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Maio – histórias e curiosidades deste mês

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Imagem de Ronny Overhate por Pixabay

 

Maio: Origem e Significado

Maio, derivado do latim Maius, foi nomeado em honra à deusa grega Maia.

Este mês tem suas raízes na Roma Antiga e homenageia a deusa romana Maia, associada ao crescimento vegetal e à fertilidade. Maia, mãe de Hermes na mitologia grega, foi conectada à deusa romana Bona Dea, celebrada em maio por sua ligação com a fertilidade.

O poeta Ovídio sugere uma segunda origem para o nome: “maiores” (do latim maximus), referindo-se aos mais velhos, enquanto junho seria dedicado aos “iuniores”, os mais jovens (Fasti VI.88), embora essa seja uma etimologia popular.

Para os romanos, maio marcava o início da primavera, simbolizando a preparação para o plantio e as festividades em honra às divindades da fertilidade e da agricultura.

Essas tradições influenciaram a nomenclatura dos meses em calendários modernos.

Celebrações e Curiosidades de Maio
  • Dia do Trabalho (1º de maio): Comemorado internacionalmente, rememora a luta dos trabalhadores de Chicago, em 1886, pela jornada de 8 horas. Oficializado no Brasil em 1925, foi instituído inicialmente na França.
  • Dia das Mães (segundo domingo de maio): Com origem na Grécia Antiga, em homenagem à deusa Reia, chegou ao Brasil em 1918 pela Associação Cristã de Moços e foi oficializado em 1932, durante o governo Vargas.
  • Dia Internacional da Família (15 de maio): Criado pela ONU em 1993 para destacar a relevância da família no desenvolvimento individual.
  • Dia da Literatura Brasileira (1º de maio): Homenagem a grandes escritores, como José de Alencar.
  • Dia Nacional da Ética (2 de maio): Valorização dos princípios éticos em todos os aspectos da vida.
  • Dia Internacional da Liberdade de Imprensa (3 de maio): Celebra o direito à informação sem censura.
  • Dia do Pau-Brasil (3 de maio): Tributo à árvore que deu nome ao país.
Cultura e Natureza em Maio

Maio também inspira a música, como em “My Girl”, de Smokey Robinson, cujos versos destacam o romantismo e o encanto deste mês.

Enquanto o hemisfério sul vivencia o outono, o norte celebra a primavera, com novas cores, fragrâncias e um ar renovado de esperança.

Não espere a primavera para recomeçar: aproveite o mês de maio para celebrar e renovar seus ciclos continuamente.

Curta o mês de maio!

Fonte: Wikipedia

Leia mais:  O último calendário – uma crônica ‣ Jeito de ver

 

 

 

O aquecimento global e as tragédias

Imagem de Kamil Szerlag por Pixabay

 

O preço do “Progresso”

O desenvolvimento da Europa ocorreu às custas de grande parte de suas reservas naturais e da exploração de nações menos poderosas, muitas vezes por meio de colonização e escravização de povos mais fracos.

Essa destruição de recursos em nome do progresso resultou em mudanças climáticas.

Com o passar do tempo, os países menos desenvolvidos seguiram o péssimo exemplo dos colonizadores. Confira os links:

Agente laranja: pecuarista desmata o Pantanal com substância altamente tóxica | Fantástico | G1 (globo.com)

Agronegócio foi responsável por 97% do desmatamento no Brasil | Geral (brasildefato.com.br)

A destruição dos biomas leva a uma consequência alarmante:

 

O aquecimento global.

O aquecimento global é um fenômeno complexo com impactos significativos no clima do planeta.

Com o contínuo aumento das temperaturas globais, impulsionado pelo acréscimo de gases de efeito estufa na atmosfera, eventos climáticos extremos se tornam cada vez mais comuns e severos. Este é um texto explicativo sobre como o aquecimento global pode causar tragédias e inundações:


O aquecimento global e seus impactos devastadores

A Terra está passando por uma crise climática sem precedentes. O aquecimento global, causado pelo acúmulo de gases de efeito estufa como o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxidos de nitrogênio (NOx), está mudando o clima que conhecemos. Essas alterações não são apenas números em um gráfico; elas têm consequências reais e frequentemente trágicas para a vida no planeta.

