O Que É, Afinal, a Liberdade?

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Liberdade e seus conceitos

A Liberdade

“Liberdade” é um conceito amplo e multifacetado, mas, em termos gerais, pode ser definida como:

A condição de poder agir, pensar e escolher de acordo com a própria vontade, sem coerção ou restrições arbitrárias, desde que isso não viole os direitos dos outros.

Ela pode ser vista de diferentes perspectivas:

  • Filosófica: a capacidade do ser humano de autodeterminar-se, tomar decisões conscientes e assumir a responsabilidade por elas.

  • Política: o direito de participar da vida pública, expressar opiniões, escolher governantes e viver sem opressão.

  • Jurídica: o conjunto de direitos garantidos por leis e constituições que protegem o indivíduo contra abusos.

  • Psicológica: a sensação interna de autonomia, de não estar preso a medos, traumas ou condicionamentos que limitam as escolhas.

Para nossa própria proteção, a liberdade não pode ser absoluta. Ela precisa caminhar lado a lado com os direitos e deveres.


O direito de todos

Imagine, então, se num planeta habitado por mais de 8 bilhões de pessoas, distribuídas em 193 países reconhecidos e dois observadores permanentes, um único indivíduo decidisse que é superior e deliberadamente resolvesse conquistar e escravizar os outros.

Ou, numa escala maior, se um país decidisse invadir nações de menor poderio militar para se apossar de terras e riquezas.

Do ponto de vista do conquistador, ele provavelmente definiria sua própria liberdade como o direito de “defender” seus interesses.

Mas, e quanto aos países violados? Para onde vai o direito à liberdade deles?

Em nome da “liberdade”, muitas justiças já aconteceram — e muitas injustiças também.


Entendendo cultura

Deste lado do mundo, muitos acreditam que no Oriente as pessoas não têm liberdade para protestar contra autoridades por medo de governos autoritários.

Tal conceito vende a ideia de que há mais liberdade no Ocidente: “aqui eu posso xingar o prefeito, o governador, o presidente”.

Mas que tal entender o outro lado?

“Respeitar os pais e os mais velhos é a raiz da humanidade.” — Os Analectos I.2
“Trate-os com seriedade e eles o respeitarão. Mostre que você honra seus pais e seu governante, e que se importa com o bem-estar daqueles que estão sob seus cuidados, e o povo lhe será leal.” — Os Analectos

Em muitos países da Ásia, a cultura é fortemente influenciada pelo Confucionismo, em que o respeito aos mais velhos é tradição — e isso se reflete no modo como lidam com as autoridades.

De fato, há relatos de países do Oriente Médio que reprimem manifestações de forma violenta.

Mas nem sempre é preciso olhar tão longe: manifestações legítimas também são suprimidas violentamente bem debaixo de nossos olhos.

Por exemplo, uma manifestação de estudantes em São Paulo, no Brasil, foi dissolvida com ação violenta da polícia.

Fonte: Brasil de Fato

Ou, como acontece atualmente nos Estados Unidos, manifestações a favor de imigrantes considerados ilegais — que estão sendo privados de liberdade e enviados a prisões degradantes — são combatidas com violência semelhante.

Liberdade apropriada

O conceito de liberdade tem sido frequentemente apropriado por pessoas que não prezam pela liberdade dos outros.

O uso de fake news para controlar pelo medo e pela desinformação é um dos recursos mais usados hoje. Outro é invocar a “liberdade” para atacar minorias ou desfavorecidos — algo que se repete através da história.

Mesmo na atualidade, ainda há quem advogue a superioridade de uma raça sobre as demais.

Cada vez mais, de modo velado, autoridades e grupos adotam ideologias que ecoam a filosofia nazista de superioridade racial. E quando alguém se considera superior, já sabemos aonde isso pode levar…

Liberdade para matar?

Chegamos então a um ponto crítico: a liberdade para matar.

Essa expressão pode chocar, não é verdade?

Muitos preferem suavizá-la como “direito à defesa”. Mas é importante lembrar: as armas foram criadas para matar, para dominar, intimidar — a defesa é apenas uma consequência.

Quando um país, atendendo ao lobby da indústria armamentista, aprova a venda de armas como itens triviais de consumo, o que fica subentendido?

