Dedicado a Géssica —
com amor, para que ela saiba
que há um sol por trás das nuvens
e um tio que a vê, sempre,
como no primeiro domingo.
Gel,
o que te falar dos dias de domingo?
Que as flores nos jardins sorriem
nas suaves chuvas de primavera?
Ou que crianças
ainda brincam nos velhos parques?
Ah, Gel,
se eu puder te contar,
te contaria que, nos mesmos velhos jardins,
novas crianças cantam,
assim como você costumava fazer,
e se encantam com novos “tulílis” —
como você chamava os arco-íris,
quando “arco-íris” era impronunciável…
E que os dias vão e vêm,
e a infância, como os dias inconstantes,
vai e volta em momentos
— apenas para nos lembrar que não podemos parar.
Que não se pode desistir dos sonhos.
Que as descobertas alegram, entristecem…
mas jamais nos deixam indiferentes.
Géssica,
eu te diria
que, mesmo por detrás das nuvens, há um sol
brilhando, orgulhoso, dizendo sem palavras:
Neste meu dia, ela nasceu…
É domingo.
Domingo.
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