O Dia da Consciência Negra (Zumbi)

Conscientização é a palavra.

Imagem de Markus Winkler por Pixabay

“A história pertence ao vivo […] se ela não tem função para além de apagar o passado e impedir o futuro, então a sociedade é governada por mortos.”

Autor, não citado na fonte.

Esquecer o passado é estar condenado a repetir velhos erros.

Direto ao assunto

O clima de fim de verão no Centro Histórico em Salvador, na Bahia, traz entre os muitos sons a harmonia das percussões dos grupos afros, exaltando a luta pela igualdade e o combate ao preconceito histórico.

A nostalgia de canções do Olodum, Reflexus, Bamda Mel e muitas outras ecoa ainda no ar.

No centro, imponente, há uma estátua em homenagem a Zumbi dos Palmares.

Enquanto reflito, recordo-me de que aprendi pouco sobre esse líder negro, pois muitos professores evitavam abordá-lo, e outros afirmavam que era um herói “fabricado” para forjar um identitarismo histórico.

Por muito tempo, aprendemos nas escolas que o Brasil foi “descoberto” e que exploradores e bajuladores do império eram heróis. Sim, a ignorância sobre o líder negro tinha um propósito.

“Quem controla o passado controla o futuro; quem controla o presente controla o passado.”

Orwell aborda como a reescrita da história serve ao controle social, criando uma realidade em que as pessoas perdem a capacidade de questionar o presente. — George Orwell, em 1984.

Conhecendo a História

Quando se trata de história…há sempre mais a ser descoberto, não é verdade?

Bem, Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, é símbolo de resistência contra o colonialismo e a escravidão.

Pouco se sabe sobre sua vida, e algumas histórias são questionadas, como a de que ele teria sido criado por um padre após ser sequestrado.

Uma menção confiável a Zumbi aparece em uma carta de d. Pedro II de Portugal, de que o Rei de Portugal ofereceu perdoá-lo caso ele aceitasse submeter-se.

Outra possibilidade é que “Zumbi” representasse um título de liderança no Quilombo dos Palmares. É possível que ambas as suposições sejam corretas.

Zumbi discordou de Ganga Zumba, então chefe de Palmares, que aceitou um acordo de paz dos portugueses, garantindo liberdade aos nascidos no quilombo, enquanto os fugidos seriam recapturados.

Em 1678, Zumbi tornou-se líder e liderou a resistência até sua morte, em 1695, quando sua cabeça foi exposta em praça pública para aterrorizar os negros que o viam como imortal.

Ainda surgirão novas matérias, novas perspectivas.

O Dia da Consciência Negra

Celebrado em 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra, instituído pela Lei n.º 12.519/2011, homenageia Zumbi e promove a valorização da cultura afro-brasileira.

A data contrasta com o 13 de maio, dia da abolição, que não garantiu aos ex-escravos direitos básicos, perpetuando desigualdades.

Movimentos como o Movimento Negro Unificado (MNU) dos anos 1970, influenciados pela “negritude” de Aimé Césaire, fortaleceram a consciência negra e a luta contra o racismo.

Esse movimento busca conscientizar sobre injustiças e o impacto do racismo estrutural, promovendo o empoderamento da população negra.

Infelizmente, a sociedade brasileira ainda enfrenta o desafio de desmantelar privilégios historicamente concentrados.

A população negra, assim como outras minorias, luta por reconhecimento e igualdade em uma sociedade que foi estruturada de forma desigual.

A data visa inspirar mudanças e combater estereótipos, promover eventos e celebrações que destacam as contribuições afro-brasileiras.

Visa lembrar também a luta contra  o racismo e promover a representatividade.

“Uma civilização que escolhe fechar os olhos aos seus problemas mais cruciais é uma civilização atingida. É uma civilização agonizante.” – Aimé Césaire

Embora Césaire se refira às atrocidades coloniais, sua reflexão alerta para o perigo de distorcer a história, pois isso enfraquece a sociedade e mina a resistência à injustiça.

Conclusão

Muitas batalhas foram vencidas, mas a luta contra o preconceito ainda existe. E resiste!

Haverá ainda tentativas de se apagar o registro de pessoas que lutaram por justiça, por igualdade.

Tentarão matar novamente os heróis, apagar os movimentos…mudar a história.

O dia da Consciência Negra é um lembrete de que sempre haverá espaço para melhorias no relacionamento humano.

Enquanto reflito, o som da bossa nova atravessa suavemente os batuques afros e chega aos meus ouvidos numa harmonia única. Sim, é possivel!

Veja Também: Notícias de paz para a Zona Sul

Fonte: Wikipedia

Zumbi dos Palmares: quem foi, liderança e morte – História do Mundo

Consciência negra: o que é, origem, história, dia – Brasil Escola

Contexto da Proclamação da República

15 de Novembro - Praclamação da República

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A República é um sistema de governo onde o poder reside em representantes eleitos pelo povo, comumente através de eleições.

Neste modelo, o governo busca o bem-estar comum e os governantes possuem mandatos com prazo determinado, o que impede a permanência indefinida no poder.

Este regime é fundamentado em princípios como igualdade perante a lei, divisão dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e a prestação de contas dos governantes em relação às suas ações.

Estudar a proclamação da República no Brasil é essencial para compreender as raízes das disparidades sociais e políticas no país.

Vamos entrar no contexto histórico.

Inseridos no contexto…

A fundação do Partido Republicano Paulista

A Proclamação da República no Brasil, ocorrida em 15 de novembro de 1889, foi o resultado de um contexto histórico complexo e multifacetado. A crise da monarquia teve raízes em insatisfações que se intensificaram ao longo das décadas.

No século XIX, a elite agrária exercia grande influência na política, e os interesses regionais frequentemente se chocavam com as diretrizes centralizadoras do governo imperial.

Esse cenário ficou ainda mais tenso com a pressão crescente da oligarquia cafeeira por maior autonomia.

Os movimentos republicanos começaram a ganhar força na década de 1870, pouco depois da Guerra do Paraguai. A vitória na guerra não trouxe prestígio à monarquia; pelo contrário, revelou suas fragilidades.

Nesse período, novos arranjos políticos emergiam, defendendo a modernização do país. A fundação do Partido Republicano Paulista (PRP) e o lançamento do Manifesto Republicano, em 1870, foram fundamentais para fortalecer a ideia de uma república.

O manifesto criticava o centralismo imperial e propunha o federalismo, defendendo que os grandes males do Brasil provinham da monarquia.

O papel dos Militares

Os militares, uma das principais forças insatisfeitas, começaram a se organizar após a Guerra do Paraguai.