Nos Estados Unidos, cerca de 120 pessoas são mortas diariamente por armas de fogo — quase 48 mil por ano.

Em tempos de ódio e polarização alimentada por fake news, a tendência é que esse número aumente.

No Brasil, pessoas foram assassinadas por estarem celebrando a vitória de um presidente eleito pela maioria.

Em outros casos, pessoas que defendem o direito de menosprezar ou excluir outras acabam sendo traídas por sua própria intolerância.

Já em outros casos, pessoas inocentes são assassinadas por supostos defensores da liberdade.

Exemplos reais

A menina Luana Rafaela, de 12 anos, morreu após ser baleada durante uma comemoração pela vitória de Lula à Presidência, em Belo Horizonte.

Ela foi uma das vítimas de Ruan Nilton da Luz, apoiador de Jair Bolsonaro, que também matou o advogado Pedro Henrique Dias, de 28 anos, e feriu outras três pessoas.

O crime, ocorrido no bairro Nova Cintra, é investigado como duplo homicídio com motivação política.

Fonte: O Globo

Na Bahia, um mestre de Capoeira foi assassinado por alguém que também dizia valorizar a Liberdade.

Fonte: Carta Capital

Recentemente, o assassinato de um influente extremista de direita repercutiu no mundo: ele foi morto por um de seus próprios seguidores.

O editorial da Gazeta do Povo lamenta o assassinato de Charlie Kirk, ativista conservador morto durante uma palestra nos EUA, e alerta para os perigos da violência política alimentada pela desumanização do adversário.

Ele defendia a execução pública e foi morto à vista de centenas de pessoas!

Fonte: Gazeta do Povo

Conclusão

Costumo dizer que alimentar o ódio é regar a semente da própria destruição.

Sociedades que usam a liberdade como escudo para normalizar discursos de ódio e facilitam o acesso a instrumentos de violência, sejam eles quais forem, estão armando as próprias forças que um dia poderão devorá-las.

Liberdade, como qualquer outro bem, deve ser bem usada — de modo civilizado e inteligente.

O ataque a minorias pode ser caracterizado como um abuso do direito à liberdade, pois o objetivo dela é a convivência.

Não haverá consenso enquanto não houver respeito mútuo.

Quando o diálogo civilizado perder o significado, surgirão os gritos de raiva. Quando os gritos perderem a força… a violência será o provável resultado.

A liberdade absoluta será sempre um conceito tolo e ilusório.

Leia também a reflexão: Presos ( Onde está a tua liberdade?) ‣ Jeito de ver

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Reflexões do Caminho (A beleza na jornada)

No final da estrada

Às vezes, só percebemos a beleza da estrada depois de percorrê-la.

O mundo carece de contemplação.

A vida carece de contemplação.

Vivemos apressados e, nessa pressa, deixamos de ver o que está ao redor

— como aqueles que sacrificam momentos, vidas e amizades para alcançar o que acreditam ser o verdadeiro sucesso.

No fim da estrada, justificam que, se tivessem parado para rir com os amigos ou se permitido ao lazer com a família, não teriam chegado onde chegaram.

Há também os que são amados e retribuem com migalhas de atenção àqueles que se sacrificaram por eles.
Reclamam do tempero da refeição, da poeira que sobrou na casa, sem enxergar o esforço que houve para agradá-los.

E há os que traem a confiança de quem os ama.

Mesmo que se negue, no final da estrada sempre faltará algo.

A contemplação.

A capacidade de amar os momentos, as pessoas e seus gestos silenciosos.

É verdade: não se levarão amigos.
O sucesso ficou para trás, e talvez nas mãos de uma descendência tão fria que não se importa com quem construiu.

Não se levarão amantes, mesmo que a esperteza de se esconder tenha ficado no caminho.

E, antes de se despedir da estrada, raramente contamos os passos —
simplesmente esquecemos o percurso.

A estrada exige atenção.

Leia também Escrever ( Os motivos da vida) ‣ Jeito de ver

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O louco e a lua (Contos de solidão)

O louco e a lua

Iluminado, sob um céu estrelado, ele se perdia entre o brilho da lua e das estrelas e o sopro do vento norte.
As pessoas diziam: “É um louco”, pois com as mesmas velhas roupas sujas, maltrapilhas, e um bastão castigado pelos anos, vivia o seu dia a andar pelas ruas da cidade.
Todos sabiam o seu nome, mas os anos pareciam não passar.

