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A indústria armamentista – um tema em debate

Soldados em Guerra. Aidna há muitas guerras em curso.

Imagem de Defence-Imagery por Pixabay

 

A paz em um mundo de conflitos

O conteúdo a seguir apresenta um resumo das pesquisas acerca das guerras e seus impactos na economia mundial e, sobretudo, na vida dos que sobrevivem.

Encorajamos os leitores a realizar uma investigação mais aprofundada utilizando os materiais e links mencionados.

O site Jeito de Ver (Jeitodever.com) defende aquilo que foi expresso nas palavras do pensador, que disse uma certa vez: “Não importam os motivos da guerra, a paz é mais importante que eles.” – John Lennon.


Guerras em andamento

“Além da Guerra na Ucrânia: 7 conflitos sangrentos que ocorrem hoje no mundo” – BBC News Brasil.

O século XX foi marcado por duas guerras mundiais. O site sohistoria.com.br lista as guerras e os respectivos anos – Guerras e Conflitos – Século XX – Só História.

O mesmo site lista os principais conflitos do século XXI – Guerras e Conflitos – Século XXI – Só História. Um desses conflitos, a Guerra do Iraque, foi justificada pela alegação de que o ditador iraquiano Saddam Hussein estava desenvolvendo armas de destruição em massa.

A Guerra do Iraque terminou, o ditador iraquiano foi executado, deixando para trás um legado de destruição, pobreza, ataques terroristas e um país vulnerável a radicais.

De acordo com alguns analistas, o governo dos EUA tinha outras intenções com a ocupação, pois não haviam armas de destruição em massa.

Segundo eles, foram criados vários acordos financeiros para assegurar o controle americano sobre as reservas de petróleo do país.

Mais de cinco anos após a invasão, o Iraque ainda enfrenta sérios problemas de infraestrutura que se agravaram após a guerra.” – História do Mundo.


Os impactos das guerras na humanidade

Ao analisar as guerras, nota-se que, segundo o Brasil Escola, os conflitos do século XX foram responsáveis pela morte de aproximadamente 95 milhões de pessoas globalmente.

A Primeira Guerra Mundial resultou em 15 a 20 milhões de mortes, enquanto a Segunda Guerra Mundial ocasionou 60 a 70 milhões de fatalidades.

Os números são insensíveis ao relatar os milhões que pereceram ou que ainda estão em perigo nos conflitos ao redor do mundo.

Eles não capturam o sofrimento das famílias que perderam entes queridos.

Contudo, permanece uma indagação: qual é o valor da vida de cada indivíduo sacrificado nas guerras? Quem realmente se beneficia com os conflitos?

Quem se beneficia com os conflitos

É intrigante observar que, atualmente, os fabricantes de armamentos estão intensamente comercializando armas ofensivas e defensivas para russos e ucranianos.

A potencial adesão da Ucrânia à OTAN foi vista como uma ameaça e um desafio pela Rússia, o que alguns consideram como a raiz do conflito atual.

“As razões deste conflito, se é que alguma justificativa é válida para uma morte, são detalhadas na seguinte matéria: A possível entrada da Ucrânia na OTAN, a crise na Crimeia e na região de Donbass são fundamentais para entender a guerra entre Rússia e Ucrânia, que começou em 2022.” – Brasil Escola.

“A indústria armamentista tem lucrado significativamente com a Guerra na Ucrânia, mais de um ano após a invasão russa, segundo reportagem da Folha de S.Paulo. As dez maiores empresas de armamentos e munições dos Estados Unidos e Europa registraram um aumento médio de 7,5% no último trimestre de 2022.” – Brasil 247.

Quando nações fornecem armamentos para países em conflito, raramente o fazem por motivos altruístas. É um fato que a maioria dos países investe mais em indústria bélica (defesa) do que em educação, saúde e combate à fome.

Esse preço…

Inúmeras guerras começaram e terminaram, mas deixaram como consequência pessoas com estresse pós-traumático, mutilações e um aumento nos casos de suicídios e homicídios.

Não existe um país vencedor! Somente a indústria armamentista se beneficia.


Um pouco mais de história (mantenha-se acordado!)

Durante a Guerra do Vietnã, um conflito entre socialistas e capitalistas, o governo do Vietnã do Norte expressou o desejo de reunificar o país e incentivou a Frente Nacionalista de Libertação do Vietnã do Sul.

Para decidir a unificação, um plebiscito estava previsto para 1956, com expectativas de vitória comunista. Contudo, em 1955, o primeiro-ministro Ngo Dinh Diem, com apoio dos EUA, realizou um golpe militar, desencadeando uma guerra civil.

Em 1959, forças do Vietnã do Norte atacaram uma base dos EUA no Vietnã do Sul, e em 1963, Diem foi assassinado.

Após o ataque, o presidente John Kennedy começou a enviar tropas americanas, apesar das hesitações dos EUA em se envolver após a Revolução Cubana.

Em 1964, um incidente forjado no Golfo de Tonkin pelo serviço secreto americano levou o presidente Lyndon Johnson a enviar 500.000 soldados para o Vietnã, mesmo sem aprovação do Congresso.

Em números:

  • Vítimas mortais:
    • 4 milhões de vietnamitas,
    • 2 milhões de cambojanos e laocianos,
    • mais de 60 mil soldados norte-americanos.
  • Calcula-se que 2 milhões de vietnamitas fugiram para outros países.
  • Nesta campanha, mais de 3 milhões de militares estadunidenses serviram no Vietnã. Estima-se que a ação militar custou mais de 123 bilhões de dólares, entre custos da guerra e investimentos no Vietnã do Sul – Toda Matéria.

A Guerra do Vietnã recebeu ampla cobertura dos meios de comunicação, que divulgaram mundialmente barbaridades como ataques com agentes químicos, encarceramento em campos de concentração e o massacre indiscriminado de civis.

