Those were the days… My Friend!

Dedicated to the best Teacheres  Ever…

Those were the days…
Have you ever heard an old song that brings you back wonderful memories? Oh! Yes, it sometimes happens to everyone.
But today, I would like to tell you about one little experience I had…
Some years ago (about 14 years ago) I was kind of depressed, tired of years of hard working and so sad about a great loss in my family.
So I decided to study English.
Well, Itaberaba City wasn’t too near my house, but I decided to learn something new.
And what I found there? I started studying English at CCAA. I confess, I was a little ashamed because of the young class I found there.
The only guy older than 16 was I (I was only 38…lol) And as an old saying here, in Brazil “Old parrots don’t learn talkings”, something like that.
But then a Young and wonderful teacher came into the class. He had the brightest smile I’ve ever seen and he was always kidding about things, life and stories.
And then he took us to know all the CCAA Crew. Meire, Cátia, Cláudia and Libério, the great. That team was like a family to me. I found a reason to keep on studying.
Patient, wise and with a lot of stories about travels around the world he used to make the students dream about the possibilities of knowledge.
A great methodology, but kind above the greatest wish of helping us to learn.
The First semester flew like a wind and so did the other semester… A wonderful crew I found there. And as all in life the time I had to go has come.
I confess, I was sad (and the teacher was relieved! Lol)
As I remember teacher Parísio as the greatest teacher and Friend ever (he’s really an amazing person!), Libério, as great as Parísio, a wonderful and inspiring storyteller, Jamille a friend, why shouldn’t I say she was an angel? And about Meire, the sweetest and the most lovely person I knew.
And now…the old parrot is speaking! Lol
Perhaps 13 years is a long time and I may have forgotten loads of things.
But how can I forget those days?
Oh, My! Those were the days…as the music said!”

 

Read more:  “How It Would Be… – Poem of a New Day” ‣ Jeito de ver

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CCAA em Itaberaba, Bahia.

 

 

A chuva, as lágrimas (Poema a Mariana)

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Imagem de Jim Black por Pixabay

 

Enquanto a chuva caía e
os passos se apressavam
A Mariana sorria
Enquanto meus olhos choravam

As gotas da chuva que caía
Escondiam o meu pranto
E enquanto Mariana sorria
Eu disfarçava num canto

Cantava os dias de sol
e olhava nos rastros os meus passos
E enquanto ela sorria
Esqueci-me dos abraços

E esqueci na fonte do tempo
moedas de emoção
E do outro lado, a Mariana
Levava meu coração

E enquanto os passos corriam
Nas horas que a chuva caía
De riso triste, Mariana
Longe… de longe… partia.

Adeus,
Mariana.

Gilson Cruz

Leia também  Poema para Aline (Carinha amarrada) ‣ Jeito de ver

 

Banda Acordes – a Banda que não aconteceu

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Imagem de Cristhian Adame por Pixabay

 

Quando alguns sonhos não se realizam, nascem histórias que alimentam novos sonhos”

– Gilson Chaves

 

Permita-me contar um pouco da História da Banda Acordes – A Banda que não aconteceu.
O mês de Dezembro de 1987, foi marcado por uma tragédia familiar, a perda do Tio Salomão, aos 36 anos de idade, vítima de um AVC.
Naquele verão, fui ao rio Paraguaçu para espairecer, aquele era o melhor lugar do mundo pra isso. No verão, as pessoas fugiam dos fornos de suas casas e mergulhavam naquelas águas escuras.
Havia um lugar conhecido como “a Prainha”, era um espaço de aproximadamente 50 metros, situado à margem esquerda, onde aos domingos as famílias iam para pequenas partidas de futebol de areia, para a prática da capoeira ou para piqueniques, quando as duas primeiras opções permitiam.
Duzentos metros à esquerda deste lugar, as mulheres tratavam “o fato” dos bois ao amanhecer, deixando no ar da região um “perfume” característico. Provavelmente nenhum outro lugar no mundo tinha aquela fragrância, levemente desagradável…
Não à toa, os cachorrinhos da região olhavam e cheiravam, com uma certa admiração e desejo, os banhistas daquele lugar!
Naquele lugar, se deu o primeiro contato com o Valdomir.
A gente tinha a mesma idade e  ele tinha um conhecimento básico de violão.

A memória me trai, mas de algum modo ele sabia que uma das lembranças que eu guardava do meu tio era uma “dedeira” – um adaptador que ajudava a extrair um som mais acentuado dos bordões do violão.

Me perguntou naquele dia se poderia levar o violão e testar a dedeira. Consenti.

