TRISTEZA DE INVERNO ( Canção de solidão)

Imagem de Lorry McCarthy por Pixabay

 

TRISTEZA DE INVERNO

 

A fria chuva fina cai

Lenta, calma

Posso ouvir o cair delicado dos pingos.

Torturantes.

As montanhas se encolhem na névoa

E as folhas das árvores

tentam proteger o solo.

Não há proteção.

Os passarinhos se escondem

Seu canto não traz mais a alegria,

mas, lamento.

Não há gente nas ruas

Ou mesmo um tímido sol.

Os velhos livros imploram…

Querem ser revisitados

Assim como as memórias de Agosto

Não abandonam o meu dia.

Preso,

Dentro de mim

de recolho ao canto,

onde se escondem as lembranças

Buscando bons momentos

que não aquecem meu coração

Que se recusa a abandonar

a dor, o medo, os momentos

Esfriando a minha alma

Como o inverno lá fora.

Leia também: Escrever ( Os motivos da vida) ‣ Jeito de ver

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Escrever ( Os motivos da vida)

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ESCREVO

Escrevo

Pois tive sonhos

Que se realizaram

E outros

Que não se puderam concretizar…

que não aconteceram

Escrevo como quem sonhou.

 

Escrevo

Pois vi lindos Campos verdes

E maravilhosos céus azuis

E nos dias tristes de chuva

Deixei esfriar o ímpeto

De buscar lugares ao sol

Escrevo sim…

Como quem sofreu

 

Escrevo

Pois amei

E vi o amor fugir

e desaparecer sem palavras

Sem gestos de ternura

ou palavras de silêncio

Escrevo

Como quem já amou…

 

Escrevo

Como quem contemplou as madrugadas

E se enamorou da lua

Mas, que abraçou o Sol.

Que aceitou os sonhos

Que acolheu a tristeza

E que ainda acredita…

Escrevo

Como quem viveu…

 

Por isso escrevo.

Pois os momentos passam

Os sentimentos passam

Os dias …

Passam

Mas, quanto às palavras…

Elas ficam.

E Ficarão para sempre

Para sempre.

Leia também A ilusão do brilho… Vaga-lume. ‣ Jeito de ver

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Géssica ( Como num dia de Domingo)

Um poema para Géssica

Imagem de Kev por Pixabay

Dedicado a Géssica —
com amor, para que ela saiba
que há um sol por trás das nuvens
e um tio que a vê, sempre,
como no primeiro domingo.

Gel,

o que te falar dos dias de domingo?
Que as flores nos jardins sorriem
nas suaves chuvas de primavera?
Ou que crianças
ainda brincam nos velhos parques?

Ah, Gel,
se eu puder te contar,
te contaria que, nos mesmos velhos jardins,
novas crianças cantam,
assim como você costumava fazer,

e se encantam com novos “tulílis” —
como você chamava os arco-íris,
quando “arco-íris” era impronunciável…

E que os dias vão e vêm,
e a infância, como os dias inconstantes,
vai e volta em momentos
— apenas para nos lembrar que não podemos parar.

Que não se pode desistir dos sonhos.
Que as descobertas alegram, entristecem…
mas jamais nos deixam indiferentes.

Géssica,
eu te diria
que, mesmo por detrás das nuvens, há um sol
brilhando, orgulhoso, dizendo sem palavras:

Neste meu dia, ela nasceu…

É domingo.

Domingo.

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© Gilson da Cruz Chaves – Jeito de Ver Reprodução permitida com créditos ao autor e ao site.