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E aí? Vão mexer no teu PIX? – Se informe

Imagem de Markus Winkler por Pixabay

Um assunto controverso

Um assunto está movimentando as redes sociais e a fábrica de fake news tem trabalhado a todo vapor nestes dias. Trata-se da propagação da notícia de que o Governo vai taxar o PIX.

As memórias curtas de nossos compatriotas não se lembram que realmente havia um projeto durante o Governo anterior de taxar o Pix.

Essa taxação não chegou a ser colocada em prática com a derrota nas urnas. As novas medidas propostas não chegaram a ser aplicadas. Caberia ao novo Governo fazer isso?

O excelente artigo da Revista Fórum começa com as seguintes palavras:

“Acuse-os do que você faz, chame-os do que você é”, frase falsamente atribuída a Lenin, mas na verdade autoexplicativa para os métodos da extrema direita. Novamente se mostra verdadeira com a falsa acusação pelos bolsonaristas de que o ministro Haddad iria taxar as operações em Pix.

O governo Lula está gastando papel e mídia para desmentir a notícia que não tem nenhuma base na realidade. Inclusive, a fake news bolsonarista já está sendo utilizada por espertalhões em golpes pela internet.

Leia na íntegra no link: Quem quis taxar Pix foi Guedes no governo Bolsonaro, mas só ‘depois das eleições’ | Revista Fórum

Então, o que está acontecendo? Vamos direto ao ponto, citando o Site G1.

A Receita Federal ampliou as regras de fiscalização sobre transações financeiras. Antes, apenas bancos tradicionais informavam as movimentações, mas agora operadoras de cartão de crédito e instituições de pagamento também precisam enviar os dados. A mudança foi anunciada em setembro do ano passado e entrou em vigor em 1º de janeiro de 2025. Não há cobrança de impostos sobre PIX, mas movimentações atípicas podem gerar problemas para quem não declara corretamente os rendimentos. A Receita Federal não envia cobranças por WhatsApp ou SMS.

Perguntas e Respostas Simplificadas

Como era antes? A Receita recebia dados financeiros dos bancos tradicionais desde 2003.

O que mudou agora? Outras instituições, como operadoras de cartão de crédito e instituições de pagamento, agora também precisam informar à Receita.

Quando foi anunciada a mudança? Setembro do ano passado, em vigor desde 1º de janeiro de 2025.

O PIX será taxado? Não. Não há cobrança de imposto sobre PIX.

A que dados a Receita tem acesso? Dados pessoais, número da conta bancária, valores movimentados, entre outros.

O que eu preciso fazer? Nada específico. A responsabilidade de enviar dados é das instituições financeiras.

Devo me preocupar? Apenas se não declarar corretamente seus rendimentos.

Veja na íntegra.

Fonte: Entenda como era e o que mudou na fiscalização da Receita para o PIX, cartão e outras operações | Economia | G1

Resumo:

Não há o que temer, desde que declaremos corretamente e andemos honestamente.

Argumentar que o Governo tem um orçamento secreto, Emendas pix e coisas assim, não serve como justificativa, pois aqueles que fazem uso de tais arranjos legais (imorais) são deputados eleitos pelo mesmo povo e que estão brigando com o Supremo Tribunal de Justiça para tentar liberar tais Emendas sem esclarecer a finalidade.

O “orçamento secreto” no Brasil foi criado em 2019 e implementado em 2020. Esse mecanismo permite que parlamentares destinem recursos do orçamento público a projetos sem a devida identificação, resultando em falta de transparência.

O que fazer?

Primeiro, mantenha-se informado.

Segundo, seja honesto, não divulgue notícias falsas.

A desinformação gera conflitos, ninguém vai taxar o seu PIX!

Atualizações:

No dia 15 de janeiro de 2025, devido à grande influência das fake news espalhadas por membros da oposição e à comoção pública causada por estas, o governo revogou as medidas que visavam fiscalizar de modo mais firme a evasão fiscal.

Não se deve comemorar como uma vitória, pois, conforme abordado em post anterior neste blog, o país tem perdido mais em sonegação de impostos do que com desvios de verbas públicas por políticos corruptos.

Sonegar impostos também é uma forma de corrupção.

Fica a reflexão: Será que as pessoas podem criticar aqueles que roubam ou sonegam grandes fortunas quando desejam fazer a mesma coisa, em escala menor?

E o Governo não sabe lidar com a proliferação de fake news…

Veja também Por que muitos compartilham fake news? ‣ Jeito de ver

“Notícias na Era Digital (Viés e informação)

Nesta era digital, a leitura de jornais está quase extinta.

