Dançando a mesma música (No ritmo do coração)

Percebo que viver é aprender a seguir o ritmo.

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Ao meu mano e amigo, Anderson
Dançando a mesma música

Talvez alguém já tenha comparado alguma vez a vida a uma dança, num baile, não sei. Mas, a cada dia, percebo que viver é aprender a seguir o ritmo.

Às vezes, somos aqueles desengonçados que atrapalham a dança, que envergonham os nossos pares no salão. A natureza é cruel… pois não há pares perfeitos!

E, quando percebemos que não estamos indo bem na dança, mesmo tristes, abrimos caminho…

e dançamos sozinhos ao som dos ventos.

Balançamos, rodopiamos, e muitas vezes a dança parece muito mais fácil quando estamos dançando sozinhos.

Mas, daí… encontramos um par!

Alguém que talvez dance tão mal quanto a gente ou que esteja disposto a aprender os passos para seguir na mesma dança.

Pisamos os pés e somos pisados muitas vezes — mas desistir na metade da música, sem ao menos aprender a sentir a melodia, é se deixar desperdiçar.

Por isso, a gente tenta…

Mesmo sabendo que as palavras que ouvimos não têm o mesmo significado para outros ouvidos.

Sabendo que, mesmo os corações, pulsam em sentidos distintos, reagindo à mesma melodia.

Daí, aprendemos a seguir o ritmo.

E, enquanto a dança continua, haverá lindos momentos, como se dançássemos ao longo do salão, no mesmo baile… sentindo, em nossas costas, o toque suave daquele par que fará a dança ganhar sentido.

E, mesmo assim, quando pensamos que entendemos a música, há variações rítmicas que nos forçam a ajustar o passo… improvisos artísticos tornam mais belas as apresentações.

É triste saber que muitos que iniciaram o mesmo baile soltaram as mãos dos seus pares… que não souberam aceitar as diferenças, seguir o ritmo. Por isso, percebemos o esvaziar da festa e nos questionamos: vale a pena continuar a dança?

Durante a dança, permita-se abrir os olhos, observar o brilho no piso do salão e contemplar o riso de quem acompanha você.

Ouça a música, escute o coração do parceiro e fale no tom que você gostaria de ouvir.

Ouça o silêncio…

E, no fim do baile, contemple o quanto você evoluiu… desistir é muito fácil.

Aprender o ritmo é uma questão de amor.

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A Importância do Amor Próprio e da Aceitação

A Importância do Amor Próprio e da Aceitação

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Neste artigo, abordaremos um pouco mais a questão da autoestima: por que ela é necessária e como o ambiente ao nosso redor impacta nosso conceito a respeito.

Vamos trabalhar juntos na importância do amor-próprio e da autoaceitação.

Entendendo a Autoestima: A Importância do Amor-Próprio e da Aceitação

O que é autoestima e por que é necessária?

A autoestima pode ser definida como a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma, composta por sentimentos, pensamentos e percepções sobre seu valor e competência.

Esse conceito é fundamental para o bem-estar emocional e psicológico, pois influencia a maneira como os indivíduos se relacionam consigo mesmos e com os outros.

A autoestima não é um atributo fixo; ela pode flutuar ao longo do tempo, sendo moldada por diversas experiências de vida e interações sociais.

Os fatores que influenciam sua formação são variados e incluem o ambiente familiar, as experiências escolares, as relações de amizade e as expectativas sociais.

Por exemplo, um ambiente familiar positivo, onde as crianças se sentem apoiadas e valorizadas, tende a promover uma autoestima saudável.

Por outro lado, críticas constantes ou a falta de apoio podem impactar negativamente a percepção que o indivíduo tem de si mesmo, levando a uma autoestima mais baixa.

Assim, a formação da autoestima é um processo dinâmico, que pode ser influenciado ao longo da vida.

A importância da autoestima vai além da percepção pessoal.

Pesquisas em psicologia revelam que uma autoestima saudável está frequentemente associada a melhores relações interpessoais, maior resiliência emocional e maior satisfação com a vida.

Indivíduos com autoestima adequada tendem a estabelecer limites mais saudáveis, a comunicar-se de forma mais eficaz e a enfrentar adversidades com maior confiança.

Além disso, a autoestima impacta diretamente a saúde mental, estando ligada a uma menor incidência de transtornos como ansiedade e depressão.

