Banda Toto – Seus Sucessos e Dramas

A banda Toto foi formada em 1977, em Los Angeles, Califórnia
Sabe aquelas frases em uma música que você ouve uma vez e ficam gravadas na memória por um bom motivo?

Em uma dessas muitas viagens, escutei no rádio uma canção que dizia: “Assim que a eternidade for alcançada… terei esquecido você!”

Não sei se a frase se tornou especial por eu estar longe da minha família ou por causa da tristeza recente de ter perdido alguém querido. Só sei que ela permanece entre as mais belas que já ouvi.

A frase (em tradução livre) é da música I’ll Be Over You, da banda Toto.

Se você ainda não conhece o Toto, permita-me compartilhar um pouco da história deles.


A Formação e os Primeiros Anos

A banda Toto foi formada em 1977, em Los Angeles, Califórnia, por um grupo de músicos talentosos que já desfrutavam de carreiras bem-sucedidas como músicos de estúdio.

O núcleo era composto por David Paich (tecladista) e Jeff Porcaro (baterista), amigos desde a época do colégio e parceiros em diversos projetos musicais.

A formação inicial também incluía Steve Lukather (guitarrista), David Hungate (baixista), Steve Porcaro (tecladista) e Bobby Kimball (vocalista).

Esses músicos compartilhavam não apenas um profundo respeito mútuo por suas habilidades, mas também uma paixão por diversos gêneros, do rock ao jazz, passando pelo R&B e o soul.

A ideia de formar uma banda surgiu naturalmente, como uma necessidade de expressar o talento de uma forma que os estúdios não permitiam plenamente.

Desde o início, o Toto buscou um som acessível, mas que também refletisse suas ambições artísticas. Em uma cena dominada pelo rock progressivo e pela disco music, a banda encontrou um espaço próprio ao combinar elementos desses estilos.

Com composições elaboradas, arranjos criativos e um elevado nível técnico, suas primeiras músicas logo chamaram atenção.

Os primeiros shows foram bem recebidos, e a banda conseguiu rapidamente um contrato com a Columbia Records.

Seu álbum de estreia, Toto (1978), trouxe clássicos instantâneos como Hold the Line e I’ll Supply the Love, recebendo elogios da crítica e conquistando um público fiel.

A combinação de baladas marcantes e faixas mais enérgicas revelou a versatilidade do grupo, que já se apresentava como uma força promissora no cenário musical.

Os primeiros anos do Toto foram marcados por intensa criatividade e crescente sucesso, moldando um estilo que evoluiria ao longo das décadas.

A soma do talento individual e da busca por inovação estabeleceu as bases de uma carreira duradoura e significativa.


O Sucesso Avassalador de ‘Toto IV’

Lançado em 1982, o quarto álbum de estúdio do Toto, Toto IV, representou um marco na trajetória da banda.A banda Toto foi formada em 1977, em Los Angeles, Califórnia

Após recepções mistas dos álbuns anteriores, o grupo se dedicou à criação de um trabalho ambicioso e meticuloso.

O processo de gravação foi exaustivo, mas o esforço coletivo resultou em um disco que mesclava, com maestria, rock, pop e elementos da música clássica.

O álbum trouxe algumas das faixas mais icônicas do Toto, como Africa e Rosanna.

Com letras envolventes, harmonias ricas e arranjos precisos, essas canções cativaram público e crítica. Africa, com sua batida hipnótica e melodia inconfundível, rapidamente se tornou um clássico atemporal.

O impacto de Toto IV foi imenso: o álbum vendeu milhões de cópias no mundo todo e recebeu certificações de ouro e platina em diversos países.

Aclamado por sua excelência técnica e criatividade, conquistou seis prêmios Grammy, incluindo Álbum do Ano e Gravação do Ano por Rosanna.

Essas conquistas não apenas celebraram a habilidade dos músicos, mas também elevaram o Toto ao patamar de lenda da música internacional.

O sucesso estrondoso de Toto IV consolidou a banda no estrelato e garantiu seu lugar na história, tanto pela técnica quanto pela capacidade de emocionar e cruzar fronteiras musicais.


Mudanças na Formação e Desafios

Ao longo das décadas, o Toto passou por várias mudanças de formação, enfrentando desafios que, por vezes, ameaçaram a continuidade da banda, mas também abriram caminho para novas possibilidades.

Uma das primeiras mudanças marcantes ocorreu em 1982, com a saída do vocalista Bobby Kimball, cuja voz havia contribuído de forma decisiva para o som característico do grupo.

Apesar disso, a entrada de Joseph Williams em 1986 trouxe uma nova identidade sonora, ajudando a manter a relevância da banda.A banda Toto foi formada originalmente em 1977, em Los Angeles, Califórnia

Além das trocas de integrantes, o grupo enfrentou questões pessoais e profissionais que testaram sua união.

Problemas com drogas e tensões internas dificultaram a produção de álbuns e a realização de turnês.

Steve Lukather, guitarrista e membro fundador, assumiu frequentemente a responsabilidade de manter o grupo coeso.

A perda do baixista Mike Porcaro, em 2015, vítima de esclerose lateral amiotrófica, foi um golpe doloroso, que afetou profundamente a banda.

Apesar de todos esses obstáculos, o Toto conseguiu se reinventar. Cada nova formação trouxe influências diferentes, resultando em variações de estilo ao longo da discografia.

Essa resiliência não apenas garantiu a continuidade do grupo, como também revelou a paixão de seus integrantes pela música e pelos fãs.


Herança Musical e continuação

Desde sua origem nos anos 70, o Toto construiu um legado sólido na música mundial.

Com talento excepcional e uma abordagem eclética, a banda emplacou sucessos como Africa e Hold the Line, destacando-se pela qualidade técnica e pela habilidade de transitar entre gêneros.

Essa fusão de estilos influenciou gerações de músicos, muitos dos quais consideram o Toto uma referência essencial em suas trajetórias.

Mesmo após o auge da fama, a banda manteve-se ativa com novos lançamentos e turnês globais.

Álbuns como Kingdom of Desire e Mindfields, lançados nas décadas de 1990 e 2000, demonstram a capacidade de adaptação e evolução sem perder a essência que os tornou únicos.

As apresentações ao vivo continuam a encantar o público, oferecendo experiências musicais marcadas pela energia e virtuosismo.

Paralelamente ao trabalho com a banda, os integrantes exploraram projetos solo. Steve Lukather, por exemplo, lançou álbuns aclamados que evidenciam sua versatilidade como guitarrista e compositor. David Paich e Joseph Williams também seguiram contribuindo para a música em diversas frentes — como produtores, arranjadores e intérpretes.

Hoje, o Toto segue surpreendendo os fãs com novas músicas e shows. A formação atual, que reúne nomes clássicos e novos talentos, continua a criar e a emocionar.

Rumores sobre futuras formações mantêm vivo o interesse do público, provando que, mesmo diante das mudanças da indústria, o legado do Toto permanece forte, inspirador e profundamente relevante.

Leia também: A música atual está tão pior assim? ‣ Jeito de ver

Toto – Wikipédia, a enciclopédia livre

A Origem do Dia do Trabalho

O valor de um trabalhador

Introdução: Por que ainda precisamos falar sobre o Dia do Trabalho?

