Superexposição e direito à privacidade

Imagem de Niek Verlaan por Pixabay

Vivemos na era da superexposição.

As pessoas fazem o impossível para prolongar os 15 minutos de fama.

Desde plantar na mídia notícias sobre novos relacionamentos até mostrar demais numa praia, desde envolver-se em confusões até fazer tatuagens em partes íntimas – que não deveriam ser interessantes a mais ninguém.

Mas, visto que a curiosidade é algo inerente à natureza humana – a tática funciona e enquanto estiver dando certo será usada, sem nenhum pudor até que a fórmula perca o efeito e seja necessário a criação de novos métodos.

Por exemplo, os reality shows exploram ao máximo aquilo que pode gerar algum entretenimento.

A superexposição de celebridades e de pessoas polêmicas, gera bons índices de audiência.

Numa premiação de melhor reality, uma das Kardashians, do reality “Acompanhado as Kardashians” (tradução livre), que se trata de um programa de televisão que acompanha o dia-a-dia desta família, declarou:”Nossa família sabe como a televisão verdadeiramente atraente vem de pessoas reais sendo elas mesmas”… “Contando suas histórias sem filtros e sem roteiro” – completou a outra, provocando o deboche da plateia – Plateia debocha da “vida real” das superexpostas Kardashians (terra.com.br)

Outras facetas da superexposição

A superexposição pode ser observada também em notícias a respeito de políticos que para não serem postos na prateleira merecida do esquecimento, fazem declarações bombásticas, não importando quão ofensivas e falsas estas sejam.

Por exemplo, nas eleições de 2018, o partido vencedor com o apoio de voluntários, inclusive do campo religioso e midiático, se empenhou na propagação de notícias falsas – como a chamada “mamadeira fálica“.

O medo e a ignorância afetaram profundamente o resultado daquelas eleições.

Porém, uma vez eleito e sem projetos, os eleitos passaram a se destacar pelas declarações bombásticas, como as da senadora que acusou sem prova o tráfico de crianças na ilha de Marajó. – saiba mais no link:

Investigamos a violência sexual no Marajó – e não é nada do que a ministra Damares diz – Agência Pública (apublica.org);  Em culto, Damares acusa sem provas tráfico de crianças na Ilha de Marajó (globo.com).

Um público despreparado? – As consequências

Um detalhe interessante na notícia acima é que ela ganhou terreno inicialmente dentro de igrejas.

Por causar choque e ser divulgada por pessoas, que deveriam ser, no mínimo, sérias e honestas, os fiéis sem poder de questionamento as espalham como deveriam fazer com o que aprendem sobre Deus.

O governo eleito foi entregue aos cuidados de uma Câmara, que adquiriu superpoderes e o presidente passou aparecer em motociatas, carreatas e em um  monte de bravatas.

A superexposição nestes casos, deu certo? – A resposta é sim.

O resultado das eleições seguintes não surpreendeu pelo número de falsos moralistas, de influencers e de envolvidos em polêmicas.

Os eleitos transformaram o púlpito da Câmara em palanques eternos e se apresentam para polemizar, sem nenhum projeto de futuro, que não seja garantir vantagens pessoais.

O artifício da superexposição e os riscos

A superexposição é usada com sucesso por pessoas do meio artístico e da política e pode ser danosa, principalmente a quem não está preparado para isso.

Com o avanço tecnológico e a criação das mídias sociais as pessoas passaram a postar muitas coisas a respeito de si, como viagens, localização atual e postagens de informações não recomendadas.

Fotos da hora em que despertam, fotos da hora do almoço e daquilo que estão comendo e mesmo fotos de momentos de intimidades em seus relacionamentos.

Além de problemas à saúde mental, o indivíduo pode estar fornecendo aos cybercriminosos todas as informações necessárias para um golpe.

– Saiba mais no link  Quais são os efeitos da superexposição nas redes sociais? (hotmart.com).

O que muitos não sabem é que, na  maioria das vezes, a superexposição de artistas e políticos, é milimetricamente calculada por acessores que sabem lucrar com  venda e direitos de imagem.

O Direito à Privacidade

O Direito à Privacidade é um Direito Fundamental, previsto na Constituição Federal onde se estabelece que não deve ser violado. – saiba mais no página Direito a Privacidade e sua Importância: Guia completo e Jurídico (diegocastro.adv.br)

A experiência mostra que o respeito a privacidade não é muito comum.

Veja exemplos no link a seguir  “Manda Nudes”: Histórias de quem expôs a intimidade – Revide – Notícias de Ribeirão Preto e região

Os danos colaterais podem ser ainda maiores, como no caso da jovem que cometeu suicídio após ter suas imagens íntimas divulgadas.

