A Lei da Selva no Mundo Comercial

A Lei da Selva no Mundo Comercial

Imagem de Mohamed Hassan por Pixabay

A Lei da Selva no Mundo Comercial: Dumping e Deslealdade nas Relações de Mercado

Não existem bondades ou favores no mundo comercial, existe estratégia.
Muitas vezes, quando uma empresa reduz drasticamente seus preços, ou, por exemplo, trabalha com fretes grátis, há um objetivo implícito: eliminar a concorrência.

O nome dessa prática é dumping.
Trata-se de vender um produto no mercado interno ou externo por um preço inferior ao praticado no mercado interno ou abaixo do custo de produção, com o objetivo de conquistar o mercado, eliminar concorrentes ou prejudicar a indústria local.
Uma verdadeira lei da selva, onde os mais fortes economicamente sobrevivem.


O Conceito de Dumping e Suas Características

Existem dois tipos principais de dumping: ocasional e predatório.
O dumping ocasional ocorre quando uma empresa vende um excesso de estoque ou um produto que não é mais desejado a um preço abaixo do custo.

Este visa recuperar parte do investimento e liberar espaço em seus armazéns.

Já o dumping predatório é uma estratégia mais agressiva.
A empresa reduz seus preços de modo a fazer com que concorrentes menos fortes não consigam sobreviver a essa pressão e saiam do mercado.
Consolidada a posição, a empresa aumenta os preços, prejudicando os consumidores a longo prazo.

As implicações legais variam conforme a jurisdição.
Muitos países possuem legislações antidumping para proteger a concorrência justa e prevenir distorções de mercado.
Essas legislações podem incluir tarifas adicionais sobre produtos considerados como dumping, dificultando sua entrada no mercado nacional e protegendo as indústrias locais.

Do ponto de vista ético, o dumping levanta questões sobre a moralidade das ações empresariais e o impacto no ambiente de negócios.
Ao afetar a concorrência saudável, pode gerar um ciclo de preços baixos e queda na qualidade, comprometendo a integridade do mercado.


Deslealdade Comercial: Como o Dumping Afeta o Mercado

O dumping envolve a venda de produtos a preços abaixo do custo de produção ou inferiores aos praticados em mercados domésticos.
É usado para ganhar participação de mercado rapidamente, mas traz sérias consequências para a concorrência e o comércio local.

A deslealdade comercial do dumping prejudica empresas e ameaça a sustentabilidade de pequenos negócios.
Empresas que praticam dumping eliminam concorrentes e concentram o poder nas mãos de grandes corporações, como assim?

Empresas Grandes que conseguem absorver as perdas financeiras associadas à venda a preços desleais.

Com o tempo, isso reduz a diversidade de ofertas e inibe a inovação.
Um exemplo são marcas internacionais de vestuário que, ao entrarem em novos mercados, usam preços predatórios.
Esses preços tentadores, insustentáveis a longo prazo, levam ao fechamento de lojas locais.

Consequências locais

As consequências incluem perda de empregos, queda na arrecadação de impostos e a erosão do tecido econômico local, prejudicando comunidades vulneráveis.
Na prática, algumas super empresas operam com prejuízos durante anos até eliminarem a concorrência.

No comércio online, por exemplo, muitas empresas tradicionais caíram com a chegada da Shopee, parte do Sea Group.
O Sea Group é um conglomerado que atua em diversas áreas: e-commerce (Shopee), jogos (Garena) e serviços financeiros digitais (Sea Money).

Além disso, o dumping desvaloriza o trabalho de pequenas empresas, que, apesar de oferecerem qualidade e bom atendimento, não conseguem competir com preços artificialmente baixos.

E a Taxa das blusinhas?

No Brasil, o Congresso aprovou uma lei conhecida como “taxa das blusinhas”, que, embora não seja tecnicamente uma medida antidumping clássica, busca proteger a indústria nacional da concorrência desleal.
Por ser impopular, a medida trouxe críticas ao governo.

O Congresso falha ao se limitar a projetos de oposição, cortes midiáticos e à falta de criatividade em projetos para estimular a indústria nacional.
Em última análise, a deslealdade nas relações de mercado gera um ciclo vicioso que ameaça o equilíbrio e a saúde do comércio justo e sustentável.


A Ascensão do Monopólio: Casos de Empresas que Aumentaram Preços Após a Eliminação da Concorrência

Em diversos setores, a ascensão de monopólios é impulsionada por práticas como o dumping.
A empresa reduz preços abaixo do custo para eliminar concorrentes e, depois, aumenta-os significativamente.

Na indústria de telecomunicações, operadoras ofereceram tarifas baixas para conquistar clientes e, depois de consolidar mercado, elevaram os preços, afetando milhões.
Isso prejudica os consumidores e reduz a qualidade dos serviços, pois a competição é enfraquecida.

Na área de medicamentos, empresas subsidiam preços para eliminar concorrentes menores e, depois, aumentam os valores.
Isso limita o acesso a tratamentos e encarece os custos para o consumidor.

Esses casos mostram como o monopólio afeta o mercado e a economia.
As táticas usadas comprometem a concorrência saudável e distorcem os princípios do livre mercado.


A Transformação dos Supermercados: De Lojas de Vizinhança a Galpões Frios

Os supermercados, antes comércios de vizinhança com atendimento personalizado, se transformaram em grandes galpões frios.
A pressão da concorrência e as práticas de dumping mudaram o perfil do setor.

Hoje, os supermercados priorizam a eficiência econômica, sacrificando o relacionamento com o cliente.
Essa mudança reduz a diversidade do mercado e limita as escolhas do consumidor.

O excesso de marcas próprias vendidas a preços inferiores prejudica os pequenos comerciantes.
Para o consumidor, a compra se torna mecânica e distante.
Para os pequenos negócios, o cenário torna-se hostil.


Entenda:

Medidas Antidumping

As medidas antidumping:

  • Exigem investigação administrativa prévia.

  • Aplicam-se apenas com comprovação da prática.

  • Visam corrigir distorções e proteger a indústria local.

REVISÃO POR IA

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Explicando a Paixão pelo Bebê Reborn

alt: Foto de pezinhos de bebê.
Explicando a Paixão pelo Bebê Reborn

Imagem de Marjon Besteman por Pixabay

Como Explicar a Paixão pelo Bebê Reborn?

Vários “papais e mamães” de bebês reborn se reúnem em eventos em grandes praças para compartilhar experiências com seus “filhos”. Bonecos que, à primeira vista, parecem crianças de verdade!

Alguns estão lá para expandir os negócios, afinal, vender esses bonecos super realistas virou uma atividade bem lucrativa.

Mas não vamos questionar, neste post, por que — mesmo com tantas crianças precisando de um lar — algumas pessoas escolhem um ser inanimado.

Isso já foi uma tendência lá nos anos 1980, quando muita gente preferia adotar cachorros, apesar do número expressivo de crianças para adoção. Inclusive, essa onda inspirou a música “Rock da Cachorra”, do Eduardo Dusek.

É fato: cuidar de uma vida exige muito mais do que cuidar de um boneco.

Aqui, a ideia é tentar entender as razões, além das comerciais, que alimentam a febre dos bebês reborn.


