Reggae – da Jamaica para o mundo!

O reggae surgiu na Jamaica no final dos anos 60.

Imagem de Yardie por Pixabay

Um ritmo contagiante.

O Reggae pode ser definido como mais que uma música, um estilo, mas como uma energia capaz de transcender barreiras étnicas, continentais e levar uma mensagem ao mundo.

O estilo capaz de  expressar com a mesma força a paz, a luta pela iguladade, histórias e declarações de amor.

Mas, como surgiu o Reggae, essse ritmo gostoso de ouvir e dançar?

Vamos embarcar suavemente no ritmo desta história!

O reggae surgiu na Jamaica no final dos anos 60, desenvolvendo-se a partir do ska e do rocksteady.

É notável pelo ritmo único, marcado especialmente nas segundas e quartas batidas, muitas vezes referido como “skank”. Mais lento que seus predecessores, o reggae se destaca pela “terceira batida” e linhas de baixo intrincadas.

O reggae surgiu na Jamaica no final dos anos 60

Imagem de johnbonham por Pixabay

Bob Marley, cantor e compositor, é conhecido mundialmente por popularizar o gênero.

Etimologia

A palavra “reggae” foi usada pela primeira vez no single “Do the Reggay” de 1968, dos The Maytals, apesar de já ser empregada em Kingston para descrever uma dança e um estilo de rocksteady.

Derrick Morgan, um artista do gênero, relatou que a batida do rocksteady evoluiu para algo novo que se assemelhava ao “reggae”.

O historiador Steve Barrow sugere que “reggae” pode derivar de “streggae”, uma gíria jamaicana para uma mulher promíscua, enquanto Toots Hibbert disse que o termo surgiu naturalmente durante uma gravação.

Principais influências e precursores

O reggae foi profundamente influenciado pela música tradicional africana e caribenha, bem como pelo rhythm and blues americano.

O ska, antecessor imediato do reggae, emergiu entre 1959 e 1961, marcado por linhas de baixo marcantes e ritmos intensos.

O rocksteady, uma versão mais lenta do ska com foco nas linhas de baixo, antecedeu o reggae e se estendeu até 1968.

A hora da evolução

A transição do rocksteady para o reggae é marcada pelo uso do órgão shuffle, uma inovação de Bunny Lee.

Gravações pioneiras de reggae, como “Nanny Goat” de Larry Marshall e “No More Heartaches” dos Beltones, emergiram em 1968.

The Wailers, formado por Bob Marley, Peter Tosh e Bunny Wailer, é tido como o grupo mais emblemático a percorrer todas as etapas do reggae.

Entre outros pioneiros estão Prince Buster, Desmond Dekker e Jackie Mittoo.

Produtores jamaicanos como Coxsone Dodd e Lee “Scratch” Perry desempenharam um papel crucial no desenvolvimento do gênero.

O cenário mundial

O filme “The Harder They Come” de 1972, protagonizado por Jimmy Cliff, e a versão de “I Shot the Sheriff” por Eric Clapton em 1974, foram fundamentais para popularizar o reggae nos Estados Unidos e no mundo.

Durante a década de 1970, o reggae começou a se destacar nas rádios do Reino Unido, em particular no programa de John Peel.

Este período é conhecido como a “Era de Ouro do Reggae”, marcando o apogeu do roots reggae.

As bandas punk do Reino Unido também começaram a integrar elementos do reggae em sua música.

Reggae e Sociedade

O reggae se divide em dois subgêneros principais: o roots reggae e o dancehall reggae.

Comumente ligado ao movimento rastafari, que impactou diversos artistas do estilo, o reggae também explora temas variados como amor, sexo e, em especial, crítica social.

E enfim na “terrae brasilis”

O cantor Gilberto Gil, já trazia em suas canções influência do Reggae em 1979 na bela “Não Chores Mais” versão de “No woman, no cry” de Bob Marley.

No Brasil, o reggae ganhou destaque no Maranhão a partir da década de 1980, popularizado através dos sistemas de som chamados “radiolas”.

