Crimes e responsabilidades na tragédia no RS

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Imagem de Jossiano Leal por Pixabay

No cotidiano, temos a chance de revelar o melhor de nós ou nossa verdadeira essência, mas é nas adversidades, como em tragédias, que mostramos quem somos de forma mais espontânea – sem qualquer filtro.

As enchentes no Rio Grande do Sul expuseram desde políticos inescrupulosos, como o prefeito que não pediu ajuda ao Governo Federal e gravou uma ligação para postar em suas redes sociais, acusando o Governo de negligenciar seu município.

Na política, houve também quem se aproveitasse do desastre para espalhar notícias falsas sobre a atuação do Governo Federal, do Exército brasileiro e dos voluntários.

A tragédia nos fez ver desde pessoas que se tornaram voluntários anônimos ajudando as vítimas até políticos que usaram Jet Skis, criando cenas para futuras campanhas, passando por vítimas, jovens e idosos, até criminosos e fraudadores de todas as idades.

A investigação do Ministério Público descobriu um desvio de doações em Eldorado do Sul.

No cotidiano, temos a chance de revelar o melhor de nós ou nossa verdadeira essência, mas é nas adversidades, como em tragédias, que mostramos quem somos de forma mais espontânea – sem qualquer filtro.

Os crimes

O Ministério Público está investigando um caso de desvio de doações para as vítimas das enchentes em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A operação conduziu à execução de nove mandados de busca e apreensão no município, gravemente afetado pelas recentes inundações.

Três membros da Defesa Civil local foram alvos da operação, suspeitos de motivações eleitorais. Informações do Ministério Público indicam que pelo menos dois dos envolvidos são pré-candidatos nas eleições deste ano. As buscas ocorreram nas residências dos suspeitos, na sede da prefeitura e em depósitos municipais, com a apreensão de celulares, documentos, dinheiro e outros itens.

A promotora Maristela Schneider ressaltou que as doações desviadas seriam para potenciais eleitores dos suspeitos, com o intuito de investigar o uso desses recursos para interesses eleitorais.

Além disso, há alertas sobre contas e perfis falsos em redes sociais usados para simular arrecadação de fundos para as vítimas, caracterizando fraudes.

Como o caso do jovem de 16 anos, de classe alta, que criou uma campanha de arrecadação virtual para ajudar as vítimas e se apropriou de todo o dinheiro. Investigações revelaram que ele já cometia estelionato.

O jovem criminoso não foi apreendido.

Estima-se que 2 milhões de reais são desviados diariamente em campanhas de arrecadação virtuais.

Outro caso surpreendente é o de uma empresa de desentupimento autorizada a coletar água de hidrantes para distribuir aos necessitados, mas que optou por vender a água em condomínios.

E, por fim, o caso do homem que tentava comercializar as doações.

Diante desse cenário, o governo do Rio Grande do Sul estabeleceu um PIX oficial denominado “SOS Rio Grande do Sul” para as doações em dinheiro, visando garantir a segurança e autenticidade das contribuições.

Eldorado do Sul, localizada às margens do Rio Jacuí e do Lago Guaíba, sofreu inundações que resultaram na total submersão de sua área urbana. A cidade registrou sete das 169 mortes causadas pelos temporais e enchentes no estado.

Em resposta à situação, o Ministério Público determinou que o Exército Brasileiro assuma a distribuição das doações às vítimas das enchentes.

A operação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, com a colaboração de diversos promotores envolvidos no caso.

As enchentes talvez não pudessem ser evitadas, mas quanto às consequências e a gravidade da mesma não se pode dizer o mesmo.

Os políticos que atuam como representantes do estado poderiam entrar com projetos ou solicitações que visam lidar com as emergências causadas pelos mudanças climáticas. Dos atuantes apenas três fizeram isso. Mas, será que é importante este fato?

Responsabilidades

O debate sobre a responsabilidade dos políticos é crucial para aprimorar nosso sistema democrático. Ele nos lembra da necessidade de cobrar transparência, ética e compromisso com o bem comum. Além disso, a conscientização pública sobre essas questões pode influenciar futuras eleições e incentivar os líderes a agirem de maneira mais responsável.

