Perigo nas redes sociais – como o se proteger

 

Facebook, Instagram, Twitter, X (o antigo Twitter), BlueSky, WhatsApp, WeChat, TikTok, LinkedIn… são nomes de algumas redes sociais populares.

Bilhões de pessoas as utilizam diariamente, pelos mais variados motivos.

Seja para saber as novidades sobre famosos, conhecidos, desconhecidos, extraterrestres ou mesmo para atualizar as próprias novidades.

Todos sabem que as redes sociais foram criadas com o nobre objetivo de gerar lucro para seus criadores e que, por meio de algoritmos, influenciam modos e tendências.

Mas este não é o assunto principal deste post.


O ódio por trás das telas

Muitos predadores morais, incapazes de ter ou demonstrar qualquer empatia, covardes que se escondem atrás de telas de computadores ou smartphones, com IPs alterados, fazem uso das redes sociais com objetivos perversos:

Destruir reputações, tecer comentários maldosos e doentios na intenção de desestabilizar inocentes ou, talvez, criticar nos outros aquilo que não sabem fazer, ou o talento e a beleza que sabem que não possuem.

A falta de amor próprio é projetada em forma de palavras de ódio contra qualquer outra pessoa.

Na ocasião da morte do cantor e compositor Adam Schlesinger, vítima da Covid-19, aos 52 anos, um dos comentários de leitores dizia: “Nunca ouvi falar”.

Bem, há um monte de cantores e compositores bons que, infelizmente, passaremos a vida sem conhecer.

Talvez o nobre leitor do comentário acima tenha procurado posteriormente informações sobre o artista, tenha chegado à trilha sonora do filme The Wonders – O sonho não acabou e, quem sabe, a curiosidade o tenha levado à banda Fountains of Wayne.

Talvez tenha gostado, talvez não — isso realmente não importa!

O fato de alguém não conhecer ou não gostar de determinado estilo ou cantor não torna insignificante a obra do artista para aqueles que a apreciam.

A música That Thing You Do foi indicada ao Oscar em 1997.


Outras situações…

Em 2021, dois amigos faziam brincadeiras em que conversavam e simulavam o início de um beijo, que não acontecia.

Os haters — nome dado aos que espalham ódio por meio das redes sociais — lançaram críticas doentias e ferozes ao jovem que, devido à pressão, cometeu suicídio aos 16 anos.

Em 2013, na Flórida, EUA, uma jovem de 12 anos atirou-se de uma plataforma de uma fábrica de cimento abandonada, após ser cruelmente atacada por mensagens e aplicativos de fotos.

Os ataques, que culminaram nesta tragédia, duraram mais de um ano.

Lamentavelmente, pouco tem sido feito para combater discursos de ódio e fake news, uma vez que redes sociais são criadas para gerar lucro, e relatos perversos, sensacionalistas e mentiras geram engajamento.

Perfis falsos são permitidos pela maioria das plataformas.

As fake news se espalham 70% mais rápido do que notícias verdadeiras — ‘Fake news’ se espalham 70% mais rápido que notícias verdadeiras, diz MIT (correiobraziliense.com.br).

Discursos de ódio e posts de raiva geram cliques — Posts de raiva são os que mais geram cliques e engajamento nas redes sociais — Giz Brasil (uol.com.br).


Dilema moral?

O dilema moral em que se encontram as redes sociais é o mesmo das grandes empresas da mídia tradicional, seja televisiva ou impressa, quando se trata de noticiar fatos de corrupção envolvendo grandes anunciantes.

— O que seria mais importante que o lucro? A verdade?

Irremediavelmente, a maioria decide pelo lucro!

Atualizar termos de uso não tem mostrado ser a solução.

Alguns pais decidem limitar ou até proibir que seus filhos façam uso das redes sociais.

As famílias devem decidir. Sem pessoas, as redes acabam; portanto, limitar o acesso ou mesmo parar de usar (o que muitas vezes é quase impossível!) reduziria os lucros e forçaria uma mudança mais efetiva.

Apenas prejuízos financeiros fazem as corporações repensarem seus métodos e objetivos.

Enquanto a mudança não acontecer, haverá sempre predadores morais, criminosos, doentes prontos a envenenar e até mesmo matar sonhos e reputações.

Leia mais em: “Notícias na Era Digital (Viés e informação) ‣ Jeito de ver

 

 

 

Entendendo um pouco de política (Educação)

Três Poderes. Como fuinciona o Sistema Político no Brasil?

Imagem de Nill Matias por Pixabay

O que você sabe sobre Política?

