A indústria armamentista – um tema em debate

Soldados em Guerra. Aidna há muitas guerras em curso.

Imagem de Defence-Imagery por Pixabay

 

Nota: O conteúdo a seguir apresenta um resumo das pesquisas acerca das guerras e seus impactos na economia mundial e, sobretudo, na vida dos que sobrevivem. Encorajamos os leitores a realizar uma investigação mais aprofundada utilizando os materiais e links mencionados.

 

O site Jeito de ver (Jeitodever.com) defende aquilo que foi expresso nas palavras do pensador, que disse uma certa vez: “Não importam os motivos da Guerra, a Paz é mais importante que eles”. – John Lennon

 

Quantas guerras ainda estão em andamento?

“Além da Guerra na Ucrânia: 7 conflitos sangrentos que ocorrem hoje no mundo” – BBC News Brasil.

O século XX foi marcado por duas guerras mundiais. O site sohistoria.com.br lista as guerras e os respectivos anos – Guerras e conflitos – Século XX – Só História.

Análise da Guerra no Iraque:

O mesmo site lista os principais conflitos do século XXI – Guerras e conflitos – Século XXI – Só História.

Um desses conflitos, a Guerra do Iraque, foi justificada pela alegação de que o ditador iraquiano Saddam Hussein estava desenvolvendo armas de destruição em massa.

(Nota: A acusação provou ser falsa – não havia armas de destruição em massa).

A Guerra do Iraque terminou, o ditador iraquiano foi executado, deixando para trás um legado de destruição, pobreza, ataques terroristas e um país vulnerável a radicais.

“De acordo com alguns analistas, o governo dos EUA tinha outras intenções com a ocupação. Segundo eles, foram criados vários acordos financeiros para assegurar o controle americano sobre as reservas de petróleo do país. Mais de cinco anos após a invasão, o Iraque ainda enfrenta sérios problemas de infraestrutura que se agravaram após a guerra” – História do Mundo.

Ao analisar as guerras, nota-se que, segundo o Brasil Escola, os conflitos do século XX foram responsáveis pela morte de aproximadamente 95 milhões de pessoas globalmente. A Primeira Guerra Mundial resultou em 15 a 20 milhões de mortes, enquanto a Segunda Guerra Mundial ocasionou 60 a 70 milhões de fatalidades. As guerras têm causado centenas de milhões de mortes devido a problemas direta ou indiretamente relacionados a elas.

O site fatosdesconhecidos.com.br lista as guerras mais letais do século XXI. O link a seguir apresenta as sete guerras mais mortais do século 21 – Fatos Desconhecidos.

Os números são insensíveis ao relatar os milhões que pereceram ou que ainda estão em perigo nos conflitos ao redor do mundo. Eles não capturam o sofrimento das famílias que perderam entes queridos.

Contudo, permanece uma indagação: qual é o valor da vida de cada indivíduo sacrificado nas guerras? Quem realmente se beneficia com os conflitos?

É intrigante observar que, atualmente, os fabricantes de armamentos estão intensamente comercializando armas ofensivas e defensivas para russos e ucranianos.

A potencial adesão da Ucrânia à OTAN foi vista como uma ameaça e um desafio pela Rússia, o que alguns consideram como a raiz do conflito atual. As razões deste conflito, se é que alguma justificativa é válida para uma morte, são detalhadas no seguinte link: A possível entrada da Ucrânia na OTAN, a crise na Crimeia e na região de Donbass são fundamentais para entender a guerra entre Rússia e Ucrânia, que começou em 2022 – Guerra entre Rússia e Ucrânia: causas e consequências – Brasil Escola.

“A indústria armamentista tem lucrado significativamente com a Guerra na Ucrânia, mais de um ano após a invasão russa, segundo reportagem da Folha de S.Paulo. As dez maiores empresas de armamentos e munições dos Estados Unidos e Europa registraram um aumento médio de 7,5% no último trimestre de 2022.” – Indústria armamentista lucra exorbitantemente com guerra na Ucrânia – Brasil 247

Quando nações fornecem armamentos para países em conflito, raramente o fazem por motivos altruístas. É um fato que a maioria dos países investe mais em indústria bélica (defesa) do que em educação, saúde e combate à fome. A guerra beneficia aqueles que lucram com ela. Nações devastadas acabarão pagando aos países “amigos” pela reconstrução – e nada será gratuito. Há sempre um custo, um preço a pagar.

