O um pelo todo – se aplica a tudo?

Para que os consumidores possam avaliar a qualidade dos produtos, algumas empresas oferecem amostras grátis antes de eles se comprometerem com a compra.

Essas amostras gratuitas também são conhecidas como brindes.

É justo avaliar produtos por meio de amostras, já que, na maioria das vezes, os produtos e receitas são semelhantes entre as marcas.

Com essas amostras, o consumidor pode determinar se o produto atende às suas expectativas e se é realmente bom para ele.

O conceito de “um” representando o “todo” não se aplica a pessoas ou sociedades. O que isso significa?

A expressão “cada pessoa é um universo” faz sentido.

As experiências, tanto individuais quanto coletivas, moldam cada indivíduo de maneira única. Cada pessoa reage de forma diferente a um estímulo.

Uma canção que é agradável para o ouvido do seu vizinho pode soar desagradável para você.

Um prato que é delicioso para você pode parecer insípido para o seu vizinho.

Portanto, a pergunta “como pode ser assim, visto que tiveram a mesma educação?” encontra resposta na individualidade. Que bom que não somos robôs!

Com isso em mente, é crucial refletir sobre como frequentemente julgamos as instituições.

Um membro de uma instituição não deve ser visto como uma “amostra grátis” da mesma. Consideremos alguns exemplos:

Se um aluno tem dificuldades em aprender uma matéria específica, isso desqualificaria a escola ou o professor?

Se um político se envolve em escândalos de roubo, peculato ou até assassinato, isso desqualificaria todo o sistema político?

Se um líder religioso se envolve em escândalos de roubo, charlatanismo e pedofilia, isso desqualificaria todo o sistema religioso?

Podemos levantar várias outras hipóteses, mas para avaliar as instituições, precisamos partir da premissa de qual é o problema e como lidar com ele.

Se considerarmos a dificuldade de um aluno em uma matéria sem levar em conta o desempenho dos demais alunos da mesma classe, não teremos uma avaliação justa do trabalho do professor ou da escola. No entanto, isso não significa que, se a maioria aprendeu, o professor deixará de buscar maneiras de facilitar o aprendizado daquele que tem dificuldades.

Nesse contexto, os professores são verdadeiros mestres.

Ao analisar a situação de um político, se a instituição não o puniu severamente, optando por demonstrar lealdade popular e corporativismo, pode-se afirmar que a instituição está totalmente corrompida. No entanto, se alguns lutaram pela justiça, isso indica que apenas uma parte do sistema está corrompida.

O âmbito religioso é particularmente sensível, já que nenhuma igreja ou organização religiosa ensinaria roubo ou pedofilia aos seus fiéis. (Infelizmente, o mesmo não se pode dizer sobre o charlatanismo!)

Quando um membro de uma fé específica comete crimes, a maneira como a instituição religiosa responde pode revelar seu nível de corrupção. Por exemplo, ladrões e pedófilos devem ser denunciados à justiça para enfrentarem as penalidades legais. A falta de ação não só indica a corrupção do indivíduo, mas também da instituição que tolera tais comportamentos.

A maneira como uma organização, seja ela religiosa ou não, enfrenta erros e problemas revela o nível de corrupção presente.

Em resumo: Não devemos considerar indivíduos como representantes absolutos de instituições.

Cada pessoa tem sua experiência única, e a forma como as instituições gerenciam essas experiências indica se estão corrompidas ou não.

Veja mais O que é a música “brega”? – História – Jeito de ver

Perigo nas redes sociais – como o se proteger

 

Facebook, Instagram, Twitter, X (o antigo Twitter), WhatsApp, WeChat, TikTok, Linkedin… são nomes de algumas redes sociais populares, bilhões de pessoas fazem uso diário pelos mais variados motivos. Seja pra saber as novidades sobre famosos, conhecidos, desconhecidos, extraterrestres ou mesmo para atualizar as próprias novidades .

Todos sabem que as redes sociais foram criadas com o nobre objetivo de dar lucro aos criadores e que elas por meio de algorítmos influenciam modos e tendências.

Mas, este não é o assunto principal deste Post.

Muitos predadores morais, incapazes de ter ou mostrar qualquer empatia, covardes que se escondem atrás de telas de computadores ou Smartphones, de ip’s alterados, fazem uso das redes sociais com objetivos perversos: destruir reputações, tecer comentários maldosos, doentios, na intenção de desestabilizar inocentes ou talvez criticar nos outros aquilo que não sabem fazer ou o talento e beleza que sabem que não possuem.

A falta de amor próprio é projetada em forma de palavras de ódio contra qualquer outra pessoa.

Na ocasião da morte do cantor e compositor Adam Schlesinger , vitima da Covid 19, aos 52 anos, um dos comentários de leitores dizia: “Nunca ouvi falar”.

Bem, há um monte de cantores e compositores bons que infelizmente passaremos a vida sem conhecer.

Talvez, o nobre leitor do comentário acima tenha procurado posteriormente informações a respeito do artista e tenha chegado à trilha sonora do filme The Wonders – O sonho não acabou, e quem sabe a curiosidade o tenha levado à Banda Fountais of Wayne, e talvez tenha gostado ou não. – Isso realmente não importa!

O  fato de alguém não conhecer ou não gostar de determinado estilo ou cantor não tornará insignificante a obra do artista para aqueles que gostam.

A música That thing you do, foi indicada ao Oscar em 1997.

Vejamos outras situações:

Em 2021, dois amigos faziam brincadeiras em que conversavam e simulavam o início de um beijo, que não acontecia. Os haters, nome dado aos que espalham ódio por meio das redes sociais, lançaram críticas doentias, ferozes ao jovem que devido à pressão, cometeu suicídio aos 16 anos.

Em 2013, na Flórida, EUA, uma jovem de 12 anos atirou-se de uma plataforma de uma fábrica de cimento abandonada, após ser atacada de modo cruel por meio de mensagens ou aplicativos de fotos. Os ataques que culminaram em nesta tragédia duraram mais de uma ano.

Lamentavelmente, pouco tem sido feito para se combater discursos de ódio e fake news, uma vez que redes sociais são criadas para dar lucro e relatos perversos sensacionalistas  e mentiras geram engajamento.