Enchentes: Uma consequência direta

As enchentes são uma das consequências mais visíveis e destrutivas do aquecimento global. O aumento das temperaturas globais causa o derretimento das calotas polares e glaciares, elevando o nível do mar. O ar mais quente também retém mais umidade, resultando em chuvas mais intensas. A combinação desses fatores aumenta significativamente o risco de enchentes costeiras e fluviais.

Tragédias humanas e perdas irreparáveis

As enchentes vão além de eventos naturais; tornam-se tragédias quando atingem comunidades. Casas são arruinadas, vidas são ceifadas e infraestruturas são comprometidas, deixando muitas vezes um rastro de destruição. As comunidades mais pobres e vulneráveis são as mais afetadas, com menos meios para se prepararem e recuperarem.

Um ciclo vicioso

O aquecimento global pode também mudar padrões climáticos, causando secas em algumas áreas e enchentes em outras. Isso impacta diretamente na segurança alimentar e no acesso à água potável, podendo levar a migrações em massa e conflitos por recursos. É um ciclo vicioso: o aquecimento global intensifica desastres naturais que, por sua vez, aumentam a vulnerabilidade das populações.

É essencial uma ação urgente para atenuar os impactos devastadores, sendo crucial tomar medidas imediatas para diminuir as emissões de gases de efeito estufa e criar estratégias de adaptação. Isso envolve investimentos em infraestrutura resistente ao clima, recuperação de ecossistemas naturais como mangues e florestas, além de fomentar a conscientização acerca das mudanças climáticas. Apenas com a união de esforços coletivos e decisões políticas audaciosas poderemos reduzir a frequência e gravidade dessas catástrofes climáticas.

 

Leia também:  Um E.T em meu quintal (Um dia estranho) ‣ Jeito de ver

Um calor diferente – O que será isso? ‣ Jeito de ver

 

Notícias de paz para a Zona Sul

Helicóptero Apache.

Helicóptero em operação

Proteção na Sala: A Luta Diária pela Segurança

Os helicópteros passavam acima das casas e Gualber abraçava suas três filhas na sala, o único local protegido por uma laje, próximo à parede aparentemente blindada. A ideia de blindar um dos vãos veio de Marisa, pois os traficantes às vezes trocavam tiros com policiais nas proximidades. As filhas pequeninas, já não eram mais inocentes; as idas para a escola eram exercícios de amadurecimento.

Mas agora seria diferente. Parecia que desta vez o governo cuidaria do povo dos morros. Haveria uma hora em que poderiam sair e, quem sabe, usufruir um pouco de paz na pracinha mais acima. A música o acompanhava em seus exercícios diários e nas aulas que mais pareciam jam sessions, de tão agradáveis que eram.

Os Sonhos de Gualber

Bom músico, Gualber desistira do sucesso, pois para ele, não havia algo que fizesse sentido na atual música pasteurizada. Seus sonhos de sucesso no entretenimento foram transferidos para as aulas de música que dava.

O combate se intensificava à noite e, na manhã seguinte, o governo se gabava de sua bravura por enfrentar o crime organizado em longas entrevistas. Até que um dia… Enfim, os jornais noticiavam a fuga dos bandidos. A notícia era transmitida como espetáculo para gringos se sentirem motivados a turbinar o turismo local. Enfim, a televisão noticiava a paz.

Um Dia Como Nenhum Outro

E depois de muitos meses, amedrontado, Gualber poderia então sair sem medo, com seu instrumento, para mais um dia de aula. Abraçou Marisa, beijando ternamente a sua testa. Observou o transporte escolar que levava cada uma de suas três filhas, que acenavam alegremente nas poltronas intermediárias.

Olhou para a ladeira e o muro branco que vinham antes da rodovia, que teria que passar até o ponto de táxi a 300 metros à esquerda. Gualber visualizou o muro, sentiu a paz e, em vez de um case, levou a guitarra num estojo simples, preto. Chegando ao muro, sentiu a paz e, olhando para os dois lados, colocou o suporte da guitarra nas costas, sobre os ombros.

