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O conflito entre Israel e a Palestina

Crianças palestinas. Vítimas esquecidas das guerras.

Imagem de hosny salah por Pixabay

 

Que palavras traduziriam os mais profundos desejos de um ser humano?*

Ao analisar os portais de notícias não é incomum observar com espanto por entre os destaques, as terríveis novidades a respeito do ataque do exército Israelense ao povo Palestino, numa caçada implacável aos responsáveis pelo ataque terrorista ocorrido no início de Outubro de 2023, em uma festa tecno no deserto,  em que mais de mil jovens israelenses foram cruelmente assassinados.

É também impossível não indignar-se ao saber que, entre os mais de dez mil palestinos mortos na retaliação Israelense a este ataque, quatro mil são crianças e que a vasta maioria dos mortos são pessoas que nada tem a ver com o grupo Hamas..

Causa indignação perceber nos jornais manchetes que destacam a morte de um terrorista, em vez de centenas de inocentes. É quase impossível não admitir que ações de extermínio de um povo estão ocorrendo, enquanto os países têm dificuldade em conter o ímpeto de um governo tão sanguinário quanto os terroristas!

Sim, é impossível não sofrer ao saber que o suprimento de alimentos e água potável às pessoas em Gaza se tornam escassos, enquanto hospitais, escolas e campos de refugiados são bombardeados diariamente – e vidas inocentes se vão.

É triste saber que essas coisas estão também acontecendo em outros lugares enquanto os países líderes da indústria armamentista aumentam seus lucros!
Palavras de consolo

Diante de um cenário tão desolador, que palavras expressariam os mais profundos desejos de alguém, que vivenciou e ainda vivencia inúmeras tragédias?

Uma das mais belas passagens bíblicas, no livro Apocalipse capítulo 21, versos 3, 4 diz parcialmente:

” Então ouvi uma voz alta do trono dizer: “Veja! A tenda de Deus está com a humanidade; ele residirá com eles, e eles serão o seu povo. O próprio Deus estará com eles. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima e  não haverá mais morte, nem haverá mais tristeza, nem choro, nem dor…” – Tradução do Novo Mundo.

As palavras no texto acima traduzem o desejo de pais, filhos e amigos que acreditam que um milagre ainda é possível!

E como diz a letra de uma canção conhecida: ” Você talvez diga que eu sou um sonhador…mas, não sou único.

Espero que um dia, você se junte a nós  – e o mundo inteiro será como um! (Imagine, John Lennon – tradução livre)

 

Saiba mais:

ONU: Número de civis mortos por Israel aponta algo ‘claramente errado’ | VEJA (abril.com.br)

Israel-Palestina: entenda como começou este conflito histórico centenário (correiobraziliense.com.br)

Indústria das armas dos EUA prevê maior lucro da história com ofensiva de Israel em Gaza (pragmatismopolitico.com.br)

Guerras no mundo: quantos conflitos estão ativos neste momento? | CNN Brasil

Gilson Cruz

Veja mais em Notícias de Guerras – o jogo da informação ‣ Jeito de ver

*Matéria publicada originalmente em 10/2023

Superexposição e direito à privacidade

A silhueta de alguém. De que modo a superexposição pode ser prejudicial à saúde?

Imagem de Niek Verlaan por Pixabay

 

Vivemos na era da superexposição.

As pessoas fazem o impossível para prolongar os 15 minutos de fama.

Desde plantar na mídia notícias sobre novos relacionamentos até mostrar demais numa praia, desde envolver-se em confusões até fazer tatuagens em partes íntimas – que não deveriam ser interessantes a mais ninguém.

Mas, visto que a curiosidade é algo inerente à natureza humana – a tática funciona e enquanto estiver dando certo será usada, sem nenhum pudor até que a fórmula perca o efeito e seja necessário a criação de novos métodos.

Por exemplo, os reality shows exploram ao máximo aquilo que pode gerar algum entretenimento.

A superexposição de celebridades e de pessoas polêmicas, gera bons índices de audiência.

Numa premiação de melhor reality, uma das Kardashians, do reality “Acompanhado as Kardashians” (tradução livre), que se trata de um programa de televisão que acompanha o dia-a-dia desta família, declarou:”Nossa família sabe como a televisão verdadeiramente atraente vem de pessoas reais sendo elas mesmas”… “Contando suas histórias sem filtros e sem roteiro” – completou a outra, provocando o deboche da plateia – Plateia debocha da “vida real” das superexpostas Kardashians (terra.com.br)

Outras facetas da superexposição

A superexposição pode ser observada também em notícias a respeito de políticos que para não serem postos na prateleira merecida do esquecimento, fazem declarações bombásticas, não importando quão ofensivas e falsas estas sejam.