As fake news se espalham 70% mais rápido que notícias verdadeiras. – ‘Fake news’ se espalham 70% mais rápido que notícias verdadeiras, diz MIT (correiobraziliense.com.br)

Discursos de ódio e posts de raiva geram cliques. – Posts de raiva são os que mais geram cliques e engajamento nas redes sociais – Giz Brasil (uol.com.br)

O dilema moral em que se encontra as redes sociais é o mesmo que se dá com grandes empresas da mídia tradicional, seja Televisiva ou impressa  quando se trata em noticiar fatos de corrupção entre grandes anunciantes. – O que seria mais importante que o lucro? A verdade ou o lucro? 

Irremediavelmente, a maioria decide pelo lucro!

Atualizar Termos de Uso não tem mostrado ser a solução.

Alguns pais, decidem limitar ou mesmo proibir que seus filhos façam uso de Redes Sociais.

As famílias devem decidir, sem pessoas as redes acabam, portanto limitar o acesso ou mesmo parar de usar (o que muitas vezes é quase impossível!) reduziria os lucros e forçaria a uma mudança de melhor efeito.

Enquanto a mudança não acontecer, haverá sempre predadores morais, criminosos, doentes prontos a envenenar e até mesmo matar sonhos e reputações.

Leia mais em “Notícias na Era Digital (Viés e informação) ‣ Jeito de ver

 

 

 

Cachorros abandonados – o que fazer?

Um velho cachorro. Muitos animais morrem durante festividades que envolvem queima de fogos. Veja a história de Duke.

Imagem de Rajesh Balouria por Pixabay

 

Um cão chamado Duke

 

Você consegue imaginar a seguinte cena?

Festejos de virada de ano,  shows de fogos de artifício, clarões, barulho, sim, muito barulho – turistas e moradores locais entusiasmados olhando o céu, extasiados com a coreografia dos fogos, bebendo, cantando, celebrando o fim de ciclo de mais um ano.

Neste exato momento, o Sr. José, sim, o chamaremos de José, morador de rua, está desesperado tentando abafar os sons e acalmar seu companheiro, o Duke* (chamaremos de Duke) seu amiguinho de quatro patas, um SRD de três anos que o acompanha desde o nascimento.

Duke, é um cachorrinho amoroso, brincalhão e a melhor companhia contra o tédio.

Uma lembrança de que mesmo em tempos difíceis, alguém vai estar lá apenas por te amar.

Duke ama o José, mas está desesperado.

E o Zé, também está desesperado.

Ele sabe que os cachorros têm a capacidade auditiva maior que a dos humanos e que, para eles, barulhos acima de 60 decibéis, que equivale a uma conversa em tom alto, pode causar estresse físico e psicológico, pois o ouvido canino é capaz de perceber uma frequência maior de sons, e podem detectar sons quatro vezes mais distantes, se comparado a humanos. -(Fonte: Fogos, bombas e rojões: saiba o risco que isso pode causar nos animais – Voz das Comunidades)

Duke, o pequeno companheiro, infartou naquela noite.

Muitos animais morrem durante festividades que envolvem queima de fogos. Exemplos nos posts abaixo:

Cachorro morre durante queima de fogos, no réveillon | Bom Dia Rio | G1 (globo.com)

Mulher relata morte de cadela após queima de fogos de artifício no revéillon – Nacional – Estado de Minas

A história acima tem o nome dos protagonistas trocados, mas aconteceu no Rio de Janeiro, Brasil.

Caso você tenha um cachorrinho de estimação já percebeu como ele fica agitado com as bombas e sons altos? Nestes casos seria bom deixá-lo pela casa à vontade e tentar minimizar os efeito dos barulhos e treiná-lo para que aos poucos ele se acostume com sons diferentes.  – Fonofobia: seu cachorro tem medo de barulho? – BLOG.Petiko

Mas, quando se trata de cães que vivem nas ruas (sim, eles existem!) seria necessário uma política para conter os danos.

Uma política voltada para o cuidado de animais.

Não como aquelas em que prefeitos mandam recolher os pobres bichinhos para o abate, que além de cruel – é criminosa. Veja um exemplo na matéora do post: -Prefeitura na BA publica decreto que determina abate de animais abandonados em vias públicas | Bahia | G1 (globo.com)

Criar canis, investir em veterinários, criar programas de incentivo a adoção responsável, seria questão de saúde pública, contudo, infelizmente, quando a maioria dos políticos pensam neste problema, que são os cães abandonados, não entendem (ou fingem não entender) que o problema é o ABANDONO, não os cães.

Por isso, pensam apenas matá-los. Termo mais sincero para o comum “abatê-los”.

Buscam a solução mais fácil, pois se até mesmo a humanos em necessidade muitos políticos tratam como nada além de votos necessários, ou escadas necessárias,  que pensar das criaturinhas que não votam?

Lamentavelmente, esse tem sido o cenário.

Respeitar a vida está entre as principais virtudes de um ser humano.

Quanto ao dono do Duke, anda pelas ruas, sozinho e as pessoas não o notam.

Estão ocupadas demais olhando para cima. Não se importam, também com os HUMANOS.

 

Nota> O nome Duke foi escolhido por causa de um cachorro que foi espancado a pauladas, numa praça pública na cidade de Seabra, Bahia. Espancado, por animais sem raça definida, não deviam ser humanos, apesar de parecerem.  Até o momento ninguém foi preso, até o dia da reportagem.  O verdadeiro Duke morreu, em consequência dos espancamentos. – Cachorro é espancado a pauladas em praça na Bahia; animal foi atingido com pelo menos 8 golpes | Bahia | G1 (globo.com)

 

Leia também:  Os meios de comunicação e a política ‣ Jeito de ver

 

 

 

O mundo anda bem complicado…

Jornais. As notícias afetam o nosso humor e a nossa saúde.

Imagem de Luisella Planeta LOVE PEACE 💛💙 por Pixabay

O dia não estava bom…

O intestino me lembrou de sua existência e me gritou exigindo atenção, mas o estômago enciumado queria também um pouco de amor – e resolveu protestar.

A otite resolveu me visitar justamente um dia após a vacina.

Meu pobre cérebro não estava lá com muita paciência para administrar os egos – então, depois de medicado, ele resolveu dormir e acordou com uma disposição imensa para ver o que estava acontecendo no mundo.

