Furacões – Histórias e Curiosidades

Conheça a um pouco da história dos furacões.

Por que os furacões recebem nomes de pessoas?

Arlene, Bret, Cindy, Don, Emily, Franklin, Harvey, Beatriz, Calvin, Dora, Eugene, Fernanda, Greg, Hilary, Irwin e Kenneth… a lista é extensa!

Quem são essas personalidades?

Veja a manchete a seguir:

Em 25 de junho de 2024, às 19:00, “o furacão Beryl” se formou no Atlântico Norte com uma velocidade de vento inicial de 28 km/h.

Todos os nomes mencionados referem-se a furacões.

Mas, qual é o motivo para se atribuir nomes a furacões nos Estados Unidos?

Vamos entender melhor…

Um furacão é um tipo de ciclone tropical caracterizado por ventos fortes que atingem velocidades de pelo menos 119 km/h, e é frequentemente associado a chuvas torrenciais e nuvens que se organizam em um padrão espiral.

Quando Começa e Termina a Temporada de Furacões nos Estados Unidos?

A temporada de furacões no Atlântico começa em 1º de junho e vai até 30 de novembro, impactando principalmente os EUA. Esse período foi definido com base na tendência histórica de formação de furacões, mas eles podem ocorrer fora dessas datas.

O Centro Nacional de Furacões (NHC), ligado à NOAA, é essencial na monitoração e previsão desses eventos.

Estados e cidades mais atingidos, como Flórida, Texas e Carolina do Norte, se preparam com antecedência, atualizando planos de emergência, realizando simulações de evacuação e se coordenando com agências e organizações de socorro

Como São Dados os Nomes dos Furacões?

A nomeação organizada de furacões começou nos anos 50 pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), que criou listas padronizadas para esses eventos climáticos.

Originalmente, só se usavam nomes femininos, mas nos anos 70, a OMM incluiu nomes masculinos para promover igualdade de gênero. Desde então, os nomes alternam entre masculinos e femininos.

Há uma lista de nomes para cada ano, que se repete a cada seis anos.

A OMM elabora e mantém essas listas, escolhendo nomes fáceis de reconhecer e distintos para evitar confusão.

Os nomes seguem a ordem alfabética: o primeiro furacão da temporada começa com “A”, o segundo com “B”, e assim sucessivamente.

Quando o nome de um furacão é removido?

Se um furacão é particularmente devastador ou letal, seu nome é removido das listas em respeito às vítimas e para evitar conotações negativas.

Nomes como Katrina (2005) e Sandy (2012) foram retirados após causarem grandes estragos.

As listas são periodicamente revisadas para incluir nomes mais modernos e culturalmente apropriados.

Quando um furacão provoca danos significativos ou resulta em muitas mortes, seu nome é “aposentado” para evitar confusão e insensibilidade em eventos futuros.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) é encarregada de remover esses nomes das listas e substituí-los por outros.

Nomes de furacões com impactos memoráveis são retirados para evitar associações negativas em futuros eventos climáticos.

Por exemplo, o furacão Maria, que em 2017 causou destruição em massa em Porto Rico, resultando em milhares de mortes e um impacto econômico significativo, também teve seu nome aposentado.

Novos nomes são sugeridos pelos comitês regionais da OMM, que apresentam uma lista de nomes não ofensivos e de fácil pronúncia em diversas línguas.

Retirar os nomes de furacões do uso é crucial para garantir clareza e respeito em futuras previsões e relatórios meteorológicos, prevenindo confusões e prestando homenagem àqueles impactados pelos desastres naturais mais devastadores.

Relembrando os Furacões e Tornados Mais Violentos da História

Os Estados Unidos têm uma longa história de enfrentamento de furacões e tornados devastadores, eventos climáticos que muitas vezes resultam em perdas humanas significativas e danos econômicos extensivos.

Entre os mais notáveis estão o Furacão Katrina, o Furacão Harvey e o Tornado de Joplin, cada um deixando uma marca indelével na memória coletiva do país.

Furacão Katrina (2005): Formado em agosto de 2005, o Furacão Katrina rapidamente se intensificou, atingindo a categoria 5 no Golfo do México.

Após tocar terra como um furacão de categoria 3 perto de Nova Orleans, a cidade foi devastada devido à falha dos diques, resultando em inundações catastróficas.

O Katrina causou mais de 1.800 mortes e danos econômicos estimados em 125 bilhões de dólares, tornando-se um dos desastres naturais mais caros da história dos Estados Unidos.

Furacão Harvey (2017): Em agosto de 2017, o Furacão Harvey atingiu o Texas como um furacão de categoria 4.

Harvey é particularmente lembrado pela quantidade de chuva que trouxe, resultando em inundações históricas na área de Houston.

A tempestade permaneceu praticamente estacionária por vários dias, despejando mais de 60 polegadas de chuva em algumas regiões.

Os danos econômicos foram estimados em 125 bilhões de dólares, e o evento resultou em 107 mortes.

Tornado de Joplin (2011): Em 22 de maio de 2011, um tornado de categoria EF5 atingiu a cidade de Joplin, Missouri.

Com ventos superiores a 200 mph, o tornado devastou grande parte da cidade, resultando na morte de 158 pessoas e ferindo mais de 1.000.

O Tornado de Joplin é um dos tornados mais mortais da história recente dos Estados Unidos e causou danos estimados em 2,8 bilhões de dólares.

Esses eventos sublinham a necessidade de preparação e resiliência diante de fenômenos climáticos extremos.

Os esforços de recuperação, que muitas vezes envolvem anos de trabalho e bilhões de dólares, são testemunho do impacto duradouro que esses desastres podem ter sobre as comunidades afetadas.

Interessante, não é verdade? Há um alerta porém:

ALERTA:

“Mudanças nos ventos da alta atmosfera terrestre, provocadas pelo aquecimento da superfície marítima no Oceano Pacífico Oriental, são responsáveis pelo aumento previsto na frequência de furacões nas áreas costeiras”.

Aquecimento global aumenta a frequência dos furacões – Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

Há a possibilidade do aumento de tais ocorrências.

Embora a probabilidade de eventos de grande magnitude ocorrer no Brasil seja pequena, não é impossível. A atividade humana predatória tem causado danos quase irreversíveis.

A ação baseada no conhecimento de tais fenômenos pode preservar vidas. As atividades de preservação podem salvar muito mais.

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Praça Honesto dos Santos – Uma crônica

"Praça Honesto dos Santos - Uma crônica" - Uma história pra contar nas praças.

Imagem de Ofoto Ray por Pixabay

A cidade estava agitada com a chegada das novas eleições.

O cenário era de Copa do Mundo, ruas enfeitadas com santinhos e cartazes daqueles rostinhos que nem Photoshop e nem promessas de campanha conseguiriam harmonizar.