Por exemplo, nas eleições de 2018, o partido vencedor com o apoio de voluntários, inclusive do campo religioso e midiático, se empenhou na propagação de notícias falsas – como a chamada “mamadeira fálica“.

O medo e a ignorância afetaram profundamente o resultado daquelas eleições.

Porém, uma vez eleito e sem projetos, os eleitos passaram a se destacar pelas declarações bombásticas, como as da senadora que acusou sem prova o tráfico de crianças na ilha de Marajó. – saiba mais no link:

Investigamos a violência sexual no Marajó – e não é nada do que a ministra Damares diz – Agência Pública (apublica.org);  Em culto, Damares acusa sem provas tráfico de crianças na Ilha de Marajó (globo.com).

Um público despreparado? – As consequências

Um detalhe interessante na notícia acima é que ela ganhou terreno inicialmente dentro de igrejas.

Por causar choque e ser divulgada por pessoas, que deveriam ser, no mínimo, sérias e honestas, os fiéis sem poder de questionamento as espalham como deveriam fazer com o que aprendem sobre Deus.

O governo eleito foi entregue aos cuidados de uma Câmara, que adquiriu superpoderes e o presidente passou aparecer em motociatas, carreatas e em um  monte de bravatas.

A superexposição nestes casos, deu certo? – A resposta é sim.

O resultado das eleições seguintes não surpreendeu pelo número de falsos moralistas, de influencers e de envolvidos em polêmicas.

Os eleitos transformaram o púlpito da Câmara em palanques eternos e se apresentam para polemizar, sem nenhum projeto de futuro, que não seja garantir vantagens pessoais.

O artifício da superexposição e os riscos

A superexposição é usada com sucesso por pessoas do meio artístico e da política e pode ser danosa, principalmente a quem não está preparado para isso.

Com o avanço tecnológico e a criação das mídias sociais as pessoas passaram a postar muitas coisas a respeito de si, como viagens, localização atual e postagens de informações não recomendadas.

Fotos da hora em que despertam, fotos da hora do almoço e daquilo que estão comendo e mesmo fotos de momentos de intimidades em seus relacionamentos.

Além de problemas à saúde mental, o indivíduo pode estar fornecendo aos cybercriminosos todas as informações necessárias para um golpe.

– Saiba mais no link  Quais são os efeitos da superexposição nas redes sociais? (hotmart.com).

O que muitos não sabem é que, na  maioria das vezes, a superexposição de artistas e políticos, é milimetricamente calculada por acessores que sabem lucrar com  venda e direitos de imagem.

O Direito à Privacidade

O Direito à Privacidade é um Direito Fundamental, previsto na Constituição Federal onde se estabelece que não deve ser violado. – saiba mais no página Direito a Privacidade e sua Importância: Guia completo e Jurídico (diegocastro.adv.br)

A experiência mostra que o respeito a privacidade não é muito comum.

Veja exemplos no link a seguir  “Manda Nudes”: Histórias de quem expôs a intimidade – Revide – Notícias de Ribeirão Preto e região

Os danos colaterais podem ser ainda maiores, como no caso da jovem que cometeu suicídio após ter suas imagens íntimas divulgadas.

–  RS: adolescente comete suicídio após ter fotos íntimas divulgadas na web (terra.com.br).

Infelizmente, casos assim não são raros.

Compartilhar imagens íntimas sem autorização é crime. Saiba mais Compartilhar imagem íntima sem autorização é crime; veja como denunciar – BBC News Brasil.

O que se pode fazer?

Quando se passam os 15 minutos de fama, o que resta?

Para aqueles que usam a superexposição profissionalmente os lucros talvez compensem.

Mas, será que vale à pena vender a própria privacidade? Mesmo alguns que investiram profissionalmente na superexposição revelaram o stress e a possível depressão consequentes disso.

Portanto, mesmo quando alguém íntimo pede um Nude, como prova de amor, tenha bom senso.

Não é uma prova válida e pode gerar um monte de dor de cabeça no futuro, como nos casos de revenge porn ( vingança pornô), em que um namorado sai criminosamente divulgando imagens íntimas, após o fim de um relacionamento.

A resposta é NÃO NEGOCIE A SUA PRIVACIDADE!