E naquele dia ouvi pela primeira vez um dedilhado perfeito de The House of the Rising Sun.
Não conhecia nenhum acorde no violão e o novo amigo, com o tempo, me ensinou a tocar “Meu Pequeno Cachoeiro”, em três acordes. A amizade se desenvolvia e consequentemente os planos de montar uma banda também também cresciam.

Ele tinha um violão Tonante, boca de osso, como era conhecido – cujo timbre se assemelhava ao das guitarras sessentistas.
Ganhei de meu Pai, com uma certa dificuldade, um velho Di Giorgio, segunda mão, que tinha uma aparência sofrida, castigada pelo uso dos velhos seresteiros, mas uma sonoridade maravilhosa. O vendedor conseguiu vender caro o violão moribundo, mas não enriqueceu com a façanha.

Paralelamente, Pedrinho, o irmão de Valdomir, se tornava um dos melhores baixistas da época, tocando em bandas como a Eclyps ( sim, essa era a grafia,  e que ninguém se ouse a dizer que está errada!) e na Fluid’ Energy (sei lá o que é isso! Mas, esse era o nome, ou algo parecido) que era praticamente a mesma banda Eclyps, com um nome diferente.

Pedro era guitarrista e baixista virtuoso.
Não cantava bem, mas tocava MUITO, muito bem.

Para a bateria, o amigo Dilson Borges.
Dilson era o mais experiente de todos. Já havia trabalhado em bandas como a Doce Magia e, se não me falha a memória, na Legenda.
Apesar de intuitivo, improvisava tranquilamente do Rock ao Jazz. A marcação e as viradas perfeitas eram a sua marca.

Era então início da década de 1990 e a base estava formada. Mas, havia um porém… nenhum dos membros tinha dinheiro para comprar instrumentos, nem sequer usados! A aquisição de instrumentos musicais não era tão fácil como é hoje.
Costumávamos treinar usando velhas caixas de repique e pratos para percussão ( emprestados de escolas) e os violões Tonante e Di Giorgio, na marcação de baixo e guitarra.O repertório era vasto. Trazia desde clássicos dos anos 60 até o Pop do início dos anos 80 e 90.

A inocência às vezes beira a burrice, como diziam os antigos da cidade.
Depois de muitos ensaios decidimos produzir uma fita demo. E a peregrinação atrás de quem pudesse emprestar alguns instrumentos começou.
Convenhamos, os músicos da época, que batalharam por seus instrumentos, ou que receberam de seus pais que podiam lhes bancar,  tinham um ciúme especial e natural por estes, não era muito agradável emprestá-los a possíveis concorrentes. Por isso a negativa costumava vir de modo disfarçado, no ditado quase popular: “Quem quiser também fazer um som, deveria também trabalhar para conseguir os seus próprios instrumentos”.

A Banda Acordes conseguiu um dia numa sede de uma bandinha, ainda início de carreira, a permissão para usar os instrumentos e a aparelhagem para gravar uma demo. Dilson não estava presente e foi o melhor que poderia acontecer, pois durante os ensaios o dono dos equipamentos desregulava intencionalmente, causando sons extremamente desagradáveis.

O desapontamento só foi maior quando ele se dirigiu em particular ao Pedrinho nas seguintes palavras: -“Eu NÃO gosto de emprestar meus equipamentos. Quem quiser gravar ou fazer algo bom, que lute pra comprar os seus…” (Olha o dito quase popular!)

– Um NÃO mais objetivo doeria bem menos!

A peregrinação voltaria acontecer, desistir não era a opção. A demo deveria sair.

E assim se deu.

Sem instrumentos e sem lugar para tentar gravar uma fita apresentação. As coisas estavam realmente difíceis.

Três anos de lutas e quase sem esperança, nos dirigimos ao Senhor Adalberto de Freitas, o Bugaiau, o principal comunicador e incentivador da cultura da cidade, pedindo uma oportunidade de gravar umas canções em seu estúdio. Contrariando as expectativas, o senhor Adalberto riu e concordou. Ficamos em êxtase!
Até esquecemos que não tínhamos os instrumentos!

A gravação no Studio Som da Cidade, do Bugaiau, começaria às 13 horas.
E então a romaria atrás de pessoas que talvez  cedessem os benditos instrumentos, começou.
Zé da Leste, cedeu um pequeno teclado de 3/8, os meninos dos Bárbaros do morro emprestaram uma guitarra, a bateria não me lembro de quem Dilson conseguiu, mas era boa, e então consertamos um velho e lindo contrabaixo vermelho, de sonoridade horrível, mas que funcionou, para a sessão. 

