Minha Pequena Cidade: Santa Terezinha

A Nova Praça Ápio Medrado

Fotografia Jeitodever.

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era bela,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra estrela”.

“A Rua” – Mario Quintana

 

Não sei se o prédio da Prefeitura era cinza ou se essa é a cor da minha memória, mas era verão quando lá cheguei, há muito tempo.

Os velhos bancos deteriorados numa velha praça de imensas árvores nativas, sem ladrilhos, castigada pelo andar de milhares de pessoas ao longo dos velhos anos.

De frente com a praça, a tradição de Seu João do Bar, a meiguice da Professora Marlene e os doces risos iluminados de Dona Lourdes.

Senti-me bem-vindo.

Dona Maria Medrado e as velhas fotografias falavam um francês perfeito e um belo inglês – privilégio de uma antiga elite.

Lembro das histórias que contava…
Suas fotografias me deixaram apaixonado e as histórias de sua vida, seu primeiro amor, seus pais, primos e irmãos me mostraram o quanto a vida muda em tão pouco tempo.

Caminhando mais à frente, havia o Paço Municipal e um espaço que seria, no futuro, a Câmara Municipal dos Vereadores.

Antes, as sessões eram realizadas num velho espaço na Praça da Bandeira, vizinho ao cadastro de Serviço Militar, de onde podia ver o Clemenceau Teixeira.

O Clemenceau era o antigo colégio onde os alunos pareciam felizes por estudar.
Aquele prédio onde, havia muito tempo, tratavam as folhas do fumo, lá conheci a Nair.

Nair era jovem, linda, como era também lindo o seu jeito de falar. Amava o Fernando Mendes e Giz, da Legião Urbana.

Amiga das melhores histórias e que jovem se foi.

Na mesma rua havia a Delegacia de Polícia e o delegado Joanito e o cabo Bellini.
Joanito era amável e corajoso.
Disfarçado, em uma ocasião, conseguiu abater um bandido extremamente violento.
Mas era paciente.

De lá havia uma subida para a rua, que seria o alto do sossego, e descia a Rua da Casa Forte… onde morei e descobri os escorpiões…
Não, não sou amigo deles. Era lá que moravam as crianças Yana, Everaldo, Nil… e no número 16, a Nair.

Naquela rua havia ainda o rebuliço; uma pessoa querida havia perdido a vida. Afogado.
Triste começo.

Descendo a Rua da Casa Forte, havia a entrada para a rua do Minadouro, ou Minador, onde sempre morará em minhas memórias a Professora Dinalva.
Ela amava me presentear com mangas e mangas.
Eu amava Dona Dinalva e Dona Edite, a encarregada de me entregar.

As velhas e belas árvores embaladas pela ventania me encantavam tanto quanto me assustavam.

Como era uma rua sem saída, então costumava voltar e andar em nova direção pelas ruas 2 de Julho, onde morava o Bigu e o meu amigo Nereu.

Nereu morava no Rio, amava o Vasco e me explicava política… se tornou colega de trabalho.

Havia também um campo próximo à Rua 2 de Julho, e por isso chamavam-na também de Rua do Campo (e isso me enlouquecia; numeração repetida era sinônimo de confusão…)

A rua de cima era a Rua Elísio Medrado, tio da Dona Maria, da primeira rua em frente à praça, que me disse uma vez ser este uma pessoa muito bondosa.

Que ajudava os doentes.

Não sei se, por coincidência, esta rua levava ao município com o mesmo nome, mas antes, na metade do caminho, me permitia descer e visitar Pedra Branca, onde conheci a Almerinda.

Impossível não amar a Almerinda… sempre preocupada com os filhos.

Mas, desta vez, voltei da Rua e encontrei a Rua das Pedrinhas e, de lá de cima, vi a pequena ponte entre as ruas 2 de Julho, Pedrinhas e a Praça da Bandeira, vizinha à Duque de Caxias.

Resolvi não voltar pelo mesmo caminho; segui em frente e cheguei à rua Alto da Boa Vista.

De lá de cima, olhei a primeira rua.

O grande prédio da Igreja.
A minha praça favorita, onde fui vizinho por um tempo.

As montanhas cercam a Cidade de Santa Terezinha

Fotografia por Jeitodever.

A Praça Ápio Medrado.

Fotografia por Jeitodever.

Vi a Rua José Batista, Castro Alves, Armando Messias…

Não havia muitas ruas.

