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Quando a miséria dá Ibope (Lágrimas de TV)

Imagem de Marc Pascual por Pixabay

A Menina e o Sonho Distante

A pobre menina de pouco mais de cinco anos de idade tinha tantos sonhos quanto as outras meninas de sua idade. Não queria muito, queria apenas uma dessas bonecas que via nas propagandas na velha televisão que repousava no lado esquerdo da casinha de piso de chão batido, tanto mais frio no inverno.

Seus olhinhos brilhavam ao ouvir, nesses programas de TV que ajudavam os pobres, que a vida podia mudar, mas sua vida não parecia ter outras perspectivas. Sua mãe, solitária e doente, não podia fazer muita coisa, nem dar muita coisa, e a pobre menina ajudava nas tarefas da casa: lavando, passando e, às vezes, cozinhando quando a mãe se enfraquecia.

Era triste ver a infância fugir e o brilho nos olhos da menina se apagar. Mas algo mudaria.

Numa dessas histórias que se assemelham a contos de fadas, alguém escreveu para um desses canais que “ajudam” os carentes. E, vestida com sua melhor roupa, ela se apresentou naquele programa, enquanto a suave música de fundo trazia emoção e lágrimas às pessoas que agora também conheciam sua história.

O apresentador, de voz compassiva, contava a história, repetindo os trechos mais marcantes… e, de casa, os telespectadores também compartilhavam o mesmo choro. Segurando ternamente as mãos da menina, o apresentador pediu uma pausa. A audiência estava nas nuvens, e o apresentador, com olhos marejados, chamava o intervalo e, consequentemente, os comerciais…

E, enquanto o canal faturava com os patrocinadores, a cena no auditório não era tão terna nem tão triste…

No início do intervalo, o apresentador soltou friamente a mão da pobre menina, correndo feliz para checar com os auxiliares o sucesso daquele programa. Feliz por saber que estava em primeiro lugar…

Enquanto isso, com a mesma solidão e desilusão do dia a dia, sentada nos degraus do cenário, a menininha não entendia absolutamente nada… Não percebia que estava sendo usada como parte do jogo.

O Menino do Pintinho Piu

A história acima é baseada em fatos, mas uma história que ilustra bem tais programas de TV é a do Menino do Pintinho Piu.

O menino gravou um vídeo despretensioso dublando a música Pintinho Piu. O vídeo viralizou! Tornou-se a sensação da internet. E, por fim, foi descoberto por um desses programas populares.

O apresentador, feliz com a audiência, prometeu que daria suporte à carreira daquele menino. Os telespectadores elogiavam o apresentador: — “Viu como ele se importa com as pessoas?”

Os pais, entusiasmados com a possibilidade de sucesso do filho, venderam todos os bens para investir no sonho e bancar a gravação e divulgação do disco do menino.

Nota: o menino não era um cantor. Não havia possibilidade de dar certo!

Mas o apresentador estava tão entusiasmado…

Pobres pais… Não imaginavam que seriam esquecidos por todos, inclusive pelo apresentador, assim que o programa acabasse — com picos elevadíssimos de audiência.

Mais pobres agora, tentariam voltar ao mesmo programa, com o mesmo apresentador que faria a mesma cena, capitalizando sobre a miséria de uma família que vendeu tudo que tinha para investir na carreira do filho.

As Lágrimas da TV

São histórias tristes, é verdade! Mas a verdade maior é que as pessoas gostam de acreditar em lágrimas de TV. Gostam de acreditar que as lágrimas nos olhos de um apresentador que está preocupado com faturamentos, contratos, carreiras, com tudo — menos com a vida da pessoa no meio do palco.

As pessoas gostam de ser enganadas…

O mundo real é chato. A vida real é muito chata!

Enquanto as câmeras filmam, as lágrimas parecem reais. Mas, quando se apagam, a realidade volta a ser o que sempre foi: cruel para os que vivem dela e lucrativa para os que a exploram.