Mas, dessa vez, havia um probleminha: eram dois candidatos muito queridos pela população e, o pior, eram honestos e conseguiram grandes avanços na educação, saúde e empregos.

A população comemorava, mas estava angustiada por causa das dúvidas.

E agora: os dois candidatos à reeleição são exatamente idênticos, conseguiram os mesmos números, não perseguiram adversários políticos e dividem exatamente a mesma quantidade de votos válidos. Não é empate técnico, é exatamente um empate!

Os jornais da cidade não sabiam a quem difamar, isto é, favorecer — não me entendam mal.

Ambos candidatos eram idôneos, e qualquer calúnia significaria o fim do jornal, pois a população consciente não mais consumiria quem propagasse notícias falsas.

O locutor da cidade estava confuso… nunca em sua história estivera impedido de caluniar… isto é, inventar novos fatos.

As praças públicas em dias de comícios pareciam encontros de amigos, pois mesmo que discordassem quanto à opção, todos tinham esse direito!

As canções irritantes de outros períodos eleitorais, de cantores que desperdiçavam seus talentos em canções que irritavam adversários, foram substituídas por versos de campanha.

Pareciam mais promessas religiosas…

E nesta cidade, os candidatos passeavam em praças públicas, não como deuses hipócritas, mas como humanos capazes de enxergar as dificuldades das pessoas.

E agora, quem seria o eleito? Quem venceria a eleição? Não importava quem seria o eleito, a cidade ganharia.

E assim se deu.

No dia da eleição, o morador mais velho da cidade faleceu e, com ele, o voto do empate.

E em sua homenagem, o novo prefeito, o escolhido, inaugurou uma nova praça: Honesto dos Santos. E as pessoas de outras cidades caminham por ela, distraídas… sem entender o porquê da história.

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Os dramas que não conhecemos

Cada pessoa carrega um misto de sentimentos, dramas imperceptíveis aos olhos

Imagem de Victoria por Pixabay

Os dramas que não conhecemos

Sabe aquelas pessoas que estampam em seus rostos reluzentes os mais belos sorrisos, mas que no fundo carregam o peso de estar em outra realidade?

Há muito tempo, ouvi a história do Palhaço, conhecido pelo dom de trazer alegria e risos a todos que assistiam aos seus espetáculos.

Dizia o conto que uma pessoa muito triste procurava por muito tempo a ajuda de profissionais sem alcançar resultados.

Um profissional amigo, preocupado, sugeriu: – “Olha, soube que na cidade há um palhaço capaz de alegrar o dia de todo mundo. Que tal assistir à sua apresentação?”

Ao que o amigo respondeu: – “Não posso, Doutor. Eu sou o Palhaço!”

Cada pessoa carrega seus próprios sonhos e dramas.

Cada pessoa carrega seus próprios sonhos e dramas.

Alguns desses dramas são imperceptíveis aos olhos de outros e, convenhamos, alguns desses dramas nem mesmo elas conhecem a origem.

Experiências traumatizantes na infância, que deveria ser a mais bela fase da vida, podem trazer reflexos na vida adulta.

Bullying, abuso psicológico, físico, rejeição, abandono e humilhação podem deixar marcas profundas, resultando em crises de ansiedade e outros problemas emocionais na vida adulta.

O fato de tais experiências estarem escondidas no labirinto da memória pode externar a impressão de que nada está acontecendo, o que agrava ainda mais o desespero de não saber a origem dos gatilhos.

E lá no fundo, os dramas que não conhecemos estão cobrando um preço!

Segundo alguns pesquisadores, até mesmo problemas durante a gestação podem moldar a saúde mental de um adulto.

Mas, o que fazer?

Primeiro, esteja presente. Seja companheiro, aprenda a ouvir.

Lembre: costumamos ser míopes quando olhamos o sofrimento dos outros. A humanidade precisa de empatia.

Segundo: Apoie.

O tratamento profissional é necessário e, por se tratar de algo desenvolvido por toda uma vida, não haverá solução rápida. É necessário ter paciência. – Não é isso que a gente espera do mundo e o mundo espera de nós?

Não se trata de uma questão de fé ou crença, é uma questão de saúde.

Esteja atento, seja companheiro, apoie e incentive a busca profissional. Não critique!

Caso estes dramas também o aflijam, busque a ajuda de verdadeiros amigos e profissionais da área.

Leia também:  Depressão – como ajudar? (Informativo) ‣ Jeito de ver

 

Jogo do Tigrinho – Esteja disposto a perder!

Há cada vez mais jogos de azar. Eles não tem este nome por acaso... analise do jogo do Tigrinho.

Imagem de Tomek por Pixabay

As emoções desempenham um papel crucial no vício em jogos de azar.

Ansiedade e depressão são comuns entre os jogadores, que muitas vezes buscam alívio temporário na excitação dos jogos.

A fuga da realidade é uma motivação significativa, e as emoções negativas podem se intensificar com as perdas, alimentando um ciclo contínuo de jogo.

Os criadores de jogos de apostas exploram essas fraquezas emocionais, investindo em propagandas que sugerem uma alta probabilidade de ganho.

Influenciadores famosos também contribuem para essa ilusão, atraindo pessoas vulneráveis.

Estratégias de Vício em Jogos

Inicialmente, muitos jogos oferecem moedas de bônus para atrair jogadores.

Esses bônus são moedas demonstrativas, fazendo com que os jogadores ganhem facilmente e criando uma sensação de recompensa e facilidade. Isso ativa o sistema de recompensa do cérebro, que libera dopamina, gerando prazer.

A repetição dessas sensações leva ao vício, dificultando que as pessoas admitam que estão presas.

Entendendo o Vício

O vício em jogos é um transtorno caracterizado pela incapacidade de estabelecer limites no jogo.

As pessoas se tornam dependentes, investindo tempo e dinheiro excessivos, e mostram irritabilidade e angústia quando não podem jogar.

Um exemplo atual é o Jogo do Tigre, amplamente promovido nas redes sociais, atraindo a atenção da polícia.

Investigação do Jogo do Tigre

A Polícia Civil do Maranhão está investigando o “Jogo do Tigre” ou “Fortune Tiger”, um jogo de azar ilegal no Brasil que causa grandes prejuízos financeiros.

O delegado-geral Jair Paiva suspeita que o jogo esteja ligado a um esquema de pirâmide financeira. O objetivo das investigações é identificar mais vítimas e compreender a extensão do esquema.

Funcionamento do Esquema

O “Jogo do Tigre” recruta pessoas prometendo altos retornos financeiros.

Para pagar esses rendimentos, é necessário que novos membros entrem no grupo e façam apostas, caracterizando uma pirâmide financeira.

