Canção para Tainan (Para acalentar o coração)

Uma terna poesia para Tainan.

Imagem de dae jeung kim por Pixabay

Tay, regando as plantas

e cantando uma canção

Existe memória mais doce

que acalente o coração?

Musiquinhas de borboletas

trocando o “C” por “T’

Na “tasinha das borboetas’

Tay começa a aprender

A rir,

dançar,

cantar,

e chorar

Menininha sem juízo,

sempre errava a flor

Também não era preciso,

pras gargalhadas do vovô…

Mas, o tempo passa, Tay

e o coração pode sofrer

Não olhe apenas pra trás

deixe a vida acontecer…

Regue as plantas com o novo dia…

Cante uma nova canção

E se faltarem alegrias

você tem memórias doces

pra acalentar teu coração.

Viva seu dia,, mesmo em manhãs sombrias,

Viva, enfim

Sorria…

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A importância dos elogios num relacionamento

Um casal feliz, numa bicicleta. Como elogios fortalecem um relacionamento?

Imagem de Karen Warfel por Pixabay

 

A solidão e seus efeitos

Dizia uma velha canção brasileira que “a solidão é fera, a solidão devora, é amiga das horas, prima-irmã do tempo, que faz nossos relógios caminharem lentos, causando um descompasso no meu coração…” – Solidão, Alceu Valença.

A solidão pode ter efeitos diferentes sobre as pessoas, pois momentos de solidão podem ser necessários para uma boa contemplação.

Sim, momentos de solidão.
Em outros momentos, lembramos que nenhum homem é uma ilha e precisamos de uma boa companhia.

Justamente por isso buscamos alguém com quem possamos compartilhar experiências, a vida e a nossa intimidade.


Amar e escolher

Não, não estou falando de um psicólogo (risos). Refiro-me à companhia de alguém que escolhemos amar e com quem desejamos viver juntos.

Isso mesmo: podemos escolher a quem amar.

Amar é diferente de sentir uma forte atração física. Algumas pessoas sentem atração física por árvores… (pobres árvores! – preservá-las seria um ato de amor).

De acordo com Zygmunt Bauman, vivemos no tempo do ‘amor líquido’ – fruto de uma modernidade líquida, em que tudo se torna instável e passageiro.

Isso se reflete diretamente na qualidade dos relacionamentos atuais.

Não é lugar-comum que as pessoas já iniciem um relacionamento com as palavras: “Se não der certo, a gente separa”?

Essa falta de certeza é alimentada pelo fato de que as pessoas olham cada vez mais para dentro de si e, aparentemente, perderam a capacidade de se ver no companheiro.


O início e a convivência

O que faz com que as pessoas se gostem e tenham a coragem de se aventurar?

Uma das respostas é que, no início, costumamos ver qualidades que nos fazem acreditar.
A pessoa sempre educada, bem-humorada, disposta a ajudar – essa é a imagem que a maioria de nós vê, não é verdade?

Mas é importante dar atenção a um detalhe: no início, não costumamos passar um dia inteiro com a pessoa amada.
Não temos tempo de observar seu comportamento ao lidar com as pressões do dia a dia. Isso, às vezes, pode ser um choque.

Porém, assumir um relacionamento envolve também entender que estamos levando de “fábrica” um monte de defeitos, e estes precisam ser trabalhados para que as coisas funcionem.


O poder dos elogios

E é justamente nesse ponto que entra a necessidade de elogios sinceros.

Não me refiro àqueles elogios que antecedem uma crítica.
Falo daqueles que mostram o quanto valorizamos a companhia da pessoa ao nosso lado.

Elogios assim são exercícios de reafirmação, lembretes de que a pessoa que escolhemos para estar ao nosso lado ainda está lá.

Algumas características não se perdem; precisam ser relembradas com carinho.

A passagem do tempo traz transformações físicas e também em nosso modo de pensar.


Um exemplo de amor duradouro

Da minha juventude, lembro-me da história de um casal de idosos, o senhor Agnelo e Dona Antônia.

Casaram-se jovens, e quando os conheci já eram bem idosos.

Numa conversa bem-humorada, ele me dizia: “Olha aí, Gilson… mais de cinquenta anos juntos e até hoje ela ainda é esse mulherão!”

Ele sabia das mudanças físicas nela, mas as qualidades compartilhadas ao longo dos anos tornaram aquele relacionamento muito mais forte.

Com o tempo, o velho Agnelo veio a falecer e, pouco depois, sua esposa também faleceu.

Antes de sua morte, ela costumava lembrar o amor de seu companheiro de juventude.

Na vida, eles certamente tiveram problemas.
A diferença está no modo como se enxergam as dificuldades no caminho.


O olhar que transforma

Os elogios nos ajudam a perceber que não estamos sós.

Podemos adaptar a conhecida regra áurea: “Procure nos outros o que você deseja que procurem em você.”

Se você não esquecer disso, haverá sempre um motivo para dar bons elogios.

Realmente, lidar com sentimentos e relacionamentos pode não ser fácil, mas podemos descomplicar se tentarmos olhar para o outro do modo como queremos ser vistos:

Pelas coisas boas que temos e nos esforçamos em ser.

Elogios são gestos de cumplicidade.

Elogiar é lembrar ao outro que o amor ainda está vivo.

Gilson Cruz

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© Gilson da Cruz Chaves – Jeito de Ver Reprodução permitida com créditos ao autor e ao site.