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A vida e obra de Mary Star

Um Sonho Nasce na Adversidade

Marilene Santos, como tantas outras crianças, nasceu num lar pobre, carente de amor. Seus pais trabalhavam o dia inteiro, dedicando pouco tempo a ela.

Nas manhãs, Marilene costumava ouvir no rádio as canções que sonhava um dia cantar. Rádios não têm rostos, apenas vozes – muitas vozes. E Marilene tinha uma linda voz.

Sua voz doce combinava naturalmente com quase todo estilo musical, e nos karaokês da vida, a cidade descobria um novo talento. Batizaram-na de Mary Star, pois ela certamente seria uma estrela que brilharia acima dos holofotes!

A Jornada de Mary Star

Mary evoluiu, estudou música e, inspirada em sua própria vida, compôs canções de superação, amores não correspondidos e esperança. Mary certamente estava destinada a ser uma estrela!

Na pequena cidade onde morava, havia poucos cantores. Breno se destacava por fazer mais apresentações. Se você quer saber, ele não tinha uma voz agradável, mas tinha um ótimo empresário que sabia colocá-lo em todos os eventos, e assim ele ganhou fama.

Talvez o fato de seu empresário ser filho do administrador público tenha ajudado um pouco em sua carreira. Mas, se for para subir na vida, toda ajuda é bem-vinda!

Mary, porém, acreditava que um dia seria descoberta por seu talento. Quem sabe um dia, um empresário também se encantaria com sua voz, e ela poderia então viver daquilo que amava…

Com o seu violão, no meio da praça, microfone ligado, enquanto alguns passavam e depositavam moedas de pequeno valor no case à frente do palco improvisado, Mary soltava a voz em busca de mais um sonho!

E um dia, o sonho esteve prestes a acontecer!

Num desses belos domingos, alguém ouviu sua voz e também se encantou!

Mary transbordava de alegria. Sua voz estaria nos rádios, ela brilharia nos programas de televisão. E o teste para a gravadora Beauty Records foi agendado para a semana seguinte.

Ela escolheu suas melhores composições, seus melhores amigos e músicos e, antes da hora marcada, se apresentou na Beauty Records!

Muito bem ensaiados, os músicos fizeram as gravações em apenas um take. Músicos, cantores e produtores estavam entusiasmados!

Por fim, Mary foi chamada para assinar o tão desejado contrato.

O Preço do Sonho

Ansiosa, ela leu apressadamente as primeiras linhas e seus olhos marejaram.

À medida que a leitura avançava, entrou na sala Deisy, uma linda jovem, também aspirante à carreira musical. Mary não percebeu.

E entre as muitas frases enroladas nas nove páginas, uma calou fundo na alma de Mary:

“A artista Marilene Santos, conhecida como Mary Star, aceita de livre e espontânea vontade ceder as gravações e o uso de sua voz a favor da Beauty Records, que se encarregará de impulsionar a sua arte por meio de Deisy, que se chamará Deisy Star. Receberá um salário mensal estipulado por esta gravadora, por cinco anos ou pelo tempo que durar o contrato”.

Sem entender a cláusula, perguntou a Fred Brandão, dono da Beauty Records:

“Por que eu mesma não posso interpretar as minhas canções?”

A resposta do diretor soou fria, mas era a mais absoluta verdade no mundo da música:

“Marilene, você canta bem e tem boas músicas! Mas isso é menos do que necessário para fazer sucesso! Você precisa ter uma aparência sexy, pois isso vende. A Beauty Records já tem a sua cota de diversidades preenchida por aquilo que a sociedade e os meios de comunicação cobram. Não há necessidade de mais.”

Doeu ouvir aquelas palavras.

“O único modo de você viver de sua arte é aceitando essa proposta! É pegar ou largar!”

Atordoada, sem entender nem mesmo o que sentia, Marilene recolheu as partituras, desejando rasgá-las. Seus olhos lacrimejavam enquanto ela e os músicos se dirigiam à saída do escritório.

Ao chegar em casa, ligou a televisão, enquanto o apresentador (logicamente pago) anunciava a mais bela voz do país: Breno Silva, agora com a alcunha: Breno Silva, o Romântico!

