“Aquele que tem um porquê para viver pode suportar quase qualquer como.” – Nietzsche
Escrever textos para um blog, montar e trabalhar edição e composição de música, um monte de livros pra ler, enquanto se trabalha oito horas por dia…
E no final, aquela sensação decepcionante de que não fez o melhor…
Tudo ao mesmo tempo, sem foco definido!
Você talvez diga: – “Ou você é ocupado demais, ou sofre de déficit de atenção… TDAH.”
Talvez, mas o que é TDAH?
Antes de analisar a resposta, saiba que, de acordo com o site www.gov.br, estima-se que entre 5% e 8% da população mundial apresenta Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade.
Nos últimos anos, percebemos que houve uma mudança nos números de portadores desse transtorno… O que isso significa?
É o que vamos entender nesta matéria.
Entendendo o TDAH
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica que impacta o comportamento, a capacidade de atenção e a autorregulação.
A capacidade de atenção e a autorregulação são habilidades fundamentais para o desenvolvimento humano, e estão relacionadas a diversos aspectos da vida, como desempenho acadêmico, saúde mental e bem-estar geral.
Geralmente diagnosticado na infância, o TDAH é caracterizado por três traços principais: desatenção, hiperatividade e impulsividade, que variam de pessoa para pessoa.
Essa desatenção se traduz em dificuldades para se concentrar, ser facilmente distraído e ter problemas em finalizar tarefas.
Quanto à hiperatividade, ela se expressa através de uma inquietação constante e uma necessidade incessante de movimentação, enquanto a impulsividade leva a ações precipitadas, sem pensar nas consequências.
Diagnóstico
A psicologia aborda o TDAH considerando fatores biológicos, psicológicos e sociais, além do contexto familiar e social.
Uma análise multidisciplinar é essencial para intervenções que vão de terapias comportamentais a medicamentos, promovendo melhor funcionamento diário.
O diagnóstico segue critérios como persistência dos sintomas por mais de seis meses em diferentes ambientes, como escola e casa, segundo diretrizes da American Psychiatric Association e da Organização Mundial da Saúde.
Conscientização
O aumento de diagnósticos de TDAH nas últimas décadas reflete mudanças nos critérios diagnósticos e maior conscientização sobre o transtorno.
Campanhas de sensibilização e debates públicos ampliaram o reconhecimento dos sinais de TDAH, indicando mais detecção do que um real aumento na incidência.
Pressões sociais e acadêmicas modernas também contribuem para maior atenção aos sintomas, muitas vezes interpretados como um fenômeno recente.
Estudos apontam a importância de analisar cuidadosamente as causas desse aumento, diferenciando entre diagnósticos precisos e avaliações excessivas.
Desafios
Indivíduos com TDAH enfrentam desafios que afetam suas relações pessoais, acadêmicas e profissionais. Em interações sociais, podem ter dificuldades em manter o foco, causando mal-entendidos e isolamento.
No contexto acadêmico, problemas com organização e gerenciamento de tempo impactam o desempenho e podem gerar estigmatização e baixa autoestima.
No trabalho, impulsividade e dificuldade em cumprir prazos podem criar obstáculos, mas muitos indivíduos mostram resiliência e criatividade excepcionais quando suas habilidades são reconhecidas e apoiadas.
Estratégias como comunicação aberta, ajuda profissional e desenvolvimento de habilidades interpessoais ajudam a construir relações significativas e uma vida equilibrada.
Tratamento
O tratamento do TDAH exige uma abordagem multifacetada, incluindo terapias psicológicas, intervenções comportamentais e, em alguns casos, medicamentos.
Terapias como a cognitivo-comportamental ajudam a desenvolver estratégias para lidar com os sintomas, melhorar a organização e a gestão do tempo.
Intervenções comportamentais reforçam comportamentos positivos em ambientes estruturados, enquanto medicamentos estimulantes podem melhorar concentração e reduzir impulsividade, sob supervisão médica.
O suporte contínuo de familiares, educadores e profissionais é vital para fortalecer autoestima e resiliência, encorajando indivíduos a reconhecerem seus pontos fortes.
O TDAH não define a identidade de uma pessoa, e os desafios podem levar a crescimento pessoal e realizações significativas, mostrando que há esperança e possibilidades em todas as circunstâncias.
Há Aspectos Positivos?
Você talvez se pergunte se há aspectos positivos. A resposta é sim. Alistamos algumas abaixo:
- Muitas pessoas com TDAH têm mentes criativas e abordam problemas de maneiras inovadoras.
- Quando engajadas em algo que amam, demonstram foco intenso e paixão.
- Lidar com desafios diários desenvolve adaptabilidade e força emocional.
- A criatividade, o engajamento e a resiliência são características de pessoas com este tipo de transtorno. São coisas boas, não é verdade?
Estratégias para Viver Bem com TDAH
Alistamos abaixo algumas estratégias:
Autoconhecimento: Entender como o TDAH afeta você ajuda a encontrar estratégias personalizadas.
Rotinas estruturadas: Usar lembretes, calendários e listas pode minimizar distrações.
Terapia e suporte profissional: Terapias como TCC e intervenções específicas ajudam a desenvolver habilidades práticas.
Comunicação aberta: Compartilhar desafios com pessoas próximas reduz julgamentos e promove empatia.
Como afirmou Nietzsche: “Aquele que tem um porquê para viver pode suportar quase qualquer como.”
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Fonte: Wikipedia