–  RS: adolescente comete suicídio após ter fotos íntimas divulgadas na web (terra.com.br).

Infelizmente, casos assim não são raros.

Compartilhar imagens íntimas sem autorização é crime. Saiba mais Compartilhar imagem íntima sem autorização é crime; veja como denunciar – BBC News Brasil.

O que se pode fazer?

Quando se passam os 15 minutos de fama, o que resta?

Para aqueles que usam a superexposição profissionalmente os lucros talvez compensem.

Mas, será que vale à pena vender a própria privacidade? Mesmo alguns que investiram profissionalmente na superexposição revelaram o stress e a possível depressão consequentes disso.

Portanto, mesmo quando alguém íntimo pede um Nude, como prova de amor, tenha bom senso.

Não é uma prova válida e pode gerar um monte de dor de cabeça no futuro, como nos casos de revenge porn ( vingança pornô), em que um namorado sai criminosamente divulgando imagens íntimas, após o fim de um relacionamento.

A resposta é NÃO NEGOCIE A SUA PRIVACIDADE!

Em casos de divulgação de imagens íntimas, denuncie a SAFERNET, que possui vínculos com o Ministério Público Federal. – O que fazer caso alguém publique suas imagens íntimas na Internet | Exame.

Embora a superexposição seja amplamente explorada e produza certa popularidade, a vida precisa significar mais que apenas os 15 minutos de fama.

Gilson Cruz

 

Vivemos na era da superexposição.

As pessoas fazem o impossível para prolongar os 15 minutos de fama desde plantar na mídia notícias sobre novos relacionamentos até mostrar demais numa praia, desde envolver-se em confusões até fazer tatuagens em partes íntimas – que não deveriam ser interessantes a mais ninguém.

Leia também Qual o preço de uma amizade? ‣ Jeito de ver

 

O lobo mau dentro de casa (a vida real)

Criança deprimida. Muitas crianças sofrem maus tratos de pais ignorantes.

Imagem de Mandy Fontana por Pixabay

 

 

Falaremos sobre a criação de filhos.

Criar filhos é prepará-los para um mundo que está  sempre em movimento. Um mundo de mudanças, surpresas e desapontamentos.

Em décadas passadas, havia uma disparidade na maneira como se educava  meninos e  meninas.

Analisaremos o problema na raiz.

O PROBLEMA NA RAIZ: A má Educação 
e as consequências

Notava-se neste País de cultura Patriarcal a seguinte distinção na criação dos filhos:

Os meninos eram ensinados a agir como seres superiores, capazes de tudo. Podiam brincar do que quisessem.

Eram incentivados a se mostrarem homens desde bem cedo, “aprenderem a namorar” desde a infância.

Ao passo que a menina era a caça, às vezes proibidas de até mesmo terem acesso à educação.

Seus brinquedos seriam bonecas, para que desde bem cedo aprendessem a ser futuras mamães. Não podiam aprender a ler e a escrever, para que não se comunicassem  com seus namoradinhos.

Sobre os ombros destas jovens, havia o peso de carregar a obrigação da virtude (como eles chamavam a virgindade) e caso elas fossem enganadas e “desvirtuadas “( como diziam na época) seriam expulsas de casa, por não serem “mais nada“.

Expulsas de casa, desonradas pelos pais, mal faladas pelos vizinhos e sem amparo de parentes as jovens muitas vezes conseguiam refúgio em casas de prostituição, onde passavam a trabalhar, entenda-se, vender seus corpos, por uma remuneração.

Lamentavelmente, houve casos de jovens não suportarem a pressão da sociedade e cometerem suicídio.

O preconceito e a educação numa sociedade patriarcal

Às meninas a cobrança, a humilhação e às vezes o suicídio.

Aos homens, a fama por suas realizações, traduzida na seguinte frase machista, tantas vezes ouvida e repetida:   -“Prendam suas cabras , pois o meu bode está solto!”

E essa sociedade patriarcal  pervertida, tenta se perpetuar por meio do machismo, presente  também na objetificação da mulher e em relacionamentos abusivos e misóginos em que o homem diz poder trair e punir pelo simples fato de ser ele o homem!

Exemplos sutis da objetificação da mulher, também se dá naquelas conhecidas festas em que há a promoção “Mulher entra sem pagar!“, onde o altruísmo se traduz no fato de que as mulheres servirão apenas de chamariz para caçadores famintos.