Talvez o casarão em frente à agência onde trabalhei por dez anos ainda guarde as memórias de uma linda bailarina que um dia passou as férias naquela pequena cidade.

Ou a pequena agência da época guarde a tristeza de estar só, por tanto tempo.

Talvez pareça estranho lembrar tanta coisa depois de quase trinta longos anos…

Recordo a Moreninha, a prefeita eleita na ocasião, Clemente, o ex-prefeito da época, Dona Antonia, Dona Margarida, meu irmão Rubão e a estrada que levava a Castro Alves…

Onde os moradores revoltados um dia queimaram pneus em protesto pelas péssimas condições da pista…
Dia histórico!

Quando cheguei, a cidade era pequena e talvez não tenha crescido tanto.
Tive receios de voltar e encarar as memórias.

A cidade era pequena e grande para mim, que não conhecia muitas pessoas e que se apaixonou por todos de uma maneira bem especial, embora vivesse sozinho, longe da família e dos velhos amigos.

O vento soprava nas minhas madrugadas e, por muitos anos, foi o som das minhas noites.
Me traziam versos que não pude compartilhar e que destruí quando chegou a hora de partir.

E parti.

E a imagem daquela pequena cidade ainda permanece gravada, como uma fotografia, em minha mente.

Impossível não recordar a Ene se preocupando em ajudar as pessoas, o amor entre as famílias com quem pude trabalhar, a Ellis que amava a Argentina, o incrível Doutor Marcos…

Impossível esquecer o céu e a lua, nascendo brilhantes no horizonte, entre os montes, fazendo companhia a mim e aos meus livros e ao violão, naquela mesma velha praça. Cheia de árvores.

O antigo sobrado

Fotografia por Jeitodever

Há muitos ainda na memória, se transformando em palavras, na minha saudade…

Muitos ainda habitam as minhas memórias e sonhos.

As recordações me arrebatam aos meus vinte e três anos, quando a cidade apenas começava a despertar.

Onde a lua, as ruas escuras e a solidão de minha pequena casa me ensinavam o duro processo de crescer.

E meus passos se apagaram, como os passos daqueles que caminharam na velha praça antes de mim.

Talvez, no futuro, com cabelos ainda mais grisalhos, eu volte e trabalhe apenas mais um dia na terra em que comecei… faça as pazes comigo mesmo e abrace pela última vez, para sempre, o meu pequeno lar.

A cidade de Santa Terezinha.

Mas, as coisas findas,
Muito mais que lindas, estas ficarão”
– Carlos Drummond de Andrade

Leia também Voo efêmero – um breve encontro ‣ Jeito de ver

Santa Teresinha (Bahia) – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

A prisão da alma – uma mente cativa

A imagem do desânimo.

Imagem de Anemone123 por Pixabay

 

Ele saiu de casa determinado a acabar com o mundo

não retribuía aos acenos

não sorria,

esbravejava com  quem o cumprimentava.

Ele partiu de casa, determinado a revidar contra o mundo

todas as injustiças que a vida lhe impôs:

as perdas, a solidão, a timidez

golpeava o ar, como a um adversário imaginário.

Saiu de casa

apenas para fazer o mesmo:

sua rotina, sua pressa, sua raiva

e não queeria mudar.

Saiu

apenas por sua obrigação

por um nada, por um fim de mês

pela raiva…

 

E teve um péssimo dia…

Pois estava preso…

numa mente cativa!

Gilson Cruz

Veja mais em O Milagre da Atitude: O sentido no Cotidiano ‣ Jeito de ver

 

Cartas ao passado… Uma primavera

Se eu soubesse que aquela seria a última primavera

não reclamaria os ventos no outono

ou da tristeza no inverno

Se apenas soubesse que não mais haveria estações

contemplaria as flores tímidas do dia

e o vento gentil da noite

Contemplaria a beleza dos pássaros

e o ouviria as suas canções

Se soubesse

não te falaria das próximas estações

ou dos sonhos, de nada…

contemplaria o presente!

E amaria cada segundo…

Te abriria os olhos para o azul no céu

e os ouvidos, para a música no soprar dos ventos

Se eu soubesse no inverno

te daria o calor, a paz, a vida… a minha vida!

E o inverno não seria tão longo, tão frio

E a primavera…

Te oferceria flores e mais uma estação

apenas uma estação.