Então, resolveu me distrair nos portais de notícia, para ver se algo interessante acontecia para me dar aquela moral. “Quem sabe uma boa notícia” – pensou.

E a aventura começou.

O site trazia propostas nada interessantes, como o antes e o hoje de um ator famoso, ou destaques de um outro ator que se declara ecossexual (termo que eu não conhecia).

“-Deve gostar da natureza…” – pensei e quase acertei.

Ecossexualidade é a fusão entre ambientalismo e sexualidade, focar sempre no amor pelo planeta.

E não é que as piadinhas tolas, da Quinta Série fizeram a festa em minha cabeça… – mas, convenhamos, a quem deve interessar este assunto?

Resolveu, então, esquecer as piadas e seguir em frente, e novos quadros falavam de biquini de famosos, feitos de lã, crochê, fios de ouro, couro, cordas de guitarra, contrabaixo, ukulele, fios de cabelos de marcianos… – acho que me empolguei um pouco…não foi bem de tudo isso.

Mas, perguntei:  – “Mas, a quem interessa tudo isso?”

Ainda era começo da busca por alguma coisa,  e algumas tragédias estavam lá, perdidas e encaixadas entre um monte de futilidades…

“Corpo de criança de dois anos, desaparecida, é encontrado no Paraná”, “CPI’s e CPMIs”, “Mísseis da Coréia do Norte caem no Japão”, “Grampo telefônico confirma participação de jogador brasileiro em estupro”, “Ciclista cai em curva, durante corrida e morre”, “Congresso faz pressão por mais recursos e cargos e reclama na imprensa que o governo não sabe dialogar”… Isso cansa!

“Seleção fará partida amistosa e usará uniforme preto contra o racismo” – Pensa : “Exibirão aquela faixa: Diga Não ao Racismo ou COM RACISMO NÃO TEM JOGO  e não farão nada além disso. Hipocrisia, não consigo acreditar que haja algum interesse maior que dinheiro nestas instituições…” – Mas, meu cérebro me corrige imediatamente, me colocando no caminho. O objetivo é distrair, não me estressar.

E as notícias continuam: “Goleiro se machuca, será substituído”, “Governo faz incentivos para aumento na venda de carros”  (“e com o meu salário não dá nem pra imaginar a compra” – reclama o cérebro), “Ciclones no Sul”, “Uma MC, cujo nome que me lembra os palhacinhos da minha infância, tem show cancelado novamente”,  “Modelo tem galinheiro com piscina, poleiro e iluminação”- “Mudou a minha vida” – se irrita o meu cérebro.

O mundo anda complicado.

Informações sérias e banais lutam pelo  mesmo espaço – e eu me sinto cansado.

Clickbaits, anúncios sem sentido e muitas notícias que não fazem jus ao termo (a palavra notícia vem do latim notitia que significa algo que merece notoriedade, conhecimento de alguém, noção etc. – O que é notícia? – Significados )

“Informam, mas não acrescentam em nada. Não precisavam estar lá” – reclama o meu cérebro, que já soa meio impaciente.

Mas, portais precisam sobreviver e por isso notícias sensacionalistas estão lá, sempre de mãos dadas com algum anúncio.

Depois de perder meia hora de sua vida buscando distrações o cérebro descobriu: Dormir é um excelente remédio!

E no que ainda restava de dia, ele me entregou aos sonhos – pois nem sempre viver é melhor que sonhar.

Gilson Cruz

Leia mais em  Perigo nas redes sociais – como o se proteger – Jeito de ver

Entendendo um pouco de política (Educação)

Três Poderes. Como fuinciona o Sistema Político no Brasil?

Imagem de Nill Matias por Pixabay

 

O que você sabe de Política?

Como funciona o sistema político brasileiro?

Política significa algo relacionado a organização, direção e administração de nações ou estados.

As correntes políticas são as conhecidas direita, esquerda e conservadora, cuja origem se deu ne Revolução Francesa, de 1879, quando os membrosda Assembleia Nacional se dividiam  em partidários do Rei à direita e os simpatizantes da Revolução, que buscava mudanças na distribuição de rendas e no trabalho. No início ainda não havia os Moderadores – que só passaram a existir quando a Assembleia Nacional foi substituída em 1791 por uma Assembleia Legislativa.

Com a mudança a divisão continuou, os inovadores sentavam do lado esquerdo os moderados  reuniam-se ao centro e os defensores da consciência da constituição encontravam-se sentados à direita. – Esquerda e direita (política) – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

É reconhecido que durante um período de fome severa na França os nobres se alimentavam com o que havia de melhor enquanto a fome e a inflação (neste tempo o salário comprava apenas um pão) acabava com os franceses. Cenários assim pavimentaram o desejo de mudança naquele país.

E quanto ao Brasil ?

No Brasil, o Poder Executivo Federal é desempenhado pelo Presidente da República, asssessorado pelos Ministros do Estado.

Existe, porém , um fato que foge à mente da maioria dos brasileiros. O PRESIDENTE NÃO DECIDE SOZINHO. No sistema político brasileiro, a Câmara de Deputados e o Senado – governam (ou desgovernam, conforme a situação) juntos.

Compondo o poder legislativo, a cãmara dos deputados discute e vota propostas referentes a áreas aconômicas e sociais, como educação, saúde, transporte, habitação, entre outras, e taqmbém fiscaliza o emprego, pelos Poderes da União, dos recursos arrecadados da população com o pagamento de tributos.

A Cãmara de Deputados é composta de 513 representantes desde 1993.

Como a Cãmara interfere na política brasileira?

Voltando ao ano de 2016, quando o Presidente da Câmara da época, Eduardo Cunha, com problemas na justiça, pediu a ajuda da então Presidente Dilma Roussef  e não foi atendido, passou a articular junto a partidos do Centrão ( no Brasil não são conservadores, busque a biografia) pautas bombas, que visavam minar a popularidade da Presidente, não aprovando nenhuma proposta do Governo – tornando impossível a então governabilidade.

A acusação argumentou que os decretos autorizaram a suplementação do orçamento em mais de R$  95 bilhões e contribuíram para o descumprimento da meta fiscal. Alegaram que o Governo sabia da irregularidade por que já havia pedido revisão da meta quando editou os decretos e que o Legislativo não tinha sido consultado, como deveria ter sido feito antes da nova meta ser aprovada.