O Preço de Ser Visto

E de longe, aqueles que trariam a paz não viam um professor portando um instrumento; viam um negro e, em seus subconscientes, negros eram perigosos – e aquilo seria certamente uma arma.

E agindo como os mesmos marginais que combatiam, atingiram o alvo. E lá no meio da pista, Gualber se perguntou por segundos: “Por quê?”

Mas jamais irá entender o que já sabia… E a paz noticiada habitava a mente de Gualber, enquanto os helicópteros levavam notícias para a zona sul.

Leia também: Um bom rapaz – uma crônica. ‣ Jeito de ver

A verdade por trás da operação que matou o músico Evaldo Rosa (apublica.org)

Fake news – seus impactos e como combatê-las

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Imagem de memyselfaneye por Pixabay

As notícias falsas, ou ‘fake news’ em todas as áreas, ganharam destaque com o avanço das redes sociais e da internet. É importante compreender o que são, os impactos que têm na sociedade e como podemos combatê-las.

Seja no campo da saúde, das trivialidades e até principalmente da política as Fake News cresceram como praga em nossos dias.

O que são Fake News?

São rumores ou informações incorretas propagados online com o intuito de enganar os usuários. Embora nem sempre exista uma intenção maliciosa, eles geram confusão.

Impactos Sociais da Desinformação:

Desinformação Generalizada: Abalam a confiança em fontes de informação, tornando difícil discernir a verdade.
Polarização Política: Incentiva extremos ideológicos, prejudicando o diálogo e a cooperação.
Integridade Democrática: Pode manipular eleições, ameaçando a democracia.
Saúde Pública: Fake news sobre tratamentos e vacinas durante pandemias podem levar a mais casos e mortes.

Estratégias de Combate à Desinformação:

Educação Midiática: Ensinar a identificar fontes confiáveis e compreender a disseminação de notícias falsas.
Verificação de Fatos: Apoiar agências dedicadas à checagem de fatos.
Responsabilidade de Plataformas Digitais: Diminuir a propagação de notícias falsas e destacar informações verídicas.
Legislação Equilibrada: Criar leis que combatam a desinformação, preservando a liberdade de expressão.
Conscientização do Usuário: Verificar a credibilidade das informações antes de compartilhar.

Em resumo, enfrentar as fake news é um esforço coletivo que envolve governos, sociedade civil, empresas de tecnologia e indivíduos. É vital buscar a verdade e informações corretas para o bem-estar de uma sociedade informada.

Divulgar fake news não pode ser encarado como liberdade de expressão! É dever de todos combatê-las.

– Gilmar Chaves, Professor

Leia também:  Fake News – Impactos e consequências! ‣ Jeito de ver

Saiba mais Fake News e os impactos na vida em sociedade. | Jusbrasil;

Fake news: o que são, como funcionam e como combater (todoestudo.com.br)

Eu odeio chavões… e não sei o porquê!

 

Aconteceu hoje um divisor de águas em minha vida e para abrir este texto com chave de ouro resolvi comprar a briga e assumir que odeio chavões.

Antes de mais nada, permita-me explicar, chavões são aquelas expressões ou frases que de tão repetidas perdem o efeito, se tornam ridículas e atingem em cheio a minha paciência.

Acreditar que ao expressar este descontentamento chegaremos a um denominador comum seria chover no molhado!

Mas, vou entregar de mão beijada e sem meias palavras , colocar um ponto final nessa história.

está inserido no contexto que alguns buscam um lugar ao sol fazendo uso deste recurso, mas vou fazer uma colocação: isto apenas  empobrece o texto! É um erro gritante!

Então, vamos por a casa em ordem e para preencher esta lacuna, vamos fazer uso do leque de opções existentes, essa fonte inesgotável que é a língua viva, e ela tem poder de fogo!

Estaremos em pé de igualdade ao fazer bom uso dela!

O que foi propriamente dito não foi para gerar polêmica.

Mas decidi por as cartas na mesa, a mão na massa e nesta reta final, até porque já é tarde, e a rainha da noite, que brilha no infinito me lembra da hora de dormir para a chegada do astro rei!