O Exército havia se profissionalizado e, como consequência, seus membros exigiam melhores salários, melhorias na carreira e o direito de expressar suas opiniões políticas.

Eles também defendiam o laicismo no país e encontraram no positivismo, ideologia de Augusto Comte, um discurso que justificava a modernização por meio de uma república autoritária.

Muitos oficiais passaram a enxergar-se como guardiões do Estado, acreditando que uma república ditatorial era a solução para o Brasil.

A crise na monarquia se agravou com as elites emergentes nas cidades, que desejavam maior participação política, mas se viam excluídas por um sistema que beneficiava poucos.

Mesmo os liberais, ao tentarem expandir o eleitorado, não foram eficazes, pois a Lei Saraiva, de 1881, reduziu drasticamente o número de eleitores.

No interior do país, províncias como São Paulo, que já tinham grande importância econômica, exigiam uma representação mais justa. A centralização do poder na monarquia e a falta de autonomia para as províncias geraram profundo descontentamento.

Outro ponto crucial foi a questão da abolição da escravatura em 1888, que deixou um vácuo econômico para setores conservadores, especialmente fazendeiros que perderam sua mão de obra gratuita.

Este evento aprofundou a crise, forçando a sociedade a buscar novos modelos de governança. Grupos políticos, cafeicultores e os militares viam na república a solução para os problemas nacionais.

Além disso, a urbanização e a industrialização, embora ainda incipientes, evidenciavam a necessidade de uma reestruturação que atendesse às demandas de um Brasil em transformação.

A insatisfação com a monarquia culminou em um golpe que uniu diferentes setores da sociedade.

O papel das elites urbanas e rurais

O descontentamento das elites urbanas e rurais, somado à crescente mobilização das forças armadas, gerou um ambiente propício para a Proclamação da República.

O evento foi liderado por militares, apoiados por uma parcela da sociedade civil, e resultou na expulsão da família real. Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a república e se tornou o primeiro presidente do Brasil.

A nova república trouxe mudanças significativas, como a Constituição de 1891, que implantou o federalismo e descentralizou o poder, favorecendo a autonomia dos estados.

No entanto, apesar das expectativas de modernização e inclusão, a elite militar e a classe ilustrada assumiram posições de destaque no novo regime, garantindo que seus interesses fossem preservados.

A estrutura republicana acabou beneficiando poucos, enquanto as camadas populares continuaram enfrentando desigualdades.

A narrativa oficial sobre a Proclamação da República frequentemente simplifica esses eventos, omitindo as complexidades e os conflitos de interesses envolvidos.

A transição não foi consensual nem espontânea; foi marcada por tensões sociais e políticas que continuam a moldar a história brasileira.

Uma análise mais crítica revela a multiplicidade de vozes que influenciaram a queda da monarquia e a importância de questionar a memória histórica dominante.

O papel do Povo

Segundo o livro Os Bestializados, de José Murilo de Carvalho, a reação da população mais humilde, em sua maioria composta por trabalhadores urbanos, escravos recém-libertos e cidadãos de baixa renda, foi marcada pela indiferença e falta de envolvimento com a Proclamação da República.

Carvalho argumenta que, para a maioria das pessoas comuns, o evento passou quase despercebido e não trouxe um significado claro ou um impacto imediato em suas vidas cotidianas.

O autor explica que a mudança de regime, de monarquia para república, foi conduzida por elites políticas e militares sem a participação ativa das massas.

O povo foi espectador de um processo que, para ele, parecia distante e abstrato.

As decisões políticas eram tomadas por um círculo restrito de líderes, e a falta de comunicação e integração entre as elites e a população mais pobre contribuiu para um sentimento de alheamento.

A população, portanto, se sentia desamparada e desconectada do novo regime, sem compreender as implicações da mudança.

Conclusão

A história oficial muitas vezes pinta um quadro de que a população inteira estava engajada na luta pela proclamação da República, mas a realidade é que apenas uma elite buscava preservar e expandir seus privilégios.

Os desfavorecidos do império continuaram a ser os desfavorecidos na república, permanecendo pobres, sem voz ativa, sem acesso à educação adequada por décadas e excluídos da participação em regimes autoritários subsequentes.

Essas consequências e sua continuidade são visíveis no modelo educacional que prevaleceu por décadas no Brasil, perpetuado pelas mesmas elites que dominam desde a agricultura até os meios de comunicação e eventos culturais.

Uma parte da população, assim como naquela época, se contenta com as migalhas oferecidas através de cargos políticos adquiridos por bajulação e traição, sacrificando sua própria dignidade e a de seus descendentes.

Pesquisas:  “O Reino que não era deste Mundo”  por Marcos Costa

“Os bestializados” por José Murilo de Carvalho

Leia também:  Independência do Brasil – Uma História ‣ Jeito de ver

15 de novembro, Proclamação da República: por que historiadores concordam que monarquia sofreu um ‘golpe’ – BBC News Brasil

A Vida e Legado de Michael Jackson

O álbum mais vendido da história.

O Lendário Álbum Thriller

Se você era jovem ou até mesmo um extraterrestre visitando a Terra na década de 1980, provavelmente ouviu algumas das canções dele.

O lançamento do álbum “Thriller” revolucionou a indústria musical, vendendo mais de 70 milhões de cópias e mudando o mundo para sempre.

Eu era apenas um menino naquela época, mas também cedi à tentação de imitar os passos daquele ícone em músicas como “Beat It”, “Billie Jean” e “Thriller”…

Deixando de lado minhas tentativas de dança, vamos falar sobre Michael.

Na década de 80, as canções de Michael Jackson dominavam as rádios ao redor do globo. Sua música era onipresente, com uma mistura de alta frequência nas estações pop e R&B, além de promoções e programas especiais que mantinham suas canções no auge das paradas.

Muitos o consideravam o artista completo: um dançarino excepcional, compositor de talento e capaz de simular instrumentos musicais com sua voz (embora não tocasse nenhum, se o fizesse, seria a perfeição!).

Sua vida foi pontuada por sucessos estrondosos, mas também por desafios pessoais e controvérsias que marcaram sua imagem pública.

Infância e Início de Carreira

Michael Joseph Jackson nasceu em 29 de agosto de 1958, em Gary, Indiana, em uma família de classe trabalhadora.

Ele foi o oitavo de dez filhos dos Jackson, e sua infância foi marcada pela constante união familiar e pela pressão para ter sucesso na indústria da música.

Seu pai, Joseph Jackson, era um músico frustrado e, ao identificar o talento de seus filhos, decidiu formar um grupo musical que reunisse os meninos da família.