Nos Estados Unidos, o retorno de soldados mutilados e traumatizados intensificava a percepção negativa da opinião pública sobre o conflito. Manifestações pacifistas tomaram as ruas dos EUA e de outros lugares do mundo, pressionando pelo fim dos conflitos e pela retirada das tropas.

A Guerra e o “Filho de Sorte”

Vietnam. Crianças correm de bombardeio.

Nick Ut World Photography Day

Nos Estados Unidos, o retorno de soldados mutilados e traumatizados intensificava ainda mais a percepção negativa da opinião pública sobre o conflito.

Assim, as manifestações pacifistas tomaram as ruas dos EUA e de outros lugares do mundo. Com protestos, multidões pressionavam pelo fim dos conflitos e pela retirada das tropas. – Guerra do Vietnã: resumo, motivos e participantes (Toda Matéria).

Neste contexto, em 1968, John Fogerty, da banda Creedence Clearwater Revival, compôs uma obra-prima do rock ‘n’ roll em apenas 20 minutos: a canção “Fortunate Son” (Filho de Sorte, em tradução livre). A música critica como alguns nascidos em situações privilegiadas, filhos de políticos e pessoas influentes, não precisam enfrentar os horrores da guerra.

“Era 1968, no auge da Guerra do Vietnã. Movido por sentimentos de raiva e indignação, surgiu um movimento: o movimento hippie.

Jovens criticavam o governo e as políticas que os forçavam a lutar em uma guerra que não era pelo seu próprio país. A música ‘Fortunate Son’ nasceu nesse contexto.”

John Fogerty estava furioso por ser obrigado a se alistar na guerra, enquanto aqueles que a promoviam não enfrentariam o mesmo destino. C

omposta em 20 minutos e parte do álbum Willy and the Poor Boys (1969), Fortunate Son é considerada uma das maiores músicas do movimento anti-guerra. – Monomaníacos.

Sim, os filhos desafortunados recebem no peito uma medalha, quando não uma bala ou uma placa hipócrita de elogios à sua bravura.

Leia também:

E esquecemos as Guerras … ‣ Jeito de ver

 

Entendendo o fanatismo – um tema em debate

A mídia alimenta o fanatismo. Há um trabalho de propaganda, empresários investem muito dinheiro na preparação imagem pública do cantor.

Imagem de Pexels por Pixabay

 

 

O artigo a seguir aborda de maneira superficial o fenômeno da idolatria a determinados artistas. Os artigos relacionados adicionam profundidade e estão disponíveis para consulta para ampliar o conhecimento. O site Jeito de Ver faz essa recomendação.

 

Um grupo de K-POP tinha um show agendado para o dia 25 de maio de 2018, no Allianz Park. Não era o BTS (o grupo mais famoso do estilo), mas os fãs aguardavam ansiosamente a apresentação, com uma antecedência razoável de 90 dias, acampando nas cercanias do local. Os repórteres talvez se perguntassem: “De onde vem esse povo? Onde vivem? Do que se alimentam? Tomam banho?” – O fato é que os fãs não medem esforços para estar perto dos seus ídolos.

Curioso é que, frequentemente, a histeria não vem da música em si, mas do efeito manada, onde o importante é seguir a tendência. Muitos jovens buscam fazer parte de um grupo para evitar se sentirem excluídos ou diferentes.

É sabido que muitas fãs dos Beatles – e olha que eles tinham belas músicas – costumavam ir aos shows apenas para ver os meninos de Liverpool e ter o prazer de se descabelar, espernear – e, se desse tempo, desmaiar um pouquinho – pois ninguém é de ferro!

Durante o célebre concerto no Shea Stadium em 1965, os membros da banda relataram que a histeria foi tão intensa que não conseguiam ouvir-se no palco. Esse foi o primeiro concerto de rock and roll realizado em um estádio ao ar livre.

Contudo, aguardar por um grupo durante tanto tempo para, talvez, obter um minuto de atenção ou desabafar emoções reprimidas durante a breve apresentação do grupo – não é a maior excentricidade de um fã.

Por exemplo, um admirador tatuou a imagem e o nome de sua artista predileta em seu corpo.

Outro fã invadiu o apartamento de sua cantora preferida, que por sorte não se encontrava em casa.

Em 2023, milhares de fãs reuniram-se em condições quase insalubres para um concerto da mesma cantora. O calor extremo, a comoção e a proibição de levar água própria contribuíram (ou resultaram) em uma parada cardiorrespiratória em uma das fãs, que faleceu durante o espetáculo.

No mesmo evento, jovens submeteram-se à humilhação de usar fraldas geriátricas para manterem-se em suas posições diante do palco.

CONSEQUÊNCIAS PIORES

Infelizmente, o amor de um fã pode tornar-se doentio, e o sentimento de posse o leva a fazer mais do que as loucuras mencionadas acima. Alguns chegaram a matar seus ídolos.

O ex-beatle John Lennon foi assassinado no dia 8 de dezembro de 1980, aos 40 anos, quando voltava para o seu apartamento, no edifício Dakota, em Nova York. O assassino, Mark David Chapman, era fã dos Beatles e atirou cinco vezes pelas costas com um revólver calibre 38. Quatro tiros acertaram Lennon, que morreu no hospital. O assassino ficou no local segurando o livro ‘O Apanhador no Campo de Centeio’, de J. D. Salinger. O assassino foi preso e condenado à prisão perpétua, onde está até hoje

O QUE LEVA ALGUÉM AO FANATISMO?

Inicialmente, existe um esforço de marketing; empresários despendem grandes somas em dinheiro para moldar a imagem pública de um cantor, que será exibido em diversos programas, recebendo elogios de apresentadores (que são pagos para isso!) e terá o investimento em sua imagem recompensado assim que o público aderir à ideia promovida.

Quanto mais um artista é visto em programas de televisão ou vídeos patrocinados em plataformas digitais, mais as pessoas se habituam à sua presença, tornando-o parte do inconsciente coletivo.

