Um pouco de preguiça (um poema)

Despertador. Os momentos de tédio são preguiçosos. Uma poesia sobre aproveitar o tédio.

Imagem de Jan Vašek por Pixabay

 

Momentos para contemplar

Gilson Cruz

Preguiçosa como as Segundas

O Ritmo dos Sentimentos

A ansiedade caminha,
a tristeza senta,
mas a alegria tem pressa,
não quer esperar.

O Tempo Preguiçoso

Preguiçosa
como todas as segundas,
passam as horas de angústia
e o nada se encaixa no vazio,
sem imaginação.

E os pensamentos querem voar,
voar como as horas voam
na presença da pessoa amada
e nos bons momentos.

Voar como o tempo da canção,
das notas.
E também andar,
mas sem pressa.

A Contemplação

Preguiçosamente,
contemplar também o que há de bom…

O nascer de um dia de sol,
as diferentes nuvens
de um dia de chuva.

Um bom livro,
uma boa música,
a melhor companhia,
a noite,
e o dom da vida…

 

Veja mais em A esperança (Poesia de resistência) ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

 

 

 

Poema ao amanhecer do Outono

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Imagem de wal_172619 por Pixabay

Por Gilson Cruz

A calma nas ruas

e o gosto suave do frio que se aproxima

e me trazem de volta

o sabor do encontro das estações

Flores tímidas,  nordestinas

Olhar suave de menina…

Pessoas passam nas mesmas ruas

sem contemplar o céu

sem estrelas, sem lua, sem nada

como num branco papel

A ser preenchido com letras, palavras, com lágrimas

E quando se retirar o véu…

dele brotará um sol

e ventos, do olhar que fascina

que trazem das estações, o encontro

de flores tímidas, nordestinas

onde  se escondem atrás de nuvens, estrelas

e o brilho doce do olhar de menina.

Leia também  A pequena bailarina (pequenos versos!) ‣ Jeito de ver

 

Como lidar com o luto e a perda ( Reflexão)

 

É natural que nossas emoções e memórias, sejam moldadas por figuras marcantes do nosso passado com o passar do tempo.

A saudade e as lembranças daqueles que se foram podem continuar conosco, mesmo enquanto seguimos em frente com nossas vidas.

Nossas recordações estão profundamente ligadas às emoções que experimentamos. Reviver sentimentos ligados a alguém que perdemos é uma resposta humana natural.

A nostalgia tem um papel, fazendo-nos revisitar o passado com carinho, mesmo diante dos desafios enfrentados.

E se…

A angustiante questão do “e se” é uma constante em nossas vidas.

Isso ocorre porque, junto com a saudade e as memórias, quando alguém jovem falece, tendemos a criar uma imagem idealizada, lembrando principalmente das qualidades positivas.

Por exemplo, aqueles que perdem um amor ainda na juventude tendem a idealizá-lo como perfeito, já que não vivenciaram conflitos com a pessoa amada.

Lembre-se, cada pessoa é única. Enfrentar essas experiências pode ser doloroso e as pessoas reagem de maneiras diferentes.

O que fazer então?

Não é necessário apagar ou destruir as lembranças, em atos desesperados como eliminar fotos, pertences ou objetos que remetam ao ente querido.

Tais atos podem ser uma demonstração da importância do relacionamento passado, para o bem ou para o mal, ou uma tentativa de recomeçar do zero – o que é um equívoco. Quem carrega o peso de uma história não começa do zero novamente.

Quem carrega o peso de uma história não começa do zero novamente.

O ideal é encontrar um equilíbrio entre o passado e o presente.

O que eu fazia antes que não contribuiria para um novo relacionamento?

A busca de um propósito

Procure um significado e propósito, refletindo sobre como suas emoções e talentos impactavam a pessoa, para o bem ou para o mal.

Concentre-se no que a fazia feliz – esforce-se para ser uma pessoa melhor.

Quando sentimentos do passado, que são naturais, impactam negativamente sua vida atual, buscar orientação profissional pode ajudar a explorar esses sentimentos e encontrar formas saudáveis de lidar com eles.

Lembre-se, cada pessoa é única. Enfrentar essas experiências pode ser doloroso e as pessoas reagem de maneiras diferentes.

Canalizar essas emoções para atividades produtivas, como escrever poesias, compor músicas, criar histórias ou até mesmo um site cultural, pode ser uma forma interessante de dar novo significado à importância de um ente querido.

Profissionais da área podem ajudar na gestão dessas emoções, não hesite em procurá-los.

 

Veja mais em Confira as melhores 7 dicas para superar a dor do luto (telavita.com.br)

Leia também:  Amar novamente… ( e sempre) ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

Rosa Negra – Confira o Videoclipe da canção

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Imagem de Willfried Wende por Pixabay

O vídeo da música Rosa Negra

A poética música Rosa Negra é uma composição de Ranne Ramos .