Leia também: Cultura – Quando o mais fácil é desistir! ‣ Jeito de ver

Casca de banana (Acidentes acontecem…)

Imagem de G.C. por Pixabay

Casca de banana…

Jurei por tudo,
Prometi que jamais iria cair novamente…
Paixão faz sofrer,

Faz chorar…
Nos deixa com cara de bobos,
Nos rouba o sono,

Faz perder noites,
até mesmo sumir o apetite!

Jurei,
Nunca, jamais…
Paixão é doença
Que mata a gente,

de tanto sonhar, de planejar,
E que não dá futuro.
Atrapalha a concentração…
E até revira o estômago.

Nos deixa bobos e ainda mal-humorados.

Maldita paixão…

E de repente você aparece…
E lá estou eu, no mesmo caminho, escorregando de novo,
Com a mesma carinha de bobo!
Fazendo as mesmas bobagens! De novo!

Leia também: Versos sem destino ( um conto ) ‣ Jeito de ver

Cultura – Quando o mais fácil é desistir!

 Descubra o valor de não abandonar o que nos move.

Imagem de Joe por Pixabay

O Valor de um Sonho

O que é fazer valer um sonho quando todos os sinais te apontam o mais fácil, que é desistir?

Às vezes, insistir num objetivo é saber insistir, apesar das frustrações. Por exemplo, como se sentem poetas, bons compositores e arranjadores quando percebem a qualidade da música atual e as mensagens nas letras (quando há alguma mensagem!)?

Não me acusem de reacionário, moralista ou seja lá o que for, com aquela frase batida de que tudo é questão de gosto.

É verdade que alguém sempre reclamará da decadência musical ao longo das décadas, mas isso também pode significar que os estilos coexistem e que prevalecem aquilo com que se identifica a sociedade atual. Por isso, ainda exerço o meu direito de gostar daquelas canções que chocam pela beleza, pela harmonia entre melodia e letra…


Como se molda o gosto musical?

A Música como Produto

O fato é que a maior exposição musical é dada àquelas canções com potencial de vendas, mesmo que seja por um curto período de tempo e que serão substituídas por canções bem parecidas, com o mesmo objetivo de vendas, em que a música é apenas um mero produto a ser usado e descartado. Ninguém sentirá falta quando o sucesso passar.

A música não tem sido encarada como arte a se eternizar; reduziu-se a um produto, um mero produto.


E Quanto às Obras-Primas?

Você talvez pense: “Ah! O Spotify, o Deezer, o YouTube e outros meios estão aí. A pessoa pode procurar o que quiser!” É verdade, mas você sabia que boa parte do que você gosta foi apresentado por alguém ou por um meio de comunicação?

Isso significa que, se as pessoas forem expostas a apenas um ou dois estilos de música, de melodias simples, terão dificuldades em se interessar por arranjos e letras mais complexas.

A exposição a vários estilos musicais seria essencial para ajudar na formação artística e cultural do indivíduo. Mas, atualmente, isso não acontece.


O “Jabá Turbinado” e o “Sucesso”

Hoje vivemos o “jabá turbinado”, que funciona de maneira sutil, mas extremamente eficaz.

Empresários, especialmente do campo do agro/sertanejo, não apenas pagam mais para terem seus produtos expostos, compram também estações de rádio, que tocarão exaustivamente seus produtos. A estratégia é composta por passos bem definidos:

  1. Repetição Exaustiva: As músicas são tocadas repetidamente nas rádios compradas ou contratadas, garantindo que fiquem na cabeça do público.
  2. Construção de Empatia: Comentários sobre a vida pessoal dos artistas, muitas vezes elaborados estrategicamente, geram identificação e conexão emocional com o público.
  3. Narrativa de Superação: Biografias que destacam a saga do “herói humilde que alcançou o sucesso” são cuidadosamente construídas para comover e inspirar.
  4. Marketing Integrado: Notícias, fofocas e até intervalos entre as canções são utilizados para manter vivo o interesse do público.

Outros estilos musicais não têm espaço nessas emissoras, porque o objetivo principal é vender o produto. Em especial, em pequenas cidades, presume-se que o público seja menos informado e, portanto, mais suscetível à manipulação.

A consequência? Pressões e negociatas surgem.


