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Minha Pequena Cidade: Santa Terezinha

A Nova Praça Ápio Medrado

Fotografia Jeitodever.

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era bela,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra estrela”.

“A Rua” – Mario Quintana

 

Não sei se o prédio da Prefeitura era cinza ou se essa é a cor da minha memória, mas era verão quando lá cheguei, há muito tempo.

Os velhos bancos deteriorados numa velha praça de imensas árvores nativas, sem ladrilhos, castigada pelo andar de milhares de pessoas ao longo dos velhos anos.

De frente com a praça, a tradição de Seu João do Bar, a meiguice da Professora Marlene e os doces risos iluminados de Dona Lourdes.

Senti-me bem-vindo.

Dona Maria Medrado e as velhas fotografias falavam um francês perfeito e um belo inglês – privilégio de uma antiga elite.

Lembro das histórias que contava…
Suas fotografias me deixaram apaixonado e as histórias de sua vida, seu primeiro amor, seus pais, primos e irmãos me mostraram o quanto a vida muda em tão pouco tempo.

Caminhando mais à frente, havia o Paço Municipal e um espaço que seria, no futuro, a Câmara Municipal dos Vereadores.

Antes, as sessões eram realizadas num velho espaço na Praça da Bandeira, vizinho ao cadastro de Serviço Militar, de onde podia ver o Clemenceau Teixeira.

O Clemenceau era o antigo colégio onde os alunos pareciam felizes por estudar.
Aquele prédio onde, havia muito tempo, tratavam as folhas do fumo, lá conheci a Nair.

Nair era jovem, linda, como era também lindo o seu jeito de falar. Amava o Fernando Mendes e Giz, da Legião Urbana.

Amiga das melhores histórias e que jovem se foi.

Na mesma rua havia a Delegacia de Polícia e o delegado Joanito e o cabo Bellini.
Joanito era amável e corajoso.
Disfarçado, em uma ocasião, conseguiu abater um bandido extremamente violento.
Mas era paciente.

De lá havia uma subida para a rua, que seria o alto do sossego, e descia a Rua da Casa Forte… onde morei e descobri os escorpiões…
Não, não sou amigo deles. Era lá que moravam as crianças Yana, Everaldo, Nil… e no número 16, a Nair.

Naquela rua havia ainda o rebuliço; uma pessoa querida havia perdido a vida. Afogado.
Triste começo.

Descendo a Rua da Casa Forte, havia a entrada para a rua do Minadouro, ou Minador, onde sempre morará em minhas memórias a Professora Dinalva.
Ela amava me presentear com mangas e mangas.
Eu amava Dona Dinalva e Dona Edite, a encarregada de me entregar.

As velhas e belas árvores embaladas pela ventania me encantavam tanto quanto me assustavam.

Como era uma rua sem saída, então costumava voltar e andar em nova direção pelas ruas 2 de Julho, onde morava o Bigu e o meu amigo Nereu.

Nereu morava no Rio, amava o Vasco e me explicava política… se tornou colega de trabalho.

Havia também um campo próximo à Rua 2 de Julho, e por isso chamavam-na também de Rua do Campo (e isso me enlouquecia; numeração repetida era sinônimo de confusão…)

A rua de cima era a Rua Elísio Medrado, tio da Dona Maria, da primeira rua em frente à praça, que me disse uma vez ser este uma pessoa muito bondosa.

Que ajudava os doentes.

Não sei se, por coincidência, esta rua levava ao município com o mesmo nome, mas antes, na metade do caminho, me permitia descer e visitar Pedra Branca, onde conheci a Almerinda.

Impossível não amar a Almerinda… sempre preocupada com os filhos.

Mas, desta vez, voltei da Rua e encontrei a Rua das Pedrinhas e, de lá de cima, vi a pequena ponte entre as ruas 2 de Julho, Pedrinhas e a Praça da Bandeira, vizinha à Duque de Caxias.

Resolvi não voltar pelo mesmo caminho; segui em frente e cheguei à rua Alto da Boa Vista.

De lá de cima, olhei a primeira rua.

O grande prédio da Igreja.
A minha praça favorita, onde fui vizinho por um tempo.

As montanhas cercam a Cidade de Santa Terezinha

Fotografia por Jeitodever.

A Praça Ápio Medrado.

Fotografia por Jeitodever.

Vi a Rua José Batista, Castro Alves, Armando Messias…

Não havia muitas ruas.

Talvez o casarão em frente à agência onde trabalhei por dez anos ainda guarde as memórias de uma linda bailarina que um dia passou as férias naquela pequena cidade.

Ou a pequena agência da época guarde a tristeza de estar só, por tanto tempo.

Talvez pareça estranho lembrar tanta coisa depois de quase trinta longos anos…

Recordo a Moreninha, a prefeita eleita na ocasião, Clemente, o ex-prefeito da época, Dona Antonia, Dona Margarida, meu irmão Rubão e a estrada que levava a Castro Alves…

Onde os moradores revoltados um dia queimaram pneus em protesto pelas péssimas condições da pista…
Dia histórico!

Quando cheguei, a cidade era pequena e talvez não tenha crescido tanto.
Tive receios de voltar e encarar as memórias.

