Acordei numa pressa daquelas e o sol ainda dormia A cidade estava silenciosa, meu cachorro não latia Não senti um dia especial, nem era carnaval. Seria apenas mais um dia. Levantei, tropecei nos chinelos que dormiam aos pés da cama, caí e nem pensei na semana… Apenas, mais um dia normal. Mas, é verão e a manhã mais uma vez, como disse o Caetano, nasceu azul. Olhei o violão no cantinho da sala, não pude compor, cantar ou tocar o instrumento e saí enquanto poucos estavam acordados. E o sol começou a brilhar. As cores se assentaram, as nuvens se assentaram lá no horizonte e a minha pressa acabou. Os passarinhos na praça acordaram, Os cachorrinhos no quintal também despertaram e as vozes tomaram conta das ruas… e a minha pressa acabou. E à noite, um céu de estrelas sem pressa, sem som, sem nada enquanto as estrelas dançam e me recuso a olhar a estrada o tempo passa… a vida passa.
Além de me trazer as canções das minhas meninas Géssica e Elaine, novembro traz um monte de histórias e significados.
Em termos de história e etimologia, novembro é o décimo primeiro mês do calendário gregoriano e deve seu nome ao termo latino novem (nove), pois originalmente era o nono mês no calendário romano, que começava em março.
Com a reorganização do calendário, incluindo janeiro e fevereiro, ele se tornou o décimo primeiro mês, mas manteve o nome. No hemisfério sul, novembro marca o final da primavera, enquanto no norte, representa o fim do outono.
Feriados e Datas Importantes
Novembro é cheio de datas que carregam significados especiais.
Logo no início, temos o Dia de Finados, em 2 de novembro, um momento dedicado a homenagear os falecidos.
No dia 15, no Brasil, temos a Proclamação da República .
Outras datas que valem destaque incluem o Dia da Bandeira, em 19 de novembro, e o Dia Nacional de Combate ao Câncer, em 27 de novembro, que nos lembra sobre a importância da prevenção.
Além disso, em 14 de novembro é o Dia da Alfabetização, destacando o papel da educação para o desenvolvimento social.
O Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, homenageia a luta antirracista e a figura histórica de Zumbi dos Palmares. Este ano, pela primeira vez, ele será observado como feriado nacional, reconhecendo seu peso e valor para o país.
Para os homens, novembro também é um mês de alerta com a campanha Novembro Azul, que promove a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de próstata.
Em 2021, aproximadamente 16.300 homens perderam a vida por essa doença, que pode ser diagnosticada de forma simples, mas ainda enfrenta preconceitos. – https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/numeros
Celebrações e Origens
Desde a Antiguidade, novembro foi um mês de celebrações.
Na Roma Antiga, ele era marcado pelo Ludi Plebeii e, entre os anglo-saxões, era chamado de Blōtmōnaþ, ou “mês das oferendas”.
Até o calendário republicano francês situava novembro entre os meses de Brumário e Frimário. Curiosamente, novembro começa no mesmo dia da semana que março e, exceto em anos bissextos, também fevereiro.
Na Igreja Católica, novembro é um mês de reflexão.
Em 1º de novembro é celebrado o Dia de Todos os Santos, homenageando tanto os santos canonizados quanto os não canonizados. Logo em seguida, em 2 de novembro, o Dia de Finados lembra aqueles que já partiram.
O Dia de Finados, na verdade, tem raízes antigas, inicialmente ligadas a tradições pagãs. Estabelecido em 998 d.C. pelo abade Odilo de Cluny, foi uma adaptação que, com o tempo, tornou-se oficial na Igreja Católica.
A escolha de novembro está relacionada ao festival celta de Samhain, que ocorria em 31 de outubro e simbolizava o encontro dos mundos dos vivos e dos mortos.
O Dia de Todos os Santos também é marcado por um simbolismo forte.
Iniciado pelo Papa Bonifácio IV, que consagrou o Panteão romano a Maria e aos mártires cristãos, ele foi oficializado em 1º de novembro pelo Papa Gregório III. Esse dia foi uma adaptação de festivais pagãos para reforçar o espírito cristão de homenagem aos falecidos.
Alguns Momentos Históricos
Para quem gosta de um passeio pela história, novembro já foi cenário de momentos marcantes.
Em 1855, por exemplo, um forte terremoto atingiu Edo (atual Tóquio), no Japão, deixando cerca de 10.000 mortos e destruindo milhares de prédios.