O que são os Bebês Reborn?

Os bebês reborn são bonecos criados com um nível de realismo impressionante, feitos para parecerem bebês de verdade.

A coisa começou nos anos 1990, quando artistas começaram a customizar bonecos de plástico, transformando-os em réplicas super fiéis de recém-nascidos.

O processo é cheio de técnicas caprichadas: textura de pele, cor dos olhos, detalhes minuciosos como cabelos e unhas. O objetivo é criar um bebê que não só pareça real, mas também desperte sentimentos — aquela vontade de cuidar, de proteger.

A técnica do “reborn” (que significa “renascer”) geralmente começa com a remoção da pintura original do boneco, seguida da aplicação de várias camadas de tinta para imitar a pele humana com perfeição.

Além disso, muitos artistas modelam traços faciais e adicionam peso, movimento… tudo para que, ao ser segurado, o boneco passe a sensação de um bebê de verdade.

Essa atenção aos detalhes é o que encanta colecionadores e apaixonados.

Com o tempo, o mercado de bebês reborn cresceu bastante, formando uma comunidade de colecionadores que compram, vendem e trocam essas peças.

Hoje, há artistas independentes e pequenas empresas oferecendo bebês reborn de vários estilos, tamanhos e preços, agradando gostos bem variados.

Para muitos, não é só um hobby, mas também uma forma de expressão artística.

Uma maneira de lidar com emoções e criar conexões que, mesmo sendo com bonecos, são muito reais e profundas.


Por que tanta gente se apaixona pelos Bebês Reborn?

O fascínio pelos bebês reborn vai muito além da ideia de colecionar bonecos — é uma conexão emocional intensa que muita gente sente.

Um dos motivos principais é o desejo de cuidar, de maternar ou paternar.

Para quem não teve a oportunidade de ter filhos, ou passou por perdas, o bebê reborn pode ser uma forma de viver esse instinto, preenchendo uma lacuna emocional.

Muitas “mamães” e “papais” reborn sentem um forte impulso de nutrir e proteger, como fariam com uma criança de verdade.

Além disso, tem quem encontre nesses bonecos uma espécie de conforto emocional.

O realismo deles ajuda a aliviar a solidão, oferecendo uma sensação de companhia. E para quem enfrenta momentos difíceis, essa interação pode funcionar como uma espécie de terapia.

Cuidar de um bebê reborn pode ser um jeito de dar uma pausa no corre-corre e nas pressões da vida moderna.

Outro aspecto importante é a motivação pessoal, que varia muito.

Tem quem veja o bebê reborn como uma verdadeira obra de arte, valorizando a exclusividade e o talento envolvido na criação. Essas pessoas costumam participar de comunidades, onde trocam experiências e dicas.

Por outro lado, há quem crie uma ligação emocional mais profunda, vivendo a rotina como se realmente cuidasse de um bebê — um espaço seguro e sem riscos para expressar amor e afeto.

Cada experiência é única, e essa diversidade de motivos mostra como essa paixão pode mexer com emoções bem complexas.


Implicações Sociais e Possíveis Transtornos

O fenômeno dos bebês reborn já ganhou espaço em várias esferas sociais, provocando reações diversas — tanto entre o público em geral quanto entre profissionais da saúde.

Tem quem trate esses bonecos como se fossem bebês de verdade.

Embora pareça inofensivo, esse hábito gera algumas polêmicas, especialmente em locais públicos, como hospitais.

Em ambientes onde o cuidado com vidas reais é prioridade, a presença de bebês reborn pode causar desconforto ou confusão, abrindo espaço para um debate: até que ponto isso é aceitável?

É sempre bom lembrar: são bonecos, objetos. Mas, ao mesmo tempo, a interação com eles desperta sentimentos reais, o que acaba provocando reações variadas.

Alguns profissionais de saúde reconhecem que os bebês reborn podem ter um papel terapêutico, ajudando quem está passando por luto ou enfrentando doenças. Outros, porém, temem que esse apego possa desviar a atenção dos cuidados reais.

Além disso, a sociedade nem sempre vê essa prática com bons olhos.

Tem quem ache que tudo não passa de escapismo, enquanto outros defendem como uma alternativa saudável para lidar com as emoções.

A linha entre um hobby que faz bem e um comportamento preocupante é bem tênue.

Psicólogos e pesquisadores ainda discutem se essa atração pode estar ligada a questões como o Transtorno de Apego Inseguro ou até Transtornos de Personalidade.

O desafio está em separar o que é saudável do que pode prejudicar a saúde mental.

Casos curiosos (ou preocupantes?) já aconteceram: “mamães reborn” que levaram seus bonecos a postos médicos achando que estavam com febre, outras que tentaram vacinar os bebês… e até quem pediu licença-maternidade!

Por isso, é fundamental que esse tema seja mais estudado, para que se encontre o melhor jeito de lidar com essa tendência que só cresce.


O que diz a Psicologia sobre essa mania?

O universo dos bebês reborn está cada vez mais popular, envolvendo pessoas de todas as idades.

E a psicologia tem várias explicações para esse apego.

Especialistas dizem que esse vínculo pode estar relacionado a necessidades emocionais não atendidas: carinho, afeto, a vontade de cuidar.

Para quem viveu perdas, solidão ou não conseguiu realizar o sonho de ser mãe ou pai, o bebê reborn surge como uma espécie de resposta, de alívio.

Interagir com esses bonecos pode ajudar a suavizar dores emocionais, permitindo projetar sentimentos e desejos sem as responsabilidades (e os desafios) que um bebê real exige.

Essa dinâmica pode ser essencial para quem, por motivos pessoais ou sociais, não conseguiu viver essa experiência de maneira tradicional.

Além disso, o carinho por bebês reborn também pode ser visto como uma forma de autocuidado e proteção.

A participação em comunidades ajuda bastante: oferece um espaço seguro, livre de julgamentos, onde dá para trocar experiências, aprender e, principalmente, se sentir acolhido.

Mas é importante: quem sentir que está sobrecarregado emocionalmente, deve buscar apoio — seja com terapia ou grupos de suporte.

Entender as raízes desse comportamento é essencial para garantir que ele traga bem-estar, sem se transformar em algo que prejudique a saúde emocional.

Revisado por IA.

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A verdade por trás das Privatizações

A verdade por trás das Privatizações


Em tempos de discussões acaloradas sobre o papel do Estado e o avanço das privatizações, torna-se essencial compreender as nuances desse processo e seus reais impactos sobre a sociedade. Este texto apresenta uma análise comparativa entre diferentes países, abordando dados, exemplos e reflexões sobre como a privatização nem sempre significa mais eficiência ou melhor atendimento ao público.

As Privatizações e a Ampliação do Capitalismo na Atualidade

É difícil fornecer números precisos e atualizados para o número de empresas públicas e privadas em cada país, pois estes números podem variar dependendo da fonte e da definição de empresa pública ou privada.

No entanto, é possível oferecer uma visão geral com os dados mais relevantes.

Inglaterra

Empresas Privadas:

A Inglaterra possui uma economia de mercado liberal, caracterizada por um vasto número de empresas privadas.