Como funciona o sistema político brasileiro?

Política envolve a organização, direção e administração de nações ou estados. As principais correntes políticas — direita, esquerda e centro — tiveram origem na Revolução Francesa, em 1789. Na Assembleia Nacional, os partidários do rei sentavam-se à direita, enquanto os simpatizantes da revolução, que buscavam mudanças na distribuição de renda e nas condições de trabalho, posicionavam-se à esquerda. Com o tempo, os moderados passaram a ocupar o centro. Essa divisão permaneceu após a criação da Assembleia Legislativa, em 1791, consolidando os termos que usamos até hoje.

Durante a Revolução, a fome extrema na França e a desigualdade — com nobres desfrutando do melhor enquanto os salários mal compravam um pão — alimentaram o desejo de mudança. Cenários semelhantes despertam reflexões em diversos países, incluindo o Brasil.

O sistema político brasileiro

No Brasil, o Poder Executivo Federal é liderado pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. No entanto, o Presidente não governa sozinho: as decisões passam também pelo Congresso Nacional, composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Juntos, esses poderes discutem, aprovam e fiscalizam as políticas públicas.

A Câmara dos Deputados, com 513 representantes desde 1993, é responsável por debater e votar propostas relacionadas a áreas econômicas e sociais, como educação, saúde, transporte e habitação. Também fiscaliza a aplicação dos recursos arrecadados por meio de impostos.

A influência da Câmara na governabilidade

Um exemplo marcante dessa dinâmica ocorreu em 2016. Eduardo Cunha, então Presidente da Câmara, enfrentava problemas na Justiça e pediu apoio da então Presidente Dilma Rousseff. Não sendo atendido, Cunha articulou pautas-bombas junto ao Centrão, que minaram a popularidade do governo e dificultaram a governabilidade.

O processo de impeachment foi motivado por decretos que autorizaram a suplementação orçamentária sem aprovação do Legislativo, supostamente contribuindo para o descumprimento da meta fiscal. Mais tarde, verificou-se que não houve desvios de recursos, mas sim um projeto político para retirar direitos trabalhistas e consolidar o poder de aliados do Congresso e do Executivo. O caso ilustra como interesses políticos podem se sobrepor à governabilidade.

Em contraste, em 2023, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou com ressalvas as contas do ex-presidente Jair Bolsonaro relativas a 2022, destacando distorções que somavam R$ 1,28 trilhão. Apesar disso, houve pouca reação de parlamentares ou manifestações populares. A situação reflete o papel do Congresso, que participou ativamente do governo durante esse período.

O peso do Congresso e seus interesses

No Brasil, o Congresso exerce pressão constante sobre o Executivo, buscando recursos e controle de setores estratégicos. Recentemente, houve disputas envolvendo os Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, refletindo os interesses de grupos ruralistas e empresariais. Um exemplo é a tentativa de acelerar a votação da lei do Marco Temporal, que impacta terras indígenas e despertou críticas nacionais e internacionais.

Reflexão final

No sistema político brasileiro, o Presidente governa sob pressão de um Congresso que, corrupto ou não, influencia diretamente a governabilidade. Por isso, a responsabilidade pelos resultados deve ser compartilhada entre o Executivo, o Legislativo e os demais agentes envolvidos.

O Jeito de Ver é um blog apartidário que não endossa ideologias políticas ou rivalidades. Nosso objetivo é promover o conhecimento para que possamos melhorar o que é possível hoje e trabalhar pelo que ainda não é viável. Recomendamos a leitura dos links indicados, que oferecem detalhes enriquecedores para aprofundar seu entendimento sobre o tema.

Gilson Cruz

Leia também O papel da imprensa e a História ‣ Jeito de ver

A indústria armamentista – um tema em debate

Soldados em Guerra. Aidna há muitas guerras em curso.

Imagem de Defence-Imagery por Pixabay

 

A paz em um mundo de conflitos

O conteúdo a seguir apresenta um resumo das pesquisas acerca das guerras e seus impactos na economia mundial e, sobretudo, na vida dos que sobrevivem.

Encorajamos os leitores a realizar uma investigação mais aprofundada utilizando os materiais e links mencionados.

O site Jeito de Ver (Jeitodever.com) defende aquilo que foi expresso nas palavras do pensador, que disse uma certa vez: “Não importam os motivos da guerra, a paz é mais importante que eles.” – John Lennon.


Guerras em andamento

“Além da Guerra na Ucrânia: 7 conflitos sangrentos que ocorrem hoje no mundo” – BBC News Brasil.