Com o apoio da grande imprensa, que ocupou na maior parte o papel de acusação, deixava no ar a sensação de que um dos maiores episódios de corrupção estava acontecendo naquele momento. O povo mais motivado pelo que entendia das notícias e pelas dancinhas protesto que tomaram as ruas – tiveram o privilégio de aparecer por alguns instantes nos veículos de informações das maiores redes de  Tv do País.

Surgia nas ruas o cidadão comum, instigado por um sentimento patriótico mal orientado, que carregava em seus ombros a placa: ” Eu quero voltar a visitar a Disney…” – Cômico e trágico.

Com o tempo, depois do Impeachment e o afastamento de Dilma Roussef  verificou-se que não houve fraudes, muito menos desvios de dinheiro – e a história mostrou que o que  estava em curso era um projeto iniciado pela Câmara com a adesão de partidos aliados ao executivo e militares um projeto de poder em que os trabalhadores teriam seus direitos suprimidos. – ‘Peço desculpas à ex-presidente Dilma Rousseff’, diz Tony Garcia (correiobraziliense.com.br)

O uso de notícias falsas por meio de aplicativos tornou-se uma arma desde então.

Comparando as situações, no dia 7 de Junho 2023 o Tribunal de Contas da União, emitiu parecer prévio pela aprovação com ressalvas relativas ao mandato do ex-presidente da República, relativas ao exercício de 2022. São 14 ressalvas referentes a distorções que somam R$ 1,28 Trilhão. TCU aprova com ressalvas as contas do governo Bolsonaro de 2022 | Política | G1 (globo.com)

Não houve escândalos, manifestações de deputados na época. A decisão do TCU será enviada ao Congresso ao qual cabe a palavra final. Vale ressaltar que nos quatro anos 2019-2022 o Congresso participou ativamente do governo.

Entendendo melhor, um Presidente é eleito, para administrar um jogo político, em que deputados eleitos também democraticamente, representam os mais variados interesses desde empresários do agro até os seus próprios – e raramente, o da maioria da população.

Quando o representante da Câmara dos Deputados reclama a falta de articulação por parte de um governo, não significa não haver tentativa de diálogo ou coisas assim. Significa apenas que ele exige mais recursos e mais setores importantes em ministérios, onde haja um fluxo maior de dinheiro. Atualmente a pressão é pelo Ministério da Saúde. Ex. Vide os Kits de robótica, e os escândalos em saúde e educação.

Recentemente, o Congresso causou um grande impacto no governo ao mexer nos ministérios relacionados ao meio ambiente, numa tentativa de favorecer aos ruralistas. Querem acelerar a votação da lei do Marco Temporal antes que seja votado pelo STF e para dar uma mãozinha (ao que parece), um dos ministros pediu vista do processo. – Marco temporal das terras indígenas: entenda o que está em jogo no Congresso, no STF e efeitos práticos | Política | G1 (globo.com)

A imagem do Brasil e o projeto de governo serão afetados nacional e internacionalmente.

Em resumo: Qualquer Presidente governará sob a pressão de um Congresso, corrupto ou não, que pode permitir ou não a governabilidade e no fim das contas levará sozinho o ônus de seu governo.

Esse é o sistema político brasileiro e para um pouco de justiça, todos: Presidentes, Deputados e e Senadores, deveriam ser cobrados pelo resultados…

 

O Site Jeito de Ver não é mantido por partidos políticos e nem endossa rivalidades, nem advoga partidos ou ideologias políticas. Recomenda o conhecimento para que o entendimento nos ajude a melhorar aquilo que é possível atualmente. O que não for possível agora, será com o tempo. Por isso procuramos o melhor a cada dia. Recomendamos a leitura da matéria nos links. Elas trazem pormenores interessantes, que enriquecerão o seu conhecimento.

Gilson Cruz

Leia também O papel da imprensa e a História ‣ Jeito de ver

 

 

Qual o preço de uma amizade?

Pessoas solitárias são vulneráveis a aproveitadores.

Imagem de Mandy Fontana por Pixabay

 

A EPIDEMIA DA SOLIDÃO

A solidão tem sido descrita como uma das mais graves epidemias do século XXI, além da depressão e obesidade.

Há uma crescente tendência a esse mal em muitos países do mundo. Isso tem se agravado depois da pandemia da COVID-19. O fato é que a solidão está relacionada a grandes males. Observe o destaque do site CENTRO INTERNACIONAL SOBRE O ENVELHECIMENTO):

“Está associado a baixa auto-estima, angústia, ansiedade e depressão.

Gera dor física: a alma dói e as reações cerebrais são desencadeadas nas mesmas regiões que são ativadas pela dor corporal.

Está associado à morte prematura e por vezes aumenta as hipóteses de morrer de um ataque cardíaco ou sofrer acidentes cardiovasculares e cerebrovasculares (AVC).

Provoca uma diminuição e enfraquecimento do sistema imunitário.

Está associado à aquisição de hábitos nocivos. Entre os mais comuns encontram-se o alcoolismo (que pode ser uma causa, uma consequência, ou ambas) e os distúrbios alimentares (que contribuem negativamente para tudo o resto).

Gera perceções curiosas (faz-nos sentir mais frios, ouvir ruídos…).

Gera sociopatia e atrofia capacidades de socialização, hábitos e capacidades relacionais.

Pode ser um precursor de doenças de tipo: diabetes e doenças do sistema endócrino, artrite, Alzheimer ou inflamações de todos os tipos. Como exemplo, há investigações que sugerem que as mulheres que estão e se sentem sozinhas têm até cinco vezes mais probabilidades de contrair cancro da mama do que as mulheres que são socializadas e/ou na família.

Perturbam o sono e influenciam o sistema nervoso: as pessoas solitárias têm níveis elevados de cortisol, em comparação com as pessoas socialmente ligadas.

Causa a pior eficácia dos tratamentos médicos, uma vez que a “adesão” da pessoa aos tratamentos medicamentosos desce a pique.” – A solidão: epidemia do século XXI | CENIE

O problema pode estar nos motivos por trás da solidão: timidez, depressão, ansiedade, síndrome do pânico – o menu é vasto.

Especialmente os jovens são vulneráveis à solidão.

