Que palavras traduziriam os mais profundos desejos de um ser humano?*
Ao analisar os portais de notícias não é incomum observar com espanto por entre os destaques, as terríveis novidades a respeito do ataque do exército Israelense ao povo Palestino, numa caçada implacável aos responsáveis pelo ataque terrorista ocorrido no início de Outubro de 2023, em uma festa tecno no deserto, em que mais de mil jovens israelenses foram cruelmente assassinados.
É também impossível não indignar-se ao saber que, entre os mais de dez mil palestinos mortos na retaliação Israelense a este ataque, quatro mil são crianças e que a vasta maioria dos mortos são pessoas que nada tem a ver com o grupo Hamas..
Causa indignação perceber nos jornais manchetes que destacam a morte de um terrorista, em vez de centenas de inocentes. É quase impossível não admitir que ações de extermínio de um povo estão ocorrendo, enquanto os países têm dificuldade em conter o ímpeto de um governo tão sanguinário quanto os terroristas!
Sim, é impossível não sofrer ao saber que o suprimento de alimentos e água potável às pessoas em Gaza se tornam escassos, enquanto hospitais, escolas e campos de refugiados são bombardeados diariamente – e vidas inocentes se vão.
É triste saber que essas coisas estão também acontecendo em outros lugares enquanto os países líderes da indústria armamentista aumentam seus lucros!
Palavras de consolo
Diante de um cenário tão desolador, que palavras expressariam os mais profundos desejos de alguém, que vivenciou e ainda vivencia inúmeras tragédias?
Uma das mais belas passagens bíblicas, no livro Apocalipse capítulo 21, versos 3, 4 diz parcialmente:
” Então ouvi uma voz alta do trono dizer: “Veja! A tenda de Deus está com a humanidade; ele residirá com eles, e eles serão o seu povo. O próprio Deus estará com eles. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima e não haverá mais morte, nem haverá mais tristeza, nem choro, nem dor…” – Tradução do Novo Mundo.
As palavras no texto acima traduzem o desejo de pais, filhos e amigos que acreditam que um milagre ainda é possível!
E como diz a letra de uma canção conhecida: ” Você talvez diga que eu sou um sonhador…mas, não sou único.
Espero que um dia, você se junte a nós – e o mundo inteiro será como um! (Imagine, John Lennon – tradução livre)
As pessoas fazem o impossível para prolongar os 15 minutos de fama.
Desde plantar na mídia notícias sobre novos relacionamentos até mostrar demais numa praia, desde envolver-se em confusões até fazer tatuagens em partes íntimas – que não deveriam ser interessantes a mais ninguém.
Mas, visto que a curiosidade é algo inerente à natureza humana – a tática funciona e enquanto estiver dando certo será usada, sem nenhum pudor até que a fórmula perca o efeito e seja necessário a criação de novos métodos.
Por exemplo, os reality shows exploram ao máximo aquilo que pode gerar algum entretenimento.
A superexposição de celebridades e de pessoas polêmicas, gera bons índices de audiência.
Numa premiação de melhor reality, uma das Kardashians, do reality “Acompanhado as Kardashians” (tradução livre), que se trata de um programa de televisão que acompanha o dia-a-dia desta família, declarou:”Nossa família sabe como a televisão verdadeiramente atraente vem de pessoas reais sendo elas mesmas”… “Contando suas histórias sem filtros e sem roteiro” – completou a outra, provocando o deboche da plateia – Plateia debocha da “vida real” das superexpostas Kardashians (terra.com.br)
Outras facetas da superexposição
A superexposição pode ser observada também em notícias a respeito de políticos que para não serem postos na prateleira merecida do esquecimento, fazem declarações bombásticas, não importando quão ofensivas e falsas estas sejam.
Por exemplo, nas eleições de 2018, o partido vencedor com o apoio de voluntários, inclusive do campo religioso e midiático, se empenhou na propagação de notícias falsas – como a chamada “mamadeira fálica“.
O medo e a ignorância afetaram profundamente o resultado daquelas eleições.
Porém, uma vez eleito e sem projetos, os eleitos passaram a se destacar pelas declarações bombásticas, como as da senadora que acusou sem prova o tráfico de crianças na ilha de Marajó. – saiba mais no link:
Um detalhe interessante na notícia acima é que ela ganhou terreno inicialmente dentro de igrejas.
Por causar choque e ser divulgada por pessoas, que deveriam ser, no mínimo, sérias e honestas, os fiéis sem poder de questionamento as espalham como deveriam fazer com o que aprendem sobre Deus.
