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A tragédia e a espetacularização da ajuda

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Imagem de Jossiano Leal por Pixabay

Tragédia e Espetacularização das Enchentes no Rio Grande do Sul

Solidariedade ou Autopromoção?

As enchentes no Rio Grande do Sul, que desabrigaram milhares e causaram centenas de mortes, geraram não só comoção, mas também a triste realidade da espetacularização da ajuda.

Em um momento que exigia solidariedade, houve quem se aproveitasse para espalhar desinformação e políticos que, de olho nas eleições, negligenciaram o papel da assistência federal.
Chocantemente, em meio ao caos, houve tentativas de traficar drogas sob o disfarce de ajuda humanitária.

Apesar do Exército Brasileiro atuar de forma louvável, sua contribuição foi subestimada por aqueles que promovem notícias falsas, sugerindo que somente civis estavam auxiliando. Isso se refletiu nos trends recentes com tags como “civis ajudam civis” ou “exército melancia”.

O comportamento de alguns indivíduos durante tragédias tem sido quase ridículo, como o de políticos em Jet Skis filmados em ações de resgate de crianças, numa encenação com fins eleitorais.
A câmera capta imagens impecáveis enquanto eles circulam com duas crianças, posando como super-heróis e com roupas imaculadas, incompatíveis com quem participou de um resgate.

Certos influenciadores digitais utilizam sua popularidade para arrecadar fundos, enquanto outros a empregam na autopromoção, buscando prolongar sua presença na mídia.
Subcelebridades agem de forma parecida, ao ponto de um site especializado criticar um ex-participante de reality show por seu comportamento inadequado durante uma tragédia, realizando entrevistas com pessoas em choque e posando para fotos com um sorriso largo.

Exemplos de Negligência e Insensibilidade

O fato é que, além de revelar pessoas dispostas a trabalhar, como alguns grupos religiosos que ajudam discretamente féis e pessoas ao redor sem buscar atenção, a tragédia também expõe o que há de pior no ser humano: o desejo de autopromoção e a prevalência de diferenças políticas sobre as necessidades alheias. Isso é exemplificado por indivíduos que solicitam depósitos em contas pessoais para supostamente ajudar os desabrigados.

Como exemplo lamentável, um caminhão do MTST transportando milhares de marmitas foi retido por ter documentos vencidos há um mês, devido ao sistema do DETRAN local estar inoperante, impedindo os proprietários de realizar o pagamento.
Em vez de reconhecer o dano que tal atraso poderia causar, uma pessoa insensata celebrou nas redes sociais com a frase: “A lei é para todos!”.

Fake news, arrogância, discursos de ódio, projetos de lei prejudiciais ao meio ambiente e a busca por autopromoção são traços de uma sociedade que parece ansiar pelo caos e pela própria extinção.

Leia também “Brazil”: Fake News em meio à tragédia ‣ Jeito de ver

Veja mais  De Pablo Marçal a Eduardo Bolsonaro: quem o Planalto listou em pedido para investigar fake news sobre o RS – Política – CartaCapital

O Campeonato brasileiro e as chuvas no RS

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Imagem de Jossiano Leal por Pixabay

Impacto das Enchentes no Futebol Gaúcho

As chuvas intensas que devastaram o Rio Grande do Sul não só inundaram centros de treinamento e estádios, mas também sacudiram as fundações do futebol no estado. Equipes como Grêmio, Internacional e Juventude tiveram suas preparações para competições nacionais, incluindo o Brasileirão e a Libertadores, gravemente afetadas.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) agiu com prudência ao postergar os jogos das equipes estaduais e pausar o campeonato por duas rodadas, considerando o impacto emocional e técnico nos jogadores, que enfrentam a falta de treinamento e o trauma causado pelas inundações.

Nas redes sociais, torcedores expressam uma gama de emoções. Alguns preocupam-se com o calendário esportivo e a qualidade técnica das partidas, enquanto outros mostram solidariedade às comunidades atingidas. A situação expõe a busca por um equilíbrio entre a continuidade do campeonato e a empatia diante da tragédia.


Desafios Econômicos e Sociais Pós-Tragédia

O governo do Rio Grande do Sul calcula que o custo para a reconstrução pós-enchentes será de cerca de 19 bilhões de reais. Apesar da propagação de notícias falsas por membros da oposição, que tentam se beneficiar politicamente da catástrofe, o Governo Federal tem se atentado às demandas do estado, conforme já abordado em matérias prévias.

Enquanto alguns clubes pedem compreensão e um adiamento completo do Campeonato Brasileiro, outros defendem um debate mais amplo, pois um campeonato como o Brasileirão envolve compromissos bilionários com patrocinadores, o trabalho de milhares de pessoas e um calendário já apertado. A decisão da CBF sobre o destino das competições revela a tensão entre a paixão pelo futebol e a necessidade de priorizar o suporte às vítimas.