O repertório trazia The Beatles, Procol Harum, Jovem Guarda e algumas canções românticas.
A sessão foi marcada pelo entusiasmo, pelos vocais de Juarez e com exceção do Dilson, nós três revezávamos nos demais instrumentos, de acordo com a música. O dia foi longo, cansativo e posso dizer, um dos melhores dias da minha vida – até então.

Ao sair dos estúdios do Som da Cidade, a realidade caiu como uma tempestade no inverno, gelada e triste.

O amigo que cedeu a bateria explicou ao Dilson, que não mais a emprestaria, e talvez estivesse correto, era difícil também para ele!
Os meninos dos Bárbaros continuaram dispostos a ajudar, essa sempre foi uma característica deles.
O dono do contrabaixo, ao saber do conserto, pediu de volta imediatamente…

Infelizmente, a vida testava a paciência da banda.
Com o tempo o Valdomir encontrou a mulher que se tornaria a mulher de sua vida, o Pedro voou para São Paulo, Dilson desistiu da Banda e quanto a mim, fui trabalhar nos Correios, lá em Santa Terezinha.
15 anos depois resolvi voltar e investir nos instrumentos e tocar um pequeno projeto com o meu baterista favorito: o Dilson.
Ele costumava rir e dizer: – “Mané, você não desiste nunca”
E a resposta: “Pois é, Mané…Como é que se desiste? A gente não pode desistir..”

Numa desses diálogos repetitivos, dos manés, a gente tocava Reflections of my life, do grupo The Marmalade.
E as horas se apressaram, os dias correram desesperados, para que em poucas semanas, um acidente vascular cerebral respondesse a pergunta: “Como é que se desiste?”
E o sonho de fazer a banda, acabava ali. Na morte do irmão e melhor amigo.

Apesar de não ter sido, a Acordes foi uma boa Banda. Os ensaios eram engraçados e as canções soam maravilhosamente bem em minhas memórias afetivas.

Depois de 33 anos, de fato, um longo tempo, voltei a ouvir a algumas daquelas fitas. Não chorei, apesar da vontade. Algumas lembranças me fizeram esquecer as dificuldades e extrair um pouco daquela alegria, do tempo em que o sonho era apenas fazer música.

Ao ouvir hoje as velhas gravações, um misto de emoções invadem a minha mente. Vocais desencontrados, guitarras desreguladas, contrabaixos às vezes exagerado, as brincadeiras do Valdomir fazendo palhaçadas, conseguindo rir da falta de condições, o olhar desiluidido do Pedrinho imaginando o fim do projeto e o Dilson  fazendo milagres numa caixa improvisada…

É verdade que hoje, a saudade é o melhor palco que existe, os subtons se transformam em estilos – e o pequeno público, na maior multidão.
A banda Acordes ainda vive quando lembro de quatro amigos, que mesmo contra os ventos e tempestades, estavam juntos planejando fazer algo diferente.  O que de algum modo, fizeram.

 

Veja também É hora de ouvir o “MADDS” – se permita ‣ Jeito de ver

 

Infelizmente, a vida testava a paciência da banda…

Até esquecemos que não tínhamos os instrumentos!

Ele costumava rir e dizer: – “Mané, você não desiste nunca”

E a resposta: “Pois é, Mané…Como é que se desiste? A gente não pode desistir..”

O pequeno mundo de Lis ( Poema à Felicidade)

 

“Lis,
Me diz,  menininha levada
O que te deixa feliz?

“Besouros no Jardim?
Flores vermelhas?
Ou achas as mais belas
Rosas amarelas?

“Existem rosas amarelas?
Me permita, então, vê-las!
Seriam as mais serenas
que as margaridas vermelhas?

“Neste universo do existe
nunca, nada permita
bichinhos, carinha triste…

“Nem gritos no ar
Ou luzes no céu
Nem flores caídas
em meio ao papel…

“Ria com as flores
com as cores
Sorria…

“E quando faltarem palavras
Nessa cabecinha agitada
Me mostra, pequena Lis
na dança, no canto
No sonho…
O que te deixa feliz…”

Gilson Cruz

Leia também Poema para Aline (Carinha amarrada) ‣ Jeito de ver

 

O goleiro que pegava até pensamentos!

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Imagem de jotoya por Pixabay

 

 

Poucos goleiros foram tão bons na história do futebol, quanto o João Rodrigues, lá do XV de Setembro, embora muito poucos o saibam.
Mas, XV de Setembro? Não seria mais apropriado e significativo o XV de Novembro, data em que, foi proclamada a República naquele país?
Creio que ou o Sr. José Rodrigues não era muito bom em memorizar datas, ou quem sabe, na hora de registrar o nome do clube, Aurelino, o escrivão, não escutou muito bem, e por causa da animação de ver o novo time da cidade ganhar corpo, as conversas fluíram sem que ninguém percebesse o erro na bendita data!

