A amizade é uma rica tapeçaria de afeto entre indivíduos, tecida com carinho, lealdade e proteção. Pode ser descrita como a relação afetiva que preenche nossas vidas com cores únicas.
NA RODA DA VIDA
Desde a infância, encontramos companheiros de jornada que transformam o mundo ao nosso redor. Aquelas risadas enquanto brincávamos, as pequenas frustrações, tudo isso cria laços que dão sentido à nossa existência.
Quantos daqueles amigos de infância ainda estão conosco hoje?
A adolescência nos traz cumplicidade, segredos compartilhados e planos grandiosos que talvez nunca se realizem. É uma época onde as amizades são vitais, mesmo que os adultos pareçam seres de um mundo distante.
O VALOR DOS CAMINHOS DIVERSOS
Com o tempo, cada um segue seu próprio rumo, trilhando novos caminhos. É a dinâmica da vida, onde novos amigos surgem, trazendo consigo preciosas lições.
Nessa jornada, aprendemos que amizades superficiais também existem, muitas vezes mascaradas por desejos egoístas. A verdadeira amizade não impõe, não abusa, mas respeita e compartilha de maneira genuína.
A ESSÊNCIA DA GENEROSIDADE
É comum pensar que um amigo deve ser como desejamos, mas a verdadeira essência está em compreender o que estamos dispostos a oferecer. Amizades verdadeiras não exigem trocas constantes, pois a lealdade não se baseia em barganhas.
Pergunte-se: Que tipo de amigo tenho sido? E, mais importante ainda, que tipo de amigo desejo ser?
As amizades verdadeiras transcendem distâncias e resistem ao teste do tempo. São tesouros preciosos que nos lembram que nunca estamos sozinhos neste mundo.
Então, por que não ser o amigo que tanto desejamos ter ao nosso lado?
UM NOVO OLHAR
A amizade é uma jornada enriquecedora, repleta de altos e baixos, mas é no valorizar e no cuidar do outro que encontramos seu verdadeiro significado.
Que cada passo nessa jornada seja um testemunho do nosso compromisso em ser um amigo verdadeiro, alguém que ilumina a vida do outro com a luz da empatia e da compreensão.
Não tínhamos tanto medo, não desconfiávamos do escuro. A velha praça era mal iluminada, podíamos ver estrelas e ouvir as meninas cantando.
Elas ensaiavam uma canção de setembro. Era lindo ouvi-las cantar…
Os casais caminhavam de mãos dadas e havia tanta vida pra viver. O tempo parecia parar, para que eles passassem e para que também ouvissem as meninas naquela canção de setembro.
Os bares desligavam seus aparelhos sonoros para que as vozes tomassem o ambiente. As pessoas sabiam que seria apenas uma música, um instante na hora, na história. Por isso, não tinham pressa… e por coincidência, era setembro.
O Maldito Tempo
Maldito tempo, por que tinha que passar, ainda que devagar? Maldito tempo!
Quem dera aquele momento fosse eterno e as pessoas não vivessem como vivem hoje, com essa pressa, trancadas em telas de aparelhos, escravas da pressa e dessa impaciência…
Quem dera aquele tempo lançasse uma semente no vento, e as pessoas aprendessem um novo instrumento e cantassem juntas.
Quem dera não vivessem isoladas nesta multidão, como vivem hoje. Quem dera os músicos pudessem cantar nas ruas e que poesias pudessem ser decantadas… Sem pressa, no devido tempo.
E que as belas meninas, sentassem novamente, naquele mesmo lugar, na velha praça, e cantassem novamente e semeassem no ar as velhas canções de setembro.
Permita-me contar uma história que vi acontecer e que me ensinou que nem todos estão dispostos a mudar o statuos quo.
Status quo é uma expressão em latim que significa “estado atual” ou “situação atual”.
Refere-se à condição ou circunstância existente em determinado momento, especialmente em contextos sociais, políticos ou culturais.
Geralmente, é usado para descrever a manutenção das coisas como estão, sem mudanças significativas.
Vamos à história…
Era ainda o ano de 2005 e o professor de História, Régis, se preocupava com a falta de interesse político dos alunos na escola onde lecionava.
Era comum aos alunos, velhas frases como:
“Políticos são todos ladrões”, “Já que eles vão roubar mesmo, meu voto não sai de graça”, “Sindicalistas são todos vagabundos” e frases um pouco menos otimistas que estas.
Alguns jargões foram criados durante os anos em que o Brasil esteve sob Regime Militar (Ditadura) 1964-1985 e outros criados por empresários que também estavam muito preocupados com o bem estar geral ( se você acreditar, tudo bem…)
Disposto a mudar o ponto de vista de seus alunos, ele decidiu criar o projeto:
” Construindo Cidadania“
Neste projeto, todas as Sextas-feiras um grupo de vinte alunos teria a honra de assistir a Sessões da Câmara Municipal de Vereadores – fazendo observações a respeito da ordem e dos projetos.
Um outro grupo analisaria a história do Município, fazendo breves biografias de Prefeitos e vereadores, entrevistaria também a vereadores em exercício.
Os alunos ficaram empolgados.
O questionário a ser aplicado aos vereadores locais trazia as seguintes perguntas:
. Nome completo e resumo biográfico, como se interessou por política?
. Quando se candidatou pela primeira vez?