Uma reflexão sobre o passado, o presente e os perigos do esquecimento.

O 1º de maio não é apenas uma data no calendário — é um símbolo de resistência, conquista e também de alerta.
Neste texto, você vai reencontrar histórias que parecem distantes, mas que seguem mais atuais do que nunca: jornadas exaustivas, exploração disfarçada de progresso, direitos suprimidos em nome de uma suposta ordem.

Vamos lembrar de onde viemos para entender onde estamos — e, principalmente, para questionar para onde estamos indo.
Porque esquecer a luta dos trabalhadores é abrir espaço para que os retrocessos se repitam.


A Origem do Dia do Trabalho
Reflexão sobre os Direitos dos Trabalhadores


O que é o Dia do Trabalho?

Celebrado em diversos países no dia 1º de maio, o Dia do Trabalho é uma data simbólica que destaca a importância da luta dos trabalhadores.

Essa comemoração remonta ao final do século XIX, quando movimentos trabalhistas começaram a se mobilizar por melhores condições de trabalho e por direitos fundamentais.

Você sabia que, no passado, crianças eram tratadas como adultos em miniatura e chegavam a trabalhar entre dez e doze horas por dia?
Parece absurdo? Pois é — na época, o que hoje nos causa indignação era visto como uma maneira de aproveitar mão de obra barata.

Essas crianças eram exploradas ainda mais que os adultos, privadas do direito à aprendizagem e do desenvolvimento pessoal.
A infância era um privilégio restrito aos filhos dos patrões.


Uma História de Lutas e Conquistas

A origem do Dia do Trabalho é marcada por eventos como a greve de Haymarket, em Chicago, onde trabalhadores protestaram exigindo a jornada de oito horas.

A Revolta de Haymarket foi um conflito que eclodiu após a explosão de uma bomba em uma manifestação em prol da jornada de oito horas de trabalho, em 4 de maio de 1886, na Haymarket Square, em Chicago, nos Estados Unidos. Fonte:  Wikipedia

Com o tempo, essa luta resultou em conquistas como férias, salários mais justos, licenças trabalhistas e direitos básicos que, hoje, muitos consideram garantidos — mas que sempre correm riscos de retrocesso.

Celebrar essa data é manter viva a memória das vitórias passadas e lembrar da necessidade constante de proteger os direitos dos trabalhadores.


Por que é necessário celebrar o Dia do Trabalho?

Mais do que um simples feriado, o 1º de maio é uma oportunidade de reflexão.

Já repararam como, muitas vezes, reformas econômicas anunciadas pelos governos penalizam o trabalhador e desvalorizam seu esforço?

Certa vez, um Presidente iniciou seu discurso com palavras como:

“A situação crítica demanda ações drásticas. Precisamos cortar na carne para manter a ordem e o controle.”

Mas o corte nunca foi na própria carne. A tal reforma trabalhista desmontou direitos adquiridos, favoreceu patrões, reduziu 94% dos serviços assistenciais e acelerou o processo de entrega de empresas públicas à administração privada.

É claro: a reforma não arranhou nem de leve a pele de políticos e empresários.


O papel da imprensa

A imprensa, financiada por grandes empresários, assumiu o papel de convencer — ou confundir — a população. Manchetes exaltavam os “benefícios” da Nova Reforma, enquanto o trabalhador via, na prática, o desmonte de suas garantias.

Houve até governo que chegou a sugerir que os pobres pudessem vender os próprios órgãos…

Enquanto isso, projetos importantes, como o que propõe o fim da escala 6×1 no Brasil, são deixados de lado por parlamentares mais preocupados com pautas de uma suposta moralidade — muitas vezes alinhados com os interesses de seus financiadores de campanha: os patrões, que também são, com frequência, os exploradores.


Valorizar o trabalhador é valorizar a sociedade

A valorização do trabalhador deve ser uma prioridade em qualquer sociedade.
Em diversos países, a redução de jornadas e escalas resultou em ganhos reais: produtividade, saúde mental e desenvolvimento empresarial. (Abordaremos esse ponto em um post futuro.)

Ao reconhecer a importância do 1º de maio, renovamos o compromisso com a justiça social, com melhores condições de trabalho e com o espírito de solidariedade entre os que constroem, de fato, o mundo com seu esforço: os trabalhadores.

Leia também:

A falta de Educação Política e a corrupção ‣ Jeito de ver

4 de maio de 1886: acontece o Massacre de Haymarket, confronto entre policiais e manifestantes que influenciou a criação do Dia Internacional dos Trabalhadores

Fonte: Wikipedia

Brasil Escola

A história do grupo Badfinger

A triste história de uma das melhores bandas de todos os tempos

Conheça o Badfinger

O rádio tocava a bela canção Without You, na voz de Mariah Carey…
Do outro lado da rua, um fã de Raul Seixas insiste no refrão de Tente Outra Vez…
E eu penso: “Isso é Badfinger!” (Ouça o refrão em Day After Day).

Você conhece aquelas histórias trágicas de bandas incríveis, que pareciam destinadas ao sucesso, mas acabaram naufragando? A história do Badfinger é uma dessas. E merece ser contada.

Nos anos 1970, o mundo buscava um novo grupo que preenchesse o vazio deixado pelos Beatles. E os meninos do Badfinger eram realmente bons.

Mas escolhas ruins, ingenuidade e um empresário inescrupuloso levaram a banda a um fim devastador.

O começo promissor

Formado em 1961, em Swansea (País de Gales), o grupo nasceu como The Iveys, com Pete Ham, Ron Griffiths, David ‘Dai’ Jenkins e Mike Gibbins. Começaram com covers de Beatles e Rolling Stones, até que o talento para composições autorais os levou mais longe.

Em 1968, foram descobertos por Mal Evans, assistente dos Beatles, que os levou até a Apple Records. Com o novo nome — Badfinger — lançaram Come and Get It, escrita por Paul McCartney.

O sucesso veio rápido.

Com melodias envolventes e harmonias vocais impecáveis, emplacaram sucessos como No Matter What, Day After Day e Baby Blue.

George Harrison os incluiu no álbum All Things Must Pass, e eles participaram do histórico Concerto para Bangladesh, em 1971. Pareciam destinados a ocupar um lugar permanente no panteão do rock.

A queda

Mas, nos bastidores, o empresário Stan Polley desviava dinheiro e manipulava contratos.

A má gestão corroeu a estrutura da banda, gerando desconfiança, estresse e prejuízos financeiros.

Pete Ham, principal compositor, não suportou a pressão.

Em 1975, cometeu suicídio, deixando uma nota em que denunciava a traição de Polley.

Em 1983, foi a vez de Tom Evans, baixista e vocalista, pôr fim à própria vida. A banda, que um dia brilhou ao lado dos Beatles, apagava-se tragicamente.

Um legado que resiste

Apesar de tudo, Badfinger deixou um legado duradouro. Suas canções continuam tocando — em rádios, trilhas de filmes, nas playlists de quem descobre suas melodias sinceras e atemporais.

Sua história é um alerta sobre os bastidores da indústria musical. Mostra que talento, sem gestão ética, pode não ser suficiente.

Badfinger não morreu.

Ainda ecoa.

E ensina.