Cultura e Política

A população dessas cidades, ao saber que um astro visitou uma cidade vizinha, passa a pressionar o administrador público para trazer o espetáculo. E, muitas vezes, o administrador cede, gastando mais do que o orçamento mensal destinado à saúde ou educação para atender à demanda.

Shows patrocinados por verbas públicas frequentemente estão associados a mau uso de recursos, isso quando não há desvios. Alguns argumentam que “não usamos a Lei Rouanet”, mas é preciso esclarecer:

A Lei Rouanet foi criada para incentivar o financiamento da arte com recursos privados, permitindo deduções no imposto de renda dos patrocinadores, sem utilizar diretamente dinheiro público.


O “Sonho” de Comunicar

Um amigo meu, desde jovem, sonhava em ter uma estação de rádio para promover artistas locais e tocar canções de todas as épocas. Durante um tempo, ele investiu em um serviço de alto-falantes, o “Som da Cidade”, que trazia uma programação eclética com espaço para todos os estilos musicais, notícias locais e até transmissões das sessões da Câmara Municipal.

Com o sucesso do Som da Cidade, ele decidiu investir numa rádio. O início foi promissor, mas os problemas não demoraram a surgir.

O clima político da cidade era acirrado. Ao apontar falhas da administração pública, foi agredido fisicamente em duas ocasiões, em administrações diferentes. As paixões pessoais estavam acima dos interesses públicos e culturais.

O comércio local não se interessava em patrocinar a rádio, e os administradores públicos temiam associar-se a quem poderia denunciá-los. Além disso, o custo com direitos autorais (ECAD) era desanimador para quem desejava iniciar uma pequena emissora.

Documentos, contas e processos descansavam sobre a mesa do pequeno escritório que ele montou com recursos próprios, mas o sonho de erguer novamente a rádio nunca se concretizou. Ele gostava de ter seu nome ligado à comunicação.

Nos últimos dias, ainda sonhava em lançar um livro contando toda a sua batalha, desde as dificuldades em manter uma rádio com identidade própria aos seus desafios na construção desse sonho.

Seria um ótimo livro!


Reflexões

Desde jovem, sempre sonhei em escrever memórias, histórias, poemas, músicas… o que me viesse à cabeça. Hoje, sem o meu amigo, me pergunto: será que vale a pena insistir nesse sonho, quando o caminho mais sábio parece ser desistir?

Falar de música, poesias, histórias…arte! Sei que tudo mudará, certamente, mas em que direção?

Haverá algum dia espaço para se conversar sobre notícias, poesias, histórias e músicas longe das paixões doentias que apenas dividem e afastam? Haverá espaço para a diversidade ou apenas o poder financeiro fará da pessoas fantoches, ditando o que fazer e ouvir?

Um dia, retornando do trabalho, deparei-me com o que costumam chamar de pichações num grande muro que separa o bairro mais distante do caminho de onde moro. Ao olhar com atenção, percebi que o que pareciam ser borrões transformava-se na face de um escritor quando eu atingia certa distância, mas desaparecia poucos passos à frente.

Confesso que não sei se o efeito era intencional ou mero acidente, mas aquilo me fez refletir sobre o que é a arte. Esse é o dom da arte: fazer pensar, refletir!

Não sei quem foi o autor daquela imagem, nem se ele desistiu depois daquela arte.

Assim como ele, escrevo apenas por escrever. Não sei se alguém, na distância do tempo, vai parar, olhar ou mesmo se preocupar em entender o que tentei dizer.

Desejo apenas que alguém veja minhas palavras como vi aquela imagem no muro: da distância correta, ganhando sentido e, talvez, revivendo minhas histórias.

Quando penso na arte e na cultura em geral, frequentemente desejo desistir. É, realmente, caminhar sozinho, a um horizonte muito mais fácil.

Leia também: A Evolução da Música Caipira no Brasil ‣ Jeito de ver

Você ainda pode sonhar (Acredite!)

Reflexão sobre sonhar e viver

Imagem de Jupi Lu por Pixabay

Você já percebeu que passamos uma boa parte de nosso tempo imaginando, planejando, carregando sonhos que alimentamos por toda a vida? Isso é mais que natural…

Não se trata de fugir da realidade, a nossa mente gosta de viajar.