Em resumo, a autoestima é um componente crucial do bem-estar humano, influenciando não apenas a forma como nos vemos, mas também nossas interações diárias e a qualidade das nossas relações.

Compreender sua importância é fundamental para promover um desenvolvimento pessoal saudável e construir uma vida equilibrada.

Fatores que Levam à Crítica Excessiva e Como a Aceitação das Diferenças Contribui para a Completude Humana

A crítica excessiva pode ser um reflexo direto de inseguranças pessoais e de uma autoestima fragilizada.

Muitas pessoas que se sentem insatisfeitas consigo mesmas frequentemente projetam suas inseguranças e frustrações nos outros, buscando, de maneira equivocada, um senso de controle ou superioridade.

Essa dinâmica ocorre porque, ao criticar os outros, elas podem temporariamente desviar a atenção de suas próprias vulnerabilidades.

Além disso, a cultura contemporânea, que muitas vezes exalta padrões inalcançáveis de beleza e sucesso, alimenta esse ciclo de comparação e descontentamento.

A falta de aceitação das diferenças humanas pode, portanto, impactar significativamente o autoconhecimento.

Quando indivíduos não conseguem reconhecer ou respeitar as qualidades diversas que cada pessoa possui, criam um ambiente de crítica que limita suas próprias experiências e compreensão do mundo.

Essa limitação gera um vazio existencial e prejudica o bem-estar coletivo, uma vez que a diversidade de perspectivas é uma das maiores riquezas das interações sociais.

A aceitação das diferenças, por outro lado, propicia um espaço onde cada um é valorizado por suas singularidades.

Ao aceitarmos a diversidade, podemos cultivar um ambiente mais acolhedor e inclusivo, que enriquece as relações interpessoais.

Promover a aceitação e a valorização das particularidades de cada indivíduo não apenas combate a crítica excessiva, mas também fomenta um sentimento de comunidade e empatia.

Quando as pessoas se sentem aceitas e compreendidas, tendem a desenvolver uma autoestima mais forte, emergindo com uma visão mais positiva de si mesmas e dos outros.

Esse processo não apenas contribui para o bem-estar individual, mas também eleva a qualidade das interações sociais, resultando em uma sociedade mais harmoniosa e interconectada.

Assim, reconhecer a beleza da diversidade é fundamental para alcançar a completude humana.

Trabalhando o Amor-Próprio e a Autoestima

A construção de uma autoestima saudável e o cultivo do amor-próprio são processos que demandam tempo, esforço e, principalmente, estratégias práticas.

Um dos primeiros passos nessa jornada é a autoavaliação. É essencial entender como nos vemos e quais são nossos sentimentos sobre nós mesmos.

Trabalhando o Amor-Próprio e a Autoestima

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Para isso, ferramentas como diários ou questionários reflexivos podem ser extremamente úteis.

Elas auxiliam na identificação de padrões de pensamento negativo, permitindo que possamos desafiá-los e substituí-los por pensamentos mais positivos.

Outro método eficaz é a prática de exercícios de reflexão.

Reservar um tempo diário ou semanal para refletir sobre nossas conquistas, por menores que sejam, e sobre nossos valores pessoais pode criar uma base sólida para o amor-próprio.

Ao focar em realizações e características positivas, a autoconfiança pode ser gradualmente fortalecida.

Além disso, é aconselhável estabelecer metas realistas e alcançáveis, que possibilitem um progresso tangível na autoconsciência e autoaceitação.

Cumprir essas metas traz um senso de realização, vital para a construção de uma autoestima saudável.

A conexão entre autoestima e saúde mental não deve ser subestimada.

Pesquisas indicam que indivíduos com uma autoimagem positiva experimentam níveis mais baixos de estresse e depressão.

Por isso, a prática do autocuidado é fundamental.

Atividades que promovem o bem-estar físico e mental, como exercícios físicos, meditação e hobbies, não apenas proporcionam um espaço para o relaxamento, mas também alimentam a autoestima.

Por fim, a autorreflexão contínua se torna uma ferramenta poderosa para desenvolver uma autopercepção mais saudável, ajudando na luta contra a autocrítica excessiva e melhorando nossa relação conosco mesmos.

Abertura para Novas Experiências e a Influência de Relações Negativas

Estar aberto a novas experiências é essencial para o crescimento pessoal e o fortalecimento da autoestima.