Veja também  A Importância Inegável dos Beatles ‣ Jeito de ver

Badfinger – Wikipédia, a enciclopédia livre

Que tal agora explorar algumas canções desse grupo incrível?

A origem da expressão “Passar Pano”

Pixabay

Você já percebeu que algumas expressões são incorporadas ao nosso vocabulário no dia a dia e, quando nos damos conta, já as estamos usando?

Por exemplo, quando queremos dizer que a insistência leva ao sucesso, às vezes usamos “Água mole em pedra dura...”, ou quando queremos dizer que cada pessoa deve cuidar de seus próprios assuntos, dizemos “Cada macaco no seu galho”.

Outras expressões não desaparecerão “nem que a vaca tussa”, pois já criaram raízes em nosso vernáculo.

Uma expressão tem me chamado a atenção: “Passar pano”. Já ouviu essa expressão?

Vamos às origens…

Passar Pano: Origem e Significado

A expressão “passar pano” tem origem no ato literal de limpar algo com um pano.

No entanto, seu significado evoluiu para o sentido figurado de encobrir, minimizar ou defender algo negativo.

Há registros de que, no período escravista, os senhores passavam um pano úmido nas costas dos escravizados para remover a sujeira e o suor, disfarçando as condições em que viviam. Além disso, a ideia de “passar pano também remete ao ato de disfarçar imperfeições em serviços malfeitos, reforçando seu uso no sentido de acobertar ou amenizar falhas.

Significado e Uso

“Passar pano” é sinônimo de defender, omitir ou minimizar erros e atitudes negativas, seja desviando o foco da crítica, citando outro fato para relativizar a situação ou tentando proteger alguém de julgamentos.

Exemplos de Uso:

✔ “Eu sei que ele falou mal de mim. Você está passando pano para ele!
✔ “Não podemos passar pano para situações de assédio.”
✔ “O governo errou, mas sempre aparece alguém para passar pano, citando escândalos antigos.”
✔ “Maria nunca errou, e se errar, eu passo pano.”

Popularidade da Expressão

Embora não seja recente, a expressão ganhou força entre os jovens e passou a figurar em dicionários informais, sendo comparada a “varrer para debaixo do tapete”. Seu uso é frequente em debates políticos, sociais e no dia a dia, para descrever a tentativa de absolver alguém de críticas ou esconder problemas.

Fontes:
🔗 Toda Matéria
🔗 Dicionário Informal

Leia também Qual o seu idioma? – Tem certeza? ‣ Jeito de ver

A Pequena Sereia: Uma Outra Perspectiva

Cartaz de A pequena Sereia

The Little Marmaid

O escritor sempre coloca um pouco de si em suas histórias, sejam experiências pessoais ou no modo como histórias de terceiros influenciaram sua vida.

Neste post faremos uma breve análise do conto A Pequena Sereia, original de 1837, adaptado posteriormente para o cinema pelos estúdios Walt Disney.

A adaptação de A Pequena Sereia pela Disney, lançada em 1989, marcou um ponto de virada significativo na indústria da animação. Este filme não apenas revitalizou a animação como forma de entretenimento, mas também se estabeleceu como um ícone cultural duradouro.

As músicas e personagens apresentados na obra da Disney tornaram-se parte integrante da cultura popular, evidenciando a habilidade da empresa em criar narrativas que ressoam com o público de todas as idades.

A história de Ariel, com sua busca por identidade e amor verdadeiro, representa temas universais que continuam a atrair novas gerações, estabelecendo um profundo impacto na imaginação coletiva.

Como as experiências do autor e do adaptador influenciaram o modo como contam a mesma história? Vejamos.

Resumo da versão Disney de A Pequena Sereia

Na versão dos Estúdios Disney, o amor romântico é o foco central da narrativa.

 A Pequena Sereia é uma adaptação captura a essência de uma história encantadora, centrada na jovem sereia Ariel.

Desde o início, Ariel é apresentada como uma jovem curiosa e sonhadora, insatisfeita com sua vida no reino subaquático de Atlântida. Ela anseia por entender o mundo humano e sonha em se tornar parte dele, uma ambição que a leva a explorar os destroços de navios naufragados.

Esse desejo de liberdade e descoberta é um aspecto central da narrativa, pois representa a busca por identidade e pertencimento, temas universais que ressoam com muitos.

O amor floresce quando Ariel vê e salva de um naufrágio, o príncipe Eric, um humano que se torna a razão pela qual ela deseja transformar-se.

Em um momento decisivo, Ariel faz um pacto com a maligna bruxa do mar, Úrsula.

Sacrifícios e Final Feliz

Este acordo, que a transforma em humana por um período limitado, também a priva de sua voz, simbolizando as dificuldades e sacrifícios que podem surgir na busca pelos sonhos.

Este elemento da história oferece uma visão leve, mas profunda, sobre os desafios do amor verdadeiro e a importância da comunicação.

À medida que a narrativa se desenrola, Ariel é acompanhada por uma variedade de amigos leais, incluindo o peixe Linguado e o crustáceo Sebastião, que não apenas oferecem suporte, mas também humor à trama.

Os encontros e desencontros com Úrsula introduzem tensão à história, mas a amizade e o amor triunfam.

Em última análise, a versão da Disney culmina em uma resolução feliz, onde Ariel consegue conquistar seu sonho de ser humana, sublinhando que o amor e a amizade superam todos os obstáculos.

Essa adaptação oferece um toque otimista e esperançoso, deixando uma mensagem positiva para o público de todas as idades.

Resumo da versão original de A Pequena Sereia

Por outro lado, a versão original de Hans Christian Andersen, publicada em 1837, oferece uma abordagem mais sombria e filosófica da história.

A sereia, em sua busca pela alma e pela humanização, confronta questões existenciais profundas, como a perda e a dor que podem acompanhar o amor.

Capa do Livro A pequena Sereira e Outros Contos de Fadas

A versão original do conto A Pequena Sereia, escrita por Hans Christian Andersen, narra a história de uma jovem sereia que habita as profundas águas do oceano.

Desde pequena, a sereia é fascinada pelo mundo humano, em especial por um príncipe que avista e salva da morte, afogamento devido por causa do naufrágio, no dia de sua festa de aniversário.

A atração e o amor que sente por ele a levam a tomar uma decisão drástica, buscando a transformação em humana.

Para isso, ela faz um pacto com a temida bruxa do mar, que oferece pernas em troca de sua cauda, mas a um preço doloroso: a sereia deve abrir mão de sua voz.

O amor que a sereia nutre pelo príncipe é imenso, mas suas escolhas são repletas de sacrifícios.

O sacerifício e a perda

Adaptar-se ao mundo dos humanos traz-lhe não apenas a dor de não poder se expressar verbalmente, mas também a dor física, pois cada passo que dá é como caminhar sobre lâminas afiadas.

Ao longo da narrativa, Andersen explora a dualidade da busca pelo amor verdadeiro e os sacrifícios que isso demanda, revelando uma realidade onde a felicidade nem sempre é garantida.

Apesar de seus esforços para conquistar o coração do príncipe, ele acaba se apaixonando por outra mulher, levando a sereia a um estado de desespero.