As consequências de tal objetificação é trágica. Veja os exemplos nos links a seguir. – Homem que matou mulher dois dias após assinar o divórcio é preso em MG | Zona da Mata | G1 (globo.com);

Por não aceitar fim do relacionamento, homem mata a ex-sogra a facadas e fere a ex-namorada | Centro-Oeste | G1 (globo.com)

As consequências da objetificação da mulher vão desde não respeitar seus desejos e vontades a até mesmo puni-las com a morte.

As mulheres seriam meros objetos a favor dos homens.

Nesse sistema abusivo, não tardaria a haver um clamor por mudanças. Nasce daí o Feminismo.

O que é o Feminismo

As mulheres lutariam para ter liberdade nas suas escolhas, lutariam por demandas justas e exigiriam respeito pelo que são.

Parece injusto?

Isso é o Feminismo. Contrario ao que muitos imaginam FEMINISMO não é o contrário de MACHISMO.

O Feminismo é a luta pelos direitos da mulher e pela igualdade de gêneros e Machismo é uma atitude, um comportamento fundamentado na ideia de que os homens são superiores às mulheres. Veja – O que é feminismo? – Brasil Escola (uol.com.br)

O feminismo tem suas raízes lá no final do século XVIII, na França e tem ganhado força desde então, com a conscientização de uma sociedade, que antes aceitava o machismo como sendo algo natural e que então despertou para princípios de igualdade.

Atualmente, mais mulheres atuam na política e na liderança em outros campos, apesar da resistência de muitos a presença feminina não deve ser encarada como competição por espaço, a espírito deve ser de cooperação e de entendimento, pois as habilidades se complementam.

Há espaço para o diálogo. Em nome de uma tradição de dominação e incapazes de dialogar, por se sentirem inseguros, esperneiam e divulgam fake news a respeito deste movimento, que nada mais é do a procura de tratamento igualitário.

Os mesmos machistas sentem saudades do tempo em que homens traídos eram cobrados a cometer o crime pela honra, quando eles mesmos podiam trair.

Apesar de muitos avanços, ainda há muito a se mudar para que haja a justiça.

A necessidade de mudanças
Reeducação dos pais

Muitos pais precisam ser reeducados, pois embora vivam neste seculo XXI ainda se comportam como aqueles que privam seus filhos da socialização e educação necessárias a um bom desenvolvimento da personalidade.

Por exemplo, num município da Bahia, um senhor mantinha por  meses  filha e esposa em cárcere privado, numa pequena sala, sob a ameaça de um revólver.

Fonte-  Homem é preso por manter companheira e filha em cárcere privado no interior da BA; mulher estava em estado de depressão | Bahia | G1 (globo.com)

Apesar dos danos psicológicos causados à mulher e à filha, o homem desfruta a liberdade gloriosa dos filhos deste sistema machista.

Não se sabe exatamente os motivos que levaram o senhor da reportagem citada acima a cometer tal crime, provavelmente o desejo de proteger a filha de predadores, dos lobos mencionados anteriormente nesta matéria.

O fato infeliz, é que apenas ele conhece os seus próprios motivos, apesar de não dizê-los – e o pior, é que a vida de sua filha jamais voltará à normalidade!

Devemos admitir que apesar de todas as lutas, de todas as mudanças na sociedade, a mudança na raiz, que é a forma de pensar o mundo, será a luta mais árdua.

O mesmo ciclo continua, em que pais mal informados, mal direcionados, talvez  imaginem proteger suas filhas do mal – sem percebem que são eles próprios o problema, o Lobo Mau na história.

Veja mais De Degraus e Silêncios – Um Pai Solitário ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

Um novo dia, um novo tempo

Uma moça caminha na praia. Um texto sobre aproveitar "cada" novo tempo.

Imagem de Ri Butov por Pixabay

Um novo dia, um novo tempo.

Encarar cada dia como um novo dia, nos dá a chance de criar novas expectativas e olhar o mundo numa perspectiva diferente.

O ontem talvez não tenha sido o melhor dia da minha vida, é verdade,  talvez o meu humor não fosse aquele que eu gostaria de ver nos outros ou talvez a tristeza minasse a minha coragem de sair da cama.

É, o dia pode não ter sido bom.

Mas, hoje é um novo dia.

Você não precisa resolver tudo hoje…resolva apenas o possível, e aquilo que não for possível resolver – guarde para o amanhã. Não perca a sua noite, seu sono, sua vida por isso.

Seja sempre honesto com você mesmo, com seus amigos e até com aqueles que você não conhece. Dizem que o melhor travesseiro é uma boa consciência, então, presenteie a si mesmo com este presente.

O novo dia é a sua chance de viver um novo tempo.