Um segundo aspecto é abordado no site A Mente Maravilhosa; um artigo notável afirma:

“Os ídolos simbolizam tudo aquilo que se deseja ser ou possuir. Assim, o fenômeno do fã é mais frequente entre adolescentes, que estão em fase de construção de identidade e em busca de referências para tal. Com essa identificação, surge também um processo de empatia.”

A palavra ‘fã’ origina-se de ‘fanatismo’, do latim ‘fanaticus’, que denota devoção ou fanatismo.

“Segundo a psicóloga Celise, tanto o amor quanto a idolatria podem caracterizar o sentimento de um fã. A diferença reside na maneira como essa admiração é vivenciada. É comum que as pessoas elejam modelos a seguir, não só na música, mas também entre escritores, atores ou, conforme menciona Celise, youtubers.”

O entusiasmo de um fã pode, ocasionalmente, ofuscar sua percepção sobre a qualidade musical do artista.

Portanto, um dos primeiros passos na carreira é angariar fãs.

Muitos artistas, após se estabelecerem e acumularem riquezas, começam a desvalorizar seus fãs.

Eles são como as pedras que pavimentam o caminho para o sucesso e fortuna dos artistas, que frequentemente simulam apreciar a devoção de seus seguidores.

Esse princípio também se aplica aos fãs de certos influenciadores, que não oferecem conteúdo substancial, apenas imagens, corpos e vozes fabricadas.

Contudo, devido à falta de amor, autoestima e ao desejo de pertencer a um grupo, muitos vivem um amor platônico eterno por imagens idealizadas.

Leia também Depressão – como ajudar? (Informativo) ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

 

 

 

 

“Notícias na Era Digital (Viés e informação)

Nesta era digital, a leitura de jornais está quase extinta.

Imagem de fancycrave1 por Pixabay

Informativo

“Quem lê tanta notícia?” Caetano Veloso questionava enquanto admirava a página do jornal O Sol, exposta nas bancas de revista, e talvez se desencorajasse com o calor do sol e as inúmeras novidades daqueles tempos turbulentos – trecho da canção “Alegria, Alegria”, 1968.

É fato que, na era digital, o hábito de ler jornais impressos está em declínio. As notícias são condensadas em portais online, comentários de entusiastas e analistas, e frequentemente distorcidas em aplicativos de redes sociais e outras mídias. Atualmente, reconhecemos que reportagens e documentários são moldados pelas motivações e afinidades dos jornalistas, editoras ou redes de televisão.

Por exemplo, durante a pandemia da Covid-19 no Brasil, quando mais de 700.000 pessoas faleceram, muitas emissoras evitaram mostrar a seriedade da situação exacerbada pela inércia do governo da época. Em outros momentos, omitiram a gravidade das acusações de corrupção na aquisição de vacinas, evidenciadas na CPI da COVID, enquanto algumas tratavam com leviandade as imitações do presidente sobre as pessoas que morriam pela falta de oxigênio.

Anteriormente, certas emissoras apoiaram a operação Lava Jato como se fosse a bastião da moralidade e justiça.

Quando os áudios do “Vaza Jato” vieram à tona, revelando as bases instáveis de um projeto político disfarçado de operação judicial, muitos ficaram chocados. No entanto, parte da imprensa expressou mais horror com os hackers que expuseram o lawfare por trás da Lava Jato do que com a conduta do juiz que, conspirando com procuradores, promotores e possivelmente políticos, buscou eliminar seus adversários políticos – afastando o principal oponente do presidente eleito e posteriormente tornando-se Ministro da Justiça.

“O que lawfare significa?

“O termo se refere à junção da palavra law (lei) e o vocábulo warfare (guerra), e, em tradução literal, significa guerra jurídica. Podemos entender lawfare da seguinte maneira: uso ou manipulação das leis como um instrumento de combate a um oponente desrespeitando os procedimentos legais e os direitos do indivíduo que se pretende eliminar.

“Em termos ainda mais gerais pode ser entendido como o uso das leis como uma arma para alcançar uma finalidade político social, essa que normalmente não seria alcançada se não pelo uso do lawfare”.( Fonte:  -Lawfare: o que esse termo significa? | Politize!)

Um grupo de jornalistas enfrentou os desafios de expor as falhas por trás da lava-jato, que se mostrava projeto de governo, um sistema enaltecido pela mídia e celebrado na série “Polícia Federal, a lei é para todos”.

Eles revelaram como um juiz questionável se tornou a “nova sensação no combate à corrupção”, mostrando como os eventos se alinhavam com os planos dos Juízes e Procuradores da Lava-Jato, conforme evidenciado nos prints das conversas no Telegram. – Que perspicácia a deles!

Conversas interceptadas dos promotores na operação destacaram que interesses pessoais prevaleciam sobre o senso de justiça. Os promotores e o juiz envolvidos geravam factoides para influenciar a opinião pública.

Os canais de TV, ansiosos por atender seus objetivos comerciais, transmitiam as informações distorcidas dos juízes sem realizar a devida verificação dos fatos. A checagem de fatos era completamente negligenciada!

Mesmo diante de evidências, a maior parte da mídia persistia em promover uma narrativa que atenuava a falta de ética envolvida na operação.

Com isso, muitos cidadãos começaram a questionar a confiabilidade dos noticiários televisivos.

Observe abaixo, outro ponto que muitas vezes  não é noticiado corretamente:

 

Onde está o maior prejuízo financeiro no Brasil?

Bem, “a economia brasileira perde com a corrupção, todos os anos, algo em torno de 3 a 5% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso equivale anualmente, em média, a cerca de R$ 76 bilhões, considerando os dados do IBGE em 2005 que apontaram um PIB no país da ordem de um trilhão, novecentos e trinta e sete bilhões de reais”. -tcu.gov.br. Sites mais recentes mostram que este valor oscila entre 7o e 200 bilhões de Reais.