Empresas Públicas:

Apesar da predominância privada, o Reino Unido mantém importantes empresas públicas, como o National Health Service (NHS), além de empresas de transporte público e outras organizações de serviços essenciais.

Espanha    Barcelona

Empresas Privadas:

A Espanha conta com um setor empresarial privado diversificado e fundamental para a sua economia.

Empresas Públicas:

O país mantém algumas empresas públicas de relevância, como a empresa de telecomunicações estatal Telefónica, além de outras entidades ligadas a setores estratégicos.

Itália

Empresas Privadas:

A Itália abriga um grande número de empresas privadas, incluindo marcas globais renomadas como Ferrari e FIAT.

Empresas Públicas:

O Estado italiano também participa de setores importantes, com empresas como a companhia de energia ENEL, além de outras ligadas a infraestrutura e serviços públicos.

França

Empresas Privadas:

O setor privado francês é vibrante e diversificado, com forte presença em setores como luxo, tecnologia e indústria.

Empresas Públicas:

Ainda assim, a França mantém estatais estratégicas, como a empresa de energia EDF, além de outras importantes para a segurança e o bem-estar nacional.

Japão

Empresas Privadas:

O Japão é reconhecido mundialmente por sua economia altamente competitiva, repleta de empresas privadas que lideram setores como tecnologia, automóveis e eletrônicos.

Empresas Públicas:

Entretanto, o país mantém empresas públicas significativas, sobretudo em áreas como transporte público e energia, assegurando serviços essenciais para a população.

Estados Unidos

Empresas Privadas:


Os EUA concentram um número colossal de empresas privadas, incluindo grandes corporações multinacionais e milhões de pequenas e médias empresas. Estima-se que existam cerca de 33 milhões de empresas no país.

Empresas Públicas:

Apesar de sua imagem de economia liberal, os Estados Unidos possuem aproximadamente 7.000 estatais em níveis federal, estadual e municipal, responsáveis pela oferta de serviços públicos variados.


O Protecionismo dos Países Desenvolvidos

Os países mais desenvolvidos preservam como estatais empresas de importância estratégica.

Mesmo economias marcadas pelo capitalismo e pela livre iniciativa mantêm sob controle público setores essenciais como energia, transporte, saúde e segurança, reconhecendo que tais áreas são fundamentais para a soberania nacional e o bem-estar coletivo.

No Brasil, por exemplo, apesar das pressões privatizantes, existem empresas públicas como a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).

A ECT, que por muitos anos gerou lucro ao governo federal, cumpre sobretudo uma função social e estratégica: conectar pessoas em todo o território nacional, assegurando o transporte de encomendas, correspondências, urnas eletrônicas e prestando auxílio emergencial em casos de tragédias, como ocorreu recentemente no Rio Grande do Sul.

Esse exemplo ilustra como a presença estatal em determinados setores é fundamental, não apenas para garantir eficiência, mas para assegurar direitos sociais, apoio em emergências e a coesão nacional.

Por outro lado, muitos países em desenvolvimento optam por uma estratégia oposta, abrindo suas economias a investimentos estrangeiros e privatizando empresas estatais.

Embora essa abertura seja vista como uma forma de atrair capital e tecnologia, também pode gerar vulnerabilidades, principalmente frente à competição global.

Um exemplo marcante dessas diferenças políticas está na proteção agrícola: a União Europeia e os Estados Unidos impõem barreiras rigorosas para proteger seus produtores, enquanto países como o Brasil têm reduzido restrições comerciais em busca de novos mercados.

Estatísticas recentes mostram que tarifas aplicadas por economias desenvolvidas em produtos agrícolas permanecem significativamente mais altas do que as praticadas por países em desenvolvimento.

Essas políticas refletem uma complexa dinâmica entre proteção e abertura, com impactos não apenas econômicos, mas também sociais e ambientais.


Privatizações: Eficácia ou Lucro?

Um dos argumentos mais frequentemente promovidos na imprensa para defender a privatização é a premissa de que a transferência de serviços públicos para mãos privadas resulta em maior eficiência e qualidade.

Contudo, tal narrativa frequentemente encobre os verdadeiros interesses financeiros envolvidos.

Privatizações em setores como saúde, educação e saneamento básico revelam que, na prática, a busca pelo lucro frequentemente se sobrepõe ao bem-estar social.

Exemplos claros podem ser observados na privatização de empresas de energia, onde a prometida eficiência se confronta com tarifas mais elevadas e redução no acesso.

São Paulo no Brasil sofreu vários apagões elétricos embora o sistema esteja privatizado há alguns anos. Uma possível causa dos apagões e atraso na solução foi a redução do número de trabalhadores de manutenção.

Outro caso emblemático é a privatização de serviços de água e esgoto: em diversos países, essa medida gerou deterioração no atendimento, cortes de custos que comprometeram a segurança sanitária e ampliaram problemas sociais e de saúde pública.

Diante disso, é essencial questionar o discurso que associa privatização à eficácia.

Muitas vezes, o impacto sobre as comunidades é negativo, revelando uma discrepância entre interesses financeiros e necessidades sociais.


Privatização e Subornos: Uma Relação Perigosa

Embora as privatizações devessem ser pautadas pela transparência e pelo interesse público, frequentemente tornam-se palco para práticas corruptas, incluindo o suborno.

A relação entre interesses privados e contratos públicos pode obscurecer processos legítimos, transformando a privatização em vetor de corrupção.

Na América Latina, por exemplo, várias privatizações de serviços públicos foram celebradas sob promessas de eficiência, mas acabaram beneficiando financeiramente apenas um seleto grupo, graças a esquemas de subornos e favorecimentos.

Essa conivência entre empresas e autoridades compromete a integridade das instituições democráticas e gera um ciclo vicioso onde a corrupção se perpetua, tornando a sociedade mais desconfiada das reformas.

É, portanto, imperativo estabelecer regulamentações rigorosas e mecanismos de accountability, para que a privatização não se converta em um instrumento de corrupção, mas em uma ferramenta legítima de desenvolvimento social e econômico.


Reflexões Finais sobre o Futuro das Privatizações

O futuro das privatizações segue como um tema de intensos debates.

Nota-se uma crescente polarização entre os defensores dos modelos privatizantes e aqueles que alertam para seus impactos sociais.

Embora se reconheça que a privatização possa proporcionar eficiência e inovação, ela também pode agravar desigualdades e limitar o acesso a serviços essenciais, especialmente em sociedades já fragilizadas.

Nesse contexto, o papel da sociedade civil é crucial: comunidades precisam estar vigilantes e ativamente engajadas nos processos de privatização, buscando garantir que os interesses coletivos sejam protegidos.

Assim, vislumbra-se um futuro onde as privatizações não sejam apenas instrumentos de capital, mas caminhos que conciliem eficiência econômica com justiça e inclusão social.

O desafio é construir um paradigma que reconheça a necessidade do lucro, mas que, acima de tudo, valorize e proteja o bem comum.

O que a experiência mostra neste respeito? Que na maioria das vezes as privatizações são efetuadas sem consulta pública e que empresas são sucateadas e vendidas por valores abaixo do mercado.