Imagem de fancycrave1 por Pixabay

Informativo

“Quem lê tanta notícia?” Caetano Veloso questionava enquanto admirava a página do jornal O Sol, exposta nas bancas de revista, e talvez se desencorajasse com o calor do sol e as inúmeras novidades daqueles tempos turbulentos – trecho da canção “Alegria, Alegria”, 1968.

É fato que, na era digital, o hábito de ler jornais impressos está em declínio. As notícias são condensadas em portais online, comentários de entusiastas e analistas, e frequentemente distorcidas em aplicativos de redes sociais e outras mídias. Atualmente, reconhecemos que reportagens e documentários são moldados pelas motivações e afinidades dos jornalistas, editoras ou redes de televisão.

Por exemplo, durante a pandemia da Covid-19 no Brasil, quando mais de 700.000 pessoas faleceram, muitas emissoras evitaram mostrar a seriedade da situação exacerbada pela inércia do governo da época. Em outros momentos, omitiram a gravidade das acusações de corrupção na aquisição de vacinas, evidenciadas na CPI da COVID, enquanto algumas tratavam com leviandade as imitações do presidente sobre as pessoas que morriam pela falta de oxigênio.

Anteriormente, certas emissoras apoiaram a operação Lava Jato como se fosse a bastião da moralidade e justiça.

Quando os áudios do “Vaza Jato” vieram à tona, revelando as bases instáveis de um projeto político disfarçado de operação judicial, muitos ficaram chocados. No entanto, parte da imprensa expressou mais horror com os hackers que expuseram o lawfare por trás da Lava Jato do que com a conduta do juiz que, conspirando com procuradores, promotores e possivelmente políticos, buscou eliminar seus adversários políticos – afastando o principal oponente do presidente eleito e posteriormente tornando-se Ministro da Justiça.

“O que lawfare significa?

“O termo se refere à junção da palavra law (lei) e o vocábulo warfare (guerra), e, em tradução literal, significa guerra jurídica. Podemos entender lawfare da seguinte maneira: uso ou manipulação das leis como um instrumento de combate a um oponente desrespeitando os procedimentos legais e os direitos do indivíduo que se pretende eliminar.

“Em termos ainda mais gerais pode ser entendido como o uso das leis como uma arma para alcançar uma finalidade político social, essa que normalmente não seria alcançada se não pelo uso do lawfare”.( Fonte:  -Lawfare: o que esse termo significa? | Politize!)

Um grupo de jornalistas enfrentou os desafios de expor as falhas por trás da lava-jato, que se mostrava projeto de governo, um sistema enaltecido pela mídia e celebrado na série “Polícia Federal, a lei é para todos”.

Eles revelaram como um juiz questionável se tornou a “nova sensação no combate à corrupção”, mostrando como os eventos se alinhavam com os planos dos Juízes e Procuradores da Lava-Jato, conforme evidenciado nos prints das conversas no Telegram. – Que perspicácia a deles!

Conversas interceptadas dos promotores na operação destacaram que interesses pessoais prevaleciam sobre o senso de justiça. Os promotores e o juiz envolvidos geravam factoides para influenciar a opinião pública.

Os canais de TV, ansiosos por atender seus objetivos comerciais, transmitiam as informações distorcidas dos juízes sem realizar a devida verificação dos fatos. A checagem de fatos era completamente negligenciada!

Mesmo diante de evidências, a maior parte da mídia persistia em promover uma narrativa que atenuava a falta de ética envolvida na operação.

Com isso, muitos cidadãos começaram a questionar a confiabilidade dos noticiários televisivos.

Observe abaixo, outro ponto que muitas vezes  não é noticiado corretamente:

 

Onde está o maior prejuízo financeiro no Brasil?

Bem, “a economia brasileira perde com a corrupção, todos os anos, algo em torno de 3 a 5% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso equivale anualmente, em média, a cerca de R$ 76 bilhões, considerando os dados do IBGE em 2005 que apontaram um PIB no país da ordem de um trilhão, novecentos e trinta e sete bilhões de reais”. -tcu.gov.br. Sites mais recentes mostram que este valor oscila entre 7o e 200 bilhões de Reais.

Mas, quanto perde a nação com a sonegação de impostos? O site conteudojuridico.com.br responde: “O Brasil perdeu R$ 417 bi por ano com sonegação de impostos, segundo o estudo do IBPT, a pesquisa mostra que R$ 2,33 trilhões não são declarados ” (30/11/2022).