. Quantos projetos teve o privilégio de elaborar e quantos foram aplicados no município?
Enfim, chega a manhã de Sexta-Feira, precisamente 10:30, e começaram os ritos na Sessão da Câmara.
O Presidente da casa iniciava com formalidades, as boas-vindas, quando silenciosamente os alunos sentavam e aguardavam com interesse o diálogo entusiástico de vereadores, os debates, o dedo no olho, o tapa na cara…
-“Opa! me empolguei um pouco, deixe-me voltar aos trilhos”...
As cadeiras na câmara, destinadas ao público, estavam novinhas em folha! E agora sentiam a alegria de acomodar pessoas interessadas em política!
– O problema é que os nobres não estavam preparados, e como não havia assunto a ser debatido a reunião foi cancelada, adiada para a semana seguinte.
E na semana posterior, as cadeiras da câmara sentiam-se úteis novamente, novos jovens aguardavam os vereadores que chegavam desconfiados e perguntavam:
-“Quem mandou esses baderneiros aqui?” – baderneiros que não faziam baderna e que apenas aguardavam a reunião iniciar para entender pra quê raios servia um vereador.
E por falta de assunto e excesso de desconfiança a Sessão foi novamente adiada!
E os alunos ficaram perplexos! – Parte final
Ainda mais perplexo ficava o Professor Régis pois seria chamado e orientado pela coordenadora municipal de educação a encerrar seu projeto, pois os alunos viam causando transtornos às sessões da câmara daquela cidade.
Talvez os vereadores fossem tímidos demais para apresentar as suas propostas ou talvez não tivessem ideia alguma a respeito da utilidade dos seus cargos eletivos.
E o professor humildemente, se calou.
E os velhos jargões se tornaram ainda mais fortes.
Este é o nosso espaço dedicado à arte como uma poderosa expressão da cultura e da essência humana. Aqui, mergulhamos em poesias, exploramos músicas, desvendamos histórias e oferecemos análises, sempre com uma dose de bom humor.
Sinta-se à vontade para explorar e compartilhar as diversas manifestações artísticas que tornam nossa jornada única e enriquecedora.
Vamos juntos descobrir o fascinante mundo da arte no Jeito de Ver!
Nem todo dia começa com sol alto ou ânimo de sobra.
Às vezes, é só mais uma manhã apressada, dessas que parecem iguais a tantas outras. Mas, se a gente repara bem, até numa sexta-feira comum o tempo desacelera e revela pequenas belezas — um céu azul quieto, o som dos passarinhos, o silêncio que antecede a cidade.
Este poema é isso: uma travessia entre o automático e o instante presente, entre a pressa e a pausa. Porque, no fundo, a vida vai passando… e nem sempre com pressa.
Sexta-feira
Acordei numa pressa daquelas e o sol ainda dormia A cidade estava silenciosa, meu cachorro não latia Não senti um dia especial, nem era carnaval. Seria apenas mais um dia. Levantei, tropecei nos chinelos que dormiam aos pés da cama, caí e nem pensei na semana… Apenas, mais um dia normal. Mas, é verão e a manhã mais uma vez, como disse o Caetano, nasceu azul. Olhei o violão no cantinho da sala, não pude compor, cantar ou tocar o instrumento e saí enquanto poucos estavam acordados. E o sol começou a brilhar. As cores se assentaram, as nuvens se assentaram lá no horizonte e a minha pressa acabou. Os passarinhos na praça acordaram, Os cachorrinhos no quintal também despertaram e as vozes tomaram conta das ruas… e a minha pressa acabou. E à noite, um céu de estrelas sem pressa, sem som, sem nada enquanto as estrelas dançam e me recuso a olhar a estrada o tempo passa… a vida passa.
Menino, pra quê tanta pressa em crescer? Pra quê toda essa pressa em conquistar e mudar o mundo? Vive teus dias sem a dor de trazer o futuro, visualiza um mundo que ainda nem nasceu… Imaginar é bom!
Menino, mas pra quê viver a sexta, quando o sol da terça-feira nem brilhou no caminho? Vives a imaginar a menina que levas em teu pensamento, e teu pensamento não para no futuro, imaginas além…
Menino, por que sonhas e pedes que o futuro distante abrace logo os teus dias? Saibas que ele, o futuro, vem. Como que caminhando lentamente, ele vem… Ele te trará a sabedoria que precisas, te trará novos dias, de fato.
Mas o futuro, inexoravelmente, também te levará para longe, para longe daquilo que sonhaste por toda a tua vida. E, lamento dizer-te, levará de ti muitos que amas, e que te amam também: teus pais, os pais dos teus pais, teus amigos, teu primeiro amor…
E como esqueceram de inventar a máquina que te levaria de volta ao passado, no caminho do futuro olharás com saudades. Embarcarás naquilo que chamamos de recordações, que não será exatamente a máquina que desejarás ter, mas será a única possível.
Menino, pra quê essa pressa de fugir, de perder essa chance única de viver, de abraçar aqueles que te amam, de perdoar os tolos que te ofenderam, e de dizer aos teus velhos pais o quanto os amas?
Meu bom e pobre menino, viva os teus dias, alegra-te com os teus momentos, sorri, chora, aproveita essa chance de ver as cores… Pois o futuro ainda vem, andando, calado e indiferente – e não te dará a chance de voltar.