Em casos de divulgação de imagens íntimas, denuncie a SAFERNET, que possui vínculos com o Ministério Público Federal. – O que fazer caso alguém publique suas imagens íntimas na Internet | Exame.

Embora a superexposição seja amplamente explorada e produza certa popularidade, a vida precisa significar mais que apenas os 15 minutos de fama.

Gilson Cruz

 

Vivemos na era da superexposição.

As pessoas fazem o impossível para prolongar os 15 minutos de fama desde plantar na mídia notícias sobre novos relacionamentos até mostrar demais numa praia, desde envolver-se em confusões até fazer tatuagens em partes íntimas – que não deveriam ser interessantes a mais ninguém.

Leia também Qual o preço de uma amizade? ‣ Jeito de ver

 

O papel da imprensa e a História

Menino Palestino sobre escombros. A História não compensará as perdas. Veja o papel da história e da imprensa.

Imagem de hosny salah por Pixabay

“E as canções de Guerra continuam no ar.

As notícias sobre a  guerra são, na maioria das vezes, distorcidas.

Apenas um lado da história  é estabelecido como verdade absoluta”. – Nilson Miller

A história não julga

Acreditar que haverá um julgamento por parte da história ” é mais uma licença poética”.

A maioria dos tiranos, assassinos e ditadores viveram impunemente, descansaram em berço esplêndido e deixaram a seus descendentes, não a vergonha, mas suntuosas heranças.

Seus nomes não foram esquecidos, mas sobrenomes foram trocados e as injustiças que praticaram beneficiaram seus descendentes que usufruem graciosamente de todo o mal causado ao longo do tempo.

Quantos não foram os ladrões que deixaram seus descendentes ricos, enquanto aqueles que sofreram injustiças e foram lesados continuam presos, às mesmas condições de miséria?

Quantos enriqueceram com o tráfico e exploração de escravos, enquanto os descendentes dos mesmos são discriminados e humilhados na hipócrita sociedade atual?

Ou quantos políticos fizeram fortunas e deixaram a seus filhos, enquanto o povo que foi enganado sofre com a fome e a falta de esperança?

Ou quantos militares corruptos se beneficiaram e se beneficiam com a morte ficta? Morte Ficta? – Sim.

As bênçãos da morte ficta

Ao militar acusado e condenado por desvios de conduta, que passa a ser considerado como indigno, moralmente incompatível com o oficialato é declarada a morte ficta.

A morte em vida, em outras palavras. Como uma  cena patética de novela antiga, o exército diz: “Você morreu pra mim!

(Que poderia ser traduzido: “Vai curtir a sua morte! – pois a tua viva viúva receberá os teus proventos!”)

Exército paga pensão de R$ 22 mil à esposa de Ailton Barros (uol.com.br)

Parece absurdo? Sim, parece porque é absurdo!

Para entender o por quê de tais benesses convém analisar que a História da República no Brasil é repleta de golpes e tentativas de golpes. Saiba mais no Livro “O Reino que era deste Mundo”, de Marcos Costa*.

O papel da História

Não se pode colocar nas mãos da  história, o poder de julgar.

À História, cabe apenas narrar os fatos conforme os relatos que prevaleceram, e escancarar na face das pessoas o quanto elas foram e continuam sendo enganadas.

Os fatos

Como será contado no futuro distante, as guerras na Ásia e no Oriente Médio?

Antes de responder a esta questão, veja o exemplo:

Em 1991, nas eleições presidenciais no Brasil, a principal rede de TV num esforço de eleger ao seu candidato, se envolveu descaradamente em manipulações de notícias, distorcendo e selecionando até mesmo partes do debate.

Tudo para favorecer ao saeu candidato.

Saiba mais no link:   Lula x Collor: Como a mídia influenciou as eleições de 1989 (uol.com.br)

Uma vez eleito, a rede de Tv passou a trabalhar na imagem do presidente dando-lhe mais popularidade.

Apenas quando a incompetência do mesmo ficou exposta, com péssimos resultados na economiae corrupção, não sendo mais possível maquiar os estragos, a TV passou a noticiar os fatos “Com isenção”.

Saiba mais no link:

Governo Collor: características e fatos marcantes – Brasil Escola (uol.com.br)

Trinta anos depois o canal de TV admitiu de modo velado ter influenciado naquelas eleições.

–  A pergunta  a ser feita: Será que as pessoas ainda acreditam na isenção dos meios de comunicação?

