Notícias de Guerras – o jogo da informação

 

Menino Palestino sobre os escombros. Como interesses comerciais interferem no modo como recebemos as notícias?

Imagem de hosny salah por Pixabay

 

Notícias de Guerras – o jogo da informação

Gilson Cruz

 

Falar de guerras não é uma tarefa fácil, principalmente sabendo que há muito jogo de informação e que a versão que prevalecerá será a do vencedor.

A TRAGÉDIA

Porém, eventos foram desencadeados desde o 7 de Outubro de 2023, desde que um ataque, do grupo terrorista Hamas, assassinou mais de 1.400 pessoas, que participavam de uma rave no deserto.

A reação de choque foi inevitável. Saber que jovens tiveram suas vidas abreviadas, covardemente,  sem nenhuma chance de se defender, abalou o mundo

ISRAEL – INFORMADO SOBRE A POSSIBILIDADE DO ATAQUE

Por outro lado, informações atualizadas mostram que, o governo de Israel já havia sido informado da possibilidade de um ataque iminente.

Infiltrados israelenses informaram que o Hamas, um grupo terrorista, havia intensificado seus treinamentos.

Mesmo sabendo das atividades do Grupo Inimigo, o Presidente de Israel ignorou os avisos especificados em documentos de mais de 40 páginas, que descreviam exatamente o que estava por vir!

Fonte: Inteligência de Israel descartou alerta detalhado sobre ataque do Hamas – ( 25/11/2023) – Mundo – Folha (uol.com.br)

 

REVISANDO A ORIGEM E AS RAZÕES DO CONFLITO

Os conflitos entre a Palestina e Israel remontam desde meados do século XX, e embora haja questões religiosas envolvidas, o principal motivo dos conflitos atuais é político.

A maneira violenta e desprezível com o que os Palestinos residentes na faixa de Gaza e na Cisjordania, vêm sendo tratados ao longo dos anos, tem sido uma das principais razões do conflito.

Os palestinos buscam a sua autodeterminação, enquanto sob o pretexto de que o Estado Palestino oficialmente não existe, a nação de Israel os trata como subumanos.

Sem nenhuma comoção da imprensa mundial, os Palestinos vêm sendo submetidos  a tratamentos degradantes que limitam o seu acesso a itens básicos como à agua e remédios.

E também a  um bloqueio econômico que se estende desde 2007.

Um outro motivo alegado por Israel é o combate ao grupo terrorista, O Hamas.

A IMPRENSA –  E A INFORMAÇÃO ?

Historicamente, o próprio Israel ajudou a criar o Hamas.

Saiba mais no link, a seguir, do  Wall Street Journal: como Israel ajudou a gerar o grupo Hamas – Revista Focus Brasil | Revista Focus Brasil (fpabramo.org.br).

Corforme, matéria anterior deste site, um dos objetivos por trás de atos terroristas é atrair a atenção do mundo e infelizmente, a maior parte da imprensa só voltou a sua atenção à Palestina depois da tragédia no deserto.

Mas, ainda o faz com olhar tendencioso, sem nenhuma isenção. Por exemplo, um portal de notícias no Brasil enfatizava a  morte de dois militares no “confronto” com o Hamas, esquecendo dois fatos:

. Não está sendo um confronto, e sim, um massacre não contra o Hamas, mas contra pessoas indefesas e inocentes na Palestina. Palestinos e Hamas não são a mesma coisa.

. Entre os mais de 15.000 mortos em Gaza, cerca de 6.000 são crianças.

Fonte: Dia 63 da guerra: 2 soldados de Israel e 6 palestinos morrem na Cisjordânia (uol.com.br)

PROPOSTAS HUMANITÁRIAS versus  INTERESSES COMERCIAIS

Outros supostos jornalistas criticaram as onze propostas do Brasil, entre elas, a liberação de todos os reféns e o tratamento humanizado, o direito aos bens básicos aos Palestinos, pausas humanitárias para o cuidado das vítimas e profissionais. – Veja o link: Israel x Hamas: Veja as propostas do Brasil sobre a guerra vetadas no Conselho de Segurança da ONU (globo.com)

Apenas os Estados Unidos, um País notoriamente bélico , líder na indústria da Guerra, exerceu o seu poder de veto.

E a imprensa, permitiu-se mais uma vez intimidar-se, tratando superficialmente o assunto.