O desfecho se torna ainda mais sombrio quando, ao perceber que seu amor é inalcançável, ela se depara com uma escolha final:

A bruxa do mar sugere que para recuperar a sua vida ela deve matar o príncipe e deixar seu sangue pingar aos seus pés para que ela volte a ser sereia ou transformar-se em espuma do mar em vez de se tornar uma mulher sem amor.

Ao ver a alegria do Príncipe com a amada, ela escolhe se transformar em espuma do mar.

Este final trágico destaca o preço elevado que pode ser exigido na busca por amor e aceitação, um tema recorrente na obra de Andersen que ressoa profundamente até os dias de hoje.

Comparação dos temas principais

De que modo cada autor inseriu um pouco de si, em especial na escrita e na adaptação deste clássico?

Enquanto a adaptação da Disney foca na busca do amor e na transformação pessoal, o conto de Andersen trata da dor e do sacrifício.

Uma análise da biografia dos personagens reais Walt Disney e Hans Christian Andersen nos ajuda a entender essa questão.

De acordo com o livro O Lado Sombrio dos Contos de Fadas, Walt Disney teve uma infância difícil, trabalhando desde menino para ajudar o pai nas despesas.

Desde muito jovem, acordava ainda de madrugada para entregar jornais, enfrentando frio intenso e longas jornadas.

Às vezes, ao encontrar brinquedos na frente das casas onde fazia uma entrega, brincava por um curto período, temendo ser pego ou denunciado por “trapacear durante o trabalho”.

Percebeu  desde menino o quanto os sonhos de finais felizes permeiam a trajetória humana.

Transformou seus sonhos e desejos da infância em um projeto onde as crianças poderiam brincar e ser felizes. Criou “O Maravilhoso mundo de Walt Disney”, onde a tristeza não deveria existir (ao menos por um longo tempo!).

Hans Christian Andersen

A vida de Andersen foi solitária e marcada por amores não correspondidos.

De família pobre, conseguiu sucesso por receber apoio de alguém que reconhecia seus talentos, mas jamais se sentiu plenamente aceito na alta sociedade. Algumas de suas obras, como O Patinho Feio e A Roupa Nova do Imperador, tocam nesse tema.

Ele também escreveu A Rainha da Neve, hoje conhecido como Frozen, além de outros belos contos.

Sua vida pessoal foi solitária, marcada por amores não correspondidos.

Ele nunca se casou e há indícios de que viveu conflitos internos em relação à sua sexualidade.

Suas cartas e diários revelam paixões tanto por mulheres quanto por homens, embora nunca tenha tido um relacionamento confirmado.

Suas paixões, conflitos e perdas se refletem no modo como escreveu o conto A Pequena Sereia.

A história de A Pequena Sereia, tanto na versão da Disney quanto na de Hans Christian Andersen, é apenas um exemplo de como os autores inserem um pouco de suas experiências em suas obras.

Essas diferenças temáticas destacam como as narrativas de amor podem variar entre culturas e épocas.

A adaptação da Disney prioriza uma visão otimista, enquanto Andersen nos convida a considerar os aspectos mais sombrios da humanização.

Que tal, na próxima vez que ler um livro, uma poesia ou escutar uma música, tentar imaginar os sentimentos e as histórias que se escondem no ritmo e nas palavras?

O ser humano tem esse incrível poder de se expressar e de entender além das palavras.

Fonte:

A Pequena Sereia – Wikipédia, a enciclopédia livre

O Lado Sombrio dos Contos de Fadas, Karin Hueck

Leia também Contos de fadas – Um novo jeito de ver! ‣ Jeito de ver

A canção que determinou o fim de um grupo!

New Orleans, início do Sécuo XX

New Orleans, 1910 Pinterest

There is a house in New Orleans

They called the Rising Sun

And it´s been the ruin of many a poor boy

And God, I know I’m One” – The house of the rising Sun

The House of the Rising Sun – Uma história

Origem da Canção

‘The House of the Rising Sun’ é uma canção tradicional folk americana cuja autoria exata permanece desconhecida.

Acredita-se que a música tenha sido transmitida oralmente através de gerações, com raízes que remontam ao início do século XX.

A natureza oral dessa tradição significa que a letra e a melodia foram modificadas ao longo do tempo, refletindo influências culturais e sociais de diferentes épocas e regiões dos Estados Unidos.

As primeiras gravações conhecidas datam de 1933, quando Clarence Ashley e Gwen Foster registraram suas versões. A interpretação de Ashley é significativa, pois ele aprendeu a música com seu avô, demonstrando sua transmissão geracional. Sua versão refletia as influências do folk e do blues, gêneros profundamente enraizados na cultura americana da época.

Contexto Cultural

O contexto dos Estados Unidos durante o surgimento da canção foi marcado por grandes mudanças e desafios.

A Grande Depressão, que assolou o país na década de 1930, impactou profundamente a vida dos americanos, e a música folk serviu como uma forma de expressão das dificuldades e aspirações da classe trabalhadora. ‘The House of the Rising Sun’ capturava essas realidades, com letras evocando histórias de perda, arrependimento e redenção.

A casa mencionada na canção é frequentemente interpretada como um bordel ou uma casa de jogo, refletindo temas de vício e decadência moral, prevalentes na sociedade da época. Assim, a canção se destacou tanto como peça musical quanto como documento cultural.

Versões e Regravações ao Longo dos Anos

Uma das primeiras interpretações notáveis foi feita por Woody Guthrie na década de 1940. Guthrie trouxe um estilo folk característico, com um arranjo simples e direto que refletia a tradição oral da música.

Musicologistas afirmam que há versões bastante antigas, possivelmente originárias da Inglaterra ou dos Estados Unidos antes da Guerra Civil. As gravações mais antigas conhecidas são de Clarence “Tom” Ashley, Doc Walsh e Gwen Foster (1932) e dos Callahan Brothers (1934), que ouviram a música de seu avô, Enoch Foster.

Texas Alexander, famoso cantor americano, gravou ‘Rising Sun’ em 1928, mas a música era bastante diferente, embora seus acordes tivessem alguma semelhança.

Em 1937, Alan Lomax gravou uma versão cantada por Georgia Turner, filha de mineiros do Kentucky, intitulada “Rising Sun Blues”. Nos anos 1940, novas gravações foram feitas por Woody Guthrie (1941), Josh White (1947) e Huddie “Lead Belly” (1944 e 1948).

Outro intérprete crucial foi Lead Belly, cujo estilo blues adicionou profundidade emocional à música. Sua interpretação destacou-se pelo uso da guitarra ressonadora e uma vocalização intensa.

Nos anos 1960, foi gravada por Joan Baez (1960), Bob Dylan (1961, publicado em 1962), Nina Simone (1962), The Animals (1964), Los Speakers (1965) e Frijid Pink (1969). Em seu disco de 1962, Bob Dylan atribuía ter conhecido a música através de Dave Van Ronk.

The Animals…

A versão mais famosa veio com The Animals em 1964. A banda descobriu a música durante uma turnê com o cantor folk Johnny Handle.

The Animals, The house of the Rising Sun

Capa The house of the rising Sun

Inspirados pela melodia sombria e pela narrativa envolvente, decidiram dar uma nova roupagem à canção.

O arranjo inovador destacou-se imediatamente. O icônico arpejo de guitarra e o uso marcante do órgão contribuíram para que essa versão se tornasse um marco na história da música popular, catapultando a canção para o topo das paradas internacionais.