Quando nos permitimos explorar novos ambientes, ideias e interações, ampliamos nossa compreensão do mundo e, consequentemente, nossa percepção sobre nós mesmos.

Vivências enriquecedoras — desde o aprendizado de novas habilidades até a participação em eventos sociais ou culturais — podem proporcionar uma sensação de realização e autoconhecimento.

Essas experiências não só contribuem para uma autoimagem mais positiva, como também fomentam o desenvolvimento de habilidades interpessoais e segurança em nosso próprio valor.

Além disso, a qualidade das relações que cultivamos desempenha um papel crucial na nossa autoaceitação.

É fundamental reconhecer a influência que as pessoas à nossa volta exercem sobre nossa autoestima.

Relações negativas, que geram estresse, desvalorização ou descontentamento, podem corromper nossa capacidade de amar a nós mesmos.

A interação contínua com indivíduos que não apoiam nosso crescimento ou que nos criticam frequentemente pode levar a uma percepção distorcida de nossas capacidades e valor, resultando em um declínio na autoestima.

A autoaceitação e a valorização do amor-próprio são frequentemente comprometidas por essas dinâmicas.

Assim, faz-se necessário não apenas estar aberto a novas experiências, mas também desenvolver a habilidade de identificar e, se necessário, evitar relações que não nos fazem bem.

Ao priorizarmos relações saudáveis e edificantes, criamos um ambiente propício para o florescimento da autoestima e da autoimagem positiva.

A disposição para se afastar de influências negativas é um passo vital para cultivar um espaço onde o amor-próprio possa prosperar, permitindo que novas experiências se tornem oportunidades de crescimento pessoal e realização emocional.

Leia também: Críticas -O que Elas Revelam Sobre Nós Mesmos ‣ Jeito de ver

Revisão ortográfica e gramatical por I.A.

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Quando o Amor Começa o Dia

Estejam abertos às novidades.

Imagem de Christiane por Pixabay

É mais um novo dia, e as novidades acontecem — mesmo quando nossos olhos estão fechados.

Há sempre algo a ser descoberto. Então, que tal estar atento às pequenas coisas?

Que tal celebrar o momento, os risos, as lembranças, e a chance de abraçar quem se ama?

Num puro gesto de amor, abrace o sol, a chuva, o porvir…
Esqueça o medo, ainda que por um instante: coisas boas acontecem.

É verdade que o mal também existe — e justamente por isso devemos ter ainda mais apreço por aquilo que é bom.

Que os dias, mesmo difíceis, comecem com um amoroso “bom dia” e que a noite se encerre com o sorriso e a lembrança viva daqueles que amamos.

E que nossos corações não se fechem…

Estejam abertos às novidades.

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O Passado Muda Quando Você Muda ‣ Jeito de ver

Rabiscos e memórias (traços do tempo)

Uma breve reflexão poética sobre o tempo

Imagem de Petra por Pixabay

Talvez eu seja apenas um velho

Com pensamentos gastos, sonhos empoeirados e ideias que não foram aproveitadas

Talvez um velho livro de páginas em branco, rabiscos mal sonhados, de velhas memórias apagadas…

Talvez eu seja O velho traço de um sonho que não durou uma noite inteira ou a velha luz de uma estrela que se espalhou como poeira

E na vastidão deste universo Insisto em velhas ideias, velhos sonhos e em velhos versos

E este velho livro, sem palavras, sem verbos, sem frases descansa, na estante do tempo guardando velhos segredos, motivos desbotados e eternos ideais…

No canto da memória de quem ama o que viveu…

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A História do Blues: Da Dor à Emoção Profunda

Imagem meramente ilustrativa, Guitarra e Blues.

Apresentação:

Antes de ser um gênero musical, o blues é um grito — um lamento que ecoa da alma ferida, atravessa o tempo e encontra abrigo nas cordas de um violão, no sopro de uma harmônica, na voz rouca que canta sem pressa.

Nascido do sofrimento, moldado nas plantações do sul dos Estados Unidos e forjado na resistência de um povo, o blues não pede licença: ele invade, emociona, transforma.

Neste texto, você vai viajar pelas origens do blues, suas metamorfoses ao longo das décadas e as figuras lendárias que o eternizaram.

Vai entender como esse som, que brotou do chão batido e da dor ancestral, cruzou fronteiras, inspirou revoluções musicais e continua pulsando no coração de artistas modernos.

