“Através da Lei Estadual nº 1026, de 14 de agosto de 1958, surge Iaçu, desmembrado de Santa Terezinha, elevando a categoria de município, projeto do deputado estadual José Medrado”. Vamos pra história:
A história de Iaçu remonta à época da colonização portuguesa no Brasil, com as terras sendo inicialmente concedidas a Estevão Baião Parente, em 1674. Após sua morte, as terras passaram por diversas sucessões de herdeiros, marcadas por vendas e arrematações, até que em 1831 foram adquiridas pelos Irmãos Januário. O povoado de Sitio Novo, mais tarde renomeado como Paraguaçu, começou a se desenvolver com a chegada dos trilhos da estrada de ferro em 1882, proporcionando progresso e atraindo novos moradores.
O desenvolvimento de Paraguaçu foi impulsionado pela estrada de ferro, que facilitou o transporte e o comércio na região, tornando-o um centro de atividade econômica. No entanto, apesar do crescimento, a região enfrentou desafios, como a prostituição infantil e a exploração sexual, especialmente através do eixo ferroviário. A cidade, predominantemente rural e pacata, hoje abriga uma população essencialmente rural e mantém sua conexão com o rio Paraguaçu, onde a pesca ainda é uma atividade importante.
Atualmente, Iaçu é uma cidade rural com uma população pacata, próxima a Itaberaba. Localizada às margens do rio Paraguaçu, a cidade ainda mantém atividades como a pesca de tucunarés. Sua economia é impulsionada pela produção de blocos de cerâmica e pela agropecuária, com destaque para culturas como mamona, abóbora, melancia e abacaxi. A cidade também possui pequenos empreendimentos agrícolas familiares, que produzem uma variedade de frutas e vegetais.
Além disso, desde os anos 80, a cidade conta com Hospital e maternidade, proporcionando serviços de saúde à comunidade local.
No campo cultural, a cidade de Iaçu dispõe de um belo repertório de artistas:
Foto extraída do Site Portal Férias
O principal incentivador no campo do desenvolvimento da comunicação do município é o Senhor Adalberto Guimarães. Na música, o cantor Téo Guedes. Nas artes Rosângela Aragão. Na poesia Manoel dos Santos, para citar apenas alguns.
O campo das artes é bem produtivo nesta cidade, novos artistas surgem diariamente. E sobre isso falaremos porteriormente.
À distância, as luzes pareciam estrelas que descansavam sobre a terra.
E ao passo que me aproximava,
percebia que o verdadeiro brilho
não era originário das estrelas.
Vinha também das pessoas que passavam na pressa de seus dias,
mas não esqueciam o riso em casa ou no trabalho…
Pessoas que sonhavam numa rara tarde fresca de domingo,
visitar a praça do Rosário para ouvir e contar histórias.
Saber da antiga feira e as origens do Rosarinho…
E quando a noite chegasse,
procurar o brilho que emanava distante.
Bem além dos morros, dos ares.
O brilho distante, de Itaberaba…
Como esmeraldas verdes,
ou como o colar na Terra
de apenas uma só pedra.
Uma pedra que brilha…”
Gilson Cruz
UM POUCO DE HISTÓRIA
“A história de Itaberaba remonta à Capitania de Todos os Santos nos anos 1535-1548.
Em 1768, as terras foram adquiridas por aventureiros após a venda pelos sucessores do Senhor João Peixoto Veigas.
Em 1806, Antônio de Figueiredo Mascarenhas comprou uma fazenda, onde construiu uma capela central dedicada a Nossa Senhora do Rosário.
Ao redor dessa capela, surgiu um núcleo de moradores que, em 1817, passou a ser conhecido como Orobó.
O povoado cresceu e foi reconhecido como Freguesia e Distrito de Paz de Nossa Senhora do Orobó. Em 1877, o município alcançou o status de Vila do Orobó, obtendo autonomia político-administrativa com a instalação da primeira Câmara em 30 de junho. Finalmente, em 1897, duas décadas após sua emancipação, foi elevada à categoria de cidade.”
Curiosidades: Orobó é uma árvore, mesmo que “Oribi”, a palavra também significa bumbum, ouro etc.