Assim, os Jackson 5 surgiram, e o potencial de Michael logo se destacou entre seus irmãos.

Ele começou a se apresentar ao lado de seus irmãos, inicialmente em competições locais e festas.

As performances do grupo logo chamaram a atenção de talentos da indústria musical, e a gravadora Motown assinou um contrato com eles em 1968.

O lançamento de seu primeiro single, I Want You Back, rapidamente se tornou um sucesso nas paradas, solidificando a posição dos Jackson 5 como estrelas em ascensão.

A determinação de Joseph em moldar a carreira dos filhos, embora controversa (pra não dizer, violenta), proporcionou a Michael a disciplina necessária para se destacar.

Sua infância, marcada por treinamento intensivo e obrigações musicais, não apenas moldou seu caráter resiliente, mas também preparou o palco para suas performances futuras.

O auge da carreira e Inovações musicais

A carreira de Michael Jackson como artista solo atinge seu apogeu com o lançamento de álbuns icônicos que permaneceriam no cerne da música pop por várias décadas.

Off the Wall, lançado em 1979, introduziu um novo som que misturava disco, funk e soul, apresentando sucessos como Don’t Stop ‘Til You Get Enough e Rock with You.

Este álbum não apenas estabeleceu Jackson como um artista a ser observado, mas também demonstrou sua habilidade de integrar diversos gêneros musicais, algo que se tornaria uma marca registrada de sua carreira.

Em 1982, Michael Jackson lançou Thriller, um marco na história da música pop. Este álbum, que continua a ser o mais vendido de todos os tempos, trouxe à vida uma nova era de videoclipes.

O vídeo de Thriller não é apenas um clipe musical, mas uma obra cinematográfica que revolucionou a forma como a música era apresentada.

Esta inovação fez com que os videoclipes se tornassem essenciais para a promoção de singles e estabeleceram padrões que ainda são seguidos hoje.

O impacto cultural do álbum foi profundo, influenciando não apenas a música, mas também a moda e as tendências da época.

O sucessor de Thriller, Bad, lançado em 1987, solidificou ainda mais a reputação de Jackson como o “Rei do Pop”. Os singles, como Bad e Smooth Criminal, apresentaram coreografias memoráveis e promoções extravagantes que se tornaram sinônimos do artista.

Durante essa fase, Michael quebrava recordes de vendas e recebeu inúmeros prêmios, incluindo Grammy Awards, destacando sua importância na indústria musical.

Controvérsias e Legado Duradouro

Michael Jackson, teve uma vida repleta de feitos notáveis, porém, não sem suas controvérsias.

Desde o início da sua carreira até seus últimos anos, o artista enfrentou múltiplos desafios que moldaram sua imagem pública e impactaram sua saúde mental.

Acidente em comercial de uma marca de refrigerante, múltiplas cirurgias plásticas, questões legais e alegações de abuso sexual foram alguns dos aspectos mais conturbados de sua vida, que frequentemente ocuparam as manchetes da imprensa.

Tornou-se uma figura pública icônica ainda muito jovem, o que, sem dúvida, teve efeitos adversos sobre sua saúde mental e bem-estar.

Relatos de solidão, dependência de medicamentos e um desejo constante de proteção pessoal são indicativos do preço que a celebridade pode cobrar.

Esses aspectos frequentemente contribuíram para uma narrativa complexa sobre sua vida e sua luta interna.

Apesar das controvérsias que permeiam sua história, o legado de Michael Jackson continua a ressoar na música contemporânea.

Suas canções, repletas de ritmos cativantes e letras impactantes, continuam a ser celebradas, enquanto sua dança e a produção visual de seus videoclipes são estudadas e admiradas por aspirantes a artistas.

Antes da Conclusão…

A gananciosa indústria musical é marcada por corrupções, chantagens, mentiras e tragédias, muitos cantores foram arruinados por empresários e pessoas sem escrúpulos, isso será bordado em posts futuros.

O que sabemos sobre o Rei do Pop é que a sua trajetória foi marcada por responsabilidades extremas desde a infância.

É amplamente discutido que Michael Jackson possuía características que poderiam ser associadas à síndrome de Peter Pan, embora o diagnóstico oficial nunca tenha sido feito.

A “síndrome de Peter Pan” é um termo popularizado pelo psicólogo Dan Kiley, que descreve adultos que se recusam a crescer emocionalmente e têm dificuldades em assumir responsabilidades ou aceitar as realidades da vida adulta.

Isso pode envolver a busca por uma infância idealizada e a evitação das pressões e responsabilidades associadas à vida adulta.

As responsabilidades na infância e o modo como foi “disciplinado” por seu pai, o privaram de uma infância normal.

Durante grande parte de sua vida, parecia ter uma relação complexa com a infância e com o processo de amadurecimento.

Síndrome de Peter Pan

Algumas características que alimentaram a associação do Rei do Pop com a síndrome de Peter Pan incluem:

. Apegos à infância: Jackson frequentemente falava sobre seu desejo de ter uma infância “normal”, algo que lhe foi negado devido ao intenso treinamento e carreira precoce com os Jackson 5.

. Ele procurava, de alguma forma, reviver a infância perdida, especialmente ao criar o Neverland Ranch, um lugar onde ele recriou um ambiente infantil com brinquedos, um parque de diversões e até um zoológico.

. Comportamento e aparência juvenil: Mesmo na idade adulta, Michael Jackson mantinha uma aparência jovem, o que era intensificado por sua escolha de estilo de vida, como seu jeito de vestir e seu comportamento público.

Muitos o viam como alguém que queria preservar a infância de forma eterna.

. Relacionamento com crianças: Michael Jackson mantinha uma relação próxima com crianças, recebendo-as frequentemente em seu rancho e dedicando tempo a elas.

Essa proximidade, no entanto, foi fonte de controvérsias, especialmente em face das acusações de abuso infantil que marcaram sua trajetória.

Para ele, a companhia de crianças parecia oferecer-lhe uma forma de se reconectar com o que ele sentia que havia perdido ao longo de sua vida.

. Fuga da pressão da fama: Sua luta com as expectativas e a pressão da fama desde muito jovem também contribuiu para a sua busca por uma sensação de refúgio na infância.

Michael Jackson expressava frequentemente o desejo de viver uma vida simples e livre de responsabilidades adultas.

Um outro Prisma

É possível que, devido a essas características, ele tenha optado por um acordo quando enfrentou acusações de assédio sexual.