Enquanto isso, ao redor do mundo, supostos evangélicos planejam suas próximas e lucrativas excursões às terras bíblicas.

Outros, numa descarada falta de conhecimento, alegam que os Filisteus (ou Palestinos) são conhecidos inimigos do Povo de Deus e esquecem que Deus não Parcial. – A Bíblia em  Atos 10:34,35.

ERROS REPETIDOS

Lamentavelmente, o Holocausto ocorrido na Segunda Guerra Mundial, vitimou milhões de judeus. Uma das características daquele massacre era a ideia nazista de que os judeus eram humanos inferiores.

Tal erro também vem sendo cometido pelo estado de Israel, que tratam com o mesmo desprezo os Palestinos.

JORNALISTAS COMPROMETIDOS COM OS FATOS

Jornais e jornalistas independentes, preocupados em relatar os fatos, vêm mostrando com clareza o resultado dos ataques do exército Israelense em gaza:

. Pais desesperados carregando os corpos de seus filhos mortos, pessoas completamente dilaceradas e o desespero de médicos e jornalistas na incerteza de viver para fazer o seu trabalho.

. Milhares de corpos sendo enterrados em valas e outros continuam soterrados em escombros.

. Famílias sobrevivendo sobre os escombros!

Centenas de jornalistas já foram mortos pelo exército de Israel!

Israel, “num suposto ato de bondade” deu um prazo de 24 horas para que os Palestinos se deslocassem para o Sul de Gaza – e os bombardeios nessa área já começaram!

REFLEXÃO FINAL

Cabe a reflexão: O assassinato de milhares de inocentes, inclusive crianças – não seria também uma forma de terrorismo?

Qual deveria ser o papel da Imprensa? Continuar investindo nos lucros, por anunciar apenas o que convém aos patrocinadores ?

O formato dos jornais, visa moldar a opinião do expectador conforme o interesse do veículo de comunicação. E podemos resumir tais interesses, numa frase:

“Maiores audiências, maior divulgação de produtos, maior lucro!”

As imagens do massacre estão acessíveis em algumas plataformas digitais e estas causam dor por ver o ser humano sofrendo injustamente, e  a  também revolta ao perceber a hipocrisia no País da Fé e da Liberdade.

Não disponibilizaremos os links das imagens dos massacres, esse não é o objetivo deste site.

Falar de guerras, realmente, não é tarefa fácil.

Há jogo de informações, investimento pesado em propagandas e estes na maioria das vezes surtem o efeito esperado: Uma população entorpecida e com preguiça de pensar.

Jamais apoiaremos nenhum ato de  violência ou terrorista.

O objetivo do site Jeitodever.com é que o leitor desenvolva também um jeito próprio de ver e entender o mundo.

Que o leitor ao receber notícias, seja crítico e questione o que há por trás do jogo da informação.

 

Saiba mais em:

Conflitos entre Israel e Palestina – Brasil Escola (uol.com.br)

 

Cabe a reflexão: O assassinato de milhares de inocentes, inclusive crianças – não seria também uma forma de terrorismo?

Qual deveria ser o papel da Imprensa? Continuar investindo nos lucros, por anunciar apenas o que convém aos patrocinadores ?

O formato dos jornais, visa moldar a opinião do expectador conforme o interesse do veículo de comunicação. E podemos resumir tais interesses, numa frase:

“Maiores audiências, maior divulgação de produtos, maior lucro!”

 

 

 

Um E.T em meu quintal (Um dia estranho)

O bem humorado conto de um encontro com um E.T. Divirta-se.

quinta Imagem de Aliensworld por Pixabay

Gilson Cruz

 

Em meu quintal…

O dia estava meio estranho e confesso que o calor estava fora do normal.

Era quase fim de tarde e lá, escondido entre as pequenas plantas, consegui ouvir um som bem diferente.

Não eram  grilos fazendo a festa costumeira, nem algum morcego bêbado que se chocou novamente contra a minha parede.

Também não eram sapos; estes já haviam migrado para a lagoa mais próxima.

E quando eu digo mais próxima, não significa necessariamente próxima.

Era um serzinho estranho, mas como eu já disse, o dia estava estranho, então não liguei muito pra isso.

A aparência

Não me pergunte se tinha braços grandes que se arrastavam pelo chão – pois à beira das estradas escuras você pode ver um monte dessa espécie, e que não são necessariamente ET’s.

Não posso dizer que era verde, pois a escuridão dificultava a minha percepção.