Não faria tantos planos

se eu soubesse, se apenas soubesse desta primavera

teria vivido os verões e outonos, outras estações

E não estaria escrevendo cartas ao vento, aos ventos

ao tempo que se foi.

Leia também  Voo efêmero – um breve encontro ‣ Jeito de ver

A difícil arte de envelhecer juntos.

Imagem de Alexander Fox | PlaNet Fox por Pixabay

Envelhecer não é tarefa fácil.

Não me refiro apenas ao envelhecimento natural que vem com o tempo, mas ao processo em que, apesar das histórias que carregamos, tentamos disfarçar com tinturas e atitudes que não combinam mais com o nosso verdadeiro eu.

Como assim? A pessoa não deve tentar se manter jovem ou cuidar da aparência?

Permita-me explicar…

Na infância, somos naturalmente engraçados, desde o jeito de andar até as primeiras palavras e a inocência que nos define. Esta fase é frequentemente a mais bela da vida, enquanto a inocência ainda nos envolve.

No entanto, a infância passa rápido e, às vezes, resiste em dar lugar à adolescência, e essa transição pode ser difícil.

Durante a adolescência, as primeiras paixões podem ser tão comuns quanto músicas ruins em dia de feira – uma experiência inevitável!

Essas primeiras paixões vêm acompanhadas de solidão, insegurança, medo e, muitas vezes, baixa autoestima.

Parece que estamos em um curso intensivo para enfrentar a vida adulta e suas responsabilidades, e talvez para encontrar a companhia que estará ao nosso lado até o fim.

Não estou sendo romântico (apesar de ser naturalmente assim…), mas é exatamente como nos sentimos.

Durante a fase adulta, nossas percepções da realidade mudam. Os sonhos de criança e a dor que se curava com um beijo carinhoso já não têm o mesmo efeito.

As paixões eternas da juventude podem se tornar velhas lembranças, nem sempre tão belas quanto antes.

Percebemos que nem todos os sonhos se realizam e que a vida é uma mistura de ganhos e perdas.

Essas experiências moldam quem somos.

Envelhecer é lembrar que o livro da vida ainda está aberto e deve ser escrito com alegria e vontade – até que a tinta se acabe.

Às vezes, perdemos nossos sonhos e ambições. Na tentativa de esquecer o que não pode acontecer, podemos tentar apagar tudo o que remete ao passado, o que pode nos afastar das pessoas que amamos.

Esquecemos das virtudes que nos aproximavam e começamos a olhar com desprezo até mesmo para aquilo que nos alegrou por muito tempo.

Não sabemos mais o que amamos, o que esperamos ou por que amamos e esperamos.

Nos tornamos pessoas impacientes!

Assim, quando a velhice chega, pode parecer que toda a nossa história, com erros e acertos, não valeu a pena. Tornamo-nos rabugentos e solitários.

Sim, a consciência da brevidade da vida pode encurtar a nossa visão. Não enxergamos mais horizontes e passado, que são rascunhos da nossa história. As linhas escritas parecem esboços inúteis.

Essa experiência é comum a todos, e a forma como a encaramos pode fazer a diferença.

Os sonhos não precisam ser os mesmos, assim como a aparência também não é mais a mesma.

No entanto, a velhice não significa o fim da capacidade de amar e de sentir alegria. É uma oportunidade para repensar.

Houve perdas e ganhos!

Saber rir, aceitar os novos traços e fios descoloridos pode ser o caminho para abraçar a si mesmo e valorizar as pessoas que amam você.

Não são tinturas ou procedimentos estéticos que nos manterão jovens para sempre!

Envelhecer e permanecer jovem é lembrar que o livro da vida ainda está aberto e deve ser escrito com alegria e vontade – até que não haja mais tinta.

Leia o conto Versos sem destino ( um conto ) ‣ Jeito de ver

O que pode acontecer hoje – faça o seu dia!

Uma atitude positiva para um dia mellhor.

Imagem de Hans por Pixabay

O quadro do dia amanheceu como todos os outros: sol, nuvens, ventania… mas algo está diferente!

Não me refiro às nuvens de inverno desta manhã. O sol volta a aparecer a qualquer momento…

Digo que a cada dia, mudamos um pouco…

As experiências deixaram marcas… de uma forma ou de outra. Mas, ainda nos resta o hoje!

As histórias de ontem já estão escritas e é impossível apagar mesmo um traço daquilo que está registrado.