 

No final das contas, o País perde mais com sonegação que com corrupção.

 

Ambas são desonestas.

Mas por que tal fato não é noticiado? Quem são os maiores sonegadores?

É essencial que o leitor, ao receber uma notícia, lembre-se de que, frequentemente, ela serve aos interesses de empresários e patrocinadores que preferem não ser taxados, pois se consideram superiores àqueles que trabalham, não ganham salários altos e se preocupam em declarar o Imposto de Renda anualmente.

Portanto, sempre questione e busque entender as notícias!

As notícias devem ser claras; insinuações têm o objetivo de gerar dúvidas.

Quando se trata de clareza, se as notícias divulgadas por jornais tradicionais devem ser examinadas, as notícias sensacionalistas divulgadas pelo WhatsApp devem ser ainda mais questionadas e não repassadas.

Por exemplo, durante o período eleitoral de 2018, notícias extremamente falsas foram disseminadas com o intuito de prejudicar um determinado candidato. Alegavam que um certo partido introduziria nas creches mamadeiras com bicos em formato fálico e que haveria um “kit gay” e uma ameaça comunista – a mesma que foi propagada na década de 1960 pelos EUA, durante a Guerra Fria, para influenciar países politicamente mais frágeis.

Milhões de pessoas mal informadas e não dispostas a pesquisar um pouco de história aderiram à ideia e criaram correntes para espalhar MENTIRAS (fake news) pelo WhatsApp. Nessa brincadeira suja e injusta, até grupos supostamente religiosos se envolveram, prestando um serviço ao pai da mentira – divulgando MENTIRAS.

Uma regulamentação que responsabilizasse os meios de comunicação pela divulgação de MENTIRAS (fake news) não eliminaria completamente tais notícias, mas reduziria significativamente o dano causado por essas divulgações.

Lembre-se sempre: quando uma notícia falsa e chocante é divulgada, ela alcança um público muito maior do que a notícia verdadeira ou o pedido de retratação posterior.!

 

Pesquise:

Unit – noticias/quais-os-impactos-da-sonegac…

Brasil perde R$ 417 bi por ano com sonegação de impostos, diz estudo | Agência Brasil (ebc.com.br)

Sonegação fiscal supera em muito os valores da corrupção pública – SEDEP

 

Leia mais  Notícias de Guerras – o jogo da informação ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

 

Redes Sociais – Palco para discursos de ódio

Redes sociais têm sido usadas como palco para discursos de ódio

Imagem de Markus Winkler por Pixabay

As redes sociais têm um papel crucial na disseminação de discursos de ódio.

Elas foram desenvolvidas com o intuito de gerar lucros ao passo que  facilitariam uma melhor interação entre pessoas e grupos, NADA É GRATUITO!

Neste artigo analisaremos especialmente o ‘X’, do  antecessor Twitter, e seu papel na propagação de tais discursos e de fake news.

O espaço concedido pelas redes sociais ao discurso de ódio

As redes sociais, criadas para serem plataformas de liberdade de expressão e interação social, tornaram-se arenas para a propagação de discursos de ódio, notadamente por políticos de extrema direita.

O ‘X’, antes conhecido como Twitter, destaca-se significativamente nessa questão.

A estrutura dessas plataformas permite a disseminação rápida de mensagens, frequentemente sem a moderação adequada para impedir conteúdos nocivos.

Tal cenário é aproveitado por indivíduos extremistas para intensificar fake news, narrativas de ódio e divisão.

O anonimato e os perfis falsos

O anonimato incentiva usuários a expressarem opiniões ofensivas e extremas sem temer retaliações. Essa sensação de impunidade propicia atos de ódio, encorajando a repetição desses comportamentos.

A arquitetura algorítmica das redes sociais é igualmente crucial, pois algoritmos focados em engajamento favorecem conteúdos que polarizam, incluindo discursos de ódio, devido ao aumento de interações.

Isso gera um ciclo vicioso, dando mais visibilidade a tais conteúdos, ampliando seu alcance e normalizando o extremismo.

Mas, onde entra o lucro?

Não importa a razão do discurso a ser discutido, quanto maior o alcance maior a oportunidade de vender anúncios.

Discursos de ódio e fake news têm maior alcance que retratações e desmentidos!

A falta de controle efetivo e a permissividade das plataformas criam um ambiente fértil para o crescimento do extremismo online.

Não importa a razão do discurso a ser discutido, quanto maior o alcance maior a oportunidade de vender anúncios.