O governo eleito foi entregue aos cuidados de uma Câmara, que adquiriu superpoderes e o presidente passou aparecer em motociatas, carreatas e em um monte de bravatas.
A superexposição nestes casos, deu certo? – A resposta é sim.
O resultado das eleições seguintes não surpreendeu pelo número de falsos moralistas, de influencers e de envolvidos em polêmicas.
Os eleitos transformaram o púlpito da Câmara em palanques eternos e se apresentam para polemizar, sem nenhum projeto de futuro, que não seja garantir vantagens pessoais.
O artifício da superexposição e os riscos
A superexposição é usada com sucesso por pessoas do meio artístico e da política e pode ser danosa, principalmente a quem não está preparado para isso.
Com o avanço tecnológico e a criação das mídias sociais as pessoas passaram a postar muitas coisas a respeito de si, como viagens, localização atual e postagens de informações não recomendadas.
Fotos da hora em que despertam, fotos da hora do almoço e daquilo que estão comendo e mesmo fotos de momentos de intimidades em seus relacionamentos.
Além de problemas à saúde mental, o indivíduo pode estar fornecendo aos cybercriminosos todas as informações necessárias para um golpe.
O que muitos não sabem é que, na maioria das vezes, a superexposição de artistas e políticos, é milimetricamente calculada por acessores que sabem lucrar com venda e direitos de imagem.
O Direito à Privacidade
O Direito à Privacidade é um Direito Fundamental, previsto na Constituição Federal onde se estabelece que não deve ser violado. – saiba mais no página Direito a Privacidade e sua Importância: Guia completo e Jurídico (diegocastro.adv.br)
A experiência mostra que o respeito a privacidade não é muito comum.
Quando se passam os 15 minutos de fama, o que resta?
Para aqueles que usam a superexposição profissionalmente os lucros talvez compensem.
Mas, será que vale à pena vender a própria privacidade? Mesmo alguns que investiram profissionalmente na superexposição revelaram o stress e a possível depressão consequentes disso.
Portanto, mesmo quando alguém íntimo pede um Nude, como prova de amor, tenha bom senso.
Não é uma prova válida e pode gerar um monte de dor de cabeça no futuro, como nos casos de revenge porn ( vingança pornô), em que um namorado sai criminosamente divulgando imagens íntimas, após o fim de um relacionamento.
Embora a superexposição seja amplamente explorada e produza certa popularidade, a vida precisa significar mais que apenas os 15 minutos de fama.
Gilson Cruz
Vivemos na era da superexposição.
As pessoas fazem o impossível para prolongar os 15 minutos de fama desde plantar na mídia notícias sobre novos relacionamentos até mostrar demais numa praia, desde envolver-se em confusões até fazer tatuagens em partes íntimas – que não deveriam ser interessantes a mais ninguém.
As notícias sobre a guerra são, na maioria das vezes, distorcidas.
Apenas um lado da história é estabelecido como verdade absoluta”. – Nilson Miller
A história não julga
Acreditar que haverá um julgamento por parte da história ” é mais uma licença poética”.
A maioria dos tiranos, assassinos e ditadores viveram impunemente, descansaram em berço esplêndido e deixaram a seus descendentes, não a vergonha, mas suntuosas heranças.
Seus nomes não foram esquecidos, mas sobrenomes foram trocados e as injustiças que praticaram beneficiaram seus descendentes que usufruem graciosamente de todo o mal causado ao longo do tempo.
Quantos não foram os ladrões que deixaram seus descendentes ricos, enquanto aqueles que sofreram injustiças e foram lesados continuam presos, às mesmas condições de miséria?
Quantos enriqueceram com o tráfico e exploração de escravos, enquanto os descendentes dos mesmos são discriminados e humilhados na hipócrita sociedade atual?
Ou quantos políticos fizeram fortunas e deixaram a seus filhos, enquanto o povo que foi enganado sofre com a fome e a falta de esperança?
Ou quantos militares corruptos se beneficiaram e se beneficiam com a morte ficta? Morte Ficta? – Sim.
As bênçãos da morte ficta
Ao militar acusado e condenado por desvios de conduta, que passa a ser considerado como indigno, moralmente incompatível com o oficialato é declarada a morte ficta.
A morte em vida, em outras palavras. Como uma cena patética de novela antiga, o exército diz: “Você morreu pra mim!
(Que poderia ser traduzido: “Vai curtir a sua morte! – pois a tua viva viúva receberá os teus proventos!”)
Para entender o por quê de tais benesses convém analisar que a História da República no Brasil é repleta de golpes e tentativas de golpes. Saiba mais no Livro “O Reino que era deste Mundo”, de Marcos Costa*.
O papel da História
Não se pode colocar nas mãos da história, o poder de julgar.