A história não julga

Bem…
As pessoas que perderam seus patrimônios, foram compensadas?

Voltando mais no tempo, analise o que aconteceu às cidades de Hiroshima e Nagasaki.

Nos dias 6 e 9 de Agosto de 1945, milhares de vidas inocentes foram apagadas da história pelo uso de bombas atômicas.

O uso daquelas bombas marcou o fim da segunda guerra mundial.

E a história “esqueceu” de compensar aquelas pessoas, assim como esqueceu de compensar as vítimas do ataque do exército japonês, habitantes da pequena cidade de Nanquim, China, onde tal exército havia cometido todas as atrocidades possíveis, em 1937.

Os japoneses não costumam lamentar tais atos cometidos por seus exércitos! – Massacre de Nanquim – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

O futuro o que dirá?

A história limita-se a contar parte do que aconteceu e mostrar o quanto não sabemos…e não aprendemos.

No futuro, como serão lembradas as mais de trinta mil crianças mortas, assassinadas pelo exército de Israel, que insiste em exterminar um povo, sob o pretexto de combater o terrorismo?

Como será lembrado o massacre atual de palestinos – como limpeza étnica, como uma resposta a atos terroristas, como atos de vingança de um País obstinado, genocídio ou como uma guerra contra o Hamas?

O vencedor contará a sua versão e esta há de ficar nos registros, lamentavelmente, a despeito das milhares de vidas, de crianças e inocentes.

A ação de Israel conta com o apoio do País mais bélico do Mundo espalha as suas canções de guerra.

A história e os EUA

Sob o mesmo pretexto os Estados Unidos, parceiro de Israel e principal fornecedor de armas, travou guerra contra o Iraque na década de 1990, alegando haver armas de destruição em massa – o que se provou falso,  como canções que narram as glórias de guerra.

A História revelou que havia interesses comerciais envolvidos. Naquela época: O petróleo.

Um dia a História talvez revele os reais interesses por trás dos conflitos atuais, revele quem se beneficiou das circunstâncias, quem foi deixado pra trás… ou se há algo mais envolvido, como interesses comerciais.

Discordar das ações de extermínio promovidas pelo exército israelense, não tornará a ninguém um antissemita.

Se preocupar genuinamente com as vítimas palestinas, não significará apoiar o Hamas, como muitos têm tentado fazer acreditar.

Todas as vidas são preciosas!

As canções de Guerra…

E de repente, as pessoas esquecem que do outro lado há ainda guerras em andamento, e que são esquecidas pelos meios de comunicação que se cansaram de tais assuntos.

Os assuntos perdem as manchetes por não serem mais  “A novidade”, como músicas que perderam destaque por algo mais relevante.

E a indústria das armas continua a aumentar absurdamente seus lucros, enquanto vidas se vão – sem graça e sem pressa em meio aos escombros.

Gilson Cruz

O papel da imprensa e a História – Jeito de ver

E esquecemos as Guerras … ‣ Jeito de ver

* Os golpes e as tentativas de golpes já eram comuns desde o Império.

*Matéria publicada originalmente em Outubro/23

Motivos… ( Não desistir!)

Um barco em um lago.. Neste poema, a beleza que existe é um motivo para não desistir.

Imagem de Mike Goad por Pixabay

 

Por Gilson Cruz

Olha o céu
vê mais que o azul

Sinta do sol, mais que o calor
– A sensação de viver

Veja nas flores mais que meras cores
sinta a beleza

E no tempo, veja mais que idade, muito mais do que aquilo que já passou
Veja a tua hora, teu espaço.

Perceba nas linhas
muito mais que meras palavras
Tenha uma mensagem.

E nas ações
Muito além das intenções…
Um desejo de bem.

Siga em frente
haverá sempre uma razão
não desista

E se as luzes se apagam, e te esconde a face, sorria… por você

Esteja disposto a não cair
E se cair
tenha disposição de se levantar

Quantas vezes necessário for

Ah! E se apaixone…

Por uma beleza…
Por um motivo…
Por alguém…

E se as coisas não acontecerem
Perdoe
Perdoe sempre…

E tente tudo.

Tudo outra vez.

 

Leia mais em A esperança (Poesia de resistência) ‣ Jeito de ver

 

A esperança (Poesia de resistência)

Uma mensagem positiva para o dia.