Políticos são eleitos com a responsabilidade de representar os interesses de um povo e são muito bem remunerados para isso, embora muitos não entendam.

Quando os cidadãos elegem políticos para cargos públicos, eles confiam que esses representantes atuarão em benefício da população. Isso inclui proteger os direitos fundamentais, como saúde, moradia e vida. Portanto, negligenciar essas necessidades básicas é uma violação da confiança depositada pelos eleitores.

Portanto, há responsabilidades?

A negligência deliberada ou omissão grave por parte dos políticos pode ser considerada um crime de responsabilidade.

No Brasil, a Constituição Federal prevê que o presidente da República, governadores, prefeitos e outros agentes públicos podem ser responsabilizados por atos que atentem contra a Constituição e as leis. Isso inclui ações ou omissões que prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população.

A não responsabilização por negligência ou má gestão pode levar à impunidade e ao contínuo descompromisso com o povo.

Quando os políticos não enfrentam consequências por suas ações inadequadas, isso pode perpetuar uma cultura de irresponsabilidade e falta de prestação de contas.

O objetivo do site de Jeito de ver é também estimular o debate como forma de enriquecer a cultura.

Leia também  A tragédia e a espetacularização da ajuda ‣ Jeito de ver

“Brazil”: Fake News em meio à tragédia ‣ Jeito de ver

Matérias importantes:

Enchentes no RS: quais são e como atuam as facções criminosas na tragédia? – BBC News Brasil

Operação investiga desvio de doações para atingidos pelas enchentes no RS (uol.com.br)

O Campeonato brasileiro e as chuvas no RS

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Imagem de Jossiano Leal por Pixabay

Impacto das Enchentes no Futebol Gaúcho

As chuvas intensas que devastaram o Rio Grande do Sul não só inundaram centros de treinamento e estádios, mas também sacudiram as fundações do futebol no estado. Equipes como Grêmio, Internacional e Juventude tiveram suas preparações para competições nacionais, incluindo o Brasileirão e a Libertadores, gravemente afetadas.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) agiu com prudência ao postergar os jogos das equipes estaduais e pausar o campeonato por duas rodadas, considerando o impacto emocional e técnico nos jogadores, que enfrentam a falta de treinamento e o trauma causado pelas inundações.

Nas redes sociais, torcedores expressam uma gama de emoções. Alguns preocupam-se com o calendário esportivo e a qualidade técnica das partidas, enquanto outros mostram solidariedade às comunidades atingidas. A situação expõe a busca por um equilíbrio entre a continuidade do campeonato e a empatia diante da tragédia.


Desafios Econômicos e Sociais Pós-Tragédia

O governo do Rio Grande do Sul calcula que o custo para a reconstrução pós-enchentes será de cerca de 19 bilhões de reais. Apesar da propagação de notícias falsas por membros da oposição, que tentam se beneficiar politicamente da catástrofe, o Governo Federal tem se atentado às demandas do estado, conforme já abordado em matérias prévias.

Enquanto alguns clubes pedem compreensão e um adiamento completo do Campeonato Brasileiro, outros defendem um debate mais amplo, pois um campeonato como o Brasileirão envolve compromissos bilionários com patrocinadores, o trabalho de milhares de pessoas e um calendário já apertado. A decisão da CBF sobre o destino das competições revela a tensão entre a paixão pelo futebol e a necessidade de priorizar o suporte às vítimas.


Lições Aprendidas e Caminhos a Seguir

Além das dificuldades enfrentadas pelos grandes clubes, centenas de jogadores de divisões inferiores do Rio Grande do Sul sofrem ainda mais os efeitos traumáticos, com casas destruídas e amigos ou familiares desaparecidos. A tragédia evidencia a falta de planos de contenção de danos por parte de representantes gaúchos no governo. Em paralelo, deputados ligados a interesses agrícolas irresponsáveis ainda pressionam pela aprovação de leis que prejudicam o meio ambiente, agravando os riscos de futuras catástrofes.

