A Síndrome do Vira-Lata: Uma Análise

Introdução

Vivemos em um mundo onde culturas se encontram, se influenciam e, muitas vezes, se confrontam.

No Brasil, esse cenário ganha contornos particulares: por um lado, temos uma rica diversidade cultural; por outro, enfrentamos um sentimento persistente de inferioridade diante do que é estrangeiro.

Este artigo propõe uma reflexão sobre o conceito de superioridade cultural e a chamada “síndrome do vira-lata”, termo consagrado por Nelson Rodrigues.

Ao analisar também a influência do estilo de vida americano e os limites entre apreciação e apropriação cultural, buscamos compreender os mecanismos que moldam a forma como os brasileiros percebem sua própria identidade.

A Superioridade Cultural e a Síndrome do Vira-Lata:

Uma Análise Psicológica

O Conceito de Superioridade Cultural

A ideia de superioridade cultural implica que certos valores e práticas tornam uma cultura intrinsecamente melhor do que outras.

Historicamente, esse pensamento foi reforçado pela colonização, onde culturas dominantes impuseram seus costumes às consideradas “inferiores”.

Essa dinâmica ainda ecoa hoje, influenciando a forma como sociedades se percebem e interagem culturalmente.

A educação tem papel central nesse processo. Quando privilegia uma cultura, seus valores se tornam mais aceitos e difundidos.

A mídia também colabora, promovendo estereótipos que reforçam a noção de que algumas culturas são mais “avançadas” ou “superiores”.

O “exótico” e o “estrangeiro” frequentemente ganham status de superioridade, eclipsando tradições locais.

Esse fenômeno traduz um esforço de afirmação identitária por meio do contraste com o outro.

A comparação cultural tende a gerar divisão, desvalorização interna e conflitos simbólicos.

Compreender a psicologia por trás dessa visão é essencial para desconstruir mitos e promover um olhar mais equitativo.

Cultivar o respeito às diversas expressões culturais é reconhecer a riqueza do patrimônio humano.

A Síndrome do Vira-Lata Segundo Nelson Rodrigues

Nelson Rodrigues cunhou o termo “síndrome do vira-lata” para descrever a inferiorização da identidade cultural brasileira.

A expressão compara o sentimento de menosvalia ao vira-lata, cão sem raça definida, frequentemente ignorado ou desprezado.

Esse fenômeno emerge após anos de influência estrangeira, onde o externo é visto como superior ao que é nacional.

Muitos brasileiros, influenciados por essa lógica, desvalorizam suas raízes e tentam imitar culturas percebidas como mais refinadas.

Na música, na moda e nas artes, a preferência por tendências estrangeiras é um reflexo claro desse comportamento.

Isso também se manifesta na política, quando se subestima a capacidade e os valores nacionais em discursos públicos.

A síndrome do vira-lata enfraquece a autoestima coletiva e fragmenta a identidade cultural do país.

Compreender esse conceito é crucial para resgatar o valor da cultura brasileira e promover autoconfiança cultural.

Rodrigues não só diagnosticou um problema psicológico-social, mas também propôs uma reflexão sobre como nos enxergamos como povo.

Ao reconhecer esse desafio, abre-se caminho para fortalecer a identidade nacional e restaurar o apreço pelas nossas origens.

A Influência da Cultura Americana: O American Way of Life

O American Way of Life representa o estilo de vida idealizado dos Estados Unidos e se espalhou globalmente através do soft power.

Música, cinema, moda e outros elementos da cultura pop são utilizados para moldar preferências e comportamentos mundo afora.

Filmes americanos promovem ideias de liberdade, individualismo e sucesso, influenciando padrões e aspirações em diferentes países.

Essas narrativas são absorvidas como modelos, transformando visões sobre o que é desejável ou moderno.

A música dos EUA, do jazz ao hip-hop, cria conexões afetivas e influencia gostos e identidades locais.

Na moda, marcas americanas ditam tendências globais, levando à adoção de estéticas que refletem o lifestyle estadunidense.

Essa assimilação cultural tende a valorizar o que é externo, relegando o local a um segundo plano.

O resultado é uma mudança nas percepções identitárias, muitas vezes reforçando a síndrome do vira-lata.

Tradições locais são ignoradas ou reinterpretadas sob a ótica do que é considerado moderno ou globalmente aceito.

Essa influência nos convida a refletir sobre os impactos da globalização e sobre como preservar o que nos torna únicos.

Reflexões Finais: Da Apreciação Cultural à Apropriação

A apreciação cultural promove aprendizado, empatia e convivência harmoniosa entre diferentes tradições e modos de vida.

No entanto, existe uma linha tênue entre apreciar e apropriar-se de elementos culturais alheios.

A apropriação ocorre quando práticas culturais são utilizadas fora de contexto, sem respeito ou compreensão adequados.

Isso pode reduzir tradições ricas a modismos superficiais, esvaziando seus significados originais.

