The Carpenters: A perfeição e o drama

The Carpenter uma história de sucesso e drama.

(Photo by Chris Walter/WireImage)

Quando eu era jovem, costumava ouvir uma música no rádio que me transportava no tempo. A nostalgia e a alegria que sentia eram incríveis!

Mesmo sem entender a letra, a voz suave da cantora aliviava minhas frustrações. Depois de muito tempo, redescobri aquela canção mágica: “Yesterday Once More”, do The Carpenters.

A letra evoca memórias e sentimentos intensos.

O narrador relembra ouvir suas canções favoritas no rádio, revivendo momentos de sua juventude. A música captura a felicidade e a saudade que essas lembranças despertam, ressaltando como as canções antigas nos levam de volta a tempos mais simples e felizes.

O refrão enfatiza a habilidade da música de nos fazer sentir como se estivéssemos revivendo instantes preciosos, expressando o desejo de revisitar esses tempos por meio das melodias e letras que marcaram uma vida.

O reencontro com a voz impecável de Karen Carpenter e as harmonias esplêndidas de Richard me fizeram recordar a história do The Carpenters. Que tal compartilharmos um pouco dessa história?

O Início

O duo The Carpenters, formado pelos irmãos Karen e Richard Carpenter, surgiu na infância de ambos, em New Haven, Connecticut. Richard se destacou como pianista prodígio, enquanto Karen, inicialmente inclinada para esportes, descobriu seu talento para a bateria e o canto.

Em 1963, a mudança para Downey, Califórnia, foi decisiva. Imersos em um ambiente cultural vibrante, dedicaram-se à música. Richard aprimorou suas habilidades na California State University, Long Beach, e conheceram colaboradores importantes.

Em 1969, formaram “The Carpenters” e assinaram com a A&M Records. Lançaram seu primeiro álbum, “Offering” (renomeado “Ticket to Ride”), que abriu caminho para o sucesso subsequente.

Sucesso e Fama Internacional

O sucesso veio com o álbum “Close to You” (1970) e o single homônimo, que alcançou o primeiro lugar nas paradas dos EUA. A combinação da voz suave de Karen e os arranjos sofisticados de Richard criou um som único, cativando uma ampla audiência.

Outro grande sucesso foi “We’ve Only Just Begun”, que se tornou um hino de casamentos e celebrações.

Os Carpenters ganharam popularidade mundial com suas baladas românticas e melodias cativantes.

Embarcaram em turnês internacionais, marcadas pela perfeição vocal e instrumental, ganhando admiração do público e da crítica. Receberam prêmios, incluindo três Grammy Awards, e suas músicas continuam sendo celebradas.

Problemas de Saúde

Karen Carpenter enfrentou críticas severas e preconceitos que afetaram profundamente sua vida pessoal e carreira, contribuindo para sua luta contra a anorexia nervosa. A pressão para manter uma imagem pública idealizada agravou seu estado de saúde.

Essa batalha afetou a dinâmica do grupo, com atrasos na produção musical e interrupções nas turnês.

A luta de Karen destaca a necessidade de um ambiente mais compassivo e de apoio na indústria musical,  enfatiza também a importância de abordar questões de saúde mental e bem-estar com seriedade, oferecendo lições valiosas para jovens artistas.

Maiores Sucessos

O grupo deixou uma marca indelével na música pop com sucessos como “Close to You”, “We’ve Only Just Begun”, “Top of the World” e “Rainy Days and Mondays”. Essas músicas definiram a carreira dos Carpenters e ajudaram a moldar o cenário musical dos anos 70.

A história dos Carpenters é fascinante por várias razões. Mesmo em uma era dominada pela cultura hippie e pelo novo rock, destacaram-se com um estilo único, oferecendo um contraste notável.

A marca dos Carpenters na indústria musical é profunda e duradoura, inspirando lições sobre perseverança, resistência e autocuidado.

Ouvir “Yesterday Once More” ainda me proporciona belas emoções.

Leia mais em:

A Busca pelo Corpo Perfeito ‣ Jeito de ver

Fonte: Carpenters – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Que tal conhecer o Grupo The Carpenters?  Ouça a nossa playlist abaixo, no Spotify:

Praça Honesto dos Santos – Uma crônica

"Praça Honesto dos Santos - Uma crônica" - Uma história pra contar nas praças.

Imagem de Ofoto Ray por Pixabay

A cidade estava agitada com a chegada das novas eleições.

O cenário era de Copa do Mundo, ruas enfeitadas com santinhos e cartazes daqueles rostinhos que nem Photoshop e nem promessas de campanha conseguiriam harmonizar.

Mas, dessa vez, havia um probleminha: eram dois candidatos muito queridos pela população e, o pior, eram honestos e conseguiram grandes avanços na educação, saúde e empregos.

A população comemorava, mas estava angustiada por causa das dúvidas.