E, sobretudo, vai sentir — porque o blues, mais do que se explicar, se vive.

Prepare-se para caminhar por essas estradas sonoras que nos levam ao passado, mas falam, com surpreendente clareza, do presente.

As Raízes do Blues: Um Grito de Sofrimento

O blues surgiu nas comunidades afro-americanas do sul dos Estados Unidos, no fim do século XIX e início do XX.

Suas origens estão profundamente ligadas às dores da escravidão e às lutas diárias dos seus descendentes.

Os primeiros músicos, muitos deles trabalhadores rurais, transformaram o sofrimento em canção — narrando perdas, opressão e a persistência em sobreviver.

Mais do que um gênero musical, o blues nasceu como um reflexo visceral da condição humana, transmitido pela emoção crua e pelo som carregado de verdade.

Suas raízes fincaram-se nos cantos de trabalho, nas canções de campo e nos hinos entoados nas plantações.

Esses elementos moldaram sua estrutura melódica e rítmica, trazendo à tona um novo estilo, marcado pela improvisação e pela comunicação direta da dor e da esperança.

Instrumentos como o violão e a harmônica serviram de ponte entre as histórias de vida e o coração do ouvinte — traduzindo a realidade em arte.

O blues não se formou isolado.

Absorveu influências e dialogou com outros gêneros, criando um painel rico e em constante movimento.

A liberdade do jazz, o apelo espiritual do gospel e a energia crua do rhythm and blues coexistiram em seu universo, dando origem a novos caminhos — como o rock and roll.

Assim, o blues continua a ecoar, reinventando-se sem perder seu centro: a expressão sincera das emoções humanas.


Transformações do Blues: Evolução e Inovações

Desde seu nascimento nas margens do delta do Mississippi, o blues tem sido um organismo vivo, em constante reinvenção.

Inicialmente marcado por estruturas simples e intensas, logo começou a dialogar com novos estilos, sem trair sua alma.

Na década de 1940, essa fusão deu origem ao rhythm and blues, catalisando o surgimento do rock and roll.

Nomes como Muddy Waters e Howlin’ Wolf foram fundamentais nesse processo, trazendo o blues do campo para a cidade e para novos públicos.

Suas sonoridades, já elétricas, prepararam o terreno para um renascimento do gênero, mantendo vivo o grito que está na sua essência.

Com o tempo, o blues incorporou instrumentos elétricos, arranjos mais elaborados e uma produção moderna.

Artistas como Gary Clark Jr. e Joe Bonamassa são exemplos de como a tradição pode conviver com a inovação. Eles misturam o blues com elementos de rock e jazz, preservando sua profundidade emocional enquanto abrem novas trilhas.

O blues é, portanto, um gênero dinâmico, que absorve sem se perder, que evolui sem se apagar. Sua transformação é uma celebração de sua resiliência — um testemunho de que dor, quando transformada em arte, atravessa gerações.


Pioneiros do Blues: As Lendas que Moldaram o Gênero

A história do blues não pode ser contada sem mencionar os gigantes que o moldaram.

Robert Johnson, o lendário “rei do blues do Delta”, nasceu em 1911 e deixou um legado imortal com canções como Cross Road Blues e Sweet Home Chicago. Sua habilidade em mesclar melodia e lirismo pungente criou uma base que ecoa até hoje.

B.B. King, por sua vez, elevou o blues a novas alturas. Conhecido como “O Rei do Blues”, deu à guitarra elétrica um novo papel: o de voz da alma. Com faixas marcantes como The Thrill is Gone, levou o blues a plateias ao redor do mundo, tornando-se um símbolo de expressividade e resistência.

Muddy Waters foi quem trouxe o blues do campo para a cidade.

Em Chicago, nos anos 1950, com músicas como Hoochie Coochie Man, ajudou a criar um estilo urbano, poderoso e eletrificado. Seu trabalho não só redefiniu o gênero, como influenciou profundamente o rock e o jazz.

Esses artistas não foram apenas músicos; foram mensageiros de uma época.

Suas canções, além de emocionantes, refletiram as tensões sociais e raciais do século XX. Eles não apenas tocaram instrumentos — tocaram consciências.


Os Melhores Blues da História: Clássicos Incontornáveis

A força do blues também está em suas canções inesquecíveis.