Leia mais em As pequenas escolhas ( Reflexão) – Jeito de ver

Sozinho ( Poema de Solidão)

Um poema sobre solidão

Imagem de Peter H por Pixabay

 

O mundo é grande

a solidão é grande

mas o medo, é imenso!

Não tão imenso quanto este universo

em que me paraliso

me escondo…

Me escondo no medo do que já aconteceu

e daquilo que não pude mudar.

E temo o futuro…

Volto às mesmas noites de solidão

que já estavam resolvidas

mas, que sozinho na imensidão dessa pequena casa

me esconde,  me paralisa…

Lembro as estações,

quando amei a Primavera, sofri no inverno, morri nos verões…

e que o mundo continuava grande,

e a solidão, imensa…

Quando a noite passou

E os pensamentos ganharam asas

e ganharam o universo…

deixando todo o medo pra trás.

Voei.

Na imaginação, nos pensamentos..

e o mundo já não era mais tão grande!

Já não estava sozinho…

 

Veja mais em: Amar novamente (acreditar sempre) ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

Transformar ( Bem simples)

Caminhando na praia. Um poema sobre transformar se deixar transformar.

Imagem de Ri Butov por Pixabay

Transformar

o acordar

num passo

Os passos em objetivos

os objetivos em motivos

Os motivos em meios

e os meios, enfim…

em realizações.

E de novo,

as realizações

em  novos sonhos

e caso os sonhos não deem certo, chore

pois chorar não é pecado

e nem fraqueza,

é reconhecer que às vezes estes também falham.

Então…

Chore.

Experimente

O choro

O riso

o tentar novamente,

o amar

o persistir…

e insistir naquilo que se vale à pena.

Daí…

Recomece

Em novos passos

novos objetivos

novos meios

motivos mais nobres

E enfim…

novas conquistas.

Tudo outra vez, pois a vida não para.

O que poderia ser mais interessante

que esse ciclo infinito de se estar vivo?

Leia mais em:  Sozinho ( Poema de Solidão) – Jeito de ver.

Perigo nas redes sociais – como o se proteger

 

Facebook, Instagram, Twitter, X (o antigo Twitter), BlueSky, WhatsApp, WeChat, TikTok, Linkedin… são nomes de algumas redes sociais populares, bilhões de pessoas fazem uso diário pelos mais variados motivos.

Seja pra saber as novidades sobre famosos, conhecidos, desconhecidos, extraterrestres ou mesmo para atualizar as próprias novidades .

Todos sabem que as redes sociais foram criadas com o nobre objetivo de dar lucro aos criadores e que elas por meio de algorítmos influenciam modos e tendências.

Mas, este não é o assunto principal deste Post.

O ódio por trás das telas

Muitos predadores morais, incapazes de ter ou mostrar qualquer empatia, covardes que se escondem atrás de telas de computadores ou Smartphones, de ip’s alterados, fazem uso das redes sociais com objetivos perversos: destruir reputações, tecer comentários maldosos, doentios, na intenção de desestabilizar inocentes ou talvez criticar nos outros aquilo que não sabem fazer ou o talento e beleza que sabem que não possuem.

A falta de amor próprio é projetada em forma de palavras de ódio contra qualquer outra pessoa.

Na ocasião da morte do cantor e compositor Adam Schlesinger , vitima da Covid 19, aos 52 anos, um dos comentários de leitores dizia: “Nunca ouvi falar”.

Bem, há um monte de cantores e compositores bons que infelizmente passaremos a vida sem conhecer.

Talvez, o nobre leitor do comentário acima tenha procurado posteriormente informações a respeito do artista e tenha chegado à trilha sonora do filme The Wonders – O sonho não acabou, e quem sabe a curiosidade o tenha levado à Banda Fountais of Wayne, e talvez tenha gostado ou não. – Isso realmente não importa!

O  fato de alguém não conhecer ou não gostar de determinado estilo ou cantor não tornará insignificante a obra do artista para aqueles que gostam.

A música That thing you do, foi indicada ao Oscar em 1997.

Outras situações…

Em 2021, dois amigos faziam brincadeiras em que conversavam e simulavam o início de um beijo, que não acontecia. Os haters, nome dado aos que espalham ódio por meio das redes sociais, lançaram críticas doentias, ferozes ao jovem que devido à pressão, cometeu suicídio aos 16 anos.

Em 2013, na Flórida, EUA, uma jovem de 12 anos atirou-se de uma plataforma de uma fábrica de cimento abandonada, após ser atacada de modo cruel por meio de mensagens ou aplicativos de fotos. Os ataques que culminaram em nesta tragédia duraram mais de um ano.