Apenas na hora de inscrever o XV no campeonato é que perceberam o erro no nome.
Mas, apesar disso, João Rodrigues, que por coincidência era filho do senhor José, dono time, era o goleiro.
Sim, apesar desta coincidência, antes que alguém fale de nepotismo, ele realmente era um grande goleiro!
Enquanto a atitude da maioria dos goleiros era reativa, este parecia adivinhar o que os pobres atacantes dos times adversários fariam.
Os jogadores mais inteligentes ficavam frustrados, pois nenhuma invencionice ou improviso dava certo. – A bola não passava!
E como diziam, sem saber: “Ele pegava até pensamento!”

Mas, o pior é que isso era verdade! Não sei como, mas ele realmente conseguia ler os pensamentos dos atacantes, quando estes diziam no íntimo: “Vou jogar o corpo para a direita e cavar no meio…”, ou intencionavam humilhar o goleiro num drible da vaca espetacular.

Ele era mestre em frustrar planos!

Como numa dessas maravilhas ou milagres ele lia os pensamentos de seus adversários, por mais que inteligentes ou habilidosos que fossem!
Era estarrecedor! Nem mesmo ele sabia o por quê de suas habilidades!

Na primeira partida, muita emoção, daquelas de fazer defunto gritar: “ÊEEEba”,  que foi contra o 2 de Novembro, o time estava sendo massacrado. Não à toa o 2 de Novembro era famoso por enterrar seus adversários!
A pressão intensa e os gritos da torcida anunciavam a tragédia. O XV perderia fatalmente  – mesmo com a atuação quase perfeita da zaga que não permitia maiores avanços.
Mas, aos 44 minutos do segundo tempo o melhor jogador do campeonato, o Mestre Jorge (que nas outras horas era um excelente professor!) teve a sorte de ver a bola passar pela zaga e deixá-lo frente a frente com o João. A bola fatal passou pela zaga, a muralha do time do seu José, no úlitmo minuto, e Jorge poderia então se consagrar.
E o improvável aconteceu!!!

Apenas João Rodrigues no centro da meta e todo o espaço do mundo para colocar a bola…

De repente, Jorge para…e visivelmente transtornado senta com ares de tristeza.
Ninguém entendia o por quê!
Realmente, era inexplicável!

Mas, a entrevista  pós jogo, revelou parte do mistério.
Naquele momento – todos os pensamentos do artilheiro foram apanhados!

Ele nem mesmo sabia o que fazia em campo!

O abatimento após o lance serviu de incentivo para o 15, e aos 46:58 do segundo tempo, veio o gol da vitória.
Sua primeira vitória, logo na estreia, na casa do adversário!

E assim se deu por todo o campeonato, os atacantes do Barra Rasa, agiam como se não tivessem um objetivo em campo.
O Barra Funda, que era o time do irmão do Barra Rasa, achou que tinha aprendido do fracasso do time irmão, da parte mais rasa e na surdina resolveu pagar um extra ao juiz para facilitar a sua vida, e como precisava da vitória – gastou, e não foi pouco!

Aos 43 minutos do segundo, num lance normal em que nem o Rolando Júnior se atiraria ao chão – Romualdo, o juiz, apitou e apontou para a marca da cal, sinalizando pênalti.

A torcida vibrou, apesar do lance vergonhoso!

O XV de Setembro protestou – mas, o juiz manteve-se irredutível!
E Mauro Foguete, o principal batedor, ajeitou a bola, escolheu o canto e correu para a cobrança do pênalti.
Os nove metros que o separavam da consagração pareciam nove quilômetros!
E ele correu…e no último passo…esqueceu de tudo!

E num chute infantil o goleiro defendeu sem o mínimo esforço.

Insatisfeito, o juiz apontou uma irregularidade inexistente, e outro jogador foi selecionado e…
Pimba!
Perdeu os pensamentos!
E o mesmo aconteceu com o todo o elenco do time adversário!
E com o Barra mentalmente esgotado, desmoralizado, o XV num ataque rápido conseguiu a vitória.

Não havia mais adversários.

E na partida final do campeonato, o time com erros no nome, mas já campeão, enfrentaria o time menos temido.
O Inerte Futebol Clube.
Diziam que os jogadores do Inerte F.C eram quase mentecaptos, que serviam como postes em algumas ocasiões.

O XV de Setembro já comemorava antecipadamente a vitória.

O Inerte era tão ruim, que os jogadores eram conhecidos pela burrice e improdutividade em campo. Perderam todas as partidas pelo placar  mínimo de 13 a zero!

E a partida começou e de cara Tinho, o lunático, conseguiu fazer o impossível! Marcou o primeiro gol no XV.

