“O Congresso Nacional é a cara do povo a quem representa” é uma frase comum, mas não é exata.
O Congresso do Brasil é composto por 513 deputados, das mais variadas esferas e estados.
Estes são eleitos de acordo com partidos e propostas – e ultimamente, número de seguidores em plataformas de streaming!
DISTORÇÕES NO CONCEITO DE POLÍTICA
Em países como o Brasil, a educação política não é estimulada nas escolas.
Este pode ser um dos motivos da continuidade da falsa percepção, desenvolvida ao longo de décadas, de que o voto não é importante, que sua é apenas função de colocar as autoridades em seus postos.
Por causa desta distorção, a prática de compra e venda de votos persiste apesar de ser ilegal e é geralmente feita longe dos olhos da justiça.
-Compra de votos (art. 299 do Código Eleitoral) — Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (tre-rs.jus.br)
Algumas vezesos próprios eleitores atuam como corruptores barganhando seu apoio em troca de favores ou benefícios.
A resposta a essa conduta é a indiferença dos políticos, que uma vez eleitos, não se comprometem com promessas de campanha .
O valor do voto já foi pago e a participação popular se resume ao ato de depositar suas cédulas de dois em dois anos.
A EDUCAÇÃO – Prevenção
A educação política deveria ter um caráter preventivo.
Assim como um trabalhador é cobrado por resultados, sujeito a punições e demissão, a educação política fortaleceria a consciência de que o vereador, deputado, senador e até o presidente atuam como servidores públicos e devem ser cobrados.
A falta de tal conhecimento tem sido responsável pela idolatria e bajulação prestadas a políticos que muitas vezes atuaram contra os direitos já adquiridos.
A carência de tal educação se torna evidente quando se percebe a grande quantidade de artistas e estrelas da internet eleitos e o número de votos desperdiçados em tais atores do mundo político.
O raciocínio de que todos os velhos políticos são corruptos e que um novo seria a revolução necessária, é enganoso.
ATRIBUIÇÕES DEPUTADO FEDERAL
Examine as atribuições de um Deputado Federal, por exemplo:
. Propor, discutir e aprovar leis, que podem até mesmo alterar a constiruição.
. Aprovar ou não, as medidas provisórias do Presidente.
. Fiscalizar e controlar as ações do poder executivo, bem como os atos do presidente da república e seus ministros.
. Aprovar o orçamento da União.
. Quando há denúncias ou suspeitas de irregularidade, criar uma CPI para investigar um tema ou situação específica.
Fonte: O que faz um deputado federal? | Politize!
A IMPRODUTIVIDADE, O DESINTERESSE E AS FALSAS PAUTAS
Conhecendo as atribuições dos Deputados Federais examine a manchete no link a seguir:
28 deputados federais que propuseram só um projeto de lei por ano, ou menos, concorrem à reeleição – Estadão (estadao.com.br)
Não seria incorreto definir como “improdutivo” alguém que, num período de quatro anos não exerceu plenamente as suas funções.
Mais estranho, porém, é saber que aqueles que o elegeram NÃO acompanharam o desempenho dos seus eleitos.
Uma tática usada por políticos deste cacife é pautar questões polêmicas que os mantenham em evidência.
– Isso cria a ilusão de PARTICIPAÇÃO e REPRESENTATIVIDADE.
Aproveitando a onda dos sentimentos de revolta causados por programas jornalísitcos que exploram comercialmente a violência, surgiram candidatos cabos, tenentes, delegados, generais etc. que normalmente aparecem mais pela alcunha do que pelo desempenho.
Outros tentam se apresentar como guardiões da moral e da boa conduta, atendendo a um público mais conservador e religioso.
Examine a manchete, no link a seguir: Nikolas Ferreira vira réu após expor aluna trans de 14 anos em banheiro escolar de BH (globo.com); AGU avalia como enquadrar deputados por fake news sobre banheiro unissex (correiodopovo.com.br).
Observe, pautando assuntos que visam constranger e perseguir minorias alguns são eleitos para cargos maiores.
Na primeira manchete o político citado era vereador na segunda notícia, aparece como deputado eleito.
VERDADEIROS INTERESSES
Muitos moralistas, defendiam um governo que se provou incompetente ao lidar com a pandemia da Covid 19, e que delegou ao Congresso a função de governar enquanto fazia motociatas, carreatas,” jet-ski-atas”, “jeguiatas” e novas modalidades de campanha com uso da máquina pública.