Embora não se possa afirmar categoricamente que ele sofria da síndrome de Peter Pan em um sentido clínico, seus comportamentos e atitudes parecem ter uma conexão notável com a noção de “não querer crescer”.

Essa tendência é evidente tanto em sua vida pessoal quanto profissional, particularmente em seu esforço para construir um universo onde a infância é idealizada e mantida intocável.

Embora estejamos apenas fazendo suposições neste contexto, é importante reconhecer que, no universo do entretenimento, onde as reputações são frequentemente destruídas, a competitividade e as rivalidades podem ser decisivas para o sucesso ou fracasso de alguém.

Falaremos sobre isso posteriormente.

Uma análise da vida e obra desse grande artista revela que sua infância, dedicação e sucesso consolidam sua reputação como o Rei do Pop.

Para mais informações: Michael Jackson – biografia, carreira e músicas – Brasil Escola

Veja também: The Carpenters: A perfeição e o drama ‣ Jeito de ver

Ouça a nossa Playlist.

Novembro – Tempo de História e curiosidades

Histórias e curiosidades do mês de Novembro.

Imagem de Rahul Pandit por Pixabay

Enfim, chegou Novembro!

Além de me trazer as canções das minhas meninas Géssica e Elaine, novembro traz  um monte de histórias e significados.

Em termos de história e etimologia, novembro é o décimo primeiro mês do calendário gregoriano e deve seu nome ao termo latino novem (nove), pois originalmente era o nono mês no calendário romano, que começava em março.

Com a reorganização do calendário, incluindo janeiro e fevereiro, ele se tornou o décimo primeiro mês, mas manteve o nome. No hemisfério sul, novembro marca o final da primavera, enquanto no norte, representa o fim do outono.

Feriados e Datas Importantes

Novembro é cheio de datas que carregam significados especiais.

Logo no início, temos o Dia de Finados, em 2 de novembro, um momento dedicado a homenagear os falecidos.

No dia 15, no Brasil, temos a Proclamação da República .

Outras datas que valem destaque incluem o Dia da Bandeira, em 19 de novembro, e o Dia Nacional de Combate ao Câncer, em 27 de novembro, que nos lembra sobre a importância da prevenção.

Além disso, em 14 de novembro é o Dia da Alfabetização, destacando o papel da educação para o desenvolvimento social.

O Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, homenageia a luta antirracista e a figura histórica de Zumbi dos Palmares. Este ano, pela primeira vez, ele será observado como feriado nacional, reconhecendo seu peso e valor para o país.

Para os homens, novembro também é um mês de alerta com a campanha Novembro Azul, que promove a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de próstata.

Em 2021, aproximadamente 16.300 homens perderam a vida por essa doença, que pode ser diagnosticada de forma simples, mas ainda enfrenta preconceitos. – https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/numeros

Celebrações e Origens

Desde a Antiguidade, novembro foi um mês de celebrações.

Na Roma Antiga, ele era marcado pelo Ludi Plebeii e, entre os anglo-saxões, era chamado de Blōtmōnaþ, ou “mês das oferendas”.

Até o calendário republicano francês situava novembro entre os meses de Brumário e Frimário. Curiosamente, novembro começa no mesmo dia da semana que março e, exceto em anos bissextos, também fevereiro.

Na Igreja Católica, novembro é um mês de reflexão.

Em 1º de novembro é celebrado o Dia de Todos os Santos, homenageando tanto os santos canonizados quanto os não canonizados. Logo em seguida, em 2 de novembro, o Dia de Finados lembra aqueles que já partiram.

O Dia de Finados, na verdade, tem raízes antigas, inicialmente ligadas a tradições pagãs. Estabelecido em 998 d.C. pelo abade Odilo de Cluny, foi uma adaptação que, com o tempo, tornou-se oficial na Igreja Católica.

A escolha de novembro está relacionada ao festival celta de Samhain, que ocorria em 31 de outubro e simbolizava o encontro dos mundos dos vivos e dos mortos.

O Dia de Todos os Santos também é marcado por um simbolismo forte.

Iniciado pelo Papa Bonifácio IV, que consagrou o Panteão romano a Maria e aos mártires cristãos, ele foi oficializado em 1º de novembro pelo Papa Gregório III. Esse dia foi uma adaptação de festivais pagãos para reforçar o espírito cristão de homenagem aos falecidos.

Alguns Momentos Históricos

Para quem gosta de um passeio pela história, novembro já foi cenário de momentos marcantes.

Em 1855, por exemplo, um forte terremoto atingiu Edo (atual Tóquio), no Japão, deixando cerca de 10.000 mortos e destruindo milhares de prédios.

Em 1918, no final da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha assinou um armistício com os Aliados na floresta de Compiègne, encerrando um dos conflitos mais sangrentos da história.

No Brasil, um fato curioso de novembro foi a tentativa de golpe em 1955 para impedir a posse de Juscelino Kubitschek.

O cruzador Tamandaré tentou partir do Rio de Janeiro para se unir aos conspiradores, mas foi neutralizado pelo General Lott.

Esses eventos acabaram plantando as sementes para o golpe militar de 1964, que contou com apoio de setores variados, inclusive de algumas figuras influentes da Igreja Católica, que temiam o avanço do comunismo.

Mais recentemente, em novembro de 2000, uma tragédia atingiu a cidade de Kaprun, na Áustria: um teleférico pegou fogo em um túnel, matando 155 esquiadores e snowboarders.

Conclusão

Mesmo com tantas lembranças de momentos difíceis, novembro é um mês que marca a transição das estações e nos convida a refletir sobre o passado e o presente.

E neste hemisfério, estamos em plena primavera… o que lembra que, apesar das dificuldades, sempre há espaço para renovações e novas esperanças.

A esperança nasceu… e ela resiste!

 

Leia também A esperança (Poesia de resistência) ‣ Jeito de ver

 

Marcionílio Souza – História e Poesia

Estação Ferroviária reformada em Marcionílio Souza, Bahia

Estação Ferroviária reformada em Marcionílio Souza, Bahia

Dados do Município de Marcionílio Souza

A história de Marcionílio Souza remete à era colonial do Brasil, época em que a região era povoada pelos índios Pataxós.

Com a chegada dos portugueses, a área foi incorporada ao sistema de sesmarias, iniciando a exploração de recursos naturais, como a extração de madeira e a criação de gado.

Em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro 1936 e 31 de dezembro de 1937, figura no município de Maracás o distrito de Tamburi, permanecendo assim até 1° de Julho de 1960.

A alteração toponímica de Tamburi para Marcionílio Souza foi oficializada pela lei estadual nº 1761, de 27 de Julho de 1962.