A situação atual exige uma atuação sensata e ponderada das instituições esportivas e dos entusiastas do futebol. Buscar soluções que mantenham a integridade das competições, apoiando simultaneamente as comunidades impactadas, representa um desafio que vai além dos campos. Como bem diz Beto Guedes em “Sol de Primavera”: “A lição sabemos de cor… Só nos resta aprender.”

Será que as pessoas estão dispostas a aprender?

Buscar soluções que mantenham a integridade das competições esportivas, apoiando simultaneamente as comunidades impactadas, representa um desafio que vai além dos campos e exige um esforço coletivo e empático.

Veja também Projetos de lei que agridem o ambiente ‣ Jeito de ver

Por causa das cheias no RS, CBF suspende o Campeonato Brasileiro por duas rodadas | Jornal Nacional | G1 (globo.com)

Por que muitos compartilham fake news?

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Porto Alegre sofreu com as enchentes.

Imagem de lukascaraffini2012 por Pixabay

 

O Perigo das Fake News e Seus Impactos Sociais

Em dezembro de 2016, um indivíduo armado invadiu a pizzaria Comet Ping Pong em Washington D.C., motivado por uma teoria da conspiração infundada que acusava o local de envolvimento em um esquema de tráfico sexual liderado por políticos. Felizmente, não houve feridos, mas o incidente exemplifica os perigos das notícias falsas, que podem levar a consequências desastrosas.

As fake news visam enganar, influenciar opiniões e comportamentos, desinformar para benefício financeiro e incitar reações emocionais. Seus métodos são sofisticados, utilizando notícias antigas fora de contexto, linguagem chocante e depreciativa para manipular a percepção pública. Os propagadores apresentam informações distorcidas como exclusivas, e muitos receptores, sem senso crítico, compartilham impulsivamente, perpetuando a desinformação.

Exemplos marcantes incluem a campanha presidencial brasileira de 2018, quando circulou a falsa história das “mamadeiras eróticas”, que ainda engana parte da população. Mesmo durante tragédias, como as enchentes no Rio Grande do Sul, falsas acusações e desinformação continuam a circular, prejudicando o trabalho de instituições e fomentando desconfiança.


Fake News em Diferentes Campos: Saúde, Política e Violência

As notícias falsas têm efeitos devastadores em várias áreas:

  • Preconceitos e Discriminação: Elas reforçam estereótipos, alimentam hostilidade e incentivam violência contra minorias.
  • Desinformação Médica: Durante a pandemia de COVID-19, informações falsas sobre tratamentos ineficazes contribuíram para mortes evitáveis. No Brasil, mais de 700 mil pessoas perderam a vida, muitas delas devido à falta de acesso a informações confiáveis.
  • Incitação à Violência: Notícias falsas que acusam inocentes de crimes já resultaram em linchamentos e ataques, mostrando como a desinformação pode provocar consequências trágicas.

No campo político, fake news são usadas para manipular a opinião pública. Alegações infundadas, como a falsa associação do Exército Brasileiro ao comunismo ou a suposta recusa de ajuda internacional pelo governo brasileiro, são exemplos de como informações inverídicas comprometem debates importantes. Infelizmente, alguns políticos até utilizam as tribunas do Congresso para disseminar desinformação, tornando o combate a esse problema ainda mais difícil.


Combatendo a Desinformação: Um Chamado à Consciência Coletiva

Enquanto o sistema político hesita em combater as fake news, cabe ao cidadão comum adotar práticas para mitigar seus efeitos:

  • Verificação de fatos: Antes de compartilhar, é essencial confirmar a veracidade das informações.
  • Pensamento crítico: Evitar disseminar conteúdo que apenas alimenta medos ou ideologias sem base factual.
  • Consciência social: Compreender que a propagação de notícias falsas impacta direitos humanos, como eleições justas, acesso à saúde e a não discriminação.