Em 1918, no final da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha assinou um armistício com os Aliados na floresta de Compiègne, encerrando um dos conflitos mais sangrentos da história.
No Brasil, um fato curioso de novembro foi a tentativa de golpe em 1955 para impedir a posse de Juscelino Kubitschek.
O cruzador Tamandaré tentou partir do Rio de Janeiro para se unir aos conspiradores, mas foi neutralizado pelo General Lott.
Esses eventos acabaram plantando as sementes para o golpe militar de 1964, que contou com apoio de setores variados, inclusive de algumas figuras influentes da Igreja Católica, que temiam o avanço do comunismo.
Mais recentemente, em novembro de 2000, uma tragédia atingiu a cidade de Kaprun, na Áustria: um teleférico pegou fogo em um túnel, matando 155 esquiadores e snowboarders.
Conclusão
Mesmo com tantas lembranças de momentos difíceis, novembro é um mês que marca a transição das estações e nos convida a refletir sobre o passado e o presente.
E neste hemisfério, estamos em plena primavera… o que lembra que, apesar das dificuldades, sempre há espaço para renovações e novas esperanças.
“Se me ponho a cismar em outras eras Em que ri e cantei, em que era bela, Parece-me que foi noutras esferas, Parece-me que foi numa outra estrela”.
“A Rua” – Mario Quintana
Não sei se o prédio da Prefeitura era cinza ou se essa é a cor da minha memória, mas era verão quando lá cheguei, há muito tempo.
Os velhos bancos deteriorados numa velha praça de imensas árvores nativas, sem ladrilhos, castigada pelo andar de milhares de pessoas ao longo dos velhos anos.
De frente com a praça, a tradição de Seu João do Bar, a meiguice da Professora Marlene e os doces risos iluminados de Dona Lourdes.
Senti-me bem-vindo.
Dona Maria Medrado e as velhas fotografias falavam um francês perfeito e um belo inglês – privilégio de uma antiga elite.
Lembro das histórias que contava…
Suas fotografias me deixaram apaixonado e as histórias de sua vida, seu primeiro amor, seus pais, primos e irmãos me mostraram o quanto a vida muda em tão pouco tempo.
Caminhando mais à frente, havia o Paço Municipal e um espaço que seria, no futuro, a Câmara Municipal dos Vereadores.
Antes, as sessões eram realizadas num velho espaço na Praça da Bandeira, vizinho ao cadastro de Serviço Militar, de onde podia ver o Clemenceau Teixeira.
O Clemenceau era o antigo colégio onde os alunos pareciam felizes por estudar.
Aquele prédio onde, havia muito tempo, tratavam as folhas do fumo, lá conheci a Nair.
Nair era jovem, linda, como era também lindo o seu jeito de falar. Amava o Fernando Mendes e Giz, da Legião Urbana.
Amiga das melhores histórias e que jovem se foi.
Na mesma rua havia a Delegacia de Polícia e o delegado Joanito e o cabo Bellini.
Joanito era amável e corajoso.
Disfarçado, em uma ocasião, conseguiu abater um bandido extremamente violento.
Mas era paciente.
De lá havia uma subida para a rua, que seria o alto do sossego, e descia a Rua da Casa Forte… onde morei e descobri os escorpiões…
Não, não sou amigo deles. Era lá que moravam as crianças Yana, Everaldo, Nil… e no número 16, a Nair.
Naquela rua havia ainda o rebuliço; uma pessoa querida havia perdido a vida. Afogado.
Triste começo.
Descendo a Rua da Casa Forte, havia a entrada para a rua do Minadouro, ou Minador, onde sempre morará em minhas memórias a Professora Dinalva.
Ela amava me presentear com mangas e mangas.
Eu amava Dona Dinalva e Dona Edite, a encarregada de me entregar.
As velhas e belas árvores embaladas pela ventania me encantavam tanto quanto me assustavam.
Como era uma rua sem saída, então costumava voltar e andar em nova direção pelas ruas 2 de Julho, onde morava o Bigu e o meu amigo Nereu.
Nereu morava no Rio, amava o Vasco e me explicava política… se tornou colega de trabalho.
Havia também um campo próximo à Rua 2 de Julho, e por isso chamavam-na também de Rua do Campo (e isso me enlouquecia; numeração repetida era sinônimo de confusão…)
A rua de cima era a Rua Elísio Medrado, tio da Dona Maria, da primeira rua em frente à praça, que me disse uma vez ser este uma pessoa muito bondosa.