Muitos outros artistas revisitaram ‘The House of the Rising Sun’, trazendo suas próprias visões e estilos. Nina Simone, Frijid Pink e Five Finger Death Punch adicionaram elementos de jazz, hard rock e metal, respectivamente.

O topo das paradas

O single rapidamente alcançou o topo das paradas no Reino Unido, nos Estados Unidos e em outros países, consolidando-se como um hit mundial. Esse sucesso alavancou a carreira dos The Animals e colocou a banda no mapa do rock dos anos 60.

O impacto cultural dessa versão é inegável. Ela ajudou a popularizar o folk rock e abriu portas para que outras bandas experimentassem com arranjos mais ousados e inovadores.

Além disso, foi frequentemente utilizada em trilhas sonoras de filmes e programas de televisão, perpetuando sua presença na cultura popular.

Até hoje, a interpretação dos The Animals é considerada um marco na história do rock, destacando-se como um exemplo clássico de como uma reinterpretação pode redefinir uma canção e deixá-la eternamente marcada na memória coletiva.

Os Problemas Internos no Grupo The Animals

O sucesso de ‘The House of the Rising Sun’ trouxe notoriedade e fortuna para The Animals, mas também desencadeou problemas internos que contribuíram para a dissolução do grupo original.

Um dos principais pontos de discórdia foi a questão dos direitos autorais e dos royalties.

Cada membro participou do processo criativo da versão definitiva, mas apenas Alan Price, tecladista responsável pelo solo do órgão, foi creditado pela adaptação da canção tradicional – sem o conhecimento dos outros membros.

Isso levou a uma distribuição desigual dos lucros e gerou tensões significativas dentro da banda.

Relatos informais afirmam que, ao ser descoberto, Price abandonou a banda no meio de uma turnê.

A decisão de creditar exclusivamente Alan Price gerou ressentimentos, especialmente porque ‘The House of the Rising Sun’ era o maior sucesso da banda.

As tensões e o fim

Os outros membros sentiam que suas contribuições não estavam sendo reconhecidas, levando a conflitos que corroeram a coesão do grupo. A falta de uma gestão eficiente exacerbou esses problemas, dificultando a resolução das disputas.

Os conflitos internos afetaram negativamente a dinâmica do grupo, minando a moral dos integrantes.

Eric Burdon, vocalista principal, frequentemente tentava mediar as discussões, sem sucesso.

Eventualmente, as divergências tornaram-se insustentáveis, culminando na dissolução da formação original em 1966.

Cada membro seguiu caminhos diferentes, com Alan Price lançando uma carreira solo e Eric Burdon formando novas bandas.

No entanto, os problemas internos gerados pelo sucesso da canção deixaram cicatrizes duradouras, influenciando suas trajetórias.

Assim, enquanto a canção permanece como um marco na história da música, os conflitos que ela gerou no seio de The Animals são um lembrete de como o sucesso pode, paradoxalmente, levar à desintegração de laços criativos e pessoais.

Veja mais: A história do “dia que a música morreu” ‣ Jeito de ver

Recomendamos também o PodCast A hora da Vitrola, com André Góis, da Rádio Eldorado FM, para histórias incríveis como esta.

Aprenda a tocar House of The Rising Sun – The Animals – Cifra Club

 

A história do “dia que a música morreu”

A história do dia que a música morreu.

Imagem de Bruno por Pixabay

Se você assistiu ao filme La Bamba (1987), estrelado por Lou Diamond Phillips, Esai Morales e Danielle von Zerneck, certamente conhece um pouco da história que contaremos aqui.

Cartaz do Filme La Bamba

Pinterest

O Dia que, para alguns, entrou para a história como “O Dia em que a Música Morreu”: A Tragédia de Buddy Holly, Ritchie Valens e Big Bopper

A Trajetória de Buddy Holly, Ritchie Valens e Big Bopper

Cada um desses artistas trouxe algo único ao cenário do rock and roll, moldando o gênero de maneiras distintas e memoráveis.

Buddy Holly, nascido Charles Hardin Holley, foi um dos pioneiros do rock and roll.

Originário de Lubbock, Texas, começou sua carreira no início da década de 1950 e rapidamente se destacou por suas composições inovadoras e performances energéticas. Com sucessos como That’ll Be the Day e Peggy Sue, Holly não apenas conquistou o público, mas também influenciou gerações de músicos. Sua habilidade em combinar letras cativantes com melodias envolventes fez dele uma figura central no desenvolvimento do rock and roll moderno.

Ritchie Valens, cujo nome verdadeiro era Richard Steven Valenzuela, foi um prodígio do rock chicano.

Nascido em Pacoima, Califórnia, começou a tocar guitarra e a cantar desde muito jovem. Aos 17 anos, já havia alcançado fama nacional com hits como La Bamba e Donna. La Bamba, uma adaptação de uma canção folclórica mexicana, destacou sua capacidade de fundir culturas musicais distintas, criando um som que ressoava com uma ampla audiência.

Valens tornou-se um símbolo de orgulho cultural para a comunidade latina, deixando uma marca indelével no rock and roll.

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Big Bopper, nascido Jiles Perry Richardson Jr., era conhecido por seu estilo exuberante e carismático.

Originário de Sabine Pass, Texas, começou sua carreira como DJ antes de se tornar cantor e compositor de sucesso. Sua canção mais famosa, Chantilly Lace, exibiu sua personalidade vibrante e sua habilidade para criar músicas cativantes.

Além disso, foi inovador no marketing musical, utilizando a mídia para promover suas canções. Sua presença no palco e suas contribuições para a indústria fizeram dele uma figura inesquecível no rock and roll.

A Rotina dos Cantores na Época

A turnê Winter Dance Party foi marcada por uma rotina exaustiva para Buddy Holly, Ritchie Valens e Big Bopper. Os artistas enfrentavam uma agenda frenética, viajando grandes distâncias durante a noite para chegar ao próximo destino a tempo.

A logística era complicada, com a equipe frequentemente se deslocando em ônibus antigos e mal aquecidos, o que se tornava ainda mais difícil devido ao rigoroso inverno. Essas viagens testavam a resistência física dos cantores e afetavam seu bem-estar emocional.

O cansaço acumulado e a falta de descanso adequado geravam tensão constante. Além do desgaste físico, havia a pressão de manter a performance em alto nível, independentemente das circunstâncias adversas.

Apesar disso, havia momentos de camaradagem. Buddy Holly era conhecido por seu profissionalismo e dedicação, enquanto Ritchie Valens, o mais jovem do grupo, trazia uma energia jovial que ajudava a aliviar a tensão. Big Bopper, com sua personalidade expansiva, frequentemente animava a equipe.

Lidar com a fama e as pressões da indústria musical exigia uma rápida adaptação.

O sucesso repentino e a constante exposição pública tornavam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional um desafio. A turnê Winter Dance Party ilustra os sacrifícios dos músicos da época, destacando tanto os momentos de triunfo quanto os desafios enfrentados diariamente.

As Circunstâncias do Acidente

O trágico acidente aéreo que ceifou as vidas de Buddy Holly, Ritchie Valens e Big Bopper ocorreu durante a turnê Winter Dance Party em fevereiro de 1959.