Prejuízos Pessoais e Casos de Suicídio

A maquiadora Jhenifer Blume foi enganada por um influenciador, Júnior André, perdendo R$ 400 e outros valores menores. Júnior, após reclamações, retirou postagens relacionadas ao jogo, mas teve seu saldo bloqueado na plataforma.

O delegado Pedro Adão confirmou três casos de suicídio no Maranhão relacionados ao “Jogo do Tigre”.

A socorrista do SAMU, Jaciaria Borgens, e Rafael Mendes, de 17 anos, que perdeu R$ 50 mil, tiraram suas próprias vidas devido a prejuízos no jogo. Sylmara Sirlene, colaboradora de uma doceria, também se suicidou após acumular dívidas com o jogo.

Operações e Apreensões

A Polícia Civil apreendeu bens da influenciadora Skarllete Mello, incluindo motocicletas, carros de luxo e um jet-ski.

A Justiça também bloqueou R$ 8 milhões de sua conta bancária. Skarllete é suspeita de divulgar jogos de azar, loteria não autorizada, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A Polícia Civil de São Paulo investiga vários influenciadores por associação criminosa, lavagem de dinheiro e delitos financeiros.

Eles utilizavam redes sociais para divulgar links para sites de jogos de azar, prometendo altos retornos financeiros e lucrando com novos cadastros.

Os jogos de azar, como o “Jogo do Tigre”, exploram as emoções humanas para prender as pessoas em um ciclo vicioso de apostas.

A Polícia Civil está empenhada em combater essa prática ilegal, mas a melhor forma de prevenir danos é evitar esses jogos.

Uma propaganda honesta diria: “Esteja disposto a perder!”, pois mais de 99% dos apostadores perdem.

Leia também: No caminho da felicidade – a jornada. ‣ Jeito de ver

Notícias de Gaza – Uma terra sem paz

A faixa de Gaza e o massacre dos palestinos.

Na Faixa de Gaza o sofrimento .

À medida que nos acostumamos com as notícias, nossas reações iniciais de indignação, surpresa ou compaixão tendem a diminuir.

Revisando a história…

Em outubro de 2023, um ataque terrorista em uma festa rave resultou na morte de mais de mil jovens israelenses.

Por mais esquecido: O massacre em Gaza ainda não chegou ao fim.

Um princípio do direito internacional humanitário é a proporcionalidade da resposta à ameaça.

A resposta do governo de Israel excedeu amplamente esse princípio.

Vamos analisar a invasão e destruição da faixa de Gaza, na Palestina pelo exército israelense e suas consequências humanitárias e políticas.

Contexto Histórico – Opressão 

Antes do ataque que vitimou jovens israelenses, a população palestina já enfrentava severas condições de opressão.

Na densamente povoada Faixa de Gaza, bloqueios econômicos e restrições de movimento impostos por Israel afetavam drasticamente a vida cotidiana dos palestinos, limitando o acesso a bens essenciais, serviços de saúde e oportunidades de trabalho.

A infraestrutura básica em Gaza estava em ruínas, agravando a crise humanitária.

Os bloqueios econômicos tinham um impacto devastador, paralisando a já frágil economia de Gaza e resultando em altas taxas de desemprego e pobreza.

As restrições de movimento confinavam cerca de dois milhões de pessoas em um espaço pequeno e superlotado, contribuindo para um sentimento generalizado de desespero e falta de perspectivas.

A constante presença militar israelense e as operações de segurança criavam um clima de medo e instabilidade.

Essas ações causavam não apenas destruição física, mas também desestabilizavam profundamente o tecido social e psicológico da população palestina.

O Ataque Terrorista e a Reação Desmedida de Israel

Após um ataque terrorista que tirou a vida de jovens israelenses, o governo de Israel respondeu com uma grande operação militar.

Embora justificada como autodefesa, essa resposta teve consequências devastadoras para os civis palestinos.

Mais de 33 mil civis palestinos foram mortos, incluindo muitas crianças, mulheres e homens inocentes. Esses números mostram o tamanho da tragédia humana desencadeada pelo conflito. Além das vidas perdidas, hospitais e escolas fundamentais foram gravemente danificados ou destruídos.

A destruição de hospitais reduziu severamente a capacidade de atendimento médico para os feridos, aumentando o sofrimento da população. Escolas destruídas interromperam a educação de milhares de crianças, afetando o futuro de uma geração inteira.

O impacto psicológico nos palestinos que sobreviveram também é imenso.

Estudos mostram um aumento significativo nos casos de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), ansiedade e depressão entre os afetados.

Crianças são particularmente vulneráveis, exibindo sintomas de trauma que podem ter repercussões a longo prazo em seu desenvolvimento e bem-estar.

Embora Israel alegue agir em autodefesa, o princípio da proporcionalidade em conflitos armados, reconhecido no direito internacional humanitário, exige que a força usada em resposta a um ataque seja proporcional à ameaça enfrentada.

A Inércia das Nações Unidas e a Influência dos EUA

Embora as Nações Unidas (ONU) tenham condenado repetidamente os ataques na Palestina, a organização parece inerte e incapaz de agir concretamente para cessar a violência.

O Conselho de Segurança e a Assembleia Geral da ONU aprovaram várias resoluções condenando a ocupação israelense e pedindo o fim das hostilidades.

Contudo, a implementação dessas resoluções tem sido ineficaz, principalmente pela falta de consenso entre os membros permanentes do Conselho de Segurança.

A influência dos Estados Unidos é um dos fatores críticos dessa inércia.  Os EUA, historicamente aliados de Israel, têm vetado resoluções que condenam as ações israelenses ou que exigiriam medidas mais severas.

Sanções econômicas e intervenções diplomáticas que poderiam pressionar Israel a alterar suas políticas raramente são implementadas, devido ao risco de retaliação política e econômica, especialmente dos EUA, tornando a resolução do conflito uma questão geopolítica complexa.

Previsões para o Futuro e a Destruição da Faixa de Gaza

As condições atuais na Faixa de Gaza são alarmantes, com a infraestrutura quase completamente destruída devido ao conflito contínuo.

Hospitais, escolas e sistemas de saneamento sofreram danos severos, resultando em uma crise humanitária significativa. A população local lida com a falta de água potável, alimentos e medicamentos, piorando a situação já precária dos civis.

Organizações humanitárias e agências da ONU esforçam-se para entregar ajuda emergencial, mas enfrentam muitos desafios, incluindo bloqueios e restrições de acesso impostos por Israel.

A verdade é que até mesmo as Organizações Humanitárias foram alvo de ataques pelo exército israelense, sob alegações de riscos à segurança.

A comunidade internacional tem pressionado por mais assistência humanitária, mas a ausência de um cessar-fogo duradouro torna esses esforços incertos e arriscados.

Infelizmente, as previsões para o fim do conflito na Faixa de Gaza são pessimistas.