Enquanto a voz fraca e desafinada ecoava pela sala, Marilene sentou-se nos degraus em frente à sua casa e entendeu o porquê de tantos cantores ruins aparecerem tanto na mídia.

Talvez você me pergunte: “Onde posso encontrar a Mary Star? Talvez ainda haja uma chance…”

Ela pode ser encontrada nas belas vozes que lutam por um lugar ao sol, sem o apoio de empresários, de políticos e de pessoas que idolatram cantores ruins… por serem belos!

Mary ainda canta nas praças.

Leia também: A música atual está tão pior assim? ‣ Jeito de ver

A importância de Investir em talentos locais

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Imagem de Hilary Clark por Pixabay

 

A Importância do Apoio aos Artistas Locais

Quantos talentos incríveis se perdem por falta de apoio? Muitos artistas locais não conseguem o suporte necessário para prosperar, mas por que é tão importante apoiá-los? Incentivar os talentos locais é essencial para preservar a riqueza cultural de uma comunidade.

Com frequência, a falta de apoio aos artistas locais ocorre quando a cultura não é uma prioridade para as autoridades municipais. Muitas vezes, as pessoas encarregadas dessas decisões não possuem o conhecimento adequado sobre o assunto.

Em vez de priorizar o legado cultural, algumas vezes os interesses pessoais e políticos influenciam as decisões. Isso significa que o apoio é direcionado apenas para aqueles que têm as conexões certas nos lugares certos. Nesses ambientes, os artistas locais enfrentam preconceito e negligência.

Além disso, há uma pressão popular para que sejam contratados artistas famosos para grandes eventos, muitas vezes à custa dos talentos locais e do orçamento público.

Benefícios de Investir nos Talentos Locais

No entanto, investir nos talentos locais oferece diversas vantagens:

Primeiro, fortalece a identidade cultural da região, já que os artistas locais muitas vezes refletem a essência e a história do local.

Segundo, estimula a economia local, pois os artistas locais e o público consomem produtos e serviços da região. Isso atrai turistas, que contribuem para a economia da cidade.

Além disso, investir nos talentos locais pode reduzir custos, aumentar a eficiência e promover a inclusão e participação da comunidade.

Em suma, ao apoiar os talentos locais, as autoridades culturais não apenas promovem a arte e a criatividade, mas também fortalecem a identidade da comunidade e impulsionam o desenvolvimento cultural sustentável.

 

Leia também Onde as flores não florescem ‣ Jeito de ver

Veja mais em VALORIZANDO NOSSOS ARTISTAS LOCAIS: INCENTIVOS PARA FOMENTAR A PRODUÇÃO CULTURALl (ativaz.com.br)

Quantos talentos incríveis se perdem por falta de apoio?

 

 

 

 

 

Reconstruindo ideias – Uma reflexão

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Imagem de Nico Marschang por Pixabay

 

Me diz
Que melodia nunca foi executada?
Que palavra nunca foi dita
Ou que sentimentos nunca foram sentidos?
Me diz

Qual caminho nunca foi trilhado?
Ou que planos jamais foram planejados?
Ou que sonhos nunca foram sonhados?
Apenas, me diz

Que erros nunca foram repetidos?
Ou que faces jamais foram vistas?
Se tiveres a resposta
Talvez não sejas tão feliz…
Que cries então algo novo…

A vida é uma reciclagem de ideias…
Não um plágio.

Gilson Cruz

Leia também: Nova manhã – Celebrando o novo dia! ‣ Jeito de ver

 

Construindo novos dias… – Imagine!

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Imagem de Marek Ropella por Pixabay

 

Imagine a construção de um novo dia em suas mãos.

Poder selecionar tudo aquilo que poderia torná-lo ainda mais belo:

Uma casa, um lago, flores no jardim, sol e chuva –  não me vem com casamento de viúva…

Pessoas sem pressa, sem medo, sem ódio.

Imagine!