Às vezes, nos pegamos sozinhos e, de repente, percebemos que a nossa mente nos levou a tempos e lugares incríveis. Visitamos pessoas que estão escondidas nos cantinhos mais ocultos da memória e, às vezes, refazemos velhas experiências.

A difícil tarefa de lidar com um mundo onde tudo se tornou descartável, desde pessoas até a arte, é desgastante. Por isso, as mentes inquietas buscam refúgio em outros horizontes…

Não se preocupe, você não está louco e nem está enlouquecendo… Permita-se sonhar um pouco!

“Ah! Mas enquanto eu ficar sonhando, o tempo passa. E tempo é dinheiro!”, você talvez pense.

Ninguém te disse para passar o dia inteiro sonhando… Disse? (Risos)

Novos planos

Então, vamos lá… Permita-se realizar alguns sonhos, tais como aprender a tocar algum instrumento, cantar, escrever poesias, ler um pouco mais, ou aproveitar a sua família.

Está bem… Mas, se nada disso soar um pouco atraente aos seus ouvidos, pergunte-se: “O que realmente me atrai?”

Se sua resposta não incluir a alegria de quem te ama ou de quem você ama, talvez seja a hora de repensar. E, se nada disso for importante para você, o mundo não vai mudar — vai continuar exatamente o mesmo.

Pois as pessoas não costumam pensar na sociedade como um todo; pensam apenas em si mesmas (a família é pretexto!).

Se a sua resposta for diferente, você não é um mero sonhador. É um legítimo ser humano!

Então, permita-se sonhar, pois é a imaginação que nos ajuda a criar coisas novas e encontrar uma saída. Ainda é tempo:

Você ainda pode sonhar…

Leia também: Ajustando a rota – O caminho e o destino ‣ Jeito de ver

Ajustando a rota – O caminho e o destino

Motoristas experientes costumam agir automaticamente diante de mudanças de sinal ou sinais de perigo nas rodovias.

Reduzir a velocidade ou mudar a direção pode ser tudo o que separa a segurança do risco.

Às vezes, tomar um caminho diferente é exatamente o que se precisa para chegar ao destino.

Você talvez se pergunte: mudar de direção pode atrasar a chegada ao destino. Compensaria tal sacrifício?

Isso depende das suas prioridades.

As prioridades e o verdadeiro sucesso

Não é incomum ver pessoas sacrificando família, amizades e até mesmo a própria moral para alcançar um objetivo mais rápido.

Mas, o que é o sucesso se, para alcançá-lo, abrimos mão das coisas que dão sentido à vida?

É verdade que algumas pessoas não se importam com quem deixaram para trás. Talvez nunca tenham tido apego a amizades ou sentimentos. Não as criticamos.

Por outro lado, se você não pensa assim, fique tranquilo: você é normal.

Sucesso não se mede pelo acúmulo de riquezas ou pela fama. O verdadeiro sucesso está na satisfação de fazer o que se gosta.

Carregar um título ou alcançar um status não significa necessariamente ser bem-sucedido.

Às vezes, abrir mão de certos planos e mudar de direção é necessário para não deixar para trás aquelas pessoas que queremos ao nosso lado por toda a vida.

Por elas, estamos dispostos a ajustar a rota — afinal, o que pode ser mais valioso do que compartilhar o sucesso com quem amamos?

Esteja atento: no futuro, o resumo da viagem será o mais importante. E as viagens são sempre melhores quando não estamos sozinhos.

Leia também: A esperança (Poesia de resistência) ‣ Jeito de ver

TDAH: Desafios e Caminhos para Superação

Imagem de Tumisu por Pixabay

“Aquele que tem um porquê para viver pode suportar quase qualquer como.” – Nietzsche

Escrever textos para um blog, montar e trabalhar edição e composição de música, um monte de livros pra ler, enquanto se trabalha oito horas por dia…

E no final, aquela sensação decepcionante de que não fez o melhor…

Tudo ao mesmo tempo, sem foco definido!