As bolhas

As redes sociais desempenham um papel crucial na criação de bolhas informativas, onde os usuários são frequentemente expostos somente a conteúdos que confirmam suas crenças já existentes.

Esse fenômeno é intensificado pelos algoritmos das plataformas, que tendem a mostrar postagens e notícias que se alinham com as preferências e o histórico de interações dos usuários

Conhecida como “filtro bolha”, essa prática cria um ambiente isolado, no qual pontos de vista divergentes são minimizados ou completamente excluídos.

A exposição constante a conteúdos que reforçam e amplificam perspectivas extremas pode resultar em polarização e radicalização.

Esse ciclo pernicioso não só isola os usuários de diferentes perspectivas, mas também potencializa o ódio e as críticas extremas, gerando uma câmara de eco de negatividade e hostilidade.

A exposição constante a conteúdos que reforçam e amplificam perspectivas extremas pode resultar em polarização e radicalização.

O papel dos algorítmos

Os algoritmos de redes sociais têm um papel crucial na amplificação do ódio.

Eles são programados para maximizar o engajamento e tendem a promover conteúdos que provocam mais interações, favorecendo postagens que são provocativas e polarizadoras.

Isso faz com que discursos de ódio e mensagens extremistas tenham mais visibilidade e alcance, exacerbando as tensões sociais e fomentando divisões.

É vital que essas empresas implementem políticas mais estritas para monitorar e limitar a propagação de conteúdo nocivo.

Promover a diversidade de pensamento e a exposição a diferentes pontos de vista são etapas cruciais para diminuir a polarização e a radicalização.

Apenas por meio de uma abordagem consciente e proativa poderemos criar um ambiente digital mais saudável e inclusivo.

Promover a diversidade de pensamento e a exposição a diferentes pontos de vista são etapas cruciais para diminuir a polarização e a radicalização.

O Impacto do Discurso de Ódio na Saúde Mental e na Vida das Pessoas

O discurso de ódio em redes sociais tornou-se um fenômeno alarmante, com impactos significativos na saúde mental das vítimas.

O anonimato do ambiente virtual facilita a propagação de mensagens negativas, com efeitos potencialmente devastadores.

A exposição contínua a tais conteúdos pode causar problemas psicológicos, incluindo depressão, ansiedade e, em casos extremos, suicídio.

O caso de Hannah Smith, uma adolescente britânica que cometeu suicídio após sofrer assédio online, é um exemplo trágico.

Ela foi vítima de bullying e mensagens de ódio nas redes sociais, o que deteriorou seu estado emocional e culminou em tragédia.

Casos como o de Hannah não são raros, e muitas vítimas de discurso de ódio lutam com desafios semelhantes, frequentemente sem suporte adequado.

O impacto do discurso de ódio vai além do sofrimento individual, influenciando negativamente a vida social e profissional das vítimas. A exposição frequente a mensagens de ódio pode diminuir a autoestima, abalar a confiança e resultar em isolamento social.

O estigma do assédio online pode danificar a reputação e as oportunidades de trabalho das vítimas, criando um ciclo de sofrimento e exclusão.

Pesquisas indicam que a enxurrada de mensagens negativas nas redes sociais pode alterar a química cerebral, contribuindo para transtornos mentais.

A Necessidade de Regulação das Redes Sociais

A disseminação crescente de discursos de ódio em redes sociais, como a plataforma ‘X’, anteriormente conhecida como Twitter, tem levantado um debate intenso sobre a necessidade de regulamentação mais estrita.

Diversos países e organizações internacionais estão debatendo propostas para regular as redes sociais e controlar a disseminação de discursos de ódio.

A União Europeia, por exemplo, adotou o Código de Conduta para combater o discurso de ódio online, exigindo que as empresas de tecnologia retirem conteúdo ilegal dentro de prazos estabelecidos.

Nos Estados Unidos, apesar da Primeira Emenda proteger a liberdade de expressão, existe um apoio crescente para revisar a Seção 230 do Communications Decency Act, que atualmente oferece imunidade às plataformas digitais em relação à responsabilidade pelo conteúdo criado pelos usuários.

Diversos países e organizações internacionais estão debatendo propostas para regular as redes sociais e controlar a disseminação de discursos de ódio.

Uma regulação eficiente das redes sociais pode trazer vários benefícios.

Em primeiro lugar, ao estabelecer diretrizes claras sobre o que é considerado discurso de ódio, as plataformas seriam forçadas a monitorar e eliminar conteúdos nocivos com mais diligência.