Que ajudava os doentes.
Não sei se, por coincidência, esta rua levava ao município com o mesmo nome, mas antes, na metade do caminho, me permitia descer e visitar Pedra Branca, onde conheci a Almerinda.
Impossível não amar a Almerinda… sempre preocupada com os filhos.
Mas, desta vez, voltei da Rua e encontrei a Rua das Pedrinhas e, de lá de cima, vi a pequena ponte entre as ruas 2 de Julho, Pedrinhas e a Praça da Bandeira, vizinha à Duque de Caxias.
Resolvi não voltar pelo mesmo caminho; segui em frente e cheguei à rua Alto da Boa Vista.
De lá de cima, olhei a primeira rua.
O grande prédio da Igreja.
A minha praça favorita, onde fui vizinho por um tempo.
Fotografia por Jeitodever.
A Praça Ápio Medrado.
Fotografia por Jeitodever.
Vi a Rua José Batista, Castro Alves, Armando Messias…
Não havia muitas ruas.
Talvez o casarão em frente à agência onde trabalhei por dez anos ainda guarde as memórias de uma linda bailarina que um dia passou as férias naquela pequena cidade.
Ou a pequena agência da época guarde a tristeza de estar só, por tanto tempo.
Talvez pareça estranho lembrar tanta coisa depois de quase trinta longos anos…
Recordo a Moreninha, a prefeita eleita na ocasião, Clemente, o ex-prefeito da época, Dona Antonia, Dona Margarida, meu irmão Rubão e a estrada que levava a Castro Alves…
Onde os moradores revoltados um dia queimaram pneus em protesto pelas péssimas condições da pista…
Dia histórico!
Quando cheguei, a cidade era pequena e talvez não tenha crescido tanto.
Tive receios de voltar e encarar as memórias.
A cidade era pequena e grande para mim, que não conhecia muitas pessoas e que se apaixonou por todos de uma maneira bem especial, embora vivesse sozinho, longe da família e dos velhos amigos.
O vento soprava nas minhas madrugadas e, por muitos anos, foi o som das minhas noites.
Me traziam versos que não pude compartilhar e que destruí quando chegou a hora de partir.
E parti.
E a imagem daquela pequena cidade ainda permanece gravada, como uma fotografia, em minha mente.
Impossível não recordar a Ene se preocupando em ajudar as pessoas, o amor entre as famílias com quem pude trabalhar, a Ellis que amava a Argentina, o incrível Doutor Marcos…
Impossível esquecer o céu e a lua, nascendo brilhantes no horizonte, entre os montes, fazendo companhia a mim e aos meus livros e ao violão, naquela mesma velha praça. Cheia de árvores.
Fotografia por Jeitodever
Há muitos ainda na memória, se transformando em palavras, na minha saudade…
Muitos ainda habitam as minhas memórias e sonhos.
As recordações me arrebatam aos meus vinte e três anos, quando a cidade apenas começava a despertar.
Onde a lua, as ruas escuras e a solidão de minha pequena casa me ensinavam o duro processo de crescer.
E meus passos se apagaram, como os passos daqueles que caminharam na velha praça antes de mim.
Talvez, no futuro, com cabelos ainda mais grisalhos, eu volte e trabalhe apenas mais um dia na terra em que comecei… faça as pazes comigo mesmo e abrace pela última vez, para sempre, o meu pequeno lar.
A cidade de Santa Terezinha.
“Mas, as coisas findas, Muito mais que lindas, estas ficarão”
– Carlos Drummond de Andrade
Fundado em 1895, o Flamengo é um dos times mais queridos e de grande sucesso no Brasil, marcando sua história principalmente no futebol. Vestindo vermelho e preto, o clube orgulha-se de vitórias como a Copa Intercontinental e três Libertadores.
A sua base de fãs ultrapassa 40 milhões, o Flamengo também se destaca em modalidades como remo, polo aquático e basquete, afirmando-se como um dos clubes mais emblemáticos do Brasil.
O Início da história
No final do século XIX, o remo era o esporte predominante no Rio de Janeiro, enquanto o futebol começava a ganhar espaço nos clubes locais, apesar de enfrentar resistência.