Se no ontem houve tropeços, choros, lágrimas, sorrisos, risos ou muita alegria, as telas do hoje já estão prontas para receber novas matizes. Sim, ainda há a possibilidade de assentar contornos àquilo que não foi completado ontem.

As pedras em que  tropeçamos ontem,  podem ser reajustadas. O choro e as lágrimas podem ser a marca daquilo que se precisava para preencher a arte do novo dia.

O riso, o sorriso e a alegria são as recompensas daquilo que deu certo – e que deve ser relembrado, celebrado, para a beleza do hoje.

No quadro de hoje surgirão novas tintas, novos rabiscos, novas ideias…

Tudo pode acontecer, assim como o nada também pode acontecer – e que isso não signifique ansiedade, tédio ou medo de não estar vivendo o que desejaria viver.

O sol, as nuvens, a ventania estão – no mesmo lugar… faça a diferença hoje.

Adicione as cores, o brilho e a nitidez e mesmo as sombras.

Faça a sua arte acontecer.

Viver é a arte!

Leia também: Ressignificar – A arte de inovar a mente ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

Quando tudo não é o bastante

Vivemos numa teia.

Imagem de Gabi por Pixabay

Aranhas, não gosto muito de aranhas…

Mas, o que é que isso tem a ver com  o título?

Vamos ao texto.

Saber que nem sempre conseguiremos alcançar  as nossas metas parece fácil.

Por exemplo, às vezes, percebemos que o esforço por algo valeu à pena. Quando os resultados são perceptíveis, nós ficamos felizes.

Mas, em algumas situações tudo que fazemos se parece um  mero rascunho, sim, as coisas parecem não estar no lugar correto…  ficamos desanimados. E agora?

Isso acontece quando sentimos a falta de encorajamento, elogios e apoio.

O encorajamento é o ato de inspirar, motivar ou dar apoio a alguém, incentivando a continuar em direção a seus objetivos ou a superar desafios. A falta desse apoio pode gerar sentimentos de insegurança e desânimo.

Elogios podem ser definidos como expressões de apreço, admiração ou reconhecimento dirigidas a alguém por suas habilidades, realizações ou comportamento positivo.

A competitividade atual tornou a chamada “crítica construtiva” mais comuns que elogios sinceros. Isso talvez porque o crítico muitas vezes se apresente como alguém em uma posição superior à do criticado.

O elogio quando dado de forma correta pode surtir efeitos bem mais positivos do que as chamadas críticas construtivas. Quando o elogiado entende o motivo do elogio, isso o motivará a repetir ou melhorar ainda mais o desempenho.

O elogio quando dado de forma correta pode surtir efeitos bem mais positivos do que as chamadas críticas construtivas.

Por outro lado, o que fazer quando há algo a ser aprimorado?

Mostrar o caminho, dar o exemplo  é muito mais produtivo do que gastar todo o vernáculo do mundo em “críticas construtivas”.

E enfim, apoio.

Este pode ser definido como suporte físico, moral ou emocional para ajudar a alguém em necessidades, nos objetivos ou desafios. Fornecendo recursos, encorajamento, orientação ou assistência prática.

A falta destes três elementos pode gerar a sensação de que todo o esforço, não foi o bastante.

Aprender que nem sempre se chegará ao fim do percurso é essencial para ter um conceito correto a respeito de si mesmo. Mas, não se deve desprezar aquilo que foi alcançado ou parcialmente alcançado.

No dia a dia, aplique o princípio dos três elementos citados (encorajamento, elogio e o apoio). Seja você mesmo aquilo que se espera nos outros. As boas atitudes, também são contagiantes!

Lembre, na teia em que vivemos, cada movimento afetará, de forma  positiva ou negativa, a vida de quem nos cerca.

Que cada vibração que dermos nesta teia espalhe a energia necessária para que cada um possa espelhar e espalhar a mesma força  também aos demais.

Leia também: A beleza da individualidade ‣ Jeito de ver

 

No caminho da felicidade – a jornada.

Todos buscam a felicidade, não é verdade?

Essa busca pode ser comparada a caminhar numa estrada cheia de obstáculos que se apresentam em emoções negativas tais como a tristeza, a culpa e a depressão.

Então, como caminhar nessa estrada lidando com tais sentimentos?

Algumas respostas não são tão simples quanto desejamos. Portanto, vamos começar discutindo a felicidade.

O Que é Felicidade?

A felicidade é um conceito subjetivo que difere de indivíduo para indivíduo.