A disseminação de fake news compromete a confiança entre cidadãos e prejudica a integridade de uma sociedade democrática. Em países onde políticos e cidadãos aceitam a desinformação como prática comum, a decadência moral e o insucesso tornam-se inevitáveis. Como sociedade, é necessário escolher entre o progresso ético ou a perpetuação da ignorância e do caos.

Leia

Veja também  “Brazil”: Fake News em meio à tragédia ‣ Jeito de ver

Deputados bolsonaristas divulgam Fake News sobre tragédia no RS | Diário Carioca (diariocarioca.com)

 

Projetos de lei que agridem o ambiente

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Imagem de Jossiano Leal por Pixabay

Enchentes no Rio Grande do Sul e a Falta de Preparação

No Brasil, as enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul têm causado grande comoção. Milhares de pessoas foram afetadas por residências e vias públicas destruídas, perda de entes queridos e danos às lavouras.

O caos resulta da falta de preparação para os alertas de mudanças climáticas. Apesar da comoção atual, o Brasil, assim como outras nações, enfrenta as consequências dessas mudanças e mantém projetos de lei considerados prejudiciais ao ecossistema.


Projetos de Lei Ambientais Controversos

Vários projetos de lei no Brasil têm sido criticados por ambientalistas e outros grupos devido ao seu potencial impacto negativo no meio ambiente. Entre os mais controversos estão:

  • PL 2159: Propõe que o licenciamento ambiental seja uma exceção, permitindo atividades de alto impacto ambiental sem avaliação adequada.
  • PLs 2633 e 510: Visam conceder anistia à grilagem de terras, promovendo ocupação ilegal e desmatamento.
  • PL 490: Propõe alterações na demarcação de terras indígenas, podendo reduzir áreas protegidas e aumentar o desmatamento.
  • PL 191: Busca autorizar a mineração em terras indígenas, com possíveis danos ambientais significativos.
  • PL 6.299/02 (“Pacote do Veneno”): Pretende revogar a Lei de Agrotóxicos atual, representando riscos para a segurança alimentar e a saúde dos ecossistemas.

Esses projetos, em diferentes estágios legislativos, podem sofrer alterações antes de uma possível aprovação. O engajamento público e o debate são fundamentais para garantir políticas ambientais sustentáveis.


O Papel da Bancada Ruralista e seus Impactos no Meio Ambiente

A bancada ruralista exerce forte influência na Câmara dos Deputados e prioriza:

  • Licenciamento Ambiental: Propõe flexibilizar as regras para fomentar projetos agropecuários.
  • Agroquímicos: Busca modificar normas para aprovação e venda de pesticidas.
  • Conectividade Rural: Visa melhorar a infraestrutura de internet no campo para desenvolvimento tecnológico.
  • Política de Gás Natural: Discute o uso de gás na agricultura e seus benefícios.
  • Reforma Agrária: Enfatiza a titulação de terras em detrimento da redistribuição equitativa.
  • Terras Indígenas: É contra demarcações permanentes, favorecendo atividades agropecuárias.
  • Trabalho Rural: Defende jornadas de trabalho mais longas e a flexibilização das leis trabalhistas.

Essas políticas, ao priorizarem o crescimento econômico, podem gerar impactos ambientais significativos, como desmatamento, perda de biodiversidade e poluição dos recursos naturais. A longo prazo, essas práticas afetam a saúde dos ecossistemas e o bem-estar das comunidades locais.

Diante dessa realidade, é vital buscar um equilíbrio entre desenvolvimento econômico e conservação ambiental, assegurando um futuro sustentável para o Brasil e para o planeta.


Diante da economia, quem pensa em ecologia?
O Progresso, Roberto e Erasmo Carlos

Leia também: O aquecimento global e as tragédias ‣ Jeito de ver

Inundações no Rio Grande do Sul: 20 imagens impactantes da tragédia – BBC News Brasil

O aquecimento global e as tragédias

Imagem de Kamil Szerlag por Pixabay

 

O preço do “Progresso”

O desenvolvimento da Europa ocorreu às custas de grande parte de suas reservas naturais e da exploração de nações menos poderosas, muitas vezes por meio de colonização e escravização de povos mais fracos.

