A velha banda (Um conto real)

Uma Guitarra. O reencontro de uma banda.

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A Ansiedade do Retorno

A multidão aguardava ansiosa. Antigos fãs queriam ouvi-los novamente e os novos queriam conhecê-los, mas a ansiedade era maior ainda entre eles.

Não se apresentavam juntos havia muito tempo. O cenário havia mudado. As canções de sucesso não diziam nada a eles que amavam a simplicidade das velhas músicas.

Será que aceitariam novamente as suas músicas?

“As coisas mudaram muito.” “Não é preciso ser afinado para cantar.” “Presença de palco é tudo.” “Se for bonitinho e souber se balançar, já está ótimo.”

Mas eles já não eram meninos bonitinhos, nem tinham tanta energia para se balançar sem travar a coluna no palco. Ficaram com medo.

O Show da Vida

E enfim, chegou a hora. “E com vocês…”

A plateia aplaudia calorosamente a volta, a volta dos músicos, a volta da música àquela praça.

E com pernas trêmulas, vozes embargadas – a melodia saiu perfeita, carregada numa emoção que não tinham na juventude.

E o show continuou tempo suficiente para que novos conhecessem e entendessem a história e os antigos fãs matassem a saudade.

E o melhor show das suas vidas aconteceu. Havia espaço também para aquelas belas músicas.

E ao fim do show, se abraçaram. Cumprimentaram o público e amorosamente atenderam àqueles que pediram um momento.

E cientes de que a história estava completa, puderam voltar felizes. Sem mágoas.

Podiam parar agora ou até que o desejo os fizesse voltar.

Veja mais em: O tempo ( Contador de histórias) – Jeito de ver.

Por Luciana ( Versos simples)

O mundo não era tão chato… Teus risos entravam na sala antes mesmo de a professora entrar.

Parecias em outro mundo: calma, serena, pequena, inocente no olhar.

Nada parecia tão difícil, tão escuro… Iluminavas.

Teus risos, sorrisos, pezinhos apressados. Brincavas.

Brincavas de escrever, desenhar, até de estudar… (Mas estudar é coisa séria, menina!)

E já rias… da minha cara de tédio, das chatices das aulas de EMC, matemática, filosofia… Meu Deus, quanta agonia!

Mas rias…

E quando estavas calada, brincavas de sonhar. (Sonhar é bom, é bom sonhar, não posso te culpar.)

E eu me escondia nas folhas do caderno, entre desenhos de montanhas, casas, borboletas, flores… Me escondia em páginas de velhos livros, das goteiras na sala, nas chuvas de inverno. Me escondia nas linhas, não é exagero. (Mas rimar com livros ainda é terrível!)

Éramos jovens, bem jovens… E tanto tempo passou. (Mas teus risos não passam com o tempo, são jovens, são eternos… como um sorriso do tempo!)

E versos simples eu fiz. Mas, para quê tantos versos? Para quê tantos versos tão simples? – você diz.

Sim… Menininha, o motivo é tão simples quanto os versos…

Quero te ver feliz.

Gilson Cruz

Veja mais em  O tempo ( Contador de histórias) – Jeito de ver

O maratonista ( uma poesia curta)

A vida de um Maratonista em uma poesia.

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Ao amigo Tomaz

É madrugada, o sono não vem e ele tenta dormir.

Apesar de tudo que viveu e que aprendeu,

sabe que amanhã será mais um grande dia.

Um lugar diferente…

ruas diferentes, companheiros diferentes

não existem inimigos, nem adversários

A cada metro,

a cada quilômetro

controla a respiração,

o tempo

os passos, a pressa…

Sente o cansaço

Não para

Olha por um instante

e contempla as ruas

e passa num ritmo constante.

E constante passa

A vida ensinou que ele nem sempre será o primeiro

o segundo ou o terceiro…

Mas cada fim, cada chegada é festejada.

Cada participação será uma história para contar

Sim, cada história é uma vitória.

Pra quem correr é a vida

E ele corre pra viver.

Gilson Cruz 

Leia mais em O dia a dia (Um poema simples) – Jeito de ver

O baile (Um último encontro)

Um baile. Um texto sobre um último encontro.