A humanidade não deve se acostumar com o terrorismo ou o massacre de inocentes!  Não é natural!

Enquanto isso nos noticiários, muitos, com a ignorância típica dos imbecilizados, gritam nas manifestações que Israel é um país cristão, e não poderiam estar mais enganados…

E mesmo que este país alegasse ser cristão, não seria o amor a principal característica dos que afirmam seguir a Cristo? – (Evangelho de João 13:35)

Israel é um País bélico e também comete atrocidades.

E não se sabe se haverá um futuro para a Faixa de Gaza…ou será apenas um local destinado a lucros de empresas de reconstruções imobiliárias… Não se sabe!

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Corpos permanecem em ruas da Cidade de Gaza em meio a ataque israelense (terra.com.br)

 

São apenas meninos jogando Futebol

A seleção brasileira perdeu o encanto, futebol é apenas um negócio.

Imagem de Pexels por Pixabay

São apenas meninos jogando futebol!

Você pode até não concordar comigo quando digo que eles amam a camisa, o país que representam na competição.

Os toques de bola curtos, a consciência da presença do companheiro ao lado e a simplicidade são evidências claras do quanto prezam o esporte e o torcedor.

O adversário joga fechado, algumas vezes até abusando da violência. Mas os meninos, tranquilos, tentam seguir o esquema tático estabelecido pelo treinador.

Manter uma seleção de jovens não é fácil.

Eles podem até empatar, e mesmo perder, faz parte do jogo, mas o que vejo é uma seleção jogando pra cima.

Fico espantado com a disposição dos garotos, pois a temporada na Europa já acabou e eles podiam estar curtindo as férias. Mas defender as cores de sua seleção é também um interesse pessoal.

A alegria do seu povo também é especial!

Não, não estou falando do que chamam de seleção brasileira de futebol.

A seleção brasileira já não encanta faz tempo.

Os meninos brasileiros sonham em entrar nos esportes com um único objetivo: jogar no futebol europeu.

E onde é que entra a seleção? A seleção brasileira é como uma vitrine para aqueles que desejam aparecer neste imenso balcão de negócios.

O prestígio adquirido pela camisa amarela ao longo do tempo, com astros como Pelé, Garrincha, Zagallo, Didi, Zico, Sócrates, os Ronaldos e muitos outros que construíram a fama do Brasil, valoriza e muito o passe daqueles que a vestem.

Então, nos primeiros anos, os meninos se esforçam como se estivessem jogando a vida em suas partidas e, antes mesmo de atingirem a maioridade, são vendidos a times estrangeiros.

Quando os jogadores são convocados, seu valor aumenta. E quando atuam como titulares na seleção, uma meta é alcançada e, com isso, um valor ainda maior é adicionado ao seu contrato.

Agora, com contratos milionários, a seleção deixou de ser uma meta e tornou-se apenas mais um compromisso neste mundo de negócios chamado futebol.

A Seleção é formada pelos melhores jogadores contratados por times europeus, em sua maioria desconhecidos em sua terra natal. Me recuso a acreditar na interferência de empresários. Seria o fim!

Mas, o fato é que os torcedores de times que atuam no próprio País não se veem representados naquele time.

Tão estranho, quanto o futebol que apresentam!

A Copa América é um pequeno torneio… como qualquer outro!

– A expressão sem palavras.

E os pequenos campeonatos são encarados como um favor a um país empobrecido por torcedores iludidos por locutores ufanistas que tentam vender uma seleção que não mais encanta.

Uma seleção de garotos mimados, que não se importam com a derrota, com atuações bizarras e com a cara de trouxa dos que ainda pagam fortunas para assistir a um futebol medíocre.

Mas, no mundo das redes sociais, o importante é fazer fotografias nos eventos e se sentir no centro do mundo!

Uma torcida muitas vezes tão verdadeira quanto a seleção que a representa. Que chora e expõe seu momento triste, íntimo, nas redes sociais para conseguir visualizações e likes.

Enquanto os derrotados saem derrotados, com as contas bancárias um pouco mais gordas…

A propósito, os meninos no início do texto, que jogam com alegria e responsabilidade, são os meninos da seleção da Espanha.

Escrevo o texto enquanto empatam em 1×1 com a valente seleção francesa na Eurocopa 2024. Sem coreografias ridículas, “não tem esse molejo necessário para ganhar uma copa” – ninguém dança melhor que os meninos do Brasil!

E lugar nenhum do mundo tem tantos dançarinos no futebol pra seguir nas redes sociais.

E que dancem sempre, entretendo quem ainda insiste em acreditar no futebol da seleção brasileira.

Ah! Acabou a partida.

A Espanha venceu a partida por 2×1.

Enquanto a cor amarela da seleção é usada em cerimônias e como adorno em caminhões, o futebol da seleção brasileira perde o prestígio mundial que já teve…

Mas, continua rica…

Muito rica…

Pobre seleção brasileira!!!

Leia a crônica a seguir: Quiprocuó Esporte Clube – Falando de futebol ‣ Jeito de ver

Redes Sociais – Palco para discursos de ódio

Redes sociais têm sido usadas como palco para discursos de ódio

Imagem de Markus Winkler por Pixabay

As redes sociais têm um papel crucial na disseminação de discursos de ódio.

Elas foram desenvolvidas com o intuito de gerar lucros ao passo que  facilitariam uma melhor interação entre pessoas e grupos, NADA É GRATUITO!

Neste artigo analisaremos especialmente o ‘X’, do  antecessor Twitter, e seu papel na propagação de tais discursos e de fake news.

O espaço concedido pelas redes sociais ao discurso de ódio

As redes sociais, criadas para serem plataformas de liberdade de expressão e interação social, tornaram-se arenas para a propagação de discursos de ódio, notadamente por políticos de extrema direita.

O ‘X’, antes conhecido como Twitter, destaca-se significativamente nessa questão.

A estrutura dessas plataformas permite a disseminação rápida de mensagens, frequentemente sem a moderação adequada para impedir conteúdos nocivos.

Tal cenário é aproveitado por indivíduos extremistas para intensificar fake news, narrativas de ódio e divisão.

O anonimato e os perfis falsos

O anonimato incentiva usuários a expressarem opiniões ofensivas e extremas sem temer retaliações. Essa sensação de impunidade propicia atos de ódio, encorajando a repetição desses comportamentos.

A arquitetura algorítmica das redes sociais é igualmente crucial, pois algoritmos focados em engajamento favorecem conteúdos que polarizam, incluindo discursos de ódio, devido ao aumento de interações.

Isso gera um ciclo vicioso, dando mais visibilidade a tais conteúdos, ampliando seu alcance e normalizando o extremismo.

Mas, onde entra o lucro?

Não importa a razão do discurso a ser discutido, quanto maior o alcance maior a oportunidade de vender anúncios.

