Personalização X números: O Valor de um Nome

Os nomes ganham um  significado maior com o tempo.

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“O que há em um nome? Aquilo a que chamamos rosa, com qualquer outro nome, teria igual perfume.”
Romeu e Julieta – William Shakespeare

Por Que Seu Nome Importa: Uma Viagem pela Identidade Humana

Qual é o seu nome? O que ele significa para você?

Talvez você nunca tenha pensado sobre isso, mas já se sentiu estranho ao ser chamado por um nome diferente? Quando somos crianças, isso pode não significar muito, mas conforme crescemos, ganha um novo significado.

Geralmente, não somos nós que escolhemos nossos nomes.

Nossos pais raramente consideram os significados; eles geralmente buscam uma sonoridade agradável ou desejam homenagear parentes ou celebridades.

Com o tempo, nossos nomes adquirem sentido.

Conforme adicionamos e integramos novas experiências à nossa vida, nosso nome começa a se associar de alguma forma à nossa personalidade.

“Um bom nome é melhor que um bom óleo, e o dia da morte é melhor do que o dia do nascimento.” – Eclesiastes 7:1, Bíblia Sagrada

É ao final da história que se reconhece o valor e a importância de um nome. Muitos se notabilizaram em campos significativos como cultura, arte e conquistas, enquanto outros deixaram marcas indesejáveis para aqueles que herdaram seus nomes.

Nesse contexto, o nome simboliza o resultado ou o resumo (legado) do que foi edificado através da história.

“O nome é o símbolo da coisa, o que dá substância à nossa identidade.” – Ralph Waldo Emerson

Quando nascemos, o nosso nome pode ser apenas um mero rótulo, e à medida que crescemos, as experiências e as ações acrescentam-lhe as definições.

A lembrança de nosso nome será correspondente àquilo que fizemos ao longo da vida.

Nomes mais comuns

De acordo com o Censo de 2010, realizado pelo IBGE, a população brasileira atingia, na época, 200 milhões de habitantes, com mais de 130 mil nomes diferentes. Naquele momento, 1.326 indivíduos com o nome Vanessa se declararam do sexo masculino e 417.512 com o mesmo nome se declararam do sexo feminino.

Os nomes mais comuns, na época, foram José (5.754.529), Maria (11.734.129), Ana (3.089.001), João (2.984.119) e Antonio (2.576.348). A lista é imensa, mas pense em cada pessoa por trás desses nomes como sendo alguém com uma história pra contar! Consegue imaginar nessa perspectiva?

Isso mesmo, os nomes carregam em si grande importância.

Vamos mais adiante.

Nomes e Números: Quando a Identidade é Silenciada

Trocar o nome de alguém era um método de dominação.

Na antiga Babilônia, era comum dar nomes aos cativos de outras nações. Um exemplo bíblico: os jovens Daniel, Hananias, Misael e Azarias receberam os nomes babilônicos Beltessazar, Sadraque, Mesaque e Abednego.

O objetivo era justamente integrá-los à cultura e aos hábitos babilônicos. Ao mudar seus nomes e educá-los na língua local, o rei Nabucodonosor buscava não apenas assimilá-los culturalmente, mas também fazê-los abandonar suas identidades e tradições judaicas, promovendo lealdade à Babilônia e à sua religião.

Substituir nomes por números: método para despersonalizar as pessoas.

Durante a pandemia de COVID-19 (2019-2021), cerca de 600 mil pessoas morreram no Brasil (cerca de 15 milhões no mundo).

Os números frios das estatísticas não eram capazes de descrever a dor e o sofrimento das pessoas que perdiam seus entes queridos, enquanto alguns membros do governo brasileiro desencorajavam o uso de máscaras e a vacinação.

O uso de números para despersonalizar era também uma estratégia do nazismo.

A maioria das vítimas eram judeus, identificados por números tatuados em seus braços. Essa prática negava-lhes a sua identidade pessoal, reduzindo-os a uma sequência numérica, eliminando seus nomes, suas histórias e suas individualidades.

Além disso, marcar os prisioneiros desta forma simbolizava o controle total dos nazistas sobre suas vítimas, reduzindo-as a objetos ou estatísticas, em vez de seres humanos.

Com esses detalhes, como entender a seguinte notícia? “Um ano do genocídio em Gaza: bombas de Israel já mataram mais de 52 mil palestinos.” (A verdade.org)

O número frio das estatísticas despersonaliza as vítimas e suas histórias.

Muitas pessoas podem ter um nome “igualzinho ao seu”, é verdade. Mas, não se esqueça: você é quem dará um novo significado ao seu nome.

Sim, é importante pensar no nome que se leva, mas é ainda mais importante pensar no nome que se faz.

“Alguns nomes podem ser armadilhas para a identidade, enquanto outros revelam profundidades que nem mesmo os donos compreendem.”

– Friedrich Nietzsche

Conclusão:

O nome de uma pessoa é mais do que uma simples combinação de letras; ele é a soma de histórias, significados e experiências que ajudam a construir nossa identidade.

No início, somos apenas mais um na multidão de nomes e números, mas, com o passar do tempo, cabe a nós dar vida e significado ao nome que carregamos.

É pelas nossas ações, conquistas e pelo legado que deixamos que nosso nome se destaca e faz a diferença. Afinal, como Nietzsche sugere, alguns nomes escondem profundezas que nem seus donos compreendem.

No final, o que realmente importa não é apenas o nome que recebemos, mas o nome que fazemos e as histórias que criamos com ele.

Leia também  A soma dos dois (o abraço dos números) ‣ Jeito de ver

Lista de prenomes mais comuns no Brasil – Wikipédia, a enciclopédia livre

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O problema são esses cachorros…

Imagem de Dorota Kudyba por Pixabay

As ruas estão cheias de cachorros!