No famoso Café Lamas, no Largo do Machado, um grupo de jovens apaixonados pelo Flamengo se reuniu para criar um time de remo e desafiar outros clubes. Dentre eles, Nestor de Barros e José Agostinho Pereira da Cunha se sobressaíram ao comprar e restaurar um barco chamado “Pherusa”.
No dia 6 de outubro de 1895, eles zarparam da Ponta do Caju em direção à Praia do Flamengo, mas foram surpreendidos por uma tempestade que virou o barco. Calma, o Flamengo não é conhecido como o time da virada, não por isso!
Um dos jovens nadou até a costa para buscar ajuda, porém o barco e seu conteúdo se perderam. Apesar disso, com determinação, iniciaram o conserto do barco, que mais tarde acabou sendo roubado e jamais recuperado.
Em 17 de novembro de 1895, foi fundado o Grupo de Regatas do Flamengo.
A primeira diretoria do clube foi estabelecida na residência de Nestor de Barros, que também serviu de garagem para o novo barco.
Domingos Marques de Azevedo tornou-se o presidente, com Francisco Lucci Colas como vice-presidente, Nestor de Barros como secretário e Felisberto Cardoso Laport como tesoureiro. Eles, ao lado de outros jovens, foram os membros fundadores do clube.
Em 1898, por sugestão de Nestor de Barros, o Flamengo adotou o vermelho e o preto como suas cores oficiais.
O clube começou a ganhar destaque no remo, conquistando sua primeira competição naquele ano.
Em 1902, o clube passou a se chamar Clube de Regatas do Flamengo. Antes mesmo de estabelecer seu departamento de futebol em 1903, os remadores já haviam disputado uma partida amistosa de futebol contra o Botafogo.
De onde vem o mais querido?
Em 1927, o Flamengo ganhou o título de “o clube mais querido do Brasil” em um concurso da água mineral Salutaris e do Jornal do Brasil, acumulando 254.850 votos e recebendo a Taça Salutaris, que hoje é exibida com orgulho na sala de troféus do clube.
Durante a Segunda Guerra Mundial, antenas americanas em Natal-RN e Belém-PA possibilitaram a transmissão de futebol pelo rádio para o Norte e Nordeste, aumentando a popularidade do Flamengo.
A Ascensão do Futebol
No ano de 1902, o remo e o futebol competiam pela atenção dos espectadores. Membros do Flamengo juntavam-se ao Fluminense para assistir aos jogos de futebol, enquanto o oposto acontecia nas competições de remo.
Alberto Borgerth destacava-se por seu duplo interesse, competindo pelo Flamengo nas regatas da manhã e atuando no futebol pelo Fluminense à tarde. Em 1911, um racha no Fluminense fez com que vários atletas migrassem para o Flamengo.
Em 8 de novembro de 1911, o Flamengo promoveu uma reunião que culminou na formação de um departamento de esportes terrestres, liderado por Borgerth, devido a conflitos entre Oswaldo Gomes e os jogadores do Fluminense.
A ideia de uma fusão inicial com o Botafogo foi abandonada por causa da rivalidade existente. Mais tarde, houve a ideia de fortalecer o Paysandu, mas este clube era estritamente inglês.
Por fim, Borgerth propôs e conseguiu aprovação para criar uma seção de futebol dentro do Flamengo.
Os distintivos do Flamengo
A história do Flamengo é notável pelas transformações de seu escudo, destacando-se a evolução do design do monograma entrelaçado.
Escudo do CR Flamengo.
A versão mais recente foi revelada em 2018.
O clube adota três emblemas para fins distintos: o escudo completo como logotipo oficial, o escudo de remo para os uniformes dessa modalidade, e o monograma “CRF” branco, típico nos uniformes de futebol.
A partir de 1980, três estrelas brancas simbolizam os tricampeonatos estaduais junto ao monograma. Em 2000, a Nike introduziu o escudo completo com estrelas. Após o tetracampeonato de 2001, uma quarta estrela branca e uma dourada foram acrescentadas, comemorando os 20 anos dos títulos da Copa Libertadores e da Copa Intercontinental de 1981.
Desde 2005, apenas a estrela dourada é posicionada acima do “CRF” nas camisetas.
As cores
Quanto aos uniformes, o Flamengo viu várias alterações desde sua fundação.
Em 1895, as cores eram azul e dourado, mas foram trocadas por vermelho e preto devido ao azar e ao custo do tecido inglês.
Em 1912, o time de remo rejeitou compartilhar o uniforme com o futebol, resultando na camisa em quarteirões vermelho e preto, conhecida como “Papagaio de Vintém”.
