Qual o seu idioma? – Tem certeza?

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Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

 

Português? Tem certeza?

A interpelação em qualquer vernáculo atinge seu ápice quando a epístola é percucientemente internalizada.

Recorrer a locuções requintadas parece conferir uma estética mais nobre, culta – contudo, o desiderato de uma língua é o colóquio! Coloquiar é asseverar-se de perceber e ser perspicazmente reconhecido.

A utilização de tais termos descontextualizados apenas ressaltará, não a erudição do interlocutor, mas sim sua rusticidade. Destarte, no cotidiano, simplifique. Assegure-se de edificar a mútua sapiência!

E se a presente disquisição não lhe é acessível, não temais, existem maneiras mais límpidas de se expressar: a comunicação possui um desiderato!

Traduzindo: Seja simples!

O objetivo de uma linguagem é possibilitar a comunicação e o entendimento entre as pessoas!

 

Leia também: Iaçu – Um pouco de Poesia e História ‣ Jeito de ver 

Simplicidade na Comunicação: quando o “menos é mais” realmente é perceptível pelas pessoas (linkedin.com)

 

 

Amar é não deixar de acreditar

“Com amor, conseguimos muito mais…”

Apesar de ser um clichê, nada poderia ser tão real quanto o senso de realização ao perceber que aquilo que amamos fazer surtiu os efeitos desejados.

O compositor sente-se orgulhoso ao ver que uma canção bem elaborada teve boa aceitação do público, assim como o poeta é alimentado pela sensação de ter emocionado corações. O professor sente-se feliz ao ver o seu aluno alcançar aquilo que ele se propôs a ensinar.

Não importa o segmento, tudo aquilo que conseguimos fazendo por amor tem um sabor diferente.

Uma das facetas do amor, descrita pelo apóstolo São Paulo na Bíblia, é “acreditar em todas as coisas”.

Aplicando de um modo diferente tais palavras, poderíamos afirmar:

Se você ama algo, aprenda, reaprenda se for preciso, tente várias vezes até encontrar a maneira correta de agir. Isso é acreditar!

Não despreze seus sonhos, mesmo que estes não o enriqueçam! Estar bem financeiramente é bom, mas enriquecer não significa estar feliz!

Se você ama alguém, aprenda, reaprenda se preciso for a ser o apoio necessário para que ambos cresçam juntos.

Relacionamentos em que os objetivos são alcançados isoladamente enfraquecem com o tempo. Dividir o entusiasmo é tão importante quanto compartilhar as frustrações. Seja o apoio, isso é acreditar!

Alcançar o sucesso é o sonho de cada pessoa, apesar dos diferentes conceitos a respeito do que seria alcançá-lo. A pessoa pode alcançar todos os objetivos traçados para a própria vida, mas seria frustrante não compartilhar com ninguém a alegria de tais conquistas.

Assim, é real afirmar que precisamos compartilhar não apenas as frustrações, mas principalmente o entusiasmo! Sim, compartilhar também é amar…

E com amor, chegamos muito mais longe!

 

Veja também  A difícil arte de organizar armários ‣ Jeito de ver

 

Construindo novos dias… – Imagine!

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Imagem de Marek Ropella por Pixabay

 

Imagine a construção de um novo dia em suas mãos.

Poder selecionar tudo aquilo que poderia torná-lo ainda mais belo:

Uma casa, um lago, flores no jardim, sol e chuva –  não me vem com casamento de viúva…

Pessoas sem pressa, sem medo, sem ódio.

Imagine!

Imagine poder acrescentar um pouco mais de cor…

É interessante perceber que, mesmo sem notar, estamos constantemente construindo novos dias – mas muitas vezes, acabamos trazendo  as falhas do alicerce de ontem. Tentamos construir em cima dessas falhas, trazendo as mesmas preocupações e a urgência de chegar ao fim. Assim, o ciclo se repete, e os erros também.

Planeje dias melhores por selecionar aquilo que traga mais significado a vida e faça seus dias sobre isso.

Gilson Cruz

Leia também O Milagre da Atitude: O sentido no Cotidiano ‣ Jeito de ver

 

Cinquenta anos – muito ou pouco?

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Imagem de Mircea Iancu por Pixabay

O Tempo na Infância e na Adolescência

O tempo é estranho, e sua noção, perturbadora. Em uma corrente de milhões de anos, cinquenta anos podem não significar nem um único elo sequer. Mas, quando falamos sobre a vida, quantas coisas podem acontecer!