Marcionílio Souza foi elevado à categoria de município pela mesma lei, desmembrado do município de Maracás.

A sede está no atual distrito de Marcionílio Souza (ex-Tamburi).

O município foi instalado em 07 de abril de 1963 e constituído de 2 distritos: Marcionílio Souza e Juraci, ambos desmembrados de Maracás.

Na divisão territorial de 31 de dezembro de 1963, o município era composto pelos distritos de Marcionílio Souza e Juraci, configuração que se manteve em divisões territoriais subsequentes, até a de 2007.

LOCALIZAÇÃO

Marcionílio Souza localiza-se na Chapada Diamantina, uma área montanhosa famosa por sua beleza natural.

O município faz fronteira com as cidades de Maracás, Itaetê, Planaltino, Iaçu e Boa Vista do Tupim.

Márcia Chaves, Educadora em Marcionílio Souza.

Márcia Chaves, Educadora em Marcionílio Souza.

A cidade é costumeiramente chamada de Tamburí, nome que se refere a uma árvore comum na Região do Baixo Amazonas até o Sul do Brasil.

Essa árvore era citada como referência pelos tropeiros que passavam pela região.

A população avaliada em 2004 era de 9.294 habitantes.

Segundo o último censo realizado pelo IBGE, Marcionílio Souza possui uma população superior a 10.900 habitantes.

Em 2022, o município celebrou seus 60 anos de emancipação política, com uma população de 9.267 habitantes, conforme o censo de 2022, e uma densidade populacional de 8 hab./km².

NOTAS

A principal fonte de renda vem do funcionalismo público, dos aposentados e pensionistas e dos pequenos proprietários de terras que criam e negociam animais como ovelhas, cabras e bovinos. A economia local provém majoritariamente da criação de ovelhas, cabras e bois.

Dados Gerais:

  • Área Total: 1.162,138 km²
  • IDH (PNUD/2010): 0,561 (baixo)
  • PIB (IBGE/2016): R$ 76.873 mil
  • PIB per capita (IBGE/2016): R$ 7.026,15

.

Fontes:

  • IBGE
  • Site oficial da Prefeitura de Marcionílio Souza
Que tal um poema?

De longe vejo a terra

P. Cruz

De longe vejo a terra
Solo seco, almas secas
Aguardando chuvas
que abençoem a terra
Como lágrimas de uma mãe
na alegria de um filho que nasce

No ar, a vontade
O calor que afasta o frio
E que não permite
O caminhar das vidas
como risos estridentes
Que isolam,
o espaço a compartilhar

Terra que os poetas
não encontraram palavras para descrever
Que num dia de verão
Viu de longe
Um circo chegar
O palhaço sorrir…
E se perder…

E calaram para sempre o seu riso.

Marcionílio Souza…
Velha Tamburi…

Veja também: Iaçu – Um pouco de Poesia e História ‣ Jeito de ver

Marcionílio Souza – Wikipédia, a enciclopédia livre

Quer saber mais?

Confira o trabalho histórico pedagógico da turma de 2012;

Outubro – Histórias e curiosidades

Um mês rico em história e cultura, não é verdade?

Imagem de StockSnap por Pixabay

Outubro, que tem 31 dias, é o décimo mês do calendário gregoriano e vem da palavra latina “octo”, significando “oito”.

Isso porque, originalmente, era o oitavo mês no calendário romano, que iniciava em março. ( Acho que já falamos a respeito – risos).

Entre as datas significativas, o dia 1º celebra o Dia Internacional da Música e o Dia do Idoso. ( Um mês  nunca combinou tanto comigo, pelo segundo motivo!)

É interessante que outubro sempre começa no mesmo dia da semana que janeiro, exceto em anos bissextos.

Direto pra história

Outubro é repleto de histórias marcantes, por exemplo, no dia 16/10/1793, a rainha Maria Antonieta morreu na guilhotina durante a Revolução francesa.

Sua condenação se deu por uma combinação de fatores:

. Seu status de rainha da França, associada ao regime absolutista impopular, sua extravagância percebida em tempos de crise econômica (incluindo a lenda de que teria dito “que comam brioches”).

. A insatisfação do povo com a monarquia, e seu fracasso em se adaptar às mudanças revolucionárias.

Ela foi julgada por traição, acusada de conspirar com potências estrangeiras para restaurar a monarquia, o que levou à sua execução na guilhotina.

O carro popular

Em 1º de outubro de 1908, Henry Ford apresentou o primeiro automóvel acessível ao público, o Ford Modelo T.

(-Bem, não tão acessível assim, até hoje não consegui comprar um daqueles pra mim!)

A Estátua da Liberdade, um dos ícones mais famosos do mundo, foi oficialmente inaugurada em Nova York no dia 28 de outubro de 1886, com a presença do então presidente dos Estados Unidos, Grover Cleveland.

Curiosidades

. 22 de outubro de 1797, o aeronauta francês André Jacques Garnerin construiu o primeiro paraquedas e realizou o primeiro salto de um balão.

Era necessário um pouco de loucura para tanto naquela época….

. 12 de outubro de 1931, o Cristo Redentor foi oficialmente inaugurado, tornando-se rapidamente um símbolo do Rio de Janeiro.

A majestosa estátua art déco se destaca no topo do morro do Corcovado, localizado no coração do Parque Nacional da Tijuca.

Como um dos cartões postais mais famosos do Rio, ela se destaca a 709 metros acima do nível do mar, oferecendo uma vista espetacular da cidade.

Se cuide, leia livros, aproveite e cuide também da natureza, ouça músicas e não esqueça, aproveite a história!

Isso também é um jeito de ver e viver.

Mais história..

Em 17 de outubro de 1979, Madre Teresa de Calcutá foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços humanitários.

Com o tempo a condição nos asilos administrados por ela  foram questionadas por serem inadequadas como a falta de cuidados médicos modernos.

A má higiene e o foco excessivo no sofrimento, em vez de tratamento adequado e aceitação de de doações de fontes  passaram a ser questionados.

Seu posicionamento sobre sofrimento e pobreza, também foi foi questionado, pois ela acreditava que o sofrimento tinha valor espiritual.

Sua  abordagem incentivava uma aceitação passiva da dor, em vez de trabalhar para aliviá-la efetivamente.

Datas

O mês é repleto de celebrações, incluindo o Outubro Rosa, uma campanha global para a conscientização sobre o câncer de mama, simbolizada pelo laço rosa.

– Câncer de mama mata mais de 17 mil pessoas ao ano – UMC Notícias

Dia 3.  Dia da Abelha e o Dia Mundial do Dentista.