A cidade era pequena e grande para mim, que não conhecia muitas pessoas e que se apaixonou por todos de uma maneira bem especial, embora vivesse sozinho, longe da família e dos velhos amigos.

O vento soprava nas minhas madrugadas e, por muitos anos, foi o som das minhas noites.
Me traziam versos que não pude compartilhar e que destruí quando chegou a hora de partir.

E parti.

E a imagem daquela pequena cidade ainda permanece gravada, como uma fotografia, em minha mente.

Impossível não recordar a Ene se preocupando em ajudar as pessoas, o amor entre as famílias com quem pude trabalhar, a Ellis que amava a Argentina, o incrível Doutor Marcos…

Impossível esquecer o céu e a lua, nascendo brilhantes no horizonte, entre os montes, fazendo companhia a mim e aos meus livros e ao violão, naquela mesma velha praça. Cheia de árvores.

O antigo sobrado

Fotografia por Jeitodever

Há muitos ainda na memória, se transformando em palavras, na minha saudade…

Muitos ainda habitam as minhas memórias e sonhos.

As recordações me arrebatam aos meus vinte e três anos, quando a cidade apenas começava a despertar.

Onde a lua, as ruas escuras e a solidão de minha pequena casa me ensinavam o duro processo de crescer.

E meus passos se apagaram, como os passos daqueles que caminharam na velha praça antes de mim.

Talvez, no futuro, com cabelos ainda mais grisalhos, eu volte e trabalhe apenas mais um dia na terra em que comecei… faça as pazes comigo mesmo e abrace pela última vez, para sempre, o meu pequeno lar.

A cidade de Santa Terezinha.

Mas, as coisas findas,
Muito mais que lindas, estas ficarão”
– Carlos Drummond de Andrade

Leia também Voo efêmero – um breve encontro ‣ Jeito de ver

Santa Teresinha (Bahia) – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

A prisão da alma – uma mente cativa

A imagem do desânimo.

Imagem de Anemone123 por Pixabay

 

Ele saiu de casa determinado a acabar com o mundo

não retribuía aos acenos

não sorria,

esbravejava com  quem o cumprimentava.

Ele partiu de casa, determinado a revidar contra o mundo

todas as injustiças que a vida lhe impôs:

as perdas, a solidão, a timidez

golpeava o ar, como a um adversário imaginário.

Saiu de casa

apenas para fazer o mesmo:

sua rotina, sua pressa, sua raiva

e não queeria mudar.

Saiu

apenas por sua obrigação

por um nada, por um fim de mês

pela raiva…

 

E teve um péssimo dia…

Pois estava preso…

numa mente cativa!

Gilson Cruz

Veja mais em O Milagre da Atitude: O sentido no Cotidiano ‣ Jeito de ver

 

Furacões – Histórias e Curiosidades

Conheça a um pouco da história dos furacões.

Por que os furacões recebem nomes de pessoas?

Arlene, Bret, Cindy, Don, Emily, Franklin, Harvey, Beatriz, Calvin, Dora, Eugene, Fernanda, Greg, Hilary, Irwin e Kenneth… a lista é extensa!

Quem são essas personalidades?

Veja a manchete a seguir:

Em 25 de junho de 2024, às 19:00, “o furacão Beryl” se formou no Atlântico Norte com uma velocidade de vento inicial de 28 km/h.

Todos os nomes mencionados referem-se a furacões.

Mas, qual é o motivo para se atribuir nomes a furacões nos Estados Unidos?

Vamos entender melhor…

Um furacão é um tipo de ciclone tropical caracterizado por ventos fortes que atingem velocidades de pelo menos 119 km/h, e é frequentemente associado a chuvas torrenciais e nuvens que se organizam em um padrão espiral.

Quando Começa e Termina a Temporada de Furacões nos Estados Unidos?

A temporada de furacões no Atlântico começa em 1º de junho e vai até 30 de novembro, impactando principalmente os EUA. Esse período foi definido com base na tendência histórica de formação de furacões, mas eles podem ocorrer fora dessas datas.

O Centro Nacional de Furacões (NHC), ligado à NOAA, é essencial na monitoração e previsão desses eventos.

Estados e cidades mais atingidos, como Flórida, Texas e Carolina do Norte, se preparam com antecedência, atualizando planos de emergência, realizando simulações de evacuação e se coordenando com agências e organizações de socorro

Como São Dados os Nomes dos Furacões?

A nomeação organizada de furacões começou nos anos 50 pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), que criou listas padronizadas para esses eventos climáticos.

Originalmente, só se usavam nomes femininos, mas nos anos 70, a OMM incluiu nomes masculinos para promover igualdade de gênero. Desde então, os nomes alternam entre masculinos e femininos.

Há uma lista de nomes para cada ano, que se repete a cada seis anos.

A OMM elabora e mantém essas listas, escolhendo nomes fáceis de reconhecer e distintos para evitar confusão.

Os nomes seguem a ordem alfabética: o primeiro furacão da temporada começa com “A”, o segundo com “B”, e assim sucessivamente.

Quando o nome de um furacão é removido?

Se um furacão é particularmente devastador ou letal, seu nome é removido das listas em respeito às vítimas e para evitar conotações negativas.