O apanhador de pensamentos ficou perdido, sem saber o porquê.

O pior estava por vir, Leopoldo, que era apelidado de Pordo por alguns e de Potro por outros, converteu todos os chutes em gol!

João Rodrigues estava arrasado, não entendia porque errava tanto!

O XV de Setembro foi campeão, mesmo levando 11 gols do Inerte F.C.

E assim se deu…

O goleiro do XV de Setembro não conseguia segurar nada que fosse de proveito da mente dos jogadores do Inerte F.C.

João Rodrigues aprendeu…não havia nada a pegar daquelas mentes…

E passou então a estudar melhor seus adversários para o próximo campeonato, pois entendeu que de algumas mentes NADA SE APROVEITA!

Gilson Cruz

 

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Quiprocuó Esporte Clube – Falando de futebol ‣ Jeito de ver

Zé da Ladeira – uma história de futebol. ‣ Jeito de ver

Itaberaba -Uma pedra que brilha!

“À distância, as luzes pareciam estrelas que descansavam sobre a terra.

E ao passo que me aproximava,

percebia que o verdadeiro brilho

não era originário das estrelas.

Vinha também das pessoas que passavam na pressa de seus dias,

mas não esqueciam o riso em casa ou no trabalho…

Pessoas que sonhavam numa rara tarde fresca de domingo,

visitar a praça do Rosário para ouvir e contar histórias.

Saber da antiga feira e as origens do Rosarinho…

E quando a noite chegasse,

procurar de longe o brilho que emanava distante.

Bem além dos morros, dos ares.

O brilho distante de Itaberaba…

Como esmeraldas verdes,

ou como o colar na Terra

de apenas uma só pedra.

Uma pedra que brilha…”

Gilson Cruz

UM POUCO DE HISTÓRIA

“A história de Itaberaba remonta à Capitania de Todos os Santos nos anos 1535-1548.

Em 1768, as terras foram adquiridas por aventureiros após a venda pelos sucessores do Senhor João Peixoto Veigas.

Em 1806, Antônio de Figueiredo Mascarenhas comprou uma fazenda, onde construiu uma capela central dedicada a Nossa Senhora do Rosário.

Ao redor dessa capela, surgiu um núcleo de moradores que, em 1817, passou a ser conhecido como Orobó.

O povoado cresceu e foi reconhecido como Freguesia e Distrito de Paz de Nossa Senhora do Orobó. Em 1877, o município alcançou o status de Vila do Orobó, obtendo autonomia político-administrativa com a instalação da primeira Câmara em 30 de junho. Finalmente, em 1897, duas décadas após sua emancipação, foi elevada à categoria de cidade.”

Curiosidades: Orobó é uma árvore, mesmo que “Oribi”, a palavra também significa bumbum, ouro etc.

Saiba mais. IBGE | Cidades@ | Bahia | Itaberaba | História & Fotos

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Antiga Praça do Rosário – Extraída do Site Cultura Patrimonial

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Gilmar Fotografias & História LTDA.

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Gilmar – Fotografias & História LTDA.

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A velha praça (um texto para te lembrar!) ‣ Jeito de ver

O mundo dos robôs – um pesadelo futurístico

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Imagem de Pete Linforth por Pixabay

“E no futuro, os robôs substituirão o trabalho humano…

Ninguém mais será escravizado.

Todos terão tempo para dedicar à família, aos amigos… à vida.”

Assim, o primeiro trilhardário do planeta esbanjava seu otimismo para o futuro.

Suas imensas pastagens, antes cuidadas por humanos que reclamavam das péssimas condições de trabalho, que reclamavam do salário que não dava para comprar aquilo que eles ajudaram a plantar… e que adoeciam por causa disso – causando prejuízo ao amoroso patrão que, por anos, era, apenas, um pobre bilionário.

O mundo agora arruinado, população reduzida, ocupado apenas pelos que se beneficiaram da escravidão ao longo dos séculos, era um lugar tranquilo – sem pobres. Os rios e mares agora, tinham donos. Assim como os países e as cidades.

Marte não chegou a ser ocupado. A nave explodira com os primeiros bilionários que tentaram colonizar o planeta vermelho, ninguém soube o motivo. A base lunar também não fora ocupada, ficou apenas no sonho de veraneio de quem tinha muito a gastar.

Um pobre milionário talvez não tivesse os robôs da última geração e comprasse dos pobres bilionários, robôs usados.