Um mesmo governo que zombava dos que morriam da COVID 19 e que de acordo com investigações, pode estar envolvido com milícias e a venda de joias que não lhe pertenciam.
Veja mais nos links:
Presidente da bancada evangélica na Câmara defende gesto de Bolsonaro a pastores do Nordeste | CNN Brasil; Exclusivo: bancada evangélica é fiel a Bolsonaro em 89% das votações – Congresso em Foco (uol.com.br);
. A ligação do clã Bolsonaro com paramilitares e milicianos se estreitou com a eleição de Flávio | Atualidade | EL PAÍS Brasil (elpais.com)
. A mesma hipocrisia e corrupção disfarçada é também escancarada quando os políticos se unem para defender seus correligionários envolvidos em escândalos e corrupção.
A VERDADEIRA REPRESENTATIVIDADE ( mas, disfarçada é claro!)
Retornando ao ponto da representatividade, muitos são eleitos com o apoio de empresários e produtores rurais, e atuam conforme os interesses destes quando votam contra o meio ambiente e direitos trabalhistas – isso quando não são eles mesmos, os empresários!
Saiba mais nos posts abaixo:
Em cada 10 deputados federais, 6 têm atuação desfavorável ao meio ambiente, indígenas e trabalhadores rurais (reporterbrasil.org.br);
Sindicalistas protestam na porta do escritório de Mabel – Brasil 247
A EDUCAÇÃO POLÍTICA – O QUE É?
A justiça eleitoral esporadicamente divulga notas educativas sobre o poder do voto com qualidade.
Estas notas são insuficientes, uma vez que é praxe dos veículos de comunicação colocar sutilmente os interesses de patrocinadores (empresários) em forma de notícias ou denúncias.
A educação deve começar na escola.
O direito de exercer o seu voto ou de manter-se neutro, se esta for a sua decisão consciente.
Acima de tudo, desenvolver o espírito crítico para avaliar de forma honesta, se aquele que foi escolhido para representar os interesses comuns está performando para vídeos em streamings, ou se está atuando para uma sociedade mais justa.
Os corrruptos não brotam do solo… são trazidos à tona por inocentes – ou por outros corruptos!
A Rosa de Hiroshima permanece como uma lição trágica e não assimilada na história negra da humanidade.
O palco e os atores mudaram, mas a história se repete. A imposição pela força ainda é uma realidade, ignorando-se mulheres e crianças.
As convenções internacionais reconhecem o direito à defesa nacional, mas também preconizam a preservação da vida como valor supremo.
Considere este cenário:
“Quatro criminosos sequestram um avião com 200 passageiros, exigindo resgate.
Para manter a ordem e prevenir ataques futuros, um Presidente decide por uma medida extrema.
“Destruiam o avião, com todos a bordo. Garantam que os sequestradores não sobrevivam!”
Qual seria sua reação?”
Aplaudiria a eficácia em eliminar a ameaça ou estaria horrorizado com a perda de vidas inocentes?
Bombas de precisão
A guerra do Golfo Pérsico trouxe admiração pelas bombas de precisão do exército dos EUA.
O que muitos não imaginam é que tais bombas, ao atingirem o alvo, também devastam tudo ao redor.
Milhares de vidas inocentes foram ceifadas por essas “bombas inteligentes”.
Compreender a notícia implica reconhecer que, quando um veículo de comunicação noticia a eliminação de um líder do Hamas escondido em um hospital, creche ou campo de refugiados, a atenção se volta para a morte do militante, enquanto centenas de inocentes mortos ao redor são negligenciados.
Essas vidas são tratadas como dispensáveis, sacrificáveis sem lamento.
O Preço da Guerra
Quanto aos valores na indústria da guerra, não é exagero afirmar que tanto indivíduos quanto nações investem mais naquilo que consideram mais valioso. Contudo, resta a questão: quais são esses valores?
Muitos sofrem com a fome. Seria imprudente assumir que os países investem mais em armamentos do que em educação?
O valor da vida
No tocante aos valores, qual é o valor de uma vida? Como reagimos às inúmeras vítimas da fome e violência na África e América do Sul? Como os massacres na Europa e América do Norte influenciam nossos sentimentos? E como diferenciamos nossas emoções em relação aos massacres de crianças e jovens israelenses ou palestinos?