O século XX foi marcado por duas guerras mundiais. O site sohistoria.com.br lista as guerras e os respectivos anos – Guerras e Conflitos – Século XX – Só História.

O mesmo site lista os principais conflitos do século XXI – Guerras e Conflitos – Século XXI – Só História. Um desses conflitos, a Guerra do Iraque, foi justificada pela alegação de que o ditador iraquiano Saddam Hussein estava desenvolvendo armas de destruição em massa.

A Guerra do Iraque terminou, o ditador iraquiano foi executado, deixando para trás um legado de destruição, pobreza, ataques terroristas e um país vulnerável a radicais.

De acordo com alguns analistas, o governo dos EUA tinha outras intenções com a ocupação, pois não haviam armas de destruição em massa.

Segundo eles, foram criados vários acordos financeiros para assegurar o controle americano sobre as reservas de petróleo do país.

Mais de cinco anos após a invasão, o Iraque ainda enfrenta sérios problemas de infraestrutura que se agravaram após a guerra.” – História do Mundo.


Os impactos das guerras na humanidade

Ao analisar as guerras, nota-se que, segundo o Brasil Escola, os conflitos do século XX foram responsáveis pela morte de aproximadamente 95 milhões de pessoas globalmente.

A Primeira Guerra Mundial resultou em 15 a 20 milhões de mortes, enquanto a Segunda Guerra Mundial ocasionou 60 a 70 milhões de fatalidades.

Este é um trecho do texto presente no livro
Crônicas do Cotidiano – Um Novo Jeito de Ver
Disponível na Amazon e Clube dos Autores

Leia também:

E esquecemos as Guerras … ‣ Jeito de ver

 

“Notícias na Era Digital (Viés e informação)

Nesta era digital, a leitura de jornais está quase extinta.

Imagem de fancycrave1 por Pixabay

Informativo

“Quem lê tanta notícia?”


Caetano Veloso questionava enquanto admirava a página do jornal O Sol, exposta nas bancas de revista. Talvez se desencorajasse com o calor do sol e as inúmeras novidades daqueles tempos turbulentos — trecho da canção “Alegria, Alegria”, de 1968.

Uma breve análise do que poder estar por trás das notícias.

Tanta notícia…

É fato que, na era digital, o hábito de ler jornais impressos está em declínio.

As notícias agora se condensam em portais online, comentários de entusiastas e analistas, e, com frequência, são distorcidas em redes sociais e outras mídias digitais.

Atualmente, reconhece-se que reportagens e documentários muitas vezes são moldados pelas motivações e afinidades de jornalistas, editoras ou redes de televisão.

Durante a pandemia de Covid-19 no Brasil, por exemplo, quando mais de 700 mil pessoas faleceram, muitas emissoras evitaram mostrar a gravidade da situação, agravada pela inércia do governo da época.

Em outros momentos, omitiu-se a seriedade das denúncias de corrupção na aquisição de vacinas, evidenciadas na CPI da Covid.

Enquanto isso, algumas mídias tratavam com leviandade as imitações do presidente sobre pessoas morrendo por falta de oxigênio.

Anteriormente, algumas emissoras apoiaram a Operação Lava Jato como se ela fosse o bastião da moralidade e da justiça.

Quando os áudios do Vaza Jato vieram à tona, revelando as bases frágeis de um projeto político disfarçado de operação judicial, muitos se chocaram.

Ainda assim, parte da imprensa demonstrou mais indignação com os hackers que revelaram o lawfare por trás da Lava Jato do que com a conduta do juiz que, conspirando com procuradores, promotores e possivelmente políticos, buscou eliminar seus adversários — afastando o principal oponente do presidente eleito e, posteriormente, assumindo o cargo de Ministro da Justiça.


Lawfare

“O termo se refere à junção da palavra law (lei) e do vocábulo warfare (guerra), e, em tradução literal, significa guerra jurídica.
Podemos entender lawfare da seguinte maneira: uso ou manipulação das leis como um instrumento de combate a um oponente, desrespeitando os procedimentos legais e os direitos do indivíduo que se pretende eliminar.
Em termos ainda mais gerais, pode ser entendido como o uso das leis como uma arma para alcançar uma finalidade político-social, que normalmente não seria atingida se não pelo uso do lawfare.”
(Fonte: Lawfare: o que esse termo significa? | Politize!)

Um grupo de jornalistas enfrentou o desafio de expor as falhas por trás da Lava Jato — projeto de poder celebrado na série “Polícia Federal, a lei é para todos”, e enaltecido pela grande mídia.