Para encerrar com chave de ouro este texto chato, vamos ser mais criativos e andar dentro das quatro linhas!

Leia também Qual o seu idioma? – Tem certeza? ‣ Jeito de ver

 

Um chavão é uma ideia ou conceito geral que é usado repetidamente, muitas vezes de firma automática, sem pensar muito sobre seu significado. Tem cara de clichê, que é uma expressão ou frase que se tornou tão comum que perdeu seu impacto original e pode até parecer banal.

 

A Primeira Gravação Musical no Brasil

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Gramofone foi um grande avanço tecnológico na área da música.

Imagem de Lari33 por Pixabay

 

Isto É Bom

Xisto Bahia

A renda de tua saia
Vale bem cinco mil réis
Arrasta mulata a saia
Que eu te dou cinco e são dez

Isso é bom isso é bom isso é bom que dói
Isso é bom isso é bom isso é bom que dói

Ô São Bento, buraco véio tem cobra dentro

Levanta a saia mulata
Não deixe a renda rastar
Que a renda custa dinheiro
Dinheiro custa ganhar

Isso é bom, isso é bom, isso é bom que dói
Isso é bom, isso é bom, isso é bom que dói

Vá saindo seu coió sem sorte

Yayá você quer morrer
Se morrer morramos juntos
Eu quero ver como cabes
Numa cova dois defuntos

Isso é bom, isso é bom, isso é bom que dói
Isso é bom, isso é bom, isso é bom que dói

Comigo é nove do baralho velho, hahahai

O inverno é rigoroso
Bem dizia a minha vó
Quem dorme junto tem frio
Que fará quem dorme só

Isso é bom, isso é bom, isso é bom que dói
Isso é bom, isso é bom, isso é bom que dói

Os padres gostam de moças
E os doutores também
Eu como rapaz solteiro
Gosto mais do que ninguém

Isso é bom, isso é bom, isso é bom que dói
Isso é bom, isso é bom, isso é bom que dói

Aguenta firme na comuta Seu Juca

Se eu brigar com meus amores
Não se intrometa ninguém
Que acabado os arrufos
Ou eu vou, ou ela vem

Isso é bom, isso é bom, isso é bom que dói
Isso é bom, isso é bom, isso é bom que dói

Me prendam a sete chaves
E assim mesmo ei de sair
Não posso ficar em casa
Não posso em casa dormir

Isso é bom, isso é bom, isso é bom que dói
Isso é bom, isso é bom, isso é bom que dói
Isso é bom, isso é bom, isso é bom que dói
Isso é bom, isso é bom, isso é bom que dói

Isso é melhor do que arroz com casca
Diz Calheiros seu Araras”.

 

Esta é a letra da primeira música gravada no Brasil. Antes dessa gravação, as canções só podiam ser ouvidas ao vivo; os amantes da música adquiriam partituras e contratavam músicos profissionais para tocá-las.*

A primeira gravação musical no Brasil foi um marco, ligando-nos às origens da música e ao avanço tecnológico.

O Ano e o Compositor

Em 1902, a Casa Edison, um ramo da Thomas Edison’s National Phonograph Company, efetuou as primeiras gravações musicais no Brasil. O compositor desse evento histórico foi Xisto de Paula Bahia, que nasceu em Salvador, Bahia.

O Cantor e a Canção

O intérprete da primeira gravação foi Baiano, um cantor renomado daquela época. A música selecionada foi o lundu “Isto é Bom”. Esta

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Manuel Pedro dos Santos, o baiano. Imagem: Wikipedia

melodia cativante assinalou o começo de uma era musical que ultrapassaria fronteiras e gerações.

A Gravadora e a Tecnologia

A Casa Edison, precursora na gravação sonora, empregou cilindros de cera para gravar a voz de Baiano. Esses cilindros eram aquecidos e rodados para formar uma superfície lisa e homogênea. O método de gravação acústica consistia em um megafone ou bocal ligado a uma agulha que inscrevia sulcos na cera do cilindro. Foi uma tecnologia primitiva, porém inovadora para seu tempo.