Nomes como Katrina (2005) e Sandy (2012) foram retirados após causarem grandes estragos.

As listas são periodicamente revisadas para incluir nomes mais modernos e culturalmente apropriados.

Quando um furacão provoca danos significativos ou resulta em muitas mortes, seu nome é “aposentado” para evitar confusão e insensibilidade em eventos futuros.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) é encarregada de remover esses nomes das listas e substituí-los por outros.

Nomes de furacões com impactos memoráveis são retirados para evitar associações negativas em futuros eventos climáticos.

Por exemplo, o furacão Maria, que em 2017 causou destruição em massa em Porto Rico, resultando em milhares de mortes e um impacto econômico significativo, também teve seu nome aposentado.

Novos nomes são sugeridos pelos comitês regionais da OMM, que apresentam uma lista de nomes não ofensivos e de fácil pronúncia em diversas línguas.

Retirar os nomes de furacões do uso é crucial para garantir clareza e respeito em futuras previsões e relatórios meteorológicos, prevenindo confusões e prestando homenagem àqueles impactados pelos desastres naturais mais devastadores.

Relembrando os Furacões e Tornados Mais Violentos da História

Os Estados Unidos têm uma longa história de enfrentamento de furacões e tornados devastadores, eventos climáticos que muitas vezes resultam em perdas humanas significativas e danos econômicos extensivos.

Entre os mais notáveis estão o Furacão Katrina, o Furacão Harvey e o Tornado de Joplin, cada um deixando uma marca indelével na memória coletiva do país.

Furacão Katrina (2005): Formado em agosto de 2005, o Furacão Katrina rapidamente se intensificou, atingindo a categoria 5 no Golfo do México.

Após tocar terra como um furacão de categoria 3 perto de Nova Orleans, a cidade foi devastada devido à falha dos diques, resultando em inundações catastróficas.

O Katrina causou mais de 1.800 mortes e danos econômicos estimados em 125 bilhões de dólares, tornando-se um dos desastres naturais mais caros da história dos Estados Unidos.

Furacão Harvey (2017): Em agosto de 2017, o Furacão Harvey atingiu o Texas como um furacão de categoria 4.

Harvey é particularmente lembrado pela quantidade de chuva que trouxe, resultando em inundações históricas na área de Houston.

A tempestade permaneceu praticamente estacionária por vários dias, despejando mais de 60 polegadas de chuva em algumas regiões.

Os danos econômicos foram estimados em 125 bilhões de dólares, e o evento resultou em 107 mortes.

Tornado de Joplin (2011): Em 22 de maio de 2011, um tornado de categoria EF5 atingiu a cidade de Joplin, Missouri.

Com ventos superiores a 200 mph, o tornado devastou grande parte da cidade, resultando na morte de 158 pessoas e ferindo mais de 1.000.

O Tornado de Joplin é um dos tornados mais mortais da história recente dos Estados Unidos e causou danos estimados em 2,8 bilhões de dólares.

Esses eventos sublinham a necessidade de preparação e resiliência diante de fenômenos climáticos extremos.

Os esforços de recuperação, que muitas vezes envolvem anos de trabalho e bilhões de dólares, são testemunho do impacto duradouro que esses desastres podem ter sobre as comunidades afetadas.

Interessante, não é verdade? Há um alerta porém:

ALERTA:

“Mudanças nos ventos da alta atmosfera terrestre, provocadas pelo aquecimento da superfície marítima no Oceano Pacífico Oriental, são responsáveis pelo aumento previsto na frequência de furacões nas áreas costeiras”.

Aquecimento global aumenta a frequência dos furacões – Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

Há a possibilidade do aumento de tais ocorrências.

Embora a probabilidade de eventos de grande magnitude ocorrer no Brasil seja pequena, não é impossível. A atividade humana predatória tem causado danos quase irreversíveis.

A ação baseada no conhecimento de tais fenômenos pode preservar vidas. As atividades de preservação podem salvar muito mais.

Leia também: Projetos de lei que agridem o ambiente ‣ Jeito de ver

Dia dos Pais – Origem e curiosidades

Imagem de Keelco23 por Pixabay

“Tornar-se pai é fácil. Difícil é sê-lo.” (Wilhelm Busch)

“Quando o filho aprende com o pai, ambos dão risada. Quando o pai aprende com o filho, ambos choram.” (William Shakespeare)

Falar dos pais não é uma tarefa difícil… quando jovens nos queixamos , quando envelhecemos, falamos da falta que nos faz…”(Autor desconhecido)

Nestas bandas, o dia dos Pais é celebrado no Segundo Domingo de Agosto. Famílias se reúnem, contam casos, riem juntas…que oportunidade maravilhosa de reunir a família. Não é verdade?

Você sabia, que embora essa data seja celebrada em muitos países, o dia escolhido pode variar.

Vamos à história.

A origem 

A origem do Dia dos Pais é atribuída a Sonora Smart Dodd de Spokane, Washington, em 1909. Inspirada pelo Dia das Mães, ela quis homenagear seu pai, William Jackson Smart, que criou sozinho seus seis filhos após o falecimento de sua esposa.

A primeira data pensada para a celebração foi o aniversário de seu pai.