Ninguém percebia em sua face um novo traço ou em seus cabelos uma nova cor, mas sabiam que dia após dia, pelas ruas da cidade estaria ele, caminhando lentamente, como que contando seus passos…
… pois talvez não houvesse histórias pra contar.

***

Quer ler o texto completo? Ele está no livro “Crônicas do Cotidiano – Para Continuar a Estrada”, atualmente em pré-lançamento no Clube dos Autores.


Leia também: Pobre Pedro ( e o tempo que passou.) ‣ Jeito de ver


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Mas, apenas a lua viu. A lua testemunha.

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Vício Digital: A Armadilha dos Aplicativos

 

Imagem de Gary Cassel por Pixabay

Qual o seu bem mais valioso?

Imagine ter toda a riqueza do mundo e não ter tempo para usufruí-la.

Sim, tempo vale muito mais que dinheiro.

A falta de tempo dedicado à família tem produzido sociedades cada vez mais doentes, frágeis e instáveis.

Parte desse problema está ligada ao vício digital.

Vamos analisar este assunto.

Vício Digital: A Armadilha dos Aplicativos

O Impacto do Vício na Internet

O vício em aplicativos e redes sociais tornou-se uma preocupação crescente na sociedade atual. Plataformas como Instagram, Facebook, TikTok e X são projetadas para capturar e prender a atenção, o que leva muitas pessoas a um uso excessivo e, em vários casos, compulsivo.

Esse comportamento tem consequências significativas, afetando a saúde emocional, social e psicológica.

Um dos efeitos mais notáveis é a ansiedade. A necessidade constante de verificar notificações e atualizações provoca uma excitação emocional contínua, que se transforma em desgaste.

Pesquisas mostram que a exposição prolongada a estímulos digitais eleva o estresse e pode contribuir para transtornos de ansiedade.

Além disso, a pressão por manter uma imagem ideal nas redes alimenta a comparação e a insatisfação, fortalecendo um ciclo de insegurança.

Outro efeito comum é a solidão.

Paradoxalmente, redes que prometem aproximação podem gerar distanciamento.

A substituição de conversas reais por interações digitais empobrece os laços humanos. Relações presenciais tornam-se superficiais, e muitos acabam sentindo-se desconectados, mesmo cercados por uma rede virtual extensa.

Esse vício também compromete relacionamentos.

A distração constante dos dispositivos reduz a atenção em momentos sociais e familiares, prejudicando a comunicação e criando mal-entendidos.

Em muitos casos, o excesso de tempo diante da tela resulta em conflitos, ressentimentos e isolamento.


Como os Aplicativos Prendem a Atenção

O design das plataformas digitais não é aleatório. Empresas de tecnologia investem pesado em mecanismos capazes de prolongar o tempo de uso.

Uma das principais estratégias são os algoritmos personalizados.

Eles analisam cada clique, curtida e tempo de visualização para oferecer conteúdos alinhados ao perfil do usuário. Isso aumenta a chance de engajamento contínuo, mantendo a pessoa presa à tela por longos períodos.

Outro recurso poderoso são as notificações.

Sons, vibrações e alertas visuais acionam um senso de urgência. Mesmo longe do celular, muitos sentem a necessidade de conferir imediatamente o que chegou, criando uma rotina de checagem compulsiva ao longo do dia.

O design envolvente também desempenha um papel central.

Paletas de cores, animações, rolagens infinitas e botões estrategicamente posicionados são pensados para proporcionar prazer e estímulo visual. Cada detalhe é planejado para transformar o uso em hábito.

Essas estratégias combinam tecnologia, psicologia do consumidor e design de experiência.

O objetivo final é simples: manter o usuário conectado o maior tempo possível, aumentando as oportunidades de exibir anúncios e gerar lucro.


Histórias de um Vício

O impacto do vício digital aparece em situações cotidianas.

Em uma reunião de trabalho, um jovem executivo estava tão absorto em seu celular que não percebeu quando sua apresentação começou. Desprevenido, sua imagem profissional foi prejudicada. Um deslize aparentemente pequeno, mas que comprometeu sua carreira.