Privatização X Serviço Público

A privatização nem sempre significa melhoria nos serviços ou no atendimento ao público, pois os interesses das empresas privadas geralmente estão voltados ao lucro, e não à garantia de acesso universal e de qualidade.

Muitas vezes, após a privatização, há aumento das tarifas, redução de investimentos em áreas menos lucrativas e precarização das condições de trabalho, afetando diretamente a população mais vulnerável.

Setores essenciais como energia, saneamento e transporte, quando privatizados sem uma regulação eficiente, acabam transformando antigos monopólios públicos em monopólios privados, prejudicando a concorrência e ampliando desigualdades regionais.

A experiência internacional e brasileira demonstra que a eficiência prometida com a privatização depende de vários fatores, como a presença de uma agência reguladora forte, a existência de concorrência real e o compromisso social da empresa.

– O que na maioria das vezes não acontecem em países em desenvolvimento!

Casos como o das ferrovias britânicas, a telefonia no Brasil e o saneamento em algumas cidades revelam que a busca por lucro pode comprometer a qualidade e a acessibilidade dos serviços. Estudos indicam que não há evidência conclusiva de que a privatização, por si só, melhore a eficiência ou beneficie a população.

Assim, a decisão de privatizar deve ser sempre acompanhada de um debate público qualificado, com avaliação dos riscos e garantias de proteção aos direitos coletivos.

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Revisão ortográfica e gramatical por IA.

Reforma Trabalhista e Previdenciária

Os Efeitos Negativos das Reformas Trabalhistas e da Previdência no Brasil: Uma Análise Crítica

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Os Efeitos Negativos das Reformas Trabalhistas e da Previdência no Brasil: Uma Análise Crítica

Entendendo as Reformas  – Promessas

As reformas trabalhistas e da previdência no Brasil, implementadas a partir de 2017, tornaram-se temas recorrentes no debate político e econômico nacional.

Justificadas pelos governos como medidas para modernizar as relações de trabalho, gerar empregos e assegurar a sustentabilidade fiscal, essas reformas promoveram alterações profundas na legislação, com consequências que ainda reverberam na vida dos trabalhadores e na estrutura do mercado de trabalho.

Embora tenham sido amplamente divulgadas como necessárias ao desenvolvimento do país, seus impactos negativos permanecem pouco discutidos na grande imprensa.

A reforma trabalhista, sancionada pela Lei 13.467/2017, alterou de forma significativa a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), introduzindo novas modalidades de contrato, como o trabalho intermitente, flexibilizando a jornada de trabalho, ampliando a terceirização para atividades-fim e promovendo o princípio da prevalência do negociado sobre o legislado.

A realidade – Precarização e favorecimento a empregadores

Essas mudanças foram apresentadas como soluções para tornar o ambiente de negócios mais dinâmico e menos engessado por regras antigas. No entanto, ao flexibilizar direitos, a reforma abriu espaço para a precarização do trabalho.

A introdução do trabalho intermitente, por exemplo, permitiu que empresas contratassem funcionários apenas quando necessário, sem garantia de jornada fixa ou estabilidade financeira.

Ao mesmo tempo, a ampliação da terceirização, antes restrita a atividades-meio, passou a abranger todas as áreas da empresa, o que, na prática, tem resultado em salários menores e em menor acesso a benefícios trabalhistas.

A flexibilização também favoreceu os empregadores na hora de demitir.

A rescisão contratual foi simplificada, resultando em um aumento das demissões sem justa causa. Relatos de trabalhadores da indústria e do setor de serviços apontam a perda de garantias mínimas e o crescimento da insegurança profissional.

As consequências

Dados do IBGE revelam que a informalidade no mercado de trabalho passou de aproximadamente 38% em 2015 para cerca de 41% em 2022, indicando que a promessa de geração de empregos formais não se concretizou — ao contrário, muitos trabalhadores foram empurrados para formas de ocupação desprovidas de proteção legal.

Outro ponto de destaque é o enfraquecimento das entidades sindicais.

A reforma tornou a contribuição sindical opcional, comprometendo o financiamento das instituições responsáveis por defender os direitos da categoria trabalhadora.

A consequência direta foi a perda de poder de negociação coletiva, justamente em um momento em que os empregadores passaram a dispor de maior liberdade para impor condições menos favoráveis nos contratos de trabalho.

A reforma da previdência – A promessa

Paralelamente, a reforma da previdência, aprovada em 2019 por meio da Emenda Constitucional nº 103, também foi promovida sob o argumento de que era preciso garantir a sustentabilidade do sistema frente ao envelhecimento populacional e ao crescente déficit fiscal.

As mudanças incluíram o estabelecimento de uma idade mínima para aposentadoria (65 anos para homens e 62 para mulheres), o aumento do tempo mínimo de contribuição e alterações no cálculo do benefício.

No entanto, seus efeitos práticos apontam para um cenário de exclusão social e agravamento das desigualdades.

A realidade

Trabalhadores mais jovens enfrentam hoje dificuldades adicionais para se inserir no mercado formal.

Com pessoas mais velhas permanecendo ativas por mais tempo, a rotatividade diminuiu, reduzindo as oportunidades para os novos ingressantes.

O resultado é a expansão da informalidade entre os jovens, que buscam alternativas no trabalho precário, sem registro ou proteção previdenciária.

Além disso, o tempo mais longo exigido para a contribuição integral desestimula a regularidade no recolhimento das contribuições, fragilizando ainda mais o financiamento do sistema.

A situação é especialmente crítica no campo.

A reforma previdenciária desconsiderou as especificidades da previdência rural, impondo requisitos que muitos trabalhadores do campo não conseguem cumprir, seja pela informalidade da ocupação, seja pelas dificuldades estruturais de acesso ao INSS.

Isso pode estimular o êxodo rural e reduzir ainda mais a base contributiva do sistema.

Efeitos colaterais

Do ponto de vista fiscal, embora a reforma tenha sido apresentada como ferramenta para equilibrar as contas públicas, seu efeito colateral foi a redução da arrecadação previdenciária, consequência direta da informalidade crescente.

Com menos pessoas contribuindo e mais idosos dependendo dos benefícios, a tendência é de agravamento do déficit no longo prazo — o que, ironicamente, poderá servir de justificativa para novas reformas ainda mais severas.

Enquanto isso, a mídia, que deveria exercer o papel de fiscal crítico das políticas públicas, tem, em muitos casos, adotado uma postura conivente com as reformas.

A imprensa parcial

A maior parte da imprensa atuou como influencers a favor do governo da época.

A cobertura jornalística dos principais veículos de comunicação priorizou as vozes dos empresários e representantes do governo, apresentando as reformas como inevitáveis e positivas para o crescimento econômico.

Ao minimizar ou silenciar os impactos negativos sobre os trabalhadores, a imprensa contribuiu para uma narrativa hegemônica que legitima a flexibilização de direitos e o enfraquecimento das garantias sociais.

Reportagens que destacam os problemas enfrentados por trabalhadores afetados pelas novas regras são pouco visíveis nos grandes meios.

A ausência de um debate mais plural, que envolva especialistas independentes, representantes sindicais e os próprios trabalhadores, cria uma percepção distorcida da realidade.