Em 1924, o presidente Calvin Coolidge apoiou a ideia publicamente, mas somente em 1972 o presidente Richard Nixon reconheceu o Dia dos Pais como um feriado nacional nos EUA.

Hoje, o terceiro domingo de junho é dedicado aos pais em vários países, incluindo Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, França, Países Baixos, Macau, Malásia, África do Sul, Argentina, Peru, México, Chile, Equador e Índia.

No entanto, registros de homenagens aos pais datam de muito antes da celebração moderna, como na Babilônia antiga, onde há cerca de 4 mil anos, um jovem chamado Elmesu teria gravado um desejo de saúde e longevidade para seu pai em um tablete de argila.

 O Dia dos Pais no Mundo

No Ocidente, o Dia dos Pais frequentemente coincide com o dia dedicado a São José, o pai adotivo de Jesus Cristo.

Em Portugal e Espanha, a celebração ocorre em 19 de março, enquanto no Brasil, é no segundo domingo de agosto. Nos EUA e na Inglaterra, a data é marcada no terceiro domingo de junho.

Outras nações têm suas próprias datas, como 19 de março em países como Portugal, Angola, Bolívia e Itália; 23 de fevereiro na Rússia; 21 de junho na Grécia e Noruega; o primeiro domingo de setembro na Austrália e Nova Zelândia; e o segundo domingo de novembro na Suécia, Finlândia e Estônia.

No Brasil, o Dia dos Pais foi criado por Sylvio Bhering, publicitário e diretor do jornal O Globo e da Rádio Globo, com o objetivo de homenagear os pais e também para promover o comércio.

Originalmente, a data era celebrada em 16 de agosto, em honra a São Joaquim, pai de Maria.

A primeira comemoração aconteceu em 1953.

Com o passar do tempo, a data foi transferida para o segundo domingo de agosto, aproveitando o fim de semana para reunir as famílias. Neste dia, são realizadas várias celebrações, apresentações, almoços em família e troca de presentes em todo o país.

É um fato que, embora as gerações mudem e os conceitos evoluam, pais verdadeiros sempre desejam o melhor para seus filhos. Podem ser mal compreendidos ou considerados antiquados, mas o amor de um pai é constante.

Não aguarde uma ocasião especial para reconhecer aqueles que o amam. Não relegue seus pais ao esquecimento.

Ame-os e mantenha a comunicação constante.

Os pais somente podem dar bons conselhos e indicar bons caminhos, mas a formação final do caráter de uma pessoa está em suas próprias mãos.” (Anne Frank)

Leia também O que pode acontecer hoje – faça o seu dia! ‣ Jeito de ver

 

The Carpenters: A perfeição e o drama

The Carpenter uma história de sucesso e drama.

(Photo by Chris Walter/WireImage)

Quando eu era jovem, costumava ouvir uma música no rádio que me transportava no tempo. A nostalgia e a alegria que sentia eram incríveis!

Mesmo sem entender a letra, a voz suave da cantora aliviava minhas frustrações. Depois de muito tempo, redescobri aquela canção mágica: “Yesterday Once More”, do The Carpenters.

A letra evoca memórias e sentimentos intensos.

O narrador relembra ouvir suas canções favoritas no rádio, revivendo momentos de sua juventude. A música captura a felicidade e a saudade que essas lembranças despertam, ressaltando como as canções antigas nos levam de volta a tempos mais simples e felizes.

O refrão enfatiza a habilidade da música de nos fazer sentir como se estivéssemos revivendo instantes preciosos, expressando o desejo de revisitar esses tempos por meio das melodias e letras que marcaram uma vida.

O reencontro com a voz impecável de Karen Carpenter e as harmonias esplêndidas de Richard me fizeram recordar a história do The Carpenters. Que tal compartilharmos um pouco dessa história?

O Início

O duo The Carpenters, formado pelos irmãos Karen e Richard Carpenter, surgiu na infância de ambos, em New Haven, Connecticut. Richard se destacou como pianista prodígio, enquanto Karen, inicialmente inclinada para esportes, descobriu seu talento para a bateria e o canto.

Em 1963, a mudança para Downey, Califórnia, foi decisiva. Imersos em um ambiente cultural vibrante, dedicaram-se à música. Richard aprimorou suas habilidades na California State University, Long Beach, e conheceram colaboradores importantes.

Em 1969, formaram “The Carpenters” e assinaram com a A&M Records. Lançaram seu primeiro álbum, “Offering” (renomeado “Ticket to Ride”), que abriu caminho para o sucesso subsequente.

Sucesso e Fama Internacional

O sucesso veio com o álbum “Close to You” (1970) e o single homônimo, que alcançou o primeiro lugar nas paradas dos EUA. A combinação da voz suave de Karen e os arranjos sofisticados de Richard criou um som único, cativando uma ampla audiência.

Outro grande sucesso foi “We’ve Only Just Begun”, que se tornou um hino de casamentos e celebrações.

Os Carpenters ganharam popularidade mundial com suas baladas românticas e melodias cativantes.

Embarcaram em turnês internacionais, marcadas pela perfeição vocal e instrumental, ganhando admiração do público e da crítica. Receberam prêmios, incluindo três Grammy Awards, e suas músicas continuam sendo celebradas.