Lá a galera dança juntinho, agarradinho, in a maranhon style, como diz a Tribo de Jah.

Na Bahia, o samba reggae de bandas como Olodum, Banda Reflexus e Timbalada misturou elementos do reggae com a música local.

Edson Gomes é amplamente considerado o maior nome do reggae brasileiro, com letras poderosas e um vocal perfeito.

O reggae é um estilo musical diversificado e rico, enraizado profundamente na cultura da Jamaica e com uma influência global marcante.

Uma notinha camarada…

“The Harder They Come”, de Jimmy Cliff, é considerado um hino de resistência contra a opressão e a injustiça, inspirado no reggae jamaicano.

A canção critica a promessa ilusória de uma vida melhor após a morte, conhecida como “pie in the sky”, e destaca a importância da luta por justiça em vida.

O refrão “the harder they come, the harder they fall” serve como um mantra de fortalecimento, sugerindo que quanto maior a opressão, mais dura será a queda dos opressores.

A música também celebra a liberdade individual, como expresso no verso “I’d rather be a free man in my grave than living as a puppet or a slave”. Jimmy Cliff utiliza sua arte para inspirar esperança e resistência, encorajando os ouvintes a defenderem seus direitos. – THE HARDER THEY COME (SIGNIFICADO) – Jimmy Cliff (letras.mus.br)

Sentiu a vibe?

Leia também Uma história – com muita música ‣ Jeito de ver

E aí, gostou da história?

Que tal curtir um pouco da nossa playlista abaixo?

O reggae é um estilo musical diversificado e rico, enraizado profundamente na cultura da Jamaica e com uma influência global marcante.

Desde suas origens no ska e rocksteady, sua popularização através de ícones como Bob Marley, até suas variações em países como o Brasil, o reggae se mantém como uma expressão musical influente, tratando de questões sociais e culturais importantes.

O mistério dos pedalinhos mágicos

Pedalinhos, Gramado

Imagem de Pedro Dias por Pixabay

Para lembrar a infância…

O Pedalinho Mágico

Aquele pobre menino tinha um sonho, apesar da tristeza de crescer naquele lugar.

Longe do frio de sua casa, encontrava paz naquele refúgio distante dos sons da cidade e dos gritos de sua família.

Era o seu paraíso…

De fato, era um lugar encantador.

A grande casa amarela, rodeada de árvores refletidas no lago, era uma imagem para se guardar na memória e nunca mais esquecer.

Dizia-se que o encanto daquele lugar trazia paz às mentes conturbadas que visitavam aquele ambiente paradisíaco. Pessoas de todos os cantos traziam suas dores, medos e preconceitos, e sentavam-se à beira do lago…

Mas o verdadeiro encanto se revelava ao deslizar sobre aquelas águas. As memórias se dissipavam e as pessoas se renovavam ao partir dali…

Quem descobrisse o poder daqueles pedalinhos se tornaria rei…

E ele descobriu.

Veja também  De pernas pro ar ( Um conto) ‣ Jeito de ver

Porque se chamava moço…Clube da Esquina

Clube da Esquina

Celebração ao Movimento Clube da Esquina

Eu sou da América do Sul, eu sei vocês não vão saber!

Sou do mundo, sou Minas Gerais…

-“Para Lennon e McCartney”

A obra de Fernando Brant, Márcio Borges e Lô Borges, integrantes do Clube da Esquina, mostra que, mesmo sob influência de seus ídolos, o grupo possuía contribuições valiosas para o cenário musical.

Eles apresentaram uma mistura inovadora de ritmos que se equiparava à música do circuito anglo-saxão.

Isso fica sutilmente evidente na canção, que por meio de sua mensagem e diálogo, propõe uma troca cultural dos músicos com seus ídolos, refletindo a possível frustração do grupo em reconhecer seu potencial musical, limitado apenas pela barreira geográfica em comparação ao resto do mundo.