Em outro caso, durante um encontro social, uma jovem preferiu atualizar seu status em vez de conversar com amigos. O gesto foi interpretado como falta de consideração, gerando brigas e afastamento.

Na vida acadêmica, as consequências podem ser ainda mais severas.

Um estudante universitário, distraído constantemente com notificações, viu seu desempenho cair drasticamente. As notas baixas levaram a uma suspensão e a um quadro de ansiedade e depressão.

Esses exemplos mostram que o vício não se limita a um simples “passatempo exagerado”. Ele pode comprometer a vida pessoal, social e profissional de forma profunda.


Quem Lucra com o Vício

O vício digital não é apenas um fenômeno comportamental; é também parte de um modelo de negócios altamente lucrativo.

O tempo que passamos conectados é convertido em receita publicitária.

Quanto mais tempo navegamos, mais anúncios vemos. Os algoritmos, portanto, não são apenas ferramentas de personalização, mas instrumentos de prolongamento da atenção.

Relatórios recentes confirmam: o aumento do engajamento nas redes está diretamente ligado ao crescimento das receitas das empresas de tecnologia. Trata-se de um ciclo calculado, onde cada minuto diante da tela representa lucro.

Os influenciadores digitais também se beneficiam desse mecanismo.

Muitos produzem conteúdos que incentivam a permanência constante nas plataformas.

Com patrocínios, marketing afiliado e publicidade indireta, transformam engajamento em ganhos financeiros.

Essa engrenagem reforça o ciclo: quanto mais consumo digital, mais lucros para empresas e criadores.

Enquanto isso, o usuário, motivado por estímulos incessantes, permanece preso ao que deveria ser apenas uma ferramenta.


A Complexa Rede da Dependência

O vício digital mostra que a relação entre seres humanos e tecnologia é mais complexa do que parece.

As plataformas, que nasceram para conectar, acabaram criando novas formas de isolamento.

Ao mesmo tempo em que oferecem entretenimento, informação e interação, aprisionam em ciclos de ansiedade, comparação e consumo contínuo.

É claro que a tecnologia também trouxe avanços extraordinários.

Mas ignorar seus efeitos negativos seria fechar os olhos para um problema crescente. A reflexão se faz necessária: como estabelecer limites em um ambiente que foi projetado justamente para que não os tenhamos?

A resposta pode estar no equilíbrio.

Usar as redes com consciência, estabelecer pausas, buscar interações reais e cultivar momentos offline. Pequenos gestos podem ajudar a recuperar a autonomia diante de sistemas que exploram nossas vulnerabilidades emocionais.


Conclusão

O vício digital não é um problema individual, mas social.

Ele envolve usuários, empresas e influenciadores em uma engrenagem movida pelo lucro.

Se, de um lado, gera bilhões para a indústria, de outro corrói a saúde mental e as relações humanas.

Entender essa dinâmica é o primeiro passo para escapar da armadilha.

Afinal, a tecnologia deveria servir à vida, e não o contrário.

Leia também: A Importância do Amor Próprio e da Aceitação ‣ Jeito de ver

Todos os adolescentes são viciados em redes sociais?

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Pobre Pedro ( e o tempo que passou.)

alt= Homem solitário à beira do mar.

Imagem de Engin Akyurt por Pixabay

Sinopse
A poesia “Pobre Pedro” retrata a solidão e o abandono de um homem incompreendido pela sociedade. Entre julgamentos apressados e a indiferença cotidiana, Pedro, fragilizado pelo desemprego e pela doença, vê a vida escapar em silêncio. Uma narrativa poética que expõe o contraste entre a dureza dos olhares alheios e a dor invisível de quem sofre sozinho.

Pobre Pedro

O galo cantou,
Despertador gritou,
O vizinho resmungou,
Mas Pedro não acordava.

***

Quer ler o texto completo? Ele está no livro “Crônicas do Cotidiano – Para Continuar a Estrada”, atualmente em pré-lançamento no Clube dos Autores.

Se você é apaixonado por poesias recomendo um excelente blog:

Blog dos Poetas – Poemas selecionados de escritores famosos e consagrados

Leia também Um bom rapaz – uma crônica. ‣ Jeito de ver

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A arte como objeto de competição

Imagem de mazsola65 por Pixabay

Você já percebeu que a arte, em especial a música, tem sido objeto de competição na televisão em programas como o The Voice, Superstar e coisas do gênero?