Lamentavelmente, pouco tem sido feito para se combater discursos de ódio e fake news, uma vez que redes sociais são criadas para dar lucro e relatos perversos sensacionalistas  e mentiras geram engajamento.

As fake news se espalham 70% mais rápido que notícias verdadeiras. – ‘Fake news’ se espalham 70% mais rápido que notícias verdadeiras, diz MIT (correiobraziliense.com.br)

Discursos de ódio e posts de raiva geram cliques. – Posts de raiva são os que mais geram cliques e engajamento nas redes sociais – Giz Brasil (uol.com.br)

Dilema moral ?

O dilema moral em que se encontra as redes sociais é o mesmo que se dá com grandes empresas da mídia tradicional, seja Televisiva ou impressa  quando se trata em noticiar fatos de corrupção entre grandes anunciantes. – O que seria mais importante que o lucro? A verdade ou o lucro? 

Irremediavelmente, a maioria decide pelo lucro!

Atualizar Termos de Uso não tem mostrado ser a solução.

Alguns pais, decidem limitar ou mesmo proibir que seus filhos façam uso de Redes Sociais.

As famílias devem decidir, sem pessoas as redes acabam, portanto limitar o acesso ou mesmo parar de usar (o que muitas vezes é quase impossível!) reduziria os lucros e forçaria a uma mudança de melhor efeito.

Enquanto a mudança não acontecer, haverá sempre predadores morais, criminosos, doentes prontos a envenenar e até mesmo matar sonhos e reputações.

Leia mais em “Notícias na Era Digital (Viés e informação) ‣ Jeito de ver

 

 

 

Cachorros abandonados – o que fazer?

Um velho cachorro. Muitos animais morrem durante festividades que envolvem queima de fogos. Veja a história de Duke.

Imagem de Rajesh Balouria por Pixabay

 

Um cão chamado Duke

 

Você consegue imaginar a seguinte cena?

Festejos de virada de ano,  shows de fogos de artifício, clarões, barulho, sim, muito barulho – turistas e moradores locais entusiasmados olhando o céu, extasiados com a coreografia dos fogos, bebendo, cantando, celebrando o fim de ciclo de mais um ano.

Neste exato momento, o Sr. José, sim, o chamaremos de José, morador de rua, está desesperado tentando abafar os sons e acalmar seu companheiro, o Duke* (chamaremos de Duke) seu amiguinho de quatro patas, um SRD de três anos que o acompanha desde o nascimento.

Duke, é um cachorrinho amoroso, brincalhão e a melhor companhia contra o tédio.

Uma lembrança de que mesmo em tempos difíceis, alguém vai estar lá apenas por te amar.

Duke ama o José, mas está desesperado.

E o Zé, também está desesperado.

Ele sabe que os cachorros têm a capacidade auditiva maior que a dos humanos e que, para eles, barulhos acima de 60 decibéis, que equivale a uma conversa em tom alto, pode causar estresse físico e psicológico, pois o ouvido canino é capaz de perceber uma frequência maior de sons, e podem detectar sons quatro vezes mais distantes, se comparado a humanos. -(Fonte: Fogos, bombas e rojões: saiba o risco que isso pode causar nos animais – Voz das Comunidades)

Duke, o pequeno companheiro, infartou naquela noite.

Muitos animais morrem durante festividades que envolvem queima de fogos. Exemplos nos posts abaixo:

Cachorro morre durante queima de fogos, no réveillon | Bom Dia Rio | G1 (globo.com)

Mulher relata morte de cadela após queima de fogos de artifício no revéillon – Nacional – Estado de Minas

A história acima tem o nome dos protagonistas trocados, mas aconteceu no Rio de Janeiro, Brasil.

Caso você tenha um cachorrinho de estimação já percebeu como ele fica agitado com as bombas e sons altos? Nestes casos seria bom deixá-lo pela casa à vontade e tentar minimizar os efeito dos barulhos e treiná-lo para que aos poucos ele se acostume com sons diferentes.  – Fonofobia: seu cachorro tem medo de barulho? – BLOG.Petiko

Mas, quando se trata de cães que vivem nas ruas (sim, eles existem!) seria necessário uma política para conter os danos.

Uma política voltada para o cuidado de animais.

Não como aquelas em que prefeitos mandam recolher os pobres bichinhos para o abate, que além de cruel – é criminosa. Veja um exemplo na matéora do post: -Prefeitura na BA publica decreto que determina abate de animais abandonados em vias públicas | Bahia | G1 (globo.com)

Criar canis, investir em veterinários, criar programas de incentivo a adoção responsável, seria questão de saúde pública, contudo, infelizmente, quando a maioria dos políticos pensam neste problema, que são os cães abandonados, não entendem (ou fingem não entender) que o problema é o ABANDONO, não os cães.