Imagine poder acrescentar um pouco mais de cor…

É interessante perceber que, mesmo sem notar, estamos constantemente construindo novos dias – mas muitas vezes, acabamos trazendo  as falhas do alicerce de ontem. Tentamos construir em cima dessas falhas, trazendo as mesmas preocupações e a urgência de chegar ao fim. Assim, o ciclo se repete, e os erros também.

Planeje dias melhores por selecionar aquilo que traga mais significado a vida e faça seus dias sobre isso.

Gilson Cruz

Leia também O Milagre da Atitude: O sentido no Cotidiano ‣ Jeito de ver

 

A difícil arte de organizar armários

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Imagem de Iván Serrano por Pixabay

Às vezes, dizem que é preciso correr na vida. Mas, pra quê tanta pressa? Ficar fazendo mil coisas, só pra no final perceber que esqueceu do principal: viver de verdade!

Viver de verdade é sentir cada momento, seja ele bom ou ruim.

Isso pede uma certa disciplina, porque dá vontade de sair atropelando tudo atrás de emoções. Mas é importante tirar um tempinho para relaxar e curtir o momento.

É claro que pensar no futuro é importante, mas não vale a pena ficar obcecado por ele e esquecer do agora.

Além das responsabilidades, é legal reservar um tempo para coisas novas: uma música diferente, um hobby, conhecer gente nova, ter experiências novas…

Que nesse tempo a gente consiga dar aquele abraço apertado, ter boas conversas e matar a saudade.

E que o trabalho não domine tanto a nossa vida a ponto de não sobrar tempo livre. É hora de organizar o armário, mas sem pressa!

 

Veja também: O Milagre da Atitude: O sentido no Cotidiano ‣ Jeito de ver

A estrada e o impossível – Caminhe! ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

O Milagre da Atitude: O sentido no Cotidiano

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Imagem de Engin Akyurt por Pixabay

 

A forma como encaramos o dia
não mudará seu curso
ou a postura das pessoas

A maneira como enfrentamos o dia
não fará as nuvens pesadas sumirem
ou o sol diminuir seu brilho
no auge de um intenso verão.

Como encaramos o dia
não fará problemas desaparecerem
como coelhos de cartolas
aos olhos maravilhados de crianças num velho circo itinerante, no interior.

O modo de encarar o dia
não fará milagres, não…

Mas, o modo como encaramos as coisas
nos ajudará a entender o tempo e as atitudes,
nos ajudará a perceber o fluxo da vida e da natureza,
e entender a verdadeira mágica em superar cada obstáculo
e  sentir então a leveza de aprender a cada dia

Entender que crescer e superar
são os milagres que aguardamos com os olhos fechados a cada noite
e despercebemos na ansiedade do dia a dia

Aprender será sempre a melhor atitude.

Gilson Cruz

Veja também A estrada e o impossível – Caminhe! ‣ Jeito de ver

 

A estrada e o impossível – Caminhe!

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Imagem de Tumisu por Pixabay

 

 

Agora a estrada é sua!

As pessoas que passam ao seu lado podem ser indiferentes ao seu estilo, à sua direção, mas independe delas o caminho a seguir.

Imagine como seria a arte, se alguém não se atrevesse a desafiar o convencional? Ou como seria alguém não tivessem dito pela primeira vez: É possível?

Sim, acreditar no impossível, ainda que ele exista, apenas limita a nossa capacidade de ousar – e às vezes, isso é tudo o que se precisa.

Ouse acreditar num projeto, ainda que outros o ignorem.

Acreditar nas razões. pois sempre haverá uma.

Acreditar no possível, pois sempre haverá um meio!

Agora, a estrada é sua – caminhe.

Trace seus planos rumo ao impossível, e se estes não forem alcançados, respire, olhe para trás, veja o quanto você já conquistou nesta estrada.

Portanto, continue!

Gilson Cruz

Leia também Retratos da vida – o que deixamos passar ‣ Jeito de ver

 

 

 

Itaberaba -Uma pedra que brilha!

À distância, as luzes pareciam estrelas que descansavam sobre a terra.

E ao passo que me aproximava,

percebia que o verdadeiro brilho

não era originário das estrelas.