Por que isso acontece?

Primeiro, precisamos entender que o objetivo primário de programas desse tipo não é descobrir novos talentos ou garantir a manutenção da carreira de novos artistas.

Sim, se você acreditava nisso, é hora de acordar…

Lembre-se: o objetivo da televisão é gerar audiência e, consequentemente, lucros.

Então, que tal examinar os festivais de música e a sua consequente transformação em arenas musicais?

Como surgiram as torcidas musicais? De que modo o público foi infantilizado?

Vamos embarcar nesta jornada de festivais… com muita música! (Mas sem competir… está bem?)


Da celebração à competição: quando a arte virou disputa (e o que isso nos diz sobre nós mesmos)

Woodstock – O festival de celebração

“As futilidades são justamente o que move a humanidade!” – ouvi esta frase em algum lugar!

Mas as pessoas realmente precisam de pequenas coisas para que a vida seja mais significativa.

O problema acontece quando as pequenas coisas ganham grandes proporções…

Como o papo aqui é sobre Festivais de Música, vamos mergulhar nessas fontes.

Em 1969, quando jovens estadunidenses de famílias menos privilegiadas eram enviados para a vergonha da Guerra do Vietnã, um grupo de pacifistas se reuniu para um projeto: oficialmente, “3 Dias de Paz e muita Música”.

O conhecido festival de Woodstock.

Aquele festival histórico reuniu cerca de meio milhão de pessoas em uma fazenda em Bethel, Nova York.

No projeto: três dias de Paz e Música.
Na prática: um grande experimento de utopia, onde jovens celebravam a música, o pacifismo em plena Guerra do Vietnã, a liberdade e a contracultura.

Bem…

Choveu? Choveu, pra caramba! O lamaçal? – De causar inveja a Caranguejo!

Faltou comida? Faltou!

As estradas? Uma bagunça… um caos.

Mas o espírito?

Esse permaneceu firme: voluntários da comunidade Hog Farm distribuíam alimentos, equipes médicas atendiam quem precisava, e o povo dividia o que tinha — barracas, água, cigarros, abraços.

E, pasme: apenas três mortes (algumas fontes dizem duas!) em meio a meio milhão de pessoas.

E naquela festa duas criancinhas vieram ao mundo!

Não é pouca coisa.

Como resumiu Max Yasgur, dono da fazenda:
“Vocês provaram ao mundo que meio milhão de jovens podem viver juntos em paz.”


As lamas no caminho…

Só que… algo mudou no caminho.

Apesar do sonho, os artistas que se apresentaram no Festival estavam lá a trabalho, e eles também precisavam de dinheiro para viver.

É duro saber que a vida não é uma eterna festa, não é verdade?

Com o tempo, novos festivais aconteceram; outros foram remodelados, de modo que o espírito do compartilhamento foi dando lugar ao da competição.

O que era festa virou concurso.
O que era celebração comunitária virou disputa por holofotes.

Woodstock faliu, não no propósito — mas no método.

A entrada acabou liberada quando as multidões romperam as cercas, e o festival se tornou gratuito.

Já os eventos posteriores passaram a buscar lucro — muito lucro.

Daí surgiram os realities musicais como American Idol (2002) e seus derivados. O talento virou produto: patrocinadores, votos pagos, contratos engessados.


A liberdade dos festivais X a prisão dos realities

Em Woodstock, Jimi Hendrix distorceu o hino americano em protesto contra a guerra.

Em muitos realities, o objetivo do participante é apenas cantar direitinho o sucesso do momento e agradar ao júri.

O novo virou cover.

E aquela inclusão toda? Lá na fazenda em Bethel, hippies, famílias, veteranos de guerra se misturavam.

Já nos realities, há filtros: quem tem uma “história comovente”, visual de estrela e disposição para virar personagem de novela.

Os realities viraram uma fábrica — de talentos, sim, mas também de dramas.

A arte cedeu lugar ao entretenimento: cortes emocionantes, conflitos entre jurados, candidatos chorando no palco… tudo isso dá mais audiência do que música autoral.

Estudos mostram que jovens fãs desses programas tendem a valorizar mais a aparência e o drama do que a habilidade artística em si.