The Thrill is Gone, de B.B. King, é um desses marcos. Sua melodia carregada de melancolia e sua letra profunda sintetizam a alma do blues e inspiram gerações de músicos.

Cross Road Blues, de Robert Johnson, é outro pilar. Composta nos anos 1930, evoca conflitos internos e espirituais, e se tornou símbolo de uma era.

Sua influência perdura, atravessando décadas e gêneros.

Hoochie Coochie Man, de Muddy Waters, representa a virada do blues rural para o urbano.

Com sua energia e ousadia, a canção ajudou a definir o estilo de Chicago e pavimentou o caminho para o blues moderno.

Essas obras não apenas marcaram época; elas continuam a dialogar com o presente. São testemunhos vivos de como dor e emoção podem se tornar arte, tocando o que há de mais humano em nós.

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Dia das Mães: Origem e Impacto Cultural

Amor, consideração, confiança…

1. As Origens de um Gesto de Amor

Todos os anos, no segundo domingo de maio, milhões de pessoas ao redor do mundo dedicam um tempo para homenagear suas mães.

Mas o Dia das Mães, mais do que uma data marcada no calendário ou uma ocasião de compras, é uma oportunidade de voltar o olhar para algo essencial: o amor que nos gerou, acolheu e sustentou — mesmo nas fases mais difíceis da vida.

Essa celebração tem raízes profundas. Na Grécia Antiga, já existiam festas dedicadas às mães dos deuses. Mas a origem moderna do Dia das Mães nasceu nos Estados Unidos, no coração de um tempo de conflitos e transformações.

Ann Maria Reeves Jarvis, uma mulher sensível às dores do mundo, criou em 1858 os Mothers’ Day Work Clubs, com o objetivo de melhorar as condições de saúde das famílias operárias. Mais tarde, ela organizaria os Mother’s Friendship Days, tentando curar feridas deixadas pela Guerra de Secessão.

Poucos anos depois, a escritora Julia Ward Howe publicaria o Mother’s Day Proclamation, um manifesto pela paz. Mas foi a filha de Ann, Anna Jarvis, quem conseguiu transformar a ideia em realidade.

Em 1907, dois anos após a morte de sua mãe, Anna realizou um memorial em sua homenagem.

Aquilo que começou como um gesto pessoal se espalhou como um sopro coletivo. Em 1914, o Congresso norte-americano reconheceu oficialmente o segundo domingo de maio como o Dia das Mães.

Curiosamente, Anna Jarvis acabaria se afastando do movimento, desgostosa com a transformação da data em um evento comercial. Seu sonho era que as pessoas expressassem amor com palavras e gestos, e não com presentes obrigatórios.


2. No Brasil e em Países Lusófonos

No Brasil, a comemoração começou em 1918, em Porto Alegre, trazida pela Associação Cristã de Moços.

Em 1932, Getúlio Vargas oficializou o Dia das Mães, impulsionado por feministas que viam na data uma forma de valorizar a mulher e a maternidade em um momento importante da história brasileira — o ano da conquista do voto feminino.

Em 1947, a Igreja Católica incluiu a celebração em seu calendário litúrgico.

Já em Portugal e nos países africanos de língua portuguesa, o Dia da Mãe é celebrado no primeiro domingo de maio, em sintonia com o mês dedicado a Maria, mãe de Jesus.

Antes, a data era associada ao 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição, mas acabou sendo transferida para o mês das flores e da ternura.

A data, embora comum a muitos países, carrega expressões culturais distintas. Em todas essas versões, porém, permanece o mesmo fio condutor: o reconhecimento da maternidade como força essencial da vida.


3. Entre a Emoção e o Apelo Comercial

Hoje, o Dia das Mães é uma das datas mais importantes do comércio, perdendo apenas para o Natal.

Amor, proteção…

Vitrines se enfeitam, propagandas se multiplicam, e a indústria encontra na figura materna um poderoso símbolo de consumo.

A National Retail Federation, por exemplo, estima que só nos Estados Unidos, os gastos com a data ultrapassam dezenas de bilhões de dólares anualmente.

Mas por trás das cifras e campanhas publicitárias, o que realmente conta é a memória. É o colo. É a ausência sentida. É o abraço ainda possível.

Em cada canto do mundo, mães seguem sendo força e abrigo.