Essa destruição de recursos em nome do progresso resultou em mudanças climáticas.

Com o passar do tempo, os países menos desenvolvidos seguiram o péssimo exemplo dos colonizadores. Confira os links:

Agente laranja: pecuarista desmata o Pantanal com substância altamente tóxica | Fantástico | G1 (globo.com)

Agronegócio foi responsável por 97% do desmatamento no Brasil | Geral (brasildefato.com.br)

A destruição dos biomas leva a uma consequência alarmante:

 

O aquecimento global.

O aquecimento global é um fenômeno complexo com impactos significativos no clima do planeta.

Com o contínuo aumento das temperaturas globais, impulsionado pelo acréscimo de gases de efeito estufa na atmosfera, eventos climáticos extremos se tornam cada vez mais comuns e severos. Este é um texto explicativo sobre como o aquecimento global pode causar tragédias e inundações:


O aquecimento global e seus impactos devastadores

A Terra está passando por uma crise climática sem precedentes. O aquecimento global, causado pelo acúmulo de gases de efeito estufa como o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxidos de nitrogênio (NOx), está mudando o clima que conhecemos. Essas alterações não são apenas números em um gráfico; elas têm consequências reais e frequentemente trágicas para a vida no planeta.

Enchentes: Uma consequência direta

As enchentes são uma das consequências mais visíveis e destrutivas do aquecimento global. O aumento das temperaturas globais causa o derretimento das calotas polares e glaciares, elevando o nível do mar. O ar mais quente também retém mais umidade, resultando em chuvas mais intensas. A combinação desses fatores aumenta significativamente o risco de enchentes costeiras e fluviais.

Tragédias humanas e perdas irreparáveis

As enchentes vão além de eventos naturais; tornam-se tragédias quando atingem comunidades. Casas são arruinadas, vidas são ceifadas e infraestruturas são comprometidas, deixando muitas vezes um rastro de destruição. As comunidades mais pobres e vulneráveis são as mais afetadas, com menos meios para se prepararem e recuperarem.

Um ciclo vicioso

O aquecimento global pode também mudar padrões climáticos, causando secas em algumas áreas e enchentes em outras. Isso impacta diretamente na segurança alimentar e no acesso à água potável, podendo levar a migrações em massa e conflitos por recursos. É um ciclo vicioso: o aquecimento global intensifica desastres naturais que, por sua vez, aumentam a vulnerabilidade das populações.

É essencial uma ação urgente para atenuar os impactos devastadores, sendo crucial tomar medidas imediatas para diminuir as emissões de gases de efeito estufa e criar estratégias de adaptação. Isso envolve investimentos em infraestrutura resistente ao clima, recuperação de ecossistemas naturais como mangues e florestas, além de fomentar a conscientização acerca das mudanças climáticas. Apenas com a união de esforços coletivos e decisões políticas audaciosas poderemos reduzir a frequência e gravidade dessas catástrofes climáticas.

 

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Um calor diferente – O que será isso? ‣ Jeito de ver

 

Contos de fadas – Um novo jeito de ver!

O que há por trás dos Conto de fadas.

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A magia dos contos de fadas

Quem nunca ouviu um daqueles contos que começam alegres, passam por desastres, enfrentam o confronto entre o bem e o mal, trazem uma reviravolta e terminam com um desfecho feliz?
Os contos de fadas nos transportam para mundos de fantasia e nos dão a esperança de que tudo acabará bem. No entanto, muitas dessas histórias têm sido reimaginadas ao longo do tempo, com personagens que assumem características distintas das versões clássicas. Por exemplo, a Branca de Neve já não é mais a figura indefesa das versões da Walt Disney, e o Pinóquio deixou de ser o menino de madeira ingênuo de antes.

Essas mudanças causam estranheza a alguns, mas elas refletem a adaptação dessas histórias às diferentes épocas. Muitas dessas narrativas têm raízes em lendas antigas e, ao serem reinterpretadas, permanecem vivas e relevantes. Além disso, ajudam a compreender o contexto histórico em que foram concebidas.