Me surpreende que, em um desses dias, encontrei uma gangue composta de mais de 12 cães andando pelas ruas, aterrorizando as latas de lixo indefesas, em busca de alimento!

Passaram por mim e nem me deram bola… seguiram determinados em seus caminhos!

Passei a me lembrar de uma dessas histórias que acontecem e mudam as nossas vidas…

Precisamente, no dia 19 de fevereiro de 2019, enquanto trabalhava em um bairro distante, encontrei uma cachorrinha, SRD, deitada junto ao meio-fio.

Ela estava desnutrida, frágil, cheia de pulgas, carrapatos e verminoses – não conseguia levantar de tão fraca que estava!

Pedi um pano a um vizinho, envolvi-a com delicadeza para não machucá-la e a levei para casa. Minha filha, então com dez anos de idade, deu-lhe o nome de Jennya.

Uma sobrinha experiente em cuidados com animais retirou pacientemente os carrapatos e deu-lhe um banho para eliminar as pulgas.

As perninhas fracas, a falta de vontade de se alimentar e o diagnóstico da veterinária: “Ela está praticamente sem sangue!”

Além dos remédios e alimentação, aquela criaturinha exigia bastante tempo!

E enquanto era pequenina, ao recuperar as energias, corria atrás da bola pela casa, escondia meus sapatos e me observava enquanto eu escrevia textos no velho computador.

Criaturinhas pequenas costumam ser lindas e despertam em nós aquele amor por um ser tão ingênuo e desajeitado!

Mas, bichinhos crescem e desenvolvem traços de personalidade! E costumam exigir atenção!

Mas, por quê? Cachorrinhos amam incondicionalmente!

Eu não entendia e, depois de um certo tempo, pensei em doá-la para quem tivesse melhores condições de cuidar da jovem Jennya!

A casa bagunçada, os pulos quando eu retornava do trabalho… não pareciam ter a mesma graça!

Até que um de meus irmãos me explicou o quanto os cachorros ficam tristes quando perdem o seu lar.

Sim, cachorrinhos têm sentimentos!

Demovido da ideia de doá-la, passei a entender o quanto ela gostava de estar em nossa companhia e voltei a achar engraçado que, muitas vezes, ela só queria um afago na cabecinha.

E aqueles cães, nas ruas, procuravam alimento durante o dia e, nas noites da cidade, dormiam em cantos improvisados para se esconderem do frio e da chuva! Alguns deles se recusavam a aceitar afagos, pois a rejeição traumatiza até os cachorros…

Eles não nasceram grandes e receberam cuidados até uma certa idade, mas aos olhos de seus antigos donos todo pet é lindo enquanto pequeno e descartável quando adulto…

Posso atestar esta informação numa experiência que vivi na semana passada, quando um lindo cachorro abraçou minhas pernas e se recusou a me deixar caminhar.

O medo do desconhecido, o fato de estar perdido, o desespero de experienciar a solidão e o isolamento pela primeira vez. – Sim, aquele cachorro tinha acabado de ser abandonado!

Cachorrinhos não costumam viver muito, raças pequenas podem chegar a 13 anos e raças maiores a 12 anos – pouco se comparado aos seres humanos!

A alegria na presença de um dono tem a mesma intensidade da dor do abandono!

Aquela gangue de cachorros que encontro todos os dias vagando nas ruas não é o problema, ela na verdade expõe o verdadeiro problema: As pessoas não se sentem responsáveis por seus animais de estimação.

O verdadeiro problema: As pessoas não se sentem responsáveis por seus animais de estimação.

Para essas pessoas abandoná-los não é um problema!

Não importa se um dia acreditou amá-los, se sorriu com as travessuras daqueles pequenos – todos são descartáveis!

E enquanto olho com tristeza os muitos animais nas ruas, caminho por instantes, sem sentido, sabendo que, quando se abrirem os portões da minha casa, virá correndo em minha direção a mesma Jennya.

Nessa rotina ininterrupta dos últimos cinco anos.

Veja também: Cachorros abandonados – o que fazer? ‣ Jeito de ver

Show aberto ao público – Nada é de graça!

Imagem de Pexels por Pixabay

Os alto-falantes anunciam o evento: um cantor famoso realizará um concerto na pequena cidade.

Os moradores, carentes de investimentos em esportes, saneamento e educação, ficam entusiasmados com o carisma do cantor.

Refletindo, me pergunto: se cada habitante recebesse o dinheiro que a prefeitura gastou no show, eles comprariam ingressos para assisti-lo? Confesso que não tenho certeza.

Contudo, as prefeituras no Brasil frequentemente recorrem a este expediente, e a população, que não recebeu educação para pensar criticamente, aplaude o “favor”.

Após serem atraídas pela fantasia, as pessoas retornam ao mundo real, repleto de desafios, enquanto aguardam ansiosamente pelo próximo momento de escapismo.

ANALISANDO GASTOS

Em ano eleitoral, prefeitos na Bahia aumentaram significativamente os gastos com a contratação de artistas para os festejos juninos de 2024, totalizando R$ 364 milhões para 3.356 apresentações, com um custo médio de R$ 108 mil por show, mais que o dobro do registrado em 2023.

No ano passado, 210 municípios gastaram R$ 153 milhões para 3.138 shows, com um custo médio de R$ 48,7 mil cada.

Esses dados, provenientes do Painel da Transparência dos Festejos Juninos do Ministério Público do Estado da Bahia, refletem a preocupação com a transparência nas contas públicas, embora 328 dos 417 municípios baianos tenham reportado suas despesas.

GASTOS EXTRAORDINÁRIOS

Um dos casos mais emblemáticos foi o de Banzaê, com uma população de apenas 12 mil habitantes, que gastou R$ 1,78 milhão em shows, um valor superior ao orçamento anual da prefeitura para cultura, que é de R$ 1,23 milhão.