Discursos de ódio e fake news têm maior alcance que retratações e desmentidos!

A falta de controle efetivo e a permissividade das plataformas criam um ambiente fértil para o crescimento do extremismo online.

Não importa a razão do discurso a ser discutido, quanto maior o alcance maior a oportunidade de vender anúncios.

As bolhas

As redes sociais desempenham um papel crucial na criação de bolhas informativas, onde os usuários são frequentemente expostos somente a conteúdos que confirmam suas crenças já existentes.

Esse fenômeno é intensificado pelos algoritmos das plataformas, que tendem a mostrar postagens e notícias que se alinham com as preferências e o histórico de interações dos usuários

Conhecida como “filtro bolha”, essa prática cria um ambiente isolado, no qual pontos de vista divergentes são minimizados ou completamente excluídos.

A exposição constante a conteúdos que reforçam e amplificam perspectivas extremas pode resultar em polarização e radicalização.

Esse ciclo pernicioso não só isola os usuários de diferentes perspectivas, mas também potencializa o ódio e as críticas extremas, gerando uma câmara de eco de negatividade e hostilidade.

A exposição constante a conteúdos que reforçam e amplificam perspectivas extremas pode resultar em polarização e radicalização.

O papel dos algoritmos

Os algoritmos de redes sociais têm um papel crucial na amplificação do ódio.

Eles são programados para maximizar o engajamento e tendem a promover conteúdos que provocam mais interações, favorecendo postagens que são provocativas e polarizadoras.

Isso faz com que discursos de ódio e mensagens extremistas tenham mais visibilidade e alcance, exacerbando as tensões sociais e fomentando divisões.

É vital que essas empresas implementem políticas mais estritas para monitorar e limitar a propagação de conteúdo nocivo.

Promover a diversidade de pensamento e a exposição a diferentes pontos de vista são etapas cruciais para diminuir a polarização e a radicalização.

Apenas por meio de uma abordagem consciente e proativa poderemos criar um ambiente digital mais saudável e inclusivo.

Promover a diversidade de pensamento e a exposição a diferentes pontos de vista são etapas cruciais para diminuir a polarização e a radicalização.

O Impacto do Discurso de Ódio na Saúde Mental e na Vida das Pessoas

O discurso de ódio em redes sociais tornou-se um fenômeno alarmante, com impactos significativos na saúde mental das vítimas.

O anonimato do ambiente virtual facilita a propagação de mensagens negativas, com efeitos potencialmente devastadores.

A exposição contínua a tais conteúdos pode causar problemas psicológicos, incluindo depressão, ansiedade e, em casos extremos, suicídio.

O caso de Hannah Smith, uma adolescente britânica que cometeu suicídio após sofrer assédio online, é um exemplo trágico.

Ela foi vítima de bullying e mensagens de ódio nas redes sociais, o que deteriorou seu estado emocional e culminou em tragédia.

Casos como o de Hannah não são raros, e muitas vítimas de discurso de ódio lutam com desafios semelhantes, frequentemente sem suporte adequado.

O impacto do discurso de ódio vai além do sofrimento individual, influenciando negativamente a vida social e profissional das vítimas. A exposição frequente a mensagens de ódio pode diminuir a autoestima, abalar a confiança e resultar em isolamento social.

O estigma do assédio online pode danificar a reputação e as oportunidades de trabalho das vítimas, criando um ciclo de sofrimento e exclusão.

Pesquisas indicam que a enxurrada de mensagens negativas nas redes sociais pode alterar a química cerebral, contribuindo para transtornos mentais.

A Necessidade de Regulação das Redes Sociais

A disseminação crescente de discursos de ódio em redes sociais, como a plataforma ‘X’, anteriormente conhecida como Twitter, tem levantado um debate intenso sobre a necessidade de regulamentação mais estrita.

Diversos países e organizações internacionais estão debatendo propostas para regular as redes sociais e controlar a disseminação de discursos de ódio.

A União Europeia, por exemplo, adotou o Código de Conduta para combater o discurso de ódio online, exigindo que as empresas de tecnologia retirem conteúdo ilegal dentro de prazos estabelecidos.

Nos Estados Unidos, apesar da Primeira Emenda proteger a liberdade de expressão, existe um apoio crescente para revisar a Seção 230 do Communications Decency Act, que atualmente oferece imunidade às plataformas digitais em relação à responsabilidade pelo conteúdo criado pelos usuários.

Diversos países e organizações internacionais estão debatendo propostas para regular as redes sociais e controlar a disseminação de discursos de ódio.

Uma regulação eficiente das redes sociais pode trazer vários benefícios.

Em primeiro lugar, ao estabelecer diretrizes claras sobre o que é considerado discurso de ódio, as plataformas seriam forçadas a monitorar e eliminar conteúdos nocivos com mais diligência.

Em segundo lugar, a aplicação de penalidades severas pelo descumprimento dessas diretrizes poderia atuar como um forte desincentivo à tolerância das empresas de tecnologia com conteúdos ofensivos.

Por fim, a implementação de mecanismos de denúncia e apoio às vítimas de discurso de ódio poderia contribuir para um ambiente online mais seguro e inclusivo.

Em resumo, a regulamentação das redes sociais é uma ação necessária para enfrentar a ‘pandemia’ de discursos de ódio. Embora seja um desafio, a implementação de políticas rigorosas e coordenadas pode ser fundamental para promover mudanças positivas.

Nota: Como mencionado na introdução, nada é gratuito, e isso também se aplica aos discursos de ódio e aos algoritmos que promovem a formação de bolhas ideológicas.

No jogo da comunicação e da propaganda, o usuário comum é o produto em questão, e o objetivo de quem promove a polarização é único: estabelecer um sistema do qual possam lucrar.

“No jogo da comunicação e da propaganda, o usuário comum é o produto em questão…”

Leia também: Por que muitos compartilham fake news? ‣ Jeito de ver

No caminho da felicidade – a jornada.

A procura pela libertação de sentimentos negativos.

Todos buscam a felicidade, não é verdade?

Essa busca pode ser comparada a caminhar numa estrada cheia de obstáculos que se apresentam em emoções negativas tais como a tristeza, a culpa e a depressão.

Então, como caminhar nessa estrada lidando com tais sentimentos?

Algumas respostas não são tão simples quanto desejamos. Portanto, vamos começar discutindo a felicidade.

O Que é Felicidade?

A felicidade é um conceito subjetivo que difere de indivíduo para indivíduo.

De acordo com a psicologia, a verdadeira felicidade não se resume à ausência de tristeza ou adversidades, mas a um estado de contentamento geral e apreciação pela vida.

Conforme o psicólogo Martin Seligman destaca, a felicidade está intrinsecamente relacionada à busca por propósito e significado na vida.