Problemas de Saúde

Karen Carpenter enfrentou críticas severas e preconceitos que afetaram profundamente sua vida pessoal e carreira, contribuindo para sua luta contra a anorexia nervosa. A pressão para manter uma imagem pública idealizada agravou seu estado de saúde.

Essa batalha afetou a dinâmica do grupo, com atrasos na produção musical e interrupções nas turnês.

A luta de Karen destaca a necessidade de um ambiente mais compassivo e de apoio na indústria musical,  enfatiza também a importância de abordar questões de saúde mental e bem-estar com seriedade, oferecendo lições valiosas para jovens artistas.

Maiores Sucessos

O grupo deixou uma marca indelével na música pop com sucessos como “Close to You”, “We’ve Only Just Begun”, “Top of the World” e “Rainy Days and Mondays”. Essas músicas definiram a carreira dos Carpenters e ajudaram a moldar o cenário musical dos anos 70.

A história dos Carpenters é fascinante por várias razões. Mesmo em uma era dominada pela cultura hippie e pelo novo rock, destacaram-se com um estilo único, oferecendo um contraste notável.

A marca dos Carpenters na indústria musical é profunda e duradoura, inspirando lições sobre perseverança, resistência e autocuidado.

Ouvir “Yesterday Once More” ainda me proporciona belas emoções.

Leia mais em:

A Busca pelo Corpo Perfeito ‣ Jeito de ver

Fonte: Carpenters – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Que tal conhecer o Grupo The Carpenters?  Ouça a nossa playlist abaixo, no Spotify:

Os dramas que não conhecemos

Cada pessoa carrega um misto de sentimentos, dramas imperceptíveis aos olhos

Imagem de Victoria por Pixabay

Os dramas que não conhecemos

Sabe aquelas pessoas que estampam em seus rostos reluzentes os mais belos sorrisos, mas que no fundo carregam o peso de estar em outra realidade?

Há muito tempo, ouvi a história do Palhaço, conhecido pelo dom de trazer alegria e risos a todos que assistiam aos seus espetáculos.

Dizia o conto que uma pessoa muito triste procurava por muito tempo a ajuda de profissionais sem alcançar resultados.

Um profissional amigo, preocupado, sugeriu: – “Olha, soube que na cidade há um palhaço capaz de alegrar o dia de todo mundo. Que tal assistir à sua apresentação?”

Ao que o amigo respondeu: – “Não posso, Doutor. Eu sou o Palhaço!”

Cada pessoa carrega seus próprios sonhos e dramas.

Cada pessoa carrega seus próprios sonhos e dramas.

Alguns desses dramas são imperceptíveis aos olhos de outros e, convenhamos, alguns desses dramas nem mesmo elas conhecem a origem.

Experiências traumatizantes na infância, que deveria ser a mais bela fase da vida, podem trazer reflexos na vida adulta.

Bullying, abuso psicológico, físico, rejeição, abandono e humilhação podem deixar marcas profundas, resultando em crises de ansiedade e outros problemas emocionais na vida adulta.

O fato de tais experiências estarem escondidas no labirinto da memória pode externar a impressão de que nada está acontecendo, o que agrava ainda mais o desespero de não saber a origem dos gatilhos.

E lá no fundo, os dramas que não conhecemos estão cobrando um preço!

Segundo alguns pesquisadores, até mesmo problemas durante a gestação podem moldar a saúde mental de um adulto.

Mas, o que fazer?

Primeiro, esteja presente. Seja companheiro, aprenda a ouvir.

Lembre: costumamos ser míopes quando olhamos o sofrimento dos outros. A humanidade precisa de empatia.

Segundo: Apoie.

O tratamento profissional é necessário e, por se tratar de algo desenvolvido por toda uma vida, não haverá solução rápida. É necessário ter paciência. – Não é isso que a gente espera do mundo e o mundo espera de nós?

Não se trata de uma questão de fé ou crença, é uma questão de saúde.

Esteja atento, seja companheiro, apoie e incentive a busca profissional. Não critique!

Caso estes dramas também o aflijam, busque a ajuda de verdadeiros amigos e profissionais da área.

Leia também:  Depressão – como ajudar? (Informativo) ‣ Jeito de ver

 

Clube dos 27 – Não há glamour na tragédia

Clube dos 27 - A glamourização da tragédia.

O que é o Clube dos 27? (Imagem: Pinterest)

Clube dos 27 – Não há glamour na tragédia

Amy Winehouse, Kurt Cobain, Robert Johnson, Brian Jones (membro fundador dos Rolling Stones), Janis Joplin, Jimi Hendrix, Jim Morrison (do The Doors) – o que eles têm em comum?

Artistas de sucesso do mundo da música que tiveram suas vidas interrompidas aos 27 anos. Daí a origem do termo “Clube dos 27”.

A criação de termos como “Clube dos 27” visa dar uma áurea de glamour, magia e mesmo mistério ao fato trágico de que pessoas públicas foram trituradas pela máquina da indústria da música.

Não há glamour algum na morte da jovem Amy Winehouse, que teve uma vida conturbada e seu talento natural explorado por todos ao seu redor.