O Dia da Natureza é comemorado no dia 4, seguido pela Promulgação da Constituição de 1988 no dia 5.

O Dia do Atletismo ocorre no dia 9, e o único feriado nacional do mês é em 12 de outubro, quando se homenageia Nossa Senhora Aparecida e se celebra o Dia das Crianças.

O Dia dos Professores é lembrado no dia 15, seguido pelo Dia Mundial da Alimentação (16), o Dia Nacional da Vacinação (17) e a Criação da Cruz Vermelha (26).

Temos também  o Dia Nacional do Livro (29) e o Dia Nacional da Poesia (31), que culmina com o Halloween, uma festa de origem celta.

Um mês rico em história e cultura, não é verdade?

Se cuide, leia livros, aproveite e cuide também da natureza, ouça músicas e não esqueça, aproveite a história!

Isso também é um jeito de ver e viver.

Veja também Setembro – História e curiosidades ‣ Jeito de ver

15 importantes fatos históricos do mês de outubro – Blog da Mari Calegari

 

A inocência das crianças – Pobres Crianças!

Qual não foi o espanto da população com aquela cena...leia a crônica.

O espanto!

A INOCÊNCIA DAS CRIANÇAS

A campanha eleitoral naquela pequena cidade do interior nordestino já havia alcançado o mais baixo nível de toda a história…

Cadeiradas eram afagos, perto do que se via por lá, mas também não era tão violenta quanto aquele caso do senador assassino que matou alguém lá em 4 de Dezembro de 1963…

Mas esqueceram a gentileza!

Palavrões, cadeiras voando, e um tal de “ladrão” pra cá e “ladrão” pra lá… mas ninguém cogitava a ideia de processar o candidato A, B ou C. Vai que tinha algo escondido!

Então, o coordenador da campanha de Jorge Clemente resolveu inovar: — “Nada é tão puro quanto uma criança!”

Bem, crianças não votam…

Usar crianças em campanhas políticas é meio estranho. Candidatos com cara de nojo abraçando crianças que dariam tudo para não estar naquele lugar…

Usar crianças é um artifício complicado, pois muitos casos de corrupção envolvem dinheiro que seria destinado à educação e à cultura – o futuro das mesmas.

Mas, como não estou aqui para explicar política e sim para contar o caso, deixe-me continuar:

Jorge Clemente teve a brilhante ideia para apaziguar os ânimos: — “Vou inovar… No carro de som, vou colocar algumas crianças para acenar ao povo, enquanto o locutor fala mansamente o nome Clemente…”

E assim se deu.

Quatro meninos foram escolhidos para desfilar no carro e acenar ao povo pelas ruas da cidade.

E qual não foi a surpresa da população ao ver que, enquanto a caravana passava, as inocentes crianças erguiam os pequenos dedos médios, em riste, para os adversários políticos.

Pobres e inocentes crianças…

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Praça Honesto dos Santos – Uma crônica ‣ Jeito de ver

Apenas mais um dia de campanha… ‣ Jeito de ver

Há 60 anos, pai de Collor matou colega no Senado, mas saiu impune (uol.com.br)

História do World Trade Center

As Torres Gêmeas

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Ao chegar em casa após uma manhã cansativa de trabalho em setembro de 2001, liguei a televisão e me deparei com imagens que mais pareciam saídas de um filme de Hollywood..

Dois aviões haviam colidido com o World Trade Center, símbolos do poder econômico dos Estados Unidos e sua influência no comércio global e na economia.

Os jornais repetiam a notícia incansavelmente. Confesso que fiquei perplexo, pois não compreendia nada do que estava acontecendo naquele momento.

Vinte e três anos mais tarde, temos a oportunidade de analisar com serenidade os eventos daquele dia e tentar compreender o absurdo.

É possível revisitar ambas as perspectivas da história.

Vamos analisar a história e os efeitos colaterais desses ataques? É hora de História.

A Fundação do World Trade Center

O World Trade Center foi projetado na década de 1960 como um emblema de prosperidade e globalização.

Composto por sete edifícios, incluindo as icônicas Torres Gêmeas, o complexo foi uma colaboração entre a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey e a firma de arquitetura de Minoru Yamasaki.

O principal objetivo do World Trade Center era centralizar o mundo dos negócios e do comércio na cidade de Nova York, servindo como um hub internacional de finanças e oferecendo infraestrutura de ponta.

Além disso, o WTC se transformou em um símbolo de poder econômico e orgulho nacional, atraindo milhões de turistas a cada ano.

A Tragédia de 11 de Setembro

No dia 11 de setembro de 2001, o World Trade Center foi alvo de ataques terroristas que culminaram na queda das Torres Gêmeas e na morte de quase 3.000 pessoas.

Quais seriam os motivos dos ataques?

As coisas não costumam acontecer por acaso, elencamos abaixo algumas das alegações para o que resultou na tragédia.] do 11 de Setembro de 2001.

Entre os motivos alegados para o ataque, destacamos:

Oposição à Política Externa dos EUA: Os terroristas, ligados à Al-Qaeda, criticavam a presença militar americana no Oriente Médio, particularmente em nações muçulmanas como Arábia Saudita e Iraque.

World Trade Center destroços

Imagem de WikiImages por Pixabay

Conflito com Israel: Extremistas que influenciaram os ataques consideravam o suporte dos EUA a Israel um insulto às causas palestinas.

Resistência à Globalização: O World Trade Center representava a globalização e o capitalismo do Ocidente, percebidos pelos agressores como uma ameaça aos seus princípios e modo de vida.

Intenção de Gerar Medo e Instabilidade: A Al-Qaeda pretendia semear terror e desordem, desafiando o poderio militar e econômico dos EUA e buscando ampliar o apoio à sua ideologia radical.

Esse evento não apenas se tornou um dos mais trágicos na história dos Estados Unidos, mas também provocou impactos mundiais, afetando políticas de segurança e as relações internacionais.

O Legado do World Trade Center

Em resposta aos ataques, os Estados Unidos iniciaram o que chamaram de “Guerra ao Terror”, com o objetivo de combater grupos terroristas e os estados que os apoiam.

Isso envolveu operações militares para desmantelar a Al-Qaeda e capturar seu líder, Osama bin Laden.

A invasão do Afeganistão em outubro de 2001 pelos EUA visava derrubar o regime Talibã, que abrigava a Al-Qaeda, e capturar seus líderes.

Além disso, os EUA promoveram uma campanha global de informação e diplomacia para formar coalizões internacionais contra o terrorismo e fortalecer a segurança mundial.