Durante essa jornada em busca de um propósito, podem ocorrer contratempos. Nem sempre as coisas saem como desejamos.

Frustrações e perdas são inevitáveis e, com elas, a tristeza pode surgir.

Lidando com a Tristeza

A tristeza é uma emoção natural e inevitável. Todos passamos por momentos de desânimo.

É essencial reconhecer que a tristeza não é uma fraqueza, mas uma expressão da nossa humanidade.

Brené Brown, psicóloga, ensina que aceitar nossas vulnerabilidades é o caminho para a felicidade genuína. Permita-se vivenciar e processar suas emoções, em vez de suprimi-las.

A tristeza não deve ser ocultada; se considerarmos a busca pela felicidade como uma jornada, a tristeza é apenas um obstáculo no caminho.

Compreender a tristeza pode nos ajudar a cultivar empatia, essencial para a felicidade genuína.

Sentimentos de culpa por não atender expectativas ou por erros anteriores são também contratempos nessa jornada. A questão é: como gerir esses sentimentos?

Superando a Culpa

A culpa pode ser um sentimento paralisante, mas é possível aprender a lidar com ela de forma saudável.

Segundo a psicóloga Harriet Lerner, reconhecer e entender a origem da culpa pode nos ajudar a transformá-la em uma força positiva.

Em vez de se punir, use a culpa como uma oportunidade para crescer e melhorar. Saber lidar com sentimentos de culpa ajuda no desenvolvimento de outra qualidade, a resiliência, a capacidade de se adaptar as circunstâncias.

Os sentimentos de culpa e tristeza, são sintomas comuns na depressão.

Enfrentando a Depressão

Como discutido em publicações anteriores, a depressão não é um sinal de fraqueza; é uma condição grave que necessita de atenção e tratamento adequados.

Não hesite em buscar ajuda profissional se estiver lidando com a depressão.

Conforme sugerido pelo psicólogo David Burns, alterações sutis no estilo de vida, como a prática de exercícios físicos e a meditação, podem ter um impacto significativo.

Lembre-se: procurar ajuda é um ato de coragem, não de fraqueza.

Então, lembre que a a jornada da vida é um caminho cheio de emoções, positivas e negativas e lidar com sentimentos negativos é uma parte essencial do caminho para a felicidade.

Então, lembre que a a jornada da vida é um caminho cheio de emoções, positivas e negativas e lidar com sentimentos negativos é uma parte essencial do caminho para a felicidade.

Como disse o filósofo Friedrich Nietzsche, “Aquilo que não nos mata, nos torna mais fortes.”

Cada desafio enfrentado é uma oportunidade para crescimento pessoal e autoconhecimento. Continue a jornada com coragem e lembre-se: a felicidade não é um destino, mas uma jornada.

Mantenha-se forte e positivo, pois “A felicidade é a direção, não o ponto de chegada.”

Leia também: Depressão – como ajudar? (Informativo) ‣ Jeito de ver

Os perigos das Teorias da Conspiração

Image by Markus Winkler from Pixabay

Hoje em dia, quem não está familiarizado com uma teoria da conspiração ou até mesmo se viu tentado a acreditar nelas?

Neste post, vamos explorar a história e algumas teorias, além de discutir por que tantas pessoas acreditam nelas. Por exemplo, você estava ciente de que a desconfiança nas instituições contribui para a disseminação dessas teorias?

Você sabia que o desejo de exclusividade e notoriedade também influencia na crença e propagação dessas teorias, mesmo sem evidências concretas?

Prossigamos com a história:

Teorias da conspiração são hipóteses que sugerem que eventos significativos ou situações complexas resultam de conspirações secretas, muitas vezes envolvendo governos, organizações ou grupos de influência, com motivações políticas e intenções opressoras.

O termo foi mencionado pela primeira vez em um artigo de 1909 na revista The American Historical Review.

Desde a década de 1960, o termo começou a ser usado para descrever explicações que invocam conspirações sem fundamento, muitas vezes propondo hipóteses que vão contra o entendimento geral dos eventos históricos ou dos próprios fatos.

Uma característica comum das teorias da conspiração é a sua habilidade de se moldar para incluir evidências contrárias, tornando-as incontestáveis e, de acordo com Michael Barkun, “uma questão de fé, não de evidência”.

Mesmo frequentemente contradizendo evidências científicas, elas ainda atraem seguidores.

Os motivos para isso incluem:

Identidade Social: O fascínio por teorias conspiratórias pode originar-se do anseio de pertencer a um grupo distinto, o que confere um sentido de inclusão e identidade.

Desejo de Singularidade: O anseio por se sentir especial ou excepcional pode levar à crença em teorias da conspiração, especialmente pela ideia atraente de estar “acordando” para verdades escondidas.

Desconfiança nas Instituições: O ceticismo em relação às instituições estabelecidas pode levar à procura por explicações alternativas.

Emoções e Sensacionalismo: Teorias da conspiração apelam para emoções fortes, como medo, raiva e curiosidade, sendo mais cativantes que as explicações convencionais.

Busca por Significado: Para tentar compreender eventos complexos, as pessoas podem se voltar para teorias da conspiração, que fornecem narrativas simplificadas para fenômenos misteriosos.

Em um artigo de 2013 na Scientific American Mind, o psicólogo Sander van der Linden forneceu evidências de que: (1) quem acredita em uma teoria da conspiração tende a acreditar em outras, mesmo que sejam contraditórias; (2) a crença em conspirações pode estar ligada à paranoia e esquizotipia; (3) ideias conspiratórias podem diminuir a confiança nos princípios científicos; e (4) acreditar em conspirações faz com que as pessoas percebam padrões que não existem. Van der Linden denominou isso de ‘O Efeito Conspiratório’.

Algumas teorias da conspiração populares na internet incluem:

O HAARP* é frequentemente citado em teorias da conspiração relacionadas a fenômenos celestiais, sendo acusado de causar eventos climáticos incomuns e desastres naturais. No entanto, especialistas esclarecem que o HAARP não possui capacidade de influenciar o clima, já que seu foco é a ionosfera, uma camada elevada da atmosfera terrestre que não afeta o clima nas altitudes mais baixas.

A teoria do Projeto Blue Beam, proposta pelo jornalista canadense Serge Monast, alega que a NASA e a ONU estariam trabalhando juntas para criar ilusões holográficas tridimensionais no céu e sons de baixa frequência para simular uma invasão extraterrestre.

Monast previu que o Blue Beam seria lançado inicialmente em 1983, depois em 1995 e, finalmente, em 1996, alcançando sucesso por volta do ano 2000.

A teoria sugere que o objetivo seria instaurar uma dominação global, promovendo a aceitação de um governo totalitário e uma religião única, estabelecendo assim uma Nova Ordem Mundial.