De fato, o Clube da Esquina é reconhecido como um dos movimentos musicais mais ricos e belos da história.

Início do Movimento

Há cerca de 60 anos, nasceu em Minas Gerais o movimento conhecido como Clube da Esquina.

Essa expressão artística e cultural emergiu da amizade entre Milton Nascimento e os irmãos Márcio Borges e Lô Borges.

O primeiro encontro entre eles foi mágico: Lô Borges, com apenas dez anos, ouviu sons vindos dos andares de baixo e se deparou com Milton tocando uma belíssima canção.

Assim começou uma amizade que marcaria a música brasileira.

Analisando o contexto cultural e político

Durante a década de 1970, o Brasil vivia sob um regime militar autoritário.

A censura era forte, mas houve resistência artística e cultural.

Mesmo diante da intensa repressão ao talento e à liberdade de expressão, a letra de “Clube da Esquina II” faz um apelo à liberdade, insistindo que, apesar das adversidades, não se deve desistir de um sonho, pois “sonhos não envelhecem!”

O Clube da Esquina, com suas letras poéticas e melodias envolventes, tornou-se um símbolo de liberdade e criatividade em meio à repressão.

O Clube da Esquina é um termo usado para se referir a um grupo de músicos, compositores e letristas que surgiu na década de 1960 em Belo Horizonte.

O movimento teve figuras proeminentes como Milton Nascimento, Toninho Horta, Wagner Tiso, Lô Borges, Beto Guedes e Márcio Borges.

As influências do Clube da Esquina são vastas.

Milton Nascimento incorporou elementos da música afro e latino-americana. Lô Borges e Beto Guedes reinventaram os Beatles e o rock progressivo, enquanto Toninho Horta mesclou características do jazz com a Bossa Nova.

Essas influências são evidentes em todos os aspectos do movimento, abrangendo desde a composição e arranjos musicais até as letras, processos de gravação em estúdio e as performances ao vivo.

O álbum “Clube da Esquina” (lançado no início dos anos 70) é um dos maiores clássicos da música brasileira. Canções como “Trem Azul,” “Cais,” “Nuvem Cigana” e “Clube da Esquina No. 2” marcaram época e emocionaram gerações.

Capa histórica do ábum Clube da Esquina, feita por Cafi.

Capa do Álbum “Clube da Esquina”.

A melodia envolvente e as letras profundas abordavam temas como amor, política e justiça social.

Os primeiros discos de Milton Nascimento, embora não sejam estritamente de Bossa Nova, apresentam uma sonoridade muito próxima desse estilo, com arranjos orquestrados e o formato de canção “voz e violão.”

Na medida em que Milton agregava cada vez mais pessoas na produção de seus discos, a sonoridade foi se diferenciando.

O disco “Clube da Esquina” (1972) é tido como o marco inicial do movimento, com arranjos que expandem o horizonte das músicas para uma sonoridade próxima da música erudita e jazzística.

Discografia

Embora o Clube da Esquina não tenha sido uma banda formal, vários discos são considerados parte de seu legado devido à unidade sonora que apresentavam:

  • Clube da Esquina (1972): Com influência das odisseias dos mineiros, o disco queria mudar o mundo, inseminado por jovens com explosão de inventividade musical.
  • Clube da Esquina II (1978): Neste disco, Milton Nascimento e amigos organizaram uma produção musicalmente rica, com produção
    Capa do Disco Clube da Esquina 2

    Capa do Disco “Clube da Esquina 2”

    de Ronaldo Bastos.

O impacto político do Clube da Esquina foi significativo, embora o movimento não tenha sido explicitamente político.

Durante a década de 1970, a música popular era uma das formas de resistência e expressão da sociedade.

Artistas como Milton Nascimento e Lô Borges usaram sua música para transmitir mensagens de esperança, amor e crítica social.

Canções como “Cais” e “Trem Azul” abordavam temas universais, mas também carregavam uma mensagem implícita de resistência contra o regime.