As paixões intensas, a efemeridade dos acontecimentos, a brevidade da vida e dos sentimentos, num universo de coisas infinitas.

O videoclip traduz em fotografias aquilo que se busca ao longo da vida: A Amizade, O amor, O refúgio da família e a Paz.

Um convite à contemplação.

 

Confira o vídeo no  link :

 

O vídeo musical para a música “Rosa Negra” foi criado com a assistência do CoPilot do Bing, Microsoft.

Viva e experiência.

Música: Rosa Negra

Compositor: Ranne Ramos

Intérprete: Grupo Terra

 

 

Veja também    Que tal compor a sua obra de arte? ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

 

Amar é não deixar de acreditar

“Com amor, conseguimos muito mais…”

Apesar de ser um clichê, nada poderia ser tão real quanto o senso de realização ao perceber que aquilo que amamos fazer surtiu os efeitos desejados.

O compositor sente-se orgulhoso ao ver que uma canção bem elaborada teve boa aceitação do público, assim como o poeta é alimentado pela sensação de ter emocionado corações. O professor sente-se feliz ao ver o seu aluno alcançar aquilo que ele se propôs a ensinar.

Não importa o segmento, tudo aquilo que conseguimos fazendo por amor tem um sabor diferente.

Uma das facetas do amor, descrita pelo apóstolo São Paulo na Bíblia, é “acreditar em todas as coisas”.

Aplicando de um modo diferente tais palavras, poderíamos afirmar:

Se você ama algo, aprenda, reaprenda se for preciso, tente várias vezes até encontrar a maneira correta de agir. Isso é acreditar!

Não despreze seus sonhos, mesmo que estes não o enriqueçam! Estar bem financeiramente é bom, mas enriquecer não significa estar feliz!

Se você ama alguém, aprenda, reaprenda se preciso for a ser o apoio necessário para que ambos cresçam juntos.

Relacionamentos em que os objetivos são alcançados isoladamente enfraquecem com o tempo. Dividir o entusiasmo é tão importante quanto compartilhar as frustrações. Seja o apoio, isso é acreditar!

Alcançar o sucesso é o sonho de cada pessoa, apesar dos diferentes conceitos a respeito do que seria alcançá-lo. A pessoa pode alcançar todos os objetivos traçados para a própria vida, mas seria frustrante não compartilhar com ninguém a alegria de tais conquistas.

Assim, é real afirmar que precisamos compartilhar não apenas as frustrações, mas principalmente o entusiasmo! Sim, compartilhar também é amar…

E com amor, chegamos muito mais longe!

 

Veja também  A difícil arte de organizar armários ‣ Jeito de ver

 

Ao Lado nos Belos Instantes

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Imagem de Catkin por Pixabay

 

Nos mais belos momentos de sua vida, de quem você se recordou?

Quem você gostaria que estivesse lá, ao seu lado,

contemplando o sol ao amanhecer ou o mesmo observando o despontar da lua atrás das montanhas?

Quem você gostaria que estivesse ao seu lado,

celebrando todas as conquistas,

dividindo as esperanças,

ou apenas abraçando sem motivo algum – se o amor não for o motivo?

Nos momentos mais extraordinários da vida,

de quem seria o riso, ou as palavras que você gostaria de ouvir?

De quem seriam as mãos e o rosto que você desejaria tocar?

Mesmo que pareça insano…

Ela esteve lá...sempre esteve lá.

Ela te acompanhou por todos estes momentos e em tuas alegrias ou frustrações esteve presente…

Ainda que apenas em teus pensamentos… em tuas memórias… em teus sonhos!

Gilson Cruz

 

Leia também Se pudesse voltar no tempo ‣ Jeito de ver

 

 

Poesia do Impossível (e do possível)

A silhueta de um casal e o universo.

Imagem de Victoria por Pixabay

 

Me perguntas

O que seria impossível?

Alcançar as estrelas?

Faço isso todos os dias

Ao som de tua voz

Viver sem gravidade?

É voar,

Ao som do teu canto,

do teu riso,

do teu sorriso…

Impossível

Como densas florestas

No último planeta

Ou como uma mentira Vinda do verdadeiro Deus

É despertar todos os dias

Sem lembrar teu nome

E ao longo do dia

Esquecer tua face

Mas almejar a vinda da noite

Com lua e estrelas

No cenário perfeito

Criado para nós

Me perguntas

E as demais coisas?

E as demais coisas…

Serão sempre possíveis.

 

Gilson Cruz

Leia também

O Músico e a Estrela (um breve momento) ‣ Jeito de ver

 

Poeta (Sinfonia de asas e versos)

Um poema sobre a liberdade criativa.

Imagem de Dorothe por Pixabay

 

 

O poeta quer voar

por favor, não lhe corte as suas asas

não pode a sua imaginação

não lhe dê limites…

Não lhe proteja dos sonhos,

das tempestades,

do sol escaldante,

da esperança…

E se seus anseios se frustrarem

não lhe corte a pena…

Deixe que viva.