Essa omissão compromete o direito à informação e, por consequência, a qualidade da democracia.

Retrocessos e desvalorização do trabalhador

Embora as reformas tenham sido apresentadas como medidas de modernização, seus efeitos revelam um quadro de retrocessos.

Trabalhadores perderam direitos, viram sua estabilidade diminuir, e muitos passaram a atuar à margem da legalidade, sem acesso a benefícios essenciais.

Jovens enfrentam um futuro incerto, enquanto o sistema previdenciário continua ameaçado pela baixa arrecadação.

Os benefícios obtidos pelas empresas — como a redução de custos trabalhistas, o aumento do poder de negociação e a diminuição de processos judiciais — contrastam com a crescente vulnerabilidade dos trabalhadores.

A análise crítica das reformas trabalhista e previdenciária mostra que, ao invés de promover o equilíbrio entre crescimento econômico e justiça social, essas medidas aprofundaram a desigualdade e fragilizaram a proteção do trabalho no Brasil.

Ao lado disso, a atuação da mídia como aliada do discurso oficial reforça a necessidade de um jornalismo mais responsável, plural e comprometido com os direitos humanos e sociais.

Em um país marcado por desigualdades históricas, reformas que desconsideram o impacto social não podem ser tratadas com superficialidade ou silêncio.

Leia também: A Origem do Dia do Trabalho ‣ Jeito de ver

Material adicional:

Reforma trabalhista: maior parte da mídia não aborda o impacto negativo das mudanças – Repórter Brasil

Mídia ignora críticas à Reforma da Previdência – Repórter Brasil

Temer mandou, a imprensa obedeceu: cobertura não fala ou foca na greve – CartaCapital

A história do “dia que a música morreu”

A história do dia que a música morreu.

Imagem de Bruno por Pixabay

Se você assistiu ao filme La Bamba (1987), estrelado por Lou Diamond Phillips, Esai Morales e Danielle von Zerneck, certamente conhece um pouco da história que contaremos aqui.

Cartaz do Filme La Bamba

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O Dia que, para alguns, entrou para a história como “O Dia em que a Música Morreu”: A Tragédia de Buddy Holly, Ritchie Valens e Big Bopper

A Trajetória de Buddy Holly, Ritchie Valens e Big Bopper

Cada um desses artistas trouxe algo único ao cenário do rock and roll, moldando o gênero de maneiras distintas e memoráveis.

Buddy Holly, nascido Charles Hardin Holley, foi um dos pioneiros do rock and roll.

Originário de Lubbock, Texas, começou sua carreira no início da década de 1950 e rapidamente se destacou por suas composições inovadoras e performances energéticas. Com sucessos como That’ll Be the Day e Peggy Sue, Holly não apenas conquistou o público, mas também influenciou gerações de músicos. Sua habilidade em combinar letras cativantes com melodias envolventes fez dele uma figura central no desenvolvimento do rock and roll moderno.

Ritchie Valens, cujo nome verdadeiro era Richard Steven Valenzuela, foi um prodígio do rock chicano.

Nascido em Pacoima, Califórnia, começou a tocar guitarra e a cantar desde muito jovem. Aos 17 anos, já havia alcançado fama nacional com hits como La Bamba e Donna. La Bamba, uma adaptação de uma canção folclórica mexicana, destacou sua capacidade de fundir culturas musicais distintas, criando um som que ressoava com uma ampla audiência.

Valens tornou-se um símbolo de orgulho cultural para a comunidade latina, deixando uma marca indelével no rock and roll.

Jornal da época

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Big Bopper, nascido Jiles Perry Richardson Jr., era conhecido por seu estilo exuberante e carismático.

Originário de Sabine Pass, Texas, começou sua carreira como DJ antes de se tornar cantor e compositor de sucesso. Sua canção mais famosa, Chantilly Lace, exibiu sua personalidade vibrante e sua habilidade para criar músicas cativantes.

Além disso, foi inovador no marketing musical, utilizando a mídia para promover suas canções. Sua presença no palco e suas contribuições para a indústria fizeram dele uma figura inesquecível no rock and roll.

A Rotina dos Cantores na Época

A turnê Winter Dance Party foi marcada por uma rotina exaustiva para Buddy Holly, Ritchie Valens e Big Bopper. Os artistas enfrentavam uma agenda frenética, viajando grandes distâncias durante a noite para chegar ao próximo destino a tempo.

A logística era complicada, com a equipe frequentemente se deslocando em ônibus antigos e mal aquecidos, o que se tornava ainda mais difícil devido ao rigoroso inverno. Essas viagens testavam a resistência física dos cantores e afetavam seu bem-estar emocional.

O cansaço acumulado e a falta de descanso adequado geravam tensão constante. Além do desgaste físico, havia a pressão de manter a performance em alto nível, independentemente das circunstâncias adversas.

Apesar disso, havia momentos de camaradagem. Buddy Holly era conhecido por seu profissionalismo e dedicação, enquanto Ritchie Valens, o mais jovem do grupo, trazia uma energia jovial que ajudava a aliviar a tensão. Big Bopper, com sua personalidade expansiva, frequentemente animava a equipe.

Lidar com a fama e as pressões da indústria musical exigia uma rápida adaptação.

O sucesso repentino e a constante exposição pública tornavam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional um desafio. A turnê Winter Dance Party ilustra os sacrifícios dos músicos da época, destacando tanto os momentos de triunfo quanto os desafios enfrentados diariamente.

As Circunstâncias do Acidente

O trágico acidente aéreo que ceifou as vidas de Buddy Holly, Ritchie Valens e Big Bopper ocorreu durante a turnê Winter Dance Party em fevereiro de 1959.

A turnê, que levava o rock and roll a várias cidades do Meio-Oeste dos Estados Unidos, enfrentava desafios logísticos severos. As longas viagens de ônibus em condições climáticas adversas tornaram-se exaustivas para os músicos e a equipe. Para minimizar o desgaste, Buddy Holly decidiu fretar um avião para chegar mais rápido ao próximo destino.

Na noite de 2 de fevereiro de 1959, após um show em Clear Lake, Iowa, Holly alugou um pequeno Beechcraft Bonanza para voar até Moorhead, Minnesota. Ritchie Valens e Big Bopper conseguiram lugares no voo. O piloto Roger Peterson, de 21 anos, foi contratado para a viagem.

Infelizmente, Peterson não estava suficientemente treinado para voar sob condições meteorológicas adversas e não possuía certificação para navegação por instrumentos.

Naquela noite, o tempo estava extremamente ruim, com ventos fortes e visibilidade reduzida devido à neve. Pouco após a decolagem, o avião perdeu o controle e caiu em um campo de milho, matando todos a bordo instantaneamente.

As investigações concluíram que a causa do acidente foi uma combinação de erro do piloto e condições climáticas severas. A falta de experiência de Peterson para operar sob tais circunstâncias foi um fator determinante. Essa tragédia marcou um momento sombrio na história da música, eternizando o dia 3 de fevereiro de 1959 como “O Dia em que a Música Morreu”.

Maiores Sucessos e Impacto na Arte e na História

Sim no dia  3 de fevereiro de 1959, o mundo da música perdeu três de seus mais brilhantes talentos em um trágico acidente de avião.