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Eu não sabia que seria aquela a última vez que iria te ver
Chovia
O baile que começaria às oito, achava que provavelmente seria adiado
pois a eletricidade em nossa pequena cidade não tem um bom relacionamento com qualquer tipo de chuva
A escuridão queria um pouco mais de espaço

Imaginei…
Ela não deve vir…
Os sapatos e o vestido brancos
E o laço vermelho nos cabelos…
Não queria imaginar os teus olhos

A chuva ficava ainda mais forte
E ainda assim o baile começava
E a banda começava a tocar aquela música

Lá dentro os pares, já não sentiam medo
Dançavam
Deslizavam pelo salão
E eu te imaginava …

Confesso, não estava desapontado
Nem todos tinham carro naquele tempo…
E quanto a mim… nem bicicleta!
Mas, não queria que a chuva fria te molhasse

E a música continuava
E na chuva resolvi dançar sozinho, na chuva
Girava…
Escorregava na rua lisa
De olhos fechados
Aproveitava a festa sozinho
Lá mesmo, lá fora, na chuva

E antes mesmo de a música acabar
abria os meus olhos,
E lá estavas tu…

Me olhando
Sorrindo
De rostinho molhado
De vestido molhado
De sapatinhos molhados…

E de repente, te estenderia a minha mão
E  vinhas…
E lá, sob a chuva
Mas, sobre as nuvens
dançávamos… até o fim

da música, da noite

No que seria a última vez.

Gilson Cruz

Veja mais em:  O tempo ( Contador de histórias) – Jeito de ver.

Se pudesse voltar no tempo

Um por de sol e alguém refletindo. Se você pudesse voltar no tempo e dar um conselho a si mesmo, que conselho daria? - Para reletir.

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“Um Abraço ao Passado”

Se você pudesse voltar no tempo e dar um conselho ao você jovem, que conselho daria?

Se isso acontecesse comigo…

Sei que antes de tudo eu me daria um abraço…
Sim, me daria um abraço, pois sinto saudades daquele jovem.
Lembro sua inocência, seus sonhos e até mesmo das besteiras que fez (ou, que fiz!).

…e como foi difícil para ele (para mim).

Diria a ele, (isto é, a mim mesmo) que não tivesse medo de se apaixonar tantas vezes,
E de passar por tolo, várias vezes…

“Permita-se Sentir”

Diria que aquela tristeza seria superada, e que com o tempo ele iria até achar engraçado…

Diria também que não tivesse medo de dançar,
De parecer ridículo, e de ser menino várias vezes na vida…

Diria também que ele (eu) chorasse sempre que tivesse vontade, pois os humanos choram.
E que aquele papo de homens não choram, é conversa de imbecil insensível.
Que ele se (eu me) permitisse chorar.

Ah! Eu diria àquele jovem
Que não tivesse medo do estranho, e que fosse paciente com os carentes…
Pois todos são carentes em alguns momentos.

“Não Tema o Futuro”

Se eu pudesse voltar no tempo
E me dar um conselho
Diria a mim mesmo, que me permitisse amar e ser amado,
Pois, ainda que clichê, amar é um privilégio dos vivos…

E se aquele jovem curioso me indagasse sobre o futuro, eu não o diria.
Diria apenas que não tivesse medo do futuro…
Que não temesse noites sem sono, não falaria a respeito da filha que viria a nascer quando ele menos esperasse…

Não falaria sobre perdas…
As perdas aconteceriam – mas, ele não precisaria saber,
Isso o permitiria amar espontaneamente…

Que não tivesse medo de dizer “eu te amo”
E que não deixasse passar as oportunidades.
Pois, ele ainda teria várias oportunidades, então que amasse…

Não diria que aqueles seus amigos só estariam até a página 12,
E que eles precisariam seguir suas vidas.

Também não falaria dos falsos amigos…
Eles o ensinariam muito sobre a vida…

E que doenças acontecem.
Que se permitisse chorar.
Sorrir…
Mas que não ficasse ansioso,
Pois tudo aconteceria em sua vida…
E ele precisaria disso tudo…

E se ele, isto é, eu chorasse,
Eu o (me) diria…
Não tenha medo… nem fique triste.
Eu vou estar olhando para você, em seus olhos todos os dias,
Todos os dias, esperando para ser quem sou.