O COMÉRCIO DA “AMIZADE”

Desde a pandemia, muitos jovens passaram a sentir os efeitos do estresse causado pelo longo período de isolamento e do uso de máscaras. A depressão, a falta de confiança, a vulnerabilidade e a carência afetiva têm sido bem comuns.( Pesquise o texto no post Redação Sobre Jovens deslocados, os efeitos do estresse sobre os jovens no século 21 | Carnaval de Redação)

E em meio a esta crise de saúde pública surgiu um novo e revolucionário produto: A Amizade líquida.

Isso mesmo, líquida em economia: Que pode ser convertida em dinheiro!

O comércio de amizades virtuais, sim – pagar para se ter amizade de alguém, agora é possível.

Influenciadores deste universo, que é a internet, fazendo o que sabem fazer, lucrar com tudo o que seja possível!

Mas, qual seria o valor de uma amizade nestes termos?

Trinta a Duzentos Reais Mensais de acordo com o plano, funciona ou menos assim: “Se você quiser ter o prazer de dizer que conhece o Influencer e que se comunica com o mesmo o plano pode ser o comum, o mais barato. Mas, no plano VIP você poderá dizer que o artista é seu (sua) amigo (a).

Se você não tem cartão de crédito, pode pedir aos seus pais…” – nas palavras de um influencer.

BAIXA AUTOESTIMA

É triste dizer que muitos jovens, solitários e sem amor próprio, abraçaram essa ideia, não percebem o valor que estão recebendo em troca quando precisam pagar para serem aceitos por alguém.

As mentes jovens não percebem o desprezo que recebem de tais influenciadores digitais. Não percebem a superficialidade de quem está ali, olhando apenas um produto rentável  que se abre, se derrete, que não imaginando que quando as telas se apagam, ela deixa de existir.

Não percebem que eles valem tanto quanto pagam por suas amizades.

Mas, por que isso tem acontecido?

A pandemia e mesmo a tecnologia nos afastou das pessoas reais e os celulares se tornam melhores amigos; com isso apagam-se vizinhos, colegas de escola e companheiros de profissão. Pessoas a quem não se precisa pagar para se existir e podem ser muito mais interessantes em suas histórias e lições de vida.

– Reaprender a olhar nos olhos de quem existe é o verdadeiro desafio!

A baixa autoestima tem sido um problema a ser trabalhado, e a ajuda de pais, verdadeiros amigos e profissionais de saúde pode ser útil nesta difícil jornada de crescimento e amadurecimento.

 

 Informativo

 

Leia mais em Depressão – como ajudar? (Informativo) ‣ Jeito de ver

Entendendo o fanatismo – um tema em debate

A mídia alimenta o fanatismo. Há um trabalho de propaganda, empresários investem muito dinheiro na preparação imagem pública do cantor.

Imagem de Pexels por Pixabay

 

 

O artigo a seguir aborda de maneira superficial o fenômeno da idolatria a determinados artistas. Os artigos relacionados adicionam profundidade e estão disponíveis para consulta para ampliar o conhecimento. O site Jeito de Ver faz essa recomendação.

 

Um grupo de K-POP tinha um show agendado para o dia 25 de maio de 2018, no Allianz Park. Não era o BTS (o grupo mais famoso do estilo), mas os fãs aguardavam ansiosamente a apresentação, com uma antecedência razoável de 90 dias, acampando nas cercanias do local. Os repórteres talvez se perguntassem: “De onde vem esse povo? Onde vivem? Do que se alimentam? Tomam banho?” – O fato é que os fãs não medem esforços para estar perto dos seus ídolos.

Curioso é que, frequentemente, a histeria não vem da música em si, mas do efeito manada, onde o importante é seguir a tendência. Muitos jovens buscam fazer parte de um grupo para evitar se sentirem excluídos ou diferentes.

É sabido que muitas fãs dos Beatles – e olha que eles tinham belas músicas – costumavam ir aos shows apenas para ver os meninos de Liverpool e ter o prazer de se descabelar, espernear – e, se desse tempo, desmaiar um pouquinho – pois ninguém é de ferro!

Durante o célebre concerto no Shea Stadium em 1965, os membros da banda relataram que a histeria foi tão intensa que não conseguiam ouvir-se no palco. Esse foi o primeiro concerto de rock and roll realizado em um estádio ao ar livre.

Contudo, aguardar por um grupo durante tanto tempo para, talvez, obter um minuto de atenção ou desabafar emoções reprimidas durante a breve apresentação do grupo – não é a maior excentricidade de um fã.

Por exemplo, um admirador tatuou a imagem e o nome de sua artista predileta em seu corpo.

Outro fã invadiu o apartamento de sua cantora preferida, que por sorte não se encontrava em casa.

Em 2023, milhares de fãs reuniram-se em condições quase insalubres para um concerto da mesma cantora. O calor extremo, a comoção e a proibição de levar água própria contribuíram (ou resultaram) em uma parada cardiorrespiratória em uma das fãs, que faleceu durante o espetáculo.

No mesmo evento, jovens submeteram-se à humilhação de usar fraldas geriátricas para manterem-se em suas posições diante do palco.

CONSEQUÊNCIAS PIORES

Infelizmente, o amor de um fã pode tornar-se doentio, e o sentimento de posse o leva a fazer mais do que as loucuras mencionadas acima. Alguns chegaram a matar seus ídolos.

O ex-beatle John Lennon foi assassinado no dia 8 de dezembro de 1980, aos 40 anos, quando voltava para o seu apartamento, no edifício Dakota, em Nova York. O assassino, Mark David Chapman, era fã dos Beatles e atirou cinco vezes pelas costas com um revólver calibre 38. Quatro tiros acertaram Lennon, que morreu no hospital. O assassino ficou no local segurando o livro ‘O Apanhador no Campo de Centeio’, de J. D. Salinger. O assassino foi preso e condenado à prisão perpétua, onde está até hoje

O QUE LEVA ALGUÉM AO FANATISMO?

Inicialmente, existe um esforço de marketing; empresários despendem grandes somas em dinheiro para moldar a imagem pública de um cantor, que será exibido em diversos programas, recebendo elogios de apresentadores (que são pagos para isso!) e terá o investimento em sua imagem recompensado assim que o público aderir à ideia promovida.