Se valorizarmos a vida de um branco mais do que a de um indígena, de um asiático ou de um negro, então as razões para a guerra, por mais triviais que sejam, já foram reveladas – por mais equivocados que estejamos.
As mudanças necessárias
Diz-se que as mudanças mais significativas ocorrem dentro do ser humano. E são muitas as transformações que vivenciamos ao longo da vida.
Ou pastores religiosos que enriquecem, enquanto seus fiéis passam fome física e espiritual!
Pensem nas rosas
A lembrança da rosa de Hiroshima no passado, lembram rosas diferentes no Haiti, Iraque, Afeganistão, da Ucrânia, da Rússia, de Israel, Gaza… e nos lugares esquecidos.
O mundo inteiro estava na expectativa da Copa do Mundo, que seria realizada na Espanha.
A Argentina vinha como campeã do último torneio, realizado em seu próprio País, mas a Alemanha, campeã de 1974, viria forte, assim como a Italia, a União Soviética e a Seleção brasileria sob o comando de Telê Santana eram times excelentes!
A seleção brasileira já não sentia o gosto de um título mundial desde 1970, quando a seleção montada por João Saldanha, e então, sob o camando de Zagalo encantara o México vencendo o torneio, levando o Tricampeonato Mundial ( 1958, 1962 e agora 1970).
Não havia mais Pelé, Carlos Alberto, Félix. Gérson, Tostão, Jairzinho, Clodoaldo e aqueles outros gênios. Agora, novos gênios vestiam a camisa da seleção: Waldir Peres, Leandro, Oscar, Luizinho e Junior; Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico; Serginho (Paulo Isidoro) e Éder. – Nomes pra ninguém botar defeito!
Na hora das partidas, os alunos eram liberados da escola, torcer pelo seleção canarinho, como dizia um samba da época.
As primeiras partidas.
A união Soviética, tinha um dos melhores goleiros da época e fez o primeiro gol numa falha de Waldir Peres.
Mas, aquela seleção tinha o que se costumava chamar de “futebol arte”, o saber jogar de modo belo e eficiente.
No gol de empate o Dr. Sócrates colocou a bola onde nem três Dassaev‘s (goleiro russo) conseguiriam chegar.
O gol de virada foi um dos lances mais belos da copa. Falcão enganou a zaga soviética deixando a bola passar por entre as pernas, Éder disparou um míssil que se acerta o goleiro – certamente, teríamos um óbito naquela Copa!
O Brasile desfilou um belo 4X1 sobre a Escócia e deu um show de 4X0 na Nova Zelândia.
Enfim, viria a campeã da última Copa – a Argentina!
O Brasil jogou muito mais do que se esperava e os hermanos nem sentiram o cheiro da bola!
Jogando com toques de bola rápidos e precisos, o Brasil enfiou 3X1 na bela Seleção Argentina.
Foi um baile!
Na falta de bola pra jogar, Maradona introduziu naquela copa de futebol, um pouco das artes marciais, ao atingir covardemente o jogador Batista com um coice no barriga!
Enfim, a partida acabara e a alegria tomava conta da pequena cidade, tão distante da Espanha.
Viria agora a Itália.
O selecionado Italiano não vinha num bom torneio.
Jogos irregulares, mas estava lá – pra enfrentar o futebol mais bonito da competição!
A partida mais importante – Um tal de Paolo Rossi
5 de Julho.
Estádio Sarriá de Barcelona.
O técnico italiano recuou o time, escalando dois especialistas em acertar as canelas de brasileiros: Gentile e Tardelli.
Paolo Rossi ficaria nos espaços gentilmente cedidos pela zaga brasileira, esperando falhas que raramente aconteceriam.
– Mas não é que naquele dia, aconteceram uma, duas, três vezes!
Num ato displicente da zaga brasileira, troca de passes, o matador se aproveitou da primeira falha e fez o primeiro. – Sócrates marcou o gol de empate!
Paolo Rossi numa nova falha da zaga… Falcão empata num golaço!
Telê Santana, tentando reduzir os espaços na defesa, troca Cerezo por Paulo Izidoro – mas, naquele dia, NADA daria certo!
Num bate e rebate na área brasileira a bola sobra justamente nos pés daquele que entraria para a história como “o carrasco do Brasil da Copa do Mundo de 1982”.
Tive a impressão que naquele dia, se o Brasil fizesse nove gols, sofreria dez! – Aquele era o dia da Itália!
Naquele bendito dia, acabaram as folgas escolares para torcer pela seleção.