Todas as vezes que ele se olhar no espelho.

Veja mais em:  Conselhos a um jovem (pra quê a pressa?) – Jeito de ver

Palavras de 2023 – o ano que passou! ‣ Jeito de ver

O poeta ( Uma poesia simples)

A poesia do drama de um poeta.

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O poeta anda triste…

Mas, será que ele resiste?

Ainda existe…

Tem caminhado em estradas do passado

é por onde tem andado…

por onde anda cansado

Talvez, seja um mero artista

um autista

um equilibrista neste misto de emoções

de mundos particulares reais,

de imaginário de amores irreais

Ficará louco!?

Se não, por pouco…

Mas, ainda existe…

Por que resiste

Em poesias rejeitadas em troças

de risos zombeteiros, de gargalhadas

de compaixão às avessas

de falsas paixões

de doces ciladas.

O poeta anda calado

sumido…

Apenas o vento, o tem ouvido

Mas, resiste…

Ainda existe…

Talvez iludido, não vê sentido.

Ele escreve, fala

quando a tristeza aperta,

quando a saudade aperta,

a inspiração alerta

e do sonho desperta…

Mas, quem ouve o poeta?

Quem ouvirá o poeta?

Que ainda existe…

que ainda resiste?

As perguntas voam nos ventos

em novas poemas, com o tempo.

Leia mais em Ouvir estrelas (Poesia clássica) – Jeito de ver

A música atual está tão pior assim?

O importante papel das Estações de rádio na divulgação da música.

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Gilson Cruz

Músicas Inesquecíveis

Você lembra das frases seguintes nesses clássicos nacionais ?

Meu coração, não sei por quê, bate feliz...”  – Carinhoso, Braguinha (Letra) e Pixinguinha (Melodia)

Eu pensei que todo mundo fosse filho de…”  – Boas Festas, Assis Valente

“Agora eu era o herói e o meu cavalo…”  –  Chico Buarque( letra)  Sivuca (Melodia)

Veja… e não diga que a canção está perdida. Tenha…”  –  Tente Outra Vez, Raul Seixas/Paulo Coelho/Marcelo Motta

O que elas têm em comum? Todas foram compostas antes da década de 1980.

“Carinhoso” teve sua primeira gravação instrumental em 1928 e a versão cantada foi gravada pela primeira vez em 1937 por Orlando Silva. –  Carinhoso – Pixinguinha

Boas Festas, de Assis Valente, retrata a injustiça social do ponto de vista de uma inocente criança e foi composta em 1932. –  Posts | Discografia Brasileira

A melodia de “João e Maria“, criada por Sivuca na década de 1940, ganhou letra de Chico Buarque em 1976, narrando uma história de amor juvenil que não teve final feliz. –  João e Maria (canção) – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

A mensagem otimista de “Tente Outra Vez”, composta por Raul Seixas, Paulo Coelho e Marcelo Motta, surgiu em 1975.

Essas músicas marcaram época, mas hoje vemos um cenário diferente na música popular brasileira.

Atualmente, muitas canções abordam temas superficiais, separações e amores desfeitos com vozes padronizadas ( e às vezes, vozes bem desagradáveis), dificultando a diferenciação entre os artistas.

A falta de inovação, de qualidade e o jabá

Opiniões variadas refletem a preocupação com a qualidade atual da música brasileira. Victor, da dupla Victor e Léo, criticou a pornografia e a sensualidade excessiva nas letras das músicas sertanejas atuais, considerando-as impróprias para crianças.

Estilos como funk, axé e pagode também enfrentam um período desafiador, carecendo de inovação e qualidade. Muitas músicas atuais não refletem uma visão crítica da sociedade, desvalorizando a mulher, incentivando a violência e comercializando atitudes e comportamentos.

Onde estão os novos poetas, escritores, compositores e críticos que movimentavam e motivavam uma geração inteira?

Por décadas, as gravadoras usavam o “jabá” – pagamento para que certas músicas tocassem nas rádios – para promover determinados artistas. Essa prática, deplorável, ainda existe, mas em formas ainda mais obscuras.