Você talvez diga: – “Ou você é ocupado demais, ou sofre de déficit de atenção… TDAH.”

Talvez, mas o que é TDAH?

Antes de analisar a resposta, saiba que, de acordo com o site www.gov.br, estima-se que entre 5% e 8% da população mundial apresenta Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade.

Nos últimos anos, percebemos que houve uma mudança nos números de portadores desse transtorno… O que isso significa?

É o que vamos entender nesta matéria.

Entendendo o TDAH

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica que impacta o comportamento, a capacidade de atenção e a autorregulação.

A capacidade de atenção e a autorregulação são habilidades fundamentais para o desenvolvimento humano, e estão relacionadas a diversos aspectos da vida, como desempenho acadêmico, saúde mental e bem-estar geral.

Geralmente diagnosticado na infância, o TDAH é caracterizado por três traços principais: desatenção, hiperatividade e impulsividade, que variam de pessoa para pessoa.

Essa desatenção se traduz em dificuldades para se concentrar, ser facilmente distraído e ter problemas em finalizar tarefas.

Quanto à hiperatividade, ela se expressa através de uma inquietação constante e uma necessidade incessante de movimentação, enquanto a impulsividade leva a ações precipitadas, sem pensar nas consequências.

Diagnóstico

A psicologia aborda o TDAH considerando fatores biológicos, psicológicos e sociais, além do contexto familiar e social.

Uma análise multidisciplinar é essencial para intervenções que vão de terapias comportamentais a medicamentos, promovendo melhor funcionamento diário.

O diagnóstico segue critérios como persistência dos sintomas por mais de seis meses em diferentes ambientes, como escola e casa, segundo diretrizes da American Psychiatric Association e da Organização Mundial da Saúde.

Conscientização

O aumento de diagnósticos de TDAH nas últimas décadas reflete mudanças nos critérios diagnósticos e maior conscientização sobre o transtorno.

Campanhas de sensibilização e debates públicos ampliaram o reconhecimento dos sinais de TDAH, indicando mais detecção do que um real aumento na incidência.

Pressões sociais e acadêmicas modernas também contribuem para maior atenção aos sintomas, muitas vezes interpretados como um fenômeno recente.

Estudos apontam a importância de analisar cuidadosamente as causas desse aumento, diferenciando entre diagnósticos precisos e avaliações excessivas.

Desafios

Indivíduos com TDAH enfrentam desafios que afetam suas relações pessoais, acadêmicas e profissionais. Em interações sociais, podem ter dificuldades em manter o foco, causando mal-entendidos e isolamento.

No contexto acadêmico, problemas com organização e gerenciamento de tempo impactam o desempenho e podem gerar estigmatização e baixa autoestima.

No trabalho, impulsividade e dificuldade em cumprir prazos podem criar obstáculos, mas muitos indivíduos mostram resiliência e criatividade excepcionais quando suas habilidades são reconhecidas e apoiadas.

Estratégias como comunicação aberta, ajuda profissional e desenvolvimento de habilidades interpessoais ajudam a construir relações significativas e uma vida equilibrada.

Tratamento

O tratamento do TDAH exige uma abordagem multifacetada, incluindo terapias psicológicas, intervenções comportamentais e, em alguns casos, medicamentos.

Terapias como a cognitivo-comportamental ajudam a desenvolver estratégias para lidar com os sintomas, melhorar a organização e a gestão do tempo.

Intervenções comportamentais reforçam comportamentos positivos em ambientes estruturados, enquanto medicamentos estimulantes podem melhorar concentração e reduzir impulsividade, sob supervisão médica.

O suporte contínuo de familiares, educadores e profissionais é vital para fortalecer autoestima e resiliência, encorajando indivíduos a reconhecerem seus pontos fortes.

O TDAH não define a identidade de uma pessoa, e os desafios podem levar a crescimento pessoal e realizações significativas, mostrando que há esperança e possibilidades em todas as circunstâncias.

Há Aspectos Positivos?