Quanto mais um artista é visto em programas de televisão ou vídeos patrocinados em plataformas digitais, mais as pessoas se habituam à sua presença, tornando-o parte do inconsciente coletivo.

Um segundo aspecto é abordado no site A Mente Maravilhosa; um artigo notável afirma:

“Os ídolos simbolizam tudo aquilo que se deseja ser ou possuir. Assim, o fenômeno do fã é mais frequente entre adolescentes, que estão em fase de construção de identidade e em busca de referências para tal. Com essa identificação, surge também um processo de empatia.”

A palavra ‘fã’ origina-se de ‘fanatismo’, do latim ‘fanaticus’, que denota devoção ou fanatismo.

“Segundo a psicóloga Celise, tanto o amor quanto a idolatria podem caracterizar o sentimento de um fã. A diferença reside na maneira como essa admiração é vivenciada. É comum que as pessoas elejam modelos a seguir, não só na música, mas também entre escritores, atores ou, conforme menciona Celise, youtubers.”

O entusiasmo de um fã pode, ocasionalmente, ofuscar sua percepção sobre a qualidade musical do artista.

Portanto, um dos primeiros passos na carreira é angariar fãs.

Muitos artistas, após se estabelecerem e acumularem riquezas, começam a desvalorizar seus fãs.

Eles são como as pedras que pavimentam o caminho para o sucesso e fortuna dos artistas, que frequentemente simulam apreciar a devoção de seus seguidores.

Esse princípio também se aplica aos fãs de certos influenciadores, que não oferecem conteúdo substancial, apenas imagens, corpos e vozes fabricadas.

Contudo, devido à falta de amor, autoestima e ao desejo de pertencer a um grupo, muitos vivem um amor platônico eterno por imagens idealizadas.

Leia também Depressão – como ajudar? (Informativo) ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

 

 

 

 

A indústria armamentista – um tema em debate

Soldados em Guerra. Aidna há muitas guerras em curso.

Imagem de Defence-Imagery por Pixabay

 

Nota: O conteúdo a seguir apresenta um resumo das pesquisas acerca das guerras e seus impactos na economia mundial e, sobretudo, na vida dos que sobrevivem. Encorajamos os leitores a realizar uma investigação mais aprofundada utilizando os materiais e links mencionados.

 

O site Jeito de ver (Jeitodever.com) defende aquilo que foi expresso nas palavras do pensador, que disse uma certa vez: “Não importam os motivos da Guerra, a Paz é mais importante que eles”. – John Lennon

 

Quantas guerras ainda estão em andamento?

“Além da Guerra na Ucrânia: 7 conflitos sangrentos que ocorrem hoje no mundo” – BBC News Brasil.

O século XX foi marcado por duas guerras mundiais. O site sohistoria.com.br lista as guerras e os respectivos anos – Guerras e conflitos – Século XX – Só História.

Análise da Guerra no Iraque:

O mesmo site lista os principais conflitos do século XXI – Guerras e conflitos – Século XXI – Só História.

Um desses conflitos, a Guerra do Iraque, foi justificada pela alegação de que o ditador iraquiano Saddam Hussein estava desenvolvendo armas de destruição em massa.

(Nota: A acusação provou ser falsa – não havia armas de destruição em massa).

A Guerra do Iraque terminou, o ditador iraquiano foi executado, deixando para trás um legado de destruição, pobreza, ataques terroristas e um país vulnerável a radicais.

“De acordo com alguns analistas, o governo dos EUA tinha outras intenções com a ocupação. Segundo eles, foram criados vários acordos financeiros para assegurar o controle americano sobre as reservas de petróleo do país. Mais de cinco anos após a invasão, o Iraque ainda enfrenta sérios problemas de infraestrutura que se agravaram após a guerra” – História do Mundo.

Ao analisar as guerras, nota-se que, segundo o Brasil Escola, os conflitos do século XX foram responsáveis pela morte de aproximadamente 95 milhões de pessoas globalmente. A Primeira Guerra Mundial resultou em 15 a 20 milhões de mortes, enquanto a Segunda Guerra Mundial ocasionou 60 a 70 milhões de fatalidades. As guerras têm causado centenas de milhões de mortes devido a problemas direta ou indiretamente relacionados a elas.

O site fatosdesconhecidos.com.br lista as guerras mais letais do século XXI. O link a seguir apresenta as sete guerras mais mortais do século 21 – Fatos Desconhecidos.

Os números são insensíveis ao relatar os milhões que pereceram ou que ainda estão em perigo nos conflitos ao redor do mundo. Eles não capturam o sofrimento das famílias que perderam entes queridos.

Contudo, permanece uma indagação: qual é o valor da vida de cada indivíduo sacrificado nas guerras? Quem realmente se beneficia com os conflitos?

É intrigante observar que, atualmente, os fabricantes de armamentos estão intensamente comercializando armas ofensivas e defensivas para russos e ucranianos.

A potencial adesão da Ucrânia à OTAN foi vista como uma ameaça e um desafio pela Rússia, o que alguns consideram como a raiz do conflito atual. As razões deste conflito, se é que alguma justificativa é válida para uma morte, são detalhadas no seguinte link: A possível entrada da Ucrânia na OTAN, a crise na Crimeia e na região de Donbass são fundamentais para entender a guerra entre Rússia e Ucrânia, que começou em 2022 – Guerra entre Rússia e Ucrânia: causas e consequências – Brasil Escola.

“A indústria armamentista tem lucrado significativamente com a Guerra na Ucrânia, mais de um ano após a invasão russa, segundo reportagem da Folha de S.Paulo. As dez maiores empresas de armamentos e munições dos Estados Unidos e Europa registraram um aumento médio de 7,5% no último trimestre de 2022.” – Indústria armamentista lucra exorbitantemente com guerra na Ucrânia – Brasil 247

Quando nações fornecem armamentos para países em conflito, raramente o fazem por motivos altruístas. É um fato que a maioria dos países investe mais em indústria bélica (defesa) do que em educação, saúde e combate à fome. A guerra beneficia aqueles que lucram com ela. Nações devastadas acabarão pagando aos países “amigos” pela reconstrução – e nada será gratuito. Há sempre um custo, um preço a pagar.