Além disso, reproduz desequilíbrios de poder, reforçando estereótipos e marginalizando comunidades que originaram essas práticas.

Como valorizar outras culturas sem apagar as nossas próprias? Essa é a questão central do debate contemporâneo.

É necessário promover o respeito à origem e ao simbolismo de cada expressão cultural com que entramos em contato.

A educação e o diálogo são fundamentais para distinguir apreciação de apropriação.

Trocas culturais devem ser vividas como construção de pontes, não como imposição ou cópia.

Ao respeitar a diversidade, fortalecemos não apenas o outro, mas nossa própria identidade e senso de pertencimento.

“Quando um povo compreende suas origens, fortalece sua autoestima e reconstrói sua identidade com mais confiança.”

Leia também: A Importância do Amor Próprio e da Aceitação ‣ Jeito de ver

São João e a Erosão das Tradições

alt="Celebração da Festa de São João com fogueira"

“A tradição sobrevive não pela nostalgia, mas pela reinvenção com respeito.”

Quando o arraial vira shopping a céu aberto:

Como o lucro secou as raízes do São João nordestino

As ruas do interior ainda exibem bandeirolas tremulantes e balões enfeitam o céu. Contudo, há uma sensação difusa de vazio e artificialidade nessas cores.

As apresentações juninas converteram-se em cópias reduzidas dos grandes eventos televisionados, distantes do cheiro do milho assado, do improviso dos sanfoneiros e do burburinho comunitário em torno da fogueira.

Ainda que tais eventos mantenham alguma importância cultural, observa-se uma preocupante tendência: as tradições estão perdendo sua forma original, cedendo espaço à lógica do lucro.

Canções juninas tornaram-se as mesmas que predominam nos demais meses, o forró perdeu centralidade, enquanto empresários, algoritmos e patrocinadores passaram a ditar as preferências culturais.

Essa constatação impõe uma questão:
Visto que os interesses comerciais possuem o poder de transformar ou mesmo extinguir tradições, impondo o que se deve consumir, quais as consequências disso?

A erosão da autenticidade

Tradições, assim como plantas, necessitam de raízes e tempo para se consolidarem. Quando são descontextualizadas e arrancadas de seu chão, não resistem.

Há uma erosão silenciosa da autenticidade:

As tradições perdem a forma, dando lugar à busca do lucro.

As canções juninas passaram a ser as mesmas que predominam nos demais meses, o forró perdeu a importância e os empresários ditam as preferências.

“Um povo que canta a mesma canção o ano inteiro está à beira da asfixia.”

Não se trata apenas de uma perda estética, mas simbólica e afetiva.

O ciclo agrícola que inspirava o São João, as histórias compartilhadas, as quadrilhas, as comidas típicas e os ritmos regionais foram substituídos por espetáculos genéricos, embalados pela trilha sonora homogênea do arrocha.

A homogeneização cultural: monocromia em lugar de policromia

“Um povo que canta a mesma canção o ano inteiro está à beira da asfixia”

A diversidade cultural, que antes estimulava a aprendizagem e fortalecia a convivência, foi gradativamente substituída por uma monocromia sonora e estética:

Na atualidade, há monocromia e apenas uma distorção de forró; um único ritmo predomina ao longo de todo o ano.

A falta de diversificação cultural empobreceu até mesmo a educação, pois a variedade estimula a aprendizagem.

Não se trata de um embate simplista entre o “tradicional” e o “moderno”, mas da percepção de que a cultura está se tornando refém de imposições externas.

“Além de enfraquecer a cultura em si, isso também promove o isolamento cultural, pois gerações mais novas abraçarão aquilo que recebem.”

Como resultado, muitas gerações crescem alheias à tradição musical nordestina e aos mestres que transmitiam não apenas melodias, mas também gestos de pertencimento e identidade.

O espetáculo que substitui o rito

As festas juninas, outrora comunais e espontâneas, transformaram-se em espetáculos inspirados nos grandes centros urbanos. O arraial se converteu em um shopping a céu aberto:

“Andando ontem pelas ruas da cidade, pude perceber que a estética interiorana tradicional se perdeu. Até mesmo as apresentações juninas se tornaram ‘cópias’… em miniaturas dos grandes eventos e de shows de grandes cidades, exibidos na TV” — disse um morador local.

Com essa transformação, perde-se a escala humana e comunitária.

A quadrilha, antes dançada entre vizinhos e familiares, cede espaço a palcos monumentais, mega shows, camarotes e artistas que atraem um público cada vez mais espectador e menos participante.

Um público cada vez mais espectador e menos participante.

O Dia dos Namorados: outro sintoma da compressão cultural

A celebração brasileira do Dia dos Namorados, em 12 de junho, ilustra um fenômeno semelhante. Apesar de ser uma data importada, mantinha uma camada cultural local:

“Uma remota lembrança de minha infância e adolescência é que, mesmo sendo no mês de junho, as rádios e a cidade reservavam espaços para músicas e atitudes românticas.” – lembra outro morador.