Em segundo lugar, a aplicação de penalidades severas pelo descumprimento dessas diretrizes poderia atuar como um forte desincentivo à tolerância das empresas de tecnologia com conteúdos ofensivos.

Por fim, a implementação de mecanismos de denúncia e apoio às vítimas de discurso de ódio poderia contribuir para um ambiente online mais seguro e inclusivo.

Em resumo, a regulamentação das redes sociais é uma ação necessária para enfrentar a ‘pandemia’ de discursos de ódio. Embora seja um desafio, a implementação de políticas rigorosas e coordenadas pode ser fundamental para promover mudanças positivas.

Nota: Como mencionado na introdução, nada é gratuito, e isso também se aplica aos discursos de ódio e aos algoritmos que promovem a formação de bolhas ideológicas.

No jogo da comunicação e da propaganda, o usuário comum é o produto em questão, e o objetivo de quem promove a polarização é único: estabelecer um sistema do qual possam lucrar.

“No jogo da comunicação e da propaganda, o usuário comum é o produto em questão…”

Leia também: Por que muitos compartilham fake news? ‣ Jeito de ver

Crimes e responsabilidades na tragédia no RS

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Imagem de Jossiano Leal por Pixabay

No cotidiano, temos a chance de revelar o melhor de nós ou nossa verdadeira essência, mas é nas adversidades, como em tragédias, que mostramos quem somos de forma mais espontânea – sem qualquer filtro.

As enchentes no Rio Grande do Sul expuseram desde políticos inescrupulosos, como o prefeito que não pediu ajuda ao Governo Federal e gravou uma ligação para postar em suas redes sociais, acusando o Governo de negligenciar seu município.

Na política, houve também quem se aproveitasse do desastre para espalhar notícias falsas sobre a atuação do Governo Federal, do Exército brasileiro e dos voluntários.

A tragédia nos fez ver desde pessoas que se tornaram voluntários anônimos ajudando as vítimas até políticos que usaram Jet Skis, criando cenas para futuras campanhas, passando por vítimas, jovens e idosos, até criminosos e fraudadores de todas as idades.

A investigação do Ministério Público descobriu um desvio de doações em Eldorado do Sul.

No cotidiano, temos a chance de revelar o melhor de nós ou nossa verdadeira essência, mas é nas adversidades, como em tragédias, que mostramos quem somos de forma mais espontânea – sem qualquer filtro.

Os crimes

O Ministério Público está investigando um caso de desvio de doações para as vítimas das enchentes em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A operação conduziu à execução de nove mandados de busca e apreensão no município, gravemente afetado pelas recentes inundações.

Três membros da Defesa Civil local foram alvos da operação, suspeitos de motivações eleitorais. Informações do Ministério Público indicam que pelo menos dois dos envolvidos são pré-candidatos nas eleições deste ano. As buscas ocorreram nas residências dos suspeitos, na sede da prefeitura e em depósitos municipais, com a apreensão de celulares, documentos, dinheiro e outros itens.

A promotora Maristela Schneider ressaltou que as doações desviadas seriam para potenciais eleitores dos suspeitos, com o intuito de investigar o uso desses recursos para interesses eleitorais.

Além disso, há alertas sobre contas e perfis falsos em redes sociais usados para simular arrecadação de fundos para as vítimas, caracterizando fraudes.

Como o caso do jovem de 16 anos, de classe alta, que criou uma campanha de arrecadação virtual para ajudar as vítimas e se apropriou de todo o dinheiro. Investigações revelaram que ele já cometia estelionato.

O jovem criminoso não foi apreendido.

Estima-se que 2 milhões de reais são desviados diariamente em campanhas de arrecadação virtuais.

Outro caso surpreendente é o de uma empresa de desentupimento autorizada a coletar água de hidrantes para distribuir aos necessitados, mas que optou por vender a água em condomínios.

E, por fim, o caso do homem que tentava comercializar as doações.

Diante desse cenário, o governo do Rio Grande do Sul estabeleceu um PIX oficial denominado “SOS Rio Grande do Sul” para as doações em dinheiro, visando garantir a segurança e autenticidade das contribuições.

Eldorado do Sul, localizada às margens do Rio Jacuí e do Lago Guaíba, sofreu inundações que resultaram na total submersão de sua área urbana. A cidade registrou sete das 169 mortes causadas pelos temporais e enchentes no estado.

Em resposta à situação, o Ministério Público determinou que o Exército Brasileiro assuma a distribuição das doações às vítimas das enchentes.