Ele não era como aquele primo dele, que aconselhava aos terráqueos à busca pelo conhecimento..

Também não era daquele tipo que resolveu se exibir lá em Varginha,  Minas Gerais.

Esse era um pouco mais profundo. E passou a me contar sobre o seu mundo e a dizer as seguintes palavras:
– “Meu caro terráqueo, não sei se as notícias que tenho pra você são boas… Na verdade, são bem ruins!”

 

Recordei  a História…

Bem, eu já estava acostumado “a notícias ruins…” – pensei em voz alta:

Pensei: “Primeira Guerra Mundial,  Gripe espanhola,  Hitler,  nazismo,  fascismo e outros regimes parecidos.

Holocaustos,  massacre em Nanquim…

Continuei: “Segunda Guerra , bombas em Hiroshima e Nagasaki, COVID 19, ataque ao World Trade Center,  guerra no Golfo Pérsico e a eterna ganância pelo petróleo.

Lembrei também: “Golpe militar em 1964,  onda de autoritarismo na América do Sul,  a fome na África e  o We are the world.

Vi o presente…

Daí, lembrei a  invasão Russa à Ucrânia  e  o ataque terrorista a Israel, daí  o  massacre de palestinos pelo exército Israelense,  entre os quais mais de 6000 crianças  foram mortas.

–  “Já estou acostumado” – pensei.

“Estava revoltado, pois depois de incentivar os moradores de Gaza a migrarem para o Sul,  Israel passou a bombardear justamente o sul.

E o número de vítimas inocentes continuava a crescer, enquanto o governo  Israelense investia pesado em propaganda para conquistar a simpatia do mundo…

“Bem, ver um portal de notícias dizer que dois soldados israelenses morreram é triste, mas vê -lo ignorar a morte dos milhares de inocentes palestinos é, no mínimo, imoral…

“Estou acostumado a ver a corrupção mantida no poder por um povo cego, cegado pela  história e pela própria ambição,  e também a ver corrupção nos meios de comunicação”.

Os danos à Terra e à humanidade

“Eu já estava acostumado a ver desastres como Chernobyl, Mariana, Brumadinho, Maceió, Tsunamis e desastres nucleares como o de Fukushima, no Japão…

“Já não me causava espanto ver pastores religiosos tirar proveito de alianças com partidos políticos enquanto seus rebanhos cativos,  deveriam fugir do materialismo, enquanto eles mesmos se enchiam de bens,  desde fazendas até aviões.

E nem mesmo me abalaria mais, ver um monge mostrando um carinho exagerado por um menino…

“Já estava acostumado a ouvir que a água potável estava acabando e que deveríamos economizar, se possível esquecer os banhos e ignorar a sede;

enquanto fábricas de tecidos, de refrigerantes , papel , e até mesmo o agronegócio destroem imensas reservas de águas, e não dão a mínima para o futuro.

“Já estava acostumado com a ideia de não poluir e evitar consumir carne bovina, pela camada de ozônio;

enquanto os mais ricos do mundo poluíam e poluem  mais que toda a humanidade pobre…

“Já estava acostumado com a sensação que os grandes ricos previam o fim da Terra, já esgotada, após a ganância acabar com toda a riqueza .

Eles sonhavam em partir e habitar (e talvez destruir novamente) um planeta qualquer – quem sabe Marte fosse o azarado! Caso a nave mãe não explodisse no caminho! Tudo é possível!

– Não é um desejo!

 

Nada me surpreendia…

E enquanto pensava estas coisas em voz alta, o pequeno ser respondia indignado:
“Aí é que está o problema…vocês se acostumaram a tudo isso!”

 

A Surpresa

Entendi naquele momento…

E sem que ele soubesse, corri e discretamente apanhei a minha câmera. Excelente resolução -” hoje ele não escapa!”

A primeira foto 4K de um E.T!

Ao chegar discretamente, percebi que ele não estava mais!

Vi naquele momento, que ele não era vaidoso, como os primos,  e que todas as fotos de OVNIS são de péssima qualidade!

Como eu disse, percebi também naquele momento:

– “Era hora de tomar o meu remédio!”

 

 

Veja também:  Notícias de Guerras – o jogo da informação ‣ Jeito de ver

Palavras de 2023 – o ano que passou! ‣ Jeito de ver

 

Versos sem destino ( um conto )

Um belo conto sobre amor platônico. Divirta-se.