Hoje, até mesmo essa expressão cultural foi engolida pela uniformização das celebrações, embaladas pela onipresença do arrocha, inclusive nas campanhas publicitárias:

“O mercado comprime todas as datas num mesmo loop de consumo sonoro/comportamental.”

A ilusão de que tradição pode ser recuperada por decreto

Diante desse processo de diluição, surge uma pergunta inevitável: é possível resgatar o que se perdeu?

A ressurreição cultural não pareceria autêntica, mas um resgate forçado. Isso talvez soe fatalista, mas, como as tradições são elementos orgânicos, a recuperação deveria ser igualmente orgânica. Estou equivocado?

A cultura, como a natureza, não se recupera por força ou decreto. Ela floresce quando há afeto, desejo e compromisso comunitário.

Alguns locais ainda resistem:

Resistem por amor à cultura e a elementos que denominamos culturais — apego histórico. Outros lugares não têm a mesma raiz cultural e o mesmo amor à história.

Em outros, contudo, a adesão ao “novo” resulta no apagamento gradual do “antigo”.

Contratar antigos grupos de forró raiz, como “guardiães da cultura”, não dará resultados se estes não forem inseridos no contexto educacional de uma nova sociedade em formação.

A verdadeira educação dará sentido às novas inserções na cultura viva.

Entre resistência e luto

Considerar a situação sob um prisma fatalista pode parecer excessivo, mas expressa também um luto:

Isso, de certo modo, é condenar-se a viver refém das imposições de outros. Fatalismo?

A cultura, quando arrancada de suas raízes, seca.

Submetida ao ruído incessante do mercado, perde seu sentido vital.

Ainda assim, persistem formas de resistência. Em comunidades onde se dança coco de roda, nos saraus de repente, nos pequenos grupos que ainda colhem milho e acendem fogueiras, pulsa a continuidade cultural.

Como sintetizou Frei Betto:

O povo precisa é de pão e de beleza.”

E, como advertido:

– Um povo que canta a mesma canção o ano inteiro está à beira da asfixia.

O desafio: regar as raízes

A degradação das tradições ocorreu de forma paulatina; a reestruturação, se possível, será ainda mais difícil.

Não se trata de campanhas ou projetos oficiais, mas de pequenos gestos cotidianos: valorizar o artesanato local, transmitir às novas gerações os saberes tradicionais, manter vivas as manifestações culturais autênticas.

A cultura evolui, mas sua transformação precisa ser orgânica e não orientada exclusivamente pelas imposições do mercado.

Isso talvez soe fatalista, mas, como as tradições são elementos orgânicos, a recuperação deveria ser orgânica.

Mais do que nostalgia, trata-se de reconhecer que:

“A tradição sobrevive não pela nostalgia, mas pela reinvenção com respeito.” 

Regar as raízes é, portanto, um gesto de resistência e esperança, na direção de uma cultura que, mesmo transformada, preserve sua vitalidade e sentido.

Leia também: Varandas vazias e tradições perdidas ‣ Jeito de ver

Texto revisado por I.A.

A Importância do Amor Próprio e da Aceitação

A Importância do Amor Próprio e da Aceitação

Imagem de Tumisu por Pixabay

Neste artigo, abordaremos um pouco mais a questão da autoestima: por que ela é necessária e como o ambiente ao nosso redor impacta nosso conceito a respeito.

Vamos trabalhar juntos na importância do amor-próprio e da autoaceitação.

Entendendo a Autoestima: A Importância do Amor-Próprio e da Aceitação

O que é autoestima e por que é necessária?

A autoestima pode ser definida como a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma, composta por sentimentos, pensamentos e percepções sobre seu valor e competência.

Esse conceito é fundamental para o bem-estar emocional e psicológico, pois influencia a maneira como os indivíduos se relacionam consigo mesmos e com os outros.

A autoestima não é um atributo fixo; ela pode flutuar ao longo do tempo, sendo moldada por diversas experiências de vida e interações sociais.

Os fatores que influenciam sua formação são variados e incluem o ambiente familiar, as experiências escolares, as relações de amizade e as expectativas sociais.

Por exemplo, um ambiente familiar positivo, onde as crianças se sentem apoiadas e valorizadas, tende a promover uma autoestima saudável.

Por outro lado, críticas constantes ou a falta de apoio podem impactar negativamente a percepção que o indivíduo tem de si mesmo, levando a uma autoestima mais baixa.

Assim, a formação da autoestima é um processo dinâmico, que pode ser influenciado ao longo da vida.

A importância da autoestima vai além da percepção pessoal.

Pesquisas em psicologia revelam que uma autoestima saudável está frequentemente associada a melhores relações interpessoais, maior resiliência emocional e maior satisfação com a vida.

