Era uma vez, numa pacata cidadezinha do interior da Bahia, quatro irmãos aficionados por boa música.
Admiradores de ícones como Roberto Carlos, Alceu Valença, Ritchie, Jorge Ben, The Beatles, Fevers, entre outros, eles viviam no começo dos anos 80.
Naquela época, os irmãos faziam sucesso em boates e clubes, onde exibiam seus dotes para a dança, outra paixão que compartilhavam.
Dominavam ritmos variados, da lambada ao pop, passando pelas baladas românticas, que dançavam com maestria.
Chegaram a competir em concursos, onde, no clímax de suas performances, arrancavam aplausos e exclamações da plateia, esforçando-se para que a coreografia, ensaiada por semanas, fosse executada com perfeita sincronia.
No desfecho de um desses eventos, foram coroados com o primeiro lugar, conquistando o troféu conforme as regras da competição.
Nota: Nesse evento, o grupo formado por três irmãos e um primo vindo de São Paulo, competiu sob o nome Grupo Dança’rt.
DESCOBERTA FASCINANTE
Viajando muito, um dos rapazes recebeu de seu tio uma fita cassete durante uma viagem, e ao ouvi-la, foram apresentados a uma melodia inédita para eles, estranha e diferente de tudo que já haviam escutado.
Desconheciam até o nome do ritmo musical.
Sabiam apenas que era dançante, harmônico, melódico e viciante, tanto que a fita foi tocada repetidamente em seu aparelho de som.
Com o tempo, após se familiarizarem com o ritmo, a fita desapareceu misteriosamente, sem deixar rastros, restando apenas na memória deles, sem que tivessem feito uma cópia.
Restou-lhes apenas a lembrança, e se perguntavam: “Quando ouviremos essas músicas novamente?”
Depois de um tempo, um programa de TV capturou sua atenção.
A reportagem apresentava músicas parecidas com as da velha fita, interpretadas por cantores de cabelos longos e emaranhados, como cordas.
Foi então, por meio desse programa, que descobriram que a música que tanto os havia marcado era o Reggae.
E que seu berço era a Jamaica, uma ilha no Caribe.
Meio caminho já tinha sido andado, mas… onde comprar fitas ou até mesmo disco de vinil, para que não ficasse somente na recordação?
Foi então que Jai, um dos irmãos na companhia de Jessé, outro primo, menor de idade, a caminho da feira livre, onde se vendia de tudo, puderam escutar entre os muitos sons, ainda distante da feira nas barracas de vendas de fitas um som característico, entre as muitas barracas sua atenção se fixara em um senhor já idoso, que vendia discos espalhados pelo chão.
Ao observar mais de perto, notou que um daqueles discos era reggae, então, pediu ao senhor que tocasse, e logo ficou surpreso!
Todas as musicas escutadas estavam, também, naquela fita.
E agora já sabia que quem cantava era o jamaicano Jacob Miller. Conheça Jacob Miller, confira a playlist abaixo.
No momento ele estava sem dinheiro, então pediu ao senhor que tirasse o LP da vitrola, colocasse em sua capa e deixasse-o na mão do menor, enquanto ele iria provindenciar o pagamento.
O menino ficaria ali segurando o disco pois ele temia que alguém pudesse comprá-lo.
Ah! se o moleque solta e alguém compra… não teríamos história hoje!
A alegria foi geral entre eles, agora a visita ao senhor idoso era constante e às vezes conseguia encontrar mais novidades e assim aumentar seu acervo musical.
Ainda não conhece o Reggae?
Deixe-me compartilhar um pouco da história…
No início do século XX, a população jamaicana era em grande parte composta por camponeses descendentes de escravos, que mantinham viva a cultura dos antigos africanos, os maroons.
Foi dentro dessa comunidade que o mento, precursor do reggae, surgiu.
Podemos dizer que era uma forma musical que combinava a cultura africana e os tambores, que forneciam a percussão, com elementos da música europeia introduzidos pelos colonizadores ingleses e espanhóis.