Enquanto os pobres pobres, que passaram uma eternidade bajulando e comendo as migalhas, se resumiam ao que não mais se designavam humanos – eram subumanos. Agora, menos importantes que robôs, faziam o impossível para sobreviver…

As máquinas do futuro eram condicionadas, assim como os pobres do passado. Não tinham direito a sonhar, às aspirações que todo ser humano precisa ter para crescer, para se realizar. Recebiam ordens e distrações necessárias à cegueira de uma vida sem sentido – enquanto eram gradativamente substituídas! E, mais tarde, enquanto as máquinas faziam o trabalho, as fontes de energia cessaram – e elas pararam!

Pararam como humanos, mortos pelo cansaço e pela exploração.

Os subumanos foram então lembrados… quais escravos!

E voltaram a ser escravos, que se queixavam, que reclamavam – que eram condicionados, programados para isso! E a vida continuou assim, sem rumo, até o fim – até que o pesadelo acabasse!

Gilson Cruz

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Poesia do Impossível (e do possível)

A silhueta de um casal e o universo.

Imagem de Victoria por Pixabay

 

Me perguntas

O que seria impossível?

Alcançar as estrelas?

Faço isso todos os dias

Ao som de tua voz

Viver sem gravidade?

É voar,

Ao som do teu canto,

do teu riso,

do teu sorriso…

Impossível

Como densas florestas

No último planeta

Ou como uma mentira Vinda do verdadeiro Deus

É despertar todos os dias

Sem lembrar teu nome

E ao longo do dia

Esquecer tua face

Mas almejar a vinda da noite

Com lua e estrelas

No cenário perfeito

Criado para nós

Me perguntas

E as demais coisas?

E as demais coisas…

Serão sempre possíveis.

 

Gilson Cruz

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O Músico e a Estrela (um breve momento) ‣ Jeito de ver

 

Ao vizinho do 61 – Muito Obrigado!

Uma porta marrom, uma parede cinza. Um texto para reflexão.

Imagem de Arek Socha por Pixabay

 

Meu caro vizinho da casa 61

 

Sei que a vida anda apressada ultimamente, é verdade, e são raras as vezes que tenho a oportunidade de te encontrar – sem essa pressa maldita, tão comum às pessoas.

Mas, quero te agradecer.

Confesso que vendo a disposição e a força em que realizas tão bem os teus trabalhos, sempre acreditei que eras um Super-homem.

Por isso, quando ao te cumprimentar com aquele simples “bom dia”, eu não esperava ouvir tantas histórias.

Saber que tu enfrentas sentimentos como a solidão, a depressão e problemas da natureza humana diariamente, me ajudou a considerar melhor a minha vida. Eu, que vivo entre livros e músicas, que torço por um time que não ganha um título nacional desde 1989 e que sempre acreditei também não haver nada errado com o Senhor.

Percebi, que constrangido, tu narravas um pouco dos teus problemas de infância e quantas visitas ao hospital a tua saudosa mãe se via obrigada a fazer – chorar ao recordar alguém que te amava e que também se importava tanto contigo, não é crime. Fez muito bem!

Eu jamais saberia, é certo, que apesar desta força que mostras nos teus passos há um ser humano mais forte ainda. Pois lidar com certos problemas pode ser desgastante e desanimador – e alguns, infelizmente, desistem no caminho.

Não, eles não são fracos! Eles lutaram, também!

Talvez, não encontrassem ouvidos sinceros, de pessoas que se importassem.

Hoje em dia, quando as pessoas que perguntam “Como está?”, o fazem por formalidade, muitas vezes sem nenhum interesse nos outros. Querem ouvir a única resposta que os agrade, para se isentarem do peso de serem úteis!

Quando te cumprimentei e ouvi a tua história, ganhei muito mais do que motivos para acreditar.

Ganhei uma razão para continuar.

Disseste-me sentir a falta de teu Pai, tua irmã, teus amigos – me identifiquei, pois os meus livros – apesar de maravilhosos, não compartilham os meus sentimentos.

Por favor, peço apenas que não desanimes ao encontrares aqueles que querem apenas ouvir um “estou bem”, por estarem ocupados demais com os seus próprios egos. É duro admitir, essas pessos existem e pouco se importam com os outros. Vão te dizer que falar dos teus problemas é fraqueza, que existem coisas importantes pra pensar, mas não esmoreça.

Entenda, desabafar, é também uma maneira de reorganizar os pensamentos e aquele que te escuta, se for sincero, terá o privilégio de aprender e crescer junto contigo.

Te peço perdão, por não ter me  lembrado de perguntar o teu nome, mas a tua história de lutas e sofrimento ainda comove e me inspira. Continue a luta.

Agradeço, por ter confiado, a tua história e a tua voz, a um desconhecido que também nem sabias o nome. Acredito que todo o altruísmo, foi teu. E numa próxima ocasião, espero encontrar-te novamente e conversarmos um pouco mais, compartilharmos experiências e ter a chance de conhecer também a tua família, tocarmos algo em meu velho Di Giorgio e descobrir também, os teus talentos.