No entanto, é importante lembrar que o Projeto Blue Beam é apenas uma teoria da conspiração sem evidências concretas que a sustentem.

Exemplos de teorias que se confirmaram verdadeiras:

União Soviética: O regime tentou eliminar do registro histórico certas personalidades, adulterando fotos, destruindo filmes e, em situações extremas, eliminando famílias inteiras.

Al Capone: Conhecido por manter uma fachada de empresário respeitável, teve sua imagem manchada pelo Massacre do Dia de São Valentim, que revelou seu império do crime e abalou a reputação de Chicago. Apesar de estar em sua casa de férias em Miami no momento do massacre, foi considerado o principal suspeito.

Testes de Pílulas Anticoncepcionais: Nos anos 50, entidades privadas e o governo dos EUA realizaram testes das primeiras pílulas anticoncepcionais em mulheres pobres e desprotegidas em Porto Rico.

Projeto MKULTRA: Um programa clandestino e ilegal da CIA que realizava experimentos em humanos para encontrar substâncias e técnicas para interrogatório e tortura, incapacitando indivíduos e induzindo confissões por meio de controle mental.

Operações de Narcotráfico da CIA: Provas apresentadas ao Congresso dos EUA sugerem que a CIA esteve envolvida com grupos de narcotraficantes, oferecendo apoio logístico e material em troca de permitir suas operações ilícitas.

Teorias da conspiração populares na atualidade:

Terra Plana: Apesar de terraplanistas afirmarem que a Terra é um disco plano cercado por uma barreira de gelo, provas científicas robustas confirmam sua forma esférica.

Jesus Casado e com Filhos: Inspirada em obras como “O Código Da Vinci”, essa teoria sugere que Jesus teria se casado com Maria Madalena e tido descendentes, o que vai contra a doutrina católica.

A Aterrissagem na Lua foi Encenada: Alguns acreditam que a NASA forjou a aterrissagem lunar de 1969, mas evidências fotográficas e científicas comprovam que ela realmente aconteceu.

Elvis Presley Está Vivo: A teoria de que Elvis Presley simulou sua própria morte e vive disfarçado persiste, apesar de não haver provas concretas após décadas.

O Vírus HIV Criado em Laboratório: Há teorias que afirmam que o HIV foi criado como uma arma biológica, contudo, a ciência aponta para uma origem natural do vírus.

Illuminati e o Controle Mundial: A teoria dos Illuminati fala de uma sociedade secreta que manipula líderes globais, uma ideia que se popularizou na cultura de massa.

Conspirações do 11 de Setembro: Existem várias teorias sobre os ataques de 11 de setembro, incluindo a de explosões planejadas e envolvimento do governo, mas investigações oficiais refutam essas alegações.

Embora algumas teorias da conspiração se baseiem em fatos reais, muitas carecem de suporte evidencial.

Manter um pensamento crítico e buscar informações verídicas são essenciais para não sucumbir a teorias da conspiração infundadas.

O Papel das Redes Sociais e a educação midiática

As redes sociais desempenham um papel crucial na disseminação de teorias da conspiração. Aqui estão algumas maneiras de como isso acontece:

Algoritmos de Recomendação: Plataformas de mídia social usam algoritmos para sugerir conteúdo aos usuários. Se alguém interage com conteúdo conspiratório, o algoritmo pode continuar a mostrar mais do mesmo, criando uma bolha de informações.

Câmaras de Eco e Viés de Confirmação: As redes sociais tendem a agrupar pessoas com opiniões semelhantes, criando câmaras de eco onde teorias da conspiração se espalham com facilidade.

Desinformação Viral: Teorias da conspiração, muitas vezes sensacionalistas, capturam a atenção e se propagam rapidamente através do compartilhamento.

Anonimato e Desinibição: O anonimato nas redes sociais pode encorajar a expressão de ideias que muitos não diriam pessoalmente, incluindo teorias da conspiração.

Influenciadores e Celebridades: Quando figuras públicas compartilham ou endossam teorias da conspiração, seus seguidores podem ser influenciados a acreditar nessas narrativas.

Memes e Conteúdo Visual: Teorias da conspiração são frequentemente simplificadas em memes ou vídeos curtos, que são compartilhados com facilidade.

Falta de Verificação de Fatos: A falta de fact-checking nas redes sociais facilita a circulação de teorias da conspiração.

Para enfrentar teorias da conspiração, é vital promover educação midiática, checar fontes e exercer um ceticismo saudável ao navegar conteúdo online.

A base das teorias e a Psicologia

Teorias de conspiração são comumente projetadas para serem à prova de refutação, reforçadas por um raciocínio circular: evidências contrárias e a ausência de provas a favor são muitas vezes interpretadas como confirmação da teoria.

Pesquisas ligam a adesão a teorias de conspiração com uma desconfiança geral nas autoridades e um cinismo político.

Alguns estudiosos sugerem que a crença em conspirações pode ser prejudicial psicologicamente ou até patológica, associada a uma menor habilidade de pensamento analítico, inteligência limitada, projeção psicológica, paranoia e maquiavelismo.

Psicólogos frequentemente veem a crença em teorias de conspiração como ligada a condições psicopatológicas como paranoia, esquizotipia, narcisismo e insegurança no relacionamento, ou a um viés cognitivo chamado “percepção de padrões ilusórios”.

No entanto, uma revisão de estudos de 2020 sugere que a maioria dos cientistas cognitivos não vê a crença em conspirações como algo patológico, já que é um fenômeno comum tanto em culturas históricas quanto contemporâneas, podendo ser um reflexo de tendências humanas naturais como a fofoca, coesão social e religiosidade.

Isso se relaciona com a apofenia, o fenômeno mental de perceber conexões em dados aleatórios, o que leva a conclusões tiradas de evidências insuficientes.

AS TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO E A HISTÓRIA

Ao longo da história, as teorias da conspiração têm sido vinculadas a preconceitos, propaganda, caça às bruxas, guerras e genocídios.

Elas serviram de motivação para atos terroristas e foram usadas para justificar ações de indivíduos como Timothy McVeigh e Anders Breivik, bem como de governos como o da Alemanha Nazista, União Soviética e Turquia.

A negação da AIDS pelo governo sul-africano, sob influência de teorias conspiratórias, resultou em cerca de 330.000 mortes.

Movimentos como QAnon e a negação dos resultados eleitorais nos EUA em 2020 levaram ao assalto ao Capitólio.

A desconfiança em alimentos geneticamente modificados fez com que a Zâmbia rejeitasse ajuda alimentar durante uma crise de fome, afetando três milhões de pessoas.

As teorias da conspiração são barreiras significativas ao progresso da saúde pública, promovendo resistência à vacinação e à fluoretação da água, e estão associadas a surtos de doenças que poderiam ser prevenidas por vacinas.

