A serra era e ainda é verde
E havia e ainda há uma estrada
E do outro lado
Havia um pequeno lago
E as pequenas meninas saíam para brincar
Sim, na serra verde
Havia um lago
E as duas irmãs mergulharam
Para não mais voltar…
E para não esquecer
O povoado
Um trágico nome recebeu.
À distância, as luzes pareciam estrelas que descansavam sobre a terra.
E ao passo que me aproximava,
percebia que o verdadeiro brilho
não era originário das estrelas.
Vinha também das pessoas que passavam na pressa de seus dias,
mas não esqueciam o riso em casa ou no trabalho…
Pessoas que sonhavam numa rara tarde fresca de domingo,
visitar a praça do Rosário para ouvir e contar histórias.
Saber da antiga feira e as origens do Rosarinho…
E quando a noite chegasse,
procurar o brilho que emanava distante.
Bem além dos morros, dos ares.
O brilho distante, de Itaberaba…
Como esmeraldas verdes,
ou como o colar na Terra
de apenas uma só pedra.
Uma pedra que brilha…”
Gilson Cruz
UM POUCO DE HISTÓRIA
“A história de Itaberaba remonta à Capitania de Todos os Santos nos anos 1535-1548.
Em 1768, as terras foram adquiridas por aventureiros após a venda pelos sucessores do Senhor João Peixoto Veigas.
Em 1806, Antônio de Figueiredo Mascarenhas comprou uma fazenda, onde construiu uma capela central dedicada a Nossa Senhora do Rosário.
Ao redor dessa capela, surgiu um núcleo de moradores que, em 1817, passou a ser conhecido como Orobó.
O povoado cresceu e foi reconhecido como Freguesia e Distrito de Paz de Nossa Senhora do Orobó. Em 1877, o município alcançou o status de Vila do Orobó, obtendo autonomia político-administrativa com a instalação da primeira Câmara em 30 de junho. Finalmente, em 1897, duas décadas após sua emancipação, foi elevada à categoria de cidade.”
Curiosidades: Orobó é uma árvore, mesmo que “Oribi”, a palavra também significa bumbum, ouro etc.