Ao término da partida, lembro-me de ter sentado ao meio-fio, em frente à minha casa e chorar como um menino!
– Normal, eu realmente era um menino de Nove Anos.
Soube que mais adiante na rua, um tal de Manoel, decepcionado deu um tiro na Pobre Televisão.
Foi um dia realmente triste, um dia daqueles que ensinam que o Futebol (quando não há vendas de resultados, é claro!) é imprevisível!
O futebol arte passou a ser questionado
Ter um estilo, jogar com arte – passou a ser questionado, desde então.
O estilo Europeu da retranca, dos chutões e correria pra frente, passou a ser valorizado e defendido mesmo por especialistas!
Diziam os “sábios”: – “Adianta jogar bonito? Sem ganhar nada? Futebol tem que ser de resultados…o show se dá, quando se est´pa ganhando…”
E o futebol pragmático começou a ganhar terreno.
E a Seleção brasileira ganhou dois títulos mundiais desde então, com alguns lampejos daquele futebol.
Tragédias da seleção brasileira
Não imaginava, que um dia no futuro, veria uma seleção brasileira jogando uma Copa, dentro de casa, mais precisamente no Estádio Mineirão, Belo Horizonte, sofreria uma derrota humilhante para a Seleção Alemã.
Um 7X1 bem convincente!
Talvez, se ainda fosse uma criança como nos idos 1982, eu tivesse chorado, como fizeram os brasileiros que assistiram ao desfile da Seleção Alemã em 2014.
Não consegui chorar!
Era uma seleção medíocre, dependente dum jogador sem compromisso, mais preocupada em festas, em memes e em valorizar o próprio passe. – A seleção se tornara uma vitrine para expor e vender seus produtos, para quem os torcedores não tinham a menor importância!
A verdadeira tragédia do Sarriá não foi a derrota da Seleção com o mais belo futebol apresentado.
Foi a queda gradual da qualidade de um esporte em que se podia esperar a competição entre estilos diferentes.
A trajetória da Seleção Brasileira na Copa de 1982 – Confederação Brasileira de Futebol (cbf.com.br)
Ou, talvez, o incentivo que falta aos músicos anônimos…
O lado músico
Apaixonado por música, costumo sair às noitinhas ouvir os sons nos bares dos centros da cidade.
O som produzido por músicos ainda anônimos me atrai, esses músicos que tocam por trocados para alimentar o sonho e a família, dando o seu melhor.
Enquanto isso, clientes conversam entre si, bebem, falam de futebol, novelas, filmes, falam de tudo – menos da canção que vem do pequeno palco, cuidadosamente preparado para o artista, o cachê é pequeno – pequenas cidades significam pequenos movimentos.
Em cada canção , uma emoção diferente.
Tudo que ele aguarda são aplausos, pois bem sabem os verdadeiros músicos , são os aplausos que alimentam sonhos. E, como diz a canção, sonhos não envelhecem.
Mas, os sonhos também precisam ser alimentados com o uso correto de incentivos, também pelo poder público, que pode organizar festivais municipais e eventos culturais.
A Lei Rouanet
A lei Rouanet, de 1991, foi criada com o objetivo de incentivar e fortalecer a arte e a cultura.( Lei 8.313 de 23/12/1991).
Por quê?
Bem, apesar de muitos porquês, lembre-se:
O primeiro objetivo de um conquistador e colonizador, é sobrepor a sua cultura aos nativos – pois, a cultura é a raiz, a força de uma sociedade.
A cultura é identidade de um povo.
A música norte americana domina o mundo inteiro. Mas, não é apenas pela qualidade, há também a questão o interesse em sua divulgação.
O mesmo pode pode ser dito nas propagandas do American way of life (o modo de vida americano) por meio dos filmes hollywoodianos.
Nesta mesma linha testemunhamos a explosão K-POP ( cultura POP Sul Coreana) por meio de grupos super bem coreografados, filmes e séries.
Os Governos desses países, citados como exemplo, apoiam a cultura pois sabem que o fortalecimento da imagem vai gerar retorno, em maior exposição, resultando em um maior interesse de outros países em sua cultura e consequentemente aumento em vendas e turismo.
Dominando a cultura, será mais fácil dominar as outras coisas – principalmente o modo de pensar.
AS LEIS DE INCENTIVO À CULTURA – Um pouco de História
A lei de fomento à cultura já existe há muito tempo no Brasil, por exemplo, foi criada em 1967 uma lei que abatia do ICM qualquer gasto com gravações de artista nacionais.