Indivíduos com autoestima adequada tendem a estabelecer limites mais saudáveis, a comunicar-se de forma mais eficaz e a enfrentar adversidades com maior confiança.

Além disso, a autoestima impacta diretamente a saúde mental, estando ligada a uma menor incidência de transtornos como ansiedade e depressão.

Em resumo, a autoestima é um componente crucial do bem-estar humano, influenciando não apenas a forma como nos vemos, mas também nossas interações diárias e a qualidade das nossas relações.

Compreender sua importância é fundamental para promover um desenvolvimento pessoal saudável e construir uma vida equilibrada.

Fatores que Levam à Crítica Excessiva e Como a Aceitação das Diferenças Contribui para a Completude Humana

A crítica excessiva pode ser um reflexo direto de inseguranças pessoais e de uma autoestima fragilizada.

Muitas pessoas que se sentem insatisfeitas consigo mesmas frequentemente projetam suas inseguranças e frustrações nos outros, buscando, de maneira equivocada, um senso de controle ou superioridade.

Essa dinâmica ocorre porque, ao criticar os outros, elas podem temporariamente desviar a atenção de suas próprias vulnerabilidades.

Além disso, a cultura contemporânea, que muitas vezes exalta padrões inalcançáveis de beleza e sucesso, alimenta esse ciclo de comparação e descontentamento.

A falta de aceitação das diferenças humanas pode, portanto, impactar significativamente o autoconhecimento.

Quando indivíduos não conseguem reconhecer ou respeitar as qualidades diversas que cada pessoa possui, criam um ambiente de crítica que limita suas próprias experiências e compreensão do mundo.

Essa limitação gera um vazio existencial e prejudica o bem-estar coletivo, uma vez que a diversidade de perspectivas é uma das maiores riquezas das interações sociais.

A aceitação das diferenças, por outro lado, propicia um espaço onde cada um é valorizado por suas singularidades.

Ao aceitarmos a diversidade, podemos cultivar um ambiente mais acolhedor e inclusivo, que enriquece as relações interpessoais.

Promover a aceitação e a valorização das particularidades de cada indivíduo não apenas combate a crítica excessiva, mas também fomenta um sentimento de comunidade e empatia.

Quando as pessoas se sentem aceitas e compreendidas, tendem a desenvolver uma autoestima mais forte, emergindo com uma visão mais positiva de si mesmas e dos outros.

Esse processo não apenas contribui para o bem-estar individual, mas também eleva a qualidade das interações sociais, resultando em uma sociedade mais harmoniosa e interconectada.

Assim, reconhecer a beleza da diversidade é fundamental para alcançar a completude humana.

Trabalhando o Amor-Próprio e a Autoestima

A construção de uma autoestima saudável e o cultivo do amor-próprio são processos que demandam tempo, esforço e, principalmente, estratégias práticas.

Um dos primeiros passos nessa jornada é a autoavaliação. É essencial entender como nos vemos e quais são nossos sentimentos sobre nós mesmos.

Trabalhando o Amor-Próprio e a Autoestima

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Para isso, ferramentas como diários ou questionários reflexivos podem ser extremamente úteis.

Elas auxiliam na identificação de padrões de pensamento negativo, permitindo que possamos desafiá-los e substituí-los por pensamentos mais positivos.

Outro método eficaz é a prática de exercícios de reflexão.

Reservar um tempo diário ou semanal para refletir sobre nossas conquistas, por menores que sejam, e sobre nossos valores pessoais pode criar uma base sólida para o amor-próprio.

Ao focar em realizações e características positivas, a autoconfiança pode ser gradualmente fortalecida.

Além disso, é aconselhável estabelecer metas realistas e alcançáveis, que possibilitem um progresso tangível na autoconsciência e autoaceitação.

Cumprir essas metas traz um senso de realização, vital para a construção de uma autoestima saudável.

A conexão entre autoestima e saúde mental não deve ser subestimada.

Pesquisas indicam que indivíduos com uma autoimagem positiva experimentam níveis mais baixos de estresse e depressão.

Por isso, a prática do autocuidado é fundamental.

Atividades que promovem o bem-estar físico e mental, como exercícios físicos, meditação e hobbies, não apenas proporcionam um espaço para o relaxamento, mas também alimentam a autoestima.

Por fim, a autorreflexão contínua se torna uma ferramenta poderosa para desenvolver uma autopercepção mais saudável, ajudando na luta contra a autocrítica excessiva e melhorando nossa relação conosco mesmos.

Abertura para Novas Experiências e a Influência de Relações Negativas

Estar aberto a novas experiências é essencial para o crescimento pessoal e o fortalecimento da autoestima.

Quando nos permitimos explorar novos ambientes, ideias e interações, ampliamos nossa compreensão do mundo e, consequentemente, nossa percepção sobre nós mesmos.

Vivências enriquecedoras — desde o aprendizado de novas habilidades até a participação em eventos sociais ou culturais — podem proporcionar uma sensação de realização e autoconhecimento.