A turnê, que levava o rock and roll a várias cidades do Meio-Oeste dos Estados Unidos, enfrentava desafios logísticos severos. As longas viagens de ônibus em condições climáticas adversas tornaram-se exaustivas para os músicos e a equipe. Para minimizar o desgaste, Buddy Holly decidiu fretar um avião para chegar mais rápido ao próximo destino.

Na noite de 2 de fevereiro de 1959, após um show em Clear Lake, Iowa, Holly alugou um pequeno Beechcraft Bonanza para voar até Moorhead, Minnesota. Ritchie Valens e Big Bopper conseguiram lugares no voo. O piloto Roger Peterson, de 21 anos, foi contratado para a viagem.

Infelizmente, Peterson não estava suficientemente treinado para voar sob condições meteorológicas adversas e não possuía certificação para navegação por instrumentos.

Naquela noite, o tempo estava extremamente ruim, com ventos fortes e visibilidade reduzida devido à neve. Pouco após a decolagem, o avião perdeu o controle e caiu em um campo de milho, matando todos a bordo instantaneamente.

As investigações concluíram que a causa do acidente foi uma combinação de erro do piloto e condições climáticas severas. A falta de experiência de Peterson para operar sob tais circunstâncias foi um fator determinante. Essa tragédia marcou um momento sombrio na história da música, eternizando o dia 3 de fevereiro de 1959 como “O Dia em que a Música Morreu”.

Maiores Sucessos e Impacto na Arte e na História

Sim no dia  3 de fevereiro de 1959, o mundo da música perdeu três de seus mais brilhantes talentos em um trágico acidente de avião.

Buddy Holly, com hits como Peggy Sue e That’ll Be the Day, foi um pioneiro do rock and roll, estabelecendo novos padrões para a composição e produção musical. Sua influência se estendeu a bandas como The Beatles e The Rolling Stones, que o citam como inspiração fundamental.

Ritchie Valens, apesar de sua curta carreira, revolucionou a música com La Bamba, que misturava rock and roll com elementos da música tradicional mexicana. Esse hit abriu portas para a inclusão de artistas latinos na indústria musical americana, influenciando gerações de músicos de diversas origens culturais.

Big Bopper, com seu estilo único e personalidade vibrante, deixou uma marca duradoura com Chantilly Lace. Sua abordagem inovadora ao entretenimento ajudou a definir o papel do artista como showman, algo adotado por muitos músicos nas décadas seguintes.

Homenagens póstumas, como a canção American Pie de Don McLean, perpetuaram a memória desses artistas e solidificaram seu legado na história da música. O impacto deste acidente é constantemente relembrado como “O Dia em que a Música Morreu”.

Leia também: A música como produto e arte – uma história! ‣ Jeito de ver

Confira a playlist abaixo.

De Onde Vem o Termo ‘Divisor de Águas’?

Imagem de Eduin Escobar por Pixabay

Este pequeno texto talvez não seja um divisor de águas na sua vida, mas que tal entender a origem desta expressão que já virou chavão por aqui?

Vamos lá, então:

O que é um Divisor de Águas?

O termo “divisor de águas” é usado para descrever um evento ou momento que marca uma mudança significativa em uma determinada situação. Esse conceito se aplica a diversos campos, como história, política, tecnologia e negócios.

A expressão vem da hidrografia e refere-se à linha imaginária que separa duas bacias hidrográficas, determinando para onde as águas escoam. O significado foi ampliado para representar momentos de transformação em outras áreas.

Significado e Importância

Um divisor de águas indica um ponto de virada que altera a forma como algo é percebido, pensado ou conduzido. Pode representar uma nova abordagem, tecnologia ou ideia. Sua importância reside na capacidade de abrir caminho para novas perspectivas e impulsionar o progresso.

Exemplos na História
  1. Revolução Francesa (1789) – Marcou o fim do Antigo Regime e o início de uma nova ordem política e social.
  2. Revolução Industrial (séculos XVIII e XIX) – Transformou a produção artesanal em industrial, impactando a economia e a sociedade.
  3. Descoberta da Penicilina (1928) – Revolucionou a medicina com o primeiro antibiótico eficaz, salvando milhões de vidas.
  4. Lançamento do iPhone (2007) – Mudou a indústria de smartphones, introduzindo novas formas de interação digital.
Impacto na Sociedade

Um divisor de águas pode gerar avanços e desafios. A Revolução Industrial, por exemplo, trouxe progresso tecnológico, mas também desigualdades sociais. Da mesma forma, a internet facilitou a comunicação, mas levantou questões sobre privacidade e segurança.

Como identificar um divisor de águas?

Nem sempre é fácil reconhecer um divisor de águas no momento em que ocorre. Porém, eventos que despertam grande interesse e provocam mudanças profundas geralmente indicam uma transformação significativa.

Conclusão

Divisores de águas representam mudanças marcantes que influenciam diversos aspectos da sociedade. Seja na história, na ciência ou na tecnologia, esses momentos definem o rumo do futuro e impulsionam novas possibilidades.

Bem, que acontecimento foi um divisor de águas em sua vida?

Fonte:

O Que é Divisor De águas? Origem, Significado E Exemplos De Uso – 360 Graus

Divisor de águas – Dicio, Dicionário Online de Português

Divisor de águas: O que é? Significado – Resumos Só Escola

Veja também O tempo ( Contador de histórias) ‣ Jeito de ver

Cultura – Quando o mais fácil é desistir!

 Descubra o valor de não abandonar o que nos move.

Imagem de Joe por Pixabay

O Valor de um Sonho

O que é fazer valer um sonho quando todos os sinais te apontam o mais fácil, que é desistir?

Às vezes, insistir num objetivo é saber insistir, apesar das frustrações. Por exemplo, como se sentem poetas, bons compositores e arranjadores quando percebem a qualidade da música atual e as mensagens nas letras (quando há alguma mensagem!)?

Não me acusem de reacionário, moralista ou seja lá o que for, com aquela frase batida de que tudo é questão de gosto.

É verdade que alguém sempre reclamará da decadência musical ao longo das décadas, mas isso também pode significar que os estilos coexistem e que prevalecem aquilo com que se identifica a sociedade atual. Por isso, ainda exerço o meu direito de gostar daquelas canções que chocam pela beleza, pela harmonia entre melodia e letra…


Como se molda o gosto musical?

A Música como Produto

O fato é que a maior exposição musical é dada àquelas canções com potencial de vendas, mesmo que seja por um curto período de tempo e que serão substituídas por canções bem parecidas, com o mesmo objetivo de vendas, em que a música é apenas um mero produto a ser usado e descartado. Ninguém sentirá falta quando o sucesso passar.

A música não tem sido encarada como arte a se eternizar; reduziu-se a um produto, um mero produto.


E Quanto às Obras-Primas?

Você talvez pense: “Ah! O Spotify, o Deezer, o YouTube e outros meios estão aí. A pessoa pode procurar o que quiser!” É verdade, mas você sabia que boa parte do que você gosta foi apresentado por alguém ou por um meio de comunicação?

Isso significa que, se as pessoas forem expostas a apenas um ou dois estilos de música, de melodias simples, terão dificuldades em se interessar por arranjos e letras mais complexas.