Esse preço…

Inúmeras guerras começaram e terminaram, mas deixaram como consequência pessoas com estresse pós-traumático, mutilações, e um aumento nos casos de suicídios e homicídios.
As famílias sofrem perdas, o país sofre perdas… o mundo sofre perdas. Não existe um país vencedor! – Somente a indústria armamentista se beneficia.

Um pouco mais de história (mantenha-se acordado!)

Durante a Guerra do Vietnã, um conflito entre socialistas e capitalistas, o governo do Vietnã do Norte expressou o desejo de reunificar o país e incentivou a Frente Nacionalista de Libertação do Vietnã do Sul.
Para decidir a unificação, um plebiscito estava previsto para 1956, com expectativas de vitória comunista. Contudo, em 1955, o primeiro-ministro Ngo Dinh Diem, com apoio dos EUA, realizou um golpe militar, desencadeando uma guerra civil.
Em 1959, forças do Vietnã do Norte atacaram uma base dos EUA no Vietnã do Sul, e em 1963, Diem foi assassinado.
Após o ataque, o presidente John Kennedy começou a enviar tropas americanas, apesar das hesitações dos EUA em se envolver após a Revolução Cubana.
Em 1964, um incidente forjado no Golfo de Tonkin pelo serviço secreto americano levou o presidente Lyndon Johnson a enviar 500.000 soldados para o Vietnã, mesmo sem aprovação do Congresso.

Em números:

“Vítimas mortais:

  • 4 milhões de vietnamitas,
  • 2 milhões de cambojanos e laocianos
  • mais de 60 mil soldados norte americanos.

“Calcula-se que 2 milhões de vietnamitas fugiram para outros países.

“Nesta campanha, mais de 3 milhões militares estadunidenses serviram no Vietnã. Estima-se que a ação militar custou mais de 123 bilhões de dólares, entre custos da guerra e investimentos no Vietnã do Sul”. – Guerra do Vietnã: resumo, motivos e participantes – Toda Matéria (todamateria.com.br)

A Guerra do Vietnã recebeu ampla cobertura dos meios de comunicação. Estes divulgavam mundialmente barbaridades como ataques com agentes químicos, a construção e encarceramento em campos de concentração, bem como o massacre indiscriminado de civis…

 

Vietnam. Crianças correm de bombardeio.

Nick Ut World Photography Day

 

“Nos Estados Unidos, o retorno de soldados mutilados e traumatizados apenas intensificava a percepção negativa da opinião pública americana sobre o conflito.

“Assim, as manifestações pacifistas tomaram as ruas dos EUA e de outros lugares do mundo. Com protestos, as multidões pressionavam pelo fim dos conflitos e pela retirada das tropas.” – Guerra do Vietnã: resumo, motivos e participantes – Toda Matéria (todamateria.com.br)

Neste contexto, em 1968, John Fogerty, da banda Creedence Clearwater Revival, compôs uma obra-prima do rock ‘n’ roll em apenas 20 minutos: a canção “Fortunate Son” (Filho de Sorte, em tradução livre). A música critica como alguns nascidos em situações privilegiadas, filhos de políticos e pessoas influentes, não precisam enfrentar os horrores da guerra.

“Era 1968, no auge da Guerra do Vietnã. Movido por sentimentos de raiva e indignação, surgiu um movimento: o movimento Hippie.

Jovens criticavam o governo e as políticas que os forçavam a lutar em uma guerra que não era pelo seu próprio país. A música ‘Fortunate Son’ nasceu nesse contexto.

John Fogerty, da banda Creedence Clearwater Revival, estava furioso por ser obrigado a se alistar na guerra, enquanto aqueles que a promoveram não enfrentariam o mesmo destino.

Composta em 20 minutos e parte do álbum ‘Willy and the Poor Boys’ (1969), ‘Fortunate Son’ é considerada uma das maiores músicas do movimento anti-guerra.” – Fortunate Son, Creedence Clearwater Revival – Monomaníacos (monomaniacos.com.br).

Sim, os filhos desafortunados recebem no peito uma medalha, quando não uma bala ou uma placa hipócrita de elogios à sua bravura.

Leia também:

E esquecemos as Guerras … ‣ Jeito de ver

 

“Notícias na Era Digital (Viés e informação)

Nesta era digital, a leitura de jornais está quase extinta.

Imagem de fancycrave1 por Pixabay

Informativo

“Quem lê tanta notícia?” Caetano Veloso questionava enquanto admirava a página do jornal O Sol, exposta nas bancas de revista, e talvez se desencorajasse com o calor do sol e as inúmeras novidades daqueles tempos turbulentos – trecho da canção “Alegria, Alegria”, 1968.

É fato que, na era digital, o hábito de ler jornais impressos está em declínio. As notícias são condensadas em portais online, comentários de entusiastas e analistas, e frequentemente distorcidas em aplicativos de redes sociais e outras mídias. Atualmente, reconhecemos que reportagens e documentários são moldados pelas motivações e afinidades dos jornalistas, editoras ou redes de televisão.

Por exemplo, durante a pandemia da Covid-19 no Brasil, quando mais de 700.000 pessoas faleceram, muitas emissoras evitaram mostrar a seriedade da situação exacerbada pela inércia do governo da época. Em outros momentos, omitiram a gravidade das acusações de corrupção na aquisição de vacinas, evidenciadas na CPI da COVID, enquanto algumas tratavam com leviandade as imitações do presidente sobre as pessoas que morriam pela falta de oxigênio.

Anteriormente, certas emissoras apoiaram a operação Lava Jato como se fosse a bastião da moralidade e justiça.

Quando os áudios do “Vaza Jato” vieram à tona, revelando as bases instáveis de um projeto político disfarçado de operação judicial, muitos ficaram chocados. No entanto, parte da imprensa expressou mais horror com os hackers que expuseram o lawfare por trás da Lava Jato do que com a conduta do juiz que, conspirando com procuradores, promotores e possivelmente políticos, buscou eliminar seus adversários políticos – afastando o principal oponente do presidente eleito e posteriormente tornando-se Ministro da Justiça.

“O que lawfare significa?

“O termo se refere à junção da palavra law (lei) e o vocábulo warfare (guerra), e, em tradução literal, significa guerra jurídica. Podemos entender lawfare da seguinte maneira: uso ou manipulação das leis como um instrumento de combate a um oponente desrespeitando os procedimentos legais e os direitos do indivíduo que se pretende eliminar.