O ritmo se assemelhava ao calipso. O mento se tornou a música rural da Jamaica, com letras que narravam histórias do campo e instrumentação que incluía principalmente saxofone, flauta de bambu, banjo e tambores.
Por volta de 1950, o mento, focado nas dificuldades da vida rural, começou a perder espaço com a chegada do R&B americano, que rapidamente ganhou popularidade entre os jamaicanos.
Em busca de algo mais animado e com a fusão de ritmos, surgiu o ska.
A música jamaicana se tornou mais americanizada, e os primeiros fãs do ska foram os moradores dos guetos, mas logo o novo ritmo dominou toda a ilha.
Com um ritmo dançante, o ska destacava-se pela forte presença de instrumentos de sopro, como trombone e saxofone, e rapidamente se tornou uma febre.
Era um ritmo acelerado e muito dançante, criado por artistas locais em uma única tarde para ser tocado nas pistas de dança à noite, com apenas duas faixas gravadas em um disco compacto. – Descubra Alton Ellis na playlist abaixo.
Hoje, ao mencionarmos a Jamaica, o reggae vem imediatamente à mente, mas isso quase não aconteceu.
Os jamaicanos ansiavam por inovações, e foi então que, em 1966, o cantor Hopeton Lewis, ao adaptar a canção “Take it easy”, sugeriu que diminuíssem o bpm (batidas por minuto) do ska, tornando o ritmo mais lento.
E assim foi, o ROCKSTEADY emergiu como um novo ritmo, influenciado pela Soul Music. Rapidamente, o Rocksteady ganhou popularidade não apenas nos guetos, mas em toda a Jamaica.
Muitos artistas se adaptaram rapidamente ao novo estilo e gravaram seus sucessos nessa nova onda, fazendo com que a Jamaica quase parasse ao som do Rocksteady.
Entre os veteranos do rocksteady, destacam-se Hopeton e Alton Ellis.
Enfim, o Reggae
Logo após, surgiu o Reggae.
Sabemos que o Reggae evoluiu do Ska e do Rocksteady, tendo surgido no final dos anos 1960.
Foi, contudo, na década de 1970 que este estilo ganhou fama mundial, marcando presença como um ritmo dançante e suave, com uma batida distintiva onde a guitarra, o baixo e a bateria são os instrumentos predominantes.
As letras do Reggae, que frequentemente abordam questões sociais, especialmente da realidade jamaicana, além de temas religiosos e problemas comuns em países em desenvolvimento, são quase um instrumento à parte, repletas de mensagens de paz.
Atualmente, o Reggae se diversificou em variantes como o Dancehall e o Ragamuffin, estilos musicais que sucederam o reggae.
No Brasil, especialmente no Maranhão, o Reggae, e mais especificamente o Lovers Reggae, uma versão mais romântica do gênero, é o que realmente predomina.
É lá que se adaptou a maneira de apreciar o ritmo, dançando bem juntinho com os parceiros, no estilo “Maranhon Style”, como canta a Tribo de Jah.
Temos também a versão gospel, uma delas cantada por um ex-integrante do Olodum, que popularizou o Samba Reggae, o nosso querido irmão Lazaro, que nos deixou, vítima de complicações da Covid 19.
Perda intragável!
Muitas são hoje as variantes, mas a tradição já adotada pela maioria amante do Reggae, aqui no Brasi é o roots reggae, (reggae raiz).
O expoente máximo, clássico, e o maior de todos, é o homem que fez com que a Jamaica fosse conhecida pelo mundo através da suas músicas: Bob Marley.
A multidão aguardava ansiosa. Antigos fãs queriam ouvi-los novamente e os novos queriam conhecê-los, mas a ansiedade era maior ainda entre eles.
Não se apresentavam juntos havia muito tempo. O cenário havia mudado. As canções de sucesso não diziam nada a eles que amavam a simplicidade das velhas músicas.