Os aprovados recebiam o Selo “DISCO È CULTURA”, frase comum em quase todos LongPlays (LP’s).
O “Disco é Cultura ” – fazia parte do incentivo do Governo para disseminação da música e de artistas nacionais.
Os benefícios seriam imensos à arte, história e à economia do País.
Artistas nacionais dos mais variados estilos, eram descobertos e divulgados, numa troca cultural e econômica.
A Lei Rouanet sofrendo ataques
A lei Rouanet tinha objetivos semelhantes.
O valor que empresários investissem na cultura seria deduzido no imposto de renda.
Resultando em ganhos para o investidor, para o artista e para a cultura.
Esta foi duramenteada e distorcida por que ou não a entendiam ou talvez tivessem a intenção de enfraquecer a cultura.
Tornou-se lugar comum se referirem a artistas que faziam uso desta lei, como vagabundos, mamateiros ( termo usado para insinuar que aqueles que faziam uso da lei Rouanet eram “privilegiados”).
Alguns artistas passaram a ser humilhados por isso.
A população mal informada comprou a ideia, mas não percebeu o que acontecia nos bastidores.
Enquanto criticavam uma lei, que apesar de imperfeita era legítima, aconteciam as verdadeiras distorções.
As distorções
A crítica à Lei Rouanet tornou-se cortina de fumaça para casos escabrosos como o exemplo a seguir:
Pequenos municípios no interior do Brasil faziam contratos de shows, por valores absurdos, shows de artistas medíocres, divulgados por uma imprensa massiva como o SUCESSO do momento.
Alguns exemplos nos links. – Megacachês: Agropop surpreendido de calça curta – Outras Palavras, Sobre o desvio de recursos públicos para cachês milionários em shows de cantores Sertanejos – CTB
Distorções no Uso da Lei Rouanet
Distorções realmente aconteceram no uso da lei Rouanet, que poderia ter sido melhor usada em espetáculos e artistas em início de carreira.
Para que qualquer Lei funcione plenamente é preciso que haja o básico: HONESTIDADE!
Muitos empresários fizeram mal uso da lei, por exemplo, sob o pretexto de incentivar um novo cantor ou a arte.
Um empresário poderia declarar gastos exorbitantes. – Veja os lins no final da matéria.
Muitos políticos, empresários e mesmo artistas, fizeram mal uso desta lei, por promoverem shows de artistas agenciados por eles próprios.
Seria leviano acusar a Lei Rouanet, uma vez que as leis abordam intenções e quando alguém burla uma lei – o defeito e o crime está no fraudador!
Que moral teria um cantor que se beneficiou de contratos absurdos e vergonhosos de tal magnitude para criticar a Lei Rouanet?
PANEM ET CIRCENSES…
“Dêem Pão e Circo e o povo estará satisfeito…”
Como na canção “Panis et Circenses”, do Gilberto Gil, “as pessoas estão ocupadas em nascer e morrer “.
As pessoas estão condicionadas a achar que estão recebendo benesses de Prefeituras por receberem tais “artistas”superfaturados, não questionam o mal uso de recursos públicos.
Diferentes das plantas da canção, “cujas folhas procuram o sol e as raízes procuram no solo seus nutrientes”.
Não conseguem supor que, às vezes, quando não são vítimas, são participantes de uma fraude!
Contentam-se apenas com a ilusão de dizer ter assistido a um show de um cantor famoso, não importando a qualidade da música.
Foram condicionados a acreditar que são bons, por serem famosos e não são instruídos o bastante, para se preocupar também com os custos à saúde do município ( pois não foram educados para isso!).
E os pequenos músicos, talentos que resistem a uma sociedade míope, dão o melhor, na esperança de serem descobertos e patrocinados neste sistema já corrompido.
Que a cada canção, bem executada, espera além do pequeno cachê – espera o reconhecimento de todo artista tanto em aplausos quanto em incentivos para viver da arte e para a arte.
REVISÃO:
. Investir em festivais municipais, eventos culturais e programas de apoio é essencial para alimentar o florescimento da cultura musical local.
. Mencionou-se anteriormente a Lei Rouanet, uma iniciativa que, apesar de suas imperfeições, buscava apoiar a arte e a cultura.
. É fundamental que, em vez de difundir desinformação e estigmatizar os artistas que dela se beneficiaram, a sociedade compreenda os reais propósitos dessas leis de fomento cultural.