“Em termos ainda mais gerais pode ser entendido como o uso das leis como uma arma para alcançar uma finalidade político social, essa que normalmente não seria alcançada se não pelo uso do lawfare”.( Fonte:  -Lawfare: o que esse termo significa? | Politize!)

Um grupo de jornalistas enfrentou os desafios de expor as falhas por trás da lava-jato, que se mostrava projeto de governo, um sistema enaltecido pela mídia e celebrado na série “Polícia Federal, a lei é para todos”.

Eles revelaram como um juiz questionável se tornou a “nova sensação no combate à corrupção”, mostrando como os eventos se alinhavam com os planos dos Juízes e Procuradores da Lava-Jato, conforme evidenciado nos prints das conversas no Telegram. – Que perspicácia a deles!

Conversas interceptadas dos promotores na operação destacaram que interesses pessoais prevaleciam sobre o senso de justiça. Os promotores e o juiz envolvidos geravam factoides para influenciar a opinião pública.

Os canais de TV, ansiosos por atender seus objetivos comerciais, transmitiam as informações distorcidas dos juízes sem realizar a devida verificação dos fatos. A checagem de fatos era completamente negligenciada!

Mesmo diante de evidências, a maior parte da mídia persistia em promover uma narrativa que atenuava a falta de ética envolvida na operação.

Com isso, muitos cidadãos começaram a questionar a confiabilidade dos noticiários televisivos.

Observe abaixo, outro ponto que muitas vezes  não é noticiado corretamente:

 

Onde está o maior prejuízo financeiro no Brasil?

Bem, “a economia brasileira perde com a corrupção, todos os anos, algo em torno de 3 a 5% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso equivale anualmente, em média, a cerca de R$ 76 bilhões, considerando os dados do IBGE em 2005 que apontaram um PIB no país da ordem de um trilhão, novecentos e trinta e sete bilhões de reais”. -tcu.gov.br. Sites mais recentes mostram que este valor oscila entre 7o e 200 bilhões de Reais.

Mas, quanto perde a nação com a sonegação de impostos? O site conteudojuridico.com.br responde: “O Brasil perdeu R$ 417 bi por ano com sonegação de impostos, segundo o estudo do IBPT, a pesquisa mostra que R$ 2,33 trilhões não são declarados ” (30/11/2022).

 

No final das contas, o País perde mais com sonegação que com corrupção.

 

Ambas são desonestas.

Mas por que tal fato não é noticiado? Quem são os maiores sonegadores?

É essencial que o leitor, ao receber uma notícia, lembre-se de que, frequentemente, ela serve aos interesses de empresários e patrocinadores que preferem não ser taxados, pois se consideram superiores àqueles que trabalham, não ganham salários altos e se preocupam em declarar o Imposto de Renda anualmente.

Portanto, sempre questione e busque entender as notícias!

As notícias devem ser claras; insinuações têm o objetivo de gerar dúvidas.

Quando se trata de clareza, se as notícias divulgadas por jornais tradicionais devem ser examinadas, as notícias sensacionalistas divulgadas pelo WhatsApp devem ser ainda mais questionadas e não repassadas.

Por exemplo, durante o período eleitoral de 2018, notícias extremamente falsas foram disseminadas com o intuito de prejudicar um determinado candidato. Alegavam que um certo partido introduziria nas creches mamadeiras com bicos em formato fálico e que haveria um “kit gay” e uma ameaça comunista – a mesma que foi propagada na década de 1960 pelos EUA, durante a Guerra Fria, para influenciar países politicamente mais frágeis.

Milhões de pessoas mal informadas e não dispostas a pesquisar um pouco de história aderiram à ideia e criaram correntes para espalhar MENTIRAS (fake news) pelo WhatsApp. Nessa brincadeira suja e injusta, até grupos supostamente religiosos se envolveram, prestando um serviço ao pai da mentira – divulgando MENTIRAS.

Uma regulamentação que responsabilizasse os meios de comunicação pela divulgação de MENTIRAS (fake news) não eliminaria completamente tais notícias, mas reduziria significativamente o dano causado por essas divulgações.

Lembre-se sempre: quando uma notícia falsa e chocante é divulgada, ela alcança um público muito maior do que a notícia verdadeira ou o pedido de retratação posterior.!

 

Pesquise:

Unit – noticias/quais-os-impactos-da-sonegac…

Brasil perde R$ 417 bi por ano com sonegação de impostos, diz estudo | Agência Brasil (ebc.com.br)

Sonegação fiscal supera em muito os valores da corrupção pública – SEDEP

 

Leia mais  Notícias de Guerras – o jogo da informação ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

 

O oitavo dia (Um dia terrível! )

A destruição e a tentativa de golpe de 8 de Janeiro de 2023. O que se via era cidadãos de bem dispostos a destruir tudo o que vissem pela frente…

Imagem de wendy CORNIQUET por Pixabay

Tive um sonho ruim…

Os policiais olhavam perplexos…

Não havia nenhum trabalhador protestando contra a reforma da previdência, como atirar?

Não havia professores a pedir melhoras salariais e um tratamento digno, o que fazer?

Não havia alunos protestando contra a farinata, a ração para alunos…como usar a força necessária?

Não havia ninguém pedindo reforma agrária

Nem havia Herzogs, Jobins ou estudantes de medicina lutando por liberdade e dignidade

Então, como agir?

O que se via era cidadãos de bem dispostos a destruir tudo o que vissem pela frente…

Tudo o que a duras penas fora construído com luta e impostos.

Dispostos a rasgar leis, destruir obras de arte e até mesmo roubar portas … eram cidadãos de bem, desrespeitando aquilo que os humanos civilizados lutaram por um dia, de 21 anos.

Poucos policiais tentaram cumprir suas missões, mas foram derrubados de suas montarias e talvez espancados. E os outros, o que poderiam fazer, se eram homens de bem?

E o exército levantou a sua voz: “não serão presos, são pessoas de bem!”

E no oitavo dia, passei a temer as pessoas de bem.

Então, assustado, acordei!

Publicado originalmente no blog nojeitodever.
Oitavo dia… – Jeito de ver (wordpress.com)
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