
Desaparecidos pelos órgãos de repressão.
“Amigos presos…amigos sumindo assim…pra nunca mais…”
– Não chores mais, Gilberto Gil
Um quadro na Parede
Em Argoim, no município de Rafael Jambeiro, Bahia, um quadro na sala de uma senhora gentil se destacava entre as recordações. Nele, fotos de pessoas desaparecidas durante o regime militar brasileiro, que durou de 1964 a 1985, evocavam memórias dolorosas.
Naqueles anos, desaparecer tornou-se o destino daqueles que desafiavam o status quo ou mesmo daqueles que ousavam pensar.
Com um dedo trêmulo, ela apontou para uma das imagens e disse: “Esta é minha filha!”
O orgulho em sua voz logo deu lugar às lágrimas:
“Ela foi torturada e morta pelo governo da época, segundo dizem. Foi para o Rio, formou-se em Enfermagem, mas era contra a ditadura…”
Este é um trecho do texto presente no livro
Crônicas do Cotidiano – Um Novo Jeito de Ver
Disponível na Amazon e Clube dos Autores
Veja também: O domínio pela cultura e pelo medo ‣ Jeito de ver
Veja mais em: Comissão da verdade da PUC-SP | PUC-SP (pucsp.br);






Comentário (3)
Chaves| 13 de maio de 2024
Muito triste só de imaginar esse cenário. Lidar com o desaparecimento de alguém querido é sufocante, e ainda mais difícil é lidar com a incerteza.
Gilmar Chaves| 13 de maio de 2024
A dor de perder alguém na morte é enorme, mas, a dor de perder alguém, sem nem mesmo saber se morreu é angústia eterna! “Enquanto há vida, há esperança!” Esse tambem é o pensamento de quem perdeu um ente querido sem saber se está morto. A espera por um reencontro incerto vai matando lentamente o esperançoso.
Gilson Cruz| 16 de maio de 2024
Obrigado, Gilmar. É verdade ador da espera é como uma morte lenta, muito bem observado.