Será que aceitariam novamente as suas músicas?
“As coisas mudaram muito.” “Não é preciso ser afinado para cantar.” “Presença de palco é tudo.” “Se for bonitinho e souber se balançar, já está ótimo.”
Mas eles já não eram meninos bonitinhos, nem tinham tanta energia para se balançar sem travar a coluna no palco. Ficaram com medo.
O Show da Vida
E enfim, chegou a hora. “E com vocês…”
A plateia aplaudia calorosamente a volta, a volta dos músicos, a volta da música àquela praça.
E com pernas trêmulas, vozes embargadas – a melodia saiu perfeita, carregada numa emoção que não tinham na juventude.
E o show continuou tempo suficiente para que novos conhecessem e entendessem a história e os antigos fãs matassem a saudade.
E o melhor show das suas vidas aconteceu. Havia espaço também para aquelas belas músicas.
E ao fim do show, se abraçaram. Cumprimentaram o público e amorosamente atenderam àqueles que pediram um momento.
E cientes de que a história estava completa, puderam voltar felizes. Sem mágoas.
Podiam parar agora ou até que o desejo os fizesse voltar.
Brincavas de escrever, desenhar, até de estudar… (Mas estudar é coisa séria, menina!)
E já rias… da minha cara de tédio, das chatices das aulas de EMC, matemática, filosofia… Meu Deus, quanta agonia!
Mas rias…
E quando estavas calada, brincavas de sonhar. (Sonhar é bom, é bom sonhar, não posso te culpar.)
E eu me escondia nas folhas do caderno, entre desenhos de montanhas, casas, borboletas, flores… Me escondia em páginas de velhos livros, das goteiras na sala, nas chuvas de inverno. Me escondia nas linhas, não é exagero. (Mas rimar com livros ainda é terrível!)
Éramos jovens, bem jovens… E tanto tempo passou. (Mas teus risos não passam com o tempo, são jovens, são eternos… como um sorriso do tempo!)
E versos simples eu fiz. Mas, para quê tantos versos? Para quê tantos versos tão simples? – você diz.
Sim… Menininha, o motivo é tão simples quanto os versos…
Lembro o misto, aquela composição que nas Quintas-feiras levava pessoas e cargas para o leste, às 13:15. Você lembra?
Partir nunca foi o momento mais alegre da vida, mas aquele momento era especial.
Sandrinha, vestida de verde, acenava e deixava nos lindos lábios o mais belo sorriso.
Então, o trem seguia, rumo ao leste.
Constante.
Trilhos, pedras, paisagens secas às margens de um rio e antigas pequenas cidades às margens da ferrovia.
As pessoas que viam o passar do trem, acenavam ao maquinista que respondia com risos, longos e estrondosos apitos, daquela buzina escandalosa.
Crianças viam heróis. Moças viam paixões e aventuras, mas dentro da composição, as pessoas esqueciam de contemplar o tempo que agora era disponível e também as histórias ao redor, estavam ocupadas com a pressa.
Então decidi voltar novamente a minha atenção ao mundo lá fora.
E vi o por do sol.
Montanhas, descidas incrivelmente lindas e assustadoras anunciavam a chegada a Contendas do Sincorá.
Era noite, as pessoas corriam para receber parentes, para vender seus produtos e outras para embarcar.
As horas passavam e a velha cidade ficava pra trás.
Trilhos, pedras, montanhas e novas paisagens.
A saudade e a despedida
Até o bendito trem resolver descarrilar… e longas três se passaram.
As queixas não eram tão interessantes…
Reclamações, queixas, um reggae no toca-fitas do Nilson e a expectativa ansiosa.
E chegamos, madrugada de Sexta. Brumado estava quente.
Dois dias, passaram como segundos e hoje, não lembro absolutamente nada do que aconteceu neste período – são longos 37 anos… mas lembro de querer voltar e ver novamente aquele sorriso, o sorriso de Sandra.
E depois dos trilhos, das pedras, das velhas cidades, eu estava de volta.