. Enquanto criticamos leis legítimas, distorções reais ocorrem nas sombras.
Para não esquecer:
O exemplo de pequenos municípios que gastam recursos consideráveis em shows de artistas famosos, em detrimento de áreas cruciais como Saúde e Educação, é um lembrete de como uma visão de curto prazo pode prejudicar o bem-estar da comunidade.
A música é uma força vital que transcende gêneros e fronteiras.
Os músicos anônimos nas noitinhas dos bares das pequenas cidades merecem nosso apoio e reconhecimento, pois eles carregam sonhos e constroem uma cultura rica e diversificada.
Quando não se apoia a cultura, perde-se a identidade!
O tirano
Que se referia a um povo
Como a animais
encontrava um pretexto
para a tirania.
O extremista
Conseguia os olhos do mundo
Enquanto
as crianças inocentes
Morriam…
Crimes de guerra aconteciam…
Enquanto as cores em sépia
Tomavam conta do quadro
Numa pintura de tristeza
A sede se desesperava…
E os inocentes crentes
Erguiam os olhos aos céus
Imaginando um Paraíso além…
Pois não havia mais
outra esperança.
E os senhores da Guerra
Ignoravam convenções
Inventavam novas histórias…
Enganavam seu próprio povo
Eliminavam um povo..
Os perversos sorriam
Ao passo que
nações perplexas
Se perdiam
Sem acordos, sem palavras
E a humanidade perplexa
Perecia.
Perdia-se a humanidade.
Reconhecer e valorizar os sentimentos dos outros é essencial, especialmente em relacionamentos.
O ser humano é complexo e não existe ninguém no mundo que seja isento aos efeitos de um bom elogio ou de uma boa crítica.
Precisamos uns dos outros.
O fato de alguém dizer que não importa o que outros pensam ou digam já é um indicativo do quanto isso, às vezes, importa.
Observe a experiência de um casal de namorados, na seguinte situação:
Ele estava feliz por poder representar um grupo e ser nomeado para passar algumas instruções, e celebrava aquele momento.
Quando ainda não havia celulares com câmeras (isso não faz tanto tempo assim!), ele adquiriu uma e deixou com a sua namorada, na esperança de que ela registrasse aquele momento.
Após meia hora, ele retornou e, entusiasmado, perguntou se ela conseguiu alguma fotografia.
A resposta imediata foi um balde de água fria. Ela dizia não ter feito, pois “isso era coisa de adolescente apaixonada”.
Às vezes, tememos parecer tolos e acabamos ignorando o que realmente importa para o outro.
Ela não compartilhava com ele da mesma importância para aquele momento. Estava preocupada em não parecer ridícula, ou uma adolescente apaixonada!
O registro daquele momento seria uma ação de cumplicidade, com um objetivo semelhante ao de um bom elogio.
Situações parecidas aconteciam constantemente, e no final da história, ele não tinha mais o desejo de compartilhar com ela das coisas que acreditava serem importantes.
A recíproca
Seus sentimentos em relação ao que ela acreditava ser importante também mudaram.
A resposta sincera da namorada trouxe à atenção um ponto importante: Na maioria das vezes, as respostas espontâneas refletem aquilo que pensamos e que geralmente não diríamos após respirar um pouco. Através das palavras, atraímos ou afastamos as pessoas.
A reação do namorado, de espanto e tristeza, de certo modo endossa o argumento de que precisamos de elogios sinceros e encorajamento de pessoas com quem mantemos vínculos.
Os elogios tanto animam quanto incentivam e fortalecem vínculos.
Um quadro diferente
Conheci há muitos anos um senhor de nome Agnelo, casado com D. Antonia por mais de 50 anos.
Relembro bem de uma dessas conversas, embora eu fosse um jovem de 18 anos:
“Veja você, Gilson. Quando a gente casou a gente era bem jovem… ela era linda e é até hoje essa mulher linda”.
Percebi no tom de voz, alto e rouco, uma ternura e apreço por aquela mulher que jamais mudara em seu coração.
Ela riu e, como de costume, preparou um café para a visita. E que café!
Os dois se amaram até o fim.
Este relacionamento trazia aos dois aquele frescor de juventude e de renovação a cada dia.
Ele faleceu primeiro, e ela, devido à ausência do marido, teve problemas emocionais até o fim da sua vida.