Essas experiências não só contribuem para uma autoimagem mais positiva, como também fomentam o desenvolvimento de habilidades interpessoais e segurança em nosso próprio valor.

Além disso, a qualidade das relações que cultivamos desempenha um papel crucial na nossa autoaceitação.

É fundamental reconhecer a influência que as pessoas à nossa volta exercem sobre nossa autoestima.

Relações negativas, que geram estresse, desvalorização ou descontentamento, podem corromper nossa capacidade de amar a nós mesmos.

A interação contínua com indivíduos que não apoiam nosso crescimento ou que nos criticam frequentemente pode levar a uma percepção distorcida de nossas capacidades e valor, resultando em um declínio na autoestima.

A autoaceitação e a valorização do amor-próprio são frequentemente comprometidas por essas dinâmicas.

Assim, faz-se necessário não apenas estar aberto a novas experiências, mas também desenvolver a habilidade de identificar e, se necessário, evitar relações que não nos fazem bem.

Ao priorizarmos relações saudáveis e edificantes, criamos um ambiente propício para o florescimento da autoestima e da autoimagem positiva.

A disposição para se afastar de influências negativas é um passo vital para cultivar um espaço onde o amor-próprio possa prosperar, permitindo que novas experiências se tornem oportunidades de crescimento pessoal e realização emocional.

Leia também:  Críticas -O que Elas Revelam Sobre Nós Mesmos ‣ Jeito de ver

Revisão ortográfica e gramatical por I.A.

Dia das Mães: Origem e Impacto Cultural

Amor, consideração, confiança…

1. As Origens de um Gesto de Amor

Todos os anos, no segundo domingo de maio, milhões de pessoas ao redor do mundo dedicam um tempo para homenagear suas mães.

Mas o Dia das Mães, mais do que uma data marcada no calendário ou uma ocasião de compras, é uma oportunidade de voltar o olhar para algo essencial: o amor que nos gerou, acolheu e sustentou — mesmo nas fases mais difíceis da vida.

Essa celebração tem raízes profundas. Na Grécia Antiga, já existiam festas dedicadas às mães dos deuses. Mas a origem moderna do Dia das Mães nasceu nos Estados Unidos, no coração de um tempo de conflitos e transformações.

Ann Maria Reeves Jarvis, uma mulher sensível às dores do mundo, criou em 1858 os Mothers’ Day Work Clubs, com o objetivo de melhorar as condições de saúde das famílias operárias. Mais tarde, ela organizaria os Mother’s Friendship Days, tentando curar feridas deixadas pela Guerra de Secessão.

Poucos anos depois, a escritora Julia Ward Howe publicaria o Mother’s Day Proclamation, um manifesto pela paz. Mas foi a filha de Ann, Anna Jarvis, quem conseguiu transformar a ideia em realidade.

Em 1907, dois anos após a morte de sua mãe, Anna realizou um memorial em sua homenagem.

Aquilo que começou como um gesto pessoal se espalhou como um sopro coletivo. Em 1914, o Congresso norte-americano reconheceu oficialmente o segundo domingo de maio como o Dia das Mães.

Curiosamente, Anna Jarvis acabaria se afastando do movimento, desgostosa com a transformação da data em um evento comercial. Seu sonho era que as pessoas expressassem amor com palavras e gestos, e não com presentes obrigatórios.


2. No Brasil e em Países Lusófonos

No Brasil, a comemoração começou em 1918, em Porto Alegre, trazida pela Associação Cristã de Moços.

Em 1932, Getúlio Vargas oficializou o Dia das Mães, impulsionado por feministas que viam na data uma forma de valorizar a mulher e a maternidade em um momento importante da história brasileira — o ano da conquista do voto feminino.

Em 1947, a Igreja Católica incluiu a celebração em seu calendário litúrgico.

Já em Portugal e nos países africanos de língua portuguesa, o Dia da Mãe é celebrado no primeiro domingo de maio, em sintonia com o mês dedicado a Maria, mãe de Jesus.

Antes, a data era associada ao 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição, mas acabou sendo transferida para o mês das flores e da ternura.

A data, embora comum a muitos países, carrega expressões culturais distintas. Em todas essas versões, porém, permanece o mesmo fio condutor: o reconhecimento da maternidade como força essencial da vida.


3. Entre a Emoção e o Apelo Comercial

Hoje, o Dia das Mães é uma das datas mais importantes do comércio, perdendo apenas para o Natal.

Amor, proteção…

Vitrines se enfeitam, propagandas se multiplicam, e a indústria encontra na figura materna um poderoso símbolo de consumo.

A National Retail Federation, por exemplo, estima que só nos Estados Unidos, os gastos com a data ultrapassam dezenas de bilhões de dólares anualmente.

Mas por trás das cifras e campanhas publicitárias, o que realmente conta é a memória. É o colo. É a ausência sentida. É o abraço ainda possível.