Entender a história é fundamental para reconhecer os perigos de acreditar e propagar teorias conspiratórias.

As teorias conspiratórias não estimulam o senso crítico, mas sim um falso senso de exclusividade, de possuir conhecimentos que outros ignoram, e as redes sociais, através dos algoritmos, alimentam essa percepção.

É essencial que o leitor tenha senso crítico. Se algo soa demasiadamente extraordinário para ser verdade, provavelmente não é verdade.

Se algo parece beneficiar um grupo específico ou enriquecer alguém, é prudente desconfiar, investigar e não disseminar sem antes verificar.

Entender a história é fundamental para reconhecer os perigos de acreditar e propagar teorias conspiratórias.

Agora, com licença, preciso conversar um pouco com o Elvis…

Veja também: Por que muitos compartilham fake news? ‣ Jeito de ver

Fonte: Wikipedia

Verdadeiro ou falso? 13 teorias conspiratórias em que muita gente acredita | Noticias | EL PAÍS Brasil (elpais.com)

*Project HARP, sigla de “High Altitude Research Project” ( Projeto de pesquisa em alta altitude).

 

Crimes e responsabilidades na tragédia no RS

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Imagem de Jossiano Leal por Pixabay

No cotidiano, temos a chance de revelar o melhor de nós ou nossa verdadeira essência, mas é nas adversidades, como em tragédias, que mostramos quem somos de forma mais espontânea – sem qualquer filtro.

As enchentes no Rio Grande do Sul expuseram desde políticos inescrupulosos, como o prefeito que não pediu ajuda ao Governo Federal e gravou uma ligação para postar em suas redes sociais, acusando o Governo de negligenciar seu município.

Na política, houve também quem se aproveitasse do desastre para espalhar notícias falsas sobre a atuação do Governo Federal, do Exército brasileiro e dos voluntários.

A tragédia nos fez ver desde pessoas que se tornaram voluntários anônimos ajudando as vítimas até políticos que usaram Jet Skis, criando cenas para futuras campanhas, passando por vítimas, jovens e idosos, até criminosos e fraudadores de todas as idades.

A investigação do Ministério Público descobriu um desvio de doações em Eldorado do Sul.

No cotidiano, temos a chance de revelar o melhor de nós ou nossa verdadeira essência, mas é nas adversidades, como em tragédias, que mostramos quem somos de forma mais espontânea – sem qualquer filtro.

Os crimes

O Ministério Público está investigando um caso de desvio de doações para as vítimas das enchentes em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A operação conduziu à execução de nove mandados de busca e apreensão no município, gravemente afetado pelas recentes inundações.

Três membros da Defesa Civil local foram alvos da operação, suspeitos de motivações eleitorais. Informações do Ministério Público indicam que pelo menos dois dos envolvidos são pré-candidatos nas eleições deste ano. As buscas ocorreram nas residências dos suspeitos, na sede da prefeitura e em depósitos municipais, com a apreensão de celulares, documentos, dinheiro e outros itens.

A promotora Maristela Schneider ressaltou que as doações desviadas seriam para potenciais eleitores dos suspeitos, com o intuito de investigar o uso desses recursos para interesses eleitorais.

Além disso, há alertas sobre contas e perfis falsos em redes sociais usados para simular arrecadação de fundos para as vítimas, caracterizando fraudes.

Como o caso do jovem de 16 anos, de classe alta, que criou uma campanha de arrecadação virtual para ajudar as vítimas e se apropriou de todo o dinheiro. Investigações revelaram que ele já cometia estelionato.

O jovem criminoso não foi apreendido.

Estima-se que 2 milhões de reais são desviados diariamente em campanhas de arrecadação virtuais.

Outro caso surpreendente é o de uma empresa de desentupimento autorizada a coletar água de hidrantes para distribuir aos necessitados, mas que optou por vender a água em condomínios.

E, por fim, o caso do homem que tentava comercializar as doações.

Diante desse cenário, o governo do Rio Grande do Sul estabeleceu um PIX oficial denominado “SOS Rio Grande do Sul” para as doações em dinheiro, visando garantir a segurança e autenticidade das contribuições.

Eldorado do Sul, localizada às margens do Rio Jacuí e do Lago Guaíba, sofreu inundações que resultaram na total submersão de sua área urbana. A cidade registrou sete das 169 mortes causadas pelos temporais e enchentes no estado.

Em resposta à situação, o Ministério Público determinou que o Exército Brasileiro assuma a distribuição das doações às vítimas das enchentes.

A operação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, com a colaboração de diversos promotores envolvidos no caso.

As enchentes talvez não pudessem ser evitadas, mas quanto às consequências e a gravidade da mesma não se pode dizer o mesmo.

Os políticos que atuam como representantes do estado poderiam entrar com projetos ou solicitações que visam lidar com as emergências causadas pelos mudanças climáticas. Dos atuantes apenas três fizeram isso. Mas, será que é importante este fato?

Responsabilidades

O debate sobre a responsabilidade dos políticos é crucial para aprimorar nosso sistema democrático. Ele nos lembra da necessidade de cobrar transparência, ética e compromisso com o bem comum. Além disso, a conscientização pública sobre essas questões pode influenciar futuras eleições e incentivar os líderes a agirem de maneira mais responsável.

Políticos são eleitos com a responsabilidade de representar os interesses de um povo e são muito bem remunerados para isso, embora muitos não entendam.

Quando os cidadãos elegem políticos para cargos públicos, eles confiam que esses representantes atuarão em benefício da população. Isso inclui proteger os direitos fundamentais, como saúde, moradia e vida. Portanto, negligenciar essas necessidades básicas é uma violação da confiança depositada pelos eleitores.

Portanto, há responsabilidades?

A negligência deliberada ou omissão grave por parte dos políticos pode ser considerada um crime de responsabilidade.

No Brasil, a Constituição Federal prevê que o presidente da República, governadores, prefeitos e outros agentes públicos podem ser responsabilizados por atos que atentem contra a Constituição e as leis. Isso inclui ações ou omissões que prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população.

A não responsabilização por negligência ou má gestão pode levar à impunidade e ao contínuo descompromisso com o povo.

Quando os políticos não enfrentam consequências por suas ações inadequadas, isso pode perpetuar uma cultura de irresponsabilidade e falta de prestação de contas.

O objetivo do site de Jeito de ver é também estimular o debate como forma de enriquecer a cultura.

Leia também  A tragédia e a espetacularização da ajuda ‣ Jeito de ver

“Brazil”: Fake News em meio à tragédia ‣ Jeito de ver

Matérias importantes:

Enchentes no RS: quais são e como atuam as facções criminosas na tragédia? – BBC News Brasil

Operação investiga desvio de doações para atingidos pelas enchentes no RS (uol.com.br)