Anos após o falecimento dele, ela ainda o amava.
A admiração e os elogios mútuos mantiveram vivo o afeto entre Agnelo e D. Antonia, mesmo após décadas.
Jamais esquecera!
A importância de elogios
Se em um relacionamento, um casal não encontra motivos para elogiar o companheiro, esse relacionamento estará fadado ao fracasso.
Elogiar não significa inventar qualidades ou bajular. Entre as muitas definições estão prestigiar algo que se acha bom, louvável, algo que seja especial e que se valoriza numa pessoa.
Elogiar significa estar atento. Significa que esta pessoa é especial e que você está atento!
Todos têm defeitos, e a maioria das pessoas está ciente de que não é bem o que gostaria de ser.
Na maioria das vezes, sempre encontramos em nós “pontos em que precisamos melhorar”.
Seja alguma qualidade a ser aprimorada ou algum traço físico que não nos agrada, sempre há algo que, se pudéssemos, mudaríamos ou faríamos algum ajuste.
Num relacionamento em que se esquece de elogiar as qualidades, é muito mais fácil enxergar e se apegar aos defeitos.
Quando se enaltece as qualidades, os defeitos se tornam menores e menos importantes.
E quando isso não acontece, pode-se dizer que algo acabou e não foi percebido, e como diz a música:
“Se a gente não consegue rir um do outro, meu bem… então, o que resta é chorar…” (O Vento, Los Hermanos)
Realmente, lidar com sentimentos e relacionamentos pode não ser fácil, mas podemos descomplicar por tentar olhar para o outro do modo como queremos ser vistos:
Pelas coisas boas que temos e nos esforçamos em ser.
“Nestes versos tão singelos, minha bela, meu amor Pra você quero contar O meu sofrer e a minha dor…”
Os versos iniciais da canção “Tristeza do Jeca” (1918) traduzem claramente o sofrimento de alguém sereno e nostálgico.
Usando uma linguagem doce e poética, o autor nos envolve num sentimento puro de tristeza, de amor e saudade, daquele que vive afastado dos grandes centros.
Uma curiosidade sobre esta música, é que o autor Angelino Oliveira não era um sofredor, morador do campo. Ele era dentista, escrivão de polícia e dono de loja.
As canções conhecidas como caipiras se destacavam em interpretações em duas vozes, perfeitamente afinadas.
De temas que iam desde doces histórias de amor a tragédias, de “causos engraçados” a amores traídos…
Das agruras causadas pelas secas, como na comovente canção Pingo d’água (1944), interpretada por Raul Torres e Florêncio até a desilusão em canções como As andorinhas (1985) , interpretada pelo Trio Parada Dura.
De histórias tristes como em “O Menino da Porteira”( 1955) até a solidão em “O menino da Gaita” versão de Sérgio Reis em 1972, para “El chico de la armônica”, de Fernando Arbex.
A histórias trágicas era cantadas em canções como “Chico Mineiro”(1945) e Cabocla Tereza, de 1940.
E como não lembrar as canções de amor?
“No quilômetro 45 da Castelo, pra quem vai no sentido interior, quem olhar para a direita, ver um portão amarelo. É ali, é ali que mora o amor…” – Lindos versos da canção Km 45.
Ou mesmo, como esquecer um amor, se um ” Fio de Cabelo” no paletó faz lembrar a pessoa amada?
Qual o início da música caipira no Brasil?
Cornélio Pires (1884-1958) um pesquisador, escritor, compositor e também humorista decidiu espalhar os costumes da vida caipira em forma de música.
Alguns atribuem a ele a criação da música caipira. O fato, é que ele é o precursor do estilo.
A música caipira teve início no Brasil no final da década de 1920, aproximadamente em 1929.
As letras simples e poéticas contrastavam a vida na zona rural com a vida na cidade.
Quais os músicos mais conhecidos?
Quais os principais representantes deste estilo (o caipira) no Brasil?
As canções caipiras, tinham como principais expoentes os incríveis Tonico e Tinoco – que encantavam pela afinação perfeita. Outras duplas tais como Tião Carrero e Pardinho, para muitos a melhor de todas, Zico e Zeca, Zé Carreiro e Carreirinho, Belmonte e Amaraí, Chitãozinho e Xororó para citar apenas algumas tiveram grande importância na história da Música Caipira/Sertaneja.
As transformações…
A música caipira passou por transformações, sendo identificada mais tarde como música sertaneja, neo-sertanejo, sertanejo universitário e agora o Agronejo.