E por que essa sede por competição?

Porque vivemos na sociedade do espetáculo.

Nada é tão “reality” assim…

A lógica é simples: em tempos de excesso de informação, o que prende nossa atenção é o conflito.

O reality Big Brother (lançado em 1999) elevou isso ao máximo: provas humilhantes, isolamento, eliminações em praça pública.


E a meritocracia?

Alguns programas vendem a ideia de que “qualquer um pode vencer”.

Só não contam que os candidatos muitas vezes precisam arcar com viagens, roupas caras, abandonar o emprego e estar prontos para contratos que tiram autonomia.

Após vencer o American Idol, Kelly Clarkson assinou com a RCA Records e alcançou sucesso imediato com o single “A Moment Like This”, que liderou a Billboard Hot 100.

Seu álbum de estreia, Thankful (2003), estreou no topo da Billboard 200, e o segundo, Breakaway, tornou-se seu maior sucesso comercial, vendendo mais de 12 milhões de cópias e rendendo dois Grammy Awards.

Em 2007, lançou My December, um álbum mais autoral e criativo, que gerou conflitos com a gravadora por ser considerado menos comercial.

Pois é, Kelly Clarkson precisou brigar para poder escrever suas próprias músicas!

E assim, de Woodstock a William Hung, da distorção do hino por Hendrix ao cover obrigatório dos realities, muita coisa se perdeu na travessia.


Festivais que celebram a arte

Existem vários Festivais de Música.

Um dos destaques é o Festival de Inverno de Lençóis, na Bahia. O evento busca fomentar o turismo local durante a baixa temporada e promover a cultura da região.

O que esperar do Festival de Inverno de Lençóis:

Música:
O festival conta com diversas atrações musicais, com foco em artistas locais e regionais, além de nomes conhecidos do cenário nacional, como divulgado em outras edições.

Natureza:
A localização privilegiada de Lençóis, na Chapada Diamantina, oferece paisagens deslumbrantes e oportunidades para atividades ao ar livre, como trilhas e passeios.

Cultura:
O festival também promove a cultura local, com apresentações de artistas, grupos folclóricos e outras manifestações culturais da região.

Gastronomia:
A parceria com o Sabores da Terra – Festival Gastronômico Itinerante – garante uma experiência que valoriza os produtores locais, com pratos típicos e produtos artesanais.

Turismo:
O festival é uma oportunidade para impulsionar o turismo na região, atraindo visitantes de diversas partes do Brasil e do mundo, que buscam a beleza natural e a cultura de Lençóis.

– Informações extraídas de um informativo sobre a cidade de Lençóis, na Bahia.

Apoiar artistas independentes ou festivais locais pode fomentar novas utopias.

Reinventar a lógica: talvez a resposta esteja em iniciativas como o Tiny Desk Concerts (YouTube) ou Sofar Sounds, onde o foco volta a ser a música – sem jurados, sem votos, apenas compartilhamento.

“Woodstock foi um experimento social utópico, e justamente por isso faliu… mas seu fracasso nos mostrou que a arte pode ser um ato político de rebeldia contra a competição desenfreada.”

A “futilidade” que move a humanidade talvez seja justamente a busca por esses raros momentos em que a arte nos lembra: podemos ser mais que adversários.

As pessoas não iriam mais mostrar talento, iriam agora competir com artistas de gêneros e estilos diferentes… não é verdade?

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O que se dá nos realities musicais.

Realmente, a utopia “Woodstockiana” é o que se pode chamar de sonho impossível em tempos de capitalismo selvagem.

A ideia de haver “um vencedor” esconde o fato de que outras lindas obras, ressalto em diferentes estilos, estavam lá.


A infantilização do público

Citando os grandes festivais de MPB nas décadas de 1960-1980, o público transformou-se em torcida, vaiou e, o mais interessante, não se permitiu ouvir as outras canções.

Ligar a competição musical à perda da escuta ativa e à infantilização do público (transformado em “torcida”) não é um fenômeno novo: os festivais da MPB foram laboratórios disso décadas antes dos realities.


Festivais da MPB (1960-1980): Quando a plateia virou “torcida organizada”

Vaias como arma ideológica

  • Nos Festivais de MPB, durante os anos 60, cantores podiam ser vaiados ou ovacionados ao defender as suas canções. A plateia julgava não a qualidade musical, mas o alinhamento político da canção.