A prefeita Jailma Dantas (PT) justificou que os gastos incluíram um convênio com o governo do estado e outras fontes de receita.

O cantor Wesley Safadão, por exemplo, foi contratado em diversas cidades, somando R$ 8,2 milhões em cachês.

Luís Eduardo Magalhães pagou R$ 1,1 milhão por uma apresentação de Gusttavo Lima, enquanto Candeias gastou R$ 6,1 milhões, evidenciando um aumento em relação aos R$ 3,4 milhões do ano anterior.

A prefeitura de Candeias defendeu que a festa gerou 2.000 postos de trabalho diretos e movimentou a economia local.

Contudo, a questão central não é apenas a legalidade dos gastos, mas sua proporcionalidade em relação ao orçamento das prefeituras e suas prioridades.

O Ministério Público ressaltou que o painel não atesta a eficiência dos gastos, mas busca promover o controle social.

SUPER CACHÊS

A prática de usar verbas públicas para altos cachês de artistas populares, como Gusttavo Lima, tem sido alvo de críticas e investigações, especialmente em um contexto em que muitos municípios enfrentam sérias dificuldades financeiras.

Recentemente, Gusttavo Lima foi investigado por seu envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro e teve bens bloqueados, mas isso não impediu que ele continuasse a faturar com shows pagos por prefeituras, que muitas vezes comprometem suas receitas em áreas essenciais como saúde e educação.

Um estudo revelou que, em 2024, o artista arrecadou R$ 12,3 milhões com prefeituras, afetando diretamente outros investimentos municipais.

Em pequenas cidades, como Mara Rosa (GO), o custo de um show de Gusttavo Lima representou 10,35% do orçamento destinado à cultura, e em Campo Verde (MT), 52,78% do orçamento para a mesma área.

CRÍTICAS

Críticas surgem de moradores e profissionais, como professores, que questionam a priorização de shows em detrimento de necessidades básicas da população.

O uso de verbas públicas para grandes shows em ano eleitoral levanta questionamentos sobre as prioridades das administrações municipais.

O “pix orçamentário” implementado pelo governo de Jair Bolsonaro, que permitiu a liberação de R$ 3,2 bilhões para as prefeituras, intensificou essa prática, dificultando a fiscalização do uso desses recursos.

Além de beneficiários em termos de entretenimento, a cultura popular e a música se tornaram ferramentas políticas, com artistas se posicionando publicamente em eventos que se assemelham a comícios.

OS FATOS

A conexão entre grandes festividades e campanhas eleitorais reforça a prática do “pão e circo”, distraindo a população de problemas urgentes como investimentos em saúde, educação e infraestrutura.

É evidente que a realização de grandes eventos pelas prefeituras não representa um benefício para a população, mas uma tática para desviar fundos que poderiam ser melhor empregados em serviços essenciais.

Dada a escolha, muitos cidadãos prefeririam avanços nos serviços públicos em vez de celebrações. Portanto, sob o disfarce de generosidade, os cidadãos são frequentemente ludibriados.

Veja mais:

Propaganda musical e Empobrecimento cultural ‣ Jeito de ver

Cachês pagos por shows no interior são alvo de denúncia e levam prefeituras aos tribunais; veja casos (terra.com.br)

Shows de Gusttavo Lima consomem até 50% de orçamento de cultura de pequenas cidades (iclnoticias.com.br)

Os Riscos das bets no Futebol

As bets foram projetadas para beneficiar as bancas.

Imagem de Dinh Quan por Pixabay

Os Riscos das Casas de Apostas Esportivas no Futebol

O Crescimento das Apostas Esportivas

Nos últimos anos, o mundo das apostas esportivas tem experimentado um crescimento sem precedentes.

As casas de apostas estão cada vez mais presentes no futebol, oferecendo promoções atraentes e inúmeras oportunidades de aposta.

Segundo o site Exame, o Brasil tem hoje 300 empresas especializadas no mercado de apostas esportivas, as populares bets.

Com a regulamentação da lei 14,790/23 estas ganharam impulso e seus nomes estão ligados a toda espécie de patrocínios imaginários, desde programas de Televisão a Clubes de Futebol.

A própria série A do Campeonato brasileiro de futebol de 2024 chama-se Brasileirão Betano 2024.

Essa indústria em expansão levanta questões sérias sobre suas implicações sociais e econômicas.

Manipulação de Resultados e Lavagem de Dinheiro

Um dos maiores riscos associados às apostas esportivas é a possibilidade de manipulação de resultados.

Quando grandes quantias de dinheiro estão em jogo, a tentação de alterar o resultado de partidas se torna uma preocupação real.

Por exemplo, o Ministério Público de Goiás investigou um esquema de manipulação de resultados em três jogos da Série B em 2023, onde jogadores foram abordados com uma oferta de R$ 150 mil para cometer pênaltis.

O esquema visava lucrar com apostas combinadas, onde as “odds ” aumentam significativamente quando eventos específicos são apostados, como pênaltis no primeiro tempo.

A ausência de um dos atletas impediu a concretização do plano, que potencialmente poderia render R$ 2 milhões.

A modalidade de apostas combinadas, com alta cotações, leva apostadores a investir grandes valores para maiores retornos.

Esse não foi o único caso de manipulação: no ano passado, um funcionário do Santos tentou uma fraude similar envolvendo o Red Bull Bragantino no Brasileirão Feminino.

A atleta envolvida recusou a proposta e denunciou o caso, resultando na demissão do funcionário responsável.

“A maioria das pessoas que se aventuram em apostas são pobres e desesperadas, e nessas circunstâncias, a aposta responsável não existe.