Mas, quanto perde a nação com a sonegação de impostos? O site conteudojuridico.com.br responde: “O Brasil perdeu R$ 417 bi por ano com sonegação de impostos, segundo o estudo do IBPT, a pesquisa mostra que R$ 2,33 trilhões não são declarados ” (30/11/2022).

 

No final das contas, o País perde mais com sonegação que com corrupção.

 

Ambas são desonestas.

Mas por que tal fato não é noticiado? Quem são os maiores sonegadores?

É essencial que o leitor, ao receber uma notícia, lembre-se de que, frequentemente, ela serve aos interesses de empresários e patrocinadores que preferem não ser taxados, pois se consideram superiores àqueles que trabalham, não ganham salários altos e se preocupam em declarar o Imposto de Renda anualmente.

Portanto, sempre questione e busque entender as notícias!

As notícias devem ser claras; insinuações têm o objetivo de gerar dúvidas.

Quando se trata de clareza, se as notícias divulgadas por jornais tradicionais devem ser examinadas, as notícias sensacionalistas divulgadas pelo WhatsApp devem ser ainda mais questionadas e não repassadas.

Por exemplo, durante o período eleitoral de 2018, notícias extremamente falsas foram disseminadas com o intuito de prejudicar um determinado candidato. Alegavam que um certo partido introduziria nas creches mamadeiras com bicos em formato fálico e que haveria um “kit gay” e uma ameaça comunista – a mesma que foi propagada na década de 1960 pelos EUA, durante a Guerra Fria, para influenciar países politicamente mais frágeis.

Milhões de pessoas mal informadas e não dispostas a pesquisar um pouco de história aderiram à ideia e criaram correntes para espalhar MENTIRAS (fake news) pelo WhatsApp. Nessa brincadeira suja e injusta, até grupos supostamente religiosos se envolveram, prestando um serviço ao pai da mentira – divulgando MENTIRAS.

Uma regulamentação que responsabilizasse os meios de comunicação pela divulgação de MENTIRAS (fake news) não eliminaria completamente tais notícias, mas reduziria significativamente o dano causado por essas divulgações.

Lembre-se sempre: quando uma notícia falsa e chocante é divulgada, ela alcança um público muito maior do que a notícia verdadeira ou o pedido de retratação posterior.!

 

Pesquise:

Unit – noticias/quais-os-impactos-da-sonegac…

Brasil perde R$ 417 bi por ano com sonegação de impostos, diz estudo | Agência Brasil (ebc.com.br)

Sonegação fiscal supera em muito os valores da corrupção pública – SEDEP

 

Leia mais  Notícias de Guerras – o jogo da informação ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

 

O oitavo dia (Um dia terrível! )

A destruição e a tentativa de golpe de 8 de Janeiro de 2023. O que se via era cidadãos de bem dispostos a destruir tudo o que vissem pela frente…

Imagem de wendy CORNIQUET por Pixabay

Tive um sonho ruim…

Os policiais olhavam perplexos…
Não havia nenhum trabalhador protestando contra a reforma da previdência,
como atirar?

Não havia professores a pedir melhoras salariais
e um tratamento digno,
o que fazer?

Não havia alunos protestando contra a farinata,
a ração para alunos…
como usar a força necessária?

Não havia ninguém pedindo reforma agrária,
nem Herzogs, Jobins,
ou estudantes de medicina lutando por liberdade e dignidade.

Então, como agir?

O que se via era cidadãos de bem
dispostos a destruir tudo o que vissem pela frente…
Tudo o que, a duras penas,
fora construído com luta e impostos.

Dispostos a rasgar leis,
destruir obras de arte
e até mesmo roubar portas.

Eram cidadãos de bem,
desrespeitando aquilo que os humanos civilizados
lutaram por um dia, de 21 anos.

Poucos policiais tentaram cumprir suas missões,
mas foram derrubados de suas montarias
e talvez espancados.
E os outros, o que poderiam fazer,
se eram homens de bem?

E o exército levantou sua voz:
“Não serão presos, são pessoas de bem!”

E no oitavo dia,
passei a temer as pessoas de bem.

Então, assustado, acordei!

Publicado originalmente no blog nojeitodever.
Oitavo dia… – Jeito de ver (wordpress.com)

Depressão – como ajudar? (Informativo)

A depressão. Como a Depressão Afeta as Pessoas? Como podemos ajudar?

Imagem de Anemone123 por Pixabay

Contrário ao que muitos ainda podem pensar, a depressão não é uma fraqueza pessoal, mas sim uma doença.

Considerada o mal do século, essa enfermidade afeta cerca de 350 milhões de pessoas em todo o mundo, causando impactos significativos nas atividades diárias daqueles que a enfrentam (Fonte: Depressão: saiba mais sobre o mal do século XXI (apsen.com.br)).

Como a Depressão Afeta as Pessoas?

O transtorno depressivo maior pode impactar a vida em diversos aspectos. Os sintomas podem variar, incluindo ansiedade, apatia, desesperança, perda de interesse ou prazer em atividades, falta de concentração, solidão, tristeza, entre outros. Vale ressaltar que a presença de alguns desses sintomas não necessariamente indica a presença da depressão. Um diagnóstico médico é fundamental.

Sintomas e Prejuízos Associados à Depressão

Os prejuízos associados à doença estão intimamente ligados à presença dos sintomas depressivos. Esses sintomas podem afetar diretamente a forma como o indivíduo se relaciona com os outros, fragilizando seus vínculos sociais e comprometendo o engajamento em tarefas essenciais do dia a dia. Isso pode levar a hábitos de vida menos saudáveis, aumentando a vulnerabilidade a outras doenças (Fonte: Depressão: saiba mais sobre o mal do século XXI (apsen.com.br)).