De acordo com a psicologia, a verdadeira felicidade não se resume à ausência de tristeza ou adversidades, mas a um estado de contentamento geral e apreciação pela vida.

Conforme o psicólogo Martin Seligman destaca, a felicidade está intrinsecamente relacionada à busca por propósito e significado na vida.

Durante essa jornada em busca de um propósito, podem ocorrer contratempos. Nem sempre as coisas saem como desejamos.

Frustrações e perdas são inevitáveis e, com elas, a tristeza pode surgir.

Lidando com a Tristeza

A tristeza é uma emoção natural e inevitável. Todos passamos por momentos de desânimo.

É essencial reconhecer que a tristeza não é uma fraqueza, mas uma expressão da nossa humanidade.

Brené Brown, psicóloga, ensina que aceitar nossas vulnerabilidades é o caminho para a felicidade genuína. Permita-se vivenciar e processar suas emoções, em vez de suprimi-las.

A tristeza não deve ser ocultada; se considerarmos a busca pela felicidade como uma jornada, a tristeza é apenas um obstáculo no caminho.

Compreender a tristeza pode nos ajudar a cultivar empatia, essencial para a felicidade genuína.

Sentimentos de culpa por não atender expectativas ou por erros anteriores são também contratempos nessa jornada. A questão é: como gerir esses sentimentos?

Superando a Culpa

A culpa pode ser um sentimento paralisante, mas é possível aprender a lidar com ela de forma saudável.

Segundo a psicóloga Harriet Lerner, reconhecer e entender a origem da culpa pode nos ajudar a transformá-la em uma força positiva.

Em vez de se punir, use a culpa como uma oportunidade para crescer e melhorar. Saber lidar com sentimentos de culpa ajuda no desenvolvimento de outra qualidade, a resiliência, a capacidade de se adaptar as circunstâncias.

Os sentimentos de culpa e tristeza, são sintomas comuns na depressão.

Enfrentando a Depressão

Como discutido em publicações anteriores, a depressão não é um sinal de fraqueza; é uma condição grave que necessita de atenção e tratamento adequados.

Não hesite em buscar ajuda profissional se estiver lidando com a depressão.

Conforme sugerido pelo psicólogo David Burns, alterações sutis no estilo de vida, como a prática de exercícios físicos e a meditação, podem ter um impacto significativo.

Lembre-se: procurar ajuda é um ato de coragem, não de fraqueza.

Então, lembre que a a jornada da vida é um caminho cheio de emoções, positivas e negativas e lidar com sentimentos negativos é uma parte essencial do caminho para a felicidade.

Então, lembre que a a jornada da vida é um caminho cheio de emoções, positivas e negativas e lidar com sentimentos negativos é uma parte essencial do caminho para a felicidade.

Como disse o filósofo Friedrich Nietzsche, “Aquilo que não nos mata, nos torna mais fortes.”

Cada desafio enfrentado é uma oportunidade para crescimento pessoal e autoconhecimento. Continue a jornada com coragem e lembre-se: a felicidade não é um destino, mas uma jornada.

Mantenha-se forte e positivo, pois “A felicidade é a direção, não o ponto de chegada.”

Leia também: Depressão – como ajudar? (Informativo) ‣ Jeito de ver

O mistério dos pedalinhos mágicos

Pedalinhos, Gramado

Imagem de Pedro Dias por Pixabay

Para lembrar a infância…

O Pedalinho Mágico

Aquele pobre menino tinha um sonho, apesar da tristeza de crescer naquele lugar.

Longe do frio de sua casa, encontrava paz naquele refúgio distante dos sons da cidade e dos gritos de sua família.

Era o seu paraíso…

De fato, era um lugar encantador.

A grande casa amarela, rodeada de árvores refletidas no lago, era uma imagem para se guardar na memória e nunca mais esquecer.

Dizia-se que o encanto daquele lugar trazia paz às mentes conturbadas que visitavam aquele ambiente paradisíaco. Pessoas de todos os cantos traziam suas dores, medos e preconceitos, e sentavam-se à beira do lago…

Mas o verdadeiro encanto se revelava ao deslizar sobre aquelas águas. As memórias se dissipavam e as pessoas se renovavam ao partir dali…

Quem descobrisse o poder daqueles pedalinhos se tornaria rei…

E ele descobriu.

Veja também  De pernas pro ar ( Um conto) ‣ Jeito de ver

O que se desejar para o dia?