Vinha também das pessoas que passavam na pressa de seus dias,

mas não esqueciam o riso em casa ou no trabalho…

Pessoas que sonhavam numa rara tarde fresca de domingo,

visitar a praça do Rosário para ouvir e contar histórias.

Saber da antiga feira e as origens do Rosarinho…

E quando a noite chegasse,

procurar o brilho que emanava distante.

Bem além dos morros, dos ares.

O brilho distante, de Itaberaba…

Como esmeraldas verdes,

ou como o colar na Terra

de apenas uma só pedra.

Uma pedra que brilha…”

Gilson Cruz

UM POUCO DE HISTÓRIA

“A história de Itaberaba remonta à Capitania de Todos os Santos nos anos 1535-1548.

Em 1768, as terras foram adquiridas por aventureiros após a venda pelos sucessores do Senhor João Peixoto Veigas.

Em 1806, Antônio de Figueiredo Mascarenhas comprou uma fazenda, onde construiu uma capela central dedicada a Nossa Senhora do Rosário.

Ao redor dessa capela, surgiu um núcleo de moradores que, em 1817, passou a ser conhecido como Orobó.

O povoado cresceu e foi reconhecido como Freguesia e Distrito de Paz de Nossa Senhora do Orobó. Em 1877, o município alcançou o status de Vila do Orobó, obtendo autonomia político-administrativa com a instalação da primeira Câmara em 30 de junho. Finalmente, em 1897, duas décadas após sua emancipação, foi elevada à categoria de cidade.”

Curiosidades: Orobó é uma árvore, mesmo que “Oribi”, a palavra também significa bumbum, ouro etc.

Saiba mais. IBGE | Cidades@ | Bahia | Itaberaba | História & Fotos

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Antiga Praça do Rosário – Extraída do Site Cultura Patrimonial

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Gilmar Fotografias & História LTDA.

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Gilmar – Fotografias & História LTDA.

Veja também  Ao mesmo lugar (onde eu possa voltar) ‣ Jeito de ver

A velha praça (um texto para te lembrar!) ‣ Jeito de ver

Poeta (Sinfonia de asas e versos)

Um poema sobre a liberdade criativa.

Imagem de Dorothe por Pixabay

 

 

O poeta quer voar

por favor, não lhe corte as suas asas

não lhe pode a sua imaginação

não lhe dê limites…

Não lhe proteja dos sonhos,

das tempestades,

do sol escaldante,

da esperança…

E se frustrarem-se  seus anseios

não lhe corte a pena…

Deixe que viva.

 

Gilson Cruz

 

Leia também O poeta ( Uma poesia simples) ‣ Jeito de ver

 

 

 

Como seria … (O Poema de um novo dia).

Alguns acreditam que a paz mundial seja um sonho. Leia o poema feito para reflexão.

Imagem de Cheryl Holt por Pixabay

Gilson Cruz

Como seria, se no novo dia,

as pessoas esquecessem as  diferenças

e aprendessem a conviver?

Como seria se

as armas fossem substituídas pelo diálogo

e as pessoas dessem as mãos?

Como seria, se no novo dia,

todas as crianças do mundo pudessem voltar a brincar nas ruas

e as bombas do lado de fora,

fossem festejos?

Como seria,

se países não tentassem expandir as suas fronteiras

e extinguir os mais fracos,

como se fossem inimigos desconhecidos?

Como seria,

se as fronteiras não existissem,

e toda a terra pertencesse a uma irmandade,

a irmandade humana?

Como seria, se no novo dia,

as culturas se encontrassem

e celebrassem a coexistência,

e não uma suposta superioridade?

Se pretos, brancos, amarelos, verdes e vermelhos

dessem as mãos,

e aprendessem a compartilhar as cores?

Como seria, se no novo dia,

não houvesse disputas ou exploração,

que as pessoas estivessem decididas a respeitar o verde

da Terra e dos mares,

e o azul do céu?

Como seria…

Como seria se, a partir do novo dia…

o homem esquecesse o ódio,

e perdoasse.

A Terra,

Sim, o mundo inteiro viveria em Paz.

Leia também A esperança (Poesia de resistência) ‣ Jeito de ver

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