Sentado sozinho, nos degraus em frente a sua casa, ele passava os dias.
Há pouco tempo, seu filho deitado num velho sofá, na sala, dormindo, confiando no poder amoroso da cura, na presença dos pais.
Ainda sonhava com os tempos em que um beijo no machucado aliviava as dores e fechava as feridas, embora isso já fosse há mais de quarenta anos no passado.
Mas, filhos não envelhecem…
E sentado sozinho nos degraus, o pai não olha para trás, para não lembrar do amor de sua mocidade, já cansada de carregar o peso do tempo, indo e vindo entre a cozinha e a sala onde o eterno menino dormia.
Relembra as primeiras quedas, os abraços e os planos para o futuro…
E acredita no ciclo natural…em que os mais velhos preparam o mundo para os novos.
Mas, desta vez não foi assim…
E ele sentado nos degraus, sem olhar para trás, tenta questionar o tempo. Como se estivesse ansiosamente esperando uma resposta do futuro.
Pois desta vez, a sala vazia e o silêncio na cozinha, lembram quantas adversidades um homem só – neste mundo tão grande – pode enfrentar, sem entender o motivo.
E ele jamais entenderá…
O que mais tortura um escritor, se não a falta do que escrever?
Bem, quando se refere a este trabalho, até a falta de inspiração é objeto de escrita.
Me fogem ideias, me faltam palavras…
Poderia falar sobre aquele jovem senhor que cuidava de sete cachorrinhos e que, diariamente, repetia a Deus que ficaria rico. Que seria um dia cantor de músicas internacionais, ficaria famoso e ganharia também numa dessas loterias da vida.
As estações pareciam longas e intensas…
O fato é que todos os dias, antes mesmo de o sol sorrir, ele, acompanhado de seus amiguinhos, revirava os recicláveis para lotar o seu carrinho e extrair das sobras dos restaurantes o alimento dos pequenos companheiros.
Alguns poucos anos se passaram, e num desses invernos, os cachorrinhos vagavam pelas ruas, procurando amizade e, consequentemente, um pouco de alimento.
Cães também comem, é verdade!
O amigo dos cães desaparecera! Ele abandonara os seus amiguinhos. Segundo alguns, “a vida lhe sorriu”.
Diziam que aquele homem, sem nome, estava agora bem de vida. “Que Deus lhe ouvira as preces…” Que bom! Mas não digam isso aos cachorrinhos… estavam sozinhos agora!
Entre o Palco e as Ruas
Agora que as noites de inverno passavam, os bares da cidade passaram a contar com música ao vivo.
A praça lotada, pessoas felizes, aplaudiam a linda voz do cantor que sonhava em um dia poder mostrar seu talento a públicos maiores.
E depois de horas, a apresentação chegava ao fim.
Namorados passeavam a contemplar um último brilho da lua e, quem sabe, levar um último beijo de boa noite.
E enquanto todos se deslocavam para suas casas, satisfeitos, não percebiam os mesmos cães deitados ao redor do que seria um novo amigo.
As noites de inverno não são românticas, nem mesmo nos nordestes do Mundo.
Por isso, as pobres criaturas envolviam agora o seu novo dono, alguém de olhar triste e pele sofrida, que, para fugir da vida ou das memórias, adormecia no meio da praça e despertava com o auxílio daquilo que o inebriava.
Há alguém que não leve consigo um passado? Alguns o temiam, acreditavam ser um fugitivo – mas todos são fugitivos de algum modo!
Não falava muito sobre família, amigos – nada. Apenas dizia ao carteiro que esperava um cartão que viria de um antigo lugar chamado Mimoso.
Diziam nas ruas que conversar com bêbados ou cuidar deles era trabalho para heróis, e que nem mesmo ambulâncias seriam deslocadas quando se tratasse de acidentes com eles.
Línguas maldosas!
A Brevidade da Vida
Um dia o encontrei dormindo, cansado de esperar o movimento lento das coisas e, enquanto ele dormia, coloquei em suas mãos um desses lanches que não sustentam um dia inteiro, mas que era bem melhor que o álcool.
É estranho perceber que hoje, não consigo lembrar o nome dele.
Mas, num dia desses, cansado de viver esperando por ninguém sabe exatamente o quê, seu coração decidiu parar…
Aqueles que criticavam o seu modo de vida estavam atônitos, de certo modo, tristes.
Me faltam palavras para descrever o que senti. Sei que a vida lhe foi breve.
Quando percebo como alguns sobrevivem com tão pouco, sinto a vergonha alheia de ver como outros estão dispostos a prejudicar centenas em fraudes por atitudes egoístas.
Não ouvi anúncios de sepultamento. Alguém, talvez, chore a sua falta e lamente a sua vida ausente.