O que se desejar para o dia? Uma reflexão para um bom dia.

O que se desejar para o dia?

Gilson Cruz

O que desejar para o dia?

Primeiro, que ele comece preguiçosamente,

como todos os outros.

Que na falta de pressa de passar,

cada um aproveite a oportunidade de contemplar os momentos.

Que o nascer do sol seja sempre belo

e não apenas o sinal do fim de uma noite.

E que as horas seguintes

sejam apressadas como nos momentos bons,

mas que mesmo assim, se aproveite os momentos.

Quando o vento da tarde sinalizar o fim de mais um dia de rotina,

que a noite e as estrelas sejam bem-vindas,

e que se criem novos motivos,

novos momentos para não esquecer.

Momentos que tornem mais belos os sonhos…

E que nos sonhos se leve a certeza de que os momentos passam,

mesmo os bons e maus momentos…

Ah! Eles passam…

O que desejar para o dia?

Que ele não seja apenas repetições,

mas continuações.

E que nessas continuações se aprenda a não cometer os mesmos erros,

mas a se tornar ainda melhor,

apesar das falhas e da tristeza de falhar.

E que quando se despertar novamente,

se lembre de sorrir e de continuar.

E continue…

E continue, mesmo se parecer que nada deu certo,

para que se possa aproveitar as novas oportunidades.

Por isso, deseje apenas mais um dia,

e viva plenamente,

viva plenamente esse dia.

 

Leia também: Voo efêmero – um breve encontro ‣ Jeito de ver

Veja como aliviar o estresse rapidamente e algumas dicas quanto ao que se fazer (padrao.com.br)

Como lidar com o luto e a perda ( Reflexão)

 

É natural que nossas emoções e memórias, sejam moldadas por figuras marcantes do nosso passado com o passar do tempo.

A saudade e as lembranças daqueles que se foram podem continuar conosco, mesmo enquanto seguimos em frente com nossas vidas.

Nossas recordações estão profundamente ligadas às emoções que experimentamos. Reviver sentimentos ligados a alguém que perdemos é uma resposta humana natural.

A nostalgia tem um papel, fazendo-nos revisitar o passado com carinho, mesmo diante dos desafios enfrentados.

E se…

A angustiante questão do “e se” é uma constante em nossas vidas.

Isso ocorre porque, junto com a saudade e as memórias, quando alguém jovem falece, tendemos a criar uma imagem idealizada, lembrando principalmente das qualidades positivas.

Por exemplo, aqueles que perdem um amor ainda na juventude tendem a idealizá-lo como perfeito, já que não vivenciaram conflitos com a pessoa amada.

Lembre-se, cada pessoa é única. Enfrentar essas experiências pode ser doloroso e as pessoas reagem de maneiras diferentes.

O que fazer então?

Não é necessário apagar ou destruir as lembranças, em atos desesperados como eliminar fotos, pertences ou objetos que remetam ao ente querido.

Tais atos podem ser uma demonstração da importância do relacionamento passado, para o bem ou para o mal, ou uma tentativa de recomeçar do zero – o que é um equívoco. Quem carrega o peso de uma história não começa do zero novamente.

Quem carrega o peso de uma história não começa do zero novamente.

O ideal é encontrar um equilíbrio entre o passado e o presente.

O que eu fazia antes que não contribuiria para um novo relacionamento?

A busca de um propósito

Procure um significado e propósito, refletindo sobre como suas emoções e talentos impactavam a pessoa, para o bem ou para o mal.

Concentre-se no que a fazia feliz – esforce-se para ser uma pessoa melhor.

Quando sentimentos do passado, que são naturais, impactam negativamente sua vida atual, buscar orientação profissional pode ajudar a explorar esses sentimentos e encontrar formas saudáveis de lidar com eles.

Lembre-se, cada pessoa é única. Enfrentar essas experiências pode ser doloroso e as pessoas reagem de maneiras diferentes.

Canalizar essas emoções para atividades produtivas, como escrever poesias, compor músicas, criar histórias ou até mesmo um site cultural, pode ser uma forma interessante de dar novo significado à importância de um ente querido.

Profissionais da área podem ajudar na gestão dessas emoções, não hesite em procurá-los.

 

Veja mais em Confira as melhores 7 dicas para superar a dor do luto (telavita.com.br)

Leia também:  Amar novamente… ( e sempre) ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

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