O Contexto Histórico e a Importância

Naquela época, o Brasil passava por mudanças sociais, culturais e tecnológicas significativas. A gravação de “Isto é Bom” não só inaugurou a indústria fonográfica brasileira, mas também representou a democratização da música. Pela primeira vez, era possível ouvir as vozes dos artistas para além dos palcos e celebrações populares.

O legado e a revolução musical

A relevância dessa primeira gravação vai além de um simples registro técnico. Ela simboliza a resistência cultural, a inventividade e a habilidade humana de perpetuar instantes passageiros. A música gravada evoluiu para um meio de expressão disponível a todos, sem distinção de classe social ou posição geográfica.

* Posts futuros trarão mais informaçõpes sobreouvir música nos início do século XX.

A vida e obra de Mary Star

Um Sonho Nasce na Adversidade

Marilene Santos, como tantas outras crianças, nasceu num lar pobre, carente de amor. Seus pais trabalhavam o dia inteiro, dedicando pouco tempo a ela.

Nas manhãs, Marilene costumava ouvir no rádio as canções que sonhava um dia cantar. Rádios não têm rostos, apenas vozes – muitas vozes. E Marilene tinha uma linda voz.

Sua voz doce combinava naturalmente com quase todo estilo musical, e nos karaokês da vida, a cidade descobria um novo talento. Batizaram-na de Mary Star, pois ela certamente seria uma estrela que brilharia acima dos holofotes!

A Jornada de Mary Star

Mary evoluiu, estudou música e, inspirada em sua própria vida, compôs canções de superação, amores não correspondidos e esperança. Mary certamente estava destinada a ser uma estrela!

Na pequena cidade onde morava, havia poucos cantores. Breno se destacava por fazer mais apresentações. Se você quer saber, ele não tinha uma voz agradável, mas tinha um ótimo empresário que sabia colocá-lo em todos os eventos, e assim ele ganhou fama.

Talvez o fato de seu empresário ser filho do administrador público tenha ajudado um pouco em sua carreira. Mas, se for para subir na vida, toda ajuda é bem-vinda!

Mary, porém, acreditava que um dia seria descoberta por seu talento. Quem sabe um dia, um empresário também se encantaria com sua voz, e ela poderia então viver daquilo que amava…

Com o seu violão, no meio da praça, microfone ligado, enquanto alguns passavam e depositavam moedas de pequeno valor no case à frente do palco improvisado, Mary soltava a voz em busca de mais um sonho!

E um dia, o sonho esteve prestes a acontecer!

Num desses belos domingos, alguém ouviu sua voz e também se encantou!

Mary transbordava de alegria. Sua voz estaria nos rádios, ela brilharia nos programas de televisão. E o teste para a gravadora Beauty Records foi agendado para a semana seguinte.

Ela escolheu suas melhores composições, seus melhores amigos e músicos e, antes da hora marcada, se apresentou na Beauty Records!

Muito bem ensaiados, os músicos fizeram as gravações em apenas um take. Músicos, cantores e produtores estavam entusiasmados!

Por fim, Mary foi chamada para assinar o tão desejado contrato.

O Preço do Sonho

Ansiosa, ela leu apressadamente as primeiras linhas e seus olhos marejaram.

À medida que a leitura avançava, entrou na sala Deisy, uma linda jovem, também aspirante à carreira musical. Mary não percebeu.

E entre as muitas frases enroladas nas nove páginas, uma calou fundo na alma de Mary:

“A artista Marilene Santos, conhecida como Mary Star, aceita de livre e espontânea vontade ceder as gravações e o uso de sua voz a favor da Beauty Records, que se encarregará de impulsionar a sua arte por meio de Deisy, que se chamará Deisy Star. Receberá um salário mensal estipulado por esta gravadora, por cinco anos ou pelo tempo que durar o contrato”.

Sem entender a cláusula, perguntou a Fred Brandão, dono da Beauty Records:

“Por que eu mesma não posso interpretar as minhas canções?”