O universo, porém, continuará frio e inóspito. Não se apagarão estrelas por ele…
O verão chegaria há apenas quatro dias… e novamente os pets andariam sozinhos nas mesmas praças.
Enxotados e maltratados, como pessoas ignoradas.
Abril, o primeiro dos quatro meses do ano com 30 dias, transborda de acontecimentos interessantes e curiosidades históricas. Vamos explorar algumas dessas pérolas:
Se você é um apreciador de música, foi neste mês que faleceu o icônico líder da banda Nirvana, Kurt Cobain, em 5 de abril de 1994.
No cenário brasileiro, abril é o mês do nascimento de astros como Moreira da Silva, o mestre do samba, nascido em 1º de abril de 1902, e o inesquecível Cazuza, que veio ao mundo em 4 de abril de 1958.
Na esfera política e cultural, destacam-se datas como o nascimento de figuras emblemáticas como Getúlio Vargas (19/04/1882), Monteiro Lobato (18/04/1882) e, controversamente, o ditador genocida Adolf Hitler (20/04/1889).
Abril também marca despedidas de personalidades importantes, como o saudoso Papa João Paulo II (02/04/2005) e o herói da Inconfidência, Tiradentes (22/04/1792).
E quanto à corrente da história? Desde o início da ocupação portuguesa das terras que viriam a ser chamadas de Brasil, em 22 de abril de 1500, até eventos marcantes como o fatídico naufrágio do Titanic em 14 de abril de 1912.
No campo do entretenimento e do esporte, temos o nascimento do lendário Charles Chaplin (16/04/1889) e o marco histórico do surgimento do Santos Futebol Clube (14/04/1912).
E, claro, não podemos ignorar as datas curiosas, como o Dia do Humorismo e da Mentira (1º de abril), o Dia da Verdade (3 de abril) e o Dia da Dança (29 de abril).
A Poesia e o Romance de Abril
Além de suas figuras e eventos históricos, abril carrega uma poesia especial em seu próprio nome.
“Abril” vem do latim aperire (abrir), remetendo ao desabrochar das flores na primavera do Hemisfério Norte. O nome do mês homenageia a renovação da natureza e a deusa grega da beleza e do amor, Afrodite. – Abril, mês que recorda a deusa do amor – RTP Ensina
E como se todo esse romance não bastasse, em 13 de abril celebramos o Dia do Beijo e dos Jovens! Um momento para brincar e espalhar amor e carinho.
Que time seria capaz de abandonar um Campeonato em protesto ao desrespeito à classe trabalhadora e ainda por cima, ter uma torcida literalmente “Fiel”?
Vamos à história:
O Corinthians teve o seu início em uma época em que os principais clubes eram formados por pessoas que faziam parte das elites, enquanto a classe baixa, excluída devido à divisão econômica, jogava apenas futebol de várzea.
Um grupo de cinco trabalhadores da Estrada de Ferro, sendo eles Joaquim Ambrósio, Antonio Pereira, Rafael Perrone, Anselmo Correia e Carlos Silva, no dia 31 de agosto de 1910, cogitou formar um time, após assistirem a uma partida de um time que estava em excursão pelo Brasil.
Escudo Oficial do Corínthians
O time em excursão era o Corinthian’s Football Club, de Londres (1882-1939).
Marcaram uma reunião para o primeiro dia de setembro do mesmo ano, com participação do público, na Rua José Paulino, às 8:30 da noite. Os cinco trabalhadores e os vizinhos do Bom Retiro.
Naquela noite, foi fundado o Clube e eleito o primeiro presidente: Miguel Bataglia.
Primeiras partidas e campeonatos
O primeiro campo utilizado pelo novo time seria um terreno baldio, propriedade de um vendedor de lenha, do qual ganhou o apelido “Campo do Lenheiro”.
A primeira partida foi marcada para o dia 10 de setembro, o adversário seria o União da Lapa, um time amador. O resultado: perdeu por 1X0.
Voltaria a jogar no dia 14, desta vez contra o Estrela Polar. Luis Fabi faria o primeiro gol e o time conquistaria sua primeira vitória: 2X0.
O futuro Timão se preparava para ingressar na Liga Paulista, o que ocorreu em 1913. Em 1914, ganhou o primeiro título. O segundo veio dois anos depois.
Em 1922, como campeão paulista, disputou o torneio interestadual com o campeão carioca daquele ano, o América – venceu e entrou para a galeria dos grandes clubes do Brasil.
Em janeiro de 1918, deu-se a inauguração do primeiro campo oficial, a Ponte Grande.
Situado às margens do Rio Tietê, foi sede das partidas do Timão até 1927, quando foi doado ao São Bento, após a construção do seu primeiro estádio.