Consequências da Invasão

O prolongamento do conflito resultou em uma guerra de mais de duas décadas, trazendo enormes perdas humanas e financeiras para os EUA, seus aliados e a população civil afegã.

– A instabilidade regional exacerbou conflitos internos e fortaleceu a insurgência talibã, culminando na sua retomada do poder no Afeganistão.

– Uma crise humanitária severa se manifestou, com milhões de deslocados e refugiados, além da destruição significativa de infraestrutura e serviços básicos.

– O impacto nas políticas e segurança global foi notável, com o redirecionamento de recursos e atenção para outras questões críticas.

– Houve críticas às estratégias militares e à abordagem de reconstrução nacional, bem como preocupações com violações dos direitos humanos e práticas de detenção.

E, como uma consequência adicional, emergiu o Estado Islâmico… mas isso é tema para outra discussão.

Um novo One World Trade Center

Atualmente, o local onde ficava o World Trade Center é conhecido como Ground Zero.

Esse espaço foi convertido em um memorial e museu em tributo às vítimas dos atentados.

Adicionalmente, o novo One World Trade Center ergue-se como um símbolo de resiliência e renascimento, mantendo vivo o legado do complexo original.

O WTC segue sendo um emblemático símbolo de superação e da força do espírito humano.

Entendendo a história:

As grandes potências frequentemente se envolvem em assuntos internacionais quando há interesses econômicos significativos.

Embora o petróleo ( talvez) não tenha sido o único fator nas decisões dos Estados Unidos, a localização estratégica do Afeganistão era crucial para o transporte e acesso aos recursos energéticos do Oriente Médio.

A estabilidade da Ásia Central e do Oriente Médio, áreas que abrigam importantes oleodutos e vias comerciais, era essencial para os interesses dos EUA e seus aliados.

Veja também:

A indústria armamentista – um tema em debate ‣ Jeito de ver

Independência do Brasil – Uma História

Imagem idealizada do grito do Ipiranga

Pintura de Pedro Américo, 1888.

Independência do Brasil – Uma História Mal Contada

Nos bons tempos de escola, lembro da professora com olhos marejados, apontando o quadro de Pedro Américo, de 1888, narrando com emoção os eventos que levaram até as margens do Rio Ipiranga onde o Grande Dom Pedro I, deu o famoso grito: ” AAAiiiiiiii…”

Bem, não foi bem isso que ela ensinou, ela não poderia.

“Independência ou morte!” – foram as palavras do Imperador.

O segundo grito foi tão verdadeiro quanto o primeiro!

O fato é que as pessoas frequentemente embelezam a história para criar uma identidade própria.

No entanto, a verdadeira história desmistifica certos heróis e auxilia na compreensão mais profunda da estrutura atual da sociedade brasileira.

A Construção dos Heróis na História da Independência

A história da independência do Brasil é comumente contada de forma romantizada, especialmente na maneira como heróis são retratados.

Dom Pedro I é um exemplo clássico, frequentemente idealizado em sua imagem e papel nos eventos de 1822.

A imagem de Dom Pedro como herói nacional, proclamador da independência, ignora muitos aspectos e a complexidade política e social daquele tempo.

Essa visão romântica começou a tomar forma no século XIX, quando historiadores e o governo buscavam forjar uma identidade nacional coesa.

Esses heróis foram criados para influenciar a opinião pública e incentivar o sentimento patriótico numa nação nova e diversa.

Os movimentos políticos e as revoltas

Os aspectos mais obscuros, como conflitos internos e influências externas que afetaram a independência, frequentemente foram deixados de lado ou diminuídos para não ofuscar o relato heroico.

É fundamental reconhecer que Dom Pedro I não atuou sozinho nem sem interesses próprios.

Suas motivações tinham raízes políticas e sociais profundas, tanto no âmbito brasileiro quanto no internacional.

Ao idealizar a história, historiadores daquela época forjaram uma narrativa que enfatiza feitos heroicos individuais em vez de uma visão mais completa dos elementos que conduziram à independência.

Até hoje, essa perspectiva romantizada prevalece, o que impede um entendimento mais integral e crítico dos acontecimentos que culminaram na independência do Brasil.

Compreender as reais motivações e o contexto é vital para uma avaliação mais detalhada e verídica da história do país.

As Negociações Ocultas por Trás da Independência

A independência do Brasil é comumente vista como um evento revolucionário, mas na realidade, foi um processo complexo de negociações políticas e econômicas.

Esse cenário diplomático contou com personagens chave como Dom João VI e a nobreza portuguesa, que tiveram papéis essenciais na transição do Brasil de uma colônia para uma nação independente.

Com a transferência da corte portuguesa para o Brasil em 1808, Dom João VI desencadeou uma série de transformações que prepararam o país para a independência.

Ao elevar o Brasil ao status de Reino Unido a Portugal e Algarves em 1815 e abrir os portos brasileiros ao comércio internacional, ele promoveu relações comerciais vitais para a autossuficiência econômica da colônia.

No cenário internacional, a situação era igualmente complexa, com as Guerras Napoleônicas e a instabilidade na Europa exercendo grande pressão sobre Portugal.

Como um aliado menor no cenário geopolítico controlado pelas grandes potências europeias, Portugal teve que negociar com cautela para manter sua influência no Novo Mundo.

As concessões feitas por Dom João VI visavam proteger interesses portugueses e brasileiros, amenizando o impacto da separação que se aproximava.

Relações ocultas Brasil/Portugal

Um dos aspectos mais significativos das negociações ocultas foi a relação financeira entre o Brasil e Portugal.

Tratados como o “Tratado de Amizade, Navegação e Comércio” assinado em 1810 formalizaram acordos que beneficiavam ambos os países, estabelecendo regras comerciais que perdurariam além da independência.

Ademais, a indenização financeira paga pelo Brasil a Portugal em 1825, como parte do reconhecimento formal da independência, reflete o caráter negocial e compensatório da ruptura.

Portanto, a independência do Brasil não pode ser compreendida plenamente sem considerar os acordos políticos e econômicos que antecederam o proclamado Grito do Ipiranga.

Esses arranjos, muitas vezes omitidos nos relatos tradicionais, moldaram a transição de uma colônia governada a uma nação soberana, iluminando uma dimensão frequentemente esquecida da história brasileira.

A Supressão de Revoltas e Movimentos Populares

A narrativa da independência do Brasil não está completa sem considerar as revoltas populares que ocorreram antes e depois de 1822.

Levantes como a Revolução Pernambucana de 1817 simbolizam a insatisfação com o regime colonial e a demanda por reformas substanciais.