Porém, por ser considerada azarenta, foi substituída em 1913 pelo modelo listrado “cobra coral”.
Uniforme cobra coral
Em 1916, as listras brancas foram retiradas para evitar associação com a bandeira alemã, aliada do Brasil na Primeira Guerra.
Surgiu então o icônico uniforme do Flamengo: camisa listrada em vermelho e preto, shorts brancos e meias rubro-negras.
Em 1938, o Flamengo introduziu um uniforme branco secundário para aumentar a visibilidade durante jogos noturnos. Este uniforme apresentava duas listras vermelhas e pretas no peito, que em 1979 foram substituídas por um design branco liso com listras nas mangas.
Nota: Foi com esse uniforme que o time ganhou a Copa Intercontinental de 1981. Desde os anos 90, o clube passou a inovar com segundos e terceiros uniformes, algumas vezes optando por camisas pretas ou vermelhas.
O urubu foi adotado como mascote do Flamengo nos anos 60, depois que torcedores rivais começaram a chamar o time pejorativamente de “urubus”.
A popularidade do mascote cresceu quando um torcedor soltou um urubu no Maracanã em 1969, num jogo contra o Botafogo.
Desde então, o urubu “Samuca” se tornou o símbolo oficial do clube. Em 2008, “Uruba” e “Urubinha” foram apresentados no Maracanã e passaram a marcar presença em vários jogos e eventos.
Sede e CT’s
A sede social do Flamengo, a “Sede da Gávea”, dispõe de diversas instalações esportivas e de lazer para os sócios, incluindo um parque aquático, quadras de tênis e ginásios de basquete e vôlei.
O clube também tem o CT Ninho do Urubu, onde o time de futebol treina.
O Maracanã é o estádio principal para os jogos do Flamengo, enquanto o Estádio da Gávea é usado para treinos e outras atividades esportivas. Em 2019, Flamengo e Fluminense assumiram a gestão do Maracanã por seis meses, formando a “Fla-Flu S.A.” para gerir o estádio.
Principais adversários
O Flamengo possui rivalidades históricas com Botafogo, Fluminense, Vasco da Gama e Atlético Mineiro:
Botafogo: O embate inicial foi em 1913. A rivalidade é conhecida como “Clássico da Rivalidade”, e o mascote do urubu foi criado durante um jogo em 1969.
Fluminense: A rivalidade começou em 1911, após jogadores do Fluminense se transferirem para o Flamengo. É considerado um dos clássicos mais importantes do futebol mundial, e ambos dominam o Campeonato Carioca.
Vasco da Gama: O “Clássico dos Milhões” teve início na década de 1920. Foi a principal rivalidade do Flamengo de 1972 a 2001, marcada por figuras lendárias como Zico e Roberto Dinamite.
Atlético Mineiro: Uma rivalidade interestadual que se acirrou nos anos 1980, com jogos controversos no Campeonato Brasileiro e na Libertadores. É uma das rivalidades interestaduais mais significativas do país.
Tragédia no Ninho do Urubu
Em fevereiro de 2019, um incêndio devastador no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, resultou na morte de 10 jovens e feriu outros três.
O incidente foi atribuído a um curto-circuito no sistema de ar condicionado do alojamento das categorias de base, operando sem alvará de funcionamento devido à planejada transformação da área em estacionamento.
O clube, ciente dos problemas estruturais, enfrenta processos judiciais movidos por famílias das vítimas, enquanto o Ministério Público indiciou oito pessoas por “incêndio culposo”.
A Justiça do Rio de Janeiro manteve a condenação do Flamengo ao pagamento de cerca de R$ 3 milhões aos pais e ao irmão de Christian Esmério, uma das vítimas fatais do incêndio no CT Ninho do Urubu.
O juiz Andre Aiex Baptista Martins, titular da 33ª Vara Cível do Rio, determinou que o clube deve pagar R$ 2,824 milhões aos pais (R$ 1,412 milhão cada) e uma pensão mensal de aproximadamente R$ 7 mil.
Além disso, o irmão de Christian, Cristiano Júnior, tem direito a R$ 120 mil.
Vale ressaltar que a família de Christian Esmério foi a única que não fechou acordo com o Flamengo; as outras nove famílias já entraram em acordo com o clube. A decisão é em primeira instância, e ainda cabe recurso.