Como Lidar com a Depressão

É crucial compreender que a depressão é uma doença e, portanto, deve ser tratada como tal. Ao lidar com pessoas deprimidas, evitar comentários superficiais e oferecer suporte real é essencial. (Fonte: medley.com.br)

  1. Ouvir e Acolher: Prestar atenção ao que a pessoa tem a dizer, sem desmerecer sua condição, é fundamental. Oferecer suporte com empatia e sem julgamentos é uma das melhores formas de ajudar.
  2. Buscar Ajuda Profissional: Estimular a procura por um profissional de saúde é crucial. Acompanhar e oferecer suporte nesse processo pode ser um passo importante.
  3. Desencorajar o Uso de Álcool e Drogas: Evitar estimular o consumo de substâncias que podem agravar o quadro depressivo.
  4. Incentivar a Atividade Física: A prática de exercícios físicos pode auxiliar no tratamento da depressão, melhorando o humor e a qualidade de vida.
  5. Promover a Socialização: Estimular a pessoa em tratamento a socializar-se gradualmente, apoiando-a nesse processo.
  6. Reforçar a Importância do Tratamento: Transmitir que a depressão é tratável, mesmo que inicialmente pareça desafiadora.
  7. Não Ignorar Comentários Suicidas: Levar a sério e encorajar a busca por ajuda profissional imediata diante de quaisquer indícios de pensamentos suicidas.

A depressão não é uma fraqueza nem “vitimismo”. Trata-se de uma doença séria que requer cuidados especializados (Fonte: Jeito de Ver).

É altamente recomendável a leitura completa dos artigos citados nos links fornecidos. Essas fontes oferecem informações detalhadas e cruciais sobre a depressão, uma doença que merece ser compreendida e tratada com seriedade.

Críticas -O que Elas Revelam Sobre Nós Mesmos

Críticas...quando criticamos, estamos revelando mais sobre nós mesmos do que fornecendo informações sobre os outros.

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Gilson Cruz

É comum ouvirmos a expressão “músicos frustrados se tornam críticos tacanhos”, assim como “pessoas não criativas encontram refúgio mental em procurar defeitos na obra de outros”.

Embora essas frases nem sempre se provem verdadeiras, o fato é que muitas pessoas não conseguem viver sem criticar.

Mas, o que pode estar por trás disso?

Às vezes, as críticas surgem apenas para que a pessoa se sinta melhor, superior.

Sim, é uma questão de orgulho.

O site MinhaVida.com.br, na matéria “Criticar demais os outros: orgulho elevado ou falta de confiança disfarçada? – Minha Vida”, aborda o problema por trás desse comportamento.

Devido à sociedade extremamente competitiva em que vivemos, uma pessoa pode ser insegura, carente de atenção ou mesmo orgulhosa. Como destaca o psicanalista Freud em sua teoria, “Quando Pedro me fala de Paulo, sei mais de Pedro do que de Paulo”, ou seja, quando falamos de alguém, estamos na verdade falando de nós mesmos, através de um mecanismo psicológico chamado projeção.

Esse mecanismo tem esse nome porque projetamos no outro conteúdos que são nossos, colocamos no outro frases, emoções ou comportamentos que estão dentro de nós. Quando você diz que sua amiga vai ficar nervosa porque você vai chegar 5 minutos atrasada, pode revelar, na verdade, um comportamento seu de se irritar com atrasos.

Projetamos no outro aquilo que somos.

Assim, quando criticamos, estamos revelando mais sobre nós mesmos do que fornecendo informações sobre os outros.

O mesmo artigo lembra que falar mal dos outros é, na verdade, uma forma de se machucar.

Portanto, por que se machucar? Que tal aprender a conviver com os diferentes gostos e estilos de ser e viver?

Aproveite o talento dos outros, reconheça os seus próprios talentos e sinta-se feliz ao perceber que cada um carrega consigo suas próprias virtudes e falhas. Nos completaremos ao unir nossos dons.

Aproveite a vida.

O Jeito de Ver recomenda a leitura do conteúdo nos links.

Citações e pesquisas: Criticar demais os outros: orgulho elevado ou falta de confiança disfarçada? – Minha Vida

 

A População Carcerária no Brasil

Um problema crescente

A população carcerária do Brasil atinge cerca de 900 mil pessoas, ultrapassando a população de muitos municípios no país (https://carceraria.org.br).

Uma parcela significativa está detida por crimes considerados leves.

Por exemplo, no município de Iaçu, estado da Bahia, um senhor desesperado com a fome dos filhos invadiu um pequeno mercado e roubou uma lata de leite. Por esse ato, ele passou mais de um ano preso.

Sim, roubar é crime.

Enquanto pessoas cometem crimes de pequeno porte, muitas vezes por fome e desespero, pagam seus pecados em longas penas.

Aqueles que cometem crimes BEM MAIORES, por vezes, conseguem pagar fiança e desfrutar de liberdade com valores obtidos por meios ilegais.

Surgem perguntas…

Mas, o que justificaria manter alguém em cárcere por tanto tempo?

Quantos se encontram em situação semelhante?

Que pena poderia ser aplicada para ajudar a pessoa sem prejudicar aqueles que foram lesados?

O atual sistema parece justo?

A reação de muitos…

Alguns inflamados, com um típico falso senso de justiça, poderiam responder: “Tem que ser preso mesmo! Ninguém mandou roubar!”

Por exemplo, ao testemunhar o desespero de uma mãe que tentava roubar uma lata de leite para seu filho recém-nascido, um senhor tentou negociar com o dono do mercado o valor do produto subtraído, oferecendo-se para pagar pelo produto em troca da liberdade da jovem mãe.

O gerente, no seu desejo de justiça, não aceitou a proposta, pois “lugar de ladrão é na cadeia”.

Muitos falsos moralistas cobram justiça enquanto em suas vidas privadas sonegam impostos, traficam drogas e até planejam outros crimes de maior porte.