A diversidade musical do movimento refletia a diversidade cultural e étnica do Brasil, promovendo a valorização das raízes brasileiras.

O Clube da Esquina influenciou muitos artistas da Música Popular Brasileira.

Seu nome foi inspirado no cruzamento das ruas Divinópolis e Paraisópolis, localizado no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte.

Mesmo após décadas, sua sonoridade e poesia continuam a encantar e inspirar novas gerações.

O Clube da Esquina foi além das esquinas de Belo Horizonte e se estabeleceu como um ícone na música brasileira, exaltando a diversidade, a amizade e a inovação.

Não só deixou sua marca na música do Brasil, mas também atuou como um delicado instrumento de resistência e esperança em épocas turbulentas, criando um legado que continua a ecoar nos dias de hoje.

Leia também:  A música como produto e arte – uma história! ‣ Jeito de ver

Confira também A história de Clube da Esquina (uol.com.br)

Explore nossa seleção musical que apresenta canções icônicas dos artistas do Clube da Esquina e de outros que se inspiraram nesse movimento singular.

O que se desejar para o dia?

O que se desejar para o dia? Uma reflexão para um bom dia.

O qeu se desejar para o dia?

Gilson Cruz

O que desejar para o dia?

Primeiro, que ele comece preguiçosamente,

como todos os outros.

Que na falta de pressa de passar,

cada um aproveite a oportunidade de contemplar os momentos.

Que o nascer do sol seja sempre belo

e não apenas o sinal do fim de uma noite.

E que as horas seguintes

sejam apressadas como nos momentos bons,

mas que mesmo assim, se aproveite os momentos.

Quando o vento da tarde sinalizar o fim de mais um dia de rotina,

que a noite e as estrelas sejam bem-vindas,

e que se criem novos motivos,

novos momentos para não esquecer.

Momentos que tornem mais belos os sonhos…

E que nos sonhos se leve a certeza de que os momentos passam,

mesmo os bons e maus momentos…

Ah! Eles passam…

O que desejar para o dia?

Que ele não seja apenas repetições,

mas continuações.

E que nessas continuações se aprenda a não cometer os mesmos erros,

mas a se tornar ainda melhor,

apesar das falhas e da tristeza de falhar.

E que quando se despertar novamente,

se lembre de sorrir e de continuar.

E continue…

E continue, mesmo se parecer que nada deu certo,

para que se possa aproveitar as novas oportunidades.

Por isso, deseje apenas mais um dia,

e viva plenamente,

viva plenamente esse dia.

 

Leia também: Voo efêmero – um breve encontro ‣ Jeito de ver

Veja como aliviar o estresse rapidamente e algumas dicas quanto ao que se fazer (padrao.com.br)

O Arrocha: Uma viagem na música brasileira

Imagem de Pexels por Pixabay

Enquanto me esforço para focar no meu texto, um vizinho resolve ligar seu rádio, e eis que surge: uma voz penetrante, uma melodia simples, letras que falam de amor, traição, dor… meu Deus, que sofrência!

Ah, o famoso Arrocha!

De fato, acostumado com os desafios da vida, permiti que minha mente viajasse até o final dos anos 90 e início dos 2000, uma época em que as rádios tocavam canções que já apresentavam características desse estilo musical.

Artistas emergentes criavam suas obras ou faziam versões de clássicos ao som de teclados eletrônicos.

Deixe de lado o preconceito e venha fazer parte desta história também.

Vamos lá…

O arrocha é um gênero musical originário da Bahia no final dos anos 90, resultado da mistura de seresta, música brega e bolero, e foi influenciado por artistas como Odair José e Reginaldo Rossi, das décadas de 70.

Caracteriza-se por uma instrumentação simples de teclado, bateria eletrônica e saxofone, com letras que exploram temas amorosos.

Lairton e seus teclados se sobressaíram como pioneiros do estilo com a música “Morango do Nordeste” na década de 90. Esta música se tornou uma febre, sendo regravada por cantores de vários estilos.