  • Lucinha Lins, Cibele e Cynara, Sérgio Ricardo e muitos outros intérpretes experimentaram as vaias de um público que não sabia aceitar aquilo que era diferente dos seus gostos musicais.

Poderíamos comparar a estética dos programas musicais dos anos 1960.

A rivalidade entre Jovem Guarda (festivais da TV Record) e a MPB engajada (TV Excelsior) refletia a polarização do Brasil pós-64.

Enquanto as canções da Jovem Guarda eram chamadas de “bobinhas” pela elite intelectual, Vandré era tratado como profeta (“Pra Não Dizer que Não Falei das Flores”, 1968).

O mito da “democracia musical”…

Os júris técnicos eram frequentemente boicotados pelo público, como um ensaio do que seriam os realities futuros.

Em 1967, a canção vencedora do Festival de Música Popular brasileira (“Ponteio”, de Edu Lobo) foi escolhida pela plateia, não pelos jurados. Um ensaio para a tirania do gosto popular dos realities.

Mas surge daí uma pergunta para reflexão: qual seria a audiência de tais programas caso não houvesse a competição?


A psicologia da competição – a busca pela audiência

Por que viramos “torcida”? A psicologia da competição

  1. Tribalismo cultural:
    Competições transformam arte em disputa de identidades.
    Torcer por um artista vira defender seu grupo (rock vs. sertanejo, esquerda vs. direita).

Lembro-me de uma frase que ouvi tempos atrás: “O brasileiro reduz o complexo a uma rivalidade de estádio.”

  1. Economia da emoção barata:
    Vaias e gritos geram engajamento instantâneo (e audiência). Lembrem-se: a audiência tem sido mais importante que a qualidade dos programas.
    A televisão explorou isso nos festivais e nos realities de música, editando brigas de fãs. Nos realities, roteirizam “rivalidades”.

  2. Morte da nuance:
    Quando 30 segundos decidem uma eliminação (como no The Voice), não há espaço para experimentação.
    Daí a ascensão de bangers (músicas explosivas) em detrimento de canções lentas ou complexas.


A superficialidade dos realities

Os realities musicais brincam com a inteligência dos telespectadores ao colocar no mesmo “ringue” cantores de vozes e estilos diferentes.

Os ouvintes não terão o privilégio de sentir a música, ouvir a letra… serão influenciados por preferências estilísticas.

Belos cantores, que sonham com o sucesso, estarão lá mais pela exposição que pela fé na estrutura do programa.


Comparemos dois modelos:

A Festa (Circo Voador, anos 80)
O Circo Voador era palco de bandas do rock brasileiro no início da década de 1980.

Cazuza erra a letra de “Exagerado”. Gritos: “Toca de novo!”

Sim, é verdade que Cazuza, durante um show no Circo Voador, errou a letra da música “Exagerado”.

É comum que artistas errem a letra de suas próprias músicas em apresentações ao vivo; muitas situações foram registradas em vídeo, com gritos da plateia pedindo para que os astros repetissem a música.

Artistas compartilhavam o palco (você podia curtir Barão Vermelho + RPM juntos, no mesmo palco!).

Reality (The Voice Brasil)
Sob pressão, o cantor desafina e se torna vítima de ataques e piadas no Twitter (o atual X) e demais redes sociais.

Errando a letra, pode não haver uma segunda chance.

Artistas sobem juntos no palco não para compartilhar.

São batalhas, onde dois cantores lutam por uma vaga.


Onde está o problema?

O problema está justamente no modo como nos habituamos a ouvir música.

A música deixou de ser o elemento principal; tornou-se pano de fundo de atividades cotidianas — e disso os realities se apropriaram magistralmente.

Aprenderam a explorar a futilidade!


Como resgatar a escuta?

A música está por aí, que tal dar uma chance?

  • Rodas de samba ou saraus periféricos: onde não há “vencedor”, só comunhão.

  • Algoritmos afetivos: playlists como Radio Woodstock no Spotify, que misturam estilos sem rankings.

  • Artistas rebeldes: como Liniker, que tem coragem de interromper shows para dizer: “Aqui ninguém vai vaiar ninguém”.