Lavagem de dinheiro

Além disso, as casas de apostas podem inadvertidamente facilitar a lavagem de dinheiro, permitindo que indivíduos infiltrados movimentem fundos de origem ilícita.

A falta de regulamentação adequada nesta área agrava ainda mais o problema.

Na Itália, o mercado de apostas esportivas é dominado pelas máfias Ndrangheta, Cosa Nostra e Camorra, que são acusadas de lavagem de dinheiro e manipulação de resultados, especialmente em ligas de menor expressão.

No Leste Europeu, a máfia russa atua com plataformas de apostas online e redes de “mulas”, além de subornar jogadores e treinadores.

Na Ásia, as Tríades Chinesas e a máfia japonesa Yakuza controlam a manipulação de grandes eventos esportivos internacionais como futebol, críquete e corridas de cavalos.

Na América Latina, cartéis de drogas, como o Cartel de Sinaloa no México e outros no Brasil, utilizam o mercado de apostas para lavagem de dinheiro.

A variedade de apostas disponíveis facilita essas atividades ilegais, tornando a manipulação e a lavagem mais complexas e difundidas.

A maioria das pessoas que se aventuram em apostas são pobres e desesperadas, e nessas circunstâncias, a aposta responsável não existe.

“No ano passado, mais de 300 empresas de bets movimentaram entre R$ 60 bilhões e R$100 bilhões em apostas no Brasil, quase 1% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo projeções da Strategy& Brasil, consultoria estratégica da PwC. -https://www.estadao.com.br/economia

O Impacto nas Camadas Mais Carentes da População

Além disso, as casas de apostas podem inadvertidamente facilitar a lavagem de dinheiro, permitindo que indivíduos infiltrados movimentem fundos de origem ilícita.

No ano passado, mais de 300 empresas de bets movimentaram entre R$ 60 bilhões e R$100 bilhões em apostas no Brasil, quase 1% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo projeções da Strategy& Brasil, consultoria estratégica da PwC.

As casas de apostas esportivas podem oferecer uma ilusão de renda rápida, mas a realidade é que elas frequentemente levam ao empobrecimento das populações mais vulneráveis.

Muitas pessoas, em busca de uma saída financeira, acabam se afundando em dívidas.

Os riscos são significativos, e os impactos negativos podem perpetuar um ciclo de pobreza entre as comunidades mais afetadas.

Em resumo, enquanto as apostas esportivas podem parecer divertidas, é essencial considerar os riscos envolvidos: A banca ganhará sempre!

Manipulação, lavagem de dinheiro e o empobrecimento da população são razões convincentes para se refletir antes de entrar neste mundo.

Em sua maioria, as pessoas que se arriscam em bets são pobres e desesperados, em tal situação não existe aposta responsável.

O melhor caminho é optar por formas de entretenimento que não comprometem o bem-estar social.

Veja também: Jogo do Tigrinho – Esteja disposto a perder! ‣ Jeito de ver

Entendendo o Imperialismo (Simples assim!)

A Estátua da Liberdade

Imagem de Carlos Alcazar por Pixabay

Você já percebeu que a cultura de alguns países tem uma influência tão marcante em outras culturas que, por vezes, se torna até mais popular que a original?

E por outro lado, já viu como as nações mais ricas e armadas afetam profundamente as decisões comerciais mundiais, a ponto de proibir que seus aliados façam negócios com determinados países?

Os embargos econômicos são impostos não necessariamente porque os países visados sejam ditatoriais ou agressivos, mas para forçá-los a cumprir com as exigências e interesses das potências dominantes.

As duas situações são exemplos de Imperialismo.

Neste post, vamos explorar brevemente: O que é imperialismo e quais são suas principais características?

Definindo Imperialismo

O imperialismo é a política de expansão e controle adotada por países poderosos para dominar outras nações ou territórios, geralmente por meio de conquistas militares, colonização ou influência econômica e cultural.

Essa prática, comum nos séculos XIX e XX, era e ainda é motivada por interesses econômicos, como matérias-primas e novos mercados, além de objetivos políticos e estratégicos.

O imperialismo foi responsável pela criação de vastos impérios coloniais, especialmente por potências europeias, como o Império Britânico, Francês e Belga.

As nações colonizadas frequentemente sofreram exploração econômica, repressão cultural e perda de soberania, resultando em legados de desigualdade e conflito que persistem.

Hoje, o imperialismo também se manifesta através da influência econômica e cultural de nações ricas ou corporações multinacionais sobre países menores.

Atualmente, isso acontece quando as nações mais ricas forçam as mais pobres a aceitar seus termos exploratórios.

Veja mais: O domínio pela cultura e pelo medo ‣ Jeito de ver

 

 

Queimadas no Brasil: “100% Humanas”

Bombeiro em ação.

Imagem de Matthias Fischer por Pixabay

“O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, declarou que todos os focos de queimadas florestais no Brasil são causados por ações humanas, mas ainda não há evidências de que sejam parte de uma ação criminosa organizada.

Durante uma reunião no Palácio do Planalto, ele mencionou que as investigações irão determinar se houve organização criminosa.

Agostinho destacou que a situação é crítica, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, devido à seca e baixa umidade, com muitos incêndios, inclusive com a fumaça atingindo cidades como Brasília.

Ele também mencionou que alguns estados apresentam situações suspeitas, com focos distribuídos de maneira uniforme ou em momentos de difícil controle, levantando preocupações sobre uma possível ação coordenada”. – FONTE:  G1 (globo.com)

A influência humana na degradação ambiental é evidente. Sabia que a legislação brasileira de proteção ao meio ambiente passou por alterações recentes? Vamos analisar neste post: Queimadas – 100% humanas*.