Bruxas e a história por trás das lendas

Ao analisar contos de fadas, percebemos como eles capturam aspectos culturais e históricos. A figura da bruxa, por exemplo, remonta à Idade Média, quando mulheres independentes ou conhecedoras de práticas medicinais eram perseguidas. Estudiosos estimam que cerca de 50 mil mulheres foram executadas por acusações de bruxaria, muitas delas queimadas vivas (Lista de pessoas executadas por acusação de bruxaria).

Essas mulheres, frequentemente parteiras, enfermeiras e detentoras de conhecimentos medicinais, eram vistas como ameaças à ordem social. Segundo o Portal Catarinas, essas mulheres representavam a única opção de cuidados médicos para muitas comunidades. Além disso, aprendiam umas com as outras e transmitiam seus saberes às novas gerações (A “caça às bruxas”: uma interpretação feminista – Portal Catarinas).

De acordo com Ehrenreich e English (1984, p. 13), o estereótipo da bruxa incluía tanto mulheres idosas e mentalmente instáveis quanto mulheres jovens e atraentes, que poderiam despertar desejos ou desafiar o poder dos homens da época. A narrativa medieval das bruxas reflete o terror imposto pela classe dominante e o desprezo pela força feminina.


Cinderela e as múltiplas versões do mesmo conto

Um dos contos mais conhecidos, Cinderela, revela nuances interessantes quando analisado sob diferentes perspectivas. Popularizada pela Walt Disney, a história da jovem órfã que encontra o amor do príncipe graças a um sapatinho de cristal é uma adaptação de versões mais antigas, nem sempre tão encantadoras.

Na versão dos irmãos Grimm, por exemplo, as irmãs de Cinderela chegam a cortar partes de seus pés para caber no sapato. Já na narrativa chinesa de Yeh-Shen, datada da Dinastia Tang, a protagonista conta com a ajuda de um peixe mágico e perde um sapatinho em um festival, evocando a tradição dos pés pequenos na China.

Essa prática, iniciada na Dinastia Song, causava deformações dolorosas nos pés das mulheres e refletia ideais de beleza restritivos. Analisar essas histórias nos ajuda a compreender os valores culturais de diferentes épocas e as dificuldades enfrentadas por aqueles que viviam sob esses padrões.

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Nova manhã – Celebrando o novo dia!

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Imagem de Myriams-Fotos por Pixabay

 

Novo Dia

 

Ao acordar, o dia parecia um tanto preguiçoso, pensei…

Choveu, tive uma bela noite…

Os grilos seresteiros deram uma trégua nesta noite, não cantaram um único cri-cri…

Os gatos no telhado pareciam vigiar o meu sono, e mesmo o dia de ontem parecia perfeito…

O espelho parecia sorrir para mim.

Lembrei…

Pratos na mesa, notebook na escrivaninha, celular ao lado…

Tudo estava certo…

Dormi sem estresses desnecessários.

O dia foi perfeito!

Não como o anteontem, em que nada parecia dar certo…

Mas, ontem, zerei a vida!

Posso ficar por aqui…

No entanto, a vida é sempre de recomeços, de refazer mais uma história, seja ela qual for.

E venha o que viver…

Viva plenamente o novo dia!

Gilson Cruz

Leia também: Amar é não deixar de acreditar ‣ Jeito de ver

 

Amar é não deixar de acreditar

“Com amor, conseguimos muito mais…”

Apesar de ser um clichê, nada poderia ser tão real quanto o senso de realização ao perceber que aquilo que amamos fazer surtiu os efeitos desejados.

O compositor sente-se orgulhoso ao ver que uma canção bem elaborada teve boa aceitação do público, assim como o poeta é alimentado pela sensação de ter emocionado corações. O professor sente-se feliz ao ver o seu aluno alcançar aquilo que ele se propôs a ensinar.

Não importa o segmento, tudo aquilo que conseguimos fazendo por amor tem um sabor diferente.