A Revolução Pernambucana, um movimento separatista, reivindicou maior autonomia, liberdade comercial e o fim das arbitrariedades do poder central.

Apesar de sua rápida supressão, deixou um legado de resistência e luta por direitos.

Outras revoltas, temidas pelo poder dominante por ameaçarem a unidade e o controle sobre a colônia, também foram reprimidas.

Antes da independência, movimentos como a Inconfidência Mineira em 1789 e a Conjuração Baiana em 1798 enfrentaram repressão severa.

A luta persistiu mesmo após 1822, com a Cabanagem (1835-1840) e a Farroupilha (1835-1845), que desafiaram o poder estabelecido em busca de autonomia regional e reformas sociais e econômicas.

Esses movimentos refletem a contínua insatisfação popular e a complexidade da formação do estado brasileiro.

Assim, para compreender plenamente a independência do Brasil, é essencial reconhecer e estudar essas revoltas, valorizando a memória das lutas e daqueles que desafiaram a ordem vigente.

Entendendo os bastidores

Frequentemente, a versão oficial simplifica ou omite complexidades cruciais que influenciaram o curso dos eventos.

O livro “O Reino que Não Fazia Parte Deste Mundo” traz uma análise aprofundada dos fatores políticos, sociais e econômicos que levaram à separação de Portugal, evidenciando como narrativas oficiais podem ser construídas por interesses particulares.

A obra critica a idealização de Dom Pedro I, argumentando que a imagem do príncipe regente proclamando a independência às margens do Ipiranga, com um brado retumbante, não reflete as complexas negociações e tensões políticas que ocorreram antes desse ato.

A ênfase em um único herói desconsidera a rede de influências, incluindo a pressão das elites econômicas e intelectuais, que realmente delinearam a decisão de se desvincular de Portugal.

Independência

Além disso, os padrões de exploração e a desigualdade social, heranças do período colonial, não se resolveram automaticamente com a independência.

Ao contrário, muitos problemas persistiram, como a escravidão, que continuou legal e vital para a economia no século XIX.

A historiografia tradicional frequentemente atenua essa continuidade, sugerindo uma transição mais progressista e liberal do que realmente ocorreu.

É essencial reconhecer essas sutilezas para entender completamente os eventos históricos.

Portanto, reavaliar os fatos históricos é uma necessidade educacional.

Incluir perspectivas variadas, especialmente as que são frequentemente ignoradas, como as dos escravizados, indígenas e mulheres, amplia a compreensão do processo de independência.

Entender os eventos não tira a importância dos personagens históricos, mas destaca aspectos da cultura nacional, como o clientelismo, o protecionismo e as desigualdades sociais — elementos que Pedro Américo não representaria em uma pintura.

Poucos, muito poucos, ouviram o grito da Independência.

Leia também:

Setembro – História e curiosidades ‣ Jeito de ver

Nos 200 anos da independência do Brasil, conheça mitos e verdades sobre o 7 de setembro | National Geographic (nationalgeographicbrasil.com)

Link para o livro “O Reino que não fazia parte deste Mundo”.

Setembro – História e curiosidades

Histórias e curiosidades do mês de Setembro

Imagem de yeon woo lee por Pixabay

Setembro é um mês especial. Por essas bandas, o frio se despede, dando início ao primeiro verão, ou primavera.

Setembro também traz o sorriso de Bell, minha irmã mais nova, que nasceu neste mês, no dia 16, assim como as saudades da minha irmã Léia, que também nasceu no dia 17 e que, neste mês, passou a viver apenas nos meus sonhos e memórias.

Setembro é também marcado como o mês dos atentados terroristas ao World Trade Center.

Que tal mergulharmos um pouco na história deste mês?

Apresentando…

Setembro é o nono mês do ano no calendário gregoriano, com duração de 30 dias.

Seu nome tem origem na palavra latina “septem” (sete), pois era o sétimo mês no calendário romano, que originalmente começava em março.

A introdução dos meses de janeiro e fevereiro em 451 a.C. reposicionou setembro como o nono mês do ano.

No hemisfério norte, setembro marca o início do outono, enquanto no hemisfério sul, é o início da primavera, sendo sazonalmente equivalente a março no hemisfério norte.

Em 21 ou 22 de setembro, ocorre o equinócio de setembro, quando o Sol cruza o equador celeste rumo ao sul, sinalizando o começo do outono no Hemisfério Norte e da primavera no Hemisfério Sul.

História

Historicamente, setembro era dedicado ao deus romano do fogo, Vulcano, devido às altas temperaturas associadas ao mês quando ainda era o sétimo mês do calendário.

Os anglo-saxões também o chamavam de “Gerst Monath” (mês da cevada) e “Haefest Monath” (mês da colheita), refletindo sua importância agrícola.

Acontecimentos na história

Setembro é rico em simbolismo e eventos históricos.

Em 1752, o Império Britânico omitiu 11 dias no mês, entre os dias 2 e 14, ao transitar do calendário juliano para o gregoriano.

O 1º de setembro de 1939 marca o início da Segunda Guerra Mundial, com a invasão da Polônia por Adolf Hitler.

Já em 11 de setembro, o mundo relembra dois eventos trágicos: os ataques terroristas nos EUA em 2001, que causaram a morte de 2.996 pessoas, e o golpe militar no Chile em 1973, liderado por Augusto Pinochet.

Mês de conscientização

Além disso, setembro é conhecido por suas campanhas de conscientização.

A campanha Setembro Amarelo, adotada no Brasil em 2015, visa prevenir o suicídio, conscientizando sobre a saúde mental e reduzindo o estigma associado a transtornos mentais.

Ela foi inspirada pela história de Mike Emme, um jovem que cometeu suicídio aos 17 anos, em setembro de 1994, nos Estados Unidos.

A campanha é simbolizada por fitas amarelas, e dados alarmantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio anualmente no mundo. No Brasil, a taxa média é de 14 mil suicídios por ano.

Um mês cultural

O mês de setembro também tem relevância cultural e social.

É marcado pelo início do ano letivo em muitos países do hemisfério norte, além de abrigar o famoso Festival de Cinema de Veneza. Nos Estados Unidos, setembro é o mês nacional do mel, do frango e do piano.

As pedras de nascimento associadas a setembro são a safira e o lápis-lazúli.

Em resumo, setembro é um mês cheio de histórias, tradições e peculiaridades que vão muito além do que geralmente se conhece, destacando-se tanto por seu significado histórico quanto por seu impacto cultural e social.

Um setembro cheio de histórias para você…

Fonte: Wikipedia

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