A Lei dos Crimes Ambientais (Lei 9.605/98) foi estabelecida no Brasil para proteger o meio ambiente, estipulando sanções penais e administrativas, como multas, detenção e serviços comunitários, para atividades prejudiciais ao ambiente.

Dentre os delitos definidos estão o desmatamento e queimadas ilegais, poluição, pesca e caça ilegais, tráfico de animais silvestres, destruição de áreas de preservação e contaminação de águas, além de infrações contra o patrimônio cultural e a biodiversidade.

Mudanças na lei

Propostas de alteração na legislação ambiental surgiram em 2021, visando flexibilizar as normas de licenciamento ambiental.

Incluíam a simplificação do processo, permitindo autodeclaração para licenças de alguns projetos e a redução dos prazos para emissão de licenças, o que poderia acelerar a aprovação de projetos, mas comprometer a qualidade das avaliações ambientais.

Também foram propostas isenções de licenciamento para atividades de baixo impacto, o que poderia beneficiar pequenos projetos, mas também permitir abusos.

As mudanças sugeridas abrangiam a centralização do licenciamento de grandes projetos no governo federal, o que pode padronizar critérios, mas diminuir a autonomia de estados e municípios.

Outras propostas defendiam a descentralização para “acelerar processos locais”, possivelmente com critérios menos estritos, e flexibilização na aplicação de penalidades por crimes ambientais.

Críticos alertavam que a flexibilização poderia aumentar o desmatamento e queimadas, especialmente na Amazônia, e enfraquecer a proteção ambiental.

Essas mudanças legislativas foram alvo constante de debate, pois os danos ao meio ambiente e à saúde pública podiam ser irreparáveis.

De fato, as alterações na legislação favoreceram aqueles que se beneficiam da degradação ambiental, não apenas por ganância, mas principalmente por desconsideração à saúde pública, liberando centenas de agrotóxicos banidos em outros países, enquanto consomem alimentos orgânicos.

Não surpreenderia se a ação nos incêndios recentes fosse um crime intencional.

Leia também Crimes e responsabilidades na tragédia no RS ‣ Jeito de ver

Ibama: 100% das queimadas no Brasil são ação humana, mas ainda não é possível falar em crime orquestrado | Política | G1 (globo.com)

Câmara aprova projeto que flexibiliza licenciamento ambiental no Brasil | CNN Brasil

*Queimadas acidentais são possíveis, mas neste post, analisamos as queimadas criminosas e como as alterações na legislação ambiental podem favorecer esses delitos.

Furacões – Histórias e Curiosidades

Conheça a um pouco da história dos furacões.

Por que os furacões recebem nomes de pessoas?

Arlene, Bret, Cindy, Don, Emily, Franklin, Harvey, Beatriz, Calvin, Dora, Eugene, Fernanda, Greg, Hilary, Irwin e Kenneth… a lista é extensa!

Quem são essas personalidades?

Veja a manchete a seguir:

Em 25 de junho de 2024, às 19:00, “o furacão Beryl” se formou no Atlântico Norte com uma velocidade de vento inicial de 28 km/h.

Todos os nomes mencionados referem-se a furacões.

Mas, qual é o motivo para se atribuir nomes a furacões nos Estados Unidos?

Vamos entender melhor…

Um furacão é um tipo de ciclone tropical caracterizado por ventos fortes que atingem velocidades de pelo menos 119 km/h, e é frequentemente associado a chuvas torrenciais e nuvens que se organizam em um padrão espiral.

Quando Começa e Termina a Temporada de Furacões nos Estados Unidos?

A temporada de furacões no Atlântico começa em 1º de junho e vai até 30 de novembro, impactando principalmente os EUA. Esse período foi definido com base na tendência histórica de formação de furacões, mas eles podem ocorrer fora dessas datas.

O Centro Nacional de Furacões (NHC), ligado à NOAA, é essencial na monitoração e previsão desses eventos.

Estados e cidades mais atingidos, como Flórida, Texas e Carolina do Norte, se preparam com antecedência, atualizando planos de emergência, realizando simulações de evacuação e se coordenando com agências e organizações de socorro

Como São Dados os Nomes dos Furacões?

A nomeação organizada de furacões começou nos anos 50 pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), que criou listas padronizadas para esses eventos climáticos.

Originalmente, só se usavam nomes femininos, mas nos anos 70, a OMM incluiu nomes masculinos para promover igualdade de gênero. Desde então, os nomes alternam entre masculinos e femininos.

Há uma lista de nomes para cada ano, que se repete a cada seis anos.

A OMM elabora e mantém essas listas, escolhendo nomes fáceis de reconhecer e distintos para evitar confusão.

Os nomes seguem a ordem alfabética: o primeiro furacão da temporada começa com “A”, o segundo com “B”, e assim sucessivamente.

Quando o nome de um furacão é removido?

Se um furacão é particularmente devastador ou letal, seu nome é removido das listas em respeito às vítimas e para evitar conotações negativas.

Nomes como Katrina (2005) e Sandy (2012) foram retirados após causarem grandes estragos.

As listas são periodicamente revisadas para incluir nomes mais modernos e culturalmente apropriados.

Quando um furacão provoca danos significativos ou resulta em muitas mortes, seu nome é “aposentado” para evitar confusão e insensibilidade em eventos futuros.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) é encarregada de remover esses nomes das listas e substituí-los por outros.

Nomes de furacões com impactos memoráveis são retirados para evitar associações negativas em futuros eventos climáticos.

Por exemplo, o furacão Maria, que em 2017 causou destruição em massa em Porto Rico, resultando em milhares de mortes e um impacto econômico significativo, também teve seu nome aposentado.

Novos nomes são sugeridos pelos comitês regionais da OMM, que apresentam uma lista de nomes não ofensivos e de fácil pronúncia em diversas línguas.