À História, cabe apenas narrar os fatos conforme os relatos que prevaleceram, e escancarar na face das pessoas o quanto elas foram e continuam sendo enganadas.
Os fatos
Como será contado no futuro distante, as guerras na Ásia e no Oriente Médio?
Antes de responder a esta questão, veja o exemplo:
Em 1991, nas eleições presidenciais no Brasil, a principal rede de TV num esforço de eleger ao seu candidato, se envolveu descaradamente em manipulações de notícias, distorcendo e selecionando até mesmo partes do debate.
Uma vez eleito, a rede de Tv passou a trabalhar na imagem do presidente dando-lhe mais popularidade.
Apenas quando a incompetência do mesmo ficou exposta, com péssimos resultados na economiae corrupção, não sendo mais possível maquiar os estragos, a TV passou a noticiar os fatos “Com isenção”.
Trinta anos depois o canal de TV admitiu de modo velado ter influenciado naquelas eleições.
– A pergunta a ser feita: Será que as pessoas ainda acreditam na isenção dos meios de comunicação?
A história não julga
Bem…
As pessoas que perderam seus patrimônios, foram compensadas?
Voltando mais no tempo, analise o que aconteceu às cidades de Hiroshima e Nagasaki.
Nos dias 6 e 9 de Agosto de 1945, milhares de vidas inocentes foram apagadas da história pelo uso de bombas atômicas.
O uso daquelas bombas marcou o fim da segunda guerra mundial.
E a história “esqueceu” de compensar aquelas pessoas, assim como esqueceu de compensar as vítimas do ataque do exército japonês, habitantes da pequena cidade de Nanquim, China, onde tal exército havia cometido todas as atrocidades possíveis, em 1937.
A história limita-se a contar parte do que aconteceu e mostrar o quanto não sabemos…e não aprendemos.
No futuro, como serão lembradas as mais de trinta mil crianças mortas, assassinadas pelo exército de Israel, que insiste em exterminar um povo, sob o pretexto de combater o terrorismo?
Como será lembrado o massacre atual de palestinos – como limpeza étnica, como uma resposta a atos terroristas, como atos de vingança de um País obstinado, genocídio ou como uma guerra contra o Hamas?
O vencedor contará a sua versão e esta há de ficar nos registros, lamentavelmente, a despeito das milhares de vidas, de crianças e inocentes.
A ação de Israel conta com o apoio do País mais bélico do Mundo espalha as suas canções de guerra.
A história e os EUA
Sob o mesmo pretexto os Estados Unidos, parceiro de Israel e principal fornecedor de armas, travou guerra contra o Iraque na década de 1990, alegando haver armas de destruição em massa – o que se provou falso, como canções que narram as glórias de guerra.
A História revelou que havia interesses comerciais envolvidos. Naquela época: O petróleo.
Um dia a História talvez revele os reais interesses por trás dos conflitos atuais, revele quem se beneficiou das circunstâncias, quem foi deixado pra trás… ou se há algo mais envolvido, como interesses comerciais.
Discordar das ações de extermínio promovidas pelo exército israelense, não tornará a ninguém um antissemita.
Se preocupar genuinamente com as vítimas palestinas, não significará apoiar o Hamas, como muitos têm tentado fazer acreditar.
Todas as vidas são preciosas!
As canções de Guerra…
E de repente, as pessoas esquecem que do outro lado há ainda guerras em andamento, e que são esquecidas pelos meios de comunicação que se cansaram de tais assuntos.
Os assuntos perdem as manchetes por não serem mais “A novidade”, como músicas que perderam destaque por algo mais relevante.
E a indústria das armas continua a aumentar absurdamente seus lucros, enquanto vidas se vão – sem graça e sem pressa em meio aos escombros.
Tuca,
Menino de raiz africana
de peito aberto ao mundo
e de sonhos
Tuca, o menino
teve um sonho
e ganhou asas
Chegou às nuvens
E das nuvens
Viu o azul no mar
E mergulhou sem medo…
Nadou com os peixes
brincou com as conchas…
Mas, não andou sobre as águas…
Tuca, o menino
Ganhou o mundo
E sofreu…
Lutou,
mas amou.
Daí, sentiu saudades de casa.
E o menino voltou
de novo, às raízes
E descobriu um mundo novo.
E por aqui ficou.
Meu amigo,
O que um poeta faz, além de empregar palavras?
O poeta busca a razão e o sentimento escondidos nas entrelinhas, procura também a vida por trás dos nomes e sutilmente coloca a cada um deles no espaço, para que preencham pensamentos. O verdadeiro sentido estará na imaginação.