Uma das facetas do amor, descrita pelo apóstolo São Paulo na Bíblia, é “acreditar em todas as coisas”.

Aplicando de um modo diferente tais palavras, poderíamos afirmar:

Se você ama algo, aprenda, reaprenda se for preciso, tente várias vezes até encontrar a maneira correta de agir. Isso é acreditar!

Não despreze seus sonhos, mesmo que estes não o enriqueçam! Estar bem financeiramente é bom, mas enriquecer não significa estar feliz!

Se você ama alguém, aprenda, reaprenda se preciso for a ser o apoio necessário para que ambos cresçam juntos.

Relacionamentos em que os objetivos são alcançados isoladamente enfraquecem com o tempo. Dividir o entusiasmo é tão importante quanto compartilhar as frustrações. Seja o apoio, isso é acreditar!

Alcançar o sucesso é o sonho de cada pessoa, apesar dos diferentes conceitos a respeito do que seria alcançá-lo. A pessoa pode alcançar todos os objetivos traçados para a própria vida, mas seria frustrante não compartilhar com ninguém a alegria de tais conquistas.

Assim, é real afirmar que precisamos compartilhar não apenas as frustrações, mas principalmente o entusiasmo! Sim, compartilhar também é amar…

E com amor, chegamos muito mais longe!

 

Veja também  A difícil arte de organizar armários ‣ Jeito de ver

 

Construindo novos dias… – Imagine!

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Imagem de Marek Ropella por Pixabay

 

Imagine a construção de um novo dia em suas mãos.

Poder selecionar tudo aquilo que poderia torná-lo ainda mais belo:

Uma casa, um lago, flores no jardim, sol e chuva –  não me vem com casamento de viúva…

Pessoas sem pressa, sem medo, sem ódio.

Imagine!

Imagine poder acrescentar um pouco mais de cor…

É interessante perceber que, mesmo sem notar, estamos constantemente construindo novos dias – mas muitas vezes, acabamos trazendo  as falhas do alicerce de ontem. Tentamos construir em cima dessas falhas, trazendo as mesmas preocupações e a urgência de chegar ao fim. Assim, o ciclo se repete, e os erros também.

Planeje dias melhores por selecionar aquilo que traga mais significado a vida e faça seus dias sobre isso.

Gilson Cruz

Leia também O Milagre da Atitude: O sentido no Cotidiano ‣ Jeito de ver

 

O domínio pela cultura e pelo medo

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Imagem de StockSnap por Pixabay

 

“O homem domina homem para seu prejuízo.”
Eclesiastes 8:9, Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada

 

Ao longo das décadas, o homem tem experimentado diferentes formas de expandir seu domínio sobre outros.

A manipulação das emoções tem sido um método bem eficaz.

Domínio Cultural

Quando países do Velho Continente, militarmente bem equipados, partiam para explorar e colonizar países mais pobres, enfrentavam a revolta e a resistência do povo local. Os constantes embates resultaram em incontáveis mortes locais e outras atrocidades.Visando minar aos poucos tal resistência, eles adotaram a conquista cultural como estratégia.

O primeiro passo era introduzir aos nativos sua forma de pensar e ver o mundo, por meio do ensino de sua língua e religião. Ainda que os mais velhos resistissem, a nova geração já estaria “domada” pela falsa sensação de fazer parte de uma nova cultura.

A eficácia desse método é historicamente comprovada, pelo fato de que muitas línguas faladas por alguns povos, bem como as suas histórias, foram esquecidas com o tempo, pois o principal objetivo do colonizador era explorar a nova terra e enviar suas riquezas ao país de origem.

O controle atravé do medo

“O melhor meio de dominar o povo é pelo medo.”
— Luc Ferry, filósofo francês

No intuito de expandir territórios, muitos países usam deste artifício, que, segundo Luc Ferry, tem sido o melhor modo de dominar um povo: O MEDO.