Eles revelaram como um juiz questionável se tornou a “nova sensação no combate à corrupção”, expondo como os acontecimentos se alinhavam aos interesses de juízes e procuradores da operação, como evidenciado nas mensagens trocadas via Telegram. — Que perspicácia a deles!

Conversas interceptadas entre os promotores revelaram que interesses pessoais se sobrepunham ao senso de justiça. Promotores e juiz criavam factoides para influenciar a opinião pública.

Os canais de TV, ansiosos por alcançar objetivos comerciais, reproduziam essas informações distorcidas sem realizar a devida checagem de fatos. A verificação era completamente negligenciada!

Mesmo diante de provas contundentes, grande parte da mídia continuava promovendo uma narrativa que atenuava a falta de ética na operação.

Assim, muitos cidadãos passaram a questionar a confiabilidade dos noticiários televisivos.

Observe abaixo outro ponto frequentemente omitido ou distorcido pelas mídias:


Sonegação Versus Corrupção

“A economia brasileira perde com a corrupção, todos os anos, algo em torno de 3 a 5% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso equivale anualmente, em média, a cerca de R$ 76 bilhões, considerando os dados do IBGE em 2005, que apontavam um PIB na ordem de R$ 1,937 trilhão.”
(Fonte: tcu.gov.br)

Estudos mais recentes indicam que esse valor oscila entre R$ 70 e R$ 200 bilhões por ano.

Mas quanto se perde com a sonegação de impostos?

O site conteudojuridico.com.br responde:

“O Brasil perdeu R$ 417 bilhões por ano com sonegação de impostos, segundo estudo do IBPT. A pesquisa mostra que R$ 2,33 trilhões não são declarados.”
(30/11/2022)

No fim das contas, o país perde mais com sonegação do que com corrupção.


Ambas são desonestas.

Mas por que esse fato raramente é noticiado? Quem são os maiores sonegadores?

É essencial que o leitor, ao receber uma notícia, lembre-se de que, frequentemente, ela serve aos interesses de empresários e patrocinadores que preferem não ser tributados — pois se consideram superiores àqueles que trabalham, não recebem altos salários e se preocupam em declarar seu Imposto de Renda.

Portanto, sempre questione e busque compreender as notícias!

As notícias devem ser claras; insinuações servem para gerar dúvidas.

E quando o assunto é clareza, se já se deve examinar com atenção os jornais tradicionais, mais ainda as notícias sensacionalistas que circulam no WhatsApp. Elas devem ser sempre questionadas — e jamais repassadas sem checagem.


Fake News e Regulação

Durante o período eleitoral de 2018, espalharam-se notícias flagrantemente falsas com o intuito de prejudicar um determinado candidato.

Alegava-se que um partido distribuía mamadeiras com bicos em formato fálico nas creches, que existia um “kit gay”, e que haveria uma ameaça comunista — a mesma retórica usada pelos EUA na década de 1960, durante a Guerra Fria, para manipular países politicamente frágeis.

Milhões de pessoas mal informadas, e pouco dispostas a buscar conhecimento histórico, acreditaram nessas mentiras e passaram a compartilhá-las em correntes pelo WhatsApp.

Nessa brincadeira suja e injusta, até grupos supostamente religiosos se envolveram, prestando um desserviço — espalhando MENTIRAS.

Uma regulamentação que responsabilizasse os meios de comunicação pela divulgação de fake news não eliminaria completamente o problema, mas certamente reduziria os danos causados por essas mentiras.

Não esqueça:

Quando uma notícia falsa e chocante é divulgada, ela alcança muito mais gente do que a verdade ou qualquer retratação posterior!

 

Pesquise:

Unit – noticias/quais-os-impactos-da-sonegac…

Brasil perde R$ 417 bi por ano com sonegação de impostos, diz estudo | Agência Brasil (ebc.com.br)

Sonegação fiscal supera em muito os valores da corrupção pública – SEDEP

 

Leia mais Notícias de Guerras – o jogo da informação ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

 

O oitavo dia (Um dia terrível! )

A destruição e a tentativa de golpe de 8 de Janeiro de 2023. O que se via era cidadãos de bem dispostos a destruir tudo o que vissem pela frente…

Imagem de wendy CORNIQUET por Pixabay

Tive um sonho ruim…

Os policiais olhavam perplexos…
Não havia nenhum trabalhador protestando contra a reforma da previdência,
como atirar?