A resposta do diretor soou fria, mas era a mais absoluta verdade no mundo da música:

“Marilene, você canta bem e tem boas músicas! Mas isso é menos do que necessário para fazer sucesso! Você precisa ter uma aparência sexy, pois isso vende. A Beauty Records já tem a sua cota de diversidades preenchida por aquilo que a sociedade e os meios de comunicação cobram. Não há necessidade de mais.”

Doeu ouvir aquelas palavras.

“O único modo de você viver de sua arte é aceitando essa proposta! É pegar ou largar!”

Atordoada, sem entender nem mesmo o que sentia, Marilene recolheu as partituras, desejando rasgá-las. Seus olhos lacrimejavam enquanto ela e os músicos se dirigiam à saída do escritório.

Ao chegar em casa, ligou a televisão, enquanto o apresentador (logicamente pago) anunciava a mais bela voz do país: Breno Silva, agora com a alcunha: Breno Silva, o Romântico!

Enquanto a voz fraca e desafinada ecoava pela sala, Marilene sentou-se nos degraus em frente à sua casa e entendeu o porquê de tantos cantores ruins aparecerem tanto na mídia.

Talvez você me pergunte: “Onde posso encontrar a Mary Star? Talvez ainda haja uma chance…”

Ela pode ser encontrada nas belas vozes que lutam por um lugar ao sol, sem o apoio de empresários, de políticos e de pessoas que idolatram cantores ruins… por serem belos!

Mary ainda canta nas praças.

Leia também: A música atual está tão pior assim? ‣ Jeito de ver

A importância de Investir em talentos locais

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Imagem de Hilary Clark por Pixabay

 

A Importância do Apoio aos Artistas Locais

Quantos talentos incríveis se perdem por falta de apoio? Muitos artistas locais não conseguem o suporte necessário para prosperar, mas por que é tão importante apoiá-los? Incentivar os talentos locais é essencial para preservar a riqueza cultural de uma comunidade.

Com frequência, a falta de apoio aos artistas locais ocorre quando a cultura não é uma prioridade para as autoridades municipais. Muitas vezes, as pessoas encarregadas dessas decisões não possuem o conhecimento adequado sobre o assunto.

Em vez de priorizar o legado cultural, algumas vezes os interesses pessoais e políticos influenciam as decisões. Isso significa que o apoio é direcionado apenas para aqueles que têm as conexões certas nos lugares certos. Nesses ambientes, os artistas locais enfrentam preconceito e negligência.

Além disso, há uma pressão popular para que sejam contratados artistas famosos para grandes eventos, muitas vezes à custa dos talentos locais e do orçamento público.

Benefícios de Investir nos Talentos Locais

No entanto, investir nos talentos locais oferece diversas vantagens:

Primeiro, fortalece a identidade cultural da região, já que os artistas locais muitas vezes refletem a essência e a história do local.

Segundo, estimula a economia local, pois os artistas locais e o público consomem produtos e serviços da região. Isso atrai turistas, que contribuem para a economia da cidade.

Além disso, investir nos talentos locais pode reduzir custos, aumentar a eficiência e promover a inclusão e participação da comunidade.

Em suma, ao apoiar os talentos locais, as autoridades culturais não apenas promovem a arte e a criatividade, mas também fortalecem a identidade da comunidade e impulsionam o desenvolvimento cultural sustentável.

 

Leia também Onde as flores não florescem ‣ Jeito de ver

Veja mais em VALORIZANDO NOSSOS ARTISTAS LOCAIS: INCENTIVOS PARA FOMENTAR A PRODUÇÃO CULTURALl (ativaz.com.br)

Quantos talentos incríveis se perdem por falta de apoio?

 

 

 

 

 

Palmeiras – o colecionador de títulos!

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Imagem de Matthias Groeneveld por Pixabay

O Início

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O Palestra Italia em 1916.

A história da Sociedade Esportiva Palmeiras remonta ao ano de 1914, na cidade de São Paulo, quando um grupo de imigrantes italianos, apaixonados pelo futebol, se reuniu para fundar um clube que representasse sua comunidade.

Assim, no dia 26 de agosto daquele ano, nascia o Palestra Itália, uma homenagem à terra natal da maioria dos fundadores.