Promovendo ainda mais a sua popularidade nas rádios da Bahia, artistas como Júlio Nascimento, Tayrone Cigano e o Grupo Asas Livres ganharam espaço pelo Nordeste e pelo Brasil.

Inicialmente associado às classes populares, o arrocha superou barreiras sociais e alcançou grande popularidade. Eventos como o “Reino do Arrocha” foram cruciais para consolidar o gênero na mídia e nas estações de rádio.

Com o passar do tempo, o arrocha evoluiu, mesclando-se com outros ritmos musicais, como o sertanejo, dando origem ao sertanejo arrocha, que combina batidas eletrônicas e teclados com a alma do arrocha.

Hoje, o arrocha continua com sua marcante presença na música brasileira, representando paixão e autenticidade, influenciando diversos gêneros musicais e conquistando novos fãs.

A palavra “arrocha”, que denota “apertar com força” ou “dar um abraço apertado”, se popularizou com o cantor Pablo, um dos precursores do estilo.

Artistas como Pablo, Nara Costa, Silvano Salles e Tayrone Cigano destacaram-se no arrocha, ampliando sua popularidade nacional através de apresentações em programas de TV de grande audiência.

Apesar das críticas iniciais e da resistência de setores elitistas, o arrocha obteve aceitação e reconhecimento, alcançando um patamar inédito na música brasileira. Este gênero musical é notável pela simplicidade instrumental, envolvendo geralmente teclado arranjador, bateria eletrônica e saxofone, com letras que versam sobre romance e sensualidade.

O gênero também exerceu influência sobre a música sertaneja, criando o estilo “sofrência”, o que impactou, até certo ponto, os artistas de arrocha. A sofrência foi vista como sinônimo de arrocha, especialmente quando o cantor Pablo atingiu sucesso nacional em 2014 com a canção “Fui Fiel”, inspirando artistas sertanejos a adotarem o estilo do arrocha.

Enquanto concluo esta jornada pela história, noto como antigas tendências ressurgem, inspirando novos estilos que, em sua essência, são muito semelhantes aos originais, mas que criam trajetórias que perpetuam o legado da arte e da cultura.

Como todos os estilos, o Arrocha pode ser encarado como uma nova roupagem para antigos estilos, que também foram evoluções de outros e outros.

Ao contrário do que muitos pensam, a linguagem deste estilo é a linguagem popular, aquilo que é comum à vida e para ressignificar a vida.

Paixões passageiras, relacionamentos e crises — todo estilo em evidência traz um pouco daquilo que acontece no dia a dia. E para entender o que acontece na sociedade, observe o que trazem as letras das canções: elas trazem muito mais que palavras desconexas ou frases bonitinhas — elas trazem histórias: agradáveis ou não.

Leia também: A música atual está tão pior assim? ‣ Jeito de ver

Voo efêmero – um breve encontro

Borboletas no jardim.

Imagem de Bradley Howington por Pixabay

Soube da chegada das borboletas.

O sol estava lindo,

não demoraria.

Preparei o jardim

com as mais belas flores,

elas ficariam

E enquanto a relva ainda era verde

e o orvalho da manhã

acentuava as cores de alegria,

elas partiram…

Borboletas vivem brevemente.

Gilson Cruz

Leia também  O pequeno mundo de Lis ( Poema à Felicidade) ‣ Jeito de ver

Você conhece a “River’s B. Band “?

Rivers B Band, a Banda Virtual.

Primeira formação do River’s B Band, com Jeremy and Judah.

Em uma época em que tudo é  líquido, e até mesmo aquilo que você deve ouvir é decidido por empresários, não seria surpresa alguma se a resposta à pergunta acima fosse um sonoro ‘NÃO’.

Mas, permita-me falar um pouco desta Banda característica dos anos 1960…

Ah! Mas, como é que deveria saber deles… os Beatles e os Rolling Stones ofuscaram quase tudo?” – você diz.

Mas, calma…deixe-me explicar.