Não havia professores a pedir melhoras salariais
e um tratamento digno,
o que fazer?

Não havia alunos protestando contra a farinata,
a ração para alunos…
como usar a força necessária?

Não havia ninguém pedindo reforma agrária,
nem Herzogs, Jobins,
ou estudantes de medicina lutando por liberdade e dignidade.

Então, como agir?

O que se via era cidadãos de bem
dispostos a destruir tudo o que vissem pela frente…
Tudo o que, a duras penas,
fora construído com luta e impostos.

Dispostos a rasgar leis,
destruir obras de arte
e até mesmo roubar portas.

Eram cidadãos de bem,
desrespeitando aquilo que os humanos civilizados
lutaram por um dia, de 21 anos.

Poucos policiais tentaram cumprir suas missões,
mas foram derrubados de suas montarias
e talvez espancados.
E os outros, o que poderiam fazer,
se eram homens de bem?

E o exército levantou sua voz:
“Não serão presos, são pessoas de bem!”

E no oitavo dia,
passei a temer as pessoas de bem.

Então, assustado, acordei!

Publicado originalmente no blog nojeitodever.
Oitavo dia… – Jeito de ver (wordpress.com)

Vamos brincar de índio? (Informativo)

Pequenos indígenas. Cerca de 3,5 milhões de índios habitavam o Brasil na época do descobrimento.

Imagem de Kátia por Pixabay

A matéria a seguir resume a história e as consequências da exploração gananciosa e irresponsável durante a colonização, apenas estimular o interesse do leitor.

O Jeito de Ver recomenda a leitura do conteúdo nos links, que certamente acrescentarão conhecimento detalhado e suporte ao estudante. Agora, vamos ao assunto:

Uma velha canção

Este artigo evoca uma canção interpretada por Xuxa, que, se você já foi criança, certamente se lembrará.

A obra, criada por Michael Sullivan e Paulo Massadas em 1988, tem melodia vibrante e a voz suave da cantora, mas a letra traz um contraste: narra o cotidiano numa tribo, seus rituais e a luta pela sobrevivência, enquanto expressa o desejo do indígena de recuperar sua paz.

Ele clama por não ser mais visto como nos antigos filmes de faroeste — um vilão, um selvagem.

Outra velha canção…

Como cantou Edson Gomes:

“Eu vou contar pra vocês, uma certa história do Brasil…”

Vamos focar nos povos indígenas, por ora.


Um pouco de História

Em 22 de abril de 1500, os portugueses chegaram a esta terra “que tudo dava” — e, se não desse, seria tomado à força. Alguns ainda chamam esse evento de “descobrimento do Brasil”.

O contexto europeu…

> Este é um trecho do texto presente no livro
Crônicas do Cotidiano – Um Novo Jeito de Ver
Disponível na Amazon e Clube dos Autores

Fonte:

Escravidão indígena: contexto, causas, resistência – Brasil Escola (uol.com.br)

Portugueses e indígenas: encontro ou desencontro de culturas? (uol.com.br)

As sociedades indígenas brasileiras no século XVI (rio.rj.gov.br)

– Último censo do IBGE registrou quase 900 mil indígenas no país; dados serão atualizados em 2022 — Fundação Nacional dos Povos Indígenas (www.gov.br).

Fonte : Descobrimento do Brasil: contexto, curiosidades – Brasil Escola (uol.com.br)

Saiba mais em Os índios e o velho Oeste (História) – Jeito de ver.

Os índios e o velho Oeste (História)

Um Americano Nativo. O cinema costumava romantizar o “heroísmo dos brancos” imputando aos nativos sempre a imagem de bandidos.- Mas, o que realmente aconteceu?

Imagem de David Mark por Pixabay

Este artigo fornece apenas uma visão superficial de um assunto crucial. Nosso objetivo é despertar sua curiosidade, incentivando-o a explorar os links que fornecemos para obter detalhes históricos. Você ficará surpreso com a riqueza dessa história. Boa leitura!

A influência de Filmes do Velho Oeste

Você sabia que boa parte das pessoas tem seu conceito a respeito dos indígenas moldado pelos antigos filmes de velho oeste?

O cinema americano costumava repetir a versão dos colonizadores sobre a conquista e expansão norte-americana, e foi de certo modo responsável pelo estereótipo de que o povo nativo, era selvagem, insociável e perigoso aos caras-pálidas, gíria nos filmes de velho oeste, para homem branco.

O cinema costumava romantizar o “heroísmo dos brancos” imputando aos nativos a pecha de vilões.