Por isso, pensam apenas matá-los. Termo mais sincero para o comum “abatê-los”.

Buscam a solução mais fácil, pois se até mesmo a humanos em necessidade muitos políticos tratam como nada além de votos necessários, ou escadas necessárias,  que pensar das criaturinhas que não votam?

Lamentavelmente, esse tem sido o cenário.

Respeitar a vida está entre as principais virtudes de um ser humano.

Quanto ao dono do Duke, anda pelas ruas, sozinho e as pessoas não o notam.

Estão ocupadas demais olhando para cima. Não se importam, também com os HUMANOS.

 

Nota> O nome Duke foi escolhido por causa de um cachorro que foi espancado a pauladas, numa praça pública na cidade de Seabra, Bahia. Espancado, por animais sem raça definida, não deviam ser humanos, apesar de parecerem.  Até o momento ninguém foi preso, até o dia da reportagem.  O verdadeiro Duke morreu, em consequência dos espancamentos. – Cachorro é espancado a pauladas em praça na Bahia; animal foi atingido com pelo menos 8 golpes | Bahia | G1 (globo.com)

 

Leia também:  Os meios de comunicação e a política ‣ Jeito de ver

 

 

 

Qual o preço de uma amizade?

Pessoas solitárias são vulneráveis a aproveitadores.

Imagem de Mandy Fontana por Pixabay

 

A EPIDEMIA DA SOLIDÃO

A solidão tem sido descrita como uma das mais graves epidemias do século XXI, além da depressão e obesidade.

Há uma crescente tendência a esse mal em muitos países do mundo. Isso tem se agravado depois da pandemia da COVID-19. O fato é que a solidão está relacionada a grandes males. Observe o destaque do site CENTRO INTERNACIONAL SOBRE O ENVELHECIMENTO):

“Está associado a baixa auto-estima, angústia, ansiedade e depressão.

Gera dor física: a alma dói e as reações cerebrais são desencadeadas nas mesmas regiões que são ativadas pela dor corporal.

Está associado à morte prematura e por vezes aumenta as hipóteses de morrer de um ataque cardíaco ou sofrer acidentes cardiovasculares e cerebrovasculares (AVC).

Provoca uma diminuição e enfraquecimento do sistema imunitário.

Está associado à aquisição de hábitos nocivos. Entre os mais comuns encontram-se o alcoolismo (que pode ser uma causa, uma consequência, ou ambas) e os distúrbios alimentares (que contribuem negativamente para tudo o resto).

Gera perceções curiosas (faz-nos sentir mais frios, ouvir ruídos…).

Gera sociopatia e atrofia capacidades de socialização, hábitos e capacidades relacionais.

Pode ser um precursor de doenças de tipo: diabetes e doenças do sistema endócrino, artrite, Alzheimer ou inflamações de todos os tipos. Como exemplo, há investigações que sugerem que as mulheres que estão e se sentem sozinhas têm até cinco vezes mais probabilidades de contrair cancro da mama do que as mulheres que são socializadas e/ou na família.

Perturbam o sono e influenciam o sistema nervoso: as pessoas solitárias têm níveis elevados de cortisol, em comparação com as pessoas socialmente ligadas.

Causa a pior eficácia dos tratamentos médicos, uma vez que a “adesão” da pessoa aos tratamentos medicamentosos desce a pique.” – A solidão: epidemia do século XXI | CENIE

O problema pode estar nos motivos por trás da solidão: timidez, depressão, ansiedade, síndrome do pânico – o menu é vasto.

Especialmente os jovens são vulneráveis à solidão.

O COMÉRCIO DA “AMIZADE”

Desde a pandemia, muitos jovens passaram a sentir os efeitos do estresse causado pelo longo período de isolamento e do uso de máscaras. A depressão, a falta de confiança, a vulnerabilidade e a carência afetiva têm sido bem comuns.( Pesquise o texto no post Redação Sobre Jovens deslocados, os efeitos do estresse sobre os jovens no século 21 | Carnaval de Redação)

E em meio a esta crise de saúde pública surgiu um novo e revolucionário produto: A Amizade líquida.

Isso mesmo, líquida em economia: Que pode ser convertida em dinheiro!

O comércio de amizades virtuais, sim – pagar para se ter amizade de alguém, agora é possível.

Influenciadores deste universo, que é a internet, fazendo o que sabem fazer, lucrar com tudo o que seja possível!