Hoje, existe um “jabá 2.0”, onde artistas sertanejos boicotam cantores de outros estilos, como revelou uma ex-empresária da Anitta, expondo o poder do dinheiro do agro na indústria musical. – Ex-empresária de Anitta viraliza ao expor poder do sertanejo e influência do agro na música | Diversão | O Dia (ig.com.br)

Essa influência do agronegócio também se reflete nos empresários de muitos cantores sertanejos universitários, criando uma aliança lucrativa. – Agro, sertanejo e direita: uma aliança antiga e lucrativa (intercept.com.br).

A música de qualidade fica em segundo plano diante dessa manipulação, deixando de ser executada nas principais estações, que perdem sua essência e são substituídas cada vez mais por plataformas de streaming.

Apesar da corrente e da falta de divulgação massiva, boas músicas e excelentes músicos existem e resistem!

Novos e antigos cantores ainda compõem belas músicas, dê uma chance a si mesmo de usufruí-las, estão disponíveis nas mais variadas plataformas.

Leia mais em A música como produto e arte – uma história! ‣ Jeito de ver

 

 

 

Romântico (Uma poesia simples)

 

 

Ser romântico

É poder sonhar, ao menos um pouco,
e planejar,
mesmo sabendo que a realidade não é um sonho.

É acreditar que é possível,
é ter uma razão para ser otimista
quando as luzes apagam
e acreditar na luz
quando outros se escondem na escuridão.

É acreditar…

Ser romântico é parecer tolo
aos insensíveis,
cegos aos hedonistas
e irreal aos vazios de alma,
aos que sobrevivem apenas ao dia.

É ter no riso uma razão a mais,
e nas palavras algo certo a dizer,
nas mãos a simplicidade,
mas ter algo,
ter algo sempre…

Ser romântico
é não desejar mais que o possível,
é não desprezar o que se tem.
Sim… é amar o que se tem.

É poder sonhar e lutar
quando outros se escondem,
e talvez parecer tolo aos insensíveis.

É valorizar o riso da pessoa amada…
e amar tudo, tudo que se pode ter.

 

Leia mais Versos sem destino ( um conto ) ‣ Jeito de ver

 

Tanto pra falar (Música de Alan Sampaio)

Violão. A Canção no Post "Tanto pra Falar". Composição Alan Sampaio e Gilson Cruz. Divulgue a sua Obra.

Imagem de Firmbee por Pixabay

Sobre a Música

Inspirado na Jovem Guarda e nas melodias românticas dos anos 1970, o compositor Alan Sampaio trabalhou em mais uma de suas belas melodias.

Conheça e prestigie a sua obra.

Tema: Tanto pra falar

De: Alan Sampaio/Gilson Cruz

Intérprete: Grupo Terra

Edição: Jeito de Ver

Leia também:

 Que tal compor a sua obra de arte? ‣ Jeito de ver

 

 

 

Entendendo o fanatismo – um tema em debate

A mídia alimenta o fanatismo. Há um trabalho de propaganda, empresários investem muito dinheiro na preparação imagem pública do cantor.

Imagem de Pexels por Pixabay

 

 

O artigo a seguir aborda de maneira superficial o fenômeno da idolatria a determinados artistas. Os artigos relacionados adicionam profundidade e estão disponíveis para consulta para ampliar o conhecimento. O site Jeito de Ver faz essa recomendação.

 

Um grupo de K-POP tinha um show agendado para o dia 25 de maio de 2018, no Allianz Park. Não era o BTS (o grupo mais famoso do estilo), mas os fãs aguardavam ansiosamente a apresentação, com uma antecedência razoável de 90 dias, acampando nas cercanias do local. Os repórteres talvez se perguntassem: “De onde vem esse povo? Onde vivem? Do que se alimentam? Tomam banho?” – O fato é que os fãs não medem esforços para estar perto dos seus ídolos.

Curioso é que, frequentemente, a histeria não vem da música em si, mas do efeito manada, onde o importante é seguir a tendência. Muitos jovens buscam fazer parte de um grupo para evitar se sentirem excluídos ou diferentes.

É sabido que muitas fãs dos Beatles – e olha que eles tinham belas músicas – costumavam ir aos shows apenas para ver os meninos de Liverpool e ter o prazer de se descabelar, espernear – e, se desse tempo, desmaiar um pouquinho – pois ninguém é de ferro!