Mas, o que realmente aconteceu?

Um pouco de história…

O período de colonização da idade Moderna (1453 a 1789) se inicia no final do século XIV, com o crescimento econômico de países europeus e asiáticos.

O processo de colonização inglesa da América do Norte decorre da formação de treze colônias a partir do século XVII, essas treze colônias são representadas pelas treze linhas horizontais na bandeira dos Estados Unidos.

Este é um trecho do texto presente no livro
Crônicas do Cotidiano – Um Novo Jeito de Ver
Disponível na Amazon e Clube dos Autores

Leia mais em Vamos brincar de índio? (Informativo) – Jeito de ver.

A População Carcerária no Brasil

Um problema crescente

A população carcerária do Brasil atinge cerca de 900 mil pessoas, ultrapassando a população de muitos municípios no país (https://carceraria.org.br).

Uma parcela significativa está detida por crimes considerados leves.

Por exemplo, no município de Iaçu, estado da Bahia, um senhor desesperado com a fome dos filhos invadiu um pequeno mercado e roubou uma lata de leite. Por esse ato, ele passou mais de um ano preso.

Sim, roubar é crime.

Enquanto pessoas cometem crimes de pequeno porte, muitas vezes por fome e desespero, pagam seus pecados em longas penas.

Aqueles que cometem crimes BEM MAIORES, por vezes, conseguem pagar fiança e desfrutar de liberdade com valores obtidos por meios ilegais.

Surgem perguntas…

Mas, o que justificaria manter alguém em cárcere por tanto tempo?

Quantos se encontram em situação semelhante?

Que pena poderia ser aplicada para ajudar a pessoa sem prejudicar aqueles que foram lesados?

O atual sistema parece justo?

A reação de muitos…

Alguns inflamados, com um típico falso senso de justiça, poderiam responder: “Tem que ser preso mesmo! Ninguém mandou roubar!”

Por exemplo, ao testemunhar o desespero de uma mãe que tentava roubar uma lata de leite para seu filho recém-nascido, um senhor tentou negociar com o dono do mercado o valor do produto subtraído, oferecendo-se para pagar pelo produto em troca da liberdade da jovem mãe.

O gerente, no seu desejo de justiça, não aceitou a proposta, pois “lugar de ladrão é na cadeia”.

Muitos falsos moralistas cobram justiça enquanto em suas vidas privadas sonegam impostos, traficam drogas e até planejam outros crimes de maior porte.

O problema da corrupção

Quantos juízes e políticos, que dizem combater a corrupção, são flagrados se corrompendo? Como exemplo: Nicolau dos Santos Neto – Wikipédia, a enciclopédia livre (https://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolau_dos_Santos_Neto).

Observe o trecho abaixo, extraído do site Carceraria.org.br:

“Segundo o 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que reflete dados de 2018 e 2019, o percentual de pessoas negras (pretas e pardas) no sistema prisional brasileiro é de 66,7%. Não é de hoje que se fala em seletividade penal. Não é de hoje que se vê casos em que ela opera.

“Genivaldo, morto pela polícia rodoviária de Sergipe asfixiado em uma câmara de gás improvisada no camburão, foi abordado porque estava dirigindo sem capacete. O presidente Jair Bolsonaro, nas motociatas realizadas com o aparato financeiro do Estado, era frequentemente fotografado sem o uso do equipamento de proteção ou usando capacetes inadequados.

O Anuário, ao analisar os números, faz o paralelo entre as pessoas que são encarceradas e aquelas que são mortas (pelo Estado ou em situações particulares): “Historicamente, a população prisional do país segue um perfil muito semelhante aos das vítimas de homicídios. Em geral, são homens jovens, negros e com baixa escolaridade” (https://carceraria.org.br).

Conclusão e alternativas

É lamentável observar que a venda nos olhos da justiça tem sido usada para que não se veja a injustiça. Os dados escancaram a diferença na aplicação da justiça entre as raças.

Mas, o que poderia ser feito para reduzir a população carcerária e pelo menos atenuar tal injustiça?

As penitenciárias têm servido ao longo do tempo como depósitos para pessoas indesejáveis ao convívio em sociedade. Por muitos anos, não houve interesse na ressocialização dos detentos.

É verdade que pessoas más existem, SIM, EXISTEM EM TODAS AS ESFERAS!

Uma mudança na aplicação da lei, por exemplo: alguém acusado de roubo ou fraude poderia receber como pena devolver o dinheiro acrescido de juros ou trabalhar para pagar o prejuízo causado.