Na infância, geralmente, não se pensa no tempo. As crianças vivem o seu próprio tempo, sem tantas preocupações; a criatividade aflora enquanto o pequeno ser procura dar significado ao mundo ao seu redor. E este mundo, apesar das dificuldades, costuma ser belo. Pequeno, mas povoado por pessoas amadas que, normalmente, estão lá com preocupações e cuidados.

Nessa fase, a idade dos pais não existe, apenas um amor recíproco.

Com a chegada da adolescência, o tempo ganha um novo significado. Os jovens passam a conhecer a pressa e o desejo de realizar sonhos, e o tempo parece não ajudar. Querem dinheiro, liberdade, construir – querem experimentar de tudo. É um período de atitudes rebeldes e desilusões constantes.

É engraçado quando me lembro de quando era um menino de 12 anos e o meu irmão tinha 17; costumava achar a diferença de idade imensa. Como eu disse, as percepções mudam com o tempo.


Reflexões Sobre o Tempo e a História Pessoal

Você já teve a impressão de que o tempo está passando muito mais rápido? Na era da informação e da tecnologia, estamos ocupados e distraídos demais, e isso faz com que percamos a noção do tempo.

Se você, há algum tempo, achava que de um Natal a outro era um intervalo imenso, lembre-se de que as coisas mudaram – ninguém tem mais tempo para uma boa contemplação. Mas, por que é importante tomar tempo para contemplar?

Eu poderia contar um pouco da minha história. Quando nasci, meu pai tinha apenas 31 anos e mais sete filhos. Bem naquele tempo, eles não perdiam tanto tempo! Ele casou-se em 1963 e, em vinte e um anos de vida, já havia presenciado eventos marcantes como:

  • O auge e o fim da Segunda Guerra Mundial,
  • As bombas de Hiroshima e Nagasaki,
  • O suicídio do presidente Getúlio Vargas em 1954,
  • A guerra da Coreia,
  • A derrota do Brasil na Copa de 1950 para o Uruguai no Maracanã,
  • Os dois títulos mundiais da Seleção em 1958 e 1962.

Localmente, meu pai viu o desastre do engavetamento entre os trens Alagoinhas e o Peri-Peri, viu seu pai abandonar a família, trabalhou na infância vendendo cocadas nos subúrbios, até ser admitido na RFFSA, conhecer minha mãe, casar-se e sustentar tanto a nova família quanto a da minha avó.

Milhares de coisas podem acontecer em um espaço curto de tempo! Ele tinha apenas 21 anos. Se pudéssemos listar tudo o que ele vivenciou ao longo dos seus 72 anos, a lista seria imensa. Infelizmente, sua história foi interrompida por um câncer agressivo.

Eu jamais havia pensado nisso durante a adolescência. Costumava olhar meu pai e não o via como um velho. Cabelos brancos, voz firme, ele reclamava e ria. Acreditava que pais não envelhecem!


Ressignificando o Tempo

Os tempos mudaram e o modo como o percebemos também. Hoje sou pai de uma menina de 15 anos, e toda geração de 15 anos quer a mesma liberdade e a experiência de tudo. Fiquei espantado (e confesso, um pouco triste) quando ela, num ato de rebeldia, disse:
– “Você, com essa cara, um velho de 50 anos, não é uma pessoa legal…”

Isso me fez parar para pensar no tempo.

Trabalhamos a vida inteira, estudamos, nos preocupamos e esquecemos que o tempo não parou enquanto tudo isso acontecia. O tempo não parou nos dias de sol abrasador ou durante as tempestades. O tempo não parou quando as pessoas que amávamos partiram – ele continuou, frio, mas cheio de histórias.

A conclusão é que precisamos ressignificar o tempo. Ele não é inimigo, mas um amigo que precisa ser contemplado e aproveitado. Não espere o amanhecer para abraçá-lo. Faça agora!

O amanhã é um rascunho, e haverá muito a ser preenchido se aproveitarmos o tempo. Em um breve espaço de tempo, o mundo estará aberto para aqueles que se derem um pouco de sorte – e souberem contemplar a vida. Aprendam a viver o tempo!

 

Leia também Retratos da vida – o que deixamos passar ‣ Jeito de ver

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Iaçu – Um pouco de Poesia e História

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Imagem de Markus Spiske por Pixabay

 

Quem dera, Iaçu

as tuas águas levassem a saudade

e trouxessem de volta os tempos

do menino que sonhava não partir

Quem dera,

os teus meninos não migrassem mais,

como pássaros, à procura de novos ninhos

e aqui crescessem, se assim quisessem

Recordo

as aulas da Lolita

a doçura da Pró Marlene

e o amor de Mil…

amada Altamira.