Imagem de 1195798 por Pixabay

 

Não pare,
ainda há esperança
Não desista…
Ainda existe a luz
e ela resiste

Não se cale
Ainda há algo a ser dito
Não tema
A escuridão
Não é eterna,
A luz resiste

Não se esconda
Todos precisam te ver
Não corra…
Ainda não é tempo…
A tempestade parece invencível
Mas, a paz precisa resistir.

Não se esconda
Não se cal
Não pare…
Não corra.
Pois, apesar da tempestade
A flor brotou…
E ela resiste!

Gilson Cruz

Leia mais em: O tempo ( Contador de histórias) 

-Jeito de ver: Como seria … – Poema de um novo dia. › Jeito de ver

Tuca, o menino (Vida numa poesia)

Tuca,
Menino de raiz africana
de peito aberto ao mundo
e de sonhos

Tuca, o menino
teve um sonho
e ganhou asas
Chegou às nuvens

E das nuvens
Viu o azul no mar
E mergulhou sem medo…
Nadou com os peixes
brincou com as conchas…

Mas, não andou sobre as águas…

Tuca, o menino
Ganhou o mundo
E sofreu…
Lutou,
mas amou.

Daí, sentiu saudades de casa.

E o menino voltou
de novo, às raízes
E descobriu um mundo novo.
E por aqui ficou.

Meu amigo, 

O que um poeta faz, além de empregar palavras?

O poeta busca a razão e o sentimento escondidos nas entrelinhas, procura também a vida por trás dos nomes e sutilmente coloca a cada um deles no espaço, para que preencham pensamentos. O verdadeiro sentido estará na imaginação.

Gilson.

Leia mais em O tempo ( Contador de histórias) – Jeito de ver.

Poesia da saudade (Nada substitui o riso)

Alguém solitário num banco. Uma poesia sobre a Solidão.

Imagem de Melk Hagelslag por Pixabay

Num canto da sala o violão
No outro
os livros na estante imploram atenção…

Nada substitui o canto
Nada

Nada substitui o encanto…
de transformar
risos em melodias
palavras em versos

E abraços
em universos…

Nada substitui o riso
nem preenche a ausência
desse espaço, que já foi conquistado

Nada substitui
Nada preenche

Nada…

Apenas a solidão
e a incompreensão de ser feliz
com as lembranças de algo eterno.

Gilson Cruz

Leia mais Flores pobres (Sonhos interrompidos) – Jeito de ver

“Poesia Noturna” (Poesia simples)

Um casal sob o luar. Uma poesia noturna.

Imagem de Mohamed Hassan por Pixabay

Pele negra, cor da noite
Riso prata, de lua
Me conta a tua história
Esta história só tua

Com esses olhos de estrelas
N’uma noite de luar
Me conta quais são teus sonhos
p’ra que eu possa sonhar

Me fala dos teus sorrisos
Da mágoa que já passou
Do futuro que não houve
De um amor, que sempre amou

Me conta o que te inspira
O que te faz esperar
Que’ste teu riso de prata
Num riso faz acordar

Me explica, como acontece
Tanta beleza de olhar
Que essa pele da noite
um sonho faz recordar

Esse pobre poeta,
Que em teu sorriso encontrou

Olhos de luz, de estrelas
E nesse instante amou

Procura na noite, na lua
Beleza pr’a comparar
E como em sonhos, flutua
Em doces canções de ninar…

A sonhar…sonhar…

Gilson Cruz

Veja mais em: Do começo ao fim… ( Como a vida é ) – Jeito de ver.

E deixei a porta aberta (novas emoções)

A poesia do recomeço, as portas abertas...

Imagem de Hans por Pixabay

Saí
olhei a velha praça e as flores no jardim
Senti o sol morno, da Primavera
e o vento suave que vinha dos morros.
Iluminavam e abriam caminho

Os passarinhos não queriam acordar
Não cantavam por onde eu andava
Talvez percebessem a solidão
E a tristeza em meus passos
E eu contava os dias

Para esquecer um passado recente
e a esperança que morrera
no horizonte…
Para esquecer que estava só,
num mundo tão grande,
imenso

E as pessoas
que sorriam e viam o meu riso
não viam a dor em meus olhos…
Que imploravam,
ao menos uma mão
algo que desse sentido aos meus passos…

Mas, os dias passavam
e o tempo passava…

E quando na pressa de viver,
de dar sentido a tudo, 
e continuar vivendo…

Saí… na mesma direção

e abraçando a estrada, 

 deixei a porta aberta.

Gilson Cruz

Leia mais em  Motivos… ( Não desistir!) – Jeito de ver

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