Agradeço e até uma próxima oportunidade,

Pedro,

Teu vizinho do N° 15.

Como seria … (O Poema de um novo dia). ‣ Jeito de ver

O Mundo Pequeno de Mundinho – um conto ‣ Jeito de ver

Gilson Cruz

 

O Mundo Pequeno de Mundinho – um conto

A comovente história de um menino, o Mundinho e seu pequeno mundo.

Imagem de Charles Nambasi por Pixabay

Sabe aquelas histórias que só acontecem na infância e que você jamais esquece? Muitos anos se passaram e hoje, a minha mente cansada,  se confunde sobre o que foi real e o que foi imaginado, na busca de um sentido.

Lembrei hoje de uma velha amizade… velha como o tempo.

Na minha infância, não conheci ninguém tão arisco quanto o Mundinho.

O moleque era desconfiado.

Ninguém sabia ao certo se era por causa de seus pais que não eram lá muito dados ao diálogo ou devido ao uso inovador do chinelo ou do cipó das folhas de araçá que costumavam soar como os sons dos blocos afros nas pernas e costas do menino ao menor sinal de travessura.

Eles eram pessoas horríveis!

“Ah! mas, naqueles dias, todos os pais eram meio carrascos” – você talvez argumente. – Era comum, mas não precisavam ser assim.

Mas, apesar dos pais, o mundo parecia bom e pequeno para ele. E embora, eu tivesse apenas nove anos de idade ( a mesma idade que ele), eu já sabia que quando ele aparecia lá em casa, pouco depois do almoço, alguma coisa ruim tinha acontecido!

A gente costumava compartilhar o pouco que tinha.

Apesar das dificuldades que a pobreza, a falta de compreensão e a violência dos pais traziam, Mundinho era um bom amigo.

Nas brincadeiras de correr ninguém lhe alcançava. O pobre batedor de latas sabia que advinhar onde se escondia o pequeno arredio era missão quase impossível. Se escondia nos lugares mais improváveis.

Sob os bancos da praça, no topo dos postes ou das árvores mais altas não havia lugar impossível para ele.

E eu, nas minhas limitações, costumava dizer: “Meu irmão, eu queria ser como você. O carinha mais rápido da cidade. Você pode ser atleta, policial, o que quiser ser quando crescer…”

Mundinho ria. Alguém o admirava e isso acalentava a dor de ser chamado de “inútil, de preguiçoso, de erro de Deus” ou coisas assim.

Num daqueles dias, pouco depois da hora do almoço, o Raimundo aparecia novamente lá em casa. Dizia que não mais voltaria pra casa, pois seus pais iriam tirar-lhe a vida.

E naquela tarde, ele parecia mais amedrontado que o normal.

Os pais dele jamais lhe deram presentes, jamais lhe abraçaram.

Não percebiam que as marcas das surras estavam agora gravadas na pele, como tatuagens na alma.

A gente acreditava que naquele tempo não existia lei.  Os policiais pareciam cavalos fardados; eles não hesitavam em dar os chamados cascudos e mandar os pivetes ( termo usado na época) de volta à “proteção” do lar.

E como de costume, conversávamos sobre a dor, a perspectiva de um futuro melhor e ele dizia que um dia casaria com a Cimara, a menina mais dócil da escola; que teria filhos e mostraria ao pais “como se criar uma criança”.

Engraçado que as palavras crianças e criação têm a mesma origem, uma conexão etimológica.

Ambas vêm do latim creare, que significa criar, produzir…

Creantia, latim para criança, significa: criado, produzido e a palavra “criação” , vem do latim Creatio, que significa ato de criar ou produzir.

-Mas, existe algo mais redundante do que as conversas de crianças?

Ele dizia também que o mundo seria pequeno, pois conheceria tudo!

Papo cabeça, pra alguém tão jovem…

E após choros e planos, ele já estava pronto para mais uma de suas artes nas brincadeiras de fim de tarde.

A lata voava para longe, o batedor de latas corria para apanhá-la, enquanto todos se escondiam…

O Tufão pulava o muro da igrejinha, o Pinheiro se escondia atrás das barracas e o Alberto em cima da casa do seu Miguel. É impossível lembrar onde se escondiam todos os amigos naquela noite.

Lembro apenas que o Paulinho, da monareta, encontrou a todos. Exceto um.  – O Mundinho

E a busca pelo moleque se tornou uma peregrinação. Procuramos em todas as árvores e postes possíveis. Vasculhamos todos os bancos da cidade.