Esse preço…

Inúmeras guerras começaram e terminaram, mas deixaram como consequência pessoas com estresse pós-traumático, mutilações, e um aumento nos casos de suicídios e homicídios.
As famílias sofrem perdas, o país sofre perdas… o mundo sofre perdas. Não existe um país vencedor! – Somente a indústria armamentista se beneficia.

Um pouco mais de história (mantenha-se acordado!)

Durante a Guerra do Vietnã, um conflito entre socialistas e capitalistas, o governo do Vietnã do Norte expressou o desejo de reunificar o país e incentivou a Frente Nacionalista de Libertação do Vietnã do Sul.
Para decidir a unificação, um plebiscito estava previsto para 1956, com expectativas de vitória comunista. Contudo, em 1955, o primeiro-ministro Ngo Dinh Diem, com apoio dos EUA, realizou um golpe militar, desencadeando uma guerra civil.
Em 1959, forças do Vietnã do Norte atacaram uma base dos EUA no Vietnã do Sul, e em 1963, Diem foi assassinado.
Após o ataque, o presidente John Kennedy começou a enviar tropas americanas, apesar das hesitações dos EUA em se envolver após a Revolução Cubana.
Em 1964, um incidente forjado no Golfo de Tonkin pelo serviço secreto americano levou o presidente Lyndon Johnson a enviar 500.000 soldados para o Vietnã, mesmo sem aprovação do Congresso.

Em números:

“Vítimas mortais:

  • 4 milhões de vietnamitas,
  • 2 milhões de cambojanos e laocianos
  • mais de 60 mil soldados norte americanos.

“Calcula-se que 2 milhões de vietnamitas fugiram para outros países.

“Nesta campanha, mais de 3 milhões militares estadunidenses serviram no Vietnã. Estima-se que a ação militar custou mais de 123 bilhões de dólares, entre custos da guerra e investimentos no Vietnã do Sul”. – Guerra do Vietnã: resumo, motivos e participantes – Toda Matéria (todamateria.com.br)

A Guerra do Vietnã recebeu ampla cobertura dos meios de comunicação. Estes divulgavam mundialmente barbaridades como ataques com agentes químicos, a construção e encarceramento em campos de concentração, bem como o massacre indiscriminado de civis…

 

Vietnam. Crianças correm de bombardeio.

Nick Ut World Photography Day

 

“Nos Estados Unidos, o retorno de soldados mutilados e traumatizados apenas intensificava a percepção negativa da opinião pública americana sobre o conflito.

“Assim, as manifestações pacifistas tomaram as ruas dos EUA e de outros lugares do mundo. Com protestos, as multidões pressionavam pelo fim dos conflitos e pela retirada das tropas.” – Guerra do Vietnã: resumo, motivos e participantes – Toda Matéria (todamateria.com.br)

Neste contexto, em 1968, John Fogerty, da banda Creedence Clearwater Revival, compôs uma obra-prima do rock ‘n’ roll em apenas 20 minutos: a canção “Fortunate Son” (Filho de Sorte, em tradução livre). A música critica como alguns nascidos em situações privilegiadas, filhos de políticos e pessoas influentes, não precisam enfrentar os horrores da guerra.

“Era 1968, no auge da Guerra do Vietnã. Movido por sentimentos de raiva e indignação, surgiu um movimento: o movimento Hippie.

Jovens criticavam o governo e as políticas que os forçavam a lutar em uma guerra que não era pelo seu próprio país. A música ‘Fortunate Son’ nasceu nesse contexto.

John Fogerty, da banda Creedence Clearwater Revival, estava furioso por ser obrigado a se alistar na guerra, enquanto aqueles que a promoveram não enfrentariam o mesmo destino.

Composta em 20 minutos e parte do álbum ‘Willy and the Poor Boys’ (1969), ‘Fortunate Son’ é considerada uma das maiores músicas do movimento anti-guerra.” – Fortunate Son, Creedence Clearwater Revival – Monomaníacos (monomaniacos.com.br).

Sim, os filhos desafortunados recebem no peito uma medalha, quando não uma bala ou uma placa hipócrita de elogios à sua bravura.

Leia também:

E esquecemos as Guerras … ‣ Jeito de ver

 

Comentário (3)

  • RANNE AMARAL SILVEIRA RAMOS| 19 de abril de 2023

    Obtuso e lúgubre é o caminho de quem espalha o terror. Dentro de uma perspectiva mais analítica, a guerra é uma justificativa porca e velada para uma progressão de uma economia egocêntrica e pré estabelecida por uma complexidade de fatores

  • Jadson| 19 de outubro de 2023

    A mais pura realidade

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