Buddy Holly, com hits como Peggy Sue e That’ll Be the Day, foi um pioneiro do rock and roll, estabelecendo novos padrões para a composição e produção musical. Sua influência se estendeu a bandas como The Beatles e The Rolling Stones, que o citam como inspiração fundamental.

Ritchie Valens, apesar de sua curta carreira, revolucionou a música com La Bamba, que misturava rock and roll com elementos da música tradicional mexicana. Esse hit abriu portas para a inclusão de artistas latinos na indústria musical americana, influenciando gerações de músicos de diversas origens culturais.

Big Bopper, com seu estilo único e personalidade vibrante, deixou uma marca duradoura com Chantilly Lace. Sua abordagem inovadora ao entretenimento ajudou a definir o papel do artista como showman, algo adotado por muitos músicos nas décadas seguintes.

Homenagens póstumas, como a canção American Pie de Don McLean, perpetuaram a memória desses artistas e solidificaram seu legado na história da música. O impacto deste acidente é constantemente relembrado como “O Dia em que a Música Morreu”.

Leia também: A música como produto e arte – uma história! ‣ Jeito de ver

Confira a playlist abaixo.

Quando a miséria dá Ibope (Lágrimas de TV)

Imagem de Marc Pascual por Pixabay

A Menina e o Sonho Distante

A pobre menina de pouco mais de cinco anos de idade tinha tantos sonhos quanto as outras meninas de sua idade. Não queria muito, queria apenas uma dessas bonecas que via nas propagandas na velha televisão que repousava no lado esquerdo da casinha de piso de chão batido, tanto mais frio no inverno.

Seus olhinhos brilhavam ao ouvir, nesses programas de TV que ajudavam os pobres, que a vida podia mudar, mas sua vida não parecia ter outras perspectivas. Sua mãe, solitária e doente, não podia fazer muita coisa, nem dar muita coisa, e a pobre menina ajudava nas tarefas da casa: lavando, passando e, às vezes, cozinhando quando a mãe se enfraquecia.

Era triste ver a infância fugir e o brilho nos olhos da menina se apagar. Mas algo mudaria.

Numa dessas histórias que se assemelham a contos de fadas, alguém escreveu para um desses canais que “ajudam” os carentes. E, vestida com sua melhor roupa, ela se apresentou naquele programa, enquanto a suave música de fundo trazia emoção e lágrimas às pessoas que agora também conheciam sua história.

O apresentador, de voz compassiva, contava a história, repetindo os trechos mais marcantes… e, de casa, os telespectadores também compartilhavam o mesmo choro. Segurando ternamente as mãos da menina, o apresentador pediu uma pausa. A audiência estava nas nuvens, e o apresentador, com olhos marejados, chamava o intervalo e, consequentemente, os comerciais…

E, enquanto o canal faturava com os patrocinadores, a cena no auditório não era tão terna nem tão triste…

No início do intervalo, o apresentador soltou friamente a mão da pobre menina, correndo feliz para checar com os auxiliares o sucesso daquele programa. Feliz por saber que estava em primeiro lugar…

Enquanto isso, com a mesma solidão e desilusão do dia a dia, sentada nos degraus do cenário, a menininha não entendia absolutamente nada… Não percebia que estava sendo usada como parte do jogo.

O Menino do Pintinho Piu

A história acima é baseada em fatos, mas uma história que ilustra bem tais programas de TV é a do Menino do Pintinho Piu.

O menino gravou um vídeo despretensioso dublando a música Pintinho Piu. O vídeo viralizou! Tornou-se a sensação da internet. E, por fim, foi descoberto por um desses programas populares.

O apresentador, feliz com a audiência, prometeu que daria suporte à carreira daquele menino. Os telespectadores elogiavam o apresentador: — “Viu como ele se importa com as pessoas?”

Os pais, entusiasmados com a possibilidade de sucesso do filho, venderam todos os bens para investir no sonho e bancar a gravação e divulgação do disco do menino.

Nota: o menino não era um cantor. Não havia possibilidade de dar certo!

Mas o apresentador estava tão entusiasmado…

Pobres pais… Não imaginavam que seriam esquecidos por todos, inclusive pelo apresentador, assim que o programa acabasse — com picos elevadíssimos de audiência.

Mais pobres agora, tentariam voltar ao mesmo programa, com o mesmo apresentador que faria a mesma cena, capitalizando sobre a miséria de uma família que vendeu tudo que tinha para investir na carreira do filho.

As Lágrimas da TV

São histórias tristes, é verdade! Mas a verdade maior é que as pessoas gostam de acreditar em lágrimas de TV. Gostam de acreditar que as lágrimas nos olhos de um apresentador que está preocupado com faturamentos, contratos, carreiras, com tudo — menos com a vida da pessoa no meio do palco.

As pessoas gostam de ser enganadas…

O mundo real é chato. A vida real é muito chata!

Enquanto as câmeras filmam, as lágrimas parecem reais. Mas, quando se apagam, a realidade volta a ser o que sempre foi: cruel para os que vivem dela e lucrativa para os que a exploram.

Leia também: Cultura – Quando o mais fácil é desistir! ‣ Jeito de ver

E aí? Vão mexer no teu PIX? – Se informe

Imagem de Markus Winkler por Pixabay

Um assunto controverso

Um assunto está movimentando as redes sociais e a fábrica de fake news tem trabalhado a todo vapor nestes dias. Trata-se da propagação da notícia de que o Governo vai taxar o PIX.

As memórias curtas de nossos compatriotas não se lembram que realmente havia um projeto durante o Governo anterior de taxar o Pix.

Essa taxação não chegou a ser colocada em prática com a derrota nas urnas. As novas medidas propostas não chegaram a ser aplicadas. Caberia ao novo Governo fazer isso?

O excelente artigo da Revista Fórum começa com as seguintes palavras:

“Acuse-os do que você faz, chame-os do que você é”, frase falsamente atribuída a Lenin, mas na verdade autoexplicativa para os métodos da extrema direita. Novamente se mostra verdadeira com a falsa acusação pelos bolsonaristas de que o ministro Haddad iria taxar as operações em Pix.

O governo Lula está gastando papel e mídia para desmentir a notícia que não tem nenhuma base na realidade. Inclusive, a fake news bolsonarista já está sendo utilizada por espertalhões em golpes pela internet.

Leia na íntegra no link: Quem quis taxar Pix foi Guedes no governo Bolsonaro, mas só ‘depois das eleições’ | Revista Fórum

Então, o que está acontecendo? Vamos direto ao ponto, citando o Site G1.

A Receita Federal ampliou as regras de fiscalização sobre transações financeiras. Antes, apenas bancos tradicionais informavam as movimentações, mas agora operadoras de cartão de crédito e instituições de pagamento também precisam enviar os dados. A mudança foi anunciada em setembro do ano passado e entrou em vigor em 1º de janeiro de 2025. Não há cobrança de impostos sobre PIX, mas movimentações atípicas podem gerar problemas para quem não declara corretamente os rendimentos. A Receita Federal não envia cobranças por WhatsApp ou SMS.