E agora: os dois candidatos à reeleição são exatamente idênticos, conseguiram os mesmos números, não perseguiram adversários políticos e dividem exatamente a mesma quantidade de votos válidos. Não é empate técnico, é exatamente um empate!

Os jornais da cidade não sabiam a quem difamar, isto é, favorecer — não me entendam mal.

Ambos candidatos eram idôneos, e qualquer calúnia significaria o fim do jornal, pois a população consciente não mais consumiria quem propagasse notícias falsas.

O locutor da cidade estava confuso… nunca em sua história estivera impedido de caluniar… isto é, inventar novos fatos.

As praças públicas em dias de comícios pareciam encontros de amigos, pois mesmo que discordassem quanto à opção, todos tinham esse direito!

As canções irritantes de outros períodos eleitorais, de cantores que desperdiçavam seus talentos em canções que irritavam adversários, foram substituídas por versos de campanha.

Pareciam mais promessas religiosas…

E nesta cidade, os candidatos passeavam em praças públicas, não como deuses hipócritas, mas como humanos capazes de enxergar as dificuldades das pessoas.

E agora, quem seria o eleito? Quem venceria a eleição? Não importava quem seria o eleito, a cidade ganharia.

E assim se deu.

No dia da eleição, o morador mais velho da cidade faleceu e, com ele, o voto do empate.

E em sua homenagem, o novo prefeito, o escolhido, inaugurou uma nova praça: Honesto dos Santos. E as pessoas de outras cidades caminham por ela, distraídas… sem entender o porquê da história.

Veja mais Canções do Silêncio e das Estrelas ‣ Jeito de ver

A difícil arte de envelhecer juntos.

Imagem de Alexander Fox | PlaNet Fox por Pixabay

Envelhecer não é tarefa fácil.

Não me refiro apenas ao envelhecimento natural que vem com o tempo, mas ao processo em que, apesar das histórias que carregamos, tentamos disfarçar com tinturas e atitudes que não combinam mais com o nosso verdadeiro eu.

Como assim? A pessoa não deve tentar se manter jovem ou cuidar da aparência?

Permita-me explicar…

Na infância, somos naturalmente engraçados, desde o jeito de andar até as primeiras palavras e a inocência que nos define. Esta fase é frequentemente a mais bela da vida, enquanto a inocência ainda nos envolve.

No entanto, a infância passa rápido e, às vezes, resiste em dar lugar à adolescência, e essa transição pode ser difícil.

Durante a adolescência, as primeiras paixões podem ser tão comuns quanto músicas ruins em dia de feira – uma experiência inevitável!

Essas primeiras paixões vêm acompanhadas de solidão, insegurança, medo e, muitas vezes, baixa autoestima.

Parece que estamos em um curso intensivo para enfrentar a vida adulta e suas responsabilidades, e talvez para encontrar a companhia que estará ao nosso lado até o fim.

Não estou sendo romântico (apesar de ser naturalmente assim…), mas é exatamente como nos sentimos.

Durante a fase adulta, nossas percepções da realidade mudam. Os sonhos de criança e a dor que se curava com um beijo carinhoso já não têm o mesmo efeito.

As paixões eternas da juventude podem se tornar velhas lembranças, nem sempre tão belas quanto antes.

Percebemos que nem todos os sonhos se realizam e que a vida é uma mistura de ganhos e perdas.

Essas experiências moldam quem somos.

Envelhecer é lembrar que o livro da vida ainda está aberto e deve ser escrito com alegria e vontade – até que a tinta se acabe.

Às vezes, perdemos nossos sonhos e ambições. Na tentativa de esquecer o que não pode acontecer, podemos tentar apagar tudo o que remete ao passado, o que pode nos afastar das pessoas que amamos.

Esquecemos das virtudes que nos aproximavam e começamos a olhar com desprezo até mesmo para aquilo que nos alegrou por muito tempo.

Não sabemos mais o que amamos, o que esperamos ou por que amamos e esperamos.

Nos tornamos pessoas impacientes!

Assim, quando a velhice chega, pode parecer que toda a nossa história, com erros e acertos, não valeu a pena. Tornamo-nos rabugentos e solitários.

Sim, a consciência da brevidade da vida pode encurtar a nossa visão. Não enxergamos mais horizontes e passado, que são rascunhos da nossa história. As linhas escritas parecem esboços inúteis.

Essa experiência é comum a todos, e a forma como a encaramos pode fazer a diferença.

Os sonhos não precisam ser os mesmos, assim como a aparência também não é mais a mesma.

No entanto, a velhice não significa o fim da capacidade de amar e de sentir alegria. É uma oportunidade para repensar.

Houve perdas e ganhos!

Saber rir, aceitar os novos traços e fios descoloridos pode ser o caminho para abraçar a si mesmo e valorizar as pessoas que amam você.

Não são tinturas ou procedimentos estéticos que nos manterão jovens para sempre!