A exposição a vários estilos musicais seria essencial para ajudar na formação artística e cultural do indivíduo. Mas, atualmente, isso não acontece.


O “Jabá Turbinado” e o “Sucesso”

Hoje vivemos o “jabá turbinado”, que funciona de maneira sutil, mas extremamente eficaz.

Empresários, especialmente do campo do agro/sertanejo, não apenas pagam mais para terem seus produtos expostos, compram também estações de rádio, que tocarão exaustivamente seus produtos. A estratégia é composta por passos bem definidos:

  1. Repetição Exaustiva: As músicas são tocadas repetidamente nas rádios compradas ou contratadas, garantindo que fiquem na cabeça do público.
  2. Construção de Empatia: Comentários sobre a vida pessoal dos artistas, muitas vezes elaborados estrategicamente, geram identificação e conexão emocional com o público.
  3. Narrativa de Superação: Biografias que destacam a saga do “herói humilde que alcançou o sucesso” são cuidadosamente construídas para comover e inspirar.
  4. Marketing Integrado: Notícias, fofocas e até intervalos entre as canções são utilizados para manter vivo o interesse do público.

Outros estilos musicais não têm espaço nessas emissoras, porque o objetivo principal é vender o produto. Em especial, em pequenas cidades, presume-se que o público seja menos informado e, portanto, mais suscetível à manipulação.

A consequência? Pressões e negociatas surgem.


Cultura e Política

A população dessas cidades, ao saber que um astro visitou uma cidade vizinha, passa a pressionar o administrador público para trazer o espetáculo. E, muitas vezes, o administrador cede, gastando mais do que o orçamento mensal destinado à saúde ou educação para atender à demanda.

Shows patrocinados por verbas públicas frequentemente estão associados a mau uso de recursos, isso quando não há desvios. Alguns argumentam que “não usamos a Lei Rouanet”, mas é preciso esclarecer:

A Lei Rouanet foi criada para incentivar o financiamento da arte com recursos privados, permitindo deduções no imposto de renda dos patrocinadores, sem utilizar diretamente dinheiro público.


O “Sonho” de Comunicar

Um amigo meu, desde jovem, sonhava em ter uma estação de rádio para promover artistas locais e tocar canções de todas as épocas. Durante um tempo, ele investiu em um serviço de alto-falantes, o “Som da Cidade”, que trazia uma programação eclética com espaço para todos os estilos musicais, notícias locais e até transmissões das sessões da Câmara Municipal.

Com o sucesso do Som da Cidade, ele decidiu investir numa rádio. O início foi promissor, mas os problemas não demoraram a surgir.

O clima político da cidade era acirrado. Ao apontar falhas da administração pública, foi agredido fisicamente em duas ocasiões, em administrações diferentes. As paixões pessoais estavam acima dos interesses públicos e culturais.

O comércio local não se interessava em patrocinar a rádio, e os administradores públicos temiam associar-se a quem poderia denunciá-los. Além disso, o custo com direitos autorais (ECAD) era desanimador para quem desejava iniciar uma pequena emissora.

Documentos, contas e processos descansavam sobre a mesa do pequeno escritório que ele montou com recursos próprios, mas o sonho de erguer novamente a rádio nunca se concretizou. Ele gostava de ter seu nome ligado à comunicação.

Nos últimos dias, ainda sonhava em lançar um livro contando toda a sua batalha, desde as dificuldades em manter uma rádio com identidade própria aos seus desafios na construção desse sonho.

Seria um ótimo livro!


Reflexões

Desde jovem, sempre sonhei em escrever memórias, histórias, poemas, músicas… o que me viesse à cabeça. Hoje, sem o meu amigo, me pergunto: será que vale a pena insistir nesse sonho, quando o caminho mais sábio parece ser desistir?

Falar de música, poesias, histórias…arte! Sei que tudo mudará, certamente, mas em que direção?

Haverá algum dia espaço para se conversar sobre notícias, poesias, histórias e músicas longe das paixões doentias que apenas dividem e afastam? Haverá espaço para a diversidade ou apenas o poder financeiro fará da pessoas fantoches, ditando o que fazer e ouvir?

Um dia, retornando do trabalho, deparei-me com o que costumam chamar de pichações num grande muro que separa o bairro mais distante do caminho de onde moro. Ao olhar com atenção, percebi que o que pareciam ser borrões transformava-se na face de um escritor quando eu atingia certa distância, mas desaparecia poucos passos à frente.

Confesso que não sei se o efeito era intencional ou mero acidente, mas aquilo me fez refletir sobre o que é a arte. Esse é o dom da arte: fazer pensar, refletir!

Não sei quem foi o autor daquela imagem, nem se ele desistiu depois daquela arte.

Assim como ele, escrevo apenas por escrever. Não sei se alguém, na distância do tempo, vai parar, olhar ou mesmo se preocupar em entender o que tentei dizer.

Desejo apenas que alguém veja minhas palavras como vi aquela imagem no muro: da distância correta, ganhando sentido e, talvez, revivendo minhas histórias.

Quando penso na arte e na cultura em geral, frequentemente desejo desistir. É, realmente, caminhar sozinho, a um horizonte muito mais fácil.

Leia também: A Evolução da Música Caipira no Brasil ‣ Jeito de ver

A Origem Militar no Brasil

A história militar no Brasil

Imagem de Alexander Fox | PlaNet Fox por Pixabay

A Origem dos Militares e sua Relação com a Coroa Portuguesa

A história das forças armadas no Brasil remonta ao período colonial, quando a coroa portuguesa estabeleceu uma presença militar significativa para proteger seus interesses e manter a ordem.

Desde sua fundação, os militares estiveram intrinsecamente ligados aos objetivos da coroa, atuando não apenas como defensores, mas também como agentes de controle social.

A lealdade dos militares à coroa era inquestionável, e sua atuação estendia-se à repressão de manifestações populares e à manutenção da hierarquia colonial.

Um dos exemplos mais notáveis dessa brutalidade militar ocorreu durante a Revolta dos Malês, em 1835, um levante de escravizados e muçulmanos que buscavam liberdade em Salvador, Bahia.

O governo português, temendo que a revolta se espalhasse, mobilizou tropas para reprimi-la.

A resposta violenta dos militares não apenas sufocou o movimento, mas também enviou uma mensagem clara sobre o uso da força como meio de controle e repressão contra qualquer iniciativa que ameaçasse a estabilidade colonial.

Outro marco significativo na atuação militar ocorreu durante a Guerra dos Farrapos, que começou em 1835 e se estendeu até 1845.

Os militares foram utilizados para combater os rebeldes do sul, demonstrando como as forças armadas eram vistas como elementos cruciais para a manutenção da ordem e da hegemonia da coroa.

Esse tipo de intervenção não foi isolado, mas repetido em vários conflitos ao longo do período colonial, estabelecendo um padrão de repressão e uso da força militar que, posteriormente, influenciaria a trajetória política do Brasil.

Ao longo dos séculos, essa relação de subserviência e repressão moldou a identidade das forças armadas, consolidando sua posição como atores centrais no jogo político brasileiro, com impactos duradouros na história do país.

O Golpe de 1889 e a Proclamação da República

O golpe de 1889, que culminou na Proclamação da República no Brasil, é um marco crucial na história do país, refletindo a crescente influência dos militares nos rumos políticos.