Você talvez se pergunte se há aspectos positivos. A resposta é sim. Alistamos algumas abaixo:

  • Muitas pessoas com TDAH têm mentes criativas e abordam problemas de maneiras inovadoras.
  • Quando engajadas em algo que amam, demonstram foco intenso e paixão.
  • Lidar com desafios diários desenvolve adaptabilidade e força emocional.
  • A criatividade, o engajamento e a resiliência são características de pessoas com este tipo de transtorno. São coisas boas, não é verdade?

Estratégias para Viver Bem com TDAH

Alistamos abaixo algumas estratégias:

Autoconhecimento: Entender como o TDAH afeta você ajuda a encontrar estratégias personalizadas.

Rotinas estruturadas: Usar lembretes, calendários e listas pode minimizar distrações.

Terapia e suporte profissional: Terapias como TCC e intervenções específicas ajudam a desenvolver habilidades práticas.

Comunicação aberta: Compartilhar desafios com pessoas próximas reduz julgamentos e promove empatia.

Como afirmou Nietzsche: “Aquele que tem um porquê para viver pode suportar quase qualquer como.”

Leia também: Comportamento de Vítima e Manipulação: Entendendo os Traços de Personalidade

Fonte: Wikipedia

Entre 5% e 8% da população mundial apresenta Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade — Ministério da Saúde

Motivos… ( Não desistir!)

Um barco em um lago.. Neste poema, a beleza que existe é um motivo para não desistir.

Imagem de Mike Goad por Pixabay

 

Por Gilson Cruz

Olha o céu
vê mais que o azul

Sinta do sol, mais que o calor
– A sensação de viver

Veja nas flores mais que meras cores
sinta a beleza

E no tempo, veja mais que idade, muito mais do que aquilo que já passou
Veja a tua hora, teu espaço.

Perceba nas linhas
muito mais que meras palavras
Tenha uma mensagem.

E nas ações
Muito além das intenções…
Um desejo de bem.

Siga em frente
haverá sempre uma razão
não desista

E se as luzes se apagam, e te esconde a face, sorria… por você

Esteja disposto a não cair
E se cair
tenha disposição de se levantar

Quantas vezes necessário for

Ah! E se apaixone…

Por uma beleza…
Por um motivo…
Por alguém…

E se as coisas não acontecerem
Perdoe
Perdoe sempre…

E tente tudo.

Tudo outra vez.

 

Leia mais em A esperança (Poesia de resistência) ‣ Jeito de ver

 

A esperança (Poesia de resistência)

Uma mensagem positiva para o dia.

Imagem de 1195798 por Pixabay

 

Não pare,
ainda há esperança
Não desista…
Ainda existe a luz
e ela resiste

Não se cale
Ainda há algo a ser dito
Não tema
A escuridão
Não é eterna,
A luz resiste

Não se esconda
Todos precisam te ver
Não corra…
Ainda não é tempo…
A tempestade parece invencível
Mas, a paz precisa resistir.

Não se esconda
Não se cal
Não pare…
Não corra.
Pois, apesar da tempestade
A flor brotou…
E ela resiste!

Gilson Cruz

Leia mais em: O tempo ( Contador de histórias) 

-Jeito de ver: Como seria … – Poema de um novo dia. › Jeito de ver

Tuca, o menino (Vida numa poesia)

Tuca,
Menino de raiz africana
de peito aberto ao mundo
e de sonhos

Tuca, o menino
teve um sonho
e ganhou asas
Chegou às nuvens

E das nuvens
Viu o azul no mar
E mergulhou sem medo…
Nadou com os peixes
brincou com as conchas…

Mas, não andou sobre as águas…

Tuca, o menino
Ganhou o mundo
E sofreu…
Lutou,
mas amou.

Daí, sentiu saudades de casa.

E o menino voltou
de novo, às raízes
E descobriu um mundo novo.
E por aqui ficou.

Meu amigo, 

O que um poeta faz, além de empregar palavras?

O poeta busca a razão e o sentimento escondidos nas entrelinhas, procura também a vida por trás dos nomes e sutilmente coloca a cada um deles no espaço, para que preencham pensamentos. O verdadeiro sentido estará na imaginação.

Gilson.

Leia mais em O tempo ( Contador de histórias) – Jeito de ver.

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