Retirar os nomes de furacões do uso é crucial para garantir clareza e respeito em futuras previsões e relatórios meteorológicos, prevenindo confusões e prestando homenagem àqueles impactados pelos desastres naturais mais devastadores.

Relembrando os Furacões e Tornados Mais Violentos da História

Os Estados Unidos têm uma longa história de enfrentamento de furacões e tornados devastadores, eventos climáticos que muitas vezes resultam em perdas humanas significativas e danos econômicos extensivos.

Entre os mais notáveis estão o Furacão Katrina, o Furacão Harvey e o Tornado de Joplin, cada um deixando uma marca indelével na memória coletiva do país.

Furacão Katrina (2005): Formado em agosto de 2005, o Furacão Katrina rapidamente se intensificou, atingindo a categoria 5 no Golfo do México.

Após tocar terra como um furacão de categoria 3 perto de Nova Orleans, a cidade foi devastada devido à falha dos diques, resultando em inundações catastróficas.

O Katrina causou mais de 1.800 mortes e danos econômicos estimados em 125 bilhões de dólares, tornando-se um dos desastres naturais mais caros da história dos Estados Unidos.

Furacão Harvey (2017): Em agosto de 2017, o Furacão Harvey atingiu o Texas como um furacão de categoria 4.

Harvey é particularmente lembrado pela quantidade de chuva que trouxe, resultando em inundações históricas na área de Houston.

A tempestade permaneceu praticamente estacionária por vários dias, despejando mais de 60 polegadas de chuva em algumas regiões.

Os danos econômicos foram estimados em 125 bilhões de dólares, e o evento resultou em 107 mortes.

Tornado de Joplin (2011): Em 22 de maio de 2011, um tornado de categoria EF5 atingiu a cidade de Joplin, Missouri.

Com ventos superiores a 200 mph, o tornado devastou grande parte da cidade, resultando na morte de 158 pessoas e ferindo mais de 1.000.

O Tornado de Joplin é um dos tornados mais mortais da história recente dos Estados Unidos e causou danos estimados em 2,8 bilhões de dólares.

Esses eventos sublinham a necessidade de preparação e resiliência diante de fenômenos climáticos extremos.

Os esforços de recuperação, que muitas vezes envolvem anos de trabalho e bilhões de dólares, são testemunho do impacto duradouro que esses desastres podem ter sobre as comunidades afetadas.

Interessante, não é verdade? Há um alerta porém:

ALERTA:

“Mudanças nos ventos da alta atmosfera terrestre, provocadas pelo aquecimento da superfície marítima no Oceano Pacífico Oriental, são responsáveis pelo aumento previsto na frequência de furacões nas áreas costeiras”.

Aquecimento global aumenta a frequência dos furacões – Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

Há a possibilidade do aumento de tais ocorrências.

Embora a probabilidade de eventos de grande magnitude ocorrer no Brasil seja pequena, não é impossível. A atividade humana predatória tem causado danos quase irreversíveis.

A ação baseada no conhecimento de tais fenômenos pode preservar vidas. As atividades de preservação podem salvar muito mais.

Leia também: Projetos de lei que agridem o ambiente ‣ Jeito de ver

Jogo do Tigrinho – Esteja disposto a perder!

Há cada vez mais jogos de azar. Eles não tem este nome por acaso... analise do jogo do Tigrinho.

Imagem de Tomek por Pixabay

As emoções desempenham um papel crucial no vício em jogos de azar.

Ansiedade e depressão são comuns entre os jogadores, que muitas vezes buscam alívio temporário na excitação dos jogos.

A fuga da realidade é uma motivação significativa, e as emoções negativas podem se intensificar com as perdas, alimentando um ciclo contínuo de jogo.

Os criadores de jogos de apostas exploram essas fraquezas emocionais, investindo em propagandas que sugerem uma alta probabilidade de ganho.

Influenciadores famosos também contribuem para essa ilusão, atraindo pessoas vulneráveis.

Estratégias de Vício em Jogos

Inicialmente, muitos jogos oferecem moedas de bônus para atrair jogadores.

Esses bônus são moedas demonstrativas, fazendo com que os jogadores ganhem facilmente e criando uma sensação de recompensa e facilidade. Isso ativa o sistema de recompensa do cérebro, que libera dopamina, gerando prazer.

A repetição dessas sensações leva ao vício, dificultando que as pessoas admitam que estão presas.

Entendendo o Vício

O vício em jogos é um transtorno caracterizado pela incapacidade de estabelecer limites no jogo.

As pessoas se tornam dependentes, investindo tempo e dinheiro excessivos, e mostram irritabilidade e angústia quando não podem jogar.

Um exemplo atual é o Jogo do Tigre, amplamente promovido nas redes sociais, atraindo a atenção da polícia.

Investigação do Jogo do Tigre

A Polícia Civil do Maranhão está investigando o “Jogo do Tigre” ou “Fortune Tiger”, um jogo de azar ilegal no Brasil que causa grandes prejuízos financeiros.

O delegado-geral Jair Paiva suspeita que o jogo esteja ligado a um esquema de pirâmide financeira. O objetivo das investigações é identificar mais vítimas e compreender a extensão do esquema.

Funcionamento do Esquema

O “Jogo do Tigre” recruta pessoas prometendo altos retornos financeiros.

Para pagar esses rendimentos, é necessário que novos membros entrem no grupo e façam apostas, caracterizando uma pirâmide financeira.

Prejuízos Pessoais e Casos de Suicídio

A maquiadora Jhenifer Blume foi enganada por um influenciador, Júnior André, perdendo R$ 400 e outros valores menores. Júnior, após reclamações, retirou postagens relacionadas ao jogo, mas teve seu saldo bloqueado na plataforma.