  • Os meninos do Madds, de Taubaté: que resgatam com personalidade clássicos das décadas de 1960 e 1970 e têm um excelente repertório autoral.

  • ou mesmo nos barzinhos, onde novos artistas procuram um espaço.

Lembre: “A competição é a zona de conforto do capitalismo.”

Futilidades movem o mundo, mas só as que lembram que somos humanos — não torcedores — sobrevivem.

Se há em sua cidade festivais onde o foco é o artista, a música e a diversidade da cultura, não deixe de prestigiar: esteja presente, curta o momento!

Permita-se influenciar pela arte, o que raramente se vê quando esta se torna motivo de competição.

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Leia também: Propaganda musical e Empobrecimento cultural ‣ Jeito de ver


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Revisado por IA.

Escrever ( Os motivos da vida)

Imagem de Pexels por Pixabay

📝 Se você gosta das nossas postagens e deseja apoiar o blog, em breve lançaremos o e-book “Crônicas do Cotidiano” — uma coletânea com alguns dos melhores textos do site, acompanhados de comentários inéditos e reflexões que ampliam o olhar sobre o cotidiano.

ESCREVO

Escrevo

Pois tive sonhos

Que se realizaram

E outros

Que não se puderam concretizar…

que não aconteceram

Escrevo como quem sonhou.

***

Quer ler o texto completo? Ele está no livro “Crônicas do Cotidiano – Para Continuar a Estrada”, atualmente em pré-lançamento no Clube dos Autores.

Leia também A ilusão do brilho… Vaga-lume. ‣ Jeito de ver

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A ilusão do brilho… Vaga-lume.

alt="Ouriço escondido entre folhas secas no outono"

Imagem de Anthony Jarrin por Pixabay

Introdução:

Às vezes, é no silêncio da noite e na simplicidade de um jardim que surgem as reflexões mais profundas.

Entre formigas silenciosas, grilos repetitivos e o brilho passageiro de um pirilampo, este pequeno texto convida à contemplação da vida que pulsa discretamente à nossa volta — e dentro de nós.

Nesta breve alegoria, o vaga-lume se torna símbolo da efemeridade do brilho, da ilusão de grandeza, e da fragilidade dos instantes em que buscamos ser mais do que somos.

Será que, ao brilhar, deixamos de ver o mundo?

***

Quer ler o texto completo? Ele está no livro “Crônicas do Cotidiano – Para Continuar a Estrada”, atualmente em pré-lançamento no Clube dos Autores.

Leia também: Voo efêmero – um breve encontro ‣ Jeito de ver

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Reconciliação (Coisas do passado)

Imagem de Otávio Trinck por Pixabay

Reconciliação (Coisas do passado)

Dona Maria
Sentada à porta
Na porta
algumas chaves
E entre as chaves
a mais antiga,
de aro bordado
e de cor escura
Que lhe abre os segredos

No baú escuro
Fotografias desbotadas
Memórias desbotadas
de momentos felizes
E segredos velados
De uma noite sob o luar
O convite para dançar
Até o adeus repentino…
de momentos
Que se prefere esquecer.

Dona Maria
suspira
revira a fotografia
Procura personagens
presos na memória
Até onde a memória vai ?
Não tão longe quanto os sonhos…

Do baú escuro
Retira a fotografia
e beija silenciosamente…
Olhando para o céu
suspira como numa prece
Como num desabafo
Por apenas mais um momento
Um reencontro.
rogando a paz
para o presente
para o futuro…e dorme
no mundo que sonhou encontrar…

Fazendo as pazes com o passado.

Leia mais: Varandas vazias e tradições perdidas ‣ Jeito de ver

 

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Enquanto a Música Tocava ( O Fim do Baile)

alt= O cantor e a bailarina.
O amor nos antigos bailes

Enquanto a música tocava

Dentre as poucas coisas que consigo me lembrar, estão ainda os cabelos negros, dançando ao som da música, e eu torcia para que a música jamais acabasse.

Era como se o sonho fosse real e estivesse lá, ao alcance das mãos…

Este é um trecho da crônica presente no livro
Crônicas do Cotidiano – Um Novo Jeito de Ver
Disponível na Amazon e Clube dos Autores

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© Gilson da Cruz Chaves – Jeito de Ver Reprodução permitida com créditos ao autor e ao site.