A operação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, com a colaboração de diversos promotores envolvidos no caso.

As enchentes talvez não pudessem ser evitadas, mas quanto às consequências e a gravidade da mesma não se pode dizer o mesmo.

Os políticos que atuam como representantes do estado poderiam entrar com projetos ou solicitações que visam lidar com as emergências causadas pelos mudanças climáticas. Dos atuantes apenas três fizeram isso. Mas, será que é importante este fato?

Responsabilidades

O debate sobre a responsabilidade dos políticos é crucial para aprimorar nosso sistema democrático. Ele nos lembra da necessidade de cobrar transparência, ética e compromisso com o bem comum. Além disso, a conscientização pública sobre essas questões pode influenciar futuras eleições e incentivar os líderes a agirem de maneira mais responsável.

Políticos são eleitos com a responsabilidade de representar os interesses de um povo e são muito bem remunerados para isso, embora muitos não entendam.

Quando os cidadãos elegem políticos para cargos públicos, eles confiam que esses representantes atuarão em benefício da população. Isso inclui proteger os direitos fundamentais, como saúde, moradia e vida. Portanto, negligenciar essas necessidades básicas é uma violação da confiança depositada pelos eleitores.

Portanto, há responsabilidades?

A negligência deliberada ou omissão grave por parte dos políticos pode ser considerada um crime de responsabilidade.

No Brasil, a Constituição Federal prevê que o presidente da República, governadores, prefeitos e outros agentes públicos podem ser responsabilizados por atos que atentem contra a Constituição e as leis. Isso inclui ações ou omissões que prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população.

A não responsabilização por negligência ou má gestão pode levar à impunidade e ao contínuo descompromisso com o povo.

Quando os políticos não enfrentam consequências por suas ações inadequadas, isso pode perpetuar uma cultura de irresponsabilidade e falta de prestação de contas.

O objetivo do site de Jeito de ver é também estimular o debate como forma de enriquecer a cultura.

Leia também  A tragédia e a espetacularização da ajuda ‣ Jeito de ver

“Brazil”: Fake News em meio à tragédia ‣ Jeito de ver

Matérias importantes:

Enchentes no RS: quais são e como atuam as facções criminosas na tragédia? – BBC News Brasil

Operação investiga desvio de doações para atingidos pelas enchentes no RS (uol.com.br)

Fake news – seus impactos e como combatê-las

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Imagem de memyselfaneye por Pixabay

As notícias falsas, ou ‘fake news’ em todas as áreas, ganharam destaque com o avanço das redes sociais e da internet. É importante compreender o que são, os impactos que têm na sociedade e como podemos combatê-las.

Seja no campo da saúde, das trivialidades e até principalmente da política as Fake News cresceram como praga em nossos dias.

O que são Fake News?

São rumores ou informações incorretas propagados online com o intuito de enganar os usuários. Embora nem sempre exista uma intenção maliciosa, eles geram confusão.

Impactos Sociais da Desinformação:

Desinformação Generalizada: Abalam a confiança em fontes de informação, tornando difícil discernir a verdade.
Polarização Política: Incentiva extremos ideológicos, prejudicando o diálogo e a cooperação.
Integridade Democrática: Pode manipular eleições, ameaçando a democracia.
Saúde Pública: Fake news sobre tratamentos e vacinas durante pandemias podem levar a mais casos e mortes.

Estratégias de Combate à Desinformação:

Educação Midiática: Ensinar a identificar fontes confiáveis e compreender a disseminação de notícias falsas.
Verificação de Fatos: Apoiar agências dedicadas à checagem de fatos.
Responsabilidade de Plataformas Digitais: Diminuir a propagação de notícias falsas e destacar informações verídicas.
Legislação Equilibrada: Criar leis que combatam a desinformação, preservando a liberdade de expressão.
Conscientização do Usuário: Verificar a credibilidade das informações antes de compartilhar.

Em resumo, enfrentar as fake news é um esforço coletivo que envolve governos, sociedade civil, empresas de tecnologia e indivíduos. É vital buscar a verdade e informações corretas para o bem-estar de uma sociedade informada.

Divulgar fake news não pode ser encarado como liberdade de expressão! É dever de todos combatê-las.

– Gilmar Chaves, Professor

Leia também:  Fake News – Impactos e consequências! ‣ Jeito de ver

Saiba mais Fake News e os impactos na vida em sociedade. | Jusbrasil;

Fake news: o que são, como funcionam e como combater (todoestudo.com.br)

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