Os primeiros anos do clube foram marcados por uma ascensão meteórica no cenário esportivo paulista.

Logo em sua primeira partida oficial, em 24 de janeiro de 1915, o Palestra Itália venceu o Savóia por 2 a 0, sinalizando o início de uma trajetória vitoriosa.

Nos anos seguintes, o clube conquistou uma série de títulos no Campeonato Paulista, consolidando-se como uma das principais potências do estado.

Mudança de Nome

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Escudo oficial do Palmeiras.

No entanto, em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil declarou guerra aos países do Eixo, incluindo a Itália, o que levou o governo de Getúlio Vargas a pressionar o clube a mudar seu nome.

Nesse contexto, o Palestra Itália se tornou Sociedade Esportiva Palmeiras, e suas cores oficiais foram alteradas para verde e branco, em substituição ao verde, branco e vermelho originais.

A mudança de nome não afetou o desempenho esportivo do clube, que continuou a colecionar títulos e a atrair uma legião de torcedores.

Durante as décadas de 1950 e 1960, o Palmeiras viveu um de seus períodos mais gloriosos, conquistando títulos importantes, como a Copa Rio de 1951, onde derrotou a Juventus, da Itália, na final.

Na década de 1970, o Palmeiras formou uma equipe lendária conhecida como “Academia”, composta por jogadores como Ademir da Guia, Dudu, Leivinha e César Maluco.

Sob o comando do técnico Oswaldo Brandão, a Academia encantou os torcedores com um futebol ofensivo e habilidoso, conquistando diversos títulos estaduais e nacionais.

Jejum de Títulos e o sucesso

No entanto, o clube enfrentou um longo jejum de títulos entre 1976 e 1993, período marcado por crises financeiras e mudanças frequentes de técnicos.

Foi somente na década de 1990 que o Palmeiras voltou a brilhar, graças a uma parceria de sucesso com a empresa Parmalat.

Com investimentos significativos, o clube montou uma equipe competitiva e conquistou títulos importantes, como a Copa Libertadores de 1999.

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Allianz Parque – Vista aérea. Foto extraída da Wikipedia

Após altos e baixos nas décadas seguintes, o Palmeiras ressurgiu com força no século XXI, conquistando títulos importantes, como a Copa do Brasil de 2012 e o Campeonato Brasileiro de 2016 e 2018.

Em 2014, o clube inaugurou sua moderna casa, a Arena Allianz Parque, que se tornou um símbolo de renovação e modernidade.

Nos últimos anos, o Palmeiras tem se destacado tanto no cenário nacional quanto internacional, conquistando títulos como a Copa Libertadores de 2020 e 2021, além da Recopa Sul-Americana de 2022.

Sob o comando de técnicos como Abel Ferreira, o clube tem demonstrado um futebol ofensivo e envolvente, atraindo a admiração de torcedores e especialistas.

Além das conquistas esportivas, o Palmeiras é homenageado em São Paulo com o “Dia da Sociedade Esportiva Palmeiras”, celebrado em 20 de setembro.

A paixão pelo clube é evidente entre os torcedores, que reverenciam ídolos como Ademir da Guia, César Maluco, Marcos, Dudu e tantos outros que deixaram sua marca na história alviverde.

Dessa forma, a Sociedade Esportiva Palmeiras continua a escrever sua história de glórias e conquistas, emocionando e inspirando gerações de torcedores ao redor do mundo.

Resumo de Títulos:
  • 1 Copa Rio (Torneio Internacional de Clubes Campeões): 1951;
  • 3 Conmebol Libertadores: 1999, 2020 e 2021;
  • 12 Campeonatos Brasileiros: 1960, 1967, 1967 (Taça Brasil), 1969 1972, 1973, 1993, 1994, 2016, 2018, 2022 e 2023;
  • 2 Campeonatos Brasileiros Série B: 2003 e 2013;
  • 4 Copas do Brasil: 1998, 2012, 2015 e 2020;
  • 1 Copa dos Campeões: 2000;
  • 1 Supercopa do Brasil: 2023;
  • 25 Campeonatos Paulistas: 1920, 1926, 1927, 1932, 1933, 1934, 1936, 1940, 1942, 1944, 1947, 1950, 1959, 1963, 1966, 1972, 1974, 1976, 1993, 1994, 1996, 2008, 2020, 2022 e 2023;
  • 5 Torneios Rio-São Paulo: 1933, 1951, 1965, 1993 e 2000.