Perguntas e Respostas Simplificadas

Como era antes? A Receita recebia dados financeiros dos bancos tradicionais desde 2003.

O que mudou agora? Outras instituições, como operadoras de cartão de crédito e instituições de pagamento, agora também precisam informar à Receita.

Quando foi anunciada a mudança? Setembro do ano passado, em vigor desde 1º de janeiro de 2025.

O PIX será taxado? Não. Não há cobrança de imposto sobre PIX.

A que dados a Receita tem acesso? Dados pessoais, número da conta bancária, valores movimentados, entre outros.

O que eu preciso fazer? Nada específico. A responsabilidade de enviar dados é das instituições financeiras.

Devo me preocupar? Apenas se não declarar corretamente seus rendimentos.

Veja na íntegra.

Fonte: Entenda como era e o que mudou na fiscalização da Receita para o PIX, cartão e outras operações | Economia | G1

Resumo:

Não há o que temer, desde que declaremos corretamente e andemos honestamente.

Argumentar que o Governo tem um orçamento secreto, Emendas pix e coisas assim, não serve como justificativa, pois aqueles que fazem uso de tais arranjos legais (imorais) são deputados eleitos pelo mesmo povo e que estão brigando com o Supremo Tribunal de Justiça para tentar liberar tais Emendas sem esclarecer a finalidade.

O “orçamento secreto” no Brasil foi criado em 2019 e implementado em 2020. Esse mecanismo permite que parlamentares destinem recursos do orçamento público a projetos sem a devida identificação, resultando em falta de transparência.

O que fazer?

Primeiro, mantenha-se informado.

Segundo, seja honesto, não divulgue notícias falsas.

A desinformação gera conflitos, ninguém vai taxar o seu PIX!

Atualizações:

No dia 15 de janeiro de 2025, devido à grande influência das fake news espalhadas por membros da oposição e à comoção pública causada por estas, o governo revogou as medidas que visavam fiscalizar de modo mais firme a evasão fiscal.

Não se deve comemorar como uma vitória, pois, conforme abordado em post anterior neste blog, o país tem perdido mais em sonegação de impostos do que com desvios de verbas públicas por políticos corruptos.

Sonegar impostos também é uma forma de corrupção.

Fica a reflexão: Será que as pessoas podem criticar aqueles que roubam ou sonegam grandes fortunas quando desejam fazer a mesma coisa, em escala menor?

E o Governo não sabe lidar com a proliferação de fake news…

Veja também Por que muitos compartilham fake news? ‣ Jeito de ver

“Papo de E.T.: OVNIs Por Aí”

E o ET desabafa sobre os terráqueos...

Papo de E.T.

OVNIs e Vida no Universo

De repente, voltei a ser o assunto principal nas conversas…

Estava em paz, no meu cantinho do universo, e lá vem vocês com um tal de “apareceram lá em New Jersey, Massachusetts, Connecticut, Pensilvânia, Virgínia e até lá no Pará”.

Vocês acham que a minha vida é de viagens eternas?

Desafios Terráqueos e a Realidade Alien

Tanta estrela por aí… e eu vou cair na tolice de entrar num planeta onde os seres só pensam em dominar os mais fracos e acabar com todos os recursos?

Veja só, dia desses inventei de alugar uma casa em Londres, estava disfarçado. Lá os preços estão os três olhos da cara… desculpe, são apenas dois!

É que por lá “os mercados” (vocês adoram essa expressão por aqui), o nome que se dá às poderosas instituições financeiras e comerciais, compraram tudo, e são eles que determinam o valor do aluguel de imóveis. E sabe no que resultou?

O preço subiu tanto, que acredito que sou o primeiro alien caloteiro “das galáxias”! Tive que sair antes de ver a polícia chegar…

Eu tenho certeza de que esses malditos têm profundo interesse em perpetuar a pobreza e as diferenças sociais. A lógica é: quanto mais terráqueos carentes, maior a concorrência por trabalho.

E, quando a busca é maior que a oferta, o valor cai…neste caso, a mão de obra fica baratinha…

Mão de obra barata também é uma forma de escravizar (o povo daqui não sabe!).

Veja você, enquanto isso, aqui do outro lado vejo países em guerra, outros massacrando seus vizinhos… Lá no Brasil, um tal de “orçamento secreto”, computadores emprestados a ONGs por mais de R$ 30 mil a unidade… da última vez que estive lá, eu podia comprar um por uns 2 mil.

Reflexões de um Alienígena

Fui esperar e olha o quanto inflacionou.

Lá também “os mercados” querem matar os pobres…

Veja você, um país com orçamento secreto, morte ficta, emenda PIX, pensão para filhas de militares — está pressionando o governo a cortar “benefícios” dos mais pobres.

Por meio de especulação, estão tentando desestabilizar o governo eleito.

Sinceramente… não consigo falar de tudo!

Aí, de repente, alguns engraçadinhos resolvem brincar com seus drones, e vocês começam a fazer piadinhas a meu respeito! Vocês não têm nada mais interessante pra pensar?

Por exemplo… vocês não fazem pesquisas meteorológicas? Fotos panorâmicas? Espionagem?

Por que tudo tem que ser… o ET aqui, o ET acolá?

Enquanto vocês olham para o céu, as coisas acontecem aqui embaixo!

Vão continuar roubando, matando, escravizando… distraindo a sua atenção.

Portanto, mantenha o foco em seus problemas — resolva-os primeiro!

Deixe-me voltar à minha nave-mãe… é hora dos comprimidos para dormir!

Veja:

Um E.T em meu quintal (Um dia estranho) ‣ Jeito de ver

Aparições de OVNIs são investigadas pelo FBI nos EUA

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Os anões do Orçamento (uma história real)

 

Congresso Nacional onde as histórias acontecem...

Imagem de Renato Laky por Pixabay

Um conto desencantado

Era uma vez a muitos e muitos anos, pra ser mais exato e quebrar o encanto, lá no final dos anos 80 e início dos anos 90,  quando um grupo de “anões malvados” que se uniu para fraudar o reinado, que já não andava bem das pernas…

Interessante introdução para uma estória, não é verdade?

Mas, o fato é que não há nenhum encanto na história acima. Entendamos:

O termo ” anões do orçamento” se deu ao fato de que os principais envolvidos eram deputados sem grande repercussão ou importância, eram anões de poder lá no Congresso Nacional.

Entenda a fraude

Com a promulgação da Nova Constituição de 1988, os poderes da comissão de orçamento foram ampliados, o que resultou na formação do grupo dos “sete anões”.

O grupo operava com três fontes de recursos.

A primeira era formada por propinas pagas pelos prefeitos para incluir uma obra no orçamento ou conseguir a liberação de uma verba já prevista.

A execução dessas tarefas era realizada pela Seval, uma empresa criada pelo deputado João Alves de Almeida, que cobrava uma “taxa” para fazer o serviço.

O grupo estava envolvido em fraudes com recursos do Orçamento da União até serem descobertos, a partir das denúncias do economista José Carlos Alves dos Santos (grave esse nome), integrante da quadrilha e chefe da assessoria técnica da Comissão do Orçamento do Congresso,  e que foram investigados em 1993, por uma Comissão Particular de Inquérito.