Seu estilo único de cantar, que trazia um misto da dor do Soul dos anos 60 e a energia pulsante do Jazz dos anos 40, numa roupagem moderna e eletrizante, chegou ao fim no dia 23 de julho de 2011.

Ela ingeriu altas doses de álcool.

Consegue imaginar quão perturbada estava a mente dessa jovem cantora?

Não há beleza em se perder tão jovem!

Brian Jones, membro fundador dos Rolling Stones, foi afastado da banda que criou, pois já não conseguia mais cumprir compromissos, nem ter o mesmo desempenho como músico, devido ao seu vício em drogas.

No dia 3 de julho de 1969, foi encontrado morto em sua piscina. A suspeita é que o uso de drogas tenha facilitado sua morte.

Consegue imaginar o drama ou desespero causado pelo vício em drogas?

Artistas virtuosos como Jimi Hendrix (18/09/1970), Jim Morrison (3/07/1971) e Janis Joplin (4/10/1970) tiveram morte similar.

O desespero de escapar, por instantes, dos seus pesadelos, ou de esquecer as pressões do sucesso, resultou no abreviamento de suas vidas e, consequentemente, carreiras.

Robert Johnson, chamado de Rei dos Delta Blues, morreu de sífilis em 16 de agosto de 1938.

Alguns defendem a ideia de que morrer no auge é uma maneira de eternizar-se, ser lembrado como jovem – jovem para sempre! Essa ideia romantiza todo o sofrimento e desespero escondidos em cada segundo das vidas dos biografados.

É um pensamento explorado pelas indústrias que continuam lucrando com os espólios de artistas que, sob a resposta primária de não serem esquecidos, geram bilhões em lucros.

O fato de alguns perderem a liberdade de sair às ruas por causa de fotógrafos clicando cada centímetro de seus passos, que gostariam de voltar para casa após os shows e receber o abraço de alguém que sentisse amor de verdade por eles, é tão romântico quanto o vazio que deixaram em suas famílias.

Romantiza o fato de que perderam também a liberdade criativa e se tornaram reféns de uma indústria que suga cada gota de suor e sangue criado cuidadosamente para seus personagens.

Romantiza o fato de que muitos se perderam em seus personagens.

E enquanto isso, meros sonhadores romantizam a eternidade não usufruída pelos artistas, que não tiveram o prazer de ver seus filhos correndo no jardim, envelhecer ao lado da pessoa amada e se tornarem apenas meros adultos quadrados – mas, amados de verdade.

Não há beleza em se perder tão jovem.

Leia também: Propaganda musical e Empobrecimento cultural ‣ Jeito de ver

Clube dos 27 – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

O cantor sincero que ninguém ouviu!

Uma ficção sobre a indústria da música.

Imagem de Pexels por Pixabay

Sabe aquele tipo de cantor que tem tudo pra dar errado? Carlos Alvinegro era um desse tipo.

Apesar da bela voz, da barba bem feita e do incrível talento, ele tinha um probema: Era sincero demais!

Não, não. Sinceridade  não é aquilo que alguns confundem com grosseria. É a qualidade de dizer a verdade de forma honesta e sem falsidade, expressando os próprios sentimentos e pensamentos genuínos.

Ele sabia que ao longo do tempo suas canções vinham caindo de qualidade, mas o público continuava fiel – não importava as letras.

Ele tinha o apoio total da gravadora e sobreviveu às mudanças da era digital, passou a investir também no Sertanejo.

Bem, são tantos caminhos do Sertanejo que não sei exatamente em qual ele entrou.

Os empresários adoraram e a partir daí houve uma transformação brutal no estilo e nas letras do Carlos. Passou a falar de bois, tratores, soja, do romantismo que era ser empresário e comprar um monte de amores…

Ele tentou…

Mas, Carlos odiava tudo aquilo.

Não se identificava com a música engessada, as letras hipócritas e não raro iniciava os shows com palavras de carinho ao público, que podiam ser facilmente mal interpretadas:

-“Essa canção eu não fiz e não entendo o que a letra quer dizer, mas se vocês gostam… deve significar alguma coisa! Vocês são demais!!!”

A voz suave e o jeito amável de dizer tais palavras cativavam o público.

Assim como era comum no mundo musical, Carlos não compunha as suas próprias músicas. Ele apenas interpretava aquilo que os empresários mandavam cantar. Letras rasas para um grande público raso!

E foi assim por muitos anos, até que ele cansou. Brigou com todo mundo! Ele queria fazer as suas próprias músicas, voltar ao seu estilo!

Mas, os empresários não gostaram da ideia. Explicaram: “Se você quiser sair… a gente cria outro! O povo nem vai perceber!”

Carlos, chateado, sentindo-se usado pelo sistema, decidiu: “Vou estragar tudo!”

E, num estádio lotado, de pessoas da cidade, vestindo roupas de couro sintético, com celulares apontando para o palco, mecanicamente como das outras vezes, em meio às luzes coloridas e escuras do palco ele cantou:

Ouça (escute) a letra:

E o povo chorava, aplaudia, pedia bis.

Não escutaram nada. O público já estava estragado!

E foi o último show do desiludido Carlos Alvinegro.