Muito mais poderia ser dito e ainda muito mais  será escrito, na história deste time que se organizou para seguir vencendo.

Palmeiras sempre será um colecionador de títulos!

Leia também: Vamos falar do Corinthians! – O Time da Fiel. ‣ Jeito de ver

Fonte:

Sociedade Esportiva Palmeiras – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Contos de fadas – Um novo jeito de ver!

O que há por trás dos Conto de fadas.

Imagem de PIRO por Pixabay

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Imagem de Flavio Botana por Pixabay

A magia dos contos de fadas

Quem nunca ouviu um daqueles contos que começam alegres, passam por desastres, enfrentam o confronto entre o bem e o mal, trazem uma reviravolta e terminam com um desfecho feliz?
Os contos de fadas nos transportam para mundos de fantasia e nos dão a esperança de que tudo acabará bem. No entanto, muitas dessas histórias têm sido reimaginadas ao longo do tempo, com personagens que assumem características distintas das versões clássicas. Por exemplo, a Branca de Neve já não é mais a figura indefesa das versões da Walt Disney, e o Pinóquio deixou de ser o menino de madeira ingênuo de antes.

Essas mudanças causam estranheza a alguns, mas elas refletem a adaptação dessas histórias às diferentes épocas. Muitas dessas narrativas têm raízes em lendas antigas e, ao serem reinterpretadas, permanecem vivas e relevantes. Além disso, ajudam a compreender o contexto histórico em que foram concebidas.


Bruxas e a história por trás das lendas

Ao analisar contos de fadas, percebemos como eles capturam aspectos culturais e históricos. A figura da bruxa, por exemplo, remonta à Idade Média, quando mulheres independentes ou conhecedoras de práticas medicinais eram perseguidas. Estudiosos estimam que cerca de 50 mil mulheres foram executadas por acusações de bruxaria, muitas delas queimadas vivas (Lista de pessoas executadas por acusação de bruxaria).

Essas mulheres, frequentemente parteiras, enfermeiras e detentoras de conhecimentos medicinais, eram vistas como ameaças à ordem social. Segundo o Portal Catarinas, essas mulheres representavam a única opção de cuidados médicos para muitas comunidades. Além disso, aprendiam umas com as outras e transmitiam seus saberes às novas gerações (A “caça às bruxas”: uma interpretação feminista – Portal Catarinas).

De acordo com Ehrenreich e English (1984, p. 13), o estereótipo da bruxa incluía tanto mulheres idosas e mentalmente instáveis quanto mulheres jovens e atraentes, que poderiam despertar desejos ou desafiar o poder dos homens da época. A narrativa medieval das bruxas reflete o terror imposto pela classe dominante e o desprezo pela força feminina.


Cinderela e as múltiplas versões do mesmo conto

Um dos contos mais conhecidos, Cinderela, revela nuances interessantes quando analisado sob diferentes perspectivas. Popularizada pela Walt Disney, a história da jovem órfã que encontra o amor do príncipe graças a um sapatinho de cristal é uma adaptação de versões mais antigas, nem sempre tão encantadoras.

Na versão dos irmãos Grimm, por exemplo, as irmãs de Cinderela chegam a cortar partes de seus pés para caber no sapato. Já na narrativa chinesa de Yeh-Shen, datada da Dinastia Tang, a protagonista conta com a ajuda de um peixe mágico e perde um sapatinho em um festival, evocando a tradição dos pés pequenos na China.

Essa prática, iniciada na Dinastia Song, causava deformações dolorosas nos pés das mulheres e refletia ideais de beleza restritivos. Analisar essas histórias nos ajuda a compreender os valores culturais de diferentes épocas e as dificuldades enfrentadas por aqueles que viviam sob esses padrões.

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