O problema da corrupção

Quantos juízes e políticos, que dizem combater a corrupção, são flagrados se corrompendo? Como exemplo: Nicolau dos Santos Neto – Wikipédia, a enciclopédia livre (https://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolau_dos_Santos_Neto).

Observe o trecho abaixo, extraído do site Carceraria.org.br:

“Segundo o 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que reflete dados de 2018 e 2019, o percentual de pessoas negras (pretas e pardas) no sistema prisional brasileiro é de 66,7%. Não é de hoje que se fala em seletividade penal. Não é de hoje que se vê casos em que ela opera.

“Genivaldo, morto pela polícia rodoviária de Sergipe asfixiado em uma câmara de gás improvisada no camburão, foi abordado porque estava dirigindo sem capacete. O presidente Jair Bolsonaro, nas motociatas realizadas com o aparato financeiro do Estado, era frequentemente fotografado sem o uso do equipamento de proteção ou usando capacetes inadequados.

O Anuário, ao analisar os números, faz o paralelo entre as pessoas que são encarceradas e aquelas que são mortas (pelo Estado ou em situações particulares): “Historicamente, a população prisional do país segue um perfil muito semelhante aos das vítimas de homicídios. Em geral, são homens jovens, negros e com baixa escolaridade” (https://carceraria.org.br).

Conclusão e alternativas

É lamentável observar que a venda nos olhos da justiça tem sido usada para que não se veja a injustiça. Os dados escancaram a diferença na aplicação da justiça entre as raças.

Mas, o que poderia ser feito para reduzir a população carcerária e pelo menos atenuar tal injustiça?

As penitenciárias têm servido ao longo do tempo como depósitos para pessoas indesejáveis ao convívio em sociedade. Por muitos anos, não houve interesse na ressocialização dos detentos.

É verdade que pessoas más existem, SIM, EXISTEM EM TODAS AS ESFERAS!

Uma mudança na aplicação da lei, por exemplo: alguém acusado de roubo ou fraude poderia receber como pena devolver o dinheiro acrescido de juros ou trabalhar para pagar o prejuízo causado.

E que essa mudança fosse aplicada a todos, sem distinção!

Deste modo, haveria justiça e proporcionalidade, pois o valor de restituição seria equivalente ao prejuízo causado.

Mas, como fazer isso?

Em casos de roubo, desvios de dinheiro e crimes semelhantes, a proporcionalidade da pena e a criação de meios para que haja a restituição à vítima seriam uma boa solução.

Daí o tema: O que você sugere?

Pense e envie sugestões.

Informativo

 

Veja mais em  Crimes e responsabilidades na tragédia no RS ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

 

Personalização X números: O Valor de um Nome

Os nomes ganham um significado maior com o tempo.

Imagem de Daniela Dimitrova por Pixabay

“O que há em um nome? Aquilo a que chamamos rosa, com qualquer outro nome, teria igual perfume.”
Romeu e Julieta – William Shakespeare

Por Que Seu Nome Importa: Uma Viagem pela Identidade Humana

Qual é o seu nome? O que ele significa para você?

Talvez você nunca tenha pensado sobre isso, mas já se sentiu estranho ao ser chamado por um nome diferente? Quando somos crianças, isso pode não significar muito, mas conforme crescemos, ganha um novo significado.

Geralmente, não somos nós que escolhemos nossos nomes.

Nossos pais raramente consideram os significados; eles geralmente buscam uma sonoridade agradável ou desejam homenagear parentes ou celebridades.

Com o tempo, nossos nomes adquirem sentido.

Conforme adicionamos e integramos novas experiências à nossa vida, nosso nome começa a se associar de alguma forma à nossa personalidade.

“Um bom nome é melhor que um bom óleo, e o dia da morte é melhor do que o dia do nascimento.” – Eclesiastes 7:1, Bíblia Sagrada

É ao final da história que se reconhece o valor e a importância de um nome. Muitos se notabilizaram em campos significativos como cultura, arte e conquistas, enquanto outros deixaram marcas indesejáveis para aqueles que herdaram seus nomes.

Nesse contexto, o nome simboliza o resultado ou o resumo (legado) do que foi edificado através da história.

“O nome é o símbolo da coisa, o que dá substância à nossa identidade.” -(Frase atribuída a)  Ralph Waldo Emerson

Quando nascemos, o nosso nome pode ser apenas um mero rótulo, e à medida que crescemos, as experiências e as ações acrescentam-lhe as definições.

A lembrança de nosso nome será correspondente àquilo que fizemos ao longo da vida.

Nomes mais comuns

De acordo com o Censo de 2010, realizado pelo IBGE, a população brasileira atingia, na época, 200 milhões de habitantes, com mais de 130 mil nomes diferentes. Naquele momento, 1.326 indivíduos com o nome Vanessa se declararam do sexo masculino e 417.512 com o mesmo nome se declararam do sexo feminino.

Os nomes mais comuns, na época, foram José (5.754.529), Maria (11.734.129), Ana (3.089.001), João (2.984.119) e Antonio (2.576.348). A lista é imensa, mas pense em cada pessoa por trás desses nomes como sendo alguém com uma história pra contar! Consegue imaginar nessa perspectiva?

Isso mesmo, os nomes carregam em si grande importância.

Vamos mais adiante.

Nomes e Números: Quando a Identidade é Silenciada

Trocar o nome de alguém era um método de dominação.

Na antiga Babilônia, era comum dar nomes aos cativos de outras nações. Um exemplo bíblico: os jovens Daniel, Hananias, Misael e Azarias receberam os nomes babilônicos Beltessazar, Sadraque, Mesaque e Abednego.

O objetivo era justamente integrá-los à cultura e aos hábitos babilônicos. Ao mudar seus nomes e educá-los na língua local, o rei Nabucodonosor buscava não apenas assimilá-los culturalmente, mas também fazê-los abandonar suas identidades e tradições judaicas, promovendo lealdade à Babilônia e à sua religião.