Em cada canto do mundo, mães seguem sendo força e abrigo.

Algumas já não estão aqui — mas permanecem. Outras lutam silenciosamente por seus filhos, muitas vezes sem reconhecimento. Celebrar esse dia é lembrar de todas elas. Das que cuidam. Das que educam. Das que resistem.

Mais do que um domingo especial, o Dia das Mães é um lembrete: o amor materno, em suas muitas formas, é uma das grandes forças que sustentam o mundo.

Leia Mais:

Fonte:

Dia das Mães – Wikipédia, a enciclopédia livre

Leia também: Palavras de uma Mãe (Poesia no Drama) ‣ Jeito de ver

A história do grupo Badfinger

A triste história de uma das melhores bandas de todos os tempos

Conheça o Badfinger

O rádio tocava a bela canção Without You, na voz de Mariah Carey…
Do outro lado da rua, um fã de Raul Seixas insiste no refrão de Tente Outra Vez…
E eu penso: “Isso é Badfinger!” (Ouça o refrão em Day After Day).

Você conhece aquelas histórias trágicas de bandas incríveis, que pareciam destinadas ao sucesso, mas acabaram naufragando? A história do Badfinger é uma dessas. E merece ser contada.

Nos anos 1970, o mundo buscava um novo grupo que preenchesse o vazio deixado pelos Beatles. E os meninos do Badfinger eram realmente bons.

Mas escolhas ruins, ingenuidade e um empresário inescrupuloso levaram a banda a um fim devastador.

O começo promissor

Formado em 1961, em Swansea (País de Gales), o grupo nasceu como The Iveys, com Pete Ham, Ron Griffiths, David ‘Dai’ Jenkins e Mike Gibbins. Começaram com covers de Beatles e Rolling Stones, até que o talento para composições autorais os levou mais longe.

Em 1968, foram descobertos por Mal Evans, assistente dos Beatles, que os levou até a Apple Records. Com o novo nome — Badfinger — lançaram Come and Get It, escrita por Paul McCartney.

O sucesso veio rápido.

Com melodias envolventes e harmonias vocais impecáveis, emplacaram sucessos como No Matter What, Day After Day e Baby Blue.

George Harrison os incluiu no álbum All Things Must Pass, e eles participaram do histórico Concerto para Bangladesh, em 1971. Pareciam destinados a ocupar um lugar permanente no panteão do rock.

A queda

Mas, nos bastidores, o empresário Stan Polley desviava dinheiro e manipulava contratos.

A má gestão corroeu a estrutura da banda, gerando desconfiança, estresse e prejuízos financeiros.

Pete Ham, principal compositor, não suportou a pressão.

Em 1975, cometeu suicídio, deixando uma nota em que denunciava a traição de Polley.

Em 1983, foi a vez de Tom Evans, baixista e vocalista, pôr fim à própria vida. A banda, que um dia brilhou ao lado dos Beatles, apagava-se tragicamente.

Um legado que resiste

Apesar de tudo, Badfinger deixou um legado duradouro. Suas canções continuam tocando — em rádios, trilhas de filmes, nas playlists de quem descobre suas melodias sinceras e atemporais.

Sua história é um alerta sobre os bastidores da indústria musical. Mostra que talento, sem gestão ética, pode não ser suficiente.

Badfinger não morreu.

Ainda ecoa.

E ensina.

Veja também  A Importância Inegável dos Beatles ‣ Jeito de ver

Badfinger – Wikipédia, a enciclopédia livre

Que tal agora explorar algumas canções desse grupo incrível?

A origem da expressão “Passar Pano”

A origem da expressão "Passar Pano"

Pixabay

Você já percebeu que algumas expressões são incorporadas ao nosso vocabulário no dia a dia e, quando nos damos conta, já as estamos usando?

Por exemplo, quando queremos dizer que a insistência leva ao sucesso, às vezes usamos “Água mole em pedra dura...”, ou quando queremos dizer que cada pessoa deve cuidar de seus próprios assuntos, dizemos “Cada macaco no seu galho”.

Outras expressões não desaparecerão “nem que a vaca tussa”, pois já criaram raízes em nosso vernáculo.

Uma expressão tem me chamado a atenção: “Passar pano”. Já ouviu essa expressão?

Vamos às origens…

Passar Pano: Origem e Significado

A expressão “passar pano” tem origem no ato literal de limpar algo com um pano.

No entanto, seu significado evoluiu para o sentido figurado de encobrir, minimizar ou defender algo negativo.

Há registros de que, no período escravista, os senhores passavam um pano úmido nas costas dos escravizados para remover a sujeira e o suor, disfarçando as condições em que viviam. Além disso, a ideia de “passar pano também remete ao ato de disfarçar imperfeições em serviços malfeitos, reforçando seu uso no sentido de acobertar ou amenizar falhas.