E ela estava lá, de blusinha verde, de short vermelho e de riso nos lábios.
Rindo, brincando e a dizer: ” Agora é a minha hora de partir…”
E de longe, vi o carro, estradas para o Sul… montanhas…céus… não consegui sorrir.
Havia uma barraquinha próxima ao muro da igrejinha, na praça que hoje é conhecida como a Praça dos Ferroviários. Era o ponto de encontro dos velhos seresteiros!
Chegavam aos poucos, cada um trazendo o seu próprio instrumento: violões, pandeiros, cavaquinhos… e enquanto a cidade se preparava para dormir, a melodia ditava o ritmo dos sonhos.
Ser menino era meio complicado.
Eu ficava à distância, sentado à porta da minha casa, observando cuidadosamente a entonação e decorando quase todo o repertório.
A “Morena Bela do Rio Vermelho” se envaidecia, mas não podia ouvir o clamor de “Fica comigo esta noite” ou a angústia apaixonada de “Onde estás agora?”
Seu Júlio puxava o coro: “Hoje que a noite está calma…” e, num Sol Maior perfeito, as vozes se encaixavam, dando à noite a impressão de harmonia entre lua, estrelas e apaixonados.
“Maria Helena” era a verbena daquela noite. “Meu Grito” era a oportunidade de desabafar entre “Os Verdes Campos da Minha Terra”. Às vezes, os músicos cansavam. Então, Seu Júlio, amigavelmente, trazia água para os amigos.
Prontinhos, agora hidratados, voltavam risonhos e com muito mais empolgação e emoção para cantar.
Entre “Negue”, “Ronda” e “Vou Sair Para Buscar Você”, chegava a hora de partir. E cantavam “A Volta do Boêmio”.
Era uma reunião de amigos.
Era um show de amigos para amigos.
O Fim de Uma Era
Esses encontros aconteciam apenas nos finais de ano. A cada ano, porém, o número de velhos amigos da serenata diminuía.
Eram quase trinta no início. No último encontro que pude contemplar, restavam apenas seis.
Músicos passam. Músicos morrem.
Por fim, Seu Júlio também faleceu. As serenatas acabaram.
A barraca foi demolida e, em seu lugar, construíram uma linda pracinha. Não há marcas ou lembranças daquele terreno onde a velha barraca resistia entre velhos arames.
Novos e belos músicos nasceram, mas jamais saberão o que era sentar entre amigos, rir das próprias falhas, cantar no mesmo tom sem competir. Eles não compreenderão como é bom cantar junto, dividir o prestígio, a emoção, o momento. Assim como deve ser a arte.
A Celebração da Amizade
Talvez a lua não provoque mais a mesma emoção. As pessoas mudam com o tempo e podem pensar que seria tolice cantar sob noites enluaradas.
Mas os seresteiros sabiam: não era a lua em si. Era a celebração da amizade, do amor, em belas e antigas canções. Eles sabiam que um dia tudo aquilo passaria e, por isso, precisavam se encontrar. A lua era apenas um pretexto.
Que os novos amigos encontrem sempre um motivo para se reunir, para celebrar. A vida passa.
Hoje, depois de tanto tempo, me pergunto: “Os velhos, incansáveis seresteiros quase não paravam. O que será que tinha naquela água que Seu Júlio servia?
Ninguém jogava tão bem quanto o Zezinho, que morava lá no fim da vila, no pé da ladeira, na casa 113. Poucas pessoas acreditavam que aquele magricela, driblador, faria tanto sucesso no bairro. Mas seu pai, o senhor José, o levava diariamente para os testes, pois sabia que ele era realmente bom.
O tempo o preparava… até que o dia chegou. Robson, o principal jogador da vila, torceu o tornozelo numa dividida com Marquinhos. Era apenas um treino, mas Robson não conseguiu tirar o pé do quarto buraco na lateral da grande área. E lá ficou o moleque, chorando e desesperado, pois o encontro dos bairros aconteceria e ele não jogaria.