E que essa mudança fosse aplicada a todos, sem distinção!

Deste modo, haveria justiça e proporcionalidade, pois o valor de restituição seria equivalente ao prejuízo causado.

Mas, como fazer isso?

Em casos de roubo, desvios de dinheiro e crimes semelhantes, a proporcionalidade da pena e a criação de meios para que haja a restituição à vítima seriam uma boa solução.

Daí o tema: O que você sugere?

Pense e envie sugestões.

Informativo

 

Veja mais em Crimes e responsabilidades na tragédia no RS ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

 

Contexto da Proclamação da República

15 de Novembro - Praclamação da República

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A República é um sistema de governo onde o poder reside em representantes eleitos pelo povo, comumente através de eleições.

Neste modelo, o governo busca o bem-estar comum e os governantes possuem mandatos com prazo determinado, o que impede a permanência indefinida no poder.

Este regime é fundamentado em princípios como igualdade perante a lei, divisão dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e a prestação de contas dos governantes em relação às suas ações.

Estudar a proclamação da República no Brasil é essencial para compreender as raízes das disparidades sociais e políticas no país.

Vamos entrar no contexto histórico.

Inseridos no contexto…

A fundação do Partido Republicano Paulista

A Proclamação da República no Brasil, ocorrida em 15 de novembro de 1889, foi o resultado de um contexto histórico complexo e multifacetado. A crise da monarquia teve raízes em insatisfações que se intensificaram ao longo das décadas.

No século XIX, a elite agrária exercia grande influência na política, e os interesses regionais frequentemente se chocavam com as diretrizes centralizadoras do governo imperial.

Esse cenário ficou ainda mais tenso com a pressão crescente da oligarquia cafeeira por maior autonomia.

Os movimentos republicanos começaram a ganhar força na década de 1870, pouco depois da Guerra do Paraguai. A vitória na guerra não trouxe prestígio à monarquia; pelo contrário, revelou suas fragilidades.

Nesse período, novos arranjos políticos emergiam, defendendo a modernização do país. A fundação do Partido Republicano Paulista (PRP) e o lançamento do Manifesto Republicano, em 1870, foram fundamentais para fortalecer a ideia de uma república.

O manifesto criticava o centralismo imperial e propunha o federalismo, defendendo que os grandes males do Brasil provinham da monarquia.

O papel dos Militares

Os militares, uma das principais forças insatisfeitas, começaram a se organizar após a Guerra do Paraguai.

O Exército havia se profissionalizado e, como consequência, seus membros exigiam melhores salários, melhorias na carreira e o direito de expressar suas opiniões políticas.

Eles também defendiam o laicismo no país e encontraram no positivismo, ideologia de Augusto Comte, um discurso que justificava a modernização por meio de uma república autoritária.

Muitos oficiais passaram a enxergar-se como guardiões do Estado, acreditando que uma república ditatorial era a solução para o Brasil.

A crise na monarquia se agravou com as elites emergentes nas cidades, que desejavam maior participação política, mas se viam excluídas por um sistema que beneficiava poucos.

Mesmo os liberais, ao tentarem expandir o eleitorado, não foram eficazes, pois a Lei Saraiva, de 1881, reduziu drasticamente o número de eleitores.

No interior do país, províncias como São Paulo, que já tinham grande importância econômica, exigiam uma representação mais justa. A centralização do poder na monarquia e a falta de autonomia para as províncias geraram profundo descontentamento.

Outro ponto crucial foi a questão da abolição da escravatura em 1888, que deixou um vácuo econômico para setores conservadores, especialmente fazendeiros que perderam sua mão de obra gratuita.

Este evento aprofundou a crise, forçando a sociedade a buscar novos modelos de governança. Grupos políticos, cafeicultores e os militares viam na república a solução para os problemas nacionais.

Além disso, a urbanização e a industrialização, embora ainda incipientes, evidenciavam a necessidade de uma reestruturação que atendesse às demandas de um Brasil em transformação.

A insatisfação com a monarquia culminou em um golpe que uniu diferentes setores da sociedade.

O papel das elites urbanas e rurais

O descontentamento das elites urbanas e rurais, somado à crescente mobilização das forças armadas, gerou um ambiente propício para a Proclamação da República.

O evento foi liderado por militares, apoiados por uma parcela da sociedade civil, e resultou na expulsão da família real. Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a república e se tornou o primeiro presidente do Brasil.

A nova república trouxe mudanças significativas, como a Constituição de 1891, que implantou o federalismo e descentralizou o poder, favorecendo a autonomia dos estados.