Lembro da escola,

e do Amizade nas manhãs de sexta feira,

o fardamento azul e branco do CEI

era como um céu escuro, de nuvens claras…

Os meninos na velha ponte

o futsal nos sábados

E o velho ônibus partindo…

Quem dera Iaçu

voltar ao mesmo rio

e ouvir os mesmos risos

E poder trazer de volta essa energia,

esse amor

essa alegria.

Quem dera, quem dera, Iaçu.

 

UM POUCO DE HISTÓRIA 

“Através da Lei Estadual nº 1026, de 14 de agosto de 1958, surge Iaçu, desmembrado de Santa Terezinha, elevando a categoria de município, projeto do deputado estadual José Medrado”. Vamos pra história:

A história de Iaçu remonta à época da colonização portuguesa no Brasil, com as terras sendo inicialmente concedidas a Estevão Baião Parente, em 1674. Após sua morte, as terras passaram por diversas sucessões de herdeiros, marcadas por vendas e arrematações, até que em 1831 foram adquiridas pelos Irmãos Januário. O povoado de Sitio Novo, mais tarde renomeado como Paraguaçu, começou a se desenvolver com a chegada dos trilhos da estrada de ferro em 1882, proporcionando progresso e atraindo novos moradores.

O desenvolvimento de Paraguaçu foi impulsionado pela estrada de ferro, que facilitou o transporte e o comércio na região, tornando-o um centro de atividade econômica. No entanto, apesar do crescimento, a região enfrentou desafios, como a prostituição infantil e a exploração sexual, especialmente através do eixo ferroviário. A cidade, predominantemente rural e pacata, hoje abriga uma população essencialmente rural e mantém sua conexão com o rio Paraguaçu, onde a pesca ainda é uma atividade importante.

Atualmente, Iaçu é uma cidade rural com uma população pacata, próxima a Itaberaba. Localizada às margens do rio Paraguaçu, a cidade ainda mantém atividades como a pesca de tucunarés. Sua economia é impulsionada pela produção de blocos de cerâmica e pela agropecuária, com destaque para culturas como mamona, abóbora, melancia e abacaxi. A cidade também possui pequenos empreendimentos agrícolas familiares, que produzem uma variedade de frutas e vegetais.

Além disso, desde os anos 80, a cidade conta com Hospital e maternidade, proporcionando serviços de saúde à comunidade local.

No campo cultural, a cidade de Iaçu dispõe de um belo repertório de artistas:

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Foto extraída do Site Portal Férias

O principal  incentivador no campo do desenvolvimento da comunicação do município é o Senhor Adalberto Guimarães. Na música, o cantor Téo Guedes. Nas artes Rosângela Aragão. Na poesia Manoel dos Santos, para citar apenas alguns.

O campo das artes é bem produtivo nesta cidade, novos artistas surgem diariamente. E sobre isso falaremos porteriormente.

 

Leia também. Itaberaba -Uma pedra que brilha! ‣ Jeito de ver

Fonte:  História de Iaçu (indap.com.br)

 

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A difícil arte de organizar armários

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Imagem de Iván Serrano por Pixabay

Às vezes, dizem que é preciso correr na vida. Mas, pra quê tanta pressa? Ficar fazendo mil coisas, só pra no final perceber que esqueceu do principal: viver de verdade!

Viver de verdade é sentir cada momento, seja ele bom ou ruim.

Isso pede uma certa disciplina, porque dá vontade de sair atropelando tudo atrás de emoções. Mas é importante tirar um tempinho para relaxar e curtir o momento.

É claro que pensar no futuro é importante, mas não vale a pena ficar obcecado por ele e esquecer do agora.

Além das responsabilidades, é legal reservar um tempo para coisas novas: uma música diferente, um hobby, conhecer gente nova, ter experiências novas…

Que nesse tempo a gente consiga dar aquele abraço apertado, ter boas conversas e matar a saudade.

E que o trabalho não domine tanto a nossa vida a ponto de não sobrar tempo livre. É hora de organizar o armário, mas sem pressa!

 

Veja também: O Milagre da Atitude: O sentido no Cotidiano ‣ Jeito de ver

A estrada e o impossível – Caminhe! ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

Meu Triste Sertão (a última seca)

 

 

O chão sofrido era sépia,
As plantas  tristes, cinzas
Azul era o céu, sem nuvens…
A pele queimada era marrom
As folhas secas, eram pretas

E verde eram as barragens
Onde o gado se deitava
Em preces, para dormir,
e que jamais acordava

Onde os meninos pescavam
sonhos em improvisos.
Onde insetos moravam
O sol era de um eterno amarelo,
assim como o meu sorriso.