Ao fim da CPI , o relatório final de Roberto Magalhães (PFL-PE) pediu a cassação de 18 dos envolvidos, quatro renunciaram aos cargos para fugir das punições e  apenas seis perderam seus mandatos.

Deputados envolvidos na fraude

Perderam mandatos: Carlos Benevides (PMDB-CE) , Fábio Raunheitti (PTB-RJ), Feres Nader (PTB-RJ), Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), José Geraldo Ribeiro (PMDB-MG) e Raquel Cândido (PTB-RO)

Renunciaram, por motivos óbvios: Cid Carvalho (PMDB-MA), Genebaldo Correia (PMDB-BA), Jão Alves (PFL-BA), Manoel Moreira (PMDB-SP)

Abençoados com o glorioso perdão:

Anibal teixeira (PTB-MG), Daniel Silva (PPR-RS), Ézio Ferreira (PFL-AM), João de Desu Antunes (PPR-RS), Flavio Derzi (PP-MS), Paulo Portugal (PP-RJ), Ricardo Fiuza (PFL-PE), Ronaldo Artagão (PMDB-RO).

Para encerrar a lista Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) que ficou muito, mas muito  famoso posteriormente.

– Polícia Federal encontra dinheiro em apartamento que seria utilizado por Geddel | Bahia | G1 (globo.com)

Nada como ser inocente!

Prejuízos ao País

Os envolvidos roubaram mais de R$ 100 milhoões, em esquemas de propinas, para favorecer governadores, ministros, senadores e deputados.

O rastreamento das contas bancárias resultou na queda do presidente da Câmara da época, Ibsen Pinheiro, o líder do PMDB, deputado Genebaldo Corrêa e o deputado baiano João Alves de Almeida (falecido em  2004).

Havia dois esquemas  fraudulentos.

No primeiro parlamentares faziam  emendas remetendo dinheiro para entidades filantrópicas ligadas a parentews e laranjas.

Porém, o principal esquema eram os acertos com grandes empreiteiras para a inclusão de verbas orçamentárias, para grandes obras, em troca de muito, muito dinheiro.

Na CPI do orçamento, foi apurado que cada  deputado recebia entre 5 e 20 por cento do valor da obra.

O ex-chefe da Acessoria de Orçamento do Senado, Jose Carlos Alves dos Santos desmontou o esquema ao denunciar as irregularidades…

Crimes geram crimes…

Mas, antes que alguém elogie o bendito por isso, tenho que lembrar que ele próprio foi  preso e acusado de assassinar a  esposa, Ana Elizabeth Soprano, que ameaçava denunciar as peripécias do marido e a gangue.

Na casa dele foi achada uma mala com mais de 600 mil dólares.

Condenado a 20 anos de prisão, resolveu acusar o restante da banda. Tentou se matar na prisão, mas foi salvo!

Não falou mais do assunto desde que saiu da prisão,

Anões de sorte

O Deputado João Alves, foi o único ser vivo a ter acertado mais de 200 vezes na Loteria.

Você acredita?

Bem, uma tática de lavagem de dinheiro também  utilizada por criminonos é comprar  bilhetes de loterias premiados.

E a história sem fim continua…

Com o tempo os anões do orçamento se foram…

E em seus lugares surgiram vampiros, sanguessugas e mágicos, que faziam maravilhas para si e a própria família por meio do Orçamento Secreto e emendas PIX…

Pena que as notícias soem para muitos como estórias para ninar pacatos cidadãos…

E ainda, alguns sortudos são periódicamente “sorteados” nas loterias eleitorais, por aí.

E foram ricos para sempre

… ou deixaram fortunas ao seus herdeiros!

 

Consegue dormir com uma história dessas?

Com a promulgação da Nova Constituição de 1988, os poderes da comissão de orçamento foram ampliados, o que resultou na formação do grupo dos “sete anões”.

O grupo operava com três fontes de recursos…

Gilson Cruz

Veja também Notícias de Guerras – o jogo da informação ‣ Jeito de ver

(Fonte: Wikipedia)

Lembre do escândalo dos Anões do Orçamento que completa 20 anos (terra.com.br)

 

 

 

 

 

O conflito entre Israel e a Palestina

Crianças palestinas. Vítimas esquecidas das guerras.

Imagem de hosny salah por Pixabay

 

Que palavras traduziriam os mais profundos desejos de um ser humano?*

Ao analisar os portais de notícias não é incomum observar com espanto por entre os destaques, as terríveis novidades a respeito do ataque do exército Israelense ao povo Palestino, numa caçada implacável aos responsáveis pelo ataque terrorista ocorrido no início de Outubro de 2023, em uma festa tecno no deserto,  em que mais de mil jovens israelenses foram cruelmente assassinados.

É também impossível não indignar-se ao saber que, entre os mais de dez mil palestinos mortos na retaliação Israelense a este ataque, quatro mil são crianças e que a vasta maioria dos mortos são pessoas que nada tem a ver com o grupo Hamas..

Causa indignação perceber nos jornais manchetes que destacam a morte de um terrorista, em vez de centenas de inocentes. É quase impossível não admitir que ações de extermínio de um povo estão ocorrendo, enquanto os países têm dificuldade em conter o ímpeto de um governo tão sanguinário quanto os terroristas!

Sim, é impossível não sofrer ao saber que o suprimento de alimentos e água potável às pessoas em Gaza se tornam escassos, enquanto hospitais, escolas e campos de refugiados são bombardeados diariamente – e vidas inocentes se vão.

É triste saber que essas coisas estão também acontecendo em outros lugares enquanto os países líderes da indústria armamentista aumentam seus lucros!
Palavras de consolo

Diante de um cenário tão desolador, que palavras expressariam os mais profundos desejos de alguém, que vivenciou e ainda vivencia inúmeras tragédias?

Uma das mais belas passagens bíblicas, no livro Apocalipse capítulo 21, versos 3, 4 diz parcialmente:

” Então ouvi uma voz alta do trono dizer: “Veja! A tenda de Deus está com a humanidade; ele residirá com eles, e eles serão o seu povo. O próprio Deus estará com eles. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima e  não haverá mais morte, nem haverá mais tristeza, nem choro, nem dor…” – Tradução do Novo Mundo.

As palavras no texto acima traduzem o desejo de pais, filhos e amigos que acreditam que um milagre ainda é possível!

E como diz a letra de uma canção conhecida: ” Você talvez diga que eu sou um sonhador…mas, não sou único.

Espero que um dia, você se junte a nós  – e o mundo inteiro será como um! (Imagine, John Lennon – tradução livre)

 

Saiba mais:

ONU: Número de civis mortos por Israel aponta algo ‘claramente errado’ | VEJA (abril.com.br)

Israel-Palestina: entenda como começou este conflito histórico centenário (correiobraziliense.com.br)

Indústria das armas dos EUA prevê maior lucro da história com ofensiva de Israel em Gaza (pragmatismopolitico.com.br)

Guerras no mundo: quantos conflitos estão ativos neste momento? | CNN Brasil

Gilson Cruz

Veja mais em Notícias de Guerras – o jogo da informação ‣ Jeito de ver

*Matéria publicada originalmente em 10/2023