Esta Banda, até hoje, desconhecida tem belas canções, mas jamais tocou em grandes bailes ou fez grandes concertos. Mas, são pioneiros!

Com Nend Silver, nos vocais e guitarra base, Guy Keys no contrabaixo, Jad  Miller guitarra e Joey na bateria, soam quase perfeitos em  harmonias.

Confira um pouco da trajetória da Banda nas canções abaixo:

The Best of Rivers B Band.

The Best of Rivers B Band.

Ao ouvir você percebe a influência Rock Ballad que dominava as rádios dos anos 1950 a 1960.

Mas, por que você nunca ouviu o The Rivers B. Band?

A música contemporânea é tão virtual quanto o grupo The River’s B Band, criado por inteligência artificial.

As canções mencionadas foram compostas por Gilson Cruz no site de criação musical assistida por IA, Udio.com.

Nesse site, é possível especificar os instrumentos para sua música e o estilo de composição, entre outras opções.

Para as canções mencionadas, o autor escreveu as letras (algumas por diversão) e descreveu os estilos no site, e o que foi ouvido é o resultado dessa interação.

O progresso tecnológico tem permitido maravilhas e, segundo alguns, chegará um tempo em que as canções que ouviremos serão

Formação clássica do Rivers B Band.

Formação clássica do Rivers B Band.

completamente artificiais – mas isso já não acontece há bastante tempo?

Quando os cantores se tornam marionetes, movidos pela ganância e cantam apenas para satisfazer empresários e uma audiência padronizada, não é essa a realidade que já vivemos?

Manter uma fábrica de compositores que criam apenas um estilo de música, com letras padronizadas e produzidas sob encomenda, não é isso o mesmo?

Ainda que pareça ameaçador, a canção não está perdida.

Diversos artistas continuam a produzir belas músicas que estão disponíveis em plataformas digitais para serem descobertas e apreciadas, então pesquise e encontre a música que naturalmente encanta.

Esse é também um Jeito de ver… e ouvir!

 

Leia também  A música atual está tão pior assim? ‣ Jeito de ver

Conheça o site Udio | AI Music Generator – Official Website

 

A Importância Inegável dos Beatles

A importância inegável dos Beatles na história da música

Imagem Pinterest

Qual é a banda musical mais importante da história?

Bem, a resposta não é subjetiva nem uma questão de gosto pessoal, pois a importância de algo pode ser medida pelo seu impacto na história e no desenvolvimento de outras bandas.

Nesse aspecto, o grupo The Beatles pode ser considerado o mais importante de todos os tempos, sem dúvida alguma.

Se você passou os últimos 60 anos em Netuno e a fama dos meninos de Liverpool ainda não chegou por lá, permita-me esclarecer.

Os Beatles, uma banda icônica na história da música, deixaram um legado inesquecível que transcendeu gerações e fronteiras.

Origens e Formação

No início da década de 1960, na sombria Liverpool, Inglaterra, John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Pete Best se juntaram para criar uma banda e fazer shows na Alemanha. Primeiro chamada de Silver Beetles, com o tempo o baterista Pete Best saiu do grupo e entrou o Ringo Starr, eles mudaram para The Beatles, um nome inspirado no termo “beat”.

Claro, a história é muito mais que isso… mas, é um resumo, não esqueça!

A economia inglesa ainda se recuperava dos estragos da Segunda Guerra Mundial, e naquela cidade portuária, as novidades vinham através do rádio e dos navios.

No Reino Unido, o Skiffle, um estilo musical tradicional, estava em alta. Enquanto isso, nos Estados Unidos, o Rock and Roll dominava as paradas.

Os astros do Rock americano enfrentavam desafios: Elvis estava prestes a se alistar no exército, Chuck Berry foi preso, e as estrelas Buddy Holly, Big Bopper e Richie Vallens morreram em um acidente de avião, um evento tristemente imortalizado na canção “American Pie” como “o dia em que a música morreu”.