Envelhecer e permanecer jovem é lembrar que o livro da vida ainda está aberto e deve ser escrito com alegria e vontade – até que não haja mais tinta.

Leia o conto Versos sem destino ( um conto ) ‣ Jeito de ver

Agosto – História e Curiosidades

Imagem de Marijana por Pixabay

E lá vem você com essa conversa estranha de que começou o mês do “Desgosto”! Sempre essa velha conversa!

Só porque um monte de coisas ruins aconteceram no mês de “Agosto” não significa que ele mereça essa pecha.

Sei que é por causa desta fama que as noivas raramente escolhem casar neste mês.

É verdade que, num mês de agosto, o presidente brasileiro Getúlio Vargas cometeu suicídio, Nagasaki e Hiroshima foram dizimadas por bombas atômicas estadunidenses, o Muro de Berlim começou a ser erguido, Pompeia desapareceu do mapa devido à erupção do Vesúvio e a rainha Cleópatra cometeu suicídio, segundo alguns historiadores ela se deixou picar…

Pois é, a belíssima cantora Whitney Houston e até mesmo Elvis Presley faleceram num mês de agosto!

Mas, antes que eu também caia em desgosto, permita-me contar um pouco a história deste mês.

A HISTÓRIA

Agosto, vem do latim “augustus”, é o oitavo mês do calendário gregoriano, nomeado em homenagem ao imperador César Augusto. Antes disso, agosto era chamado de Sextilis, o sexto mês no calendário de Rômulo.

Originalmente, agosto era o sexto mês no calendário de Rômulo, que começava em março e tinha 10 meses, totalizando 304 dias, deixando o inverno fora do calendário.

Numa Pompílio, segundo rei de Roma, reformou o calendário por volta de 713 a.C., adicionando os meses de Januarius e Februarius, aumentando o ano para 355 dias. Inicialmente, as semanas tinham 8 dias, mudando para 7 dias no início do período imperial.

Júlio César, em 46 a.C., reorganizou o calendário para alinhar com as estações, introduzindo anos bissextos.

Quintilis foi renomeado para julho em sua honra, e César Augusto seguiu seu exemplo, renomeando Sextilis para agosto, igualando o número de dias de ambos os meses ao tirar um dia de fevereiro.

O calendário juliano, introduzido por Júlio César, foi posteriormente ajustado por Augusto e, em 1578, pelo Papa Gregório XIII, que corrigiu a discrepância acumulada, introduzindo o calendário gregoriano.

Isso incluiu um avanço de 11 dias em 1582, quando os dias 5 a 14 de outubro foram eliminados, para realinhar o equinócio da primavera ao dia 20 de março de 1583.

O calendário gregoriano continua a ser usado mundialmente por razões financeiras e organizacionais, apesar de outros calendários como o judaico, islâmico e chinês serem usados em diferentes culturas. Nestas bandas, conhecida como hemisfério sul, agosto é equivalente a fevereiro no hemisfério norte.

Em muitos países europeus, agosto é o mês de férias para a maioria dos trabalhadores.

O aglomerado estelar Messier 17.

Imagem de Chaos07 por Pixabay

UM MÊS ESPECIAL

Na Roma antiga, vários feriados religiosos ocorriam em agosto.

Diversas chuvas de meteoros são visíveis em agosto, incluindo Kappa Cygnids, Alpha Capricornids, Aquariids do Delta do Sul e Perseidas,

sendo esta última uma grande chuva de meteoros com pico geralmente em meados de agosto.

O aglomerado estelar Messier 30 também é mais visível neste mês.

Agosto também é conhecido popularmente como o “mês do desgosto”, uma superstição que remonta a tempos antigos e é frequentemente mencionada de forma casual.

Essa má fama está associada a uma série de eventos históricos e culturais negativos que ocorreram em agosto, como guerras e catástrofes, além de tradições e crenças populares que reforçam a ideia de um período de azar e infortúnios.

COISAS BOAS TAMBÉM ACONTECEM…

Você talvez esteja pensando: E as coisas boas?

Dia 1° de agosto é o dia do Maracatu!

O maracatu é uma manifestação cultural brasileira que combina música e dança. Sua origem remonta ao Brasil Colonial e envolve uma mistura das culturas africana, portuguesa e indígena.

O maracatu é uma forma de resistência e preservação da cultura afro-brasileira.

Dia 5 de agosto é o dia Nacional da Saúde (Boa saúde pra você). O dia 19 é o dia de lembrar os historiadores.

Poderíamos citar muitas e muitas datas comemorativas deste mês, mas torná-lo um bom mês dependerá da atitude de cada um. Faça um agosto ainda melhor!

A história dos meses de julho e agosto, ambos com 31 dias, remete ao desejo dos imperadores romanos de deixar suas marcas no calendário. A busca por um calendário mais preciso, alinhado ao ciclo solar, influenciou a estrutura dos meses que usamos hoje.

Veja também: As estações do ano – História ‣ Jeito de ver

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