Foi três vezes campeão no fim da década de 1920, de 1928 a 1930 e novamente no final da década seguinte.
Em 1926, comprou do Esporte Clube Sírio o Parque São Jorge, no bairro Tatuapé.
A reinauguração deu-se num amistoso contra o América, do Rio de Janeiro. O estádio é apelidado de Fazendinha, apesar do nome oficial ser Alfredo Schürs. Desde 1997, é a casa da equipe profissional de futebol feminino do Corinthians.
Jejum de títulos e campeão novamente
Na década seguinte, enfrentou muitas dificuldades e ganhou apenas em 1941 e novamente em 1951.
Venceu novamente os Paulistas de 1952 a 1954, sendo tricampeão do torneio Rio-São Paulo, nos anos 1950, 1953 e 1954.
A estiagem de títulos chegou depois de 1953. Esta fase foi marcada pela tragédia que ocasionou a perda de dois belos jogadores, num acidente de carro: Lidu e Eduardo.
Tal período de seca de títulos só foi encerrado em 1977, após 23 anos, quando 86 mil torcedores lotaram o Pacaembu, presenciando a vitória sobre a Ponte Preta, por 1X0.
A geração dos anos 70 e 80 foi marcada pela presença de gênios como Rivelino, no início da década (o maior de todos!), Sócrates, Wladimir, Casagrande e o folclórico Biro Biro (que era melhor até que o Maradona!).
O Pacaembu, fundado em 1940, tornou-se palco de grandes exibições do time do Parque São Jorge, como o título da Libertadores sobre o Boca Juniors, da Argentina, em 4 de julho de 2012.
Grandes rivalidades:
O maior rival: Palmeiras.
A rivalidade com o Palmeiras começou supostamente quando italianos, ex-sócios do Corinthians, fundaram o Palestra em 26/08/1914.
Há o rival do clássico conhecido como “O Majestoso”, contra o São Paulo, o clássico Alvinegro contra o Santos e mais clássicos nacionais, em que o time, cujo mosqueteiro é o mascote, enfrenta com a garra e a determinação costumeira.
Apesar de ser uma das mais belas e marcantes torcidas, a apaixonada torcida do Corinthians também se envolveu em episódios de violência, o que de certo modo desvirtua o seu próprio objetivo e o objetivo do futebol.
A interpelação em qualquer vernáculo atinge seu ápice quando a epístola é percuncientemente internalizada.
Recorrer a locuções requintadas parece conferir uma estética mais nobre, culta – contudo, o desiderato de uma língua é o colóquio! Coloquiar é asseverar-se de perceber e ser perspicazmente reconhecido.
A utilização de tais termos descontextualizados apenas ressaltará não a erudição do interlocutor, mas sim sua rusticidade. Destarte, no cotidiano, Simplifica. Assegure-se de edificar a mútua sapiência!
E se a presente disquisição não lhe é acessível, não temais, existem maneiras mais limpidas de expressar: A comunicação possui um desiderato!
Traduzindo: Seja simples!
O objetivo de uma linguagem é possibilitar a comunicação e o entendimento entre as pessoas!
Apesar de ser um clichê, nada poderia ser tão real quanto o senso de realização ao perceber que aquilo que amamos fazer surtiu os efeitos desejados.
O compositor sente-se orgulhoso ao ver que uma canção bem elaborada teve boa aceitação do público, assim como o poeta é alimentado pela sensação de ter emocionado corações. O professor sente-se feliz ao ver o seu aluno alcançar aquilo que ele se propôs a ensinar.
Não importa o segmento, tudo aquilo que conseguimos fazendo por amor tem um sabor diferente.
Uma das facetas do amor, descrita pelo apóstolo São Paulo na Bíblia, é “acreditar em todas as coisas”.
Aplicando de um modo diferente tais palavras, poderíamos afirmar:
Se você ama algo, aprenda, reaprenda se for preciso, tente várias vezes até encontrar a maneira correta de agir. Isso é acreditar!
Não despreze seus sonhos, mesmo que estes não o enriqueçam! Estar bem financeiramente é bom, mas enriquecer não significa estar feliz!
Se você ama alguém, aprenda, reaprenda se preciso for a ser o apoio necessário para que ambos cresçam juntos.
Relacionamentos em que os objetivos são alcançados isoladamente enfraquecem com o tempo. Dividir o entusiasmo é tão importante quanto compartilhar as frustrações. Seja o apoio, isso é acreditar!
Alcançar o sucesso é o sonho de cada pessoa, apesar dos diferentes conceitos a respeito do que seria alcançá-lo. A pessoa pode alcançar todos os objetivos traçados para a própria vida, mas seria frustrante não compartilhar com ninguém a alegria de tais conquistas.