Era a chance do Zezinho. Seu Lourival não tinha reservas no banco e, vendo o menino franzino ansioso por entrar, pensou: “É apenas um treino!” Convidou o Zé e, em tom de brincadeira, disse: “Arrasa aí, moleque!”
E o moleque arrasou. Na primeira bola, soberbo, driblou seu próprio companheiro de time, enganando os adversários que não entenderam aquilo. Desafiando as leis da gravidade, voou até a entrada da grande área e chutou suavemente a pelota, que morreu no ângulo direito. O goleiro voou ao máximo, mas onde a bola entrou, nem o Zetti chegaria.
O Fenômeno da Ladeira
O Zezinho arrasou, mas algo chamava a atenção. Sempre que ameaçado, ele rolava, se contorcendo, como se estivesse morrendo. Quando o treinador, convencido, assinalava a falta, ele levantava feliz, zombando do adversário. “Antipático”, diziam os colegas, e entre estes ele ganhou o nome de Zezinho da Ladeira, pois rolava como se estivesse descendo a ladeira da rua onde morava toda vez que esbarrava em alguém.
E os juízes sempre expulsavam o adversário, mesmo nos treinos! Seu Lourival ficou encantado: o time da vila teria agora um gênio, uma arma secreta contra as defesas dos outros bairros. E assim aconteceu. Nos torneios do bairro, aquele menino brilhava e o time ganhava tudo e de todos: 10×1 nos Pernas Quebradas Esporte Clube, 9×3 no Tamanco Social e incríveis 7×1 na seleção de Pardais Famosos, o maior campeão dos torneios.
A fama crescia. Todos queriam falar do Zé, a maior promessa do futebol. O pai do Zé via o futuro: oceanos de dinheiro na conta dele e do Júnior. Os músicos cantavam “Tocou no Zé é gol”, e os locutores dos torneios bajulavam o moleque até mais do que os políticos e patrocinadores. Para os locutores, ele não era mais o Zé da Ladeira; era o Menino Zé.
A Queda do Ídolo
O Zé cresceu mais que o time. Começou a humilhar os colegas, não respeitava os adversários e chegou a contratar locutores para cantar suas vitórias, ganhando mais fãs. Mandou até o seu Lourival calar a boca! Depois dos torneios de bairro, a meta era o título da cidade. Eles ganharam, mas os locutores, comprados, transformaram os onze que se mataram em campo em meros coadjuvantes. Graças ao Zé da Ladeira, o time da rua era agora campeão municipal.
Era a hora de enfrentar as potências do estado. Com fama e dinheiro, o Zé descobriu que bastava se jogar e rolar pelo chão para garantir vantagem. Ou o adversário ficava irritado e o agredia, sendo expulso, ou o juiz expulsava o adversário antes mesmo disso acontecer. Expulsando a todos e rolando pelo gramado, o Zé ganhou títulos, dinheiro e comprou tudo que o dinheiro podia comprar: casas, barcos, aviões, carros e até um caminhão cheio de amigos.
E foi embora do time do bairro, que acreditava que ganharia algo por descobrir aquele talento. Desde então, o time foi definhando aos poucos, vivendo apenas das memórias de um menino magricela que rolava como uma bola nos gramados. Restam agora apenas um campinho seco, traves quebradas, e nem mesmo o Sr. Lourival desfila por lá.
Hoje, para mostrar que ainda lembra a sua origem, Zé da Ladeira contrata cineastas para produzir um lindo documentário sobre sua vida, com depoimentos inventados, arrancando lágrimas dos antigos torcedores. E, claro, enchendo a pança de dinheiro.
Os trouxas, enganados, continuarão cantando: “Tocou no Zé é gol” e, ao assistir à sua trajetória, dirão: “Pobre Zé da Ladeira”. Enquanto isso, o pobre Zé, rolando e enrolando a todos, continuará enchendo ainda mais a pança de dinheiro!