A adesão dos militares a esse movimento não foi mera coincidência; ela resultou de uma série de fatores sociais e políticos que culminaram na demanda por mudanças no regime monárquico.

Percebendo a instabilidade da monarquia, que enfrentava crises econômicas e políticas, os militares se posicionaram como agentes de transformação e, ao mesmo tempo, como “garantidores da lei”. Essa autopercepção lhes conferiu um papel central na nova ordem republicana.

Um dos fatores desestabilizadores da monarquia era o avanço do processo de abolição dos escravizados, que causava grande apreensão entre as elites econômicas. Temendo o impacto sobre suas economias, a elite, com o apoio dos militares, planejou o golpe para manter suas vantagens, afastando um imperador adoecido.

Não houve comoção pública. Segundo o livro Os Bestializados, os pobres não entendiam o que estava acontecendo, enquanto a elite agia em favor de si mesma.

Uma das supostas razões  para a adesão dos militares ao golpe foi o sentimento de insatisfação com as elites políticas da época, vistas como ineficazes e corruptas.

Muitos oficiais militares acreditavam que essas elites estavam mais interessadas em proteger seus próprios interesses do que em promover o bem comum. Essa percepção fortaleceu a noção de que era dever moral dos militares intervir em nome da nação.

Essa postura contribuiu para a consolidação de uma visão elitista e corporativista da política brasileira, que perduraria ao longo do tempo, conferindo aos militares um papel privilegiado na nova república.

Os primeiros presidentes da república foram militares e perpetuaram o mesmo sistema elitista e corporativista, com um agravante: a repressão violenta a quem discordasse de seus métodos.

Por exemplo, Floriano Peixoto prendeu e condenou ao desterro em Cucuí, no Amazonas, José do Patrocínio, antigo abolicionista e forte crítico do governo.

Outro episódio emblemático foi o Massacre de Anhatomirim, ocorrido em 1894, durante a Revolução Federalista.

Sob o comando do coronel Antônio Moreira César, atendendo a ordens do presidente Floriano Peixoto, 298 pessoas ligadas à revolução foram fuziladas.

Ironia histórica, a cidade de Florianópolis recebeu esse nome em homenagem ao homem que ordenou o massacre.

As consequências desse golpe foram vastas e impactaram profundamente a estrutura política e social do Brasil. A Proclamação da República não apenas alterou a forma de governança do país, mas também estabeleceu precedentes que solidificaram a intervenção militar em questões políticas, prática que se tornaria recorrente nas décadas seguintes.

A visão de militares “como salvaguardas” da ordem e da justiça se perpetuou, moldando a interação entre os poderes civis e militares ao longo da história do Brasil.

A Atuação Militar Durante o Século XX e o Golpe de 1964

O século XX foi um período marcado por intensas transformações políticas e sociais no Brasil, culminando no golpe militar de 1964.

Esse evento, frequentemente confundido com uma revolução, foi, na verdade, uma ação de Estado que resultou na deposição do então presidente João Goulart.

Os militares, alegando a necessidade de restaurar a ordem em um contexto de crescente instabilidade política e econômica, tomaram o poder e instauraram um regime autoritário que perdurou até 1985.

Documentos divulgados posteriormente revelaram o papel de políticos, militares, empresários brasileiros e  dos Estados Unidos nos bastidores, financiando o golpe e ampliando sua influência no Brasil.

Nos anos que se seguiram, a atuação militar consolidou-se em uma série de medidas “para assegurar o controle sobre o país”.

A promulgação de uma nova Constituição em 1967 foi uma dessas ações, visando legitimar o regime e criar uma estrutura política que perpetuasse a influência militar a longo prazo.

Essa estrutura era fundamentada em uma retórica de segurança nacional, que justificava repressões políticas e violações de direitos humanos como necessárias ao bem-estar da sociedade. O Ato Institucional nº 5 (AI-5) deixou claro que estava sendo instituída uma ditadura no Brasil.

O regime militar teve impactos profundos na sociedade brasileira, exacerbando desigualdades sociais e políticas. A repressão a opositores e a censura aos meios de comunicação foram estratégias amplamente empregadas para silenciar vozes dissidentes.

Além disso, os privilégios concedidos aos militares tornaram-se uma marca registrada do período, assegurados por leis que garantiam benefícios e vantagens aos integrantes das forças armadas. Nesse contexto, a elite militar consolidou sua crescente influência na política nacional.

Assim, a atuação militar no Brasil durante o século XX, especialmente no golpe de 1964, destacou-se não apenas pela condução direta da política, mas também pela criação de um legado de privilégios que ainda reverberam na sociedade contemporânea.

Esse capítulo sombrio da história brasileira continua a levantar questionamentos sobre o impacto duradouro dessas ações. Durante o governo de Dilma Rousseff, as Forças Militares se posicionaram contra a Comissão da Verdade, que tinha como objetivo esclarecer os crimes cometidos durante a Ditadura no Brasil.

Privilégios Conquistados e a Questão da Polícia Unificada

Abordaremos em futuras postagens a atuação da polícia militar entre os anos de 1964 e 1985.

Os privilégios dos militares no Brasil, consagrados na Constituição de 1988, refletem uma continuidade histórica que remonta a períodos anteriores de repressão e autoritarismo.

Esta Constituição garantiu uma série de direitos que diferenciam as Forças Armadas e a Polícia Militar da sociedade civil, o que suscita debates sobre seu impacto na política e na segurança pública do país.

Esses privilégios têm sido objeto de críticas, especialmente em um contexto onde a violência urbana se intensifica e novos desafios de segurança emergem.

No cerne dessa discussão está a proposta de uma polícia unificada no Brasil.

O objetivo dessa abordagem é integrar as diversas forças de segurança sob um comando único, promovendo maior eficiência e eficácia no combate à criminalidade. A criação de uma polícia unificada poderia levar à redução da duplicidade de esforços, além de otimizar recursos operacionais.

Com uma estrutura coesa, a polícia unificada poderia implementar estratégias mais coordenadas e direcionadas, melhorando a resposta às demandas sociais e de segurança da população brasileira.

Entretanto, a transição para uma polícia unificada não é isenta de desafios.

A resistência por parte de setores que detêm privilégios, como os militares, pode dificultar essa proposta, pois estes possuem uma forte influência sobre a estrutura de segurança vigente.

A lógica militarizada que permeia as forças de segurança também levanta preocupações sobre a manutenção dos direitos humanos e da abordagem comunitária na atuação policial.

Assim, para que uma polícia unificada possa ser efetiva, será necessária uma reavaliação dos privilégios dos militares, promovendo um diálogo mais amplo entre os diferentes atores da segurança pública e a sociedade.

A atuação das forças militares brasileiras nas guerras não foi abordada neste post, mas será tema de artigos futuros.

Fonte:

A unificação das polícias é a solução para a crise de segurança no Brasil? | Jusbrasil

Há 125 anos 185 pessoas eram fuziladas na Ilha de Anhatomirim – NSC Total

Livro: O Reino que não era deste Mundo, Marcos Costa

Livro: Os bestializados, José Murilo de Carvalho

Revisão por AI.

Veja também: A falta de Educação Política e a corrupção ‣ Jeito de ver