Imagem de Tumisu por Pixabay

Gilson Cruz

 

NO INÍCIO, AS PERNAS TREMIAM

As pernas tremiam quando ela entrava na sala de aula.
Ele não sabia, mas talvez a adolescência ainda existisse, embora disfarçada, atrás das lentes daqueles óculos para corrigir um pouco daquela miopia.

As “quintas-feiras” de Primavera, eram terríveis!
Ele tinha que suportar,  já na aula de entrada a voz doce daquela – que em qualquer outro lugar, seria uma jovem linda, uma paixão e que naquela hora era nada menos que a sua professora.

As aulas eram chatas, a voz dela era doce, mas ela vivia insistindo para que ele desse mais atenção às aulas.

O misto de emoções parecia irreal.

No outono, acontecem as paixões, diziam os colegas em tom de brincadeira entre as aulas de histórias, ciências e biologia.

Mas, não é que havia um pouco de verdade?

Alunos se apaixonarem por professores, não era tão incomum.
Ele era tímido, introvertido, mas para ela, ele criava seus melhores versos, inventava novas canções – e sonhava com o momento de mostrá-las – ainda que sabendo, lá no fundo, que não haveria chance alguma de algo acontecer.

E O FIM DE MAIS UM ANO

E as aulas continuaram, o inverno passou, as brincadeiras juvenis se tornavam menos intensas e depois de longos meses, chegaria a hora de se despedir daquela turma, daquela escola e dela, a razão dos versos.

Abraços, adeus…todos contentes.

Emanuel, seu melhor amigo,  abraçaria a História, Romualdo se dedicaria a Educação Física, Cida iria para o Sul, Dalva para a França… todos caminhariam em estradas diferentes.

Melhores amigos se despediam e prometiam sempre enviar notícias – mas, a vida prega essas peças.
Alguns foram para longe e o tempo não lhes permitiu enviar as esperadas lembranças, notícias…

Outros se foram, pois os imprevistos acontecem mesmo aos jovens… não tiveram tempo de dar um último abraço, como o Augusto que desistiu de viver, e que jamais fora entendido por alguém.

Mas, naquele momento de despedidas, sentia a falta da jovem Professora.
Estava num misto de alegria e tristeza por se despedir, por ver mais um fim de ano.

 

E ELE DECIDE APRESENTAR SEUS VERSOS…

Estava livre agora para conversar com aquela que fora a inspiração das músicas e poemas.

E ainda, na última Sexta-feira, de um Dezembro qualquer, ele organizava seus versos…
Ensaiava suas últimas canções.
Se preparava apenas para um muito obrigado, ainda que meramente formal… e poder se desiludir, então.

E naquela noite, logo após a lua brilhante do novo verão iluminar o leste da cidade, apanhou seu violão e se dirigia, caminhando pelos trilhos até o caminho que levavam à porta mais distante do mundo.

Cada passo pesava toneladas e cada segundo eram séculos vividos até a esquina que dava na rua das Rosas.

E cruzando a esquina, vira de longe um carro.
E do carro descia aquele que falava as palavras que ele desejava falar, e planejar o futuro que ele sonhou por todo um ano…

No momento em que ele chegava, seus olhinhos verdes brilhavam e seus lábios riam enquanto andava alegremente para abraçá-lo.

Abraçar aquele a quem ela amava e de quem certamente ouviria as palavras, que ela desejava ouvir.

Olhando à distância, ele desiludido, via a razão dos seus versos também entrar no carro e saírem.

Não houve lágrimas. E o caminho de volta se tornara longo…

A lua agora iluminava as suas costas e o velho Di Giorgio tinha o peso do mundo.

Naquela noite não haveria músicas ou poemas, até porque num tropeço, o braço do seu violão favorito, se quebrava em dois.
Desempregado, não podia comprar outro…ser jovem, era outro nível!

As músicas cessaram naqueles dias.

E um novo ano se aproximava.
Haveria novas turmas, novos professores e diferentes paixões.
E a vida continuaria. Ele certamente encontraria alguém e amaria, e quem sabe voltaria a escrever novos versos…

Mas, ainda lembraria daquele violão, que o acompanhava nas madrugadas de composições para a sua paixão adolescente, e daqueles meses e sentimentos, que findariam também.  No fim das aulas – num verão.

 

Veja também Caminhos de ferro ( Um conto) ‣ Jeito de ver

 

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