Substituir nomes por números: método para despersonalizar as pessoas.

Durante a pandemia de COVID-19 (2019-2021), cerca de 600 mil pessoas morreram no Brasil (cerca de 15 milhões no mundo).

Os números frios das estatísticas não eram capazes de descrever a dor e o sofrimento das pessoas que perdiam seus entes queridos, enquanto alguns membros do governo brasileiro desencorajavam o uso de máscaras e a vacinação.

O uso de números para despersonalizar era também uma estratégia do nazismo.

A maioria das vítimas eram judeus, identificados por números tatuados em seus braços. Essa prática negava-lhes a sua identidade pessoal, reduzindo-os a uma sequência numérica, eliminando seus nomes, suas histórias e suas individualidades.

Além disso, marcar os prisioneiros desta forma simbolizava o controle total dos nazistas sobre suas vítimas, reduzindo-as a objetos ou estatísticas, em vez de seres humanos.

Com esses detalhes, como entender a seguinte notícia? “Um ano do genocídio em Gaza: bombas de Israel já mataram mais de 52 mil palestinos.” (A verdade.org)

O número frio das estatísticas despersonaliza as vítimas e suas histórias.

Muitas pessoas podem ter um nome “igualzinho ao seu”, é verdade. Mas, não se esqueça: você é quem dará um novo significado ao seu nome.

Sim, é importante pensar no nome que se leva, mas é ainda mais importante pensar no nome que se faz.

“Alguns nomes podem ser armadilhas para a identidade, enquanto outros revelam profundidades que nem mesmo os donos compreendem.”

-Autor não encontrado*

Conclusão:

O nome de uma pessoa é mais do que uma mera combinação de letras; ele é a soma de histórias, significados e experiências que constroem a nossa identidade.

No início, somos apenas mais um na multidão de nomes e números, mas, com o passar do tempo, cabe a nós dar vida e significado ao nome que carregamos.

É pelas nossas ações, conquistas e pelo legado que deixamos que nosso nome se destaca e faz a diferença. Afinal, como a citação acima sugere, alguns nomes escondem profundezas que nem seus donos compreendem.

No final, o que realmente importa não é apenas o nome que recebemos, mas o nome que fazemos e as histórias que criamos com ele.

Leia também  A soma dos dois (o abraço dos números) ‣ Jeito de ver

Lista de prenomes mais comuns no Brasil – Wikipédia, a enciclopédia livre

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*A citação acima se assemelha às citações de Mia Couto, escritor moçambicano.

O problema são esses cachorros…

Imagem de Dorota Kudyba por Pixabay

As ruas estão cheias de cachorros!

Me surpreende que, em um desses dias, encontrei uma gangue composta de mais de 12 cães andando pelas ruas, aterrorizando as latas de lixo indefesas, em busca de alimento!

Passaram por mim e nem me deram bola… seguiram determinados em seus caminhos!

Passei a me lembrar de uma dessas histórias que acontecem e mudam as nossas vidas…

Precisamente, no dia 19 de fevereiro de 2019, enquanto trabalhava em um bairro distante, encontrei uma cachorrinha, SRD, deitada junto ao meio-fio.

Ela estava desnutrida, frágil, cheia de pulgas, carrapatos e verminoses – não conseguia levantar de tão fraca que estava!

Pedi um pano a um vizinho, envolvi-a com delicadeza para não machucá-la e a levei para casa. Minha filha, então com dez anos de idade, deu-lhe o nome de Jennya.

Uma sobrinha experiente em cuidados com animais retirou pacientemente os carrapatos e deu-lhe um banho para eliminar as pulgas.

As perninhas fracas, a falta de vontade de se alimentar e o diagnóstico da veterinária: “Ela está praticamente sem sangue!”

Além dos remédios e alimentação, aquela criaturinha exigia bastante tempo!

E enquanto era pequenina, ao recuperar as energias, corria atrás da bola pela casa, escondia meus sapatos e me observava enquanto eu escrevia textos no velho computador.

Criaturinhas pequenas costumam ser lindas e despertam em nós aquele amor por um ser tão ingênuo e desajeitado!

Mas, bichinhos crescem e desenvolvem traços de personalidade! E costumam exigir atenção!

Mas, por quê? Cachorrinhos amam incondicionalmente!

Eu não entendia e, depois de um certo tempo, pensei em doá-la para quem tivesse melhores condições de cuidar da jovem Jennya!

A casa bagunçada, os pulos quando eu retornava do trabalho… não pareciam ter a mesma graça!

Até que um de meus irmãos me explicou o quanto os cachorros ficam tristes quando perdem o seu lar.

Sim, cachorrinhos têm sentimentos!

Demovido da ideia de doá-la, passei a entender o quanto ela gostava de estar em nossa companhia e voltei a achar engraçado que, muitas vezes, ela só queria um afago na cabecinha.

E aqueles cães, nas ruas, procuravam alimento durante o dia e, nas noites da cidade, dormiam em cantos improvisados para se esconderem do frio e da chuva! Alguns deles se recusavam a aceitar afagos, pois a rejeição traumatiza até os cachorros…

Eles não nasceram grandes e receberam cuidados até uma certa idade, mas aos olhos de seus antigos donos todo pet é lindo enquanto pequeno e descartável quando adulto…

Posso atestar esta informação numa experiência que vivi na semana passada, quando um lindo cachorro abraçou minhas pernas e se recusou a me deixar caminhar.

O medo do desconhecido, o fato de estar perdido, o desespero de experienciar a solidão e o isolamento pela primeira vez. – Sim, aquele cachorro tinha acabado de ser abandonado!

Cachorrinhos não costumam viver muito, raças pequenas podem chegar a 13 anos e raças maiores a 12 anos – pouco se comparado aos seres humanos!

A alegria na presença de um dono tem a mesma intensidade da dor do abandono!