Justamente quando muitos pensavam que o Rock estava em declínio, os jovens do outro lado do Atlântico se encantavam e se inspiravam nos músicos americanos.

Revolução Musical

Os jovens britânicos criavam suas próprias versões de músicas americanas.

With-the-Beatles-300x300

“With the Beatles” é o segundo álbum de estúdio dos Beatles.

Os Beatles revolucionaram a música com sua abordagem inovadora. Mesmo enfrentando rejeição no início, sua música envolvente conquistou o mundo. Com composições originais como “Love Me Do”, “Please, Please Me” e incorporando músicas de seus ídolos americanos, os Beatles trouxeram uma nova energia que contagiou Liverpool inteira.

Ainda naquele ano, seguindo a linha do primeiro álbum, “Please Please Me”, gravaram “With the Beatles”, e a febre se espalhou pela Europa.

O terceiro álbum, “A Hard Day’s Night“, foi acompanhado por um filme homônimo (conhecido no Brasil como “Os Reis do Iê-Iê-Iê“), que ajudou a lançar a fama dos rapazes de Liverpool para o mundo todo, dando origem ao termo “Beatlemania”.

O esgotamento causado pelos shows, os problemas em turnês e a incapacidade de se ouvirem no palco devido à histeria conhecida como Beatlemania foram fatores que levaram a uma parada definitiva nas apresentações ao vivo da banda.

Eles passaram a se dedicar exclusivamente ao trabalho de estúdio, onde podiam se entregar a experimentações sonoras e canções mais elaboradas.

Dessa fase, destacam-se músicas como “While My Guitar Gently Weeps”, “Hey Jude”, “Let It Be”, “Come Together”, “Here Comes the Sun” e “The Long and Winding Road“.

E claro, o álbum completo “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” merece destaque à parte.

Legado Duradouro

A influência dos Beatles ultrapassou as barreiras do tempo, definindo o rock and roll e exercendo influência na música contemporânea. Sua criatividade e letras eternas seguem inspirando artistas e admiradores globalmente.

Grupos como Rolling Stones, Oasis, Coldplay, Radiohead e U2 receberam influência direta ou indireta dos Beatles.

No Brasil, o movimento iê-iê-iê, também conhecido como Jovem Guarda, refletiu a Beatlemania em seus ritmos e letras.

Bandas como Renato e Seus Blue Caps, Roupa Nova e os integrantes do Clube da Esquina de Minas Gerais demonstram a influência dos Beatles em sua música.

Os Beatles, a banda com recordes de vendas de discos na história, têm estimativas de vendas entre 600 milhões e mais de um bilhão de cópias ao redor do mundo.

Let-it-be-300x266

“Let It Be” foi o último álbum lançado pelos Beatles, antes da separação.

Além disso, são a banda com o maior número de bandas cover existentes.

.

Álbuns Emblemáticos

Além do seu impacto cultural, os Beatles criaram uma discografia inesquecível, com álbuns emblemáticos como “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, “Revolver”, “The White Album”, “Abbey Road” e “Rubber Soul”, que seguem encantando gerações.

Sugestão: Conheça a Beatles School do Professor Gilvan Moura, canal do Youtube.( link https://youtu.be/UZ8Ifk3CkJI)

Leia também: A música como produto e arte – uma história! ‣ Jeito de ver

The Beatles albums discography – Wikipedia

Confira na Playlist abaixo alguns destaques dos Beatles.

Poema ao amanhecer do Outono

leaf-6760484_1280-300x199

Imagem de wal_172619 por Pixabay

Por Gilson Cruz

A calma nas ruas

e o gosto suave do frio que se aproxima

Que me trazem de volta o sabor do encontro das estações

Flores tímidas,  nordestinas

Olhar suave de menina…

Pessoas que passam nas mesmas ruas

sem contemplar o céu

Sem estrelas, sem lua, sem nada

como num branco papel

A ser preenchido com letras, palavras, com lágrimas

E quando se retirar o véu…

dele brotará um sol

e ventos, do olhar que fascina

que trazem das estações, o encontro

de flores tímidas, nordestinas

onde  se escondem atrás de nuvens, estrelas

e o brilho doce do olhar de menina.