Significado e Uso

“Passar pano” é sinônimo de defender, omitir ou minimizar erros e atitudes negativas, seja desviando o foco da crítica, citando outro fato para relativizar a situação ou tentando proteger alguém de julgamentos.

Exemplos de Uso:

✔ “Eu sei que ele falou mal de mim. Você está passando pano para ele!
✔ “Não podemos passar pano para situações de assédio.”
✔ “O governo errou, mas sempre aparece alguém para passar pano, citando escândalos antigos.”
✔ “Maria nunca errou, e se errar, eu passo pano.”

Popularidade da Expressão

Embora não seja recente, a expressão ganhou força entre os jovens e passou a figurar em dicionários informais, sendo comparada a “varrer para debaixo do tapete”. Seu uso é frequente em debates políticos, sociais e no dia a dia, para descrever a tentativa de absolver alguém de críticas ou esconder problemas.

Fontes:
🔗 Toda Matéria
🔗 Dicionário Informal

Leia também Qual o seu idioma? – Tem certeza? ‣ Jeito de ver

TDAH: Desafios e Caminhos para Superação

Imagem de Tumisu por Pixabay

“Aquele que tem um porquê para viver pode suportar quase qualquer como.” – Nietzsche

Escrever textos para um blog, montar e trabalhar edição e composição de música, um monte de livros pra ler, enquanto se trabalha oito horas por dia…

E no final, aquela sensação decepcionante de que não fez o melhor…

Tudo ao mesmo tempo, sem foco definido!

Você talvez diga: – “Ou você é ocupado demais, ou sofre de déficit de atenção… TDAH.”

Talvez, mas o que é TDAH?

Antes de analisar a resposta, saiba que, de acordo com o site www.gov.br, estima-se que entre 5% e 8% da população mundial apresenta Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade.

Nos últimos anos, percebemos que houve uma mudança nos números de portadores desse transtorno… O que isso significa?

É o que vamos entender nesta matéria.

Entendendo o TDAH

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica que impacta o comportamento, a capacidade de atenção e a autorregulação.

A capacidade de atenção e a autorregulação são habilidades fundamentais para o desenvolvimento humano, e estão relacionadas a diversos aspectos da vida, como desempenho acadêmico, saúde mental e bem-estar geral.

Geralmente diagnosticado na infância, o TDAH é caracterizado por três traços principais: desatenção, hiperatividade e impulsividade, que variam de pessoa para pessoa.

Essa desatenção se traduz em dificuldades para se concentrar, ser facilmente distraído e ter problemas em finalizar tarefas.

Quanto à hiperatividade, ela se expressa através de uma inquietação constante e uma necessidade incessante de movimentação, enquanto a impulsividade leva a ações precipitadas, sem pensar nas consequências.

Diagnóstico

A psicologia aborda o TDAH considerando fatores biológicos, psicológicos e sociais, além do contexto familiar e social.

Uma análise multidisciplinar é essencial para intervenções que vão de terapias comportamentais a medicamentos, promovendo melhor funcionamento diário.

O diagnóstico segue critérios como persistência dos sintomas por mais de seis meses em diferentes ambientes, como escola e casa, segundo diretrizes da American Psychiatric Association e da Organização Mundial da Saúde.

Conscientização

O aumento de diagnósticos de TDAH nas últimas décadas reflete mudanças nos critérios diagnósticos e maior conscientização sobre o transtorno.

Campanhas de sensibilização e debates públicos ampliaram o reconhecimento dos sinais de TDAH, indicando mais detecção do que um real aumento na incidência.

Pressões sociais e acadêmicas modernas também contribuem para maior atenção aos sintomas, muitas vezes interpretados como um fenômeno recente.

Estudos apontam a importância de analisar cuidadosamente as causas desse aumento, diferenciando entre diagnósticos precisos e avaliações excessivas.

Desafios

Indivíduos com TDAH enfrentam desafios que afetam suas relações pessoais, acadêmicas e profissionais. Em interações sociais, podem ter dificuldades em manter o foco, causando mal-entendidos e isolamento.

No contexto acadêmico, problemas com organização e gerenciamento de tempo impactam o desempenho e podem gerar estigmatização e baixa autoestima.

No trabalho, impulsividade e dificuldade em cumprir prazos podem criar obstáculos, mas muitos indivíduos mostram resiliência e criatividade excepcionais quando suas habilidades são reconhecidas e apoiadas.

Estratégias como comunicação aberta, ajuda profissional e desenvolvimento de habilidades interpessoais ajudam a construir relações significativas e uma vida equilibrada.

Tratamento

O tratamento do TDAH exige uma abordagem multifacetada, incluindo terapias psicológicas, intervenções comportamentais e, em alguns casos, medicamentos.

Terapias como a cognitivo-comportamental ajudam a desenvolver estratégias para lidar com os sintomas, melhorar a organização e a gestão do tempo.