A tragédia do Ninho Urubu causou um impacto negativo na imagem do Flamengo que, apesar de tudo, ainda é o time com maior número de torcedores no Brasil.
Títulos
Principais títulos conquistados:
Campeonato Brasileiro (8 vezes): 1980, 1982, 1983, 1987, 1992, 2009, 2019 e 2020.
Copa do Brasil (4 vezes): 1990, 2006, 2013 e 2022.
Mundial Interclubes: 1981.
Taça Libertadores da América: 1981, 2019 e 2022 (invicto).
Copa Mercosul: 1999.
Copa Ouro Sul-Americana: 1996 (invicto).
Recopa Sul-Americana: 2020.
Títulos estaduais e torneios internacionais não estão inclusos nesta lista.
Maior ídolo da História do FlamengO e melhor equipe de todos os tempos
Arthur Antunes Coimbra, o Zico.
Quem viu o Flamengo do Zico jogar, viu o Futebol arte em sua forma plena…
A melhor equipe do Flamengo de todos os tempos:
Historiadores, especialistas e amantes do Futebol descrevem o Flamengo de 1981, como estando entre as melhores equipes de todos os tempos.
A formação:
Dirigido por Paulo César Carpegiani, eis a escalação: Raul; Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico.
Havia craques por todos os lados, vencê-los era tarefa quase impossível.
Desde então o Flamengo vem repetindo grandes equipes, conquistando novos torcedores e títulos, mas o encanto daquela equipe jamais será apagado ou repetido.
A história da Sociedade Esportiva Palmeiras remonta ao ano de 1914, na cidade de São Paulo, quando um grupo de imigrantes italianos, apaixonados pelo futebol, se reuniu para fundar um clube que representasse sua comunidade.
Assim, no dia 26 de agosto daquele ano, nascia o Palestra Itália, uma homenagem à terra natal da maioria dos fundadores.
Os primeiros anos do clube foram marcados por uma ascensão meteórica no cenário esportivo paulista.
Logo em sua primeira partida oficial, em 24 de janeiro de 1915, o Palestra Itália venceu o Savóia por 2 a 0, sinalizando o início de uma trajetória vitoriosa.
Nos anos seguintes, o clube conquistou uma série de títulos no Campeonato Paulista, consolidando-se como uma das principais potências do estado.
Mudança de Nome
Escudo oficial do Palmeiras.
No entanto, em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil declarou guerra aos países do Eixo, incluindo a Itália, o que levou o governo de Getúlio Vargas a pressionar o clube a mudar seu nome.
Nesse contexto, o Palestra Itália se tornou Sociedade Esportiva Palmeiras, e suas cores oficiais foram alteradas para verde e branco, em substituição ao verde, branco e vermelho originais.
A mudança de nome não afetou o desempenho esportivo do clube, que continuou a colecionar títulos e a atrair uma legião de torcedores.
Durante as décadas de 1950 e 1960, o Palmeiras viveu um de seus períodos mais gloriosos, conquistando títulos importantes, como a Copa Rio de 1951, onde derrotou a Juventus, da Itália, na final.
Na década de 1970, o Palmeiras formou uma equipe lendária conhecida como “Academia”, composta por jogadores como Ademir da Guia, Dudu, Leivinha e César Maluco.
Sob o comando do técnico Oswaldo Brandão, a Academia encantou os torcedores com um futebol ofensivo e habilidoso, conquistando diversos títulos estaduais e nacionais.
Jejum de Títulos e o sucesso
No entanto, o clube enfrentou um longo jejum de títulos entre 1976 e 1993, período marcado por crises financeiras e mudanças frequentes de técnicos.
Foi somente na década de 1990 que o Palmeiras voltou a brilhar, graças a uma parceria de sucesso com a empresa Parmalat.
Com investimentos significativos, o clube montou uma equipe competitiva e conquistou títulos importantes, como a Copa Libertadores de 1999.
Allianz Parque – Vista aérea. Foto extraída da Wikipedia
Após altos e baixos nas décadas seguintes, o Palmeiras ressurgiu com força no século XXI, conquistando títulos importantes, como a Copa do Brasil de 2012 e o Campeonato Brasileiro de 2016 e 2018.
Em 2014, o clube inaugurou sua moderna casa, a Arena Allianz Parque, que se tornou um símbolo de renovação e modernidade.