Veja também A música atual está tão pior assim? ‣ Jeito de ver

Melodia com o auxílio do Udio.IA

Propaganda musical e Empobrecimento cultural

A uniformidade na promoção dos estilos musicais populares tem contribuído para o empobrecimento cultural.

Imagem de Thomas Wolter por Pixabay

Lá estão eles: nas plataformas digitais, rádios e mesmo na televisão. Cantores diferentes (!?), cantando com as mesmas vozes, nos mesmos estilos, músicas que parecem serem as mesmas!

Você talvez não se pergunte o por quê da falta de variedade, talvez ache normal. Mas, trata-se de uma fórmula comercial e o valor investido na divulgação desta fórmula é absurdo.

-Mas, se está dando certo, por que não continuar investindo no mesmo?

Investir em algo que dá resultados, gerando lucros – esse é o objetivo comercial. Mas, como isso afeta a arte?

Como a Falta de Variação na Divulgação dos Estilos Musicais de Sucesso Tem Empobrecido a Cultura?

A Qualidade Artística Ofuscada pela Propaganda

Em meio a uma vasta gama de talentos e inovação no cenário musical, a qualidade artística frequentemente se encontra ofuscada por estratégias de marketing agressivas.

Existe uma riqueza inegável de artistas que desafiam os limites tradicionais da música, oferecendo novas perspectivas e experiências sonoras únicas. No entanto, a dominação de certos estilos musicais, amplamente promovidos por campanhas publicitárias intensivas, tem limitado a exposição a essa diversidade.

A indústria musical moderna favorece, de maneira desproporcional, estilos musicais que são considerados mais comerciais e facilmente digeríveis pelo grande público.

Este fenômeno resulta em uma proliferação de músicas que frequentemente seguem fórmulas previsíveis e repetitivas, deixando pouco espaço para a experimentação e a originalidade.

Em muitos casos, artistas que se destacam por sua autenticidade e inovação acabam por não receber a atenção que merecem devido a um sistema que prioriza o retorno financeiro imediato.

A propaganda massiva, apoiada por investimentos substanciais, cria um ciclo vicioso onde os estilos musicais promovidos se tornam os mais consumidos, e, consequentemente, recebem ainda mais visibilidade e recursos.

Este mecanismo perpetua a predominância de certos gêneros, enquanto outros, potencialmente mais ricos artisticamente, permanecem à margem.

Além disso, a repetição contínua de músicas semelhantes nas rádios, playlists e mídias sociais reforça a percepção de que esses estilos são os únicos dignos de atenção.

Este cenário não apenas empobrece a experiência cultural dos ouvintes, mas também desestimula a criação de obras mais ousadas e inovadoras por parte dos artistas, que se veem pressionados a conformar-se às demandas do mercado para alcançar sucesso comercial.

O Papel do Agronegócio na Indústria Musical

Nos últimos anos, o agronegócio tem desempenhado um papel significativo na promoção de determinados estilos musicais.Grandes empresas do setor têm investido pesadamente em artistas que, muitas vezes, são moldados para atender a um público amplo e passivo.

Esses investimentos resultam em músicas que frequentemente carecem de profundidade e autenticidade, sendo produzidas com o único propósito de entreter.

Esse fenômeno não se limita ao agronegócio; outros setores empresariais também adotam essa abordagem. No entanto, o impacto do agronegócio é particularmente notável devido ao seu poder econômico e alcance.

A relação entre essas empresas e a indústria musical cria uma dinâmica onde apenas certos estilos musicais recebem destaque, promovendo uma cultura musical homogênea e empobrecida.

As implicações culturais desse fenômeno são profundas.

A diversidade musical é essencial para o enriquecimento cultural e para a expressão de diferentes experiências e emoções humanas.

Quando o investimento é direcionado apenas para artistas e estilos que garantem retorno financeiro rápido e elevado, outros gêneros musicais, que poderiam contribuir significativamente para a cultura, acabam sendo negligenciados.

A promoção contínua de músicas focadas unicamente no entretenimento contribui para a criação de uma audiência passiva, que consome música sem reflexão ou busca por opções mais autênticas e variadas.

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Além disso, a constante promoção de músicas voltadas apenas para o entretenimento contribui para a formação de uma audiência passiva, que consome música sem questionar ou buscar alternativas mais autênticas e diversificadas.

Isso reforça a ideia de que a música é apenas um produto de consumo, em vez de uma forma de arte capaz de provocar reflexão e mudança social.

Portanto, é crucial reconhecer o papel do agronegócio e de outros setores empresariais na configuração da indústria musical atual.

Plataformas Musicais e YouTube: Ferramentas ou Obstáculos?

As plataformas musicais digitais e o YouTube têm o potencial de ser veículos poderosos para a democratização e a diversidade musical.

No entanto, esses mesmos canais podem atuar como obstáculos, limitando a exposição dos usuários a uma gama diversificada de estilos musicais. A dualidade dessas plataformas está intrinsecamente ligada ao funcionamento dos algoritmos e à presença de conteúdo patrocinado.

Por um lado, serviços como Spotify, Apple Music e YouTube oferecem um acesso sem precedentes a uma vasta biblioteca de músicas de todo o mundo. Esses recursos poderiam, teoricamente, permitir que os ouvintes explorassem novos gêneros e artistas que de outra forma permaneceriam desconhecidos.