Aquela gangue de cachorros que encontro todos os dias vagando nas ruas não é o problema, ela na verdade expõe o verdadeiro problema: As pessoas não se sentem responsáveis por seus animais de estimação.

O verdadeiro problema: As pessoas não se sentem responsáveis por seus animais de estimação.

Para essas pessoas abandoná-los não é um problema!

Não importa se um dia acreditou amá-los, se sorriu com as travessuras daqueles pequenos – todos são descartáveis!

E enquanto olho com tristeza os muitos animais nas ruas, caminho por instantes, sem sentido, sabendo que, quando se abrirem os portões da minha casa, virá correndo em minha direção a mesma Jennya.

Nessa rotina ininterrupta dos últimos cinco anos.

Veja também: Cachorros abandonados – o que fazer? ‣ Jeito de ver

Show aberto ao público – Nada é de graça!

Imagem de Pexels por Pixabay

Os alto-falantes anunciam o evento: um cantor famoso realizará um concerto na pequena cidade.

Os moradores, carentes de investimentos em esportes, saneamento e educação, ficam entusiasmados com o carisma do cantor.

Refletindo, me pergunto: se cada habitante recebesse o dinheiro que a prefeitura gastou no show, eles comprariam ingressos para assisti-lo? Confesso que não tenho certeza.

Contudo, as prefeituras no Brasil frequentemente recorrem a este expediente, e a população, que não recebeu educação para pensar criticamente, aplaude o “favor”.

Após serem atraídas pela fantasia, as pessoas retornam ao mundo real, repleto de desafios, enquanto aguardam ansiosamente pelo próximo momento de escapismo.

ANALISANDO GASTOS

Em ano eleitoral, prefeitos na Bahia aumentaram significativamente os gastos com a contratação de artistas para os festejos juninos de 2024, totalizando R$ 364 milhões para 3.356 apresentações, com um custo médio de R$ 108 mil por show, mais que o dobro do registrado em 2023.

No ano passado, 210 municípios gastaram R$ 153 milhões para 3.138 shows, com um custo médio de R$ 48,7 mil cada.

Esses dados, provenientes do Painel da Transparência dos Festejos Juninos do Ministério Público do Estado da Bahia, refletem a preocupação com a transparência nas contas públicas, embora 328 dos 417 municípios baianos tenham reportado suas despesas.

GASTOS EXTRAORDINÁRIOS

Um dos casos mais emblemáticos foi o de Banzaê, com uma população de apenas 12 mil habitantes, que gastou R$ 1,78 milhão em shows, um valor superior ao orçamento anual da prefeitura para cultura, que é de R$ 1,23 milhão.

A prefeita Jailma Dantas (PT) justificou que os gastos incluíram um convênio com o governo do estado e outras fontes de receita.

O cantor Wesley Safadão, por exemplo, foi contratado em diversas cidades, somando R$ 8,2 milhões em cachês.

Luís Eduardo Magalhães pagou R$ 1,1 milhão por uma apresentação de Gusttavo Lima, enquanto Candeias gastou R$ 6,1 milhões, evidenciando um aumento em relação aos R$ 3,4 milhões do ano anterior.

A prefeitura de Candeias defendeu que a festa gerou 2.000 postos de trabalho diretos e movimentou a economia local.

Contudo, a questão central não é apenas a legalidade dos gastos, mas sua proporcionalidade em relação ao orçamento das prefeituras e suas prioridades.

O Ministério Público ressaltou que o painel não atesta a eficiência dos gastos, mas busca promover o controle social.

SUPER CACHÊS

A prática de usar verbas públicas para altos cachês de artistas populares, como Gusttavo Lima, tem sido alvo de críticas e investigações, especialmente em um contexto em que muitos municípios enfrentam sérias dificuldades financeiras.

Recentemente, Gusttavo Lima foi investigado por seu envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro e teve bens bloqueados, mas isso não impediu que ele continuasse a faturar com shows pagos por prefeituras, que muitas vezes comprometem suas receitas em áreas essenciais como saúde e educação.

Um estudo revelou que, em 2024, o artista arrecadou R$ 12,3 milhões com prefeituras, afetando diretamente outros investimentos municipais.

Em pequenas cidades, como Mara Rosa (GO), o custo de um show de Gusttavo Lima representou 10,35% do orçamento destinado à cultura, e em Campo Verde (MT), 52,78% do orçamento para a mesma área.

CRÍTICAS

Críticas surgem de moradores e profissionais, como professores, que questionam a priorização de shows em detrimento de necessidades básicas da população.

O uso de verbas públicas para grandes shows em ano eleitoral levanta questionamentos sobre as prioridades das administrações municipais.

O “pix orçamentário” implementado pelo governo de Jair Bolsonaro, que permitiu a liberação de R$ 3,2 bilhões para as prefeituras, intensificou essa prática, dificultando a fiscalização do uso desses recursos.

Além de beneficiários em termos de entretenimento, a cultura popular e a música se tornaram ferramentas políticas, com artistas se posicionando publicamente em eventos que se assemelham a comícios.

OS FATOS

A conexão entre grandes festividades e campanhas eleitorais reforça a prática do “pão e circo”, distraindo a população de problemas urgentes como investimentos em saúde, educação e infraestrutura.

É evidente que a realização de grandes eventos pelas prefeituras não representa um benefício para a população, mas uma tática para desviar fundos que poderiam ser melhor empregados em serviços essenciais.

Dada a escolha, muitos cidadãos prefeririam avanços nos serviços públicos em vez de celebrações. Portanto, sob o disfarce de generosidade, os cidadãos são frequentemente ludibriados.

Veja mais:

Propaganda musical e Empobrecimento cultural ‣ Jeito de ver

Cachês pagos por shows no interior são alvo de denúncia e levam prefeituras aos tribunais; veja casos (terra.com.br)

Shows de Gusttavo Lima consomem até 50% de orçamento de cultura de pequenas cidades (iclnoticias.com.br)

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