Assim, é real afirmar que precisamos compartilhar não apenas as frustrações, mas principalmente o entusiasmo! Sim, compartilhar também é amar…
Durante algum tempo, alguns acreditavam que, com a evolução tecnológica, o rádio se tornaria obsoleto e, com o tempo, deixaria de existir.
Com o advento da televisão e, depois, com as plataformas digitais, o assunto voltou a atrair a atenção. Mas o fato é que o rádio está vivo e respira sem aparelhos (me perdoem o trocadilho infame!).
As emissoras de rádio precisaram se adaptar à nova onda. Ao invés de resistência, era o momento de se abrir às mudanças, abraçar a tecnologia como uma aliada, mas sem perder a sua essência.
Por muitos anos, o rádio foi diretamente responsável pela formação musical de muitos ouvintes. Por exemplo, citaremos a Rádio Baiana de Itaberaba, AM 1030 KHz, fundada em 1977, e sua programação no início da década de 1980.
A Diversidade Musical e a Formação do Gosto Popular
Entre notícias locais, estaduais, nacionais e internacionais, a programação trazia um repertório que ia desde canções populares a clássicos internacionais: de Luiz Gonzaga a Beatles, de Amado Batista aos Rolling Stones. A música, em todos os seus estilos, tinha o seu espaço.
Havia uma preocupação em mesclar novidades ao que já estava estabelecido como sucesso: Trepidants, Pholhas, Roupa Nova (ainda no início), 14 BIS e outras promessas que se firmaram com o tempo. Muitos artistas alcançaram a fama por apenas um único sucesso.
Por mais confusa que parecesse tal programação, ela dava aos ouvintes a oportunidade de se identificar com algo, algum estilo – ou mesmo com todos os estilos. A vastidão da mente permite tais proezas!
Com o tempo, entretanto, as programações da maioria das rádios perderam diversidade e originalidade.
Devido à influência de empresários, as canções executadas passaram a seguir um modismo descartável, onde todas as vozes e canções parecem ser meras continuações.
Como mencionado em um artigo anterior neste site, há sempre a possibilidade de influências externas (jabá) interferirem nas programações. Como disse uma certa empresária do funk:
Hoje, quase todos os artistas estão disponíveis em plataformas digitais como Spotify, Deezer, Amazon e outras. No entanto, comprar espaço para divulgação tornou-se uma tarefa injusta, pois significa que quem tem mais dinheiro para investir aparece mais – independentemente da qualidade e do talento.
É justamente neste espaço que percebemos a falta das antigas programações das rádios, que prezavam também a inclusão de novos talentos, de todos os estilos – dando sua contribuição à formação do gosto musical da população.
A rádio deve adaptar-se ao atual, mas sem perder as suas melhores características.
E por falar em boa música, o site jeitodever.com sugere ao leitor que descubra novas emoções, na linda voz e no excelente repertório do cantor mineiro Tuca Oliveira. – https://amzn.to/4afEXBf
Those were the days… Have you ever heard an old song that brings you back wonderful memories? Oh! Yes, it sometimes happens to everyone. But today, I would like to tell you about one little experience I had… Some years ago (about 14 years ago) I was kind of depressed, tired of years of hard working and so sad about a great loss in my family. So I decided to study English. Well, Itaberaba City wasn’t too near my house, but I decided to learn something new. And what I found there? I started studying English at CCAA. I confess, I was a little ashamed because of the young class I found there. The only guy older than 16 was I (I was only 38…lol) And as an old saying here, in Brazil “Old parrots don’t learn talkings”, something like that. But then a Young and wonderful teacher came into the class. He had the brightest smile I’ve ever seen and he was always kidding about things, life and stories. And then he took us to know all the CCAA Crew. Meire, Cátia, Cláudia and Libério, the great. That team was like a family to me. I found a reason to keep on studying. Patient, wise and with a lot of stories about travels around the world he used to make the students dream about the possibilities of knowledge. A great methodology, but kind above the greatest wish of helping us to learn. The First semester flew like a wind and so did the other semester… A wonderful crew I found there. And as all in life the time I had to go has come. I confess, I was sad (and the teacher was relieved! Lol) As I remember teacher Parísio as the greatest teacher and Friend ever (he’s really an amazing person!), Libério, as great as Parísio, a wonderful and inspiring storyteller, Jamille a friend, why shouldn’t I say she was an angel? And about Meire, the sweetest and the most lovely person I knew. And now…the old parrot is speaking! Lol Perhaps 13 years is a long time and I may have forgotten loads of things. But how can I forget those days? Oh, My! Those were the days…as the music said!”