Não buscamos nas nuvens, esquecemos de olhar para o céu. Talvez devêssemos procurar mais…

Era tarde, desistimos da procura.

“Ele já deve estar em casa e dormindo” – todos diziam.

Quando a gente encontrar, ele vai ver… vamos mudar as regras do jogo. Assim não tem graça!”

Voltamos todos para nossas casas.

Confesso que não dormi em paz naquela noite.

A imagem do Mundinho naquela tarde dizendo que ganharia o mundo, que iria embora, desapareceria, me atormentou em cada segundo daquela  noite.

Enfim, era quase manhã quando consegui adormecer.

Era, então, Sete da manhã do dia seguinte e meu Pai me alertava que não deveria faltar as aulas, se eu quisesse ser alguém no futuro.

Na escola, os colegas estavam alegres como de costume. A professora ainda não havia iniciado a chamada. Cymara e seus pequenos cabelos ruivos me acenavam, Enivan me desafiava mais uma vez para mais uma sabatina, Matemática.

O desgraçadinho gostava de bater nos colegas!

Nunca teve o prazer de me bater.

Zé Luís ria ao lado do Walter contando as mesmas piadas do dia anterior, enquanto Jacinta e Estela se sentavam nas últimas cadeiras, do lado esquerdo.

A sala estava barulhenta naquele dia.

Da porta, não vi o Mundinho entrar na sala vizinha.

Ao  meio dia, enquanto tentava voltar para casa, Juscélio, o cavalão da turma, como era conhecido, ameaçava me bater. Por não ir com a minha cara…

Talvez o “cavalão” se devesse ao fato de todos na sala serem baixinhos e terem em média nove anos e ele ter quinze, nada acontecia a ele, talvez por mera coincidência, ele fosse sobrinho da diretora.

Me desviei das provocações e naquele dia passei em frente à casa do Mundinho.

Tudo estava fechado. A rua estava silenciosa e não havia burburinhos por lá.

“Uma hora ele passa lá em casa” – Pensei.

E naquele dia, o meu amigo não passou.

Minha cabeça infantil jamais pensara tanto! “Ele foi conhecer o mundo”; “Os pais foram embora”; “Ele fugiu dos pais”; “Ele não sofrerá mais…”

Me consolava saber que o amigo teria uma nova chance.

E ninguém falava mais disso!

E numa dessas quintas-feiras, desta vez de Primavera, quando as águas adiantaram o seu curso para chegar ao rio da cidade em chuvas temporãs nas  cidades vizinhas, os pescadores se assustavam com a possibilidade do desastre.

Não como aqueles dos Dezembros, quando as águas invadiam as ruas da cidade levando tudo o que não estava amarrado para o meio do Rio.

Desta vez, parecia que um pequeno animal, um porquinho talvez, estava preso nas pedras, sob as águas turvas.

Se organizaram em grupos até que de repente, o susto, o choro…o grito. Não era um animal.

Era o corpo de um menino. Pequeno, a camisa tinha uma tonalidade abóbora e o short era vermelho.

Poucos o conheciam. E os pais não estavam lá, naquele momento.

Na última Terça, ele vestia roupa com as mesmas cores.

Mas, não podia ser o Mundinho.

Ele era muito esperto para estar ali, preso entre as pedras…

Ele sabia nadar. O lugar dele era o mundo!

Ele era rápido como os  raios nas tempestades. Ninguém alcançava ele!

E enquanto enrolavam o pequeno corpo num leçol branco, a realidade caía certa como a noite em meu início de dia. Era o Mundinho.

As aulas não foram suspensas.

Talvez não soubessem. Meu melhor amigo não mais voltaria.

Para alguns, os dias continuariam iguais.

As aulas em sua turma seguiam sem comoção, talvez para preservar aos coleguinhas – não sei.

Mas, daquelas manhãs não recordo uma palavra sequer das cento e oitenta e sete mil, proferidas pela Auxiliadora, a Professora.

Desde então não vi mais os seus pais.

Mas, recordava as marcas dos cipós e chinelos nas pernas e braços e me atormentava o fato de não tê-lo encontrado”..

Hoje, depois de muito, muito tempo, ainda penso naquela noite e naquele início de dia.

Não sei , se ele brincava de esconder quando desapareceu ou se havia decidido se despedir das torturas e da tristeza. OU se ele se escondeu nas nuvens, e de lá nos olhava…

Mas, o mundo parecia pequeno demais para ele. Tão menino e cheio de ideias, planos…

Talvez o mundo fosse pouco pra ele.

Merecia algo melhor. Muito melhor!

Nota.  Pais amem seus filhos! As cicatrizes da infância podem ser eternas…

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