ainda melhor” e por isso investem aquilo que tem de melhor para manter vivo o seu amor pela pessoa amada: O TEMPO e a ATENÇÃO.
E como os seres humanos serão sempre surpreendentes, com o tempo nestes relacionamentos descobrirão por dar o tempo e a atenção, novos motivos, novas razões para amar ainda mais.
Para conhecimento:
* Antoine-Laurent de Lavoisier foi um nobre e químico francês fundamental para a revolução química no século XVIII, além de ter grande influência na história da química e na história da biologia. Ele é considerado na literatura popular como o “pai da química moderna”. Foi eleito membro da Royal Society em 1788. Wikipédia
** E certamente, não estava falando de amor na citação acima, mas o princípio é o mesmo! (risos).
Leia mais em E quando ela passa… ( A poesia no andar) – Jeito de ver