Como a estrada que deixamos para trás
Queimava a pele
Devorava matos, sonhos não vividos
E que não sonho jamais

Dos vagos espaços no teto
Por onde as estrelas passavam
Fugia também a esperança
De quem a chuva aguardava

E fugia do sertão,
Para sofrer n’outras paragens
Onde a sede não matava
E a água seria a bênção,

não a miragem…

Na velha carroça
Levava o quase nada
Só a vida…
Só os sonhos…
E a esperança da chegada

Ao lugar do outro lado
onde se encontrassem as cores,
E a primavera como um rio
que levasse as lembranças sépias
da tristeza, da morte…das dores.

Gilson Cruz

Leia também Um calor diferente – O que será isso? ‣ Jeito de ver

Programa Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca | Portal SEIA

 

O chão sofrido era sépia,
As plantas  tristes, cinzas

Poema para Aline (Carinha amarrada)

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Imagem de b13923790 por Pixabay

 

Reluzindo como o sol
numa carinha amarrada
Quando a pequena Aline sorria
não me faltava mais nada

Não amava fotografias
e bem menos, a minha canção
Quem diria, menina levada
que levarias o meu violão…

Levavas na carinha séria
Um misto de toda emoção
Escondia a dor, o medo
E  não gostava da minha canção? (insisto!)

Menina, acredite na vida
Nos sonhos, no amanhã, no porvir
Não tema, solidão ou partidas
A vida sempre vai lhe sorrir

Em nobres dia de sol
num belo amanhecer
Trazendo risos, um Sol Maior
Nessa escala de crescer…

E como num fim de tarde
Quando a solidão bater
Não chore, não faça alarde
É mais que hora de aprender

E viver, luzir como o sol
Sem uma carinha amarrada
Como, naqueles tempos sorrias
Que não faltava mais nada.

 

Leia também O pequeno mundo de Lis ( Poema à Felicidade) ‣ Jeito de ver

Como gostar de estudar? Dicas para ter prazer na aprendizagem (kumon.com.br)

 

 

O Milagre da Atitude: O sentido no Cotidiano

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Imagem de Engin Akyurt por Pixabay

 

A forma como encaramos o dia
não mudará seu curso
ou a postura das pessoas

A maneira como enfrentamos o dia
não fará as nuvens pesadas sumirem
ou o sol diminuir seu brilho
no auge de um intenso verão.

Como encaramos o dia
não fará problemas desaparecerem
como coelhos de cartolas
aos olhos maravilhados de crianças num velho circo itinerante, no interior.

O modo de encarar o dia
não fará milagres, não…

Mas, o modo como encaramos as coisas
nos ajudará a entender o tempo e as atitudes,
nos ajudará a perceber o fluxo da vida e da natureza,
e entender a verdadeira mágica em superar cada obstáculo
e  sentir então a leveza de aprender a cada dia

Entender que crescer e superar
são os milagres que aguardamos com os olhos fechados a cada noite
e despercebemos na ansiedade do dia a dia

Aprender será sempre a melhor atitude.

Gilson Cruz

Veja também A estrada e o impossível – Caminhe! ‣ Jeito de ver

 

A estrada e o impossível – Caminhe!

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Imagem de Tumisu por Pixabay

 

 

Agora a estrada é sua!

As pessoas que passam ao seu lado podem ser indiferentes ao seu estilo, à sua direção, mas independe delas o caminho a seguir.

Imagine como seria a arte, se alguém não se atrevesse a desafiar o convencional? Ou como seria alguém não tivessem dito pela primeira vez: É possível?

Sim, acreditar no impossível, ainda que ele exista, apenas limita a nossa capacidade de ousar – e às vezes, isso é tudo o que se precisa.

Ouse acreditar num projeto, ainda que outros o ignorem.

Acreditar nas razões. pois sempre haverá uma.

Acreditar no possível, pois sempre haverá um meio!

Agora, a estrada é sua – caminhe.

Trace seus planos rumo ao impossível, e se estes não forem alcançados, respire, olhe para trás, veja o quanto você já conquistou nesta estrada.

Portanto, continue!

Gilson Cruz

Leia também Retratos da vida – o que deixamos passar ‣ Jeito de ver