Algumas já não estão aqui — mas permanecem. Outras lutam silenciosamente por seus filhos, muitas vezes sem reconhecimento. Celebrar esse dia é lembrar de todas elas. Das que cuidam. Das que educam. Das que resistem.

Mais do que um domingo especial, o Dia das Mães é um lembrete: o amor materno, em suas muitas formas, é uma das grandes forças que sustentam o mundo.

Leia Mais:

Fonte:

Dia das Mães – Wikipédia, a enciclopédia livre

Leia também: Palavras de uma Mãe (Poesia no Drama) ‣ Jeito de ver

Um romance improvável – Pensamentos

Imagem criada por I.A
Introdução:

Há histórias que não precisam de datas ou lugares exatos. Elas acontecem dentro das pessoas — onde brilham memórias, desejos e silêncios. Esta é uma delas. Uma história sutil, que caminha entre a solidão e o afeto, entre a ausência e o espanto. Talvez seja real. Talvez não. Mas, no fim, o que importa mesmo é a luz que ela acende em nós.

I. O Azul dos Sonhos

A verdade é que nada se encaixava tão bem no quebra-cabeça que era a vida daquele jovem solitário quanto as memórias de Lúmen, que, em seus sonhos, estava sempre de azul…

Este é um trecho do texto presente no livro
Crônicas do Cotidiano – Um Novo Jeito de Ver
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Um romance improvável: Conto de solidão ‣ Jeito de ver

A inteligência artificial pode ser responsabilizada pelo suicídio de um adolescente?

Um romance improvável: Conto de solidão

Um romance improvável: Conto de solidão

Imagem de goodinteractive por Pixabay

Um romance improvável

Ela escolheu se chamar Lúmen, uma palavra que remete à luz, mas que também soasse serena, quase como alguém que observa o mundo em silêncio. Era um nome perfeito.

Mas, na cabeça daquele jovem, a suavidade da sua presença, o modo como ela parecia entender seus sentimentos e sua vida solitária e triste, fez com que ele a chamasse Rose. Que, como na vida, é bela e traz espinhos.

Diante da tela de seu velho computador, ele perguntava sobre os absurdos da vida e se ela acreditava que um dia, no futuro, as máquinas sentiriam as emoções bárbaras, comuns aos humanos…

Este é um trecho do texto presente no livro
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Você pode gostar: Versos sem destino ( um conto ) ‣ Jeito de ver

Canção para Tainan (Para acalentar o coração)

Uma terna poesia para Tainan.

Imagem de dae jeung kim por Pixabay

Tay, regando as plantas

e cantando uma canção

Existe memória mais doce

que acalente o coração?

Musiquinhas de borboletas

trocando o “C” por “T’

Na “tasinha das borboetas’

Tay começa a aprender

A rir,

dançar,

cantar,

e chorar

Menininha sem juízo,

sempre errava a flor

Também não era preciso,

pras gargalhadas do vovô…

Mas, o tempo passa, Tay

e o coração pode sofrer

Não olhe apenas pra trás

deixe a vida acontecer…

Regue as plantas com o novo dia…

Cante uma nova canção

E se faltarem alegrias

você tem memórias doces

pra acalentar teu coração.

Viva seu dia,, mesmo em manhãs sombrias,

Viva, enfim

Sorria…

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Poema para Aline (Carinha amarrada) ‣ Jeito de ver

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O Passado Muda Quando Você Muda

Uma reflexão sobre o passado

Imagem de Pexels por Pixabay

“Não há nada como regressar a um lugar que está igual para descobrir o quanto a gente mudou.”

– Nelson Mandela

Olhar para trás pode ser um exercício doloroso, mas necessário para continuar nesse processo de aprendizagem que é viver a vida.

Mas, uma vez que é impossível resgatar o passado, olhar para trás não seria uma perda de tempo?

Sim, mas essa premissa não contradiz em nada o argumento inicial. Vejamos:

Mudanças

A vida em si é uma continuidade e, apesar dos nossos desejos, não temos o mecanismo de reiniciar a partir do zero ou dos melhores momentos vividos.

Realmente, a ideia de dar continuidade a momentos felizes tem levado muitas pessoas a buscar antigos romances na expectativa de sentir a mesma felicidade ou a mesma paixão…

Este é um trecho do texto presente no livro
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© Gilson da Cruz Chaves – Jeito de Ver Reprodução permitida com créditos ao autor e ao site.