Nos últimos anos, o Palmeiras tem se destacado tanto no cenário nacional quanto internacional, conquistando títulos como a Copa Libertadores de 2020 e 2021, além da Recopa Sul-Americana de 2022.
Sob o comando de técnicos como Abel Ferreira, o clube tem demonstrado um futebol ofensivo e envolvente, atraindo a admiração de torcedores e especialistas.
Além das conquistas esportivas, o Palmeiras é homenageado em São Paulo com o “Dia da Sociedade Esportiva Palmeiras”, celebrado em 20 de setembro.
A paixão pelo clube é evidente entre os torcedores, que reverenciam ídolos como Ademir da Guia, César Maluco, Marcos, Dudu e tantos outros que deixaram sua marca na história alviverde.
Dessa forma, a Sociedade Esportiva Palmeiras continua a escrever sua história de glórias e conquistas, emocionando e inspirando gerações de torcedores ao redor do mundo.
Resumo de Títulos:
1 Copa Rio (Torneio Internacional de Clubes Campeões): 1951;
Sentado sozinho, nos degraus em frente a sua casa, ele passava os dias.
Há pouco tempo, seu filho deitado num velho sofá, na sala, dormindo, confiando no poder amoroso da cura, na presença dos pais.
Ainda sonhava com os tempos em que um beijo no machucado aliviava as dores e fechava as feridas, embora isso já fosse há mais de quarenta anos no passado.
Mas, filhos não envelhecem…
E sentado sozinho nos degraus, o pai não olha para trás, para não lembrar do amor de sua mocidade, já cansada de carregar o peso do tempo, indo e vindo entre a cozinha e a sala onde o eterno menino dormia.
Relembra as primeiras quedas, os abraços e os planos para o futuro…
E acredita no ciclo natural…em que os mais velhos preparam o mundo para os novos.
Mas, desta vez não foi assim…
E ele sentado nos degraus, sem olhar para trás, tenta questionar o tempo. Como se estivesse ansiosamente esperando uma resposta do futuro.
Pois desta vez, a sala vazia e o silêncio na cozinha, lembram quantas adversidades um homem só – neste mundo tão grande – pode enfrentar, sem entender o motivo.
E ele jamais entenderá…
O tempo é estranho, e sua noção, perturbadora. Em uma corrente de milhões de anos, cinquenta anos podem não significar nem um único elo sequer. Mas, quando falamos sobre a vida, quantas coisas podem acontecer!
Na infância, geralmente, não se pensa no tempo. As crianças vivem o seu próprio tempo, sem tantas preocupações; a criatividade aflora enquanto o pequeno ser procura dar significado ao mundo ao seu redor. E este mundo, apesar das dificuldades, costuma ser belo. Pequeno, mas povoado por pessoas amadas que, normalmente, estão lá com preocupações e cuidados.
Nessa fase, a idade dos pais não existe, apenas um amor recíproco.
Com a chegada da adolescência, o tempo ganha um novo significado. Os jovens passam a conhecer a pressa e o desejo de realizar sonhos, e o tempo parece não ajudar. Querem dinheiro, liberdade, construir – querem experimentar de tudo. É um período de atitudes rebeldes e desilusões constantes.
É engraçado quando me lembro de quando era um menino de 12 anos e o meu irmão tinha 17; costumava achar a diferença de idade imensa. Como eu disse, as percepções mudam com o tempo.
Reflexões Sobre o Tempo e a História Pessoal
Você já teve a impressão de que o tempo está passando muito mais rápido? Na era da informação e da tecnologia, estamos ocupados e distraídos demais, e isso faz com que percamos a noção do tempo.
Se você, há algum tempo, achava que de um Natal a outro era um intervalo imenso, lembre-se de que as coisas mudaram – ninguém tem mais tempo para uma boa contemplação. Mas, por que é importante tomar tempo para contemplar?
Eu poderia contar um pouco da minha história. Quando nasci, meu pai tinha apenas 31 anos e mais sete filhos. Bem naquele tempo, eles não perdiam tanto tempo! Ele casou-se em 1963 e, em vinte e um anos de vida, já havia presenciado eventos marcantes como:
O auge e o fim da Segunda Guerra Mundial,
As bombas de Hiroshima e Nagasaki,
O suicídio do presidente Getúlio Vargas em 1954,
A guerra da Coreia,
A derrota do Brasil na Copa de 1950 para o Uruguai no Maracanã,
Os dois títulos mundiais da Seleção em 1958 e 1962.