Os exercícios de guerra objetivam mostrar ao povo local, o poder bélico dos ‘novos conquistadores’, com isso mina-se a disposição a qualquer resistência a qualquer resistência. Eliminando-se a resistência, passam a impor novas regras.

Além dos Campos de Guerra – a cultura

Tais métodos podem e são usados com frequência por manipuladores de pensamento, pessoas que visam expandir seus negócios e sua influência sobre um povo ou povos.

Por exemplo, os filmes hollywoodianos recebiam incentivo do governo para vender ao mundo “o estilo de vida estadunidense e exaltar o poder se suas Forças Armadas“. Nestes filmes, o país é com frequência retratado pelo estereótipo de Salvador do mundo, seja de ameaças terroristas, seja de invasores alienígenas ou mesmo de super meteoros que acabariam com a vida no planeta.

Os filmes raramente abordam a pobreza, a corrupçao, o preconceito racial ou o problema dos habitantes sem teto nos EUA.

A realidade oculta neste país,  é a mesma que na maioria dos países: há pobreza, fome, preconceito, censura, espionagem — e o país fomenta  guerras ao redor de todo o mundo. Apesar do argumento de que os Estados Unidos ajudam humanitariamente países em necessidade, como os palestinos com suprimentos, tal argumento mostra-se míope quando não se considera que o mesmo país fornece armamentos pesados a países, como Israel. – Veja A indústria armamentista – um tema em debate ‣ Jeito de ver

Esse tipo de propaganda atinge seu objetivo quando pessoas deixam de encarar tais obras como entretenimento e passam a vê-las como reais, desprezando sua própria cultura por culturas enlatadas em forma de filmes.

O Domínio Sul Coreano

Outro exemplo de domínio cultural são enlatados sul-coreanos: doramas e grupos de k-pop.

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Imagem de wal_172619 por Pixabay

Grupos de meninos e meninas fofinhos, de aparência andrógina ou sensualizada, dançam perfeitamente sincronizados cantando canções “coreanamente” chicletes. Quem já não viu essa turma aparecer nas mídias?

Ou quem já não ouviu alguém falar com ternura dos doramas (séries coreanas)?

O governo sul-coreano consegue expandir sua influência no mundo por meio da cultura. Quantias enormes de dinheiro foram investidas para isso e os retornos comerciais compensam.

O Uso do Medo e da Revolta como método

Outro método usado com eficácia é estimular o medo e a revolta.

Um exemplo ocorrido no Brasil ajuda a ilustrar este ponto:

No púlpito de uma igreja, sem nenhuma prova ou convicção, uma senadora chocou os membros presentes com a afirmação de havia tráfico sexual de crianças  na ilha de Marajó, que eram submetidas desde bem pequenas a tratamentos cruéis e degradantes.

Tais declarações foram divulgadas entre os “fiéis” do país inteiro como sendo verdadeiras. O objetivo desta aberração era promover o medo e a revolta, junto com a ideia de divulgar um candidato político apoiado por ela,  este “Messias“, salvaria as crianças. A certeza da credulidade dos presentes naquela reunião e a confiança na impunidade deram-lhe a liberdade de mentir sem filtros.

O conteúdo daquela reunião vazou, repercutiu negativamente e a senadora admitiu não haver provas.

Mas o objetivo da mentira já havia sido alcançado: Expandiu a revolta e o medo. E apesar de desmentido, o assunto ainda repercute!

Aguardar a elaboração de leis que criminalizem e punam os divulgadores de mentiras seria esperar muito de parlamentares que em muitas vezes são eleitos utilizando os mesmos artifícios, apesar de muitos se auto-afirmarem evangélicos.

Pessoas sem consciência se tornam meros fantoches nas mãos de manipuladores.

O conhecimento da história, dos métodos de manipulação e e a disposição de questionar contribuem para decisões conscientes.

Esses três elementos fortalecem o debate se tornam armas poderosas nas mãos de um povo não disposto a se deixar escravizar.

 

Saiba mais: Imperialismo cultural – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Veja também: Notícias de Guerras – o jogo da informação ‣ Jeito de ver

 

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