Lições Aprendidas e Caminhos a Seguir

Além das dificuldades enfrentadas pelos grandes clubes, centenas de jogadores de divisões inferiores do Rio Grande do Sul sofrem ainda mais os efeitos traumáticos, com casas destruídas e amigos ou familiares desaparecidos. A tragédia evidencia a falta de planos de contenção de danos por parte de representantes gaúchos no governo. Em paralelo, deputados ligados a interesses agrícolas irresponsáveis ainda pressionam pela aprovação de leis que prejudicam o meio ambiente, agravando os riscos de futuras catástrofes.

A situação atual exige uma atuação sensata e ponderada das instituições esportivas e dos entusiastas do futebol. Buscar soluções que mantenham a integridade das competições, apoiando simultaneamente as comunidades impactadas, representa um desafio que vai além dos campos. Como bem diz Beto Guedes em “Sol de Primavera”: “A lição sabemos de cor… Só nos resta aprender.”

Será que as pessoas estão dispostas a aprender?

Buscar soluções que mantenham a integridade das competições esportivas, apoiando simultaneamente as comunidades impactadas, representa um desafio que vai além dos campos e exige um esforço coletivo e empático.

Veja também Projetos de lei que agridem o ambiente ‣ Jeito de ver

Por causa das cheias no RS, CBF suspende o Campeonato Brasileiro por duas rodadas | Jornal Nacional | G1 (globo.com)

Um calor diferente – O que será isso?

Um termômetro marca temperatura elevada em frente a uma mata em chamas.

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

E de repente, ao passar naquele lugar, você sente uma leve falta de ar, sua boca resseca, você sente um misto de ansiedade e perplexidade. Talvez se pergunte: – ‘O que é que está mexendo comigo?’ ou: -‘O que devo fazer?’

Que tal procurar uma sombra e tomar bastante líquido ? – Isso pode não ser paixão, você pode estar desidratado! (Este não é um texto romântico!)

SINTOMAS DE DESIDRATAÇÃO

A desidratação diminui o volume sanguíneo e afeta a pressão arterial. Torna também o sangue mais expesso, aumentando o risco de coágulos sanguíneos. Além disso, o estresse térmico sobrecarrega o coração, fazendo bombear mais rápido para dissipar o calor do corpo.

AS ALTAS TEMPERATURAS

Se nos últimos meses você teve a sensação de estar sendo cozido gradativamente, a cada dia, fique tranquilo (mas, nem tanto).

2023 foi o ano mais quente registrado nos últimos cem mil anos, diz o Observatório Europeu.

Nas últimas décadas, tem sido registrado um aumento anormal da temperatura média da Terra. Esse fenômeno é associado às ações antrópicas, ou relacionadas à influência humana.

Tal fenômeno é conhecido como aquecimento global.

Quando ocorrem mudanças no uso do solo, isto é, quando uma floresta é derrubada e queimada, dando lugar ao estabelecimento de pastagens, agricultura ou outra forma de uso da terra, ocorre a liberação de uma grande quantidade de carbono na forma de CO2 para a atmosfera, contribuindo, assim, para o aquecimento global.

CONSEQUÊNCIAS

De acordo com a BBC, entre os anos 2000 e 2018, 48 mil brasileiros morreram por consequência de ondas de calor, sendo a maioria pretos, pardos, idosos e mulheres.

Ampliando nossas perspectivas um relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde) e da OMM (Organização Mundial de Meteorologia) o calor é um dos maiores problemas de saúde em todo o mundo e mata cerca de 15 milhões de pessoas por ano.

O ano 2024 está apenas começando. Acredita-se que no ritmo atual as coisas serão bem piores.

O homem, em sua ganância, tem destruído os recursos da terra, substituindo Matas e Florestas  por pastos, na maioria das vezes para o plantio da Soja, para exportação.

Não há interesse em alimentar o mundo, como divulgado em propagandas caras exibidas na TV. O interesse é o lucro -ainda que isso custe um dia a sobrevivência na Terra.

Mas, é preciso se cuidar, apesar de tudo. Enquanto há vida, cuide, preserve.

Tome bastante líquido ( bebidas alcoólicas, não estão incluídas nesta lista), evite exposição demasiada e desnecessária ao sol. E compartilhe também, este texto!

Gilson Cruz

Leia também: Naquele dia (as últimas mudanças) ‣ Jeito de ver

Um E.T em meu quintal (Um dia estranho) ‣ Jeito de ver

Saiba mais em:

Aquecimento global: o que é, causas, efeitos – Mundo Educação (uol.com.br)

Mudanças climáticas e a saúde humana – Revista Arco (ufsm.br)

Calor: altas temperaturas afetam mais pretos, pardos, idosos e mulheres no Brasil, aponta estudo – BBC News Brasil

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