No entanto, apesar das expectativas de modernização e inclusão, a elite militar e a classe ilustrada assumiram posições de destaque no novo regime, garantindo que seus interesses fossem preservados.

A estrutura republicana acabou beneficiando poucos, enquanto as camadas populares continuaram enfrentando desigualdades.

A narrativa oficial sobre a Proclamação da República frequentemente simplifica esses eventos, omitindo as complexidades e os conflitos de interesses envolvidos.

A transição não foi consensual nem espontânea; foi marcada por tensões sociais e políticas que continuam a moldar a história brasileira.

Uma análise mais crítica revela a multiplicidade de vozes que influenciaram a queda da monarquia e a importância de questionar a memória histórica dominante.

O papel do Povo

Segundo o livro Os Bestializados, de José Murilo de Carvalho, a reação da população mais humilde, em sua maioria composta por trabalhadores urbanos, escravos recém-libertos e cidadãos de baixa renda, foi marcada pela indiferença e falta de envolvimento com a Proclamação da República.

Carvalho argumenta que, para a maioria das pessoas comuns, o evento passou quase despercebido e não trouxe um significado claro ou um impacto imediato em suas vidas cotidianas.

O autor explica que a mudança de regime, de monarquia para república, foi conduzida por elites políticas e militares sem a participação ativa das massas.

O povo foi espectador de um processo que, para ele, parecia distante e abstrato.

As decisões políticas eram tomadas por um círculo restrito de líderes, e a falta de comunicação e integração entre as elites e a população mais pobre contribuiu para um sentimento de alheamento.

A população, portanto, se sentia desamparada e desconectada do novo regime, sem compreender as implicações da mudança.

Conclusão

A história oficial muitas vezes pinta um quadro de que a população inteira estava engajada na luta pela proclamação da República, mas a realidade é que apenas uma elite buscava preservar e expandir seus privilégios.

Os desfavorecidos do império continuaram a ser os desfavorecidos na república, permanecendo pobres, sem voz ativa, sem acesso à educação adequada por décadas e excluídos da participação em regimes autoritários subsequentes.

Essas consequências e sua continuidade são visíveis no modelo educacional que prevaleceu por décadas no Brasil, perpetuado pelas mesmas elites que dominam desde a agricultura até os meios de comunicação e eventos culturais.

Uma parte da população, assim como naquela época, se contenta com as migalhas oferecidas através de cargos políticos adquiridos por bajulação e traição, sacrificando sua própria dignidade e a de seus descendentes.

Pesquisas: “O Reino que não era deste Mundo” por Marcos Costa

“Os bestializados” por José Murilo de Carvalho

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A inocência das crianças – Pobres Crianças!

Qual não foi o espanto da população com aquela cena...leia a crônica.

O espanto!

A INOCÊNCIA DAS CRIANÇAS

A campanha eleitoral naquela pequena cidade do interior nordestino já havia alcançado o mais baixo nível de toda a história…

Cadeiradas eram afagos, perto do que se via por lá, mas também não era tão violenta quanto aquele caso do senador assassino que matou alguém lá em 4 de Dezembro de 1963…

Mas esqueceram a gentileza!

Palavrões, cadeiras voando, e um tal de “ladrão” pra cá e “ladrão” pra lá… mas ninguém cogitava a ideia de processar o candidato A, B ou C. Vai que tinha algo escondido!

Então, o coordenador da campanha de Jorge Clemente resolveu inovar: — “Nada é tão puro quanto uma criança!”

Bem, crianças não votam…

Usar crianças em campanhas políticas é meio estranho. Candidatos com cara de nojo abraçando crianças que dariam tudo para não estar naquele lugar…

Usar crianças é um artifício complicado, pois muitos casos de corrupção envolvem dinheiro que seria destinado à educação e à cultura – o futuro das mesmas.

Mas, como não estou aqui para explicar política e sim para contar o caso, deixe-me continuar:

Jorge Clemente teve a brilhante ideia para apaziguar os ânimos: — “Vou inovar… No carro de som, vou colocar algumas crianças para acenar ao povo, enquanto o locutor fala mansamente o nome Clemente…”

E assim se deu.

Quatro meninos foram escolhidos para desfilar no carro e acenar ao povo pelas ruas da cidade.

E qual não foi a surpresa da população ao ver que, enquanto a caravana passava, as inocentes crianças erguiam os pequenos dedos médios, em riste, para os adversários políticos.

Pobres e inocentes crianças…

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