Eles também possibilitam que artistas independentes alcancem um público global, democratizando a produção e a divulgação musical.

Por outro lado, os algoritmos dessas plataformas são projetados para maximizar o tempo de engajamento do usuário, o que muitas vezes resulta na promoção de músicas que já são populares ou que têm maior probabilidade de gerar receita através de patrocínios.

Isso cria um ciclo vicioso onde os mesmos estilos musicais e artistas são continuamente promovidos, enquanto estilos inovadores e menos comerciais são marginalizados.

A existência de investimentos patrocinados também alimenta essa tendência, já que as músicas com maior apoio financeiro em marketing tendem a ser privilegiadas pelos algoritmos de recomendação. Esse fenômeno pode afetar profundamente o gosto musical das pessoas, direcionando suas escolhas para o que é mais promovido e disponível.

Em vez de explorar a diversidade musical, os ouvintes podem acabar consumindo um repertório limitado e homogêneo.

A falta de variação na divulgação dos estilos musicais de sucesso, portanto, empobrece a cultura musical ao restringir a exposição a novas e variadas formas de expressão artística.

Possíveis Soluções para Enriquecer a Cultura Musical

A homogeneização da música popular representa uma ameaça à riqueza cultural, mas existem diversas soluções viáveis para combater esse fenômeno e promover a diversidade musical.

Uma das abordagens mais efetivas envolve o apoio a políticas públicas que incentivem a pluralidade cultural.

Governos e instituições podem criar e financiar programas que valorizem diferentes gêneros musicais e deem visibilidade a artistas de diversas origens e estilos. Este tipo de iniciativa contribui significativamente para a criação de um ecossistema musical mais diversificado.

Outra solução promissora é o financiamento coletivo para artistas independentes.

Plataformas de crowdfunding possibilitam que músicos, que muitas vezes não têm acesso aos grandes meios de produção e divulgação, possam realizar seus projetos com o apoio direto do público.

Esse modelo não só democratiza o acesso à produção musical, mas também fortalece a relação entre artistas e seus ouvintes, incentivando a criação de obras mais autênticas e inovadoras.

A criação de plataformas alternativas que priorizem a qualidade e a inovação também desempenha um papel crucial na diversificação da cena musical.

Serviços de streaming e redes sociais especializadas podem oferecer espaço para artistas que fogem do mainstream, proporcionando ao público uma variedade maior de escolhas.

Essas plataformas podem utilizar algoritmos que recomendem músicas com base na originalidade e na profundidade das composições, ao invés de apenas promover o que já é popular.

Mas, como o consumidor pode desempenhar um papel fundamental nesse processo?

Primeiro a Educação.

A EDUCAÇÃO

Não é viável esperar que a sociedade em geral faça bom uso das plataformas musicais, uma vez que desde sempre são acostumados e disciplinados a viver numa cultura consumista, a música não é ensinada como arte, e sim como um produto.

Uma educação musical ajudaria na compreensão da música como um fator artístico e isso possibilitaria um melhor relacionamento com os estilos musicais.

Como resultado, os ouvintes buscariam ativamente novas músicas e apoiariam artistas que se destacam pela originalidade e profundidade em suas composições.

Essa educação despertaria a curiosidade e a disposição para explorar diferentes estilos musicais que são essenciais para a manutenção de uma cultura musical rica e diversificada.

Ao serem educados a adotar uma postura proativa, o público ajudaria a criar um mercado mais receptivo a diversas formas de expressão artística.

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O que pode acontecer hoje – faça o seu dia!

Uma atitude positiva para um dia mellhor.

Imagem de Hans por Pixabay

O quadro do dia amanheceu como todos os outros: sol, nuvens, ventania… mas algo está diferente!

Não me refiro às nuvens de inverno desta manhã. O sol volta a aparecer a qualquer momento…

Digo que a cada dia, mudamos um pouco…

As experiências deixaram marcas… de uma forma ou de outra. Mas, ainda nos resta o hoje!

As histórias de ontem já estão escritas e é impossível apagar mesmo um traço daquilo que está registrado.

Se no ontem houve tropeços, choros, lágrimas, sorrisos, risos ou muita alegria, as telas do hoje já estão prontas para receber novas matizes. Sim, ainda há a possibilidade de assentar contornos àquilo que não foi completado ontem.

As pedras em que  tropeçamos ontem,  podem ser reajustadas. O choro e as lágrimas podem ser a marca daquilo que se precisava para preencher a arte do novo dia.

O riso, o sorriso e a alegria são as recompensas daquilo que deu certo – e que deve ser relembrado, celebrado, para a beleza do hoje.

No quadro de hoje surgirão novas tintas, novos rabiscos, novas ideias…

Tudo pode acontecer, assim como o nada também pode acontecer – e que isso não signifique ansiedade, tédio ou medo de não estar vivendo o que desejaria viver.

O sol, as nuvens, a ventania estão – no mesmo lugar… faça a diferença hoje.

Adicione as cores, o brilho e a nitidez e mesmo as sombras.

Faça a sua arte acontecer.

Viver é a arte!

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