Com o tempo, em especial no início da década de 1980 até fins da década seguinte, o sertanejo passou a se apresentar numa nova roupagem.
Com maior influência do Country dos Estados Unidos, as canções, agora chamadas Sertanejas, se assemelhavam bem às canções POP da época e se diferenciavam por serem executadas por duplas, na maioria, românticas.
A temática de muitas canções era o amor, paixões frustradas, a objetificação da mulher, paixões triviais e músicas para festas de peões de boiadeiro – distanciando da temática original campo.
A ” febre sertaneja” dominou o País e as rádios executavam sem parar duplas originais e clonadas! – A clonagem era assunto na época! (risos)
O Sertanejo Universitário
Mais tarde, o o sertanejo já então transformado nas década de 1980 e 1990, bem mais afastado das canções caipiras de décadas anteriores, aparecia nos décadas seguintes sob a alcunha de “Sertanejo universitário“.
Como dizia um certo locutor: “o sertanejo deixou a roça, foi à universidade…e fez esse tipo de música! ”
Piadinhas à parte, se as canções sertanejas da década anterior já traziam algumas frivolidades, como na canção “Mexe, mexe” e outras feitas na medida para vender discos e animar festas, a Sertaneja universitária trazia características semelhantes, letras que em nada lembravam a simplicidade e a vida no campo e ritmo influênciado pelo POP nacional e internacional, pelo Rock, a Country Music e pelo Brega.
Seria o Sertanejo da cidade!
Abandonando as prinicpais características
Das antigas poesias a música “evoluiu” para “As mina pira, toma tequila, sobe na mesa, pula na piscina. As mina pira, pira,, entra no clima, tá fácil de pegar, Pra cima” e outras letras desse naipe que ganharam popularidade – graças, a grande investimento em divulgação!
O nome Sertanejo, seria apenas um rótulo, para categorizar as canções executadas por duplas. (Verdade algumas canções eram literalmente EXECUTADAS! risos)
É comum na indústria da música, se um cantor faz sucesso com determinado estilo, a lógica é replicar cantores e canções parecidas. As canções passaram a ser executadas por duplas que na maioria das vezes tinham a mesma voz e o mesmo estilo de cantar!
Com o apoio de empresários do agro negócio, que passaram a mandar naquilo que é POP, as rádios passaram a tocar principalmente o novo sertanejo.
A repetição e os métodos de popularização
O método da repetição e exposição fez com que as pessoas se acostumassem ao novo estilo.
Programas de TV, formadores de opinião, voluntariamente ( se quiser acreditar!) apresentavam as novidades às pessoas na sala de jantar, que ocupadas em nascer e morrer…engoliam e engolem de tudo sem questionar! Que foram moldadas a acreditar que toda novidade é boa!
E os clones, passaram a dominar as rádios e o cenário da música atual. ( Vou parar de assitir a reprise de o Clone!)
Por fim, no início da década de 2020, surgiu uma nova tendência no chamado Mundo Sertanejo: O Agronejo!
Um novo nome para um mesmo estilo
O Agronejo se caracteriza por canções com praticamente as mesmas influências ritmicas que o sertanejo universitário e letras que louvam ao agronegócio e aos grandes produtores.
Claro, que nesses louvores não falarão romanticamente, dos incentivos governamentais que o agro recebe para alimentar o mundo e que nas tragédias, como a ocorrida recentemente no Rio Grande do Sul, foram os agricultores do Movimento sem terra que ajudaram os desabrigados.
Mas, em breve, as rádios e os meios de propaganda divulgarão ainda mais o novo sertanejo, fãs clubes pagos trarão novos fãs, que popularizarão as novas canções da moda.
Mas, as pessoas na sala de jantar…consumirão – pois é a novidade! Foram condicionadas a isso!
E ainda, nos interiores, belas duplas ainda mantêm viva canções com melodias, poesias e as histórias que lembram as antigas canções de raiz – bem longe dos ouvidos e olhos dos que desprezam uma boa música.
A música caipira teve início no Brasil no final da década de 1920, aproximadamente em 1929.
As letras simples e poéticas contrastavam a vida na zona rural com a vida na cidade.
…o o sertanejo já então transformado nas década de 1980 e 1990, bem mais afastado das canções caipiras de décadas anteriores, aparecia nos décadas seguintes sob a alcunha de “Sertanejo universitário“.