O delegado Pedro Adão confirmou três casos de suicídio no Maranhão relacionados ao “Jogo do Tigre”.

A socorrista do SAMU, Jaciaria Borgens, e Rafael Mendes, de 17 anos, que perdeu R$ 50 mil, tiraram suas próprias vidas devido a prejuízos no jogo. Sylmara Sirlene, colaboradora de uma doceria, também se suicidou após acumular dívidas com o jogo.

Operações e Apreensões

A Polícia Civil apreendeu bens da influenciadora Skarllete Mello, incluindo motocicletas, carros de luxo e um jet-ski.

A Justiça também bloqueou R$ 8 milhões de sua conta bancária. Skarllete é suspeita de divulgar jogos de azar, loteria não autorizada, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A Polícia Civil de São Paulo investiga vários influenciadores por associação criminosa, lavagem de dinheiro e delitos financeiros.

Eles utilizavam redes sociais para divulgar links para sites de jogos de azar, prometendo altos retornos financeiros e lucrando com novos cadastros.

Os jogos de azar, como o “Jogo do Tigre”, exploram as emoções humanas para prender as pessoas em um ciclo vicioso de apostas.

A Polícia Civil está empenhada em combater essa prática ilegal, mas a melhor forma de prevenir danos é evitar esses jogos.

Uma propaganda honesta diria: “Esteja disposto a perder!”, pois mais de 99% dos apostadores perdem.

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Notícias de Gaza – Uma terra sem paz

A faixa de Gaza e o massacre dos palestinos.

Na Faixa de Gaza o sofrimento .

À medida que nos acostumamos com as notícias, nossas reações iniciais de indignação, surpresa ou compaixão tendem a diminuir.

Revisando a história…

Em outubro de 2023, um ataque terrorista em uma festa rave resultou na morte de mais de mil jovens israelenses.

Por mais esquecido: O massacre em Gaza ainda não chegou ao fim.

Um princípio do direito internacional humanitário é a proporcionalidade da resposta à ameaça.

A resposta do governo de Israel excedeu amplamente esse princípio.

Vamos analisar a invasão e destruição da faixa de Gaza, na Palestina pelo exército israelense e suas consequências humanitárias e políticas.

Contexto Histórico – Opressão 

Antes do ataque que vitimou jovens israelenses, a população palestina já enfrentava severas condições de opressão.

Na densamente povoada Faixa de Gaza, bloqueios econômicos e restrições de movimento impostos por Israel afetavam drasticamente a vida cotidiana dos palestinos, limitando o acesso a bens essenciais, serviços de saúde e oportunidades de trabalho.

A infraestrutura básica em Gaza estava em ruínas, agravando a crise humanitária.

Os bloqueios econômicos tinham um impacto devastador, paralisando a já frágil economia de Gaza e resultando em altas taxas de desemprego e pobreza.

As restrições de movimento confinavam cerca de dois milhões de pessoas em um espaço pequeno e superlotado, contribuindo para um sentimento generalizado de desespero e falta de perspectivas.

A constante presença militar israelense e as operações de segurança criavam um clima de medo e instabilidade.

Essas ações causavam não apenas destruição física, mas também desestabilizavam profundamente o tecido social e psicológico da população palestina.

O Ataque Terrorista e a Reação Desmedida de Israel

Após um ataque terrorista que tirou a vida de jovens israelenses, o governo de Israel respondeu com uma grande operação militar.

Embora justificada como autodefesa, essa resposta teve consequências devastadoras para os civis palestinos.

Mais de 33 mil civis palestinos foram mortos, incluindo muitas crianças, mulheres e homens inocentes. Esses números mostram o tamanho da tragédia humana desencadeada pelo conflito. Além das vidas perdidas, hospitais e escolas fundamentais foram gravemente danificados ou destruídos.

A destruição de hospitais reduziu severamente a capacidade de atendimento médico para os feridos, aumentando o sofrimento da população. Escolas destruídas interromperam a educação de milhares de crianças, afetando o futuro de uma geração inteira.

O impacto psicológico nos palestinos que sobreviveram também é imenso.

Estudos mostram um aumento significativo nos casos de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), ansiedade e depressão entre os afetados.

Crianças são particularmente vulneráveis, exibindo sintomas de trauma que podem ter repercussões a longo prazo em seu desenvolvimento e bem-estar.

Embora Israel alegue agir em autodefesa, o princípio da proporcionalidade em conflitos armados, reconhecido no direito internacional humanitário, exige que a força usada em resposta a um ataque seja proporcional à ameaça enfrentada.

A Inércia das Nações Unidas e a Influência dos EUA

Embora as Nações Unidas (ONU) tenham condenado repetidamente os ataques na Palestina, a organização parece inerte e incapaz de agir concretamente para cessar a violência.

O Conselho de Segurança e a Assembleia Geral da ONU aprovaram várias resoluções condenando a ocupação israelense e pedindo o fim das hostilidades.

Contudo, a implementação dessas resoluções tem sido ineficaz, principalmente pela falta de consenso entre os membros permanentes do Conselho de Segurança.

A influência dos Estados Unidos é um dos fatores críticos dessa inércia.  Os EUA, historicamente aliados de Israel, têm vetado resoluções que condenam as ações israelenses ou que exigiriam medidas mais severas.

Sanções econômicas e intervenções diplomáticas que poderiam pressionar Israel a alterar suas políticas raramente são implementadas, devido ao risco de retaliação política e econômica, especialmente dos EUA, tornando a resolução do conflito uma questão geopolítica complexa.

Previsões para o Futuro e a Destruição da Faixa de Gaza

As condições atuais na Faixa de Gaza são alarmantes, com a infraestrutura quase completamente destruída devido ao conflito contínuo.