Durante o célebre concerto no Shea Stadium em 1965, os membros da banda relataram que a histeria foi tão intensa que não conseguiam ouvir-se no palco. Esse foi o primeiro concerto de rock and roll realizado em um estádio ao ar livre.

Contudo, aguardar por um grupo durante tanto tempo para, talvez, obter um minuto de atenção ou desabafar emoções reprimidas durante a breve apresentação do grupo – não é a maior excentricidade de um fã.

Por exemplo, um admirador tatuou a imagem e o nome de sua artista predileta em seu corpo.

Outro fã invadiu o apartamento de sua cantora preferida, que por sorte não se encontrava em casa.

Em 2023, milhares de fãs reuniram-se em condições quase insalubres para um concerto da mesma cantora. O calor extremo, a comoção e a proibição de levar água própria contribuíram (ou resultaram) em uma parada cardiorrespiratória em uma das fãs, que faleceu durante o espetáculo.

No mesmo evento, jovens submeteram-se à humilhação de usar fraldas geriátricas para manterem-se em suas posições diante do palco.

CONSEQUÊNCIAS PIORES

Infelizmente, o amor de um fã pode tornar-se doentio, e o sentimento de posse o leva a fazer mais do que as loucuras mencionadas acima. Alguns chegaram a matar seus ídolos.

O ex-beatle John Lennon foi assassinado no dia 8 de dezembro de 1980, aos 40 anos, quando voltava para o seu apartamento, no edifício Dakota, em Nova York. O assassino, Mark David Chapman, era fã dos Beatles e atirou cinco vezes pelas costas com um revólver calibre 38. Quatro tiros acertaram Lennon, que morreu no hospital. O assassino ficou no local segurando o livro ‘O Apanhador no Campo de Centeio’, de J. D. Salinger. O assassino foi preso e condenado à prisão perpétua, onde está até hoje

O QUE LEVA ALGUÉM AO FANATISMO?

Inicialmente, existe um esforço de marketing; empresários despendem grandes somas em dinheiro para moldar a imagem pública de um cantor, que será exibido em diversos programas, recebendo elogios de apresentadores (que são pagos para isso!) e terá o investimento em sua imagem recompensado assim que o público aderir à ideia promovida.

Quanto mais um artista é visto em programas de televisão ou vídeos patrocinados em plataformas digitais, mais as pessoas se habituam à sua presença, tornando-o parte do inconsciente coletivo.

Um segundo aspecto é abordado no site A Mente Maravilhosa; um artigo notável afirma:

“Os ídolos simbolizam tudo aquilo que se deseja ser ou possuir. Assim, o fenômeno do fã é mais frequente entre adolescentes, que estão em fase de construção de identidade e em busca de referências para tal. Com essa identificação, surge também um processo de empatia.”

A palavra ‘fã’ origina-se de ‘fanatismo’, do latim ‘fanaticus’, que denota devoção ou fanatismo.

“Segundo a psicóloga Celise, tanto o amor quanto a idolatria podem caracterizar o sentimento de um fã. A diferença reside na maneira como essa admiração é vivenciada. É comum que as pessoas elejam modelos a seguir, não só na música, mas também entre escritores, atores ou, conforme menciona Celise, youtubers.”

O entusiasmo de um fã pode, ocasionalmente, ofuscar sua percepção sobre a qualidade musical do artista.

Portanto, um dos primeiros passos na carreira é angariar fãs.

Muitos artistas, após se estabelecerem e acumularem riquezas, começam a desvalorizar seus fãs.

Eles são como as pedras que pavimentam o caminho para o sucesso e fortuna dos artistas, que frequentemente simulam apreciar a devoção de seus seguidores.

Esse princípio também se aplica aos fãs de certos influenciadores, que não oferecem conteúdo substancial, apenas imagens, corpos e vozes fabricadas.

Contudo, devido à falta de amor, autoestima e ao desejo de pertencer a um grupo, muitos vivem um amor platônico eterno por imagens idealizadas.

Leia também Depressão – como ajudar? (Informativo) ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

 

 

 

 

© Gilson da Cruz Chaves – Jeito de Ver Reprodução permitida com créditos ao autor e ao site.