 

Gilson Cruz

 

Leia também O poeta ( Uma poesia simples) ‣ Jeito de ver

 

 

 

O Músico e a Estrela (um breve momento)

Um texto inspirador, o romance do Músico e a Estrela.

Imagem de 1866946 por Pixabay

O músico e a estrela 🌟

Não tinha jeito, faltava algo.
As suas canções soavam sempre vazias.
Parece que nada brotava de sua mente, já exausta de tanto tentar.
Já cogitava desistir, até que num desses acidentes que só acontecem aos músicos, uma vez na vida, algo brilhante cai ao seu lado.
Ela era de fato, brilhante em todos os seus aspectos.
O sorriso lindo, a delicadeza e a inspiração que emanava de cada gesto dava a certeza de que uma estrela de verdade, caíra, bem ali.
Ele não entendia muito do que ela dizia, falava da distância, das saudades e de outros brilhos. – Aquilo o encantava!
Tudo que emanava da bela estrela se materializava em versos perfeitos e se encaixava milimetricamente em suas melodias.
Suas canções se tornaram alegres, cativantes!
Ele tinha então novidades para contar e cantar!
Delicadeza, amor, distância, inspiração – todos os temas fluíam livremente sem muito esforço!
E enquanto andavam pela noite, de perninhas machucadas, a estrelinha aproveitava cada momento em que se sentia amada e contava histórias, não se importava com o tempo. Queria mais era estender ao máximo aquele momento.

Confessava que também, lá de cima, amava as músicas e os versos do cantor…

E a luz do dia se aproximava lentamente…e eles não sabiam, tampouco se importavam, por isso, não percebiam
que as estrelas não são visíveis à luz do dia – e ela também desapareceu!
Desapareceu, e não conseguiu mais voltar!
E desde então, as músicas daquele compositor falam apenas da saudade.

Gilson Cruz

Para mais contos, leia também:

 Um romance de sol e lua ( Um conto) ‣ Jeito de ver

Que tal compor a sua obra de arte? ‣ Jeito de ver

Retratos da vida – o que deixamos passar

Gilson Cruz

A Superficialidade do Cotidiano

Falar sobre tristeza é complicado. Ouvir sobre ela pode ser ainda mais desafiador.

A rotina mecânica do dia a dia nos acostumou a buscar contentamento em coisas superficiais: a TV ligada enquanto arrumamos a casa, o rádio ao fundo com murmúrios que já não nos despertam interesse. As letras e músicas se tornaram meros acompanhamentos para nossas tarefas diárias.

É triste perceber como antigas fotografias, agora, evocam uma felicidade incerta. A lembrança da casa na praia, da família reunida, das crianças tagarelando e dos pais resmungando sob o calor intenso traz um sentimento de felicidade passada. O sol de verão, as risadas… a foto ainda é linda.

Mas o passado parece se assemelhar ao presente de maneira vívida, exceto pela ausência de alguns sorrisos na próxima foto. Assim tem sido a vida. Os momentos bons e antigos parecem congelados no tempo.

A Automação das Emoções

Vivemos de forma automática. Ignoramos aqueles e aquilo que consideramos menos relevantes no momento. Deixamos de responder a quem se importa conosco e, quando essas pessoas se vão, talvez finjamos ou realmente nos sintamos tristes.

Falar sobre tristeza não é simples. Assim como não foi para um homem que se aposentou após anos de trabalho árduo e descobriu uma doença, percebendo que talvez não desfrutaria seus últimos anos como planejara: ao lado da mulher amada, com menos preocupações, sem a angústia do hoje e a incerteza do amanhã.

Ou para um amigo que, ao sair do consultório médico, chorava e murmurava: “É a vida… o pobre vive para trabalhar. E quando velho, a cura é o buraco (a cova)!”

Sem palavras, os dois se abraçavam, incapazes de oferecer consolo além de concordar um com o outro.

Histórias Que Passam Despercebidas

Enquanto os ouvia, eu tentava encorajá-los a não desistir, embora soubesse que palavras de conforto não corrigem injustiças.

E os últimos dias deles seriam uma luta para encontrar plenitude, mesmo nos momentos finais, ao lado da amada que os acompanhou por tantos anos. Seriam dias para lembrar de um passado guardado na carteira, em uma foto preto e branco de um jovem casal, no dia do noivado, repleto de sonhos, risadas e olhares enamorados para a câmera.

Essas histórias se desenrolam todos os dias, enquanto nós, ocupados demais para pensar e demasiadamente egoístas para além de nossos próprios problemas, deixamos passar despercebidos os momentos e as pessoas. Agimos como se fossem eventos secundários na televisão, enquanto mecanicamente cuidamos das tarefas em nossas casas.

Veja mais em Vamos falar de amor? (Muito além da paixão) › Jeito de ver

© Gilson da Cruz Chaves – Jeito de Ver Reprodução permitida com créditos ao autor e ao site.