Hospitais, escolas e sistemas de saneamento sofreram danos severos, resultando em uma crise humanitária significativa. A população local lida com a falta de água potável, alimentos e medicamentos, piorando a situação já precária dos civis.

Organizações humanitárias e agências da ONU esforçam-se para entregar ajuda emergencial, mas enfrentam muitos desafios, incluindo bloqueios e restrições de acesso impostos por Israel.

A verdade é que até mesmo as Organizações Humanitárias foram alvo de ataques pelo exército israelense, sob alegações de riscos à segurança.

A comunidade internacional tem pressionado por mais assistência humanitária, mas a ausência de um cessar-fogo duradouro torna esses esforços incertos e arriscados.

Infelizmente, as previsões para o fim do conflito na Faixa de Gaza são pessimistas.

A humanidade não deve se acostumar com o terrorismo ou o massacre de inocentes!  Não é natural!

Enquanto isso nos noticiários, muitos, com a ignorância típica dos imbecilizados, gritam nas manifestações que Israel é um país cristão, e não poderiam estar mais enganados…

E mesmo que este país alegasse ser cristão, não seria o amor a principal característica dos que afirmam seguir a Cristo? – (Evangelho de João 13:35)

Israel é um País bélico e também comete atrocidades.

E não se sabe se haverá um futuro para a Faixa de Gaza…ou será apenas um local destinado a lucros de empresas de reconstruções imobiliárias… Não se sabe!

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Corpos permanecem em ruas da Cidade de Gaza em meio a ataque israelense (terra.com.br)

 

São apenas meninos jogando Futebol

A seleção brasileira perdeu o encanto, futebol é apenas um negócio.

Imagem de Pexels por Pixabay

São apenas meninos jogando futebol!

Você pode até não concordar comigo quando digo que eles amam a camisa, o país que representam na competição.

Os toques de bola curtos, a consciência da presença do companheiro ao lado e a simplicidade são evidências claras do quanto prezam o esporte e o torcedor.

O adversário joga fechado, algumas vezes até abusando da violência. Mas os meninos, tranquilos, tentam seguir o esquema tático estabelecido pelo treinador.

Manter uma seleção de jovens não é fácil.

Eles podem até empatar, e mesmo perder, faz parte do jogo, mas o que vejo é uma seleção jogando pra cima.

Fico espantado com a disposição dos garotos, pois a temporada na Europa já acabou e eles podiam estar curtindo as férias. Mas defender as cores de sua seleção é também um interesse pessoal.

A alegria do seu povo também é especial!

Não, não estou falando do que chamam de seleção brasileira de futebol.

A seleção brasileira já não encanta faz tempo.

Os meninos brasileiros sonham em entrar nos esportes com um único objetivo: jogar no futebol europeu.

E onde é que entra a seleção? A seleção brasileira é como uma vitrine para aqueles que desejam aparecer neste imenso balcão de negócios.

O prestígio adquirido pela camisa amarela ao longo do tempo, com astros como Pelé, Garrincha, Zagallo, Didi, Zico, Sócrates, os Ronaldos e muitos outros que construíram a fama do Brasil, valoriza e muito o passe daqueles que a vestem.

Então, nos primeiros anos, os meninos se esforçam como se estivessem jogando a vida em suas partidas e, antes mesmo de atingirem a maioridade, são vendidos a times estrangeiros.

Quando os jogadores são convocados, seu valor aumenta. E quando atuam como titulares na seleção, uma meta é alcançada e, com isso, um valor ainda maior é adicionado ao seu contrato.

Agora, com contratos milionários, a seleção deixou de ser uma meta e tornou-se apenas mais um compromisso neste mundo de negócios chamado futebol.

A Seleção é formada pelos melhores jogadores contratados por times europeus, em sua maioria desconhecidos em sua terra natal. Me recuso a acreditar na interferência de empresários. Seria o fim!

Mas, o fato é que os torcedores de times que atuam no próprio País não se veem representados naquele time.

Tão estranho, quanto o futebol que apresentam!

A Copa América é um pequeno torneio… como qualquer outro!

– A expressão sem palavras.

E os pequenos campeonatos são encarados como um favor a um país empobrecido por torcedores iludidos por locutores ufanistas que tentam vender uma seleção que não mais encanta.

Uma seleção de garotos mimados, que não se importam com a derrota, com atuações bizarras e com a cara de trouxa dos que ainda pagam fortunas para assistir a um futebol medíocre.

Mas, no mundo das redes sociais, o importante é fazer fotografias nos eventos e se sentir no centro do mundo!

Uma torcida muitas vezes tão verdadeira quanto a seleção que a representa. Que chora e expõe seu momento triste, íntimo, nas redes sociais para conseguir visualizações e likes.

Enquanto os derrotados saem derrotados, com as contas bancárias um pouco mais gordas…

A propósito, os meninos no início do texto, que jogam com alegria e responsabilidade, são os meninos da seleção da Espanha.

Escrevo o texto enquanto empatam em 1×1 com a valente seleção francesa na Eurocopa 2024. Sem coreografias ridículas, “não tem esse molejo necessário para ganhar uma copa” – ninguém dança melhor que os meninos do Brasil!

E lugar nenhum do mundo tem tantos dançarinos no futebol pra seguir nas redes sociais.

E que dancem sempre, entretendo quem ainda insiste em acreditar no futebol da seleção brasileira.

Ah! Acabou a partida.

A Espanha venceu a partida por 2×1.

Enquanto a cor amarela da seleção é usada em cerimônias e como adorno em caminhões, o futebol da seleção brasileira perde o prestígio mundial que já teve…

Mas, continua rica…

Muito rica…

Pobre seleção brasileira!!!

Leia a crônica a seguir: Quiprocuó Esporte Clube – Falando de futebol ‣ Jeito de ver

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