Localmente, meu pai viu o desastre do engavetamento entre os trens Alagoinhas e o Peri-Peri, viu seu pai abandonar a família, trabalhou na infância vendendo cocadas nos subúrbios, até ser admitido na RFFSA, conhecer minha mãe, casar-se e sustentar tanto a nova família quanto a da minha avó.
Milhares de coisas podem acontecer em um espaço curto de tempo! Ele tinha apenas 21 anos. Se pudéssemos listar tudo o que ele vivenciou ao longo dos seus 72 anos, a lista seria imensa. Infelizmente, sua história foi interrompida por um câncer agressivo.
Eu jamais havia pensado nisso durante a adolescência. Costumava olhar meu pai e não o via como um velho. Cabelos brancos, voz firme, ele reclamava e ria. Acreditava que pais não envelhecem!
Ressignificando o Tempo
Os tempos mudaram e o modo como o percebemos também. Hoje sou pai de uma menina de 15 anos, e toda geração de 15 anos quer a mesma liberdade e a experiência de tudo. Fiquei espantado (e confesso, um pouco triste) quando ela, num ato de rebeldia, disse:
– “Você, com essa cara, um velho de 50 anos, não é uma pessoa legal…”
Isso me fez parar para pensar no tempo.
Trabalhamos a vida inteira, estudamos, nos preocupamos e esquecemos que o tempo não parou enquanto tudo isso acontecia. O tempo não parou nos dias de sol abrasador ou durante as tempestades. O tempo não parou quando as pessoas que amávamos partiram – ele continuou, frio, mas cheio de histórias.
A conclusão é que precisamos ressignificar o tempo. Ele não é inimigo, mas um amigo que precisa ser contemplado e aproveitado. Não espere o amanhecer para abraçá-lo. Faça agora!
O amanhã é um rascunho, e haverá muito a ser preenchido se aproveitarmos o tempo. Em um breve espaço de tempo, o mundo estará aberto para aqueles que se derem um pouco de sorte – e souberem contemplar a vida. Aprendam a viver o tempo!
“Através da Lei Estadual nº 1026, de 14 de agosto de 1958, surge Iaçu, desmembrado de Santa Terezinha, elevando a categoria de município, projeto do deputado estadual José Medrado”. Vamos pra história:
A história de Iaçu remonta à época da colonização portuguesa no Brasil, com as terras sendo inicialmente concedidas a Estevão Baião Parente, em 1674. Após sua morte, as terras passaram por diversas sucessões de herdeiros, marcadas por vendas e arrematações, até que em 1831 foram adquiridas pelos Irmãos Januário. O povoado de Sitio Novo, mais tarde renomeado como Paraguaçu, começou a se desenvolver com a chegada dos trilhos da estrada de ferro em 1882, proporcionando progresso e atraindo novos moradores.
O desenvolvimento de Paraguaçu foi impulsionado pela estrada de ferro, que facilitou o transporte e o comércio na região, tornando-o um centro de atividade econômica. No entanto, apesar do crescimento, a região enfrentou desafios, como a prostituição infantil e a exploração sexual, especialmente através do eixo ferroviário. A cidade, predominantemente rural e pacata, hoje abriga uma população essencialmente rural e mantém sua conexão com o rio Paraguaçu, onde a pesca ainda é uma atividade importante.
Atualmente, Iaçu é uma cidade rural com uma população pacata, próxima a Itaberaba. Localizada às margens do rio Paraguaçu, a cidade ainda mantém atividades como a pesca de tucunarés. Sua economia é impulsionada pela produção de blocos de cerâmica e pela agropecuária, com destaque para culturas como mamona, abóbora, melancia e abacaxi. A cidade também possui pequenos empreendimentos agrícolas familiares, que produzem uma variedade de frutas e vegetais.
Além disso, desde os anos 80, a cidade conta com Hospital e maternidade, proporcionando serviços de saúde à comunidade local.
No campo cultural, a cidade de Iaçu dispõe de um belo repertório de artistas:
Foto extraída do Site Portal Férias
O principal incentivador no campo do desenvolvimento da comunicação do município é o Senhor Adalberto Guimarães. Na música, o cantor Téo Guedes. Nas artes Rosângela Aragão. Na poesia Manoel dos Santos, para citar apenas alguns.
O campo das artes é bem produtivo nesta cidade, novos artistas surgem diariamente. E sobre isso falaremos porteriormente.