Mas, qual seria o valor de uma amizade nestes termos?

Trinta a Duzentos Reais Mensais de acordo com o plano, funciona ou menos assim: “Se você quiser ter o prazer de dizer que conhece o Influencer e que se comunica com o mesmo o plano pode ser o comum, o mais barato. Mas, no plano VIP você poderá dizer que o artista é seu (sua) amigo (a).

Se você não tem cartão de crédito, pode pedir aos seus pais…” – nas palavras de um influencer.

BAIXA AUTOESTIMA

É triste dizer que muitos jovens, solitários e sem amor próprio, abraçaram essa ideia, não percebem o valor que estão recebendo em troca quando precisam pagar para serem aceitos por alguém.

As mentes jovens não percebem o desprezo que recebem de tais influenciadores digitais. Não percebem a superficialidade de quem está ali, olhando apenas um produto rentável  que se abre, se derrete, que não imaginando que quando as telas se apagam, ela deixa de existir.

Não percebem que eles valem tanto quanto pagam por suas amizades.

Mas, por que isso tem acontecido?

A pandemia e mesmo a tecnologia nos afastou das pessoas reais e os celulares se tornam melhores amigos; com isso apagam-se vizinhos, colegas de escola e companheiros de profissão. Pessoas a quem não se precisa pagar para se existir e podem ser muito mais interessantes em suas histórias e lições de vida.

– Reaprender a olhar nos olhos de quem existe é o verdadeiro desafio!

A baixa autoestima tem sido um problema a ser trabalhado, e a ajuda de pais, verdadeiros amigos e profissionais de saúde pode ser útil nesta difícil jornada de crescimento e amadurecimento.

 

 Informativo

 

Leia mais em Depressão – como ajudar? (Informativo) ‣ Jeito de ver

Entendendo o fanatismo – um tema em debate

A mídia alimenta o fanatismo. Há um trabalho de propaganda, empresários investem muito dinheiro na preparação imagem pública do cantor.

Imagem de Pexels por Pixabay

 

 

O artigo a seguir aborda de maneira superficial o fenômeno da idolatria a determinados artistas. Os artigos relacionados adicionam profundidade e estão disponíveis para consulta para ampliar o conhecimento. O site Jeito de Ver faz essa recomendação.

 

Um grupo de K-POP tinha um show agendado para o dia 25 de maio de 2018, no Allianz Park. Não era o BTS (o grupo mais famoso do estilo), mas os fãs aguardavam ansiosamente a apresentação, com uma antecedência razoável de 90 dias, acampando nas cercanias do local. Os repórteres talvez se perguntassem: “De onde vem esse povo? Onde vivem? Do que se alimentam? Tomam banho?” – O fato é que os fãs não medem esforços para estar perto dos seus ídolos.

Curioso é que, frequentemente, a histeria não vem da música em si, mas do efeito manada, onde o importante é seguir a tendência. Muitos jovens buscam fazer parte de um grupo para evitar se sentirem excluídos ou diferentes.

É sabido que muitas fãs dos Beatles – e olha que eles tinham belas músicas – costumavam ir aos shows apenas para ver os meninos de Liverpool e ter o prazer de se descabelar, espernear – e, se desse tempo, desmaiar um pouquinho – pois ninguém é de ferro!

Durante o célebre concerto no Shea Stadium em 1965, os membros da banda relataram que a histeria foi tão intensa que não conseguiam ouvir-se no palco. Esse foi o primeiro concerto de rock and roll realizado em um estádio ao ar livre.

Contudo, aguardar por um grupo durante tanto tempo para, talvez, obter um minuto de atenção ou desabafar emoções reprimidas durante a breve apresentação do grupo – não é a maior excentricidade de um fã.

Por exemplo, um admirador tatuou a imagem e o nome de sua artista predileta em seu corpo.

Outro fã invadiu o apartamento de sua cantora preferida, que por sorte não se encontrava em casa.

Em 2023, milhares de fãs reuniram-se em condições quase insalubres para um concerto da mesma cantora. O calor extremo, a comoção e a proibição de levar água própria contribuíram (ou resultaram) em uma parada cardiorrespiratória em uma das fãs, que faleceu durante o espetáculo.

No mesmo evento, jovens submeteram-se à humilhação de usar fraldas geriátricas para manterem-se em suas posições diante do palco.

CONSEQUÊNCIAS PIORES

Infelizmente, o amor de um fã pode tornar-se doentio, e o sentimento de posse o leva a fazer mais do que as loucuras mencionadas acima. Alguns chegaram a matar seus ídolos.

O ex-beatle John Lennon foi assassinado no dia 8 de dezembro de 1980, aos 40 anos, quando voltava para o seu apartamento, no edifício Dakota, em Nova York. O assassino, Mark David Chapman, era fã dos Beatles e atirou cinco vezes pelas costas com um revólver calibre 38. Quatro tiros acertaram Lennon, que morreu no hospital. O assassino ficou no local segurando o livro ‘O Apanhador no Campo de Centeio’, de J. D. Salinger. O assassino foi preso e condenado à prisão perpétua, onde está até hoje

O QUE LEVA ALGUÉM AO FANATISMO?

Inicialmente, existe um esforço de marketing; empresários despendem grandes somas em dinheiro para moldar a imagem pública de um cantor, que será exibido em diversos programas, recebendo elogios de apresentadores (que são pagos para isso!) e terá o investimento em sua imagem recompensado assim que o público aderir à ideia promovida.

Quanto mais um artista é visto em programas de televisão ou vídeos patrocinados em plataformas digitais, mais as pessoas se habituam à sua presença, tornando-o parte do inconsciente coletivo.

Um segundo aspecto é abordado no site A Mente Maravilhosa; um artigo notável afirma:

“Os ídolos simbolizam tudo aquilo que se deseja ser ou possuir. Assim, o fenômeno do fã é mais frequente entre adolescentes, que estão em fase de construção de identidade e em busca de referências para tal. Com essa identificação, surge também um processo de empatia.”

A palavra ‘fã’ origina-se de ‘fanatismo’, do latim ‘fanaticus’, que denota devoção ou fanatismo.

“Segundo a psicóloga Celise, tanto o amor quanto a idolatria podem caracterizar o sentimento de um fã. A diferença reside na maneira como essa admiração é vivenciada. É comum que as pessoas elejam modelos a seguir, não só na música, mas também entre escritores, atores ou, conforme menciona Celise, youtubers.”

O entusiasmo de um fã pode, ocasionalmente, ofuscar sua percepção sobre a qualidade musical do artista.

Portanto, um dos primeiros passos na carreira é angariar fãs.

Muitos artistas, após se estabelecerem e acumularem riquezas, começam a desvalorizar seus fãs.

Eles são como as pedras que pavimentam o caminho para o sucesso e fortuna dos artistas, que frequentemente simulam apreciar a devoção de seus seguidores.

Esse princípio também se aplica aos fãs de certos influenciadores, que não oferecem conteúdo substancial, apenas imagens, corpos e vozes fabricadas.

Contudo, devido à falta de amor, autoestima e ao desejo de pertencer a um grupo, muitos vivem um amor platônico eterno por imagens idealizadas.

Leia também Depressão – como ajudar? (Informativo) ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

 

 

 

 

Viver Plenamente o Presente

É natural estar um pouco inseguro quanto ao futuro.

Tantas são preocupações: contas, educação de filhos, saúde, emprego… CHEGA! Se eu tiver que  listar tudo aqui,  vou acabar esquecendo da vida!

Os problemas e preocupações atuais podem nos afetar de modo a nos tornar pessimistas ao planejar o futuro.

Mas, como olhar para o futuro?

Bem, o problema talvez esteja em “olhar” para o futuro e esquecer de sentir o presente.

O presente está sempre em movimento, como um garçom te trazendo emoções básicas e bárbaras, na mesma bandeja, para o seu seu dia.

As cores, a arte, os dramas estão lá para serem vistos e vividos e como não dá para viver o ontem – o presente pode ser um excelente presente! ( Trocadilho infeliz!)

Portanto, que tal se concentrar no que pode ser feito hoje?

Encarar o PRESENTE com um pouco de leveza é um meio de se reconhecer que há coisas que podem ser feitas agora e coisas que mesmo transpirando toda a angústia e vontade só poderão ser feitas amanhã, sem nenhum prejuízo ao mundo ( ou à sua saúde mental).

Seja responsável, não um chato perfeccionista, respeite o espaço dos outros – lembrando sempre que as pessoas não existem por sua causa e nem você por causa dela, e que mesmo assim vivemos numa teia, que o movimento de um abalará ainda que levemente o espaço do outro.

Respeite o espaço.

Sim, viver plenamente o presente (com responsabilidade), saber aguardar o momento certo (sem imediatismo desnecessário) e respeito ao espaço do outro, pois ele vem, o futuro sempre vem…

Seja otimista, isso ajuda a encarar a ansiedade com leveza, pois o futuro sempre chega, ainda que se feche os olhos.

Veja mais em: Trem da vida (uma mensagem simples) – Jeito de ver.