Leia também  A pequena bailarina (pequenos versos!) ‣ Jeito de ver

 

Elvis Presley: O Rei do Rock e Sua Jornada

Estátua de Elvis Presley

Elvis Presley: O Rei do Rock and Roll

Elvis Aaron Presley, conhecido simplesmente como Elvis, foi um cantor e ator americano cujo legado transcendeu gerações e barreiras culturais. Que tal falarmos um pouco sobre a vida e a carreira deste ícone musical?

Atuando em Jailhouse Rock.

Atuando em Jailhouse Rock.

Primeiros Anos:

Nascido em 8 de janeiro de 1935, em Tupelo, Mississippi, Elvis Presley veio de origens humildes. Seus pais, Vernon e Gladys, o introduziram à rica tradição musical do sul dos EUA.

Desde jovem, frequentou a igreja Assembleia de Deus, onde a música gospel teve uma profunda influência nele. Aos 11 anos, recebeu sua primeira guitarra de sua mãe, um presente que marcou o começo de sua jornada musical.

Trajetória Musical:

Numa época de segregação racial a alegria contagiante das canções executadas pelos cantores negros causavam alvoroço e horror entre os chamados brancos conservadores.

Para atender à demanda segregacionista, os estúdios começaram a gravar com artistas brancos interpretando canções de negros, claro, com algumas alterações nas letras para adoçar e tornar o conteúdo mais palatável.

No entanto, esses intérpretes careciam da energia e da audácia que caracterizam os cantores negros. A maioria desses cantores brancos tinha uma presença de palco um tanto quanto rígida, um rebolado de poste impecável, apesar de suas vozes encantadoras.

As gravadoras estavam em busca de um cantor branco que possuísse tanto a voz quanto a malemolência natural dos artistas negros. Foi nesse cenário que Elvis Presley emergiu.

Com 19 anos, em 1954, Elvis Presley adentrou o icônico estúdio Sun Records em Memphis e, sob a tutela de Sam Phillips, gravou “That’s All Right”. Esta faixa, que fundia gospel, blues e rhythm and blues, marcou o começo de uma revolução na música.

Elvis incorporou diversas influências musicais, forjando um estilo inconfundível que originou um novo meio de expressão musical, ecoando por gerações.

Desafios

Mesmo enfrentando dificuldades financeiras e discriminação racial, Elvis nunca perdeu sua paixão pela música. Ele se dedicou ao seu sonho com incansável resiliência e coragem.

Legado

Elvis lançou diversos clássicos inesquecíveis, como “Heartbreak Hotel” e “Jailhouse Rock”, reforçando seu título de Rei do Rock ‘n’ Roll. Sua influência foi além da música; ele também deixou sua marca no cinema e serviu nas forças armadas dos Estados Unidos.

Elvis Presley

Elvis Presley

É crucial destacar que Elvis desempenhou um papel vital na difusão do rock and roll, inicialmente um gênero musical afro-americano, para um público global mais vasto. Sua contribuição à cultura popular é indiscutível e perdura até hoje

Morte e Impacto Duradouro:

A morte inesperada de Elvis, por overdose de medicamentos, em 1977 deixou o mundo em luto, mas seu legado perdura até hoje. Graceland, sua residência em Memphis, se tornou um santuário para milhões de admiradores globais, evidenciando a extensão de sua influência.

Elvis Presley foi muito mais que um músico; ele se estabeleceu como um ícone cultural, cujo efeito ultrapassou barreiras e ainda ecoa na música e na cultura atual.

Sua reputação como o Rei do Rock se mantém firme, atestando seu talento singular e sua marcante contribuição para a História e Cultura Mundial..

Ouça a canção Always on my mind no link a seguir.

Leia também:  A música como produto e arte – uma história! ‣ Jeito de ver

Elvis Presley – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Optimized by Optimole