Intervenções comportamentais reforçam comportamentos positivos em ambientes estruturados, enquanto medicamentos estimulantes podem melhorar concentração e reduzir impulsividade, sob supervisão médica.

O suporte contínuo de familiares, educadores e profissionais é vital para fortalecer autoestima e resiliência, encorajando indivíduos a reconhecerem seus pontos fortes.

O TDAH não define a identidade de uma pessoa, e os desafios podem levar a crescimento pessoal e realizações significativas, mostrando que há esperança e possibilidades em todas as circunstâncias.

Há Aspectos Positivos?

Você talvez se pergunte se há aspectos positivos. A resposta é sim. Alistamos algumas abaixo:

  • Muitas pessoas com TDAH têm mentes criativas e abordam problemas de maneiras inovadoras.
  • Quando engajadas em algo que amam, demonstram foco intenso e paixão.
  • Lidar com desafios diários desenvolve adaptabilidade e força emocional.
  • A criatividade, o engajamento e a resiliência são características de pessoas com este tipo de transtorno. São coisas boas, não é verdade?

Estratégias para Viver Bem com TDAH

Alistamos abaixo algumas estratégias:

Autoconhecimento: Entender como o TDAH afeta você ajuda a encontrar estratégias personalizadas.

Rotinas estruturadas: Usar lembretes, calendários e listas pode minimizar distrações.

Terapia e suporte profissional: Terapias como TCC e intervenções específicas ajudam a desenvolver habilidades práticas.

Comunicação aberta: Compartilhar desafios com pessoas próximas reduz julgamentos e promove empatia.

Como afirmou Nietzsche: “Aquele que tem um porquê para viver pode suportar quase qualquer como.”

Leia também: Comportamento de Vítima e Manipulação: Entendendo os Traços de Personalidade

Fonte: Wikipedia

Entre 5% e 8% da população mundial apresenta Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade — Ministério da Saúde

Motivos… ( Não desistir!)

Um barco em um lago.. Neste poema, a beleza que existe é um motivo para não desistir.

Imagem de Mike Goad por Pixabay

 

Por Gilson Cruz

Olha o céu
vê mais que o azul

Sinta do sol, mais que o calor
– A sensação de viver

Veja nas flores mais que meras cores
sinta a beleza

E no tempo, veja mais que idade, muito mais do que aquilo que já passou
Veja a tua hora, teu espaço.

Perceba nas linhas
muito mais que meras palavras
Tenha uma mensagem.

E nas ações
Muito além das intenções…
Um desejo de bem.

Siga em frente
haverá sempre uma razão
não desista

E se as luzes se apagam, e te esconde a face, sorria… por você

Esteja disposto a não cair
E se cair
tenha disposição de se levantar

Quantas vezes necessário for

Ah! E se apaixone…

Por uma beleza…
Por um motivo…
Por alguém…

E se as coisas não acontecerem
Perdoe
Perdoe sempre…

E tente tudo.

Tudo outra vez.

 

Leia mais em A esperança (Poesia de resistência) ‣ Jeito de ver

 

A esperança (Poesia de resistência)

Uma mensagem positiva para o dia.

Imagem de 1195798 por Pixabay

 

Não pare,
ainda há esperança
Não desista…
Ainda existe a luz
e ela resiste

Não se cale
Ainda há algo a ser dito
Não tema
A escuridão
Não é eterna,
A luz resiste

Não se esconda
Todos precisam te ver
Não corra…
Ainda não é tempo…
A tempestade parece invencível
Mas, a paz precisa resistir.

Não se esconda
Não se cale
Não pare…
Não corra.
Pois, apesar da tempestade
A flor brotou…
E ela resiste!

Gilson Cruz

Leia mais em: O tempo ( Contador de histórias) 

-Jeito de ver: Como seria … – Poema de um novo dia. › Jeito de ver

“Poesia Noturna” (Poesia simples)

Um casal sob o luar. Uma poesia noturna.

Imagem de Mohamed Hassan por Pixabay

Pele negra, cor da noite
Riso prata, de lua
Me conta a tua história
Esta história só tua

Com esses olhos de estrelas
N’uma noite de luar
Me conta quais são teus sonhos
p’ra que eu possa sonhar

Me fala dos teus sorrisos
Da mágoa que já passou
Do futuro que não houve
De um amor, que sempre amou

Me conta o que te inspira
O que te faz esperar
Que’ste teu riso de prata
Num riso faz acordar

Me explica, como acontece
Tanta beleza de olhar
Que essa pele da noite
um sonho faz recordar

Esse pobre poeta,
Que em teu sorriso encontrou

Olhos de luz, de estrelas
E nesse instante amou

Procura na noite, na lua
Beleza pr’a comparar
E como em sonhos, flutua
Em doces canções de ninar…

A sonhar…sonhar…

Gilson Cruz